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UNIFEI/ IESTI - Kazuo Nakashima & Egon Luiz Muller Jr WWW.elt09.unifei.edu.br 9 ELT313 – LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA ANALÓGICA I ENGENHARIA ELÉTRICA LABORATÓRIO NO2: RETIFICADORES OBJETIVO O objetivo desta aula é observar e medir os valo- res de tensão nos circuitos retificadores e observar os efeitos do filtro capacitivo. MATERIAL UTILIZADO Equipamentos: � Multímetro digital True RMS � Multímetro digital Average Sensing � Osciloscópio de 2 canais Componentes: � Transformador 24V-CT (ou 12V+12V)/1A � Diodo retificador 1N4001/1N4007 (4) � Resistor 5%, ½ W: 1 kΩ (1) � Capacitor eletrolítico >25V: 10µF(1) 100µF(1) 1- REDE DE ALIMENTAÇÃO AC A grande finalidade do retificador é a conversão de corrente alternada para corrente contínua. Como a maior parte da energia elétrica é dis- tribuída em corrente alternada (tensão senoidal de 127/220V/60Hz) e como todos aparelhos ele- trônicos como televisor, rádio, som, fax, micro- computador, etc. funcionam em corrente contí- nua, podemos avaliar o quanto um retificador é utilizado A rede de alimentação em corrente alternada do laboratório é um sistema trifásico com neutro ater- rado (127/220V/60Hz) e malha de terra. A tensão entre o NEUTRO e qualquer uma das três FASES é 127V (RMS) e a tensão entre as fa- ses, denominada tensão de linha, é de 220V. A tomada de três pinos, utilizada para alimentar os instrumentos em 127V, possui dois pinos chatos (FASE e NEUTRO) e um pino redondo (TERRA). A tomada de dois pinos (FASE e NEUTRO) deve ser utilizada apenas para alimentação do transforma- dor. O TERRA (fio verde com lista amarela) deve ser utilizado apenas para aterramento do chassis dos equipamentos e não deve ser utilizado como NEU- TRO. � Verificar qual terminal da tomada de três pinos é a FASE e qual terminal é o NEUTRO. A partir de agora todo cuidado é pouco. ATENÇÃO: 1. Para evitar choque elétrico e/ou danos ao ins- trumento, NÃO conectar o terminal de entrada COMMON do multímetro em potencial maior que 500V, DC ou RMS, em relação ao TERRA. 2. Todo aparelho e as pontas de prova devem es- tar em perfeitas condições de uso. 1) Verifique se a ponta de prova preta está conec- tada na entrada COMMON do multímetro e a ponta de prova vermelha está conectada na en- trada (VΩ). 2) Ajuste o multímetro para ACV:200 ou AUTO 3) Preste muita atenção no terminal do multímetro (V/Ω) e na escala utilizada (ACV:200) 4) Conectar a outra extremidade da ponta de prova preta ao TERRA da tomada. 5) Conectar a extremidade da ponta de prova ver- melha em um dos pinos chatos da tomada. Se o Voltímetro indicar aproximadamente 0V este pi- no é o NEUTRO (N). 6) Ao medir o outro pino chato, o multímetro indi- cará 127V com tolerância de ±10%. Este pino é a FASE (F), ou o Hot Wire ou o Terminal Vivo. Figura 1 – Tomada (polarização provável) Qualquer anormalidade, ou seja, tensão menor que 115V ou maior que 140V, comunique o instrutor imediatamente. V (NEUTRO) = Vrms V (FASE) = Vrms 2- TRANSFORMADOR O transformador é necessário para duas fun- ções: a) Adequar a tensão disponível (127V) às necessi- dades da tensão retificada (6, 9,12, 24V) b) Para proporcionar uma isolação galvânica entre a rede de alimentação e a carga. O transformador utilizado nesta aula possui dois enrolamentos primários para possibilitar a ligação em 127V e 220V. ELT313 - Laboratório de Eletrônica Analógica I Laboratório No 2 UNIFEI/ IESTI - Kazuo Nakashima & Egon Luiz Muller Jr WWW.elt09.unifei.edu.br 2 Para ligação em 220V os dois enrolamentos são conectados em série como mostra a Figura 2(a) enquanto que