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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE FÍSICA FÍSICA EXPERIMENTAL A – TURMA A PRÁTICA 7: ESTUDO DA OSCILAÇÃO DE PÊNDULO DE TORÇÃO PELO MÉTODO CIENTÍFICO FELIPE TETSUO OHASHI RA: 595942 FRANCO NUNES DOS SANTOS RA: 727723 RENAN BARTHUS RA: 510408 SÃO CARLOS, 2017 RESUMO O principal objetivo deste relatório foi verificar experimentalmente, pelo método científico, o comportamento do período de oscilação de um pêndulo de torção, bem como determinar o módulo de rigidez (G) e identificar o material dos fios utilizados na prática. O módulo de rigidez (G) pode ser verificado através de uma equação que consiste em variáveis intrínsecas e extrínsecas, como o momento de inércia (I) do disco suspenso, o diâmetro (d) e o comprimento (L) do fio que sofre a torção. As potências m e n da equação empírica foram obtidas como sendo coeficientes angulares de gráficos di-logs construídos no decorrer do experimento; a potência p, pela análise dimensional. Por fim, calculado o módulo de rigidez (G), obteve-se, aproximadamente, 95,6% de concordância com o valor tabelado. OBJETIVO Os objetivos para esta prática experimental baseiam-se em obter, por meio do método científico, a equação empírica para o período de oscilação de um pêndulo de torção, em função de grandezas intrínsecas e extrínsecas, e determinar o módulo de rigidez (G) dos fios usados no experimento, identificando o material de que são feitos. FUNDAMENTOS TEÓRICOS Oscilações são comuns no mundo o qual estamos inseridos. Uma turbulência do ar atinge as asas de um avião de forma tão intensa que as asas podem oscilar bruscamente e quebrarem, causando a queda da aeronave; um terremoto atinge uma região e seus prédios oscilam tão fortemente que desmoronam; o pêndulo de um relógio de torção (Figura 1) oscila de um lado para o outro marcando as horas. São inúmeros os exemplos envolvendo acontecimentos de oscilação, variando de casos simples até perigosos. Figura 1: Relógio de torção. Existem alguns relógios de torção que são, geralmente, cobertos com uma cápsula de vidro para que o diâmetro do fio não sofra influência do meio externo, alterando os períodos de rotação e prejudicando o funcionamento do equipamento. Fonte: http://www.antigosecontemporaneos.com.br/relogios-termometros-e-barometros/antigo-relogio-de-torcao-aniversario-kundo-kieninger-obergfell/ Dentre as grandezas mais importantes do movimento oscilatório, além do próprio tempo das oscilações (t), está o número de oscilações completas (N), as quais permitem obter o período de oscilação do pêndulo de torção (T), por segundo, pela relação Para o caso das oscilações que apresentam repetições durante determinado intervalo de tempo, o movimento recebe um nome especial: movimento harmônico ou periódico. [1: Movimento harmônico, em Física, é o movimento periódico em que a lei de variação com o tempo é uma função harmônica, ou seja, é uma solução não trivial da equação de Laplace cujas derivadas primeira e segunda são contínuas.] Para o estudo de pêndulos no movimento harmônico, há dois casos: o estudo do movimento para o pêndulo simples e o estudo para o movimento do pêndulo angular ou pêndulo de torção. Um sistema composto por um corpo rígido suspenso por um fio e capaz de oscilar em torno de um eixo comum com o fio é o que se denomina por pêndulo de torção (Figura 2). O pêndulo de torção é, basicamente, um sistema físico que realiza oscilações harmônicas quando deslocado (angularmente) da sua posição de equilíbrio. O que difere o pêndulo de torção dos demais pêndulos é o fato de oscilar de forma giratória. No pêndulo de torção, diferentemente do pêndulo simples, há em sua extremidade um disco, contendo massa e diâmetro, conectado ao teto por intermédio de um fio. Se o disco for girado a partir de sua posição de equilíbrio, ele oscilará entre + ϴ e – ϴ, conforme mostra a Figura 2. Figura 2: Pêndulo de torção Fonte: Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Departamento de Física. Apostila de Física Experimental A. São Carlos: EDUFSCar, 2013. Girando o disco em qualquer direção do ângulo ϴ, em relação à posição de equilíbrio, surgirá um torque restaurador τ, dado pela equação em que K é uma constante própria do fio, denominada de coeficiente de restituição. A constante K depende do comprimento L, do diâmetro d e do módulo de rigidez G do fio que sofre a torção, segundo a igualdade[2: O módulo de rigidez ou módulo de cisalhamento é, basicamente, o valor numérico que expressa a resistência de um corpo à deformação por uma força aplicada. ] em que p, m e n são constantes (números inteiros). Como o torque é sempre oposto ao deslocamento angular, se ao corpo for dado um deslocamento inicial (ϴ ≤ 20°), e depois abandonado, ele irá oscilar com um período T, dado pela equação em que I é o momento de inércia do disco suspenso ( de diâmetro D e massa M), sendo parâmetro análogo à massa de um oscilador harmônico linear simples.[3: Neste caso, o momento de inércia (I) é calculado pela relação] Neste experimento, substituindo a equação (3) na expressão (4), obtem-se para o período T de um pêndulo de torção a seguinte expressão Assim, estudando o período de oscilação de um pêndulo de torção em função do diâmetro e do comprimento do fio, torna-se possível determinar as constantes p, m e n através do método científico, determinando-se a equação empírica para este movimento de oscilação. MATERIAL UTILIZADO Micrômetro (marca Kingtools) com resolução de 0,01 mm; Balança mecânica (marca JB) com resolução de 0,2 g; Disco de metal; 5 fios de um mesmo material, com diferentes diâmetros; Trena (marca Worker 5M) com resolução de 0,1 m; Paquímetro (marca Kingtools) com resolução de 0,02 mm; Cronômetro manual (Kenko KK – 613D); Papéis de gráfico mono-log, di-log e milimetrado; Suportes para fixação do pêndulo. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL O procedimento experimental consistiu, primeiramente, em realizar, com o auxílio de um micrômetro, a medição do diâmetro de cinco fios em cinco pontos diferentes e determinar, assim, seu valor médio () e sua respectiva incerteza (u()). Os fios foram enumerados de 1 a 5 em ordem crescente do diâmetro (Tabela 1, Apresentação dos Resultados). Após isso, com o fio de número 3 (diâmetro intermediário), mediu-se o período de oscilação do pêndulo de torção (T), e sua incerteza u(T), com seis comprimentos (L) diferentes para o fio, espaçados entre 10 e 60 cm. Para cada L, mediu-se, também, o tempo de oscilações completas (t) e sua incerteza u(t), assim como o número de oscilações completas (N); foi usado um cronômetro de acionamento manual para o auxílio dessa etapa (Tabela 2, Apresentação dos Resultados). Depois, escolheu-se um comprimento (L) fixo de 20 cm para determinar o período de oscilação, o número de oscilações completas e o tempo de cada oscilação, juntamente com suas respectivas incertezas para cada fio (Tabela 3, Apresentação dos Resultados). Ainda, foi necessário medir a massa M e o diâmetro D do disco de inércia encontrado na extremidade do pêndulo de torção.[4: Para realizar a medição do tempo de várias oscilações completas (Tabela 2 e 3), utilizou-se um intervalo de tempo maior ou igual a 60 segundos. ] A partir dos dados obtidos, construiu-se dois gráficos em papel di-log: período de oscilação (T) x média do diâmetro de cada fio (<d>) e período de oscilação (T) x comprimentos utilizados do fio de número 3 (L). Aplicou-se o critério de ajuste da reta mais provável pelo método visual nos gráficos e, calculados os coeficientes por meio da inclinação de cada função gráfica, determinou-se o valor das potências m e n – arredondando sempre para o número inteiro mais próximo - da equação Para determinar o valor