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Universidade Federal do Rio de Janeiro IQF367 Físico-Química Experimental - EQ/EQD-2 Professor: Carlos Bielschowsky Aluna: Mylena Capareli do Nascimento Craveiro → Relatório da Prática 3 – Refratometria e Polarimetria: Introdução A refratometria é determinação do índice de refração de líquidos em uma determinada amostra. Isso ocorre porque, ao viajar através de um determinado meio, a luz percorre uma linha reta. No entanto, quando passa de um meio para outro, é refletido e desviado, a refração ocorre. Uma vez que a luz tenha cruzado a fronteira entre os dois meios continua a viajar em linha reta, porém a direção não é a mesma do início [2]. Ou seja, refração é a alteração da velocidade de uma onda, no caso da luz, ao se propagar de um meio homogêneo transparente para outro, sendo o módulo da velocidade da luz máximo quando se propaga através do vácuo (c=3x108 m/s). Dessa forma, o índice de refração absoluto é a relação da velocidade da luz através do vácuo com a velocidade da luz através do meio.[3] O índice de refração depende da temperatura do meio. Líquidos e soluções tornam-se menos densas em temperaturas mais altas, assim, a velocidade da luz no líquido irá normalmente aumentar à medida que a temperatura aumenta. Em resumo, quanto maior for a temperatura de um meio, maior é a velocidade da luz e menor o seu índice de refração. Assim a variação de temperatura influencia diretamente a medição no refratômetro e o ideal é que o equipamento já apresente a compensação de temperatura para que a leitura possa ser correta.[2] O índice de refração (n) de um meio em relação a outro é a razão entre o seno do ângulo de incidência do raio luminoso e o seno do ângulo de emergência, ambos medidos em relação à normal à superfície de separação dos dois meios [1]. Esta definição é conhecida como a lei de Snell, conforme Equação 1: 𝐧 = 𝐬𝐞𝐧𝐢 𝐬𝐞𝐧𝐫 (𝐄𝐪𝐮𝐚çã𝐨 𝟏) Tomando-se o índice de refração do vácuo como sendo igual à unidade e sabendo-se que o ar tem em relação ao vácuo um índice de refração quase igual a unidade (1,000292), podemos medir índices de refração em relação ao ar, sem cometer erro apreciável.[1] carle Lápis carle Lápis carle Lápis A Figura 1 a seguir representa a incidência da luz sobre a superfície de separação de dois meio (p.ex: fase líquida e ar atmosférico).[1] A lei de Snell é válida para qualquer ângulo de incidência. Assim sendo, para i igual a 900, tem-se a Equação 2, na qual R é denominado de ângulo limite de refração.[1] 𝐧 = 𝐧𝟐𝟏 = 𝐬𝐞𝐧𝟗𝟎° 𝐬𝐞𝐧𝐑 = 𝟏 𝐬𝐞𝐧𝐑 (𝑬𝒒𝒖𝒂çã𝒐 𝟐) Se iluminarmos o ponto P de todas as direções do quadrante I, observaremos que o quadrante III ficará iluminado somente na região compreendida entre a normal e o ângulo limite R, ficando a região restante no escuro. Assim, para medirmos n será suficiente determinar o ângulo entre a normal e a fronteira das regiões IIIa e IIIb.[1] Para se realizar a medição do índice de refração, utiliza-se um aparelho de alta tecnologia, chamado de refratômetro. Esse equipamento é de extrema precisão e que permite a medição de índices refrativos em soluções líquidas (aquosas). O dispositivo faz uso do princípio do ângulo crítico, também chamado de ângulo de reflexão total. Isso possibilita a análise das propriedades ópticas do material, com a luz passando de um meio a outro e que sofre refração. Em outras palavras, uma mudança de direção em seu ângulo de incidência.[4] Existem dois modelos mais comuns do aparelho que podem ser encontrados no mercado são eles: refratômetro de bancada e para salinidade. Cada qual, evidentemente, apresenta particularidades que possibilitam trabalhos variados, com objetivos também diversos [4]. Nesse experimento, foi utilizando o refratômetro de bancada Abbe, cujos alguns modelos estão exemplificados na Figura 2. Figura 1. Representação da incidência da luz sobre a superfície de separação de dois meios (fonte: material disponibilizado no AVA) https://www.prolab.com.br/produtos/equipamentos-para-laboratorio/refratometros/refratometro-de-bancada-abbe/ https://www.prolab.com.br/produtos/equipamentos-para-laboratorio/refratometros/refratometro-digital-de-bancada-0-28-salinidade/ carle Lápis carle Lápis Os principais componentes do refratômetro de Abbe são o prisma de medição, que trabalha em uma faixa de índice (para o equipamento do laboratório 1,300 < nD < 1,700), a objetiva de focalização, e o círculo graduado de cristal com microscópio de leitura[5], que é feita é feita em uma escala graduada, através de um sistema ótico. O valor medido na escala é convertido em índice de refração mediante uma tabela fornecida pelo fabricante do instrumento.