para ligação em 110V ou 127V os dois enrolamentos são conectados em paralelo co- mo mostra a Figura 2(b). Desta forma circulará a mesma corrente em ca- da enrolamento primário mantendo a mesma po- tência para as duas ligações. Poderíamos conectar os dois enrolamentos pri- mário em série e ligar em 110V ou 220V como mos- tra a Figura2(c). Como existe limitação de corrente, a potência ficaria limitada pela metade na ligação em 110V. Figura 2- Transformador ATENÇÃO: NUNCA aplicar tensão maior que o especificado em qualquer enrolamento do trans- formador. Se você ligar 220V no enrolamento de 110V, o transformador entrará em saturação provocando grande “consumo” de corrente danificando-o irre- mediavelmente. O contrário é possível de ser feito. Aplicar 127V no enrolamento de 220V não traz grandes proble- mas. A tensão de saída será menor e não podere- mos utilizar toda potência para o qual o transforma- dor foi projetado. ATENÇÃO: Aplicar tensão acima do especificado pelo fabricante certamente danificará qualquer e- quipamento. Porém alguns equipamentos podem ser danificados também com a subtensão, tensão menor que o limite mínimo especificado. OBS.: O sinal de um ponto (ou um sinal +) indica a polaridade do enrolamento do transformador. Se tudo estiver correto, a tensão do secundário V21 te- rá a mesma fase que a tensão do primário V1. ISOLAÇÃO GALVÂNICA Ao ligar o GND do osciloscópio (aterrado através do terceiro pino do cabo de alimentação) em qual- quer parte do circuito, você estará aterrando este ponto do circuito através do osciloscópio. Se outro ponto do circuito já estiver aterrado es- taremos provocando um curto-circuito que certa- mente danificará o circuito e provavelmente o osci- loscópio. Para evitar este risco é comum utilizar uma práti- ca não recomendada: isolar o terceiro pino. Nesta situação o chassis do osciloscópio ficará energiza- do colocando o operador em risco de choque elétri- co. Para evitar este risco utilize o osciloscópio no modo diferencial. ATENÇÃO: 1) A tensão nominal dos transformadores utiliza- dos no LSC e no LEA2 é 110V . 2) Alimentando estes transformadores em 127 V, teremos uma tensão maior no secundário V2 = (127/110)V2Nominal = 1,1545. V2Nominal. Esta tensão maior provocará um aquecimento adicional no transformador, portanto devemos trabalhar com corrente menor e/ou limitar o tem- po de operação/utilização do transformador. 3) NUNCA aplicar 220V no Tap de 110V. NUNCA aplicar 127V ou 220V no secundário do trans- formador. O transformador será danificado permanentemente 4) Podemos aplicar 127V no Tap de 220V para ob- termos uma tensão menor no secundário. 5) O fusível de 0,1A ou 0,2A instalado no primário do transformador protege o transformador con- tra um defeito no transformador e contra um provável curto-circuito no secundário. 6) Um fusível de 1 ou 2 A, instalado no secundário do transformador e coordenado com o fusível do primário para atuar mais rápido, fará uma proteção mais efetiva contra curto-circuito na carga. ELT313 - Laboratório de Eletrônica Analógica I Laboratório No 2 UNIFEI/ IESTI - Kazuo Nakashima & Egon Luiz Muller Jr WWW.elt09.unifei.edu.br 3 V21 V22 110V CT GND CH1 CH2 Fase Neutro 12V 12V L11 L12 CT V22 V21 220V 110V 0V Fase Neutro 0V (16V) (16V) Figura 3- Transformador com CT Tensões nos transformadores em V LSC primário secundário V21(pico) Nominal 110/220 16+16 22,62 127 em 110 18,47+18,47 26,12 127 em 220 9,236+9,236 13,062 LEA2 primário secundário V21(pico) Nominal 110 12+12 16,970 127 em 110 13,85+13,85 19,593 P P P [V] [V] [V] RMS RMS RMS 127V21= V22 = 16 =18,472 V 26,12 110 127V21= V22 = 16 =9,236 V 13,06 220 127V21= V22 = 12 =13,854 V 19,59 110 ⇒ ⇒ ⇒ � Ligar o primário do transformador na tomada de 127V conformea Figura 3. Utilize cabos com pi- no banana conectando primeiro no transforma- dor e por último na rede de alimentação. ATENÇÃO: 1. Ligar na tomada por ultimo. 