da potência p, utilizou-se o método de análise dimensional, empregando os valores encontrados das outras potências (m e n). Assim, determinou-se a fórmula empírica do períodode oscilação de um pêndulo de torção. Posteriormente, calculou-se o momento de inércia (I) do disco (vide Fundamentos Teóricos) com o intuito de se obter o módulo de rigidez (G), pelo método visual, utilizando-se L fixo em 20 cm e o diâmetro do fio intermediário (8,03x10-4 m). Considerou-se, aqui, que o módulo de rigidez foi expresso nas unidades N/m2 e o momento de inércia em kgm2. Para se obter um valor mais exato do módulo de rigidez (G) e de sua incerteza (u(G)), construiu-se um terceiro gráfico em papel milimetrado do período de oscilação ao quadrado (T²) x comprimentos utilizados do fio de número 3 (L), e calculou-se os coeficientes angular e linear, e suas respectivas incertezas, por intermédio do Método dos Mínimos Quadrados (MMQ). Comparou-se o valor de G, encontrado pelo MMQ, na literatura específica, para identificar o material de que são feitos os fios e a concordância percentual obtida no experimento. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS Tabela 1: Diâmetro (d) dos fios Fio d1 ± u(d1) [mm] d2 ± u(d2) [mm] d3 ± u(d3) [mm] d4 ± u(d4) [mm] d5 ± u(d5) [mm] ± u() [mm] 1 0,300 ± 0,005 0,300 ± 0,005 0,310 ± 0,005 0,300 ± 0,005 0,300 ± 0,005 0,302 ± 0,005 2 0,350 ± 0,005 0,350 ± 0,005 0,350 ± 0,005 0,350 ± 0,005 0,350 ± 0,005 0,350 ± 0,005 3 0,810 ± 0,005 0,810 ± 0,005 0,820 ± 0,005 0,850 ± 0,005 0,840 ± 0,005 0,83 ± 0,01 4 1,000 ± 0,005 1,000 ± 0,005 0,990 ± 0,005 0,990 ± 0,005 1,000 ± 0,005 0,996 ± 0,006 5 1,200 ± 0,005 1,190 ± 0,005 1,200 ± 0,005 1,210 ± 0,005 1,200 ± 0,005 1,200 ± 0,006 Tabela 2: Comprimento L do fio, número de oscilações completas N, tempo das oscilações t e período de oscilação do pêndulo de torção para o fio 3 L ± u(L) [cm] N t ± u(t) [s] T ± u(T) [s] 10,00 ± 0,05 24 61,2 ± 0,5 2,55 ± 0,02 20,00 ± 0,05 18 63,1 ± 0,5 3,50 ± 0,03 30,00 ± 0,05 15 64,8 ± 0,5 4,32 ± 0,03 40,00 ± 0,05 13 63,6 ± 0,5 4,90 ± 0,04 50,00 ± 0,05 12 65,6 ± 0,5 5,47 ± 0,04 60,00 ± 0,05 11 65,7 ± 0,5 5,97 ± 0,05 Tabela 3: Comprimento L do fio, diâmetro médio <d> do fio, número de oscilações completas N, tempo das oscilações t e período de oscilação do pêndulo de torção L ± u(L) [cm] ± u() [mm] N t ± u(t) [s] T ± u(T) [s] 20,00 ± 0,05 0,302 ± 0,005 3 80,9 ± 0,5 27,0 ± 0,2 20,00 ± 0,05 0,350 ± 0,005 4 75,7 ± 0,5 18,9 ± 0,1 20,00 ± 0,05 0,83 ± 0,01 18 63,1 ± 0,5 3,50 ± 0,03 20,00 ± 0,05 0,996 ± 0,006 26 60,8 ± 0,5 2,34 ± 0,02 20,00 ± 0,05 1,200 ± 0,006 39 61,8 ± 0,5 1,58 ± 0,01 Legenda: d1,2,3,4,5 = diâmetro do fio u(d1,2,3,4,5) = incerteza do diâmetro do fio = média do diâmetro do fio L = Comprimento do fio u(L) = incerteza do comprimento do fio N = número de oscilações completas do fio t = tempo das oscilações completas u(t) = incerteza do tempo das oscilações completas T = período de oscilação do pêndulo de torção u(T) = incerteza do período de oscilação do pêndulo de torção Massa do disco = 1664,5 g ± 0,1 g Diâmetro do disco = 151,00 mm ± 0,01 mm DISCUSSÃO Para a execução deste experimento, o primeiro passo foi medir, através de um micrômetro, o diâmetro dos cinco fios dispostos para a prática, em cinco pontos diferentes. Feito isso, calculou-se a média do diâmetro para cada fio. Esses resultados serviram de base para a construção da Tabela 1 (vide Apresentação dos Resultados). A fim de demonstração, o fio de número 4 obteve diâmetros de valores 1,000 ± 0,005 cm, 1,000 ± 0,005 cm, 0,990 ± 0,005 cm, e 1,000 ± 0,005 cm; logo, sua média obtida foi de 0,996 ± 0,006 cm (vide Tabela 1). Aqui, a incerteza do d é nada mais que a incerteza do tipo B, que apenas considera a incerteza do equipamento – no caso, o micrômetro; a incerteza da média do diâmetro é uma incerteza padrão combinada, calculada através da fórmula Em seguida, mediu-se