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Introdução ao Direito

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Introdução ao Direito 
Princípios e Regras
- Importância da distinção: para discutir os problemas da hermenêutica 
Princípios
Normas genéricas que possuem caráter técnico 
Normas
É o resultado da interpretação do texto ou do dispositivo, é a regra, o significado pratico da fonte.
Dispositivo
Fonte ou objeto da interpretação 
OBS: Não há correspondência entre norma e dispositivo (toda norma tem um dispositivo para lhe dar suporte) porque pode haver dispositivo a partir do qual, norma nenhuma é contruida ou a partir do qual se constrói varias normas.
Ex: Quando o STF verifica constitucionalidade de normas É investigado os vários sentidos do dispositivo; aqueles incompatíveis com a CF 88 são declarados nulos, mas o dispositivo fica em vigor.
Critérios de Distinção
Caráter hipotético condicional – critério qualitativo em que regras resultam de normas princiologicas e que a hipótese possui consequências. O critério qualitativo visa fundamento no conteúdo do principio 
 John Esser: os princípios dão normas que estabelecem fundamentos para que determinados comandos sejam encontrados, assim, aplica a distinção qualitativa de fundamentar a decisão em uma norma, em que o juiz decide consequências depois de comparar a hipótese com o caso concreto.
 Karl LARENZ: Os princípios são normas que estabelecem mandamentos normativos (diretrizes) para a interpretação e aplicação do direito 
OBS.: 
- Regras – 
Tem uma hipótese e primeira consequência que predeterminam a decisão, portando são aplicadas ao modo “SE ENTÃO”, ou seja, normas descrevem.
- Princípios –
Indicam fundamento para o aplicador quando a regra encontrar o caso concreto, portanto, são diretrizes ou uma matriz.
CRÍTICA: 
Não fornece o que é preciso para que os princípios encontrem a regra, só fornecem o conteúdo normativo que é dado pela interpretação. Porem, o que importa é o tipo prescritivo da hipótese e da consequência que eles podem fornecer. Esse é um critério fraco de distinção.
Critérios do modo final de aplicação
 Regras: aplicadas de modo absoluto “TUDO OU NADA”
 Princípios: aplicados de modo gradual “MAIS OU MENOS”
 
*******************
É afastada e na colisão entre elas, uma deve ser considerada valida porque a sua hipótese de incidência é preenchida e outra deve ser considerada invalida, pois não pode ser aplicada parcialmente. Portanto, elas fundamentam decisões. Já os princípios contem fundamentos os quais são conjugados com outros fundamentos provenientes de outros princípios. Portanto, eles possuem peso e, no caso de colisão entre eles, o princ. Com peso relativamente maior, se sobrepõe ao outro sem que este perca a sua validade.
Alexy: a aplicação das regras não se dá exatamente pelo “tudo ou nada” porque são obrigações (normas) absolutas que são aplicadas, ou a regra ou a sua consequência, ou no caso de conflitos entre elas, uma dela é invalida. Já os princípios não determinam as consequências normativas diretamente como as regras, e possuem uma dimensão de peso e devem ser vistos como uma “clausula de reserva” , porque são aplicados no caso concreto o qual os torna eficazes em caso de colisão. Eles possuem obrigação prima fácil e, por isso, não são aplicados de forma absoluta, ou seja, podem ser mitigados de acordo com a situação. Portanto, são mandados de otimização, uma vez que só se concretizam no caso concreto, e devem ser garantidos o Maximo possível, podendo ser ponderados no caso concreto e, para saber o que esta sendo protegido, é preciso confrontar um princípio com outros. 
CRÍTICAS:
O modo de aplicação decorre das conexões axiológicas feitas sobre o texto normativo e o caráter absoluto das normas é modificado depois que são ponderadas as razoes e as contra-razoes do caso concreto. Como o texto escrito pelo legislador pode ser aplicado para casos não previstos por ele, o “tudo ou nada” só faz sentido quando as questões sobre validade, sentido e subsunção final dos fatos já tiverem sido superadas, uma vez que a ?? é um elemento comum a qualquer enunciado prescritivo. Além do mais, Dworking e Alexy não são coerentes ao afirmar que a hipótese quando prevista por regra ocorre no plano dos fatos porque há regras que são aplicadas quando suas premissas são preenchidas e outras quando são aplicadas quando isso não ocorre, e ainda algumas que não são aplicadas quando isso ocorre.