2. Desligar da tomada primeiro. � Medir a tensão eficaz no primário do transfor- mador através de multímetro na escala ACV200/AUTO. VFN = VFASE = Vrms � Medir a tensão eficaz no secundário do trans- formador, entre o tap central e terminal 1 e entre o tap central e o terminal 2. Para melhorar a precisão da leitura mude a es- cala para ACV20. A polaridade do multímetro não altera o resultado, porém, é recomendável ligar o conector COMMON (ponta de prova preta) ao GND ou TERRA. V21 = Vrms V22 = Vrms V2=V21+V22= Vrms Portanto a relação de transformação deste trans- formador é n1=V1/V21 = n2=V1/V22 = � Medir a tensão de pico no secundário do trans- formador através do osciloscópio. 1) Ligar o GND do osciloscópio ao CT do transfor- mador. ATENÇÃO: fazendo isso você estará desfazendo a isolação galvânica do transforma- dor. 2) Ligar CH1 (5V/DIV-DC-CAL) em V21. 3) Ligar CH2 (5V/DIV-DC-CAL) em V22. 4) VERTICAL MODE em BOTH ( DUAL), CHOP- PER (se possível) 5) HORIZONTAL: 2mSEC/DIV, X1 6) TRIGGER: EXT-LINE, SLOPE+ 7) Posicionar o 0V no centro da tela. Mude a chave AC-GND-DC dos dois canais para GND e posi- cione os traços atuando nos botões VERTICAL POSITION. Em seguida volte estas chaves para posição DC. 8) Posicionar o traço horizontalmente atuando no HORIZONTAL POSITION e no TRIGGER LE- VEL. Se necessário altere para SLOPE(-). É possível que a fase que alimenta o transforma- dor seja diferente da fase que alimenta o osci- loscópio. ATENÇÃO: Para medir tensões maiores que 20Vp com osciloscópio, utilize ponta de prova atenuadora X10. Leia o procedimento de ajuste de compensação da ponta de prova atenuadora no manual de operação do osciloscópio. ELT313 - Laboratório de Eletrônica Analógica I Laboratório No 2 UNIFEI/ IESTI - Kazuo Nakashima & Egon Luiz Muller Jr WWW.elt09.unifei.edu.br 4 Observe que as duas tensões V21 e V22 possu- em o mesmo valor eficaz, porém apresentam fase invertida (180o). O oscilograma apresentado na Figura 4 corres- ponde a um transformador de 24V com TAP central ou 12V+12V. ���� = ���(�� )√2 = 12√2 = 16,9� Figura 4 – Oscilograma 21( ) 21( ) 22( ) 22( ) 2 2 pico rms pico rms V V V V = = = = Os valores medidos deverão estar bem próximos dos valores previstos se a tensão da rede não a- presentar distorção. Provavelmente a tensão de pi- co medida será menor que o prevista devido a dis- torção da onda senoidal. Previsto Medido V21(p) = Vpico V22(p) = Vpico ATENÇÃO: Para desligar o transformador, re- tire os pinos banana da tomada. 3- RETIFICADOR DE ½ ONDA ATENÇÃO: Mantenha o transformador desligado toda vez que for montar ou modificar o circuito. � Desligar o transformador da rede retirando os pinos banana da tomada. � Montar o circuito (diodo e resistor) em um Proto Board. Espere a verificação do instrutor antes de ligar o circuito . Figura 5 - Retificador de 1/2 onda. � Ligar o secundário do transformador ao retifica- dor utilizando cabos com pino banana e garra jacaré. � Ligar o primário do transformador na tomada. CH2:5V/D CH1:5V/D H:2mSECVI IV /DIV Trig:LINE Figura 6 - Oscilograma do retificador de 1/2 onda. � Medir o valor de pico da tensão na carga, Vop, através do canal 2 do osciloscópio. CH2=5V/DIV-DC. Observe que é ligeiramente menor que a tensão de pico no secundário do transformador devido à queda de tensão no diodo (Vd). Vo(pico) = V � Medir o valor médio (Vdc), o valor