o comprimento (L) do fio do pêndulo de torção com intervalos de 10,00 ± 0,05 a 60,00 ± 0,05 cm e para cada fio calculou-se o número (N) de oscilações completas, o tempo (t) de cada oscilação completa e seu período (T), assim como as incertezas do comprimento (L), do tempo (t) e do período (T). Para um fio de 30,00 ± 0,05 cm, por exemplo, encontrou-se um valor de 15 oscilações completas num tempo de 64,8 ± 0,5 s e num período de 4,32 ± 0,03 s (vide Tabela 2). Aqui, a incerteza u(L), por estar relacionada apenas à incerteza do equipamento, pode ser encontrada através da mínima divisão do micrômetro dividida, ainda, por 2; a incerteza u(t), está associada ao tempo de reação do ser humano; e a incerteza u(T), foi tratada como a incerteza u(t) dividida pelo número de oscilações completas (N)[5: Pela necessidade do experimento de ter sido realizado por uma equipe, e não apenas por um experimentador, levou-se em consideração um tempo de reação maior do que 0,2 s.] Para a construção da Tabela 3 (vide Apresentação dos Resultados), utilizou-se um comprimento (L) fixo de 20,00 ± 0,05 cm, o diâmetro médio de cada um dos cinco fios e encontrou-se o número (N) de oscilações completas, o tempo (t) para essas oscilações e o período (T). Todas as incertezas calculadas anteriormente valem para essa etapa do procedimento. Assim, para um fio de comprimento fixo de 20,00 ± 0,05 cm, com diâmetro de 0,302 ± 0,005 mm, houve três oscilações completas, num tempo de 80,9 ± 0,5 s e período de 27,0 ± 0,2 s. As Tabelas 2 e 3 proporcionaram a construção de gráficos di-log como forma de comprovar a relação do período de oscilação de um pêndulo de torção (T) em função da média do diâmetro dos cinco fios utilizados (Gráfico 1), e em função de diferentes comprimentos de um mesmo fio – o fio intermediário – (Gráfico 2). Numericamente falando, os Gráficos 1 e 2 permitiram calcular os expoentes m = -4,09 e n = 0,98 (vide Apêndice) da equação Aproximando o valor numérico do expoente n igual a 1, permitiu-se a construção de um terceiro gráfico (Gráfico 3), com o objetivo de calcular os valores para os coeficientes angular (a) e linear (b), e suas respectivas incertezas, a partir do MMQ (vide Conclusões). [6: O MMQ é uma técnica de otimização estatística/ matemática que procura encontrar o melhor ajuste para um conjunto de dados experimentais.] Vale ressaltar ainda que o expoente p foi calculado pelo método de análise dimensional (vide Apêndice), obtendo-se p = -1, e o momento de inércia do disco em suspensão (I) foi admitido pela relação sendo M a massa e D o diâmetro do disco (vide Apresentação dos Resultados). Por fim, arredondando os valores obtidos de m e n para o número inteiro mais próximo – no caso, m = -4 e n = 1 –, foi possível encontrar o valor mais exato do módulo de rigidez (G), e a incerteza associada a ele u(G), pelo MMQ. A título de curiosidade, o valor de G pôde ser comparado com a seguinte tabela, determinando-se sua concordância percentual e identificando o material dos fios utilizados (vide Conclusões): Tabela 4: Módulos de elasticidade para alguns materiais em dina/cm² (1 dina/cm² = 0,1 N/m²). Material Young (E) Cisalhamento (G) Volumétrico (K) Aço 19 – 20x1011 6 - 8 x1011 16 x1011 Chumbo 1,5x1011 0,5 x1011 0,8 x1011 Alumínio 7 x1011 2,4 x1011 7 x1011 Fonte: Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Departamento de Física. Apostila de Física Experimental A. São Carlos: EDUFSCar, 2013. CONCLUSÕES A Tabela 1 proporcionou, basicamente, os valores médios dos diâmetros dos fios que foram utilizados nos cálculos para obtenção do período de oscilação do pêndulo de torção (T), a partir da equação (9), e nas construções da Tabela 3 e Gráfico 1. Utilizar valores médios, no caso, para os diâmetros dos fios, é extremamente importante como forma de reduzir os erros nos cálculos. A partir da Tabela 2, pode-se começar a