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Doenças Veiculadas por Alimentos (DVA's)

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Centro Universitário Unifacvest – FACVEST
Medicina Veterinária 8ª Fase
Doenças Veiculadas por Alimentos (DVA’s)
Acadêmicos: Camila Fernanda Baehr, Cleber Tiaraju V. Junior, Michelle Jaques Machado e Olívia Ferreira Rocha
O que são DVA’s?
Também conhecidas como DTA’s (Doenças transmitidas por alimentos), são causadas pela ingestão de alimentos e/ou água contaminados. 
Existem mais de 250 tipos de DTA e a maioria são infecções causadas por bactérias e suas toxinas, vírus e parasitas.
Importante causa de morbidade e mortalidade em todo o  mundo
Anisaquíase
Parasitas do gênero Anisakis
TGI de mamíferos marinhos
Larva L3
Anisaquíase
Anisaquíase
Sinais clínicos: 
Poucas horas após a ingestão de larvas infectadas = dor abdominal violenta, náuseas e vômitos. Ocasionalmente, as larvas são tossidas.
 Se as larvas passam para o intestino = sintomas parecidos com Doença de Crohn (doença inflamatória crônica séria do trato gastrointestinal, diarréia, cólica abdominal, às vezes febre, e sangramento retal. Também pode ocorrer perda de apetite, e de peso subsequente.)
Anisaquíase
Pode-se diagnosticar e tratar a anisaquíase gástrica através da remoção da larva utilizando endoscópio.
Anisaquíase entérica: o verme acaba morrendo, mas pode ser necessário cirurgia se houver obstrução intestinal ou peritonite.
Paralytic Shellfish Poisoning
Toxina paralisante
Essas toxinas, acumuladas em organismos marinhos, principalmente moluscos bivalves, podem causar intoxicação nos seres humanos ao serem consumidos. 
Início dos sinais entre 5 e 30 minutos após a ingestão: diarreia náuseas, vômitos, dores abdominais, perda de sensibilidade nas extremidades do corpo e, em casos severos, paralisia generalizada e óbito por falência respiratória. 
O tratamento é suportivo e os casos graves devem ser monitorados em ambiente hospitalar. 
Os moluscos que contém a toxina não apresentam alterações na aparência nem no sabor.
A toxina não é degradada pelo cozimento
Paralytic Shellfish Poisoning
Nota de alerta emitida pelo DIVE (Departamento de Vigilância Epidemiológica)  Detecção de Toxina Paralisante (PSP) em moluscos bivalves (ostras, vieiras, mexilhões e berbigões) em Santa Catarina.
No dia 18 de outubro de 2017, foi detectada pelo Laboratório Laqua-Itajaí/IFSC a presença da toxina Paralisante – PSP, sigla em inglês para Paralytic Shellfish Poisoning, em cultivos do litoral do estado catarinense. 
Diretoria de Vigilância Epidemiológica alertou:
Equipes epidemiológicas e de saúde em geral devem permanecer alertas para indícios de DTA em pessoas que se alimentaram de moluscos bivalves.
Notificar ao DIVE os casos suspeitos para que a mesma possa investigar e identificar a possibilidade de surto.
Listeriose
Listeria monocytogenes
Doença é subdiagnosticada e subnotificada no Brasil
Provavelmente ocorre de forma assintomática na maioria das vezes
Em casos de gestantes a infecção se torna de maior importância
Período de incubação em torno de 3 semanas (varia entre 3 e 70 dias após exposição ao agente)
Listeriose
Sinais Clínicos: 
Febre, cefaleia, náuseas, vômitos, aborto, meningite, encefalite, sepse.
Infecção cervical ou intra-uterina em gestantes, as quais podem provocar aborto (no segundo ou terceiro trimestre) ou nascimento prematuro.
Taxa de letalidade: recém-nascidos (30%), adultos sem gravidez (35%). Quando ocorre septicemia, a taxa de letalidade é de 50% e com meningite pode chegar a 70%.
Listeriose
Como o ser humano adquire?
Carnes mal cozidas, leite contaminado, sorvetes, água, ingestão de queijo fresco
Queijos em processo de maturação podem constituir meio para o crescimento de Listeria e são frequentemente causa de surtos (importância do período de maturação em queijos feitos de leite cru)
Também há infecção neonatal
Listeriose
Diagnóstico através do isolamento do agente no sangue, placenta, lavado gástrico..
Tratamento com penicilina + aminoglicosídeo.
Resistência à tetraciclina e cefalosporina
Listeriose
Medidas profiláticas
Notificação imediata às autoridades de vigilância epidemiológica.