[1] O prisma de medição está montado em um sistema que pode girar em torno de um eixo horizontal, juntamente com o prisma de iluminação. As bases dos dois prismas (medida e iluminação) formam um espaço pequeno para receber a amostra, e estão presos por uma dobradiça que permite um movimento de abertura. O bloco de prismas possui terminais para conexão de água termorregulada para garantia da estabilidade da temperatura do sistema, assim como um termômetro acoplado a esse corpo para acompanhamento da temperatura.[5] Juntos a esse bloco estão também dois espelhos, um para iluminação da escala, que deve ser ajustado toda vez que o conjunto for deslocado, podendo ser substituído por uma lâmpada para iluminação do sistema, e o outro para refletir a luz do sódio para o interior do prisma [5]. Recomenda-se o uso de uma lâmpada de sódio, que emite um só comprimento de onda na região do visível (5892 nm).[1] Certos refratômetros, como os que serão usados, possuem um dispositivo que permite o uso da luz branca. Internamente faz-se a separação espectral e usa-se radiação correspondente à raia D do sódio.[1] Nos refratômetros o índice de refração é medido, diretamente, usando luz branca e apenas algumas gotas do líquido em estudo. A luz branca atravessa, com ângulo crítico de incidência, do meio cujo índice de refração se deseja determinar para um prisma de vidro de índice de refração elevado e conhecido. A luz emergente passa por um conjunto de prismas especiais (prismas de Amici, Figura 3), que separam da luz branca, a linha D do sódio. Essa luz, assim selecionada, é dirigida através de uma luneta até uma ocular onde existe um reticulo.[1] Figura 2. Modelos do refratômetro de Abbe (fonte: material disponibilizado no AVA) carle Lápis carle Lápis A incidência de 90° e obtida quando o campo da ocular se apresenta dividido em duas partes, clara e escura, cuja separação coincide exatamente com a interseção das linhas do retículo [1]. Já a polarimetria é a ciência da medição da polarização da luz. Um feixe de luz polarizada ao passar através de uma molécula sofre quase sempre uma mínima rotação no respectivo plano devido à interação com as partículas carregadas eletricamente da molécula. Dependendo da molécula pode haver um desvio do plano de rotação da luz polarizada. Em uma amostra pura de um único enantiômero nenhuma molécula pode servir de imagem da outra. Não se produz, portanto, a anulação de rotações de moléculas individuais e o resultado é o aparecimento de uma certa rotação. Na maioria dos compostos, dada a distribuição aleatória do imenso número de moléculas e por cada molécula que a luz encontra existe outra molécula que, pela sua orientação, se apresenta como imagem da primeira num espelho plano, e cujo efeito sobre o feixe luminoso anula exatamente o efeito da primeira molécula resultando numa rotação nula. O equipamento utilizado para fazer essa medição é conhecido como polarímetro.[7] Quando um feixe de luz plano-polarizada e monocromático atravessa uma coluna de comprimento L (em dm) de uma solução, contendo umasubstância oticamente ativa (substância capaz de girar o plano da luz polarizada) de concentração (em g/mL ou g/cm3) e, a rotação do plano de polarização é dada pela lei de Biot, conforme a Equação 3, onde α é o ângulo de rotação e o fator [a] é o poder rotatório específico, característico da substância oticamente ativa. Este fator depende do comprimento de onda (ʎ) e da temperatura (t).[1] 𝛂 = [𝛂]ʎ 𝒕 . 𝐋. 𝐜 (𝐄𝐪𝐮𝐚çã𝐨 𝟑) Figura 3. Refratômetro Abbe e seus componentes (fonte: material disponibilizado no AVA) carle Lápis O ângulo de rotação pode ser medido em um polarímetro, mostrado a seguir na Figura 4. A luz proveniente de uma fonte luminosa é filtrada no filtro (S), polarizada ao atravessar um prisma de Nicol (P), chamado de polarizador, atravessa o líquido contido no tubo polatimétrico e, por último, cruza outro prisma de Nicol (A), chamado de analisador. O campo visual do instrumento é observado com a ocular (F) e o analisador pode girar em tomo do eixo longitudinal do instrumento, enquanto o prisma polarizador é fixo.[1] Quando o tubo polarimétrico contiver uma substância que não possuir atividade ótica (água, por exemplo) e o analisador estiver cruzado com o polarizador, nenhuma luz passará e o campo visual do instrumento se apresentará escuro. Esta será a situação correspondente ao zero gravado no limbo do instrumento (K). Se o tubo estiver uma substância oticamente ativa, o feixe luminoso, ao atravessá-lo, sofrerá um desvio no seu plano de polarização - para que o campo visual volte a ficar escuro será necessário girar o analisador até cruzá-lo com a nova direção da polarização da luz. Este desvio poderá ser lido no limbo do instrumento e constituirá o ângulo desvio da luz polarizada.