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Sistematização do Cuidar II- resumo av2 parte 1

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Sistematização do Cuidar II 
Sistematização da Assistência em Enfermagem Processo de Enfermagem 
RESOLUÇÃO COFEN-358/2009 
É um dos meios que o enfermeiro dispõe para aplicar seus conhecimentos técnico 
científicos e humanos na assistência ao paciente e caracterizar sua prática profissional. 
ÁREA DE ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que é Processo de Enfermagem? 
É utilizado como método para sistematizar o cuidado, propiciando condições para 
individualizar e administrar a assistência e possibilitando, assim, maior integração do 
enfermeiro com o paciente, com a família, com a comunidade e com a própria equipe, gerando 
resultados positivos para a melhoria da prestação desta assistência. 
 Art. 1º O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e 
sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado 
profissional de Enfermagem. 
 Art. 2º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, 
interdependentes e recorrentes: 
 
Etapas do Processo de Enfermagem 
I – Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem); 
II– Diagnóstico de Enfermagem – processo de interpretação e agrupamento dos dados 
coletados; 
III – Planejamento de Enfermagem – determinação dos resultados; 
IV – Implementação – realização das ações ou intervenções; 
V – Avaliação de Enfermagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Entrevista 
 É conhecida também como anamnese, entendida como a estratégia para o 
estabelecimento e solidificação da relação enfermeiro-cliente, visando avaliar o estado 
de saúde do cliente e, consequentemente, obter informações para a definição do 
diagnóstico de enfermagem. 
 O cliente é um indivíduo único; 
 O cliente deve sentir-se à vontade e confortável; 
 O cliente deve ter liberdade para se expressar integralmente; 
 A entrevista deverá ter início, meio e fim; 
 Nunca se deve fazer julgamentos, de espécie alguma; 
 Exame Físico 
 Compreendemos como exame físico o uso de instrumentos e técnicas propedêuticas 
com a intenção de realizar o levantamento de condições globais do paciente, tanto 
físico como psicológicas, no sentido de buscar informações significativas para a 
enfermagem. 
 Em conjunto com a entrevista, o exame físico, compõem a coleta de dados. 
 Para realizar o exame físico, é necessário que o examinador possua conhecimento 
prévios de anatomia, fisiologia e fisiopatologia. 
 O exame físico é desenvolvido em dois momentos: 
 Exame físico geral: CONSCIÊNCIA; ORIENTAÇÃO; MEMÓRIA; CÁLCULO. 
 Exame especifico dos sistemas: NEUROLÓGICO; CABEÇA E PESCOÇO; 
APARELHO CIRCULATÓRIO; APARELHO RESPIRATÓRIO; DIGESTORIO; 
URINARIO; GENITAIS; LOCOMOTOR. 
Técnicas Propedêuticas (Inspeção, Palpação, Percussão e Ausculta) 
PRECAUÇÕES AO REALIZAR O EXAME FÍSICO 
 As mãos devem ser lavadas antes e após o exame físico; 
 O uso de luvas deve ser estimulado na maioria dos pacientes, deve ser obrigatório em 
pacientes com lesões cutâneas, assim como ao examinar a cavidade; 
 O uso do jaleco é indispensável. Em situações especiais e indicado o uso de máscara 
e óculos de proteção; 
 Todos os profissionais da área da saúde, devem ser vacinados contra a hepatite B e 
Influenza. 
 INSPEÇÃO 
É um processo de observação, no qual os olhos e nariz são utilizados na obtenção de dados 
do paciente. 
 Dismorfias; 
 Distúrbios do desenvolvimento; 
 Lesões cutâneas; 
 Secreções; 
 Presença de cateteres e tubos; 
 Modo de andar; 
 Contato visual; 
 Comunicação verbal e corporal; 
SEMIOTÉCNICA: 
 Inspeção frontal: é como se designa a técnica de olhar de frente a região a ser 
examinada. 
 Inspeção tangencial: é mais indicada para pesquisar movimentos mínimos na superfície 
corporal, como, por exemplo: pulsações, abaulamentos, retrações, ondulações. 
 Iluminação: para uma boa inspeção a luz deve ser de cor branca e de intensidade 
suficiente; cianose e icterícia de grau moderado só são reconhecidas quando dispõe 
de uma boa iluminação. 
 Desnudamento: respeitar o pudor do cliente, não constrangê-lo, demonstrar respeito 
ao cliente. 
 Conhecimento das características da superfície corporal. 
 PALPAÇÃO 
É uma técnica que permite a obtenção de dados a partir do tato e da pressão. Serve para 
comprovar sinais detectados na inspeção. Permite identificar modificações: 
 Textura; 
 Espessura; 
 Consistência; 
 Sensibilidade; 
 Volume e dureza; 
 Frêmito; 
 Flutuação; 
 Elasticidade; 
 Edema. 
SEMIOTECNICA 
 Mão sobre mão: Palpação com uma das mãos sobrepondo-se à outra. 
 Mão Espalmada: Usa-se toda a palma da mão ou de ambas as mãos. 
 Pinça: Palpação usando-se o polegar e o indicador 
 Dígito – pressão: realizada com a polpa do polegar ou do indicador, consiste na 
compressão de uma área com o objetivo de pesquisar dor, detectar edema e/ou avaliar 
circulação cutânea. 
 Mão espalmada usando as polpas digitais: Mãos como garras; 
 Fricção com algodão: com uma mecha, roçar de leve a pele, para verificar a 
sensibilidade tátil. 
 Puntipressão: utiliza-se um objeto pontiagudo, não cortante, em um ponto do corpo, 
para avaliar sensibilidade dolorosa. 
