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PLANEJAMENTO E OCUPAÇÃO
TERRITORIAL
PROCESSOS GEODINÂMICOS SUPERFICIAIS
PROCESSOS GEODINÂMICOS
• sismos
• vulcanismo
• interações físico-químicas na água, no solo e na rocha,
• erosão (movimentos gravitacionais e de transporte de massa)
• assoreamento, sedimentação• assoreamento, sedimentação
• expansão de solo ou rocha,
• processos de intemperismo (degradação de solos e rochas),
• carstificação
• subsidência, colapso de solos.
PROCESSOS ENDÓGENOS
Vulcanismos
Sismos
Monte Fuji (Japão): Elevation: 3,776 m 
PROCESSOS EXÓGENOS
São os processos que modificam a superfície da terra e que agem na
interface entre a hidrosfera, a atmosfera e a litosfera. São movidos,
principalmente, pela energia solar e gravitacional e são os
responsáveis pela modelagem da superfície da Terra.
São resultantes de ações dinâmicas ou eventos - Provocados porSão resultantes de ações dinâmicas ou eventos - Provocados por
agentes como chuva, vento, ondas, marés, rios, gelo, etc. - que
envolvem a aplicação de forças sob certos gradientes.
Quando as forças excedem as resistências dos sistemas, ocorrem
modificações por deformações do terreno, mudança de posição ou
mudanças na estrutura química.
Dependendo da velocidade do processo ou da relação de forças
atuantes, estas modificações podem ser perceptíveis ou não ao homem
e têm diferentes velocidades, produzindo feições características e
sequências ordenadas de paisagem
Obedecem o princípio do uniformitarismo - Os mesmos processos
atuantes hoje operaram no passado, embora não necessáriamente comatuantes hoje operaram no passado, embora não necessáriamente com
a mesma intensidade.
Requerem o conhecimento das condições climáticas, inclusive mundiais
e seu entendimento requer o conhecimento das mudanças geológicas e
climáticas ocorridas no Pleistoceno - a maior parte da superfície
terrestre tem idade pleistocênica ou mais recente.
Abordagem e Estratégias de Estudo
Questão principal - Que tipo de equilíbrio ou desequilíbrio prevalece
quando modificações no meio físico são impostas numa certa área?
Objetivo - Compreender o presente (e o passado) e prever o futuro.
Sem monitoramento
- Por evidências nas formas de relevo e depósitos correlatos.
- Transferência de teoria geral para avaliar local ou caso específico.- Transferência de teoria geral para avaliar local ou caso específico.
- Experimentos de laboratório ou simulações matemáticas
- Comparação com situação ainda não desenvolvida e correlação com
outros locais monitorados
Com monitoramento
- Medição direta dos processos por instrumentos ou observação do
comportamento ao longo do tempo.
MOVIMENTOS DE TRANSPORTE 
DE MASSA
AGENTE TRANSPORTANTE 
(ÁGUA, GELO E AR) -
PROCESSOS EROSIVOS E 
DE ASSOREAMENTO
EROSÃO PLUVIAL, 
FLUVIAL, EÓLICA, GLACIAL
PRINCIPAIS PROCESSOS NO BRASIL
INUNDAÇÕES, ENCHENTES E ALAGAMENTOS
MOVIMENTOS GRAVITACIONAIS 
DE MASSA
SEM AGENTE TRANSPORTANTE
ESCORREGAMENTOS: FRENTE 
LIVRE DE MOVIMENTAÇÃO 
(ENCOSTAS)
SUBSIDÊNCIAS, COLAPSOS: 
MOVIMENTOS VERTICAIS 
SEM FRENTE LIVRE DE 
MOVIMENTAÇÃO
INUNDAÇÕES, ENCHENTES E ALAGAMENTOS
EROSÃO
Desagregação e remoção de partículas de solo ou rocha, pela ação combinada
da a gravidade com a água, gelo, organismos.
Erosão hídrica ou pluvial – É o principal processo erosivo e deve-se à ação da
água de chuvas, podendo ser laminar ou linear.
Erosão interna – Provocada pela ação de águas freáticas e conjuga-se com a
erosão pluvial.erosão pluvial.
- Erosão natural ou geológica, que se desenvolve em condições de equilíbrio
com a formação do solo;
- Erosão acelerada ou antrópica, cuja intensidade é superior à da formação do
solo, não permitindo a sua recuperação natural.
-No entanto, processos erosivos acelerados podem também ter causas naturais,
tais como mudança de nível de base ou soerguimentos tectônicos, por exemplo.
Esquema de evolução de vertentes
Fatores Condicionantes
Naturais
Chuva (erosividade)
Cobertura vegetal (defesa natural, infiltração, retenção)
Relevo (forma, declividade e comprimento de rampa)
Solos (textura, estrutura, permeabilidade, erodibilidade)
Substrato rochoso (alteração, fraturamento, estruturas)
Antrópicos 
Desmatamento
Uso e ocupação
Práticas de manejo
Erosão laminar ou em lençol - Causada pelo escoamento difuso das
águas das chuvas, resultando na remoção progressiva e uniforme dos
horizontes superficiais do solo. É o principal responsável pelo
modelamento geológico da paisagem.