observaro comportamento do período de oscilação do pêndulo de torção (T) em função da variação do comprimento do fio 3. Verifica-se que quanto maior for o comprimento do fio, maior é o período de oscilação, uma vez que o tempo de oscilação é maior e o número de oscilações menor. Na Tabela 3, o comprimento dos fios manteve-se fixo em 20,00 ± 0,05 cm, porém variou-se os próprios fios. Nota-se que quanto maior o diâmetro do fio, menor o período de oscilação, já que o tempo das oscilações diminui e o número de oscilações aumenta bruscamente. As tabelas proporcionaram a construção de dois gráficos em papel di-log (Gráficos 1 e 2), em que a partir deles foi obtido os valores dos coeficientes m e n (m = -4,09 e n = 0,98). Esses valores foram aproximados para os seus números inteiros mais próximos, -4 e 1 respectivamente, com o intuito de se calcular o módulo de rigidez G pelo método visual, G = 6,56x1010 N/m². O Gráfico 3, construído em papel milimetrado, permitiu calcular os coeficientes angular (a) e linear (b). Torna-se dificultoso auferir uma análise sobre o coeficiente linear calculado, visto que seu módulo é zero e, portanto, inconveniente do ponto de vista físico – o mesmo vale para sua incerteza. O cálculo do coeficiente angular resultou em a = 60,05 ± 0,44 (vide Apêndice). De acordo com a equação (9), o coeficiente angular a demonstra a relação entre as grandezas momento de inércia (I), módulo de rigidez (G) e diâmetro do fio (d). Com o valor de a pôde-se escolher três valores hipotéticos quaisquer de L (variável que T depende linearmente) para traçar uma reta no Gráfico 3 (vide Apêndice e Gráfico 3). Posteriormente, calculou-se o módulo de rigidez e a incerteza associada a ele pelo MMQ, G = 6,69x1010 N/m², identificando, de acordo com a Tabela 4, que o material utilizado no fio é o aço. Adotando o valor intermediário tabelado de 7,0x1010 N/m² como referência, chegou-se a uma concordância percentual de, aproximadamente, 95,6% (vide Apêndice). APÊNDICE Para a construção da Tabela 1: Para a construção da Tabela 2: Para a construção da Tabela 3: vide Tabela 1 Para obtenção do coeficiente angular (m) pelo método visual: Para obtenção do coeficiente angular (n) pelo método visual: Para obtenção do expoente (p) pela análise dimensional da equação (5) (vide Fundamentos Teóricos): Equação obtida empiricamente para o período de oscilação de um pêndulo de torção (T): Para a obtenção do valor do módulo de rigidez (G) através da equação empírica, empregando valores de grandezas obtidos experimentalmente: Para obtenção do coeficiente angular (a) pelo método de mínimos quadrados: Para obtenção da incerteza do coeficiente angular (a) pelo método de mínimos quadrados:[7: “Se a melhor reta obrigatoriamente tiver de passar pela origem do sistema de coordenadas, ou seja, possuir o coeficiente linear nulo (b = 0), sua inclinação a e a sua respectiva incerteza u(a) poderão ser reescritos como: e ” (Apostila de Física Experimental A, p. 37).] Para obtenção do coeficiente linear (b) pelo método de mínimos quadrados: (não é conveniente do ponto de vista físico do problema) Para obtenção da incerteza do coeficiente linear (b) pelo método de mínimos quadrados: (não é conveniente do ponto de vista físico do problema) Para a construção da reta no Gráfico 3: Para a obtenção do valor do módulo de rigidez (G) pelo método de mínimos quadrados: Para obtenção da concordância entre o valor do módulo de rigidez (G) obtido pelo valor encontrado em literatura específica: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HALLIDAY, David, RESNIK Robert, KRANE, Denneth S. Física 1, volume 1, 4. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. 326 p. Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Departamento de Física. Apostila de Física Experimental A. São Carlos: EDUFSCar, 2013.
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