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FARMACOTERAPIA HORMONAL 2017

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FARMACOTERAPIA HORMONAL
ESTROGÊNIOS, PROGESTOGÊNIOS E ANDROGÊNIOS
Estrógenos 
Maturação dos órgãos reprodutores
Aumenta o número de receptores para progesterona no útero, vagina, hipófise e hipotálamo
Desenvolvimentos de características sexuais secundárias
Crescimento acelerado seguido de fechamento das epífises
Ciclo menstrual / gravidez
 Estimula ductos lactíferos na gravidez
 Associado a prolactina estimula e mantém lactação após o parto (inibida por estrógeno exógeno)
Ações metabólicas: mineralocorticóide, elevação HDL, anabolismo
 Aumento da coagulação sanguínea
Reprime secreção FSH com supressão do ciclo ovariano
ESTROGÊNIOS NATURAIS HUMANOS
Progesterona
Reduz o número de receptores para estrógeno no trato reprodutor
Aumento da temperatura corporal
Desenvolvimento de alvéolo secretor na glândula mamária na gestação
Reprime secreção LH
Previne ovulação
Diminui a viabilidade do muco cervical ao esperma (aumenta viscosidade e diminui pH)
Altera endométrio para evitar implantação do embrião
PROSTAGÊNIOS NATURAIS
PROSTAGÊNIOS SINTÉTICOS
Contraceptivos Hormonais
Esteróides (estrógenos) utilizados isoladamente ou em associação com progesterona – com finalidade básica de impedir a concepção.
Indução da ovulação
O princípio biológico por trás da indução de ovulação:
Aumentar a quantidade no sangue do hormônio que estimula o crescimento e amadurecimento dos óvulos, que é o Hormônio Folículo- Estimulante (FSH). Quando o óvulo está maduro, o aumento de outro hormônio, o LH – Hormônio Luteinizante, leva à liberação deste óvulo. 
Para conseguir o aumento da concentração no sangue destes hormônios temos duas opções. A primeira é utilizar substâncias que levem a uma maior liberação de FSH e LH pela hipófise.Neste caso o medicamento mais conhecido é o Citrato de Clomifeno (Clomid, Serofene ou Indux), e os menos utilizados como o Letrozole (Femara) ou o Tamoxifeno. Estas medicações fazem com que haja uma maior liberação endógena de FSH e LH, levando a uma estimulação do processo ovulatório. O Clomifeno é muito utilizado por ser uma droga segura, de custo baixo, e bastante efetiva nos casos de anovulação por SOMP.
 Segunda maneira:
Administrar diretamente estes hormônios no organismo, através de injeções via de regra subcutâneas. Neste caso os hormônios (FSH, LH, ou combinação deles). 
Os mais conhecidos são GONAL F, PUREGON, BRAVELLE, MENOPUR, CHORAGON, e outros. Por agirem diretamente no órgão efetor – o ovário, estas medicações têm grande potência e especificidade, devendo ser utilizadas por médicos especialistas, e sob rigorosa monitorização da paciente, seja por ultrassom transvaginal e/ou dosagens hormonais.
Terapia oncológica
Hormonioterapia medicamentosa
A hormonioterapia medicamentosa faz-se pela supressão ou adição de hormônios circulantes. 
Segue-se uma relação de medicamentos, com suas respectivas indicações:
• Estrogênios e similares sintéticos - Indicados no tratamento do câncer mamário em mulheres na pós-menopausa e para tratamento do câncer avançado de próstata. Em homens, recomenda-se a irradiação prévia das mamas para evitar a ginecomastia dolorosa provocada pela estrogenioterapia.  
• Antiestrogênios - Indicados no tratamento do carcinoma mamário de mulheres e homens. Seu uso é preferível ao dos estrogênios porque os seus efeitos colaterais são menos intensos. Drogas antiestrogênicas como o clomifene, o nafoxidine e o danazol são pouco ativas em neoplasias malignas. 
• Progestágenos e similares sintéticos - A sua indicação mais formal é na terapêutica do adenocarcinoma de endométrio. São utilizados na hormonioterapia do câncer mamário, como alternativa para o uso dos antiestrogênios, seja em tratamento de primeira linha ou em caso de refratariedade aos estrogênios ou a seus antagonistas. Ocasionalmente, são indicados em metástases de carcinoma renal, com resultados controvertidos. É importante salientar que altas doses de progestágenos têm efeito antiestrogênico, antiandrogênico e anabolizante. 
• Androgênios - Têm sido cada vez menos utilizados no tratamento do câncer. Sua utilização é questionável, mesmo quando indicados para melhorar condições associadas ao câncer, tais como a mielodepressão e o catabolismo acentuado. 
• Antiandrogênios - Há medicamentos com propriedades antiandrogênicas, cuja ação se faz por antagonismo ao nível dos receptores hormonais, sendo, assim de atuação periférica. Eles estão sendo incluídos como alternativa terapêutica em caso de câncer de próstata, visto as complicações psicológicas, oriundas da orquiectomia, e as cardiovasculares, provocadas pela estrogenioterapia. 
• Inibidores da ação hipotalâmica e hipofisária - São medicamentos que atuam ou inibindo a liberação, pelo hipotálamo, do Hormônio Liberador do Hormônio Luteinizante (LHRH) ou inibindo a produção, pela hipófise, do Hormônio Luteinizante, através do uso de substâncias análogas ao LHRH. Todos resultam em efeito antiandrogênico, levando-os a ser uma alternativa terapêutica para a orquiectomia ou a estrogenioterapia, em câncer prostático. 
A hormonioterapia combinada (orquiectomia + antiandrogênio ou análogo LHRH + anti-androgênio) tem sido cada vez mais indicada nos casos de câncer prostático avançado, já que apresenta resultados melhores do que quando os métodos terapêuticos são utilizados isoladamente. A esta combinação tem se denominado "bloqueio androgênico completo". 
A apresentação farmacológica, a posologia e as vias de administração dos medicamentos variam de acordo com as indicações, a idade do paciente e os esquemas terapêuticos.
Os hormônios utilizados na terapêutica do câncer, assim como os quimioterápicos antineoplásicos, atuam sistemicamente e exercem seus efeitos citotóxicos tanto sobre as células tumorais como sobre as células normais. Não se deve esquecer que a ação terapêutica se acompanha de efeitos colaterais indesejáveis - relação que deve ser bem avaliada quando do planejamento e da escolha do tratamento.
TRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE
Embora não se saiba ao certo quais as causas da endometriose, acredita-se que ela esteja liga à produção de hormônios femininos.
Por isso, suspender a menstruação é uma forma de tratamento bastante utilizado em mulheres com diagnóstico ou suspeita de endometriose. Nestes casos, os anticoncepcionais desempenham um papel importante.
Além de evitar a concepção, o medicamento pode promover uma significativa melhora dos sintomas da endometriose, com grande impacto na qualidade de vida da mulher.
É preciso esclarecer que as lesões da endometriose não são curadas pelo anticoncepcional. As medicações hormonais buscam deixar as lesões estáveis.
O estrogênio é o hormônio que estimula o crescimento do endométrio. Existem muitos anticoncepcionais no mercado, e, por isso, é preciso levar em conta o histórico da mulher, efeitos colaterais e estilo de vida para que o ginecologista decida qual é o mais adequado.
Normalmente, para suspender a menstruação e tratar a endometriose, usa-se a pílula anticoncepcional de modo contínuo, sem pausa entre as cartelas.
Faça o teu melhor, na condição que você tem, enquanto você não tem condições melhores, para fazer melhor ainda!
			
				Mario Sérgio Cortella

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