No entanto, atividades antrópicas, principalmente a agricultura, também
podem acelerar a erosão laminar.
PERDA POTENCIAL DE SOLOS POR EROSÃO
Equação Universal de Perdas de Solos (USLE) 
E = R x K x L x S x C x P
E = Perda de solos calculada por área (t/ha)
R = Fator erosividade da chuva R = Fator erosividade da chuva 
K = Fator erodibilidade dos solos
L = Fator comprimento de rampa
S = Fator grau de declive
C = Fator uso e manejo
P = Fator prática conservacionista
Erosividade das chuvas (R) - É proporcional ao produto da energia
cinética total das gotas e sua intensidade máxima em 30 min.
(J.m-2.cm.h-1)
E = Energia cinética da chuva (J/m2)
I30 = Intensidade máxima da chuva em 30 minutos (cm/h)
100
IER 30××××====
Erodibilidade dos solos/rochas (K) - Condicionada pela textura
(capacidade de infiltração, coesão), estrutura (infiltração, arraste de
partículas), permeabilidade (circulação de água), densidade
(compactação) e composição mineralógica. Pode ser obtida a partir
de vários ensaios laboratoriais (Inderbitzen, desagregabilidade, etc.).
Topografia - Declives e comprimentos de rampa, obtidos a partir de
cartas topográficas. São analisados geralmente em conjunto, sendo
correlacionados através de várias expressões.
LS = 0,00984 x L 0,63 x S 1,18
L = Comprimento da vertente em metros;
S = Declividade expressa em percentagem.
Cobertura Vegetal - Defesa natural dos terrenos, proteção ao
impacto das gotas, dispersão e quebra da energia das águas de
escoamento, aumento da infiltração pela ação das raízes, aumento
da capacidade de retenção (húmus). É representada pelo uso do
solo e pelas práticas adotadas em sua conservação.
Erosão linear ou concentrada - Causada pela concentração das linhas de
fluxo das águas de escoamento superficial, resultando em pequenas
incisões na superfície do terreno, em forma de sulcos, que podem evoluir,
por aprofundamento, para ravinas e voçorocas.
Voçorocas - Caso a erosão se desenvolva por influência das águas
superficiais, mas também dos fluxos d’água subsuperficiais, em que se
inclui o lençol freático, configura-se o processo mais conhecido por
“piping”, originando as voçorocas (ou boçorocas).
O “piping” se dá pela remoção de partículas do interior do solo, formando
canais que aumentam em sentido contrário ao fluxo da água, provocando
o colapsos do terreno, com desabamentos que alargam a voçoroca e
criam novos ramos.
Assim, as voçorocas são fenômenos com alto poder destrutivo, no qual
atuam diversos processos: erosão superficial, erosão interna (piping),
solapamentos, desabamentos e escorregamentos.
Voçorocas
Processos erosivos acelerados (Formação de voçorocas)
1. A concentração do escoamento difuso começa a formar sulcos, que se
aprofundam e formam ravinas, consideradas como tal a partir do momento
em que máquinas agrícolas não conseguem transpô-las. A seção da
erosão tem uma forma de “V”;
2. Ao ser atingido o nível de base da encosta, as águas freáticas passam a
atuar e à intensa erosão vertical se soma ao solapamento das paredes eatuar e à intensa erosão vertical se soma ao solapamento das paredes e
alargamento da erosão;
3. O alargamento produz uma seção transversal na forma de “U”, com
várias ramificações. A vegetação então começa ase desenvolver no fundo
do vale, nos setores mais a jusante;
4. No estágio senil, as ramificações apresentam as mesmas
características do leito principal e a vegetação floresce em toda a área.
Evolução de processos erosivos acelerados
Erosão por sulcos Erosão por ravina
Cadastro de formas erosivas
Cachoeira do Campo - OP
Alexânia - GO
EROSÃO COSTEIRA
Regiões costeiras são locais de intensa dinâmica e constantes modificações 
por acresção ou erosão
- Ondas
- Correntes litorâneas
- Marés
Diversas MorfologiasDiversas Morfologias
- Praias - sedimentos acumulados ao longo da zona costeira
- Falésias - ação das ondas e movimentos de massa
- Ilhas barreiras - acumulações de areias paralelas à linha de costa,
formando lagunas
- Restingas - faixas arenosas móveis 
- Dunas - grandes acumulações de areia na linha de costa e interior
Sistema Praial – As praias oceânicas têm variadas características físicas
(granulometria e morfologia) em função de condicionantes geológicos,
geomorfológicos e oceanográficos.
Os processos sedimentares (erosão, deposição e transporte) que ocorrem
em uma praia são produto de fatores:
Meteorológicos/Climáticos – Influência na variação do nível do mar e na
atuação dos ventos (ondas e correntes costeiras).
Oceanográficos/Hidrológicos – Ações de ondas e marés.
Geológicos – Processos sedimentares que determinam o balançoGeológicos – Processos sedimentares que determinam o balanço
sedimentar, entre outros.
Antrópicos – Interferências do homem nos ecossistemas costeiros,
modificando os fatores naturais.