eficaz da componente alternada (Vac), o valor eficaz ac+dc (VRMS), o valor de pico (Vp ou Vop) e o valor pico a pico (Vpp ou Vopp) da tensão retifi- cada Vo, ou seja, da tensão no resistor de carga RC. 1) Osc Dig DC – Osciloscópio Digital DC coupled 2) Osc Dig AC– Osciloscópio Digital AC coupled 3) DMM1 – True RMS AC coupled 4) DMM2(?) – Average Sensing AC coupled ELT313 - Laboratório de Eletrônica Analógica I Laboratório No 2 UNIFEI/ IESTI - Kazuo Nakashima & Egon Luiz Muller Jr WWW.elt09.unifei.edu.br 5 Observe que esta forma de onda não é mais uma senoidal pura. Portanto ela será medida corre- tamente através de um multímetro “True RMS”. A leitura indicada por uma interrogação é uma leitura não confiável efetuada pelo Multímetro Ave- rage Sensing. OBS.: A maioria dos multímetros utiliza acoplamen- to AC na escala AC, ou seja, a componente contí- nua é bloqueada. O valor eficaz total RMS (AC+DC) ou simples- mente RMS (DC), que é o valor utilizado para o cál- culo da potência média dissipada em uma resistên- cia, deve ser calculado da seguinte forma: 2 2 * RMS dc acV V V= + Para medir o valor médio desta tensão retificada através do osciloscópio analógico mude o acopla- mento para AC e meça o deslocamento da forma de onda. Não esqueça de voltar o acoplamento de CH2 para DC. O “fator de ondulação” ou “ripple” é um fator de mérito de um retificador. Quanto menor a ondulação melhor é o retificador op 21(pico) d op dc o(Ave) op OP O(RMS) op 2 2 ac RMS dc op ac(rms) dc opp o(pico) V =V V = V V =V = = 0,3183 V = VV = = 0,5 V = 2 V = V -V = 0,3856 V = V ripple = =1,2113 V V =V - pi = Vo VDC VAC VRMS Previsto Osc Dig DC Osc Dig AC DMM 1 DMM 2 ? Vo Vop Vopp ripple Previsto Medido � Desligue o transformador da rede � Não desmonte este circuito. 4 - RETIFICADOR DE ONDA COMPLETA – FWCT � Complete o circuito anterior adicionando o diodo D2 conforme o diagrama esquemático apresen- tado na Figura 7, retificador Full Wave Center Taped. Atenção: Preste muita atenção na polaridade do diodo. A inversão da polaridade deste segundo dio- do provocará um curto-circuito. Espere a verificação do instrutor. D1 1k Rc V21 V22 127V CT Vo GND CH1 CH2 conexão passagem NÃO é conexão antigo novo Figura 7 - Retificador de onda completa. CH2:5V/D CH1:5V/D H:2mSECVI IV /DIV Trig:LINE Figura 8 - Oscilograma do retificador de onda completa. � Medir o valor médio (Vdc), o valor eficaz da componente alternada (Vac), o valor eficaz ac+dc (VRMS), o valor de pico (Vp ou Vop) e o valor pico a pico (Vpp ou Vopp) da tensão retifi- cada Vo, ou seja, da tensão no resistor de carga RC. ELT313 - Laboratório de Eletrônica Analógica I Laboratório No 2 UNIFEI/ IESTI - Kazuo Nakashima & Egon Luiz Muller Jr WWW.elt09.unifei.edu.br 6 . (RMS) op 21(pico) d op dc o(Ave) op OP op 2 2 ac RMS dc op ac(rms) dc opp o(pico) V =V V = 2V V =V = = 0,6366 V = VV = = 0,7071 V =o 2 V = V -V = 0,3077 V = V ripple= =0,4833 V V =V - pi = Observe que o “fator de ondulação” ou “ripple” é menor na retificação em onda completa do que na retificação em meia onda. Vo VDC VAC VRMS Previsto Osc Dig DC Osc Dig AC DMM 1 DMM 2 ? Vo Vop Vopp ripple Previsto Medido 5 - FILTRO CAPACITIVO Para obtermos uma tensão mais contínua, com baixa ondulação (baixo ripple), devemos filtrar a onda retificada. A solução mais empregada é a utilização de um capacitor na saída do retificador como mostra a Fi- gura 9. Este filtro é conhecido como “detector de pi- co”. � Complete o circuito com um capacitor eletrolítico de 10uF/25V. ATENÇÃO: O capacitor eletrolítico épolarizado. Preste muita atenção na polaridade do capaci- tor. A inversão de polaridade ou aplicação