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21/08/2014 1 CÁLCULO DE DIETAS ENTERAIS Centro Universitário Estácio do Ceará - Unidade Via Corpvs Curso de Nutrição Disciplina: SDE0673 – Terapia de Nutrição Enteral e Parenteral Profª Me. Juliana Magalhães da Cunha Rêgo Nutricionista – UECE Especialista em Nutrição Clínica – UGF Mestre em Ciências. Área de concentração: Nutrição em Saúde Pública – FSP/USP Composição das dietas enterais • 14 – 20% VCT • AA essenciais (40% p/ síntese proteica) • Fontes: extrato e isolado protéico de soja, lactoalbumina, caseína, proteína do soro do leite, aa livres. ESPEN, 2006 PROTEÍNAS HIPERPROTÉICAS > 20% 21/08/2014 2 Calorias não protéicas por grama de nitrogênio Proteínas: Kcal não vinculada ao fornecimento de calorias Objetivo: Fornecer aminoácidos para promover retenção nitrogenada e o conseqüente aumento na massa muscular Necessidade de adequado suprimento de energia Ideal: 150:1 (variando 110-180:1) Dado a seguinte composição de macronutrientes do rótulo do suplemento oral : Embalagem de 250 mL (1 caixa) Valor calórico (kcal) 260 Carboidratos(g) 25 Proteínas(g) 16 Lipídeos(g) 12 Kcal não ptn/g Nitrogênio (25 x 4) + (12 x 9) / (16/6,25) (100 + 108)/ 2,56 = 81,25 81,25: 1 21/08/2014 3 Composição das dietas enterais CARBOIDRATOS • 40 – 60% VCT • Fontes: glicose, sacarose, frutose, lactose, amido de milho, maltodextrina • FOS Composição das dietas enterais GORDURAS • 30 – 35% VCT • AG essenciais: 3-4% VCT • Fontes: óleo de canola, de milho, de açafrão, de girassol, de soja, gordura de coco e TCM HIPERLIPÍDICAS > 40% ESPEN, 2006 21/08/2014 4 Composição das dietas enterais FIBRAS • ADA: 20 – 35 g/dia • Fontes: polissacarídeo da soja, inulina, goma de acácia, alfa celulose • AGCC Fibras em NUTRIÇÃO ENTERAL • Fonte única: Polissacarídeo da soja (50:50) Goma-guar (100%) Inulina (100%) FOS (100%) • Combinações polissacarídeo de soja, celulose e amido resistente (40%) + FOS, inulina e goma arábica (60%) Inulina + PS + trigo (40:60) Goma arábica + PS + aveia + FOS (25:75) Inulina + PS + goma guar + celulose + amido resistente + FOS (57:53) Alimentos naturais (40:60) 4 a 22,5g/litro 21/08/2014 5 Fibras - Recomendações Idosos: 10 – 13g/1000kcal Crianças (>2 anos): idade + 5g ADA ou DRI Adultos: 20 – 35g/dia FDA - Fibra insolúvel 70 - 75% Fibra solúvel 25 - 30% Composição das dietas enterais VITAMINAS E MINERAIS %100 RDA ou DRI • 1000 - 1500 mL de dieta enteral • Antioxidantes ASPEN, 2007 21/08/2014 6 Composição das dietas enterais ÁGUA Conteúdo aproximado de água em fórmulas enterais baseado na densidade calórica. DC (kcal/ml) Conteúdo de água (ml) Conteúdo de água % 1,0-1,2 800-860 80-86 1,5 760-780 76-78 2,0 690-710 69-71 Ideno, 1993 Categorização das fórmulas enterais segundo a densidade calórica Classificação Kcal/ml Categorização da fórmula Muito baixa < 0,6 Acentuadamente hipocalórica Baixa 0,6-0,8 Hipocalórica Padrão 0,9-1,2 Normocalórica Alta 1,3-1,5 Hipercalórica Muito alta > 1,5 Acentuadamente hipercalórica Baxter, 2000 21/08/2014 7 Osmolaridade/osmolalidade [ ] de partículas osmoticamente ativas na solução Osmolaridade plasmática – aproximadamente 300 mOsm/L Osmolaridade=mOsm/L solução Osmolalidade=mOsm/Kg água Osmolaridade (mOsml/L H20 exp) = Osmolalidade x (1,04-0,2) Osmolaridade/osmolalidade Monossacarídeos e dissacarídeos • NaCl • Peptídeos menores • Aa cristalinos Form. hipotônicas < 300 mOsm/kg água Form. isotônicas 300 – 350 mOsm/L Form. levemente hipertônicas 350 – 550 mOsm/L Form. Hipertônicas 550 – 750 mOsm/L Form. Acentuadamente hipertônicas > 750 mOsm/L 21/08/2014 8 Artesanais: • naturais - alimentos in natura • modulares - alimentos industrializados, preparadas na cozinha do hospital ou domicilio. Industrializadas: formuladas e preparadas pela industria farmacêutica. • Pó • Liquida semi pronta para uso • Liquida pronta para uso (SF) 21/08/2014 9 • Fórmulas nutricionalmente completas • Fórmulas nutricionalmente incompletas X • Fórmulas lácteas ou sem lactose • Fórmulas com ou sem fibras Presença de lactose com fibras com fibras Sem lactose 21/08/2014 10 • Dieta polimérica • Dieta oligomérica ou semi-elementar • Dieta monomérica ou elementar - Poliméricas: ptn integra, TGI funcionante, osmolaridade e custo - Oligoméricas ou semi-elementar: ptn hidrolisada, osmolaridade 21/08/2014 11 - Monoméricas ou elementares; 100% aas livres, digestão, osmolaridade, custo - Modulares: separadas