 Palpação com o dorso dos dedos e das mãos, para avaliar temperatura. 
 PERCUSSÃO 
É realizada golpeando-se diretamente com as pontas dos dedos a região-alvo. Ao se golpear 
um ponto qualquer do organismo, originam-se vibrações que têm características próprias 
quanto a intensidade; timbre e tonalidade. Observa-se não somente o som obtido, mas 
também a resistência oferecida pela região golpeada. 
 Percussão Direta: É realizada golpeando-se diretamente com as pontas dos dedos a 
região alvo. Os dedos devem estar fletidos, imitando um forma de martelo, e os 
movimentos de golpear são feitos pela articulação do punho. 
 Percussão digito-digital: É realizada golpeando-se com um dedo a borda ungueal. 
Deve-se tomar cuidado para que a movimentação da mão ocorra apenas com a 
articulação do punho. 
SONS NELA ENCONTRADOS: 
 Maciço: obtém-se percutindo regiões desprovidas de ar (osso, fígado). Esse som 
transmite a sensação de dureza e resistência. 
 Submaciço: variação do maciço; é a presença de ar em pequena quantidade que lhe 
confere essa característica peculiar. 
 Timpânico: obtido em regiões que contêm ar, recobertas por membrana flexível, como 
estômago. 
 Claro Pulmonar: obtém-se quando se percute especificamente a área dos pulmões. 
Depende da presença de ar dentro dos alvéolos e das demais estruturas pulmonares. 
SUPERFICIAL: pressão em uma profundidade de 1cm; 
PROFUNDA: pressão em uma profundidade de 4cm. 
 Borda da Mão/Punho-Percussão: São utilizadas para verificar sensação dolorosa nos 
rins. Os golpes são dados na área de projeção desse órgão, nas regiões lombares. Na 
punho-percussão, a mão deve ser mantida fechada; golpeia-se a área com a borda 
cubital. Na percussão com a borda da mão, os dedos ficam estendidos e unidos; 
golpeia-se a região desejada com a borda ulnar. 
 Percussão por piparote: É utilizada para pesquisar ascite: com uma das mãos, o 
examinador golpeia o abdome por piparotes, enquanto a outra mão, espalmada na 
região contralateral, capta ondas líquidas que se chocam com a parede abdominal. 
 AUSCULTA 
É um procedimento que emprega o instrumento estetoscópio, a partir do qual se obtêm ruídos 
considerados normais ou patológicos. Técnica utilizada em vários órgãos: pulmão, coração, 
artérias e intestino. 
 ARTÉRIAS E VEIAS: presença de sopros; 
 PULMÕES: passagem de ar traqueobrônquica; 
 ALVÉOLOS: ruídos adventícios,roncos, sibilos, estertores finos e grossos; 
 CORAÇÃO: bulhas, sopros ou ruídos; 
 ABDOME: ruídos hidroaéreos. 
 
Avaliação nutricional 
As condições nutricionais de uma pessoa são definidas como o equilíbrio entre a ingesta e a 
necessidade corporal de nutrientes. 
 CARBOIDRATOS; 
 PROTEÍNAS; 
 GORDURAS; 
 ÁGUA; 
 VITAMINAS E SAIS MINERAIS; 
HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETES MELLITUS 
 O excesso nutricional é classificado como o alto consumo de quilocalorias, sódio e 
gorduras, ultrapassando a quantidade necessária às funções corporais. 
 Já a subnutrição é classificada quando a ingesta de nutrientes é inadequada, sendo 
responsável pelo surgimento da disfunção do crescimento e desenvolvimento, 
diminuição da resistência imunológica, retardo no processo de cicatrização, aumento 
das possibilidades e do tempo de internação e, por consequência, aumento dos custos 
da assistência à saúde. 
Fatores Contribuintes 
 Tabagismo; 
 Estresse; 
 Sedentarismo; 
 Consumo Excessivo de Álcool, de gorduras saturadas, de açucares; 
 Ingesta de poucas fibras; 
A avaliação nutricional tem como objetivos: 
 Identificar pessoas desnutridas ou que apresentem risco de desnutrição; 
 Oferecer dados para a elaboração de um planejamento nutricional capaz de 
minimizar o desenvolvimento da desnutrição; 
 Estabelecer dados que possam contribuir na avaliação da eficácia da atenção 
nutricional. 
Antropometria: Sistema de mensuração do tamanho e composição corporal (peso e altura), 
que deve ser realizado na admissão do paciente no hospital ou em situações de avaliação 
clínica. Outras medidas também são consideradas relevantes, como a circunferência do 
punho, circunferência do braço, circunferência da cabeça, espessura da prega cutânea do 
tríceps e largura do cotovelo. 
Índice de massa corporal: (IMC) é calculado pela equação: 
 
Resultados 
Baixo peso – IMC menor que 20 kg/m2; 
Normal – IMC de 20 a 24,99; 
Sobrepeso – IMC de 25 a 29,99; 
Obesidade – IMC maior que 30; 
Obesidade grave (mórbida): IMC acima de 40; 
 
Exames laboratoriais e bioquímicos 
Não há exame específico, e sim avaliação de alterações nestes resultados, influenciados pelo: 
 Equilíbrio hidroeletrolítico: 
 Função hepática e renal: 
 São avaliados os valores de hemoglobina: 
 Hematócritos: 
 Colesterol: 
 Triglicérides: 
 Contagem total de linfócitos: 
 Albumina sérica: 
 Glicose: 
História dietética e história de saúde 
O enfermeiro deve realizar o rastreamento sobre as condições nutricionais do paciente e deve 
incluir informações subjetivas sobre: 
 O estado de saúde; 
 A origem cultural; 
 Os padrões alimentares religiosos; 
 A condição socioeconômica; 
 As preferências pessoais alimentares; 
 Os fatores psicológicos; 
 O peso habitual; 
 As modificações do apetite, paladar, olfato, mastigação e deglutição; 
 A realização de cirurgia recente, traumas, queimaduras e infecção; 
 A presença de doença crônica; 
 Os vômitos, diarreia e constipação; 
 As alergias e intolerância alimentares; 
 A utilização de medicações e ou suplementos alimentares; 
 Os componentes de autocuidado; 
 O alcoolismo ou uso de drogas ilícitas; 
 Os padrões de exercícios e atividades; 
 A história familiar; 
 Conhecimento geral do paciente sobre nutrição. 