O balanço sedimentar é a relação entre perdas/saída e ganhos/entrada de
sedimentos numa praia (praia-continente-plataforma continental)
Balanço negativo – Erosão Balanço positivo - Progradação
Erosão Costeira (Cabedelo PB)
Algarve - Portugal
Algarve - Portugal
(Para onde?)
Como a praia recua e avança anualmente, o que fazemos?
Meu bem, amanhã não pode ter sopa aqui em casa!
Erosão costeira – Rio de Janeiro
Atafona, Campos - RJ
Atafona, Campos - RJ
QUANDO HÁ A CONTRIBUIÇÃO DA DINÂMICA INTERNA...
ASSOREAMENTO
Acumulação de partículas sólidas (sedimentos) em meio aquoso ou
aéreo, quando a força do agente transportador é sobrepujada pela
gravidade, ou quando a supersaturação das águas causa a deposição de
partículas.
O processo é intensificado pelas atividades antrópicas (práticas agrícolas
inadequadas e infraestrutura precária de urbanização), decorrente de um
modo geral do aumento da erosão pluvial.
A criação de reservatórios (barragens para diversos fins) modifica o perfil
de equilíbrio dos rios: o nível de base é elevado a montante da barragem,
alterando a forma do canal e a capacidade de transporte sólido.
Assoreamento de reservatórios e diminuição da vida útil destes.
Bauru - SP
Cachoeira do Campo - OP
ANTES
DEPOIS
Lagoa da Pampulha (BH)
Ação antrópica x Assoreamento
Ação antrópica x Assoreamento
Ação antrópica x Assoreamento
INUNDAÇÕES/ENCHENTES/ALAGAMENTOS
Extravasamento das águas de um curso para as áreas marginais quando
a vazão a ser escoada é superior à capacidade da calha, normalmente
associada a cheias, assoreamento de canais, barramentos ou remansos.
As atividades antrópicas desordenadas contribuem para a intensificação
das inundações (desmatamento, impermeabilização, assoreamento de
canais).canais).
Regime fluvial
Leito de vazante – escoa as águas de estiagem e acompanha o talvegue
Leito menor – encaixado entre as margens definidas pelos diques
marginais
Leito maior – ocupado nas cheias
Planície de inundação – escoa as águas em enchentes exepcionais
As inundações localizadas (alagamentos) são provocadas por
intervenções antrópicas nas drenagens, com estrangulamento dos
canais em pontes, bueiros e aterros.
Quando o sistema de drenagem de águas pluviais é inadequado,
também ocorrem cheias devido às concentrações excepcionais das
águas do escoamento superficial. Este processo é denominado
alagamento
Enchentes e enxurradas são fenômenos de maior intensidade e menor
tempo de duração, sendo geralmente mais catastróficos.
A ocorrência de processos de inundações, alagamentos, enchentes e
solapamento de margem fluvial causam a destruição de moradias,
prejuízos materiais econômicos, degradação dos recursos hídricos e
transtornos diversos que alteram a rotina da população.
ASPECTOS CONDICIONANTES
Fatores Naturais
Pluviometria;
Relêvo;
Tamanho e forma da bacia;
Gradiente hidráulico do rio;
Dinâmica de escoamento
Fatores Antrópicos
Impermeabilização dos terrenos;
Obras e intervenções estruturais diversas ao longo dos 
cursos d’água;
Erosão e assoreamento.
HIDROGRAMAS
Representação gráfica que relaciona a vazão (Q) com o tempo (T).
Registra a variação das vazões escoadas através de uma determinada
seção transversal de um curso de água durante um intervalo de tempo.
Parcela dos escoamentos existentes que compõem um hidrograma após um período
chuvoso isolado e de mesma intensidade sobre uma bacia
IMPERMEABILIZAÇÃO
Modificações no hidrograma pela impermeabilização da bacia
Ocupação das 
margensmargens
Grandes modificações 
no regime hidrológico
Retificação de canais
Estrangulamento de cursos
Retificação de cursos de água
Impermeabilização
Obstrução do canal de drenagem
Barra Mansa - RJ
Ocupação de
planície aluvionar
Caratinga - MG
Na maioria das vezes, intervenções de engenharia no sentido de minimizar os
efeitos de inundações e enchentes podem agravar ainda mais a situação, ou
transferir o problema para jusante, com maior magnitude
New Orleans
Piscinões em São PauloPiscinões em São Paulo
Barragens para contenção de cheias
SOLAPAMENTO
Inicia-se durante o período de enchente, com a retirada de materiais da
base dos taludes nas margens dos rios, pela ação das águas erodindo e
desestabilizando, por desconfinamento, os materiais localizados na parte
superior das bordas fluviais, podendo causar a instabilização e ruptura de
grandes porções do terraço marginal.
O solapamento ocorre em diversas escalas, atingindo desde os córregos
menores até os cursos d’água de ordem maior, e seu desenvolvimento é
fator importante no retrabalhamento dos sedimentos depositados nos
fundos de vale e bancos artificiais originados pelo assoreamento recente.
Outra forma de desenvolvimento do processo ocorre a partir da enchente
e inundação dos terrenos marginais.