Critério do conflito normativo
 Antinomia entre regras: a solução é declarar uma delas invalida 
 Colisão entre princípios: solução na PONDERAÇÃO:
Primeiro identificam-se o s princípios e avaliam-se os pros e os contras, depois, o que tiver peso maior se sobrepõe ao outro. O principio que se sobressai é aquele que garante ao máximo o direito ou otimiza ao máximo todos os princípios. 
Hermenêutica 
Hermenêutica Filosófica – interpretação com algo de criativo, um ato pratico e não exclusivamente teórico.
 Observador: horizonte histórico/ pré-compreensão – é natural que o observador leve consigo um conjunto de tradições e valores.
Interpretação pratica – interpretar o direito é aplica-lo, o direito é aplicado quando interpretado.
Hermenêutica Jurídica
 Função da interpretação – ligada à função pratica, confere sentido à norma jurídica, retirando da aplicação uma função pratica. É um ato de interpretação decidir quais os casos concretos que são abrangidos pela norma. Portanto, a regra (norma) é o significado (pratico) da fonte (texto normativo), é o significado que permite o destinatário saber o que a fonte lhe permite ou não fazer.
 Interpretação e aplicação – concretiza a lei pelo conhecimento dos casos a que aquela fonte é aplicável, portanto, para se chegar à regra tem antes de passar pelo caso.
Fonte -> Caso -> Regra
Assim, impede-se que a interpretação leve a aplicação do texto a consequências praticas irreais ou absolutas (porque há vários casos a serem aplicados). Dessa forma, compreender uma fonte, saber aplicá-la e a hermeneutica jurídica é aplicativa além de neoconstrutiva.
 Subsunção – É um elemento da construção da regra aplicável porque, quando se chega à regra, já se passou pela solução do fato da vida que é juridicamente relevante a ser incluído na previsão da regra jurídica. A subsunção está, portanto, presa ao texto da fonte e às consequências praticas da interpretação (regra). É o carater analógico de raciocínio que permite subsumir o caso à lei. Se a subsunção é a comparação de um caso concreto com outro, a interpretação da fonte é a atividade de concretização dessa fonte (pela regra que é extraída da imputação). Portanto, a fonte se concretiza pq as regras são construídas no plano do caso.
Interpretação jurídica – o interprete deve adotar o ponto de vista interno ao sistema em que se inscreve a fonte a interpretar. O objeto é uma fonte que estabeleça obrigação, proibição ou pensão e possuem dificuldades interpretativas na previsão; o que pode ser duvidoso é a que casos ela é aplicável. Portanto, a interpretação vai da estatuição (elemento com significado determinado) porque o significado a ser atribuída a esta deve ser compatível àquela.
OBS: 
Pressuposto errôneo : de que a interpretação torna***********
 LEI INTERPRETATIVA: não exclui a necessidade de interpretar.
Dificuldades da Interpretação:
 Gerais:
Ambiguidade sintática – é um problema na estrutura do texto em que a construção da expressão deixa dúvidas quando ao seu significado.
Ambiguidade semântica – ou polissemia das palavras, ocorre quando uma palavra pode ter diversos significados dependendo o contexto em que é aplicada.
Vagueza – ou porosidade, verifica-se quando as palavras possuem significado indeterminado; é uma indefinição de limites pq discutem-se os objetos a que essas palavras sejam indiscutivelmente aplicáveis ou talvez aplicáveis ou, ainda, inaplicáveis.
 
Modificabilidade do significado – palavras podem variar de significado ao longo do tempo.
Ex: bons costumes, igualdade, liberdade ou responsabilidade parental. Esses termos também costumam ser vagos. 
EspecificasSão complicações próprias da realidade jurídica devidas à proliferação legislativa porque a enorme produção legislativa dificulta a interpretação das fontes, uma vez que nunca se sabe se há outra fonte determinante para aquela interpretação.