Ingerir alimentos bem cozidos, leite pasteurizado de fonte segura, evitar vegetais sem procedência...
Em casos de epidemias – investigar para determinar a fonte de infecção e prevenir futuros casos.
No dia 04/09/17 foi liberado a venda de fiambres pois os laudos atestaram as condições 
satisfatórias dos alimentos, comprovando a contaminação em apenas um lote de queijo fracionado.
Fonte: Site Terra
Salmonelose
Salmonella spp.
Mais comum entre pessoas de imunidade baixa (crianças, idosos)
Sintomas: febre, dor abdominal, calafrio, diarreia, mal-estar, vômito, cefaleia. Em casos graves pode levar a septicemia.
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Salmonelose
Como o ser humano adquire a infecção?
Ingestão de alimentos contaminados (carne bovina ou de aves mal cozidas, produtos à base de ovo cru, leite contaminado, frutas e verduras, água)
Maus hábitos de higiene
Como evitar?
Confecção correta dos alimentos (cozinhar bem as carnes, lavar os vegetais, adquirir produtos de fonte segura)
Manter bons hábitos de higiene (lavar as mãos)
Salmonelose
Período de incubação: 6 horas a 4 dias após a ingestão do alimento contaminado.
O diagnóstico pode ser feito através de amostras fecais e o tratamento é sintomático, com reposição de líquidos evitando a desidratação e também com antibiótico.
17/03/17
Protozoário coccídeo intracelular
Hospedeiro definitivo: felinos
Ciclo Toxoplasma gondii
Toxoplasmose
Toxoplasmose
Período de Incubação: 
10 a 23 dias quando a infecção provém da ingestão de carne mal cozida
5 a 20 dias em uma infecção associada a gatos
Toxoplasmose
Como o ser humano se infecta? 
Ingestão de carne mal cozida contendo os oocistos, ingestão dos oocistos pela mão, alimento ou água contaminada por fezes de felinos infectados, via transplacentária.
Dados do município de Lages (não se tem certeza se é DVA)
2016 – 5 casos
2017 – 3 casos
Toxoplasmose
Sintomas e sinais clínicos
Geralmente assintomática, nos quadro agudos pode apresentar febre, linfoadenopatia, linfocitose e dores musculares que persistem durante dias a semanas.
Quando por via transplacentária: feto apresentará lesão cerebral, deformidades físicas e convulsões desde do nascimento até um pouco depois.
Lesão ocular: mapeamento de retina = lesão esbranquiçada.
Toxoplasmose
Como prevenir?
a) Ingerir carne cozida a uma temperatura segura (suficiente para matar Toxoplasma); 
b) descascar ou lavar completamente frutas e vegetais antes de comer; 
c) limpeza de superfícies e utensílios de cozinha depois de terem entrado em contato com carne crua, aves, frutos do mar ou frutas ou vegetais não lavados; 
d) mulheres grávidas evitar entrar em contato com a caixa de areia onde o gato defeca;
e) não alimentar os gatos com carne crua ou pouco cozida e tentar impedir que eles comam ratos/pássaros que podem estar contaminados.
Investigação de casos de toxoplasmose aguda em Paraty e Angra dos Reis –Rio de Janeiro, Agosto de 2010
Resultados: Do total de 31 casos, 30 apresentaram sinais clínicos, sendo os mais frequentes: inapetência, astenia, cefaleia e linfoadenomegalia. Seis casos apresentaram toxoplasmose ocular, sendo 1 com lesões irreversíveis. Dezenove realizaram tratamento específico, 11 foram hospitalizados e 6 relataram comorbidades.
CLOSTRIDIUM PERFRINGENS
Apresenta bastonetes móveis por flagelos peritriquios, esporulados, gram-positivos e anaeróbios estritos;
Habitat preferencial;
As intoxicações resultam da ingestão de alimentos contaminados;
Condições que permitem seu crescimento e sobrevivência;
Alimentos mais frequentes;
Grupos de risco;
PRINCIPAIS SINTOMAS
Dores abdominais agudas, diarreias com náuseas, febre e, em casos raros, vômitos;
Os sintomas surgem cerca de 6 a 24 horas após a ingestão do alimento contaminado ;
PREVENÇÃO
Controle através da temperatura, a maioria das células viáveis são facilmente
destruídas pelo aquecimento de 60C, mas os esporos podem sobreviver por bastante tempo a temperatura mais elevadas.
