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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ Índice de Refração Acadêmicos: RA: Caio de Andrade Caetano 98425 Matheus Cezario Serafim 101200 Rodolpho Souza Toppan 101218 Maringá 15/10/2017 2 1. Introdução Quando a luz passa de um meio para outro, sua velocidade é alterada devida a diferença na dificuldade apresentada pelo material, chamado de índice de refração. 𝑛=índice de refração 𝑛 = 𝑐 𝑣 (1) c= velocidade da luz no vácuo (𝑛 = 1) 𝑣=velocidade da luz no meio O índice de refração no vácuo é considerado de forma arbitrária como 1, sendo o menor possível. Ou seja, sempre que calculamos um índice de refração, estamos comparando- o com o vácuo, ou seja, quantas vezes ele é maior que o do vácuo. Portanto, o índice de refração é uma grandeza adimensional. 𝑣1 𝑣2 = 𝑛2 𝑛1 = 𝑛1,2 (2) A equação 2 prevê que quando um feixe de luz atravessa a superfície que separa os dois meios transparentes, sua velocidade é alterada. Como consequência há uma mudança na direção de propagação. (Não acontece se a luz incidir perpendicular à superfície) Figura 1.1 – Percurso de um raio de luz ao passar de um meio para outro 3 A relação entre o ângulo de incidência e o ângulo de refração é dada pela Lei de Snell- Descartes: 𝑛1. 𝑆𝑒𝑛(𝜃1) = 𝑛2. 𝑆𝑒𝑛(𝜃2) (3) A figura a seguir mostra o comportamento de um raio de luz ao passar de um meio mais refringente para outro menos refringente. A medida em que o ângulo de incidência é aumentado, surge uma situação em que o raio refratado emerge a superfície. Figura 1.2 – Comportamento do raio de luz em diferentes ângulos. Quando ocorre uma refração rasante (𝜃2 = 90º) é denominado ângulo crítico. Este ângulo é obtido igualando 𝜃2 = 90º na equação de Snell-Descartes: 𝜃𝑐 = 𝑆𝑒𝑛 −1( 𝑛2 𝑛1 ) (4) Sendo que n1 é, necessariamente, maior que n2. Nesse experimento faremos uso do método de Pf und para conhecermos o índice de refração de alguns meios. Na experiência de Pfund, um feixe de luz se projeta na superfície inferior de uma placa de vidro, de espessura (h). A luz que incide no ponto (P) é refletida para cima, em todas as direções. Uma parte dessa luz incide novamente na superfície superior da placa de vidro, sob ângulos menores que o ângulo crítico, sendo parcialmente transmitida e parcialmente refletida. A outra parte, que atinge a superfície segundo ângulos superiores ao ângulo crítico, é totalmente refletida. Desta forma, para um observador que olha a parte superior da placa, ele vê um círculo brilhante (correspondente à luz refratada), internamente a um círculo escuro (correspondente à luz refletida totalmente). Na situação do ângulo crítico, aplicando a Lei de Snell, a par de meios vidro e ar, obtemos para o índice de refração do vidro (n v). 𝑛𝑣𝑖 = √ 𝐷2+16ℎ² 𝐷 (5) 4 Onde D é o diâmetro do círculo escuro e h a espessura da placa de vidro. Com uma camada de líquido sobre a placa de vidro, o índice de refração do líquido será: 𝑛𝑙𝑖𝑞 = 𝐷𝑙𝑖𝑞 √𝐷𝑙𝑖𝑞 2 +16ℎ² 2 . 𝑛𝑣𝑖𝑑 (6) 2. Materiais e métodos 2.1 – Materiais - Laser; - Cavaleiros e banco ótico; - Placa de vidro e espelho; - Paquímetro; - Cuba de vidro; - Água e álcool. 2.1 – Métodos Primeiro foi medido a espessura (h) da placa de vidro, com o paquímetro. O laser foi colocado em sobre a placa (que foi colocada dentro da cuba), de forma a incidir perpendicular com a placa e foi ligado. Utilizando a escala da placa, foi medido o diâmetro do círculo escuro e registrado os dados. Mantendo o esquema anterior, foi colocado água na cuba e observado o aumento no círculo escuro e medido seu diâmetro, anotando o resultado. A água foi substituída por álcool e repetido os processos anteriores. 3. Resultados A partir dos dados obtidos experimentalmente e pelas seguintes fórmulas: 𝑛𝑣 = √𝐷2+16ℎ2 𝐷 𝑛𝑙 = 𝑛𝑣 𝐷𝑙 √𝐷𝑙 2+16ℎ2 𝐷%𝑛 = |𝑛𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙−𝑛𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙| 𝑛𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 Obteve-se a tabela 4.1: Tabela 4.1 – Dados obtidos e calculados experimentalmente. H±𝜎𝑛 Vidro Água Álcool D± 𝜎(mm) 48,5 34 39 n 1,571 1,368 1,406 n nominal 1,52 1,33 1,36 D%n 3,35% 2,85% 2,94% 5 Calculando o ângulo limite para o Ar/Vidro, Água/Vidro e Álcool/vidro: 𝜃 𝐴𝑟 𝑉𝑖𝑑𝑟𝑜 = sin−1( 1 1,571 ) = 39,53° 𝜃Á𝑔𝑢𝑎 𝑉𝑖𝑑𝑟𝑜 = sin−1( 1,368 1,571 ) = 60,54° 𝜃Á𝑙𝑐𝑜𝑜𝑙 𝑉𝑖𝑑𝑟𝑜 = sin−1( 1,406 1,571 ) = 63,50° 5. Análise dos resultados Com base nos dados da tabela 4.1, observa-se valores experimentais muito próximos dos valores nominais, logo os desvios são baixos. Esses desvios ocorrem devido a alguns arredondamentos feitos ou até mesmo uma imprecisão na verificação do diâmetro. Para a parte em que existe apenas o ar e o vidro, a observação para anotação é mais simples. Porém quando insere um líquido no sistema, nota-se a presença de dois círculos escuros, sendo um proveniente da refração do ar/líquido e o outro do líquido/vidro. Dessa forma o diâmetro do círculo externo depende do índice de refração do líquido utilizado, tendo em vista que este causará o primeiro desvio da luz. Nesse caso temos que o diâmetro diminui quando imerso na água ou no álcool. O índice de refração terá um nível angular máximo, tal que, para ângulos maiores que este, haverá reflexão do feixe de luz. Esse ângulo máximo é dado quando o raio refratado emergir paralelo à superfície do meio. 6. Conclusão Neste experimento, para ângulos menores que o crítico, observa-se a refração parcial, sendo o círculo externo correspondente a luz refratada, e o círculo interno correspondente a luz refletida totalmente. Para ângulos maiores que o ângulo crítico tem que a luz será apenas refletida de volta. Comparando os valores dos índices de refração teóricos e experimentais, podemos notar que existem pequenos desvios, que são aceitáveis devido aos possíveis erros de leitura ou até mesmo desvios causados pelo menisco dos líquidos em estudo. 6 Referências [1] – MATEUS, E. A.; HIBLER, I.; DANIEL, L. W. Eletricidade e Magnetismo. Maringá: Universidade Estadual de Maringá, 2010. 16 p. [2] - H. Moysés Nussenzveig, Curso de Física Básica 3 - Eletromagnetismo. 1a edição, Editora Edgard Blucher, São Paulo, SP, 1997.
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