 
Na deficiência nutricional, observamos 
 Na pele: descamação, ressecamento, petéquias, equimoses, rachaduras e 
hiperpigmentação; Nos cabelos: ausência de brilho, ressecamento, ralo e modificações 
da coloração natural; 
 Nos lábios: presença de fissuras nos cantos laterais e estomatite; 
 Na língua: coloração pálida e escamosa; 
 Nas gengivas: intenso sangramento; 
 Nas unhas: presença de depressões, fracas e quebradiças. 
 
Tipos de Dietas 
 Dieta enteral: é aquela em que o paciente recebe formulação de dietas líquidas através 
de sondas que estão localizadas no trato gastrointestinal. As sondas podem ser 
inseridas pela narina (nasogástrica ou nasoentérica) ou pela cavidade oral (orogástrica 
e oroenteral) e cirurgicamente (gastrostomia ou jejunostomia). 
OBS: Uma de suas complicações é a aspiração traqueobrônquica, a qual provoca irritação na 
mucosa brônquica com diminuição do suprimento sanguíneo ao tecido pulmonar afetado, 
tendo como consequências o desenvolvimento de infecção, pneumonia e a provável formação 
de abscesso. 
 Dieta parenteral: é um suporte especializado, onde uma fórmula é administrada por via 
endovenosa, em pacientes incapacitados de digerir ou absorver nutrientes ou, ainda, 
naqueles que apresentam sepse, lesão neurológica ou queimaduras. Sua indicação 
depende de uma avaliação apropriada das necessidades nutricionais, da inserção de 
um cateter venoso central (pois não pode ser administrado por punção periférica) e do 
monitoramento de complicações metabólicas. 
OBS: Dentre as suas complicações, destacamos a embolia gasosa, oclusão do cateter, 
infecção do cateter, desequilíbrio eletrolítico, desidratação, pneumotórax e trombose de veia 
central. 
 
Exame Físico Cabeça e Pescoço 
Um exame da cabeça e do pescoço funciona como revisão da integridade das estruturas 
anatômicas, que inclui a cabeça, olhos, orelhas, nariz, boca, faringe e pescoço (linfonodos, 
artérias carótidas, glândula tireoide e traqueia). As artérias carótidas também podem ser 
avaliadas durante o exame das artérias. O profissional precisa ter boa compreensão de cada 
área anatômica e de sua respectiva função fisiológica normal. Para a avaliação da cabeça e 
pescoço utilizam-se os métodos de inspeção, palpação e auscultação, sendo que inspeção e 
palpação são, com frequência, executadas simultaneamente. 
 Cabeça 
O profissional deve inspecionar a cabeça do paciente observando tamanho, forma e 
contornos. O crânio e geralmente arredondado, com proeminências na região frontal 
anteriormente na área occipital posteriormente. As deformidades cranianas locais são 
tipicamente provocadas por traumas. Em crianças, uma cabeça muito grande pode ser 
resultado de anomalias congênitas ou acumulo de liquido cérebro-espinhal nos ventrículos 
(hidrocefalia). Os adultos podem apresentar cabeça com dimensões maiores devido a 
secreção excessiva do hormônio de crescimento (acromegalia). Deve ser observado o cabelo, 
se há alopecia e ou pediculose. 
 Olhos 
Um bom programa preventivo de saúde exige que os pacientes com menos de 40 anos de 
idade façam um exame completo de visão a cada três ou cinco anos. Após essa idade, o 
exame deverá ser feito a cada dois anos particularmente com o objetivo de pesquisa para a 
existência de glaucoma. E importante que o profissional ensine ao paciente os sintomas mais 
comuns de distúrbios oculares, incluindo dor, fotofobia (sensibilidade a luz), queimação, 
prurido, lacrimejamento em excesso, oscilações, diplopia (visão dupla), embasamento de 
visão e aureolas ao redor de focos de luz. A constelação prematura de doenças oculares e de 
vital importância. 
O exame de olho inclui a avaliação da acuidade visual, do campo de visão, dos movimentos 
extraoculares e de suas estruturas interna e externa. 
 Acuidade visual. 
A forma mais fácil de iniciar a avaliação da acuidade visual de um paciente e pedir a ele que 
leia qualquer material impresso disponível. Deve haver iluminação adequada. Se o paciente 
normalmente usa óculos, estes devem ser mantidos durante a leitura. O profissional deve 
saber se o paciente e alfabetizado e pode ler. 
 Um paciente com qualquer prejuízo da visão necessitara da ajuda do profissional na 
execução de atividades cotidianas. 
Para uma avaliação mais exata da acuidade visual,utiliza-se a tabela ocular de Selem. O 
paciente deverá usar o óculos, a menos que estes tenham sido prescritos para leitura. 
Posiciona-se o paciente a uma distância de 6m da tabela e pede-se a ele que tente a menor 
linha impressa possível por três vezes: uma com ambos os olhos, depois com cada olho em 
separado, enquanto o olho oposto e coberto com um cartão opaco. 