BOTULISMO
Doença produzida pela bactéria: Clostridium botulinum;
Encontrada no solo e alimentos mal conservados;
 seu habitat natural é o solo e a água não tratada
foram descritos 8 tipos de toxinas (A, B, C1, C2, D, E, F, G), todos exceto a C2 são neurotoxinas;
 Bactéria: bacilo gram-positivo flagelado, produz esporos e neurotoxinas
As toxinas apenas são destruídas pelo aquecimento a 80C, durante 30 min ou a 100C durante 10 min. 
As causas de botulismo dependem do tipo específico da doença, sendo:
Botulismo infantil ou do lactante: é a mais comum, acomete crianças de 2 a 6 meses;
Botulismo alimentar: ocorre pela ingestão e alimentos contaminados com a bactéria;
Botulismo de feridas: as bactérias entram no organismo por meio de lesões na pele.
SINTOMAS
Boca seca;
Fotofobia;
Queda da pálpebra;
Dificuldade para fazer suas necessidades;
Paralisia muscular progressiva;
Dificuldade de engolir;
Visão dupla;
Dificuldade de respirar;
Tontura;
TRATAMENTO
Administração de uma antitoxina (antídoto) imediata ou então o soro polivalente;
Se o tratamento for tardio, pode ser que ele não funcione;
Lavagem estomacal e intestinal.
CAMPYLOBACTER
Bebidas ou alimentos contaminados;
Contato com pessoas ou animais infectados;
A bactéria se encontra no trato digestivo de animais de fazenda;
A infecção ocorre por: 
água contaminada;	
leite não pasteurizado;
carne não cozida ou alimentos preparados em superfícies da cozinha tocadas por carne contaminada.
SINTOMAS
Geralmente se desenvolvem 2 a 5 dias após a exposição e continuam por cerca de uma semana;
Diarreia e vômito;
A diarreia pode ser sanguinolenta e vir acompanhada de enjoo, vômito, dor de cabeça, dores musculares e febre.
TRATAMENTO
Geralmente nenhum tratamento específico.
Azitromicina.
Muitas pessoas melhoram em torno de 1 semana sem tratamento específico.
FUNGOS
Penicillium spp.
É conhecido como fungo dos bolores;
Podem sobreviver no solo ou no interior das sementes e grãos;
Ataca diversas culturas de importância econômica;
É muito utilizado para fins farmacêuticos pois ele produz micotoxinas que destroem algumas espécies de bactérias.
Algumas espécies de Penicillium spp são utilizadas na produção de vários tipos de queijo.
Dados município de Lages
2 casos em 2017
Questionário
1) Onde vivem as larvas de Anisaquíase e como o homem consegue ingeri-las?
Questionário
1) Onde vivem as larvas L3 de Anisaquíase e como o homem consegue ingeri-las?
R: As larvas L3 vivem dentro dos crustáceos que ingeriram L2. O homem adquire quando ingere um peixe que comeu um crustáceo contaminado.
2) Quais medidas profiláticas podem ser adotadas em casos de Listeriose?
Questionário
1) Onde vivem as larvas de Anisaquíase e como o homem consegue ingeri-las?
2) Quais medidas profiláticas podem ser adotadas em casos de Listeriose?
R: Notificar DIVE, ingerir alimentos bem cozidos, leite pasteurizados...
3)Quais os principais tipos de botulismo?
Questionário
1) Onde vivem as larvas de Anisaquíase e como o homem consegue ingeri-las?
2) Quais medidas profiláticas podem ser adotadas em casos de Listeriose?
3)Quais os principais tipos de botulismo?
R: infantil, alimentar, por feridas
4) A toxoplasmose é transmitida ao homem pelo contato com o gato. ( ) V ( ) F
Questionário
1) Onde vivem as larvas de Anisaquíase e como o homem consegue ingeri-las?
2) Quais medidas profiláticas podem ser adotadas em casos de Listeriose?
3)Quais os principais tipos de botulismo?
4) A toxoplasmose é transmitida ao homem pelo contato com o gato. ( ) V (x) F
5) Através da ingestão de alimentos, como se adquire a teníase? E a cisticercose?
Questionário
5) Através da ingestão de alimentos, como se adquire a teníase? E a cisticercose?
Questionário
5) Através da ingestão de alimentos, como se adquire a teníase? E a cisticercose?
R: Teníase através da ingestão dos cisticercos da Taenia solium ou saginata, presente na musculatura de suínos ou bovinos respectivamente.
Cisticercose através da ingestão dos ovos da Taenia solium, em verduras, frutas ou auto contaminação
Questionário
6) Qual é o reservatório natural da E. coli enterohemorrágica sorotipo O157:0?
Questionário
6) Qual é o reservatório natural da E. coli enterohemorrágica sorotipo O157:0?
R: trato gastrintestinal de bovinos.

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