CRÍTICA: Se os últimos destinatários são os cidadãos, a maioria das fontes não deveria ter uma linguagem que dificultasse a compreensão de não juristas.
Interpretação da Lei
Normatividade da Interpretação – determina o modo que a lei deve ser interpretada impedindo que o juiz a interprete a seu bel prazer.
Finalidade da interpretação
Subjetivista – finalidade da interpretação é reconstituir a intenção do legislador subjacente à produção da lei, portanto, o ato de aplir-se submete ao de legislar e a interpretação esgota-se na dimensão semântica. O complemento natural do subjetivismo é o historicismo:
Orientação subjetivista historicista – o significado da lei é aquele que o legislador deu no momento de sua elaboração.
Orientação subjetivista atualista – o significado da lei é o que o legislador daria se tivesse de legislar na atualidade.
Orientação subjetivista prospectivo – prospecção da vontade do legislador.
Objetivista – Vê como impossível determinar a intenção do legislador histórico, e faz valer o significado objetivo da lei adequado às circunstâncias sociais, econômicas e culturais no momento da vontade do legislador e o poder jurisdicional prevalece o legislativo, porém, o objetivismo não impede que esse sentido objetivo seja coincidente com a intenção do legislador. Quanto mais recente for a lei, maiores são as hipóteses de tal incidência ocorrer.
A ligação natural do objetivismo é com o atualismo prospectivo:
Orientação objetivista historicista – significado da lei no momento em que foi criada.
Orientação objetivista atualista – o significado da lei na atualidade.
Orientação objetivista atualista prospectida – prospecção do significado objetivo atual.
CONCLUSÃO: 
A finalidade de se interpretar a lei não é explicá-la, e sim aplica-la e encontrar sua razão de ser como elemento de um raciocínio prático. Portanto, a interpretação se realiza de fonte para sua aplicação porque possui perspectiva “de trás para diante”, melhor, é atualista e objetivista.
Elementos da Interpretação
 Elemento literal ou gramatical – é/está na letra da lei
Elemento não literal – elementos histórico, sistemático e teológico. 
 Hierarquia relativa ao método de interpretação:
 determina a letra da lei
Determina dimensão semântica 
Reconstrói pensamento legislativo 
Hierarquia relativa ao resultado
Elementos não literais
Elemento gramatical
Reconstrói pensamento legislativo 
Modelos de Interpretação
 Método literal ou gramatical ou textual – interpretação se dá a partir da letra da lei.
Dimensão sintática – estrutura gramatical da lei é considerada na totalidade de seu enunciado.
Dimensão semântica – significado das palavras utilizados na lei no contexto de sua estrutura. Todo significado que correspondente à letra da lei deveria ser um significado possível dessa lei e, assim, o significado que não encontrar uma correspondência mínima com a letra da lei, está para além de seu significado possível, portanto, a lei é um limite.
 Método histórico ou genético – procura saber o que levou ??????? o legislador a produzir a fonte e, para tanto, considera aspectos objetivos (situação social e jurídica) e aspectos subjetivos (intenção do legislador que produziu a lei). Possui um aspecto evolutivo porque a dimensão retrospectiva (precedentes históricos, comparativos e doutrinários) é uma forma de averiguar novas necessidades, diferentes daquelas que justificavam sua produção. Portanto, pode mostrar uma evolução na compreensão semântica da norma e na aplicação da lei, podendo este método procurar sentido à norma através da finalidade que a criou. 
Método Sistemático ou lógico – considera a unidade do sistema jurídico, portanto escolhe interpretar as normas de forma coerente com as outras. Ele permite resolver a polissemia ou ambiguidade semântica das palavras e atua na perspectiva atualista porque considera a integração sistemática da lei na atualidade. Além disso, o elemento sistemático é um princípio de consistência (a questão da unidade do sistema) e uma relação de contexto (interprete só interpreta a lei depois que enquadrá-la no conjunto mais vasto em que ela se integra). Assim, ele é um modo de evitar interpretações inconstitucionais de leis constitucionalmente validas fazendo um “controle antecipado de normas” (contexto vertical) e considera outras leis da mesma hierarquia ou preceitos da mesma lei, em conjunto com a lei interpretada, para a solução do mesmo caso. 