A tabela de Selem tem números padronizados ao final de cada linha impressa. O numerador 
e o número 20 ou a distância padrão do paciente em relação a tabela. O denominador e a 
distância a partir da qual o olho normal pode ler a tabela. A visão normal e 20/20. Quanto 
maior o denominador, menor será a acuidade visual desse paciente. Por exemplo, um valor 
de 20/200 significa que o paciente, permanecendo a uma distância de 20 pés 
(aproximadamente 6m), poderá ler uma linha que uma pessoa com visão normal pode ler a 
200 pés de distância (aproximadamente 60m). 
 Campo visual. 
Quando uma pessoa olha para frente, todos os objetos na periferia podem normalmente ser 
visualizados. Para a avaliação dos campos visuais, o profissional coloca o paciente em pé ou 
sentado a uma distância de 60cm, ao nível dos olhos do examinador. O paciente fecha ou 
cobre suavemente o olho e olha nos olhos do profissional que está em posição diretamente 
oposta. Ele fecha seu olho oposto de modo que o campo de visão fique sobreposto ao campo 
de visão do paciente. O enfermeiro move um dedo para fora do campo de visão e o traz de 
volta vagarosamente, e então pergunta ao paciente quando ele vê o dedo se aproximar. Se o 
profissional perceber o dedo antes do paciente, isso revela que uma parte do campo de visão 
do paciente está reduzida. O procedimento e repetido para cada campo visual. 
 Movimentos extraoculares. 
O movimento de cada olho e dirigido por um conjunto de seis pequenos músculos. Os olhos 
se movem em paralelo um ao outro, em cada direção do olhar. Quando o paciente olha para 
frente diretamente para o profissional, ele segue o movimento do dedo do examinador através 
dos oito olhares cardeais. O dedo e mantido a uma distância confortável (15 a 30 cm) do 
paciente. Este olha para a direita, para a esquerda, para cima, para baixo e diagonalmente 
para cima e para baixo, para esquerda e para direita. O dedo do examinador fica dentro do 
campo normal de visão. O paciente não devera mover ou virar a cabeça. A medida que ele 
olha em cada uma dessas direções, o examinador move o dedo vagarosamente e 
suavemente. 
O profissional observa então o movimento paralelo do olho, a posição da pálpebra superior 
em relação a íris e a presença de movimentos anormais como, por exemplo, nistagmo, que e 
uma pequena oscilação rítmica dos olhos. O profissional pode provocar esta oscilação em um 
paciente com movimentos normais dos olhos, simplesmente fazendo com que ele olhe o mais 
longe possível a esquerda ou à direita. Quando os olhos se movem em cada direção do olhar, 
a pálpebra superior só cobre discretamente a íris. 
Distúrbios no movimento ocular refletem lesões locais nos músculos e estruturas de suporte 
do olho ou, ainda, a existência de um distúrbio dos nervos cranianos que inervam estes 
músculos. 
 Avaliação das estruturas externas. 
Para inspecionar a posição e o alinhamento dos olhos, o profissional fica de PE, diretamente 
em frente ao paciente, ao nível dos olhos e pede a ele que olhe para seu rosto. Em primeiro 
lugar, ele observa a posição e o alinhamento dos olhos. Estes são normalmente paralelo um 
ao outro. A saliência dos olhos, a exoftalmia, e normalmente provocada por um distúrbio da 
tireóide. Se os olhos assumem posições cruzadas ou dirigidos para diferentes direções, e 
estrabismo, uma condição que envolve alterações neuromusculares ou um defeito hereditário 
na posição do olho. 
As sobrancelhas são inspecionadas quanto a quantidade de pelos e movimentos. Elas são 
normalmente simétricas. A perda ou ausência de pelos indica distúrbios hormonais. Se for 
observada a presença de pele descamativa ao redor das sobrancelhas, pergunta-se ao 
paciente se ele apresenta irritação crônica do olho. As sobrancelhas são frequentemente 
afetadas por uma forma de seborreia, cujas partículas penetram nas pálpebras, provocando 
irritação. Se o paciente não for capaz de mover as sobrancelhas, deve-se suspeitar da 
ocorrência de paralisia do nervo facial. 
Quando os olhos estão em posição normal, as pálpebras não cobrem a pupila e a esclerótica 
não pode ser visualizada acima da íris. A queda anormal da pálpebra sobre a pupila e 
chamada de etos; esta anomalia e provocada por edema ou lesão do terceiro nervo craniano. 
Pode-se também observar a existência de posicionamento irregular das pálpebras e uma 
lesão neste local pode provocar uma irritação na membrana conjuntiva. 
As pálpebras também deverão ser inspecionadas quanto a coloração, edemas e a eventual 
presença de lesões. Normalmente, as pálpebras tem a mesma cor da pele do paciente. 
Deprimia palpebral indica inflamação ou infecção da região. Insuficiência renal e cardíaca ou 
alergias podem provocar a formação de edema das pálpebras, impedindo-as de se fecharem. 
Caso existam lesões, estas devem ser inspecionadas quanto a suas características típicas, 
além da presença de desconforto ou drenagem. 
A superfície anterior do olho, composta da córnea sensitiva e da conjuntiva, e umedecida ou 
lubrificada pelas lagrimas produzidas pela glândula lacrimal. Esta glândula está localizada na 
parede superior externa da região anterior da órbita. As lagrimas escorrem da glândula pela 
superfície do olho até o ducto lacrimal, localizado no canto nasal ou canto interno do olho. 
