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AULA 9-Exclusão do Crédito Tributário

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Exclusão do Crédito Tributário
A exclusão do Crédito Tributário, como ato jurídico perfeito, somente pode ocorrer quando há a promulgação de lei que determina a não exigibilidade do Crédito Tributário por parte do sujeito ativo, ou seja, do Estado ou ente público presente na relação do Crédito Tributário.
A exclusão significa retirar a existência de um débito fiscal. Quando ocorre, nada modificará a obrigação acessória.
“Art. 175. Excluem o crédito tributário: 
I - a isenção; 
II - a anistia.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente”.
ISENÇÃO
A isenção é uma exceção à regra tributária, na qual o sujeito passivo deveria pagar, mas foi perdoado por esta lei isentiva.
Na isenção ocorre o fato gerador, há a obrigação tributária, mas o crédito tributário não chega a ser constituído pelo lançamento. A alíquota zero se assemelha à isenção, que poderá ser concedida em caráter geral ou condicional.
Pode ser classificada quanto:
• forma; 
• natureza; 
• tempo; e 
• lugar.
Ainda quando prevista em contrato, a isenção é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração. Pode ser restrita à determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares.
A isenção é uma hipótese de exclusão do Crédito Tributário e está prevista nos Artigos 176 a 179 do CTN (verificar também o Artigo 97, VI, CTN).
De acordo com o Artigo 177, salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva às taxas e às contribuições de melhoria e aos tributos instituídos posteriormente a sua concessão. 
No caso de concessão por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do Artigo 104 do CTN. 
Quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para concessão. 
Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo, o despacho referido no Artigo 179 do CTN, será renovado antes da expiração de cada período, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do período para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da isenção. Tal despacho não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no Artigo 155 do CTN (a concessão da moratória em caráter individual).
ANISTIA
Significa esquecimento, perdão ou graça, onde há o perdão das penalidades pecuniárias.
De acordo com o CTN, a anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele e, salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.
A anistia poderá ser concedida em caráter geral ou limitadamente:
às infrações da legislação relativa à determinado tributo;
às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza;
à determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares;
sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa.
Caso não seja concedida em caráter geral, a anistia é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com a qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão.
Quando a anistia for concedida em caráter individual, o interessado deverá requerer junto ao Fisco  seus benefícios. O fisco exclui o lançamento e o crédito tributário.
Resumo:
As isenções podem ser classificadas, quanto ao elemento a que se relaciona, em: 
* objetivas: aquelas concedidas em função do fato gerador da obrigação tributária, objetivamente considerada, isto é, em função do ato, fato, negócio, ou coisa, da mercadoria, sua qualidade ou destinação; 
* subjetivas: aquelas concedidas em função de condições pessoais de seu destinatário, isto é, daquele que, se inexistente a isenção, seria o sujeito passivo da obrigação tributária; 
* mistas: aquelas concedidas tanto em função do fato gerador objetivamente considerado como em função de aspectos pessoais de seu destinatário. 
Como exemplo de isenção subjetiva, podemos citar a isenção às importações realizadas por instituições educacionais e de assistência social. 
Como exemplo de isenção objetiva, podemos citar a isenção do imposto de importação concedida aos bens importados por instituições científicas e tecnológicas, desde que destinados às suas pesquisas.
Anistia Geral: o contribuinte não precisa fazer absolutamente nada. Cabe à Administração praticar os atos anistiadores diretamente, como atos de ofício. 
Anistia limitada: o interessado há que requerer e a administração há que verificar se o mesmo preenche os requisitos, caso em que declarará a anistia.
Ex: a) às infrações da legislação relativa a determinado tributo;
b) às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza;
c) a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares;
d) sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa.
Diferença Isenção e Iminidade:
Imunidade é a vedação constitucional destinadas às entidades políticas que detêm a competência tributária, de tributar determinadas pessoas, seja pela natureza jurídica que possuem, pelo tipo de atividade que desempenham ou ainda ligadas a determinados fatos, bens ou situações.
Já a isenção, não é a vedação, mais sim a dispensa legal do pagamento do tributo.
Assim, quando falamos que os papéis e revistas estão imunes ao ICMS, estamos dizendo que esta situação está fora da esfera de competência do Estado. 
Por outro lado, se não existisse esta hipótese de imunidade, mas estivesse isenta por previsão legal, diríamos que o Estado tem a competência para cobrar o ICMS de revistas e papéis, mas resolveu não exercê-la, ao prever em lei Estadual que esta hipótese estaria isenta.

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