[1] O polarímetro tem um dispositivo auxiliar que torna a medida do ângulo de rotação mais precisa. Graças a ele (prisma de Nicol auxiliar), o campo visual do instrumento fica dividido em duas metades, uma clara e outra escura, quando o analisador está um pouco antes da posição cruzada; um pouco além, a situação se inverte: a metade do campo que estava escura torna-se clara e a outra fica clara. Uma posição intermediária, em que as duas metades do campo visual fiquem igualmente pouco iluminadas, corresponde à posição de leitura do ângulo α. Nesse experimento, serão verificados como pode-se utilizar o índice de refração e o ângulo de desvio na polarização para medir a concentração de soluções aquosas de sacarose. ,-;7- Figura 4. Polarímerto (fonte: material disponibilizado no AVA) carle Lápis E, como a sacarose é abordada nesse trabalho, pode-se citar que a refratometria e polarimetria, dentre os diversos tipos de análise e setores, são muito utilizados em análises laboratoriais da indústria alimentícia, principalmente para medição da concentração de açúcar. Isso é necessário porque os açúcares contidos nos alimentos podem ser: sacarose, açúcar invertido (glicose e frutose), lactose, maltose e, ocasionalmente, pentose.[6] Na análise de alimentos, a identificação do açúcar ou açúcares presentes quase sempre depende da natureza do produto, sendo, em muitos casos, os métodos físicos suficientes para sua determinação, onde o desvio polarimétrico ou o índice de refração se relacionam ao conteúdo do açúcar. E a polarimetria estuda as interferências das substâncias opticamente ativas com o plano de polarização da luz monocromática polarizada.[6] Quando a luz polarizada atravessa uma substância qualquer, ela interage com milhões de moléculas, sofrendo desvios em sua orientação. Se a molécula apresentar simetria, interações sucessivas não causarão desvio líquido no plano da luz polarizada. Agora, se a molécula não apresentar simetria, ou seja, se ela não se sobrepor à sua imagem especular, as interações causarão um desvio do plano da luz polarizada, e diz-se que a substância apresenta atividade óptica.[6] Os açúcares são substâncias quirais, pois sua molécula tem um átomo de carbono assimétrico, ou seja, está ligada a 4 grupos diferentes. Portanto, através da polarimetria é possível identificar o grau de pureza desse produto, utilizando-se de um polarímetro que mede a rotação específica da substância, a qual varia em função da temperatura, do comprimento de onda empregado (quanto mais curto, maior o ângulo), da natureza química da substância e da sua concentração.[6] Materiais e Métodos Os procedimentos experimentais a seguir estão descritos conforme o roteiro disponibilizado na plataforma AVA.[1] Inicialmente, são preparadas soluções aquosas de sacarose a partir dos seguintes passos para posterior análise no refratômetro de Abbe: 1) Pesar em um bécher 40g de sacarose e adicionar água apenas o suficiente para a completa dissolução do açúcar; 2) Transferir a solução obtida para um balão volumétrico de 200mL e completar o volume com água, agitando-se bem → obtém uma solução de 20% m/v ou a 0,20g/mL de sacarose; carle Lápis carle Lápis 3) A partir dessa primeira solução, usando pipetas e balões volumétricos de 100mL, preparar as outras soluções conforme os passos a seguir lembrando que, após preparar cada solução, é preciso homogeneizar com boa agitação antes de obter a próxima; · 4) Solução a 15% (ou a 0,15g/mL) → pegar 75mL da solução a 20% e completar 100mL com água; 5) Solução a 10% (ou a 0,10g/mL) → pegar 50mL da solução a 20% e completar 100mL com água; 6) Solução a 5% (ou a 0,05g/mL) →pegar 50mL da solução a 10% e completar 100mL com água; 7) Solução a 2,5% (ou a 0,0259/mL) → pegar 50mL da solução a 5% e completar 100mL com água; 8) Determinar o índice de refração e depois o ângulo de polarização da água pura e depois prosseguir para as cinco soluções preparadas, da mais diluída para a menos diluída. Para isso: - Colocar o líquido sob investigação no prisma do refratômetro; - Olhar pela ocular do refratômetro e observar a escala que aparece no campo visual. Fazer as divisões e os números da escala ficarem nítidos, ajustando a distância focal com a ocular do instrumento; - Observar a fronteira claro-escuro. Se ela estiver colorida, acromatizá-la girando o dispositivo que compensa a dispersão da luz no líquido. Este ajuste deve tornar a fronteira em uma linha de contornos bem definidos; - Anotar a leitura