Essa glândula pode ser num local de aparecimento de tumores ou infecções. Assim a região 
da glândula deve ser inspecionada quanto a presença de edema ou deprimia e palpada 
suavemente para a verificação da sensibilidade. Em condições normais essa glândula não e 
percebida. O ducto nasolacrimal pode ficar obstruído, bloqueando o fluxo lacrimal. O 
profissional deve verificar a existência de lacrimejamento excessivo ou edema no canto 
interno. Uma leve palpação desse ducto na pálpebra inferior, por dentro da borda orbital, 
poderá provocar a regurgitação das lagrimas. 
A conjuntiva bulbar cobre a superfície exposta do globo ocular até o limite superior da córnea. 
A conjuntiva da pálpebra e a membrana delicada que contorna as pálpebras. Essa conjuntiva 
e normalmente transparente permitindo que o examinador observe os delgados vasos 
sanguíneas subjacentes que lhe dão uma coloração rosada. A esclerótica pode ser vista sob 
a conjuntiva bulbar e apresenta uma coloração de porcelana branca. 
Para que a exposição seja adequada as pálpebras deverão estar retraídas sem que se faca 
pressão sobre o globo ocular. A pálpebra inferior e pressionada suavemente com o polegar 
colocado contra a órbita e o paciente e solicitado a olhar para cima. Muitos pacientes começam 
a piscar, dificultando o exame. Geralmente o próprio paciente pode pressionar a pálpebra para 
facilitar o trabalho do examinador. A coloração da conjuntiva e a presença de edema devem 
ser observadas. Uma conjuntiva pálida e resultado de anemia, enquanto uma aparência 
bastante avermelhada e sinal de inflamação. 
Utiliza-se uma técnica especial para a inspeção da conjuntiva da pálpebra superior. Pede-se 
ao paciente para olhar para baixo e relaxar os olhos e evitar qualquer movimento súbito. A 
pálpebra superior e suavemente segura e os cílios são puxados para baixo e para frente. 
Coloca-se um cotonete com a extremidade a 1cm acima da pálpebra. O profissional puxa a 
pálpebra superior para baixo fazendo a reversão. Apreensão suave dos cílios superiores 
manchem a pálpebrainvertida. Após a inspeção, os cílios são suavemente puxados para 
frente e pede-se ao paciente que olhe para cima. A pálpebra voltara a sua posição normal. 
Ao se direcionar um foco de luz através da pupila e na retina, estimula-se o terceiro nervo 
craniano que enerva os músculos da íris provocando uma constrição. Qualquer anormalidade 
que exista no caminho desde a retina, e através dos nervos até a íris provocara alteração na 
habilidade das pupilas em reagir a luz. 
O profissional deve observar as pupilas quanto ao formato, tamanho, uniformidade, 
acomodação e reação a luz. Estas são geralmente arredondadas e iguais em tamanho. 
Pupilas dilatadas ou contraídas podem ser o resultado de distúrbios neurológicos ou efeitos 
de medicamentos oculares. A íris ao redor da pupila deve ser inspecionada para verificar a 
existência de defeitos ao longo de suas margens. Os reflexos papilares incluem reações a luz 
e acomodação e deverão ser testados em uma sala suavemente escurecida. Quando o 
paciente estiver olhando diretamente para frente o examinador trará a lanterna a partir do 
campo lateral ao rosto do paciente, dirigindo o foco de luz diretamente para a pupila. Se o 
paciente olhar para a luz, haverá uma falsa reação a acomodação. A pupila iluminada 
diretamente se contrai, provocando uma contração consensual da pupila oposta. O 
profissional deve observar a rapidez do reflexo. 
Para testar a acomodação, o examinador manchem um dedo aproximadamente 10 a 15cm 
afastado do nariz do paciente. Este e solicitado a olhar para o dedo e em seguida para a 
parede mais distante. As pupilas normalmente se contraem ao olhar para o dedo do 
examinador e se dilatam ao olhar para a parede. 
 Exame oftalmoscópico. 
Visando a inspeção completa das estruturas internas do olho, o profissional deve aprender a 
utilizar um oftalmoscópico. Esta habilidade exige muita pratica e geralmente só e desenvolvida 
por especialistas em enfermagem ou clínicos. O oftalmoscópico composse de um tubo movido 
a pilha provido de uma fonte de luz, dois discos ou mostradores e um orifício de observação. 
Os mostradores controlam a quantidade de emissão de luz, enquanto os discos ajustam as 
lentes do equipamento. Em uma sala levemente escurecida, com o paciente e o examinador 
sentados, esse focaliza a luz na pupila do paciente. A luz passa através da pupila para iluminar 
o fundo do olho que inclui a retina, a coroide, o disco do nervo óptico, a macula, a fóvea central 
e os vasos da retina. Para o sucesso do exame e muito importante que o profissional esteja 
relaxado e com os olhos abertos ao olhar através do aparelho. Girando as lentes, as estruturas 
internas serão melhor focalizadas. O examinador inspeciona a região quanto ao tamanho, 
coloração e claridade do disco óptico, integridade dos vasos, presença de lesões da retina e 
aparência da macula e da fóvea. Em condições normais, observam-se os seguintes aspectos: 
um disco do nervo óptico claro e amarelado; retina róseo-avermelhada; artérias em vermelho 
e veias em vermelho-escuro; uma razão de 3:2 de veias para artérias, em relação ao tamanho; 
a macula avascular. 
 Orelhas 
O profissional deve inspecionar as estruturas da orelha media e externa, palpar as estruturas 
externas e avaliar a acuidade auditiva do paciente. Durante a avaliação, o profissional deve 
perguntar ao paciente se ele tem sentido dor, prurido, secreção, tinido (zumbido) ou alterações 
na capacidade de audição. Cada sintoma ajuda a determinar a natureza do problema do 
paciente. 