 Método Teleológico – busca encontrar a finalidade que justifica a vigência da lei enquanto o elemento histórico procura a justificação para a produção da lei. A estatuição é relevante para este método porque, só depois de saber o que a lei permite, proíbe ou obriga, é que se pode determinar a finalidade que a lei pode realizar no momento de sua interpretação. Ele também é compatível com a ideia de interpretar a fonte em consonância com os princípios formais e materiais que ela concretiza. A escolha desses princípios exige uma ponderação entre os princípios de justiça, de confiança e de eficiência, devendo o interprete escolher o principio formal que melhor se adequar aos interesses que a lei visa proteger. Portanto, a melhor interpretação que se insere nesse sistema é aquela que lhe acrescenta algo, permitindo proteger interesses que antes dela não se encontravam acautelados na lei. 
É o elemento que menos provem do sistema e que mais apela ao interprete o qual se utiliza de valores éticos, políticos ou econômicos para otimizar o principio subjacente a lei que interpreta. Portanto, ele é o que melhor permite controlar a interpretação. A teologia possui também uma dimensão consequencialista quando a finalidade da lei é produzir um efeito sancionário ???????
Conjugação dos métodos 
Nenhum deles é suficiente em si mesmo para determinar o significado da lei, mas cada um deles contribui para essa determinação. Portanto, a interpretação da fonte resulta da conjugação da contribuição de cada um deles. É importante que os métodos histórico, sistemático e teleológico sejam vistos numa perspectiva aditiva porque o interprete escolhe a interpretação que corresponde minimamente a letra da lei e, com o apoio na justificação histórica da lei, aquela que melhor se integra no sistema jurídico, e a que melhor se adéqua á necessidades sociais. 
Resultados da Interpretação 
 Interpretação Declarativa – resulta da coincidência entre o significado literal e o espírito da lei.
Interpretação Reconstrutiva (ou reconstitutiva) – a partir do fato da lei e apoiada no seu espírito, reconstrói o significado da lei podendo restringir como alrgar seu significado literal.
Interpretação extensiva – praeter litteram; se afasta do sentido literal porque abrange os casos em que a lei se aplica por imposição dos elementos não literais. Se dá, pelo juiz de agregação, em situações de abascamento de gênero ou de subtipos de mesmo tipo Quando a lei é taxativa. Portanto, ela e a interpretação declarativa lata porque o significado da lei e seu significado mais extenso.
Interpretação restritiva – citra litteram; reduz o âmbito de aplicação ao excluir, casos da literalidade da lei em que a dimensão pragmática da lei fica aquém da sua dimensão semântica. Nessa interpretação, a lei derrota o próprio espírito, ela derrota-se a si própria. 
Obs: REDUÇÃO TELEOLÓGICA - constrói uma exceçãoo ao regime legal ao não se aplicar a lei a um caso que é abrangido pela sua letra. Porem, a distinção entre os dois é discutível porque a criação de exceção a uma lei através da redução do seu campo de aplicação PE uma interpretação ao mesmo tempo rest. e teleológica.
 Interpretação ab-rogante – imposta quando a fonte é inteligível em si mesma, isto é, quando o interprete não lhepode atribuir nenhum significado (integração ab-rogante singular), ou quando a fonte e rente a regime não mais existente no sistema, ou seja, a fonte não tem referencia (int. ab-rogante sistêmica). Neste ultimo caso, a interpretação gera a lacuna oculta.
Obs: Pode ser chamado também de interpretação restritiva ou interpretação declaratória ??? interpretação de sentido restrito. 
 Interpretação corretiva – contra legem; manifesta na aprovação da lei a um caso que ela exclui (elimina uma exceção prevista em lei), ou não aplica a lei a um caso que ela abrange (cria exceção). Ela é justificada pela incompatibilidade da fonte com os valores jurídicos fundamentais mesmo que desconsidere a luta e o espirito da lei. Portanto, constitui a base na equidade.
OBS: pode ser chamada também de interpretação extensiva e analógica.

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