da escala que corresponde à posição da fronteira. O décimo da escala deve ser lido no vernier; - Converter esta leitura da escala do instrumento em índice de refração mediante a tabela do instrumento; - Interpolar linearmente os valores da tabela para obter em índice de refração os décimos lidos no instrumento; 9) Anotar a temperatura em que realizou as medidas; 10) Limpar todo o material usado e deixe-o em ordem. Feito isso, fazer a análise no polarímetro. carle Lápis carle Lápis Resultados e Discussão Feito o preparo das soluções e as técnicas de refratometria e polarimetria, as concentrações, o índice de refração (n) e o ângulo de desvio (α) obtidos para cada solução aquosa de sacarose correspondente, estão demonstrados conforme a Tabela 1 abaixo.[1] Tabela 1. Resultados obtidos para cada solução aquosa de sacarose Solução aquosa de sacarose Concentração (g/mL) 0 0,025 0,05 0,1 0,15 0,2 Índice de refração 1,335481 1,338836 1,342239 1,349470 1,356348 1,362752 Ângulo de desvio 0 3,3 8,3 16,3 21,3 27,0 Com base nos dados da Tabela 1 acima, foi possível construir o Gráfico 1, que relaciona o índice de refração de acordo com a concentração de solução, e o Gráfico 2, que avalia o comportamento do ângulo de desvio com a concentração de solução. Gráfico 1. Relação entre índice de refração e concentração de solução y = 0,1376x + 1,3355 R² = 0,9997 1,33 1,335 1,34 1,345 1,35 1,355 1,36 1,365 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 Ín d ic e d e re fr aç ão Concentração(g/mL) carleLápis Gráfico 2. Relação entre ângulo de desvio e concentração de solução Conclusão Com a realização desse experimento e análise dos seus resultados, a partir do ajuste de retas, pode-se observar que o comportamento do índice de refração é linear, de equação especificada no Gráfico 1. Enquanto que o comportamento do ângulo de desvio se comporta como uma função polinomial de 4º grau, de equação demonstrada no Gráfico 2. Dentre as potencialidades e fragilidades das técnicas experimentais utilizando o refratômetro e o polarímetro, pode-se citar o fato de ser de fácil observação e entendimento. Entretanto, possíveis erros experimentais na realização do experimento, como falta de atenção no momento de preparar cada solução e influências no meio, podem ser comuns ao utilizar o refratômetro. Além disso, todos os polarímetros são equipados com um aparelho óptico que divide o campo em duas ou mais partes adjacentes de modo a que, quando o ponto final é alcançado as secções do campo tomam a mesma intensidade. Entretanto, uma das falhas no polarímetro utilizado é a dificuldade em determinar o ponto final preciso, ou ponto de máxima iluminação. Apesar de o olho humano ser um mau juiz de intensidade absoluta, ele é capaz de comparar as intensidades de dois campos diferentes e vistos simultaneamente com grande precisão. Por esta razão, o ponto final pode ainda ser chamado de "zero óptico". Uma rotação muito pequena do analisador irá tornar uma das partes do campo escura e a outra clara. Este aparelho permite uma precisão de ± 0,01’ enquanto que a falta dele permite apenas uma precisão de ± 4 ou 5’.[8] y = 52565x4 - 20531x3 + 2187,8x2 + 98,431x - 0,0489 R² = 0,9999 0 5 10 15 20 25 30 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 Â n gu lo d e d es vi o Concentração (g/mL) carle Lápis Referências [1] Roteiro da prática experimental disponível no AVA [2] Refratômetro – princípios e aplicação. KASVI. Disponível em: <https://kasvi.com.br/refratometro-aplicacao/> [3] Índice de refração absoluto. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=wecu0PZuFlo> [4] Refratometria: entenda o que é refratômetro e sua utilização em alimentos. Prolab. Disponível em: <https://www.prolab.com.br/blog/equipamentos-aplicacoes/refratometria-entenda- o-que-e-refratometro-e-sua-utilizacao-em-alimentos/> [5] Refratometria – Abbe e Pulfrich. UNICAMP. Disponível em: <https://sites.ifi.unicamp.br/laboptica/15-refratometria-abbe-e-pulfrich/> [6] Determinação do teor de sacarose e pureza. Disponível em: <https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Polarimetria-e- Refratometria/404379.html> [7] Introdução à polimeria. Lei de Biot. UNIVAP. Disponível em: <https://www1.univap.br/spilling/FQE2/FQE2_EXP12_Polarimetria.pdf> [8] O polarímetro na concentração de soluções. Disponível em: <http://educa.fc.up.pt/ficheiros/fichas/652/O%20Polar%EDmetro.pdf> https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Polarimetria-e-Refratometria/404379.html https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Polarimetria-e-Refratometria/404379.html
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