 Pavilhão auricular. 
O profissional examina a localização dos pavilhões, seu tamanho e simetria. Normalmente 
ficam nivelados um em relação ao outro. O ponto superior de ligação com a cabeça fica em 
uma linha reta com o canto lateral do olho. Orelhas de implantação baixa são um sinal de 
anormalidade congênita. O pavilhão auricular deve ser suavemente palpado para verificar a 
presença de lesões. Se o paciente manifestar dor ou se o ouvido tiver o aspecto de inflamação, 
o pavilhão e tracionado e pressiona-se o trago. Se a dor aumentar com a palpação, 
provavelmente está presente uma infecção no ouvido externo. O profissional deve examinar 
mais cuidadosamente a presença de secreção na orelha e o tamanho do meato auditivo 
externo também deve ser observado. Uma secreção amarelada ou esverdeada e um sinal de 
infecção. O meato não deve estar edemaciado ou obstruído. 
 Conduto auditivo e membrana timpânica. 
As estruturas mais profundas da orelha media e externa só pode ser observadas com o uso 
de um otoscopio. Um especulo auditivo especial e acoplado ao tubo de bateria do 
oftalmoscópio. 
Os especulas estão disponíveis em diferentes tamanhos para se adaptarem ao tamanho do 
conduto auditivo dos pacientes. Para melhor visualização, deve ser usado o maior especulo 
que puder ser confortavelmente adaptado ao conduto auditivo. 
Antes de inserir o especulo, o examinador deverá verificar a existência de corpos estranhos 
na abertura do conduto auditivo. E muito importante que o paciente evite movimentos de 
cabeça durante o exame, para prevenir quaisquer lesões do conduto auditivo e da membrana 
timpânica. Crianças e bebes precisam ser controlados. Os bebes devem ficar em posição de 
superação, com a cabeça voltada para um lado, com os braços seguros firmemente nas 
laterais do corpo. Crianças maiores poderão ficar sentadas no colo dos pais, com as pernas 
seguras entre os joelhos dos pais. 
Para a inserção correta do especulo, o profissional pede ao paciente que incline a cabeça 
suavemente sobre o ombro oposto. Nos adultos, o trabalho e facilitado acionado o pavilhão 
para cima ou para trás, para retificar o conduto auditivo. Nos bebes, o pavilhão auricular e 
tracionado para trás e para baixo e em crianças maiores, pra trás e para cima. O profissional 
insere o especulo, cuidando para não lesar o revestimento do conduto. A pele nesse 
revestimento e muito fina e sensível a qualquer pequeno trauma. 
O profissional identifica a presença de cerume (cera do ouvido) e verifica a existência de 
lesões, corpos estranhos ou secreção no conduto. Um conduto avermelhado indica 
inflamação. 
Durante o processo o examinador pergunta ao paciente sobre o modo como o conduto auditivo 
e normalmente limpo, prevenindo-o sobre o perigo da inserção de objetos pontiagudos nessa 
região. Deve-se evitar o uso de cotonete para a limpeza dos ouvidos, pois estes dispositivos 
provocam a sedimentação do cerume no fundo do conduto auditivo. 
A luz do otoscopio permite a visualização da membrana timpânica. O profissional precisa estar 
familiarizado com as referências anatômicas mais comuns e sua respectiva aparência. Move-
se o otoscopio vagarosamente para a visualização total da membrana timpânica e da sua 
periferia. Em condições normais, a membrana timpânica e translúcida ou cinza-perolado. Em 
virtude do seu posicionamento que fica em angulo afastado ao conduto auditivo, a luz do 
otoscopio aparece mais em forma de cone do que de círculo. O ombro fica próximo ao centro 
da membrana timpânica, atrás da qual se encontra a inserção do martelo. Na posição superior 
da membrana timpânica encontra-se uma estrutura semelhante a uma saliência arredondada, 
formada por uma pequena protuberância subjacente do martelo. O examinador deve proceder 
cuidadosamente para assegurar-se da existência de rupturas ou lacerações na membrana 
timpânica. 
 Acuidade auditiva. 
Existem três tipos de perda auditiva: condução, neurossensorial e mista. Uma perda auditiva 
por condução envolve a interrupção das ondas sonoras enquanto são transmitidas da orelha 
externa para a cóclea da orelha interna, uma vez que essas ondas não são transmitidas 
através das estruturasdas orelhas externas e medias. Uma perda neurossensorial envolve a 
orelha interna, o nervo auditivo ou o centro auditivo do cérebro. O som e conduzido através 
das estruturas das orelhas externa e media, mas a continuidade da transmissão sonora e 
interrompida em algum ponto além dos ossículos. Uma perda mista envolve a combinação 
dos dois tipos de perda auditiva já discutidos (condução e neurossensorial). Os pacientes sob 
maior risco de perda auditiva são aqueles que trabalham em ambientes nos quais os ruídos 
são muito intensos. 
Um teste simples de avaliação de perda auditiva, consiste em solicitar ao paciente que tape 
uma das orelhas durante certo tempo com um dos dedos. O profissional deve permanecer a 
uma distância de aproximadamente 30 cm, expirar totalmente e murmurar suavemente alguns 
números no ouvido livre. Ele deve cobrir a boca ou pedir ao paciente para fechar os olhos, 
impedindo a leitura labial. Se necessário o profissional pode elevar gradualmente a 
intensidade da voz até que o paciente possa repetir corretamente os números murmurados. 