de corrente alternada neste tipo de capacitor pro- vocará a explosão do mesmo. OBS.: No oscilograma apresentado na Figura 10 a forma de onda da corrente no diodo D1 foi adicio- nada artificialmente. Não é possível observar estas três formas de onda simultaneamente no osciloscó- pio de dois canais. Figura 9- Filtro capacitivo CH2:5V/D CH1:5V/D H:2mSECVI IV /DIV Trig:LINE Figura 10- Oscilograma de um retificador de onda completa com filtro capacitivo de 10µF. Em um circuito RC a ondulação, ripple, depende da relação entre constante de tempo τ=RC e o tempo de descarga do capacitor ∆t. Quanto menor a relação ∆t /τ menor será a ondulação. = RC t = tempo de descarga do capacitor 1/f = 16,66 ms (ou 14ms) meia onda 1/2f 8,33ms (ou6ms) onda completa ( considerandotempo decarga 2 ms) - t/Vopp=Vop(1-e ) τ τ ∆ ≅ ≅ = ≅ ∆ t τ ∆ Vopp Vop t τ ∆ Vopp Vop 0,002 0,0020 0,1 0,0951 0,005 0,0050 0,2 0,1812 0,01 0,0099 0,5 0,3934 0,02 0,0198 0,7 0,5034 0,05 0,0487 1 0,6321 ELT313 - Laboratório de Eletrônica Analógica I Laboratório No 2 UNIFEI/ IESTI - Kazuo Nakashima & Egon Luiz Muller Jr WWW.elt09.unifei.edu.br 7 -∆t/ -∆t/ 2 2 -∆t/ -∆t/ [ ] 1 = RMS dc ac Vopp 1 + eVdc Vop - Vop 2 2 Vopp 1 - eVac Vop 2 3 2 3 V V V Vac 1 - e ripple Vdc 3 1 + e τ τ τ τ ≅ ≅ ≅ = = + ≅ Considerando corrente constante I Vo dcVopp = t I = C R ∆ Vo VDC VAC VRMS Previsto Osc Dig DC Osc Dig AC DMM 1 DMM 2 ? Vo Vop Vopp ripple Previsto Medido � Troque o capacitor eletrolítico para 100uF/25V. A ondulação ficou bem menor. CH2:5V/D CH1:5V/D H:2mSECVI IV /DIV Trig:LINE Figura 11- Oscilograma de um retificador de onda completa com filtro capacitivo de 100µF. � Para observar esta ondulação com mais preci- são, mude a escala de CH2 para ~0,5V/DIV (a- coplamento AC). Seria impossível posicionar este traço na tela do osciloscópio na escala 0,5V/DIV-DC devido à pre- sença de uma componente contínua muito alta para esta escala. OBS.: Esta é uma situação onde utilizamos o aco- plamento AC. Mude o acoplamento de CH2 para AC e posicione o traço no centro da tela. ~CH2:0,5 V CH1:5V/DIV H:2mSEC/DIV /DIV Trig:LINE Figura 12- Oscilograma de um retificador de onda completa com filtro capacitivo Vo VDC VAC VRMS Previsto Osc Dig DC Osc Dig AC DMM 1 DMM 2 ? Vo Vop Vopp ripple Previsto Medido Observe que o diodo conduz uma corrente com amplitude muito maior, porém por menos tempo. A análise das correntes será o assunto do próxi- mo laboratório. 6 - TENSÃO NO DIODO Medição diferencial Para medir uma tensão entre dois pontos não aterrados devemos operar o osciloscópio no modo DIFERENCIAL. No osciloscópio digital utilize a fun- ção MATH: CH1 – CH2 Observe que a parte positiva, acima da referên- cia 0V, de apenas 0.6 a 0.8V, correspondente à queda de tensão direta do diodo, quando o diodo está conduzindo. A parte negativa é a tensão apli- cada reversamente no diodo quando o diodo está bloqueado ELT313 - Laboratório de Eletrônica Analógica I Laboratório No 2 UNIFEI/ IESTI - Kazuo Nakashima & Egon Luiz Muller Jr WWW.elt09.unifei.edu.br 8 Neste modo de medição no osciloscópio analó- gico podemos observar apenas uma forma de onda de cada vez. No osciloscópio digital podemos ob- servar as três formas de onda V21, Vo e Vd1. IM- PORTANTE: mantenha os dois canais na mesma escala 5V/DIV, DC CH1:5V/DIV CH2:5V/DIV(INV) H:5mSEC/DIV ADD:CH1-CH2 Trig:LINE Figura 13- Tensão no diodo ( Medição diferencial.) Para podermos verificar a relação de fase de ca- da uma delas, ou seja, a posição horizontal de uma onda em relação à outra, devemos utilizar o sincro- nismo externo (TRIGGER EXT LINE). PIV≅√2 V2(RMS)= PIV ou VRR = Vpico Procedimento Inseguro Para medir