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1 Texto Aula 3 - TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL E PARENTERAL TERAPIA NUTRICIONAL ORAL Fórmulas de TNE para uso por via oral: A suplementação oral é feita de diversas formas e deve respeitar a condição social e patológica do indivíduo. Ela pode ser a partir de preparações caseiras acrescidas de módulos de proteínas, carboidratos, lipídeos, fibras, vitaminas e minerais. Apresentam-se geralmente na forma de pó para reconstituição com leite ou água ou então líquidos prontos para beber. A quantidade necessária para modular as preparações depende do objetivo do nutricionista e da necessidade do paciente. Módulo de proteína em pó (Caseinato de cálcio, Proteína isolada do soro de leite) – Pode ser acrescentado em preparações líquidas ou com caldo. Sugere-se acréscimo de 1 colher de sopa (10g) por preparação escolhida. Módulo de carboidrato em pó (Maltodextrina) – Pode ser acrescentado em sucos, chás e preparações líquidas de sabor adocicado. Sugere-se acréscimo de 1 a 2 colheres de sopa (10 a 20g) por preparação escolhida. Módulo de lipídio (Triglicérides de cadeia média - TCM, com ácidos graxos essenciais) – Pode ser acrescentado em preparações líquidas salgadas, como sopas. Sugere-se acréscimo de 1 colher de sobremesa a 1 colher de sopa (5 a 10g) por preparação escolhida. Já o módulo de fibra solúvel em pó, pode ser acrescentado em preparações líquidas (águas ou sucos) ou sólidas. Sugere-se oferta de 1 medida (6g) 1 a 3x/dia. O módulo de glutamina em pó deve ser acrescentado em água. Sugere-se oferta de 5 a 10g (1 sachê) 1 a 4x/dia, conforme quadro de permeabilidade intestinal e sistema imunológico. Existem alguns suplementos líquidos prontos para beber, ou ainda em pó para reconstituição que podem ser denominados completos, pois não precisam ser acrescentados a preparações culinárias. Eles são utilizados para atingir as necessidades calóricas e proteicas de pacientes e podem ser especializados, alterando, principalmente sua composição de macronutrientes. a) Suplemento hipercalórico (1,2 a 1,5 calorias/ml), normoproteico (+ 4 g de proteína/100ml); b) Suplemento hipercalórico (1,2 a 2,0 calorias/ml), hiperproteico (6 a 10 g de proteína/ 100ml); c) Suplemento para diabéticos (sem sacarose); d) Suplemento para doente renal em tratamento conservador (hipercalórico e hipoproteico); e) Suplemento para hepatopata (hipercalórico, alteração no perfil lipídico); f) Suplemento com nutrientes imunomoduladores (enriquecido com arginina, ômega 3, nucleotídeos); g) Suplemento hipercalórico ultraproteico (1,2 calorias/ml e 20g de proteína/100ml), acrescido de micronutrientes necessários à cicatraização (Selênio, Zinco, Vitamina C, Arginina). TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL A terapia nutricional enteral, apresenta particularidades sobre diferentes aspectos como o tipo de dieta caseira ou industrializada, hidrólise de nutrientes, osmolaridade, a forma de administração, métodos de administração, sistema de administração. 2 Quando o nutricionista tem a via enteral como forma de oferta de nutrientes para o paciente, ele deve avaliar quais as condições para escolha da melhor dieta. Em âmbito hospitalar, a dieta enteral geralmente utilizada é a industrializada e pode ser manipulada em basicamente 2 formas: Sistema fechado e sistema aberto. O sistema fechado consiste em dietas industrializadas dispostas em recipientes hermeticamente fechados e apropriados para conexão em equipo de administração. Vêm prontas para infusão, não necessitando manipulação. O sistema fechado é mais seguro do ponto de vista microbiológico, desde que infundidas em até 24 horas após sua abertura. O sistema aberto necessita de manipulação e envasamento prévio. As dietas são industrializadas e sua apresentação é em pó (para reconstituição em água filtrada e fervida) ou semi líquida pronta para uso. Em âmbito domiciliar, a dieta enteral pode ser industrializada, porém muitas vezes as condições socioeconômicas dos pacientes podem requerer uma forma mais econômica para a oferta de nutrientes. Para esses casos, a dieta caseira deve ser orientada pelo nutricionista, na manipulação e preparo. Dieta caseira: feita com alimentos in natura leite, ovos, farinhas, carnes, etc. • As soluções devem ser preparadas em quantidade suficiente para, no máximo, um dia. Os excessos podem estragar de um dia para o outro. • Deve-se liquidificar bem os alimentos e coar em peneiras finas. Se for necessário, colocar uma gaze na peneira. 