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FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
Paralisia Cerebral
Definição
 A paralisia cerebral é um distúrbio do 
movimento e do tônus persistente, mas 
não imutável causado por um lesão não 
progressiva do encéfalo imaturo.
 A paralisia cerebral não é um diagnóstico 
específico, mas um termo amplo (Bache, 
2003) .
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
Incidência
 Elevada no Brasil, devido à situação 
precária do sistema de saúde geral
 Nos Estados Unidos existem cerca de 500 
mil americanos com PC
 O,5-1/100 nascimentos
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
Etiologia
 Fatores pré-natais (exclui-se doenças 
hereditárias, erros inatos do metabolismo, etc)
 Fatores neonatais
 Fatores pós-natais
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
Fatores pré-natais
 Infecções congênitas
 Hipoxemia (anemia na gestante, má 
circulação no cordão umbilical, descolamento 
prematuro da placenta, hemorragias, 
eclâmpsia, hipotensão)
 Distúrbios metabólicos materno (diabetes 
mellitus, subnutrição materna, eclâmpsia)
 Transtornos tóxicos (drogas, etc)
 Exposição à RX
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
Fatores neonatais
 Hemorragias intracranianas
 Anóxia neonatal
 Traumas durante o parto
 Prematuridade
 Baixo peso
 Icterícia neonatal
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
Fatores pós-natais
 Meningoencefalites
 Encefalopatias desmilienizantes pós-
infecciosas e pós-vacinais
 Traumatismos crânio-encefálicos
 Convulsões de várias etiologias
 Hipocalcemia
 Quase afogamento
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
Classificação quanto ao tônus
 Espástica (lesão do córtex motor) = 75%
 Atetósica (lesão nos núcleos da base) = 18%
 Atáxica = (lesão no cerebelo) 2%
 Mista = associação de espasticidade com 
atetose
 Hipotônica = transitória ou relacionado á 
ataxia ou atetose
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
Atetose
 Acomete os núcleos da base
 Causa principal – Hiperbilirrubinemia – 
Kernicterus
 Movimentos involuntários distais
 Pode associar-se com espasticidade
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
Ataxia
 Acometimento do cerebelo
 Tremores de ação
 Pode ser distal ou proximal, dependendo da 
área lesada do cerebelo
 Hipotonia
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
Espasticidade
 Lesão dos tractos córtico-espinhais
 Exarcebação do reflexo de estiramento
 Aumento da contração da musculatura 
antigravitária
 Resistência aumentada à movimentação 
passiva da articulação
 Relaciona-se com hiperreflexia, clônus e 
babinski
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
 Classificação topográfica
1. Diplegia Espástica ou Paraplegia
 Na criança diplégica as extremidades inferiores 
são mais gravemente atingidas que as superiores. 
 Esta condição é de distribuição bem simétrica. 
 O controle da cabeça e geralmente bom, e a fala e 
articulação não são afetadas. 
 Se os braços estão apenas levemente envolvidos, 
estas crianças são usualmente classificadas como 
paraplégicas.
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
2. Quadriplegia Espástica
 Neste tipo de paralisia cerebral, o corpo todo está 
afetado.
 A distribuição é muito assimétrica, um lado sendo 
mais envolvido que outro e os membros superiores 
sendo mais afetados.
 Por estas razões, estes casos são referidos como 
dupla hemiplegia.
 Sendo as partes superiores mais afetadas, o 
controle da cabeça geralmente é mau, e a fala e a 
articulação são mais ou menos envolvidas.
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
 3. Hemiplegia Espástica
 O diagnóstico precoce da hemiplegia espástica 
usualmente não e difícil por causa da assimetria dos 
padrões posturais e de movimentos que cedo 
aparecem.
 A mão afetada está bem fechada e o bebê não abre.
 Ele não chuta com a perna afetada. 
 Ele não passa pelos estágios de desenvolvimento 
simétrico do bebê normal, que começa em torno das 
dezesseis semanas. 
 Ele assim não usa ambas as mãos na linha mediana, 
não alcança nem agarra com a mão afetada e não se 
suporta sobre o membro hemiplégico. 
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
A Criança Espástica 
A criança espástica mostra hipertonia de um caráter 
permanente que pode ser espástica ou plástica. 
 O grau de espasticidade varia com a condição geral da 
criança, isto é, sua excitabilidade e a força do estímulo a 
que ela está sujeita a qualquer momento. 
 Se a espasticidade é grave, a criança e mais ou menos 
fixada em algumas posturas típicas devidas aos severos 
graus de co-contração das partes envolvidas, 
especialmente em torno das articulações proximais.