O uso de um diapasão e um teste mais refinado para a determinação da natureza de uma 
perda auditiva. Batendo-se o diapasão contra a palma da mão, o examinador cria uma coluna 
vibratória que emite ondas sonoras. Para testar a acuidade auditiva do paciente nos ouvidos, 
o profissional coloca o diapasão em vibração firmemente contra a área central da testa do 
paciente pedindo a ele que indique onde o som e percebido. Em condições normais o som 
pode ser percebido igualmente pelas orelhas. Um segundo teste, envolve a colocação do 
diapasão em vibração primeiro sobre o osso mastoide. Quando o paciente deixa de ouvir o 
som, o examinador coloca o diapasão em frente ao pavilhão auricular. Em condições normais 
o paciente voltara a ouvir o som, pois a condução pelo ar e mais duradoura que aquela 
efetuada através da estrutura óssea. 
Caso a acuidade auditiva esteja alterada, o profissional deverá encaminhar o paciente a um 
médico. Ele deverá tomar todo o cuidado para assegurar uma comunicação efetiva com o 
paciente. Permanecer em PE, no mesmo lado em que a audição está intacta, falar com ele 
em um tom de voz normal e claro e olhar para ele de frente de modo que ele possa ver os 
lábios e o rosto, são métodos simples aplicados para ajudar o paciente ao ouvir melhor a 
conversa. 
 Nariz e Seios Nasais 
Avalia-se a integridade do nariz e dos seios nasais pela inspeção e palpação. Será útil saber 
se a história de enfermagem do paciente indica alergias, obstrução nasal, estase 
(sangramentos nasais), secreções, resfriados frequentes ou corrimentos pós-nasal. 
 Nariz. 
Enquanto inspeciona o nariz do paciente, o profissional observa a existência de assimetrias, 
inflamações ou deformidades. Traumas recentes podem provocar edema e descoloração. Se 
existirem edema ou deformidades, o nariz deve ser palpado suavemente para verificação de 
sensibilidade, edema e desvios subjacente. A mucosa nasal e o septo devem ser 
posteriormente examinados. Estas regiões podem ser superficialmente examinadas 
iluminando-se cada narina com uma lanterna em forma de caneta. Um especulo nasal e 
utilizado para uma inspeção mais delicada e para a visualização das conchas nasais mais 
profundas. 
A extremidade anterior do nariz e examinada em primeiro lugar. O exame da mucosa verifica 
sua coloração, presença de lesões, secreções, edema e evidencia de sangramento. A mucosa 
normal e rósea. A secreção resultante de irritações nos seios e geralmente transparente e 
aquoso. Uma infecção nos seios provoca uma secreção amarelada ou esverdeada. Mucosa 
pálida com secreção transparente e sinal de processo alérgico. Quando o paciente esta com 
a sonda nasogástrica, o profissional deve verificar rotineiramente o local para detectar a 
existência de escoriações das narinas, caracterizadas por deprimia e crostas na pele. 
O paciente deve inclinar a cabeça suavemente para trás oferecendo ao examinador uma visão 
mais adequada do septo e das conchas nasais. O septo e inspecionado quanto a desvios, 
lesões e vasos sanguíneas superficiais. Um desvio de septo pode obstruir a respiração e 
interferir a passagem de uma sonda nasogástrica. 
 Seios nasais. 
O exame dos seios nasais e limitado a palpação. Nos casos de alergias ou infecção, o interior 
dos seios nasais se torna inflamado e edemaciado. O método mais efetivo para avaliação da 
sensibilidade e a palpação externa das áreas frontal e maxilar da face. Uma suave pressão 
para cima detecta facilmente a sensibilidade e revela a gravidade da irritação. A pressão não 
deve ser aplicada aos olhos. 
 Boca e faringe 
Para proceder a avaliação da cavidade oral, o profissional se utiliza de uma lanterna em forma 
de caneta e um afastador de lingua ou uma simples atadura de gaze. De vez em quando, 
utiliza-se uma luva para a palpação das lesões. O examinador deve se posicionar sentado em 
frente ao paciente, ao nível dos olhos. 
 Boca. 
Solicita-se ao paciente que remova próteses, se for o caso. Esta e uma boa ocasião para 
perguntar se ele sente dor na boca ou gengivas. 
Deve-se inspecionar os lábios quanto a coloração, textura, hidratação, contorno e presença 
ou não de lesões. Quando o paciente abre a boca, o profissional visualiza os lábios de uma 
extremidade a outra. Em condições normais, os lábios são rosados, úmidos, simétricos e lisos. 
Para examinar a mucosa oral interna, o profissional pede ao paciente para abrir a boca 
levemente e colocar o lábio inferior afastado dos dentes. Repete-se o processo com lábio 
superior. Inspeciona-se a mucosa quanto a coloração, hidratação, textura e presença de 
lesões, tais como ulcera, escoriações e cistos. 
Para a visualização da mucosa oral, utiliza-se um afastador, ou atadura de gaze para retrair 
os lábios. A lanterna ilumina a porção mais profunda da mucosa. O paciente deverá abrir a 
boca o máximo possível, de modo a permitir que o profissional observe a coloração da 
mucosa, sua textura e hidratação. Em condições normais a mucosa tem uma cor rosa 
brilhante. Para pacientes com pigmentação normal, a mucosa oral e um bom local para a 
verificação de icterícia ou palidez. Em fumantes crônicos e alcoólatras pode-se verificar a 
presença de manchas densas e esbranquiçadas. 
As gengivas devem ser examinadas quanto a coloração, edema, retração, sangramento e 
lesões. Se o paciente usa próteses qualquer irregularidade ou lesão das gengivas pode 
provocar desconforto e prejudicar significativamente a mastigação. 