por módulos ( CHO, aa,...) – albumina em pó, “leite” de soja SUPLEMENTOS ORAIS: POLIMÉRICAS 21/08/2014 12 DIETAS MODULARES Módulo de carboidratos Módulo de lipídios Módulo de fibras Módulo de proteínas Módulo especializados Padrão Especializada 21/08/2014 13 Especializada: • Nefropatas: sem HD teor protéico e eletrólitos com HD teor protéico • Pneumopatas: CHO e de lipídios • Hepatopatas: protéinas e AACR • Imunodeprimidos: nutrientes imunomoduladores • Diabéticos: sem sacarose, gorduras, fibras • Má- Absorção: proteína hidrolisada, resíduos e gordura. Fibras 4-22,5g/L Nefropatas Proteínas: 30-74g/L Hepatopatas AACR: 44-50% Proteínas: 34-40g/L Diabéticos AG mono: 24-73% Fibras: 4,4-14g/L CHO: 90-158g/L Pneumopatas Lip: 50-60% Proteínas: 16-20% CHO: 28-40% Vit./Min.- 100% RDA 1000-1500 mL 21/08/2014 14 Latas Frascos Envelopes Tetrapack Bolsas Plásticos semi-rígido PÓ LÍQUIDA SISTEMA FECHADO 21/08/2014 15 • Industrializadas em pó: dietas acondicionadas em latas ou pacotes que necessitam de reconstituição em água ou em outro veículo. • Industrializadas liquidas, semi-prontas para uso: dietas acondicionadas em latas, embalagens tetra pack,frascos ou bolsas, geralmente estéreis. VANTAGENS • > individualização • >flexibilidade de nutrientes • >flexibilidade de volume • custo aparentemente menor X DESVANTAGENS • > manipulação • composição nutricional não definida • área exclusiva para preparo • pessoal treinado • > tempo de preparo • > custo operacional 21/08/2014 16 VANTAGENS • Definição dos nutrientes • >individualização • flexibilidade • < risco de contaminação • praticidade X DESVANTAGENS • manipulação • viscosidade Baxter e col., 2000 VANTAGENS • definição dos nutrientes • sem manipulação prévia à administração • dispensa área exclusiva de preparo •< risco de contaminação • praticidade X DESVANTAGENS • perda da dieta no início da terapia • < individualização • > lixo hospitalar • transporte e armazenamento Baxter e col., 2000 21/08/2014 17 Diagnóstico Situação Clínica Idade Posicionamento e Tipo de sonda Necessidades Energéticas Necessidades Hídricas Necessidade Vitamínicas e Minerais Condições Sócio-Econômicas e Culturais Custo - Benefício • Protocolos para indicação de colocação e retirada da sonda nasoenteral – 60% da VO atingindo os requerimentos nutricionais • Associação de SNE + VO ou SNE + NPT • NE noturna na transição – Possibilita estimular VO durante o dia – Estimular deambulação 21/08/2014 18 Estimativade Kcal/ Kg de peso corporal Adultos: Perda de peso 20- 25 Kcal/kg/dia Manutenção 25-30 Kcal/kg/dia Ganho de peso 30-35 Kcal/kg/dia Cirurgia Geral 32 Kcal/kg/dia Politrauma 40 Kcal/kg/dia Pediatria: Pré-termo (<1000g) 150 Kcal/kg/dia Pré-termo (>1000g) 100-150 Kcal/kg/dia 1-10 kg 100 kcal/kg/dia 11-20 kg 1000 kcal + 50 kcal para cada kg >10 kg > 20 Kg 1500 kcal + 20kcal para cada kg > 20Kg Fonte: Martins,C Cardoso, SP. Ter. Nut. Ent. Par., 2000 Necessidades calóricas Harris-Benedict: (peso em Kg, altura em cm, idade em anos) GEB homens = 66, 5 + (13,75 x peso) + (5,0 x altura) - (6,75 x idade) GEB mulheres = 655 + (9,56 x peso) + (1,85 x altura) - (4, 68 x idade) NC ou GET = GEB x fator atividade x fator injúria • Fator atividade: acamado = 1,2; acamado móvel = 1,25; deambulando = 1,3 Fonte: Harris- Benedict, 1919; Long, 1979 Necessidades hídricas População Necessidades hídricas Jovem 40mL/kg/dia Adultos 35mL/kg/dia Idosos (55-75 anos) 30mL/kg/dia Idosos (> 75 anos) 25 mLkg/dia Fonte: Modificado de Oh e cols,1999 21/08/2014 19 Cálculo da dieta enteral • M.M.S, feminino, 54 anos, portadora de câncer. Pela avaliação nutricional apresenta PA = 52kg e A = 1,56m. Apresenta dieta por SNE. Prescreva a nutrição enteral. Calcular: • Volume prescrito • Kcal prescritas • g HC prescrito/kg de peso e totais • g Prot/kg de peso prescrito e totais • g Lip/kg de peso prescrito e totais Calcule a prescrição de dieta enteral: Líquida (sala de aula) Pó (exercício p/ casa) Para SEPSE: 30 a 35 kcal/kg/dia 1,2 a 1,5 g ptn/kg/dia (McClave, 2009) Nutrison 1.0 Standard 100 ml % VD * Valor Calórico (Kcal) 100 ** Carboidratos (g) 12 ** Proteínas(g) 4 ** Gorduras Totais (g) 3,9 ** Sódio (mg) 100 ** Potássio (mg) 150 ISOSOURCE SOYA 1.2 21/08/2014 20 ENSURE FOS pó Para preparar uma porção de 230 ml, colocar 195 ml de água fria em um copo. Agitando continuamente, adicionar seis medidas rasas (56,4g)
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