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MOLA HIDATIFORME Enfª Obstetra Kelle Magalhães CONCEITO A mola hidatiforme é um tumor que é desenvolvido a partir de tecido placentário em uma gravidez em que o embrião não se desenvolveu normalmente. Esse tumor pode ser benigno, que é denominado de mola hidatiforme, ou maligno, coriocarcinoma. De forma, simples, podemos afirmar que a mola é resultado de uma gravidez que não deu certo. FISIOPATOLOGIA A mola hidatiforme é uma gravidez anormal que acontece devido a uma alteração genética. Desenvolve-se a partir de células. Mais de 80 % são benignas. A incidência de mola oscila entre 1:80 e 1:2000 gestações, ocorrendo com maior frequência em populações pobres, onde prevalece a desnutrição. Existem 2 tipos de mola, parcial e completa: Mola Completa: A mais encontrada, apresenta grandes vesículas, ausência de feto e de âmnio. Normalmente acontece por fertilização de óvulo por espermatozóides com duplicação do genoma. Há níveis elevados de hCG-beta e maior probabilidade de se tornar coriocarcinoma. Mola parcial: Do ponto de vista clínico é menos comum. Caracteriza-se pela presença de pequenas vesículas hidrópicas (até 5 mm), com existência de feto e/ou âmnio. Raramente envolve formas malignas. Compromete os cotilédones, porém o embrião está presente, embora algumas vezes não seja visível. DIAGNÓSTICO Os sinais mais comuns são: Útero aumenta muito mais rápido do que uma gravidez normal Náuseas e os vômitos intensos Sangramento vaginal Ausência de BCF Nível elevado de HCG (acima de 100.000 mUI/ml) VALORES NORMAIS DE HCG-BETA Valores significativos em miliUI/ml: 4a semana – 1.000 miliUI/ML 5a semana – 3.000 miliUI/ML 6a semana – 6.000 miliUI/ML 7a semana – 20.000 miliUI/ML TRATAMENTO O tumor pode ser removido quer por sucção do conteúdo do útero, quer por raspagem; podendo, por vezes, ser necessário o tratamento quimioterápico para eliminação total da mola. Apenas raramente a histerectomia é exigida. PRINCIPAIS CUIDADOS DE ENFERMAGEM Apoiar psicologicamente à paciente; Observar e registrar perdas vaginais; Aferir e registrar sinais vitais; Observar sinais de choque e comunicá-los imediatamente ao médico; Administrar medicamentos prescritos; Monitorar eliminações vesico-intestinais.
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