A lingua deve ser observada cuidadosamente em todos os lados e assoalho da boca deve ser 
verificado. O paciente deve relaxar a boca e colocar a lingua para fora, não completamente. 
Utilizando a lanterna para iluminação da região, o profissional examina a língua quanto a 
coloração, tamanho, posição, textura, existência de massas ou lesões. Em condições normais 
a língua deve possuir coloração um pouco avermelhada com margens laterais lisas e moveis. 
Quando e projetada para fora, deve permanecer na linha media. O dorso da língua não deve 
ser excessivamente liso. 
Este órgão e altamente vascular. Assim, deve-se tomar um cuidado extra ao se examinar esta 
área que constitui um local comum de origem de lesões cancerosas orais. O paciente deve 
erguer a lingua para permitir a inspeção adequada. Observada a presença de nodulos ou 
cistos o profissional devera palpa-los para verificar o tamanho, sensibilidade, consistência e 
mobilidade. A região sobre a lingua e também um local onde aparecem lesões cancerosas. 
Varicosidades podem ser observadas. Estas varicosidades, raramente causam problemas. 
O paciente devera estender a cabeça para trás, mantendo a boca aberta para que oprofissional possa examinar os palatos duro e mole. O palato duro ou céu da boca localiza-se 
na parte anterior e o palato mole fica na parte posterior, estendendo-se ate a faringe. Os 
palatos são examinados quanto a coloração, formato e existência de proeminências ósseas 
ou defeitos adicionais. E comum observar-se uma protuberância óssea ou exostose entre os 
dois palatos. 
 Faringe. 
O exame das estruturas da faringe e executado inicialmente com o objetivo de detectar 
infecções, inflamações ou lesões. O paciente abaixa a cabeça suavemente para trás, abre 
bem a boca e diz a. O profissional coloca a ponta do afastador de língua no terço médio da 
lingua, com cuidado para não pressionar o lábio inferior contra os dentes. Se o afastador for 
colocado muito para o terço anterior, a parte posterior da lingua se eleva formando uma 
protuberância que impede a visão. Se o afastador de lingua for colocado na porção posterior, 
o reflexo de vomito será estimulado. 
Com a ajuda de uma lanterna, o profissional examina primeiramente a úvula e o palato mole. 
Ambas as estruturas, inervadas pelo decimo nervo craniano (vago), deverão surgir na área 
central quando o paciente disser a. Examinam-se os pilares, anterior e posterior, verificando-
se a existência de tecido tonsilar (amigdalas). A faringe posterior e a última estrutura a ser 
examinada. Em condições normais, as estruturas da faringe são róseas e bem hidratadas. 
Qualquer edema, petéquias (pequenas hemorragias), lesões ou exsudação deverão ser 
registrados. Pacientes com problemas crônicos nos seios nasais geralmente apresentam uma 
exsudação transparente que escorre pela parede posterior da faringe. Qualquer exsudação 
amarelada ou esverdeada indica a presença de infecção. Um paciente com uma garganta 
tipicamente inflamada apresenta a úvula avermelhada e edematosa, e os pilares das 
amigdalas com a possível presença de exsudação amarelada. 
 Pescoço 
Os nodulos linfaticos da cabeça, as artérias carótidas, veias jugulares, glândula tiroide e 
traquéia estão localizados no pescoço. As diferentes estruturas do pescoço devem ser 
inspecionadas e palpadas. Utiliza-se também, para o exame, o método de ausculta. 
Deve-se proceder ao exame com o paciente sentado. Ele ergue o queixo e inclina a cabeça 
para trás. O pescoço e inspecionado quanto a assimetria, edema massas ou cicatrizes. 
Observada a existência de massas, estas devem ser palpadas para determinar tamanho, 
forma, sensibilidade, consistência e mobilidade. 
 Nódulos Linfáticos 
Um extenso sistema de nódulos linfaticos recebe a linfa da cabeça, orelhas, nariz, bochechas 
e lábios. Utiliza-se uma abordagem metódica para o exame dos nódulos linfaticos, para evitar 
que um simples nódulo ou cadeia passem despercebidos. Ambos os lados do pescoço devem 
ser inspecionados e comparados. Durante a palpação, o examinador fica em PE, atrás ou ao 
lado do paciente, para facilitar o acesso a todos os nodulos. Com a ponta dos três dedos 
médios de cada mão, o profissional palpa suavemente os nodulos, em movimentos circulares. 
Se houver pressão excessiva, os nodulos menores escapam ao exame e os palpáveis são 
obliterados. 
Os nódulos linfaticos, como locais de coleta de drenagem do liquido linfatico e aumentam de 
tamanho devido a infecções sistêmicas e localizadas. Normalmente, um nódulo linfatico fica 
permanentemente aumentado após uma infecção grave; tais nódulos aumentados são 
geralmente indolores. Os nódulos linfaticos podem se transformar em locais de formação de 
tumores malignos. Essa malignidade pode ser caracterizada por um nódulo endurecido, 
imóvel de formação irregular e geralmente indolor. 
 Glândula Tireoide 
A avaliação desta glândula e feita pela inspeção e palpação. 
O examinador fica em pé, na frente do paciente, e inspeciona a área inferior do pescoço que 
recobre a glândula tireóide, verificando a existência de massas visíveis e a simetria. O paciente 
devera estender o pescoço e engolir, enquanto o profissional observa se essas manobras 
provocam um abaulamento da glândula. Em condições normais, a glândula não e visualizada. 
Para palpar a glândula, o examinador permanece na frente ou atrás do paciente. Para uma 
abordagem da região posterior, o paciente deve abaixar o queixo e relaxar.

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