 A espasticidade é de distribuição e alterações típicas de um 
modo desprezível, devido a atividade reflexa tônica. 
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
Características da forma espástica
 Rigidez aumentada nas extremidades, distal > proximal
 Rigidez diminuída no pescoço e no tronco
 Inabilidade de graduar co-contração(CC) e inibição 
recíproca(ir), períodos com excessiva CC ou IR
 Dificuldade em iniciar certos grupos musculares – 
extensores de quadril, tríceps
 Dificuldade em manter certos grupos musculares – 
extensores do tórax
 Dificuldade em finalizar certos grupos musculares – flexores 
e rotadores internos de quadril
 Habilidade diminuída em usar controle excêntrico em certos 
grupos musculares – quadríceps
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
 Habilidade diminuída em controlar flexores e extensores
 Ativação do tronco maior em flexão que em extensão
 Ativação das extremidades superiores maior em flexão que 
em extensão
 Ativação das extremidades inferiores maior em extensão 
que em flexão
 Uso de sinergia da flexão, adução e rotação interna do 
quadril para função
 ADM diminuída
 Força diminuída
 Visão usada mais assimetricamente, em um olhar fixo para 
cima
 Propriocepção e cinestesia diminuídas
 Consciência corporal diminuída 
 Pouca habilidade em discriminar diferentes toques
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
Comprometimento cortical 
(sistema piramidal)
Hipertonia muscular 
elástica
Padrão flexor
Fraqueza 
muscular=paresia
Deformidades ortopédicas
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
Características da forma hipotônica
 Rigidez diminuída e nas extremidades
 Habilidade de co-contração de grupos musculares 
diminuída – substituído com o suporte de 
ligamentos
 Iniciação da ativação muscular em ímpetos fásicos
 Habilidade de manter grupos musculares ativados 
diminuída
 O término da atividade muscular é passivo
 Dificuldade com o uso muscular excêntrico e 
concêntrico
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
 Dificuldade em equilibrar flexores e extensores no 
tronco, uso da extensão > flexão
 ADM aumentada
 Força diminuída 
 Propriocepção e consciência cinestésica 
diminuída
 Habilidade de processar informação tátil diminuída
 Respiração superficial com freqüência diminuída
A Criança Atetóide
 Todo paciente atetóide mostra um tônus 
muscular instável e flutuante, mas a amplitude 
das flutuações pode variar nos casos 
individuais. 
 Estas crianças têm o tônus postural de 
sustentação deficiente e não podem, manter 
uma posição estável. 
 Há insuficiente fixação postural devida a falta 
de co-contração, isto é, contrações simultâneas 
de agonistas e antagonistas, que orientam e 
suportam os segmentos em movimento. 
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
Características da forma atetóide
 Diminuição global do tônus – bastante profundo
 Flutuações no tônus com grande amplitude, baixa 
freqüência de oscilações
 Problemas com a co-contração e inibição recíproca
 Resultando em amplitudes de movimento extremas
 Inabilidade de graduar o início da atividade 
muscular
 Inabilidadede manter a atividade muscular
 Término passivo da atividade muscular
 Inabilidade de usar controle excêntrico
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
 Tende à ativação extensora > flexora, 
tornando-se muito assimétrico
 Dificuldade em selecionar sinergias para 
atividades funcionais
 Hipermobilidade nas articulações cervicais: 
occipital com C1, C6-C7 e junção tóracolombar
 Força diminuída 
 Olhar fixo para cima
 Problemas com a propriocepção de 
extremidades superiores > inferiores
 Consciência corporal diminuída
 Respiração flutuante em freqüência e ritmo
Movimentos 
involuntários
(coréia, atetose, 
distonia)
Tonus flutuante
Marcha em 
“marionete” 
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
Comprometimento dos Núcleos da Base 
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
Características da forma atáxica
 Áreas de percepção e áreas sensoriais são o 
grande problema
 Confia na visão para equilíbrio e postura
 Sistema visual apresenta importante nistágmo
 Propriocepção diminuída
 Latência no processamento de informação 
sensorial aumentada
 Grave insegurança postural – muito receosa nos 
movimentos
 Sistema vestibular ruim
 Taticamente defensiva
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
 Dificuldade de generalizar informações sensoriais 
e motoras para desempenhar novas tarefas
 Redução mínima da rigidez
 Tremores de freqüência aumentada e amplitude 
diminuída ampliam-se com o aumento na 
demanda da habilidade em uma tarefa
 Dificuldade em escolher o momento oportuno e a 
seqüência da iniciação, manutenção e término da 
atividade muscular
 Dificuldade em graduar a amplitude média de co-
contração e inibição recíproca
 Facilita a flexão mais que a extensão para baixar 
o centro de gravidade 
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
Conclusão
 A lesão cerebral não é progressiva e provoca 
deliberação variável na coordenação da ação 
muscular, com resultante incapacidade da criança em 
manter posturas e realizar movimentos normais. Esta 
deficiência motora central está freqüentemente 
associada a problemas da fala, visão e audição, com 
vários tipos de distúrbios da percepção, um certo grau 
de retardo mental e/ou epilepsia.
 A característica essencial desta definição de paralisia 
cerebral é que a lesão afeta o cérebro imaturo e 
interfere na maturação do SNC, o que leva a 
conseqüências específicas em termos do tipo de 
paralisia cerebral desenvolvida, seu diagnóstico, 
avaliação e tratamento.
Conceito Neuroevolutivo Bobath 
(Neurodevelopmental treatment – NDT)
 Uma técnica de reabilitação neuromuscular 
que utiliza os reflexos e os estímulos sensitivos 
para inibir ou provocar uma resposta motora, 
sempre respeitando os princípios da 
normalização do tônus e da experimentação de 
um movimento ou de um controle estático 
normal. 

FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
Bobath nunca disse “Faça como eu” e sim 
“Você precisa ser criativo” (Jos Halfens – 
2005)
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
 Os princípios de Bobath são:
 
 O método objetiva o padrão muscular mais 
próximo do normal; 
 Abordagem de posturas de inibição reflexa; 
 Suprimir os padrões anormais antes que os 
padrões alterados possam ser introduzidos;
 Paciente recebe o máximo de informações 
proprioceptivas e esteroceptivas, seja no nível 
automático, seja em um nível voluntário; 
 Tratamento individualizado; 
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
 Paciente deve ser visto sob um aspecto global. 
 O tratamento deve ser o mais precoce possível.
 Se a criança ainda for muito pequena, tendo 
movimentos mais primários que anormais, 
podemos auxiliá-la a estabelecer os esquemas 
mais fundamentais de um modo quase normal 
seguido tão de perto quanto possível às etapas 
do desenvolvimento motor da criança normal.
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
Alguns pontos da filosofia do NDT:
 Processo contínuo de resolução de 
problemas para equipe, paciente e familiares;
 O objetivo é sempre funcional;
 Avalia tratando e trata avaliando;
 Estimula a seletividade dos movimentos;
 Principal instrumento de trabalho são as 
mãos do terapeuta;
 NDT: Sugere algumas técnicas de 
Estimulação Sensorial com o objetivo de 
facilitar a função desejada.
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
 Objetivo: 
 Diminuir a espasticidade para introduzir 
movimentos automáticos e voluntários a fim de 
preparar para os movimentos funcionais. 
 Pontos chaves: 
 Correspondem às partes do corpo, geralmente 
as partes proximais, onde o tônus anormal pode 
ser inibido e os movimentos mais normais 
facilitados. 
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
 O Bobath trabalha com a facilitação do 
movimento, ou seja, solicita ajustamentos 
automáticos da postura, a fim de produzir uma 
atividade através de reações automáticas de 
proteção, endireitamento e equilíbrio. 
 A facilitação baseia-se nas reações de 
endireitamento (que são as reações estático-
cinéticas que estão em atividade desde o 
nascimento e se desenvolvem em uma ordem 
cronológica) e nas reações de equilíbrio (que são 
os movimentos que produzem adaptação 
postural possíveis).
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
 O método Bobath demonstra que muitas posturas 
desordenadas e movimentos típicos da paralisia 
cerebral são o resultado de reações posturais não 
controladas que persistem até idades em que elas 
já são consideradas anormais.
Estas técnicas são uma abordagem resolvendo 
problemas holisticamente e que avalia e trata 
adultos e crianças com disfunções neuronais, 
havendo uma interação entre paciente e terapeuta. 
A partir de uma compreensão do movimento 
normal incluindo a percepção usa-se a facilitação 
de movimentos e posturas seletivas, objetivando-
se um aprimoramento da qualidade de vida.
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I
 A QP dos “pacientes neurológicos” e/ou de 
seus familiares normalmente, gira em torno do 
retorno à vida prática: “independência 
funcional” 
 (liberdade / autonomia)
“O DESTINO DOS HOMENS É A LIBERDADE” 
(Vinícius de Morais)
FISIOTERAPIA PEDIÁTRICA I

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