a tensão no diodo D1 ou D2, deverí- amos mudar o GND do osciloscópio para o ponto Vo, uma condição perigosa e nem sempre possível. Devemos isolar o GND do osciloscópio em rela- ção ao TERRA, para conectar o GND do osciloscó- pio no pólo positivo do retificador. Nesta condição, a carcaça, toda parte metálica do osciloscópio, ficará energizada com o potencial do pólo positivo do reti- ficador, colocando o operador em risco de choque elétrico. Se o pólo negativo do retificador estiver aterrado e se o GND do osciloscópio estiver aterrado, via terceiro pino do cabo de força, provocaremos um curto-circuito na saída do retificador via GND do os- ciloscópio. 7 - RETIFICADOR EM PONTE – FULL BRIDGE Em relação ao retificador de onda completa com transformador com tap central FWCT, o retificador em ponte utiliza mais semicondutor porém econo- miza cobre e ferro no transformador. O valor médio de corrente no secundário do transformador é zero. Observe que estamos utilizando apenas a meta- de do enrolamento do secundário do transformador em relação ao retificador de onda completa com tap central. A queda de tensão em dois diodos diminui muito a eficiência deste retificador em ponte para retifica- dores de baixa tensão, abaixo de 5V. Figura 14 - Retificador em ponte ELT313 - Laboratório de Eletrônica Analógica I Laboratório No 2 UNIFEI/ IESTI - Kazuo Nakashima & Egon Luiz Muller Jr WWW.elt09.unifei.edu.br 9 Atenção: Uma vez que o GND do osciloscópio está no polo negativo da ponte retificadora e não no tap central do transformador, não é possível obser- var a tensão V21 simultaneamente com Vo. Se o GND do osciloscópio estiver conectado ao pólo negativo da ponte (Vo-), o canal CH1 estará observando a tensão no diodo D2 e não a tensão no secundário do transformador. CH2:5V/D CH1:5V/D H:2mSECVI IV /DIV Trig:LINE Figura 15 - Oscilograma do retificador em ponte. Vo(pico) = V 21( ) ( ) ( ) 2 2 2 OP pico d OP O Av OP O RMS V V V VV VV pi = − = ≅ = ≅ = Vo VDC VAC VRMS Previsto Osc Dig DC Osc Dig AC DMM 1 DMM 2 ? Vo Vop Vopp ripple Previsto Medido 8 - RETIFICADOR PARA FONTE SIMÉTRICA Uma fonte de corrente contínua muito utilizada industrialmente é a fonte simétrica de ±15V, ou se- ja, uma fonte de +15V e outra de -15V com um pon- to em comum. Figura 16- Retificador para fonte simétrica. ELT313 - Laboratório de Eletrônica Analógica I Laboratório No 2 UNIFEI/ IESTI - Kazuo Nakashima & Egon Luiz Muller Jr WWW.elt09.unifei.edu.br 10 O circuito funciona como dois retificadores de onda completa com tap central, uma com tensão re- tificada positiva e outra negativa. O circuito retifica- dor é semelhante ao circuito da ponte, o que nos leva a cometer alguns equívocos durante a análise. Observe atentamente a ligação do secundário do transformador com tap central. CH2:5V/D CH1:5V/D H:2mSECVI IV /DIV Trig:LINE 0V +Vcc -Vcc D1 D2 8 - ERROS SISTEMÁTICOS DOS MULTÍMETROS AVERA- GESENSING PARA ONDAS SENOIDAIS RETIFICADAS Multímetros AverageSensing apresentam erros sistemáticos para ondas não senoidais perfeitas, in- clusive para ondas parcialmente senoidais como nos retificadores de meia onda e ondacompleta. ( )( ) m 2 2 ac RMS dc Ave (?) (?) (true) v(t) = V sen(ωt) V = V -V Vac =1.1107 Vac % Vac Vac 1 100erro = − Retificação em onda completa Vdc Vac VRMS Vac(?) Erro 0,6366 0,3077 0,7071 0,2982 -3,1% Ave m RMS m V /V = 2 / pi=0,6366 V /V = 1/ 2 = 0,7071 Retificação em meia onda Vdc Vac VRMS Vac(?) Erro 0,3183 0,3856 0,5 0,3897 +1,06% Ave m RMS m 2 2 RMS Ave m m V /V = 1/pi= 0,31831 V /V = 1/2= 0,5 V -V Vac/V = =0,3856 V Itajubá, MG, novembro de 2017
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