3 • Guardar a dieta na geladeira e retirar 30 minutos antes de usá-la. • Nunca introduzir a solução muito quente ou muito gelada. Ela pode ser aquecida em banho-maria, fora do fogo, até alcançar a temperatura ambiente. • Tem maior risco de contaminação que as dietas industrializadas. Métodos de Administração: Dependendo do tipo de dieta escolhida e dos equipamentos disponíveis, o método de administração da dieta pode variar. São 3 métodos disponíveis para infusão da dieta: o método gravitacional, com bomba de infusão e em bolos. a) No método gravitacional a infusão de dieta é feita com volume, horário, tempo e gotejamento pré-determinados por meio de equipo gravitacional. O frasco com a dieta é posicionado de forma a permitir que a dieta “escorra” pela sonda. Pode ser em fluxo contínuo ou intermitente. A entrada da dieta na sonda é controlada por uma pinça rolete existente no equipo, controlada manualmente. A infusão gravitacional é predominantemente utilizada nas enfermarias e emergência, com frascos de 300 e 500ml. É o método mais utilizado na prática clínica. É indicado para infusão da dieta quando o posicionamento da sonda for gástrica. - Fase inicial: admite-se um gotejamento de 60 gotas/min. - Fase de adaptação: aumento progressivo até 120 gotas /min. b) Método com Bomba de Infusão (BI): infusão de dieta é feita com volume, horário, tempo e gotejamento pré-determinados por meio de bomba de infusão. A administração pode ser intermitente ou contínua. A dieta enteral deverá ser administrada por BI em pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). É um método de escolha quando há necessidade de administração de grandes volumes e é indicado para reduzir o risco de broncoaspiração. Pode ser contínua em 24hs ou com pausa noturna de 6hs, a critério médico. O volume e velocidade de gotejamento são descritos em prescrição médica (30 a 120ml/hr). Sugere-se iniciar com pequenos volumes e aumentar gradativamente (10ml a cada 8hs) ou a critério médico, conforme tolerância gastrintestinal. Vantagens: • Permite o controle da quantidade a ser infundida durante todo o período de 12 a 24h; • Facilita a absorção dos nutrientes; • Diminui intercorrências. 4 Desvantagens: • Paciente fica “preso” à bomba, tornando mais difícil os deslocamentos; • Custo da bomba. c) Método intermitente em “BOLO”: Utiliza-se uma seringa ou funil para a infusão. É indicada somente quando a sonda está posicionada no estômago. Aspectos negativos: desconforto abdominal, risco de diarreia, vômitos O método de administração deve estar de acordo com a forma que a dieta será administrada. Formas de Administração: a) Intermitente: administrada em períodos fracionados, com pausas ao longo do dia. É similar a nutrição oral e permite que o paciente deambule. Esta forma é mais comumente usada no sistema aberto e bolos, onde os intervalos entre a administração da dieta será de 2, 3 ou 4 horas, com um fracionamento que pode varias de 5 a 8x/dia. Essa forma é muito utilizada em pacientes com TNE domiciliar. Em cada horário a infusão dura em média 40minutos a 1 hora e o volume infundido pode variar de 50 a 400ml/frasco.TÉCNICA Fisiologia Custo Intermitente Similar à nutrição oral. Permite deambulação; A distensão gástrica estimula a secreção de sucos gástricos; Aumento da contratilidade gástrica com aumento da velocidade de infusão ou do volume. Volume acima de 30ml causa desconforto; Pode haver retardo no esvaziamento gástrico e risco de aspiração com esta técnica. Baixo 5 b) Contínua: em 24h, sem pausas. A escolha dessa forma tem direta relação com o sistema fechado, uma vez que o controle de gotejamento da dieta é feito pela bomba de infusão ou no rolete do equipo. O início dessa forma de infusão deve acontecer lentamente, com 20 a 30ml/h para avaliar a tolerância do paciente e o volume pode ser evoluído a cada 8 a 12 horas, podendo chegar a 100-125ml/h. TÉCNICA Fisiologia Custo Contínua Pode ocorrer distensão abdominal, hiperinsulinemia persistente com diminuição da lipólise; Alcance mais rápido do VET desejado; Há menor risco de aspiração no jejuno. Infundida mais lentamente reduz a distensão abdominal. Alto c) NE cíclica período noturno (6 a 8h) CLASSIFICAÇÃO As dietas enterais industrializadas podem ser classificadas de várias formas como o grau de hidrólise de nutrientes, osmolaridade, especialidade, composição. Quando avaliada de acordo com o grau de hidrólise dos nutrientes que as compõem são classificadas como polimérica, oligomérica/ semi-elementar e monomérica/ elementar: a) Poliméricas: alimentos “intactos” proteínas, carboidratos e gorduras inteiros Ex: Proteínas intactas, Maltodextrina, Triglicérides de Cadeia Longa (TCL) e Triglicérides de Cadeia Média (TCM). A maioria dos pacientes pode beneficiar-se com esse tipo de fórmula. b) Oligoméricas ou semi-elementares: macronutrientes parcialmente hidrolisados polipeptídeos; CHO hidrolisados; lipídios: TCL + TCM; vitaminas e minerais. Ex: Peptídeos, Maltodextrina, TCM Indicada para pacientes com capacidade digestiva e absortiva parcial. c) Monoméricas ou elementares: macronutrientes apresentam-se na sua forma totalmente hidrolisada aminoácidos, glicose, TCL + TCM; vitaminas e minerais Ex: Aminoácidos livres Indicada para pacientes com capacidade digestiva e absortiva muito limitada. É de extrema importância conhecer os diferentes graus de hidrólise pois interfere na osmolaridade e osmolalidade das dietas. Quanto maior o número de partículas, maior a osmolaridade. Quanto mais componentes hidrolisados contiver a formulação, maior será o valor da sua osmolalidade. A osmolaridade das dietas líquidas é muito importante, pois dietas hipertônicas podem causar diarreia e desconforto em pacientes que estão sob dieta enteral. ISOTÔNICA :330 A 350 mOsm MODERADAMENTE HIPERTÔNICA: 350 a 550mOsm HIPERTÔNICA: > 550mOsm As fórmulas hiperosmolares, inicialmente, devem ser administradas de forma gradual. Osmolalidade baixa minimiza o risco de diarreia osmótica, proporcionando maior segurança na administração. 6 Nutrientes que influenciam a osmolaridade: - Carboidratos simples; - Eletrólitos (Na, K, Cl); - Peptídeos; - Aminoácidos cristalinos. Formulações Padronizadas Existe uma outra forma de classificação da TNE em dieta não especializada, que são formulas poliméricas para uso geral ou especializadas, que podem ser poliméricas ou oligoméricas ou elementares: com indicação para “poupar” determinados órgãos (intestino, pulmão, fígado, sistema imunológico ou em pediatria). Exemplo de dietas especializadas: Dietas para Nefropatias: sem diálise: baixo teor proteico e eletrólitos; com diálise: alto teor proteico; Hepatopatias: rica em aminoácidos de cadeia ramificada; Pneumopatias: pode ter redução ou não de carboidratos e lipídeos dependendo da situação clínica; Imunodepressão: nutrientes imunomoduladores; Diabetes: sem sacarose, baixo índice glicêmico, rica em fibras; Má-Absorção: proteína hidrolisada, baixo resíduo, baixo teor de gordura. Na classificação quanto ao valor calórico total: Normo: 50 - 60% VET (CHO), 25 - 35% VET (LIP), 10 - 15% VET (PTN) Hiper: acima dos valores descritos Hipo: abaixo dos valores descritos Dietas hipocalóricas: 0,6 - 0,8kcal/ml Dietas normocalóricas: 0,9 - 1,2kcal/ml Dietas hipercalóricas: 1,3 – 2,0kcal/ml Composição das dietas enterais Proteínas: • 14 – 20% VCT (ESPEN)/ 10 a 20% VCT (RDC 21) • Origem animal e/ou vegetal: AA essenciais (40% do total) • Fontes: extrato e isolado proteico de soja, lactoalbumina, caseína, proteína do soro do leite, aa livres • Dietas Hiperproteicas: > 20% VET Carboidratos: • 40 – 60% VCT ou 45 a 75% VCT (RDC 21) • Forma intacta ou hidrolisada • Fontes: glicose, sacarose, frutose, lactose, amido de milho, maltodextrina Gorduras: • 30 – 35% VCT/ 15% a 35% (RDC 21) • AG essenciais: 3 - 4% VCT (ESPEN) • Fontes: óleo de canola, de milho, de açafrão, de girassol, de soja, gordura de coco e TCM • Dietas Hiperlipídicas: > 35% VET Fibras: • ADA: 20 – 35 g/dia 7 • FDA: Fibra insolúvel 70 - 75%/ Fibra solúvel 25 - 30% • Fontes: polissacarídeo da soja, inulina, goma de acácia, alfa celulose, goma-guar, FOS • Ácidos Graxos de Cadeia Curta (AGCC) • Dieta fonte de fibras: > 1,5g/100kcal Vitaminas e Minerais: • Adequar conforme RDA • Volume comumente prescrito: 1000 - 1500 mL de dieta enteral/dia • Pacientes hospitalizados em uso de TNE podem apresentar com frequência deficiência pré-existente ou não de vitaminas e minerais. Há ainda a possibilidade de modular nutrientes de forma isolada para atingir necessidades dos pacientes: • Proteína em pó. Sugere-se acréscimo de 1 colher de sopa (10 g) à água de hidratação. • Carboidrato em pó. Sugere-se acréscimo de 5 a 10% do volume em gramas à dieta. • Lipídio em emulsão. Sugere-se acréscimo de 2 a 5% do volume em ml à dieta. • Fibra solúvel em pó. Sugere-se acréscimo de 1 medida (6g) à água de hidratação ou à dieta, de 1 a 3x/dia. • Glutamina em pó. Sugere-se oferta de 5 a 10g (1 sachê) em 100ml de água, separadamente, 1 a 4x/dia, conforme quadro de permeabilidade intestinal e sistema imunológico. Orientações gerais na TNE *ÁGUA: A administração de água deve ser feita para limpeza da sonda, sob prescrição médica, em intervalos de algumas horas (3/3hs). Geralmente se faz ao final de cada administração de dieta, injetando água filtrada e fervida (20 - 100ml). Recebimento e conservação: Ao receber, verificar o aspecto da NE, detectando alterações como a presença de elementos estranhos e integridade do frasco, assim como o rótulo que deve conter: nome do paciente, leito, data de manipulação, volume e fórmula, horário, confirmando estes dados na prescrição médica e no mapa de fracionamento. A validade da NE, após a manipulação pela UAN, é de 24h, se adequadamente conservada em geladeira (4 a 8°C), ou de 4h em temperatura ambiente, incluindo o tempo de administração. O frasco de NE deve ser armazenado na geladeira de medicamentos/nutrição enteral quando a sua instalação for postergada. Em nenhum caso a NE sistema aberto poderá permanecer em temperatura ambiente no posto de enfermagem. A NE em sistema fechado pode ser armazenada em temperatura ambiente. A data de validade é indicada pelo fabricante no rótulo. Após a abertura do frasco a validade é de 24h. Identificar o frasco ou pack com o nome do paciente, data e horário de abertura e velocidade de infusão. O frasco de NE, em sistema aberto ou fechado, é inviolável até o final de sua administração. Qualquer manipulação da fórmula deve ser realizada na área de preparo de NE da UAN. Posicionamento do paciente na administração da dieta 8 Durante a administração da dieta o paciente pode permanecer sentado ou deitado, porém com a cama elevada, de forma que a cabeça e o tórax estejam, no mínimo, a 30 0 da horizontal. Ideal é que esteja a 45 0. • A manutenção desta posição até 30 minutos após a infusão da dieta reduz o risco de aspiração. O frasco com a preparação da dieta deve ser colocado bem alto, acima da cabeça. TERAPIA NUTRICIONAL PARENTERAL NP TOTAL (NPT): todos os nutrientes são administrados por via parenteral NP PARCIAL (NPP): são oferecidos 1 ou mais nutrientes por via parenteral Métodos e Técnicas de Administração · NP manipulada deve ser retirada do refrigerador 30 a 60 minutos antes da administração; · Administração tipo contínua: via bomba de infusão, em 24h, com fluxo constante, sem interrupção; · O equipo será trocado a cada bolsa a ser infundida; · Proceder a correta higienização da bomba de infusão conforme procedimentos da enfermagem; · Ambiente e manuseio absolutamente assépticos; · As soluções não podem ser armazenadas por longo prazo, nem expostas a temperaturas elevadas (risco de contaminação e reação química entre glicose e aminoácidos); · Estocagem em geladeira - máximo 24 horas. SISTEMA DE INFUSÃO - NP • Frascos de administração: vidro /bolsa plástica • Filtro esterilizante e bomba de infusão contínua • Equipo de NP: uso exclusivo COMPOSIÇÃO DAS SOLUÇÕES Fontes calóricas mais utilizadas: - glicose hipertônica: concentrações variam de 5 - 70% dextrose, glicose monohidratada - emulsões lipídicas: fonte de AGE - ômega 3 e 6 e energia (20 - 30% do VCT) concentrações variam de 10 - 30% - aminoácidos: 0,8 - 1,0 g/kg/dia (pode chegar até 1,5 - 2,0 g/kg/dia) concentrações variam de 10 - 20% Água + vitaminas + oligoelementos MISTURAS 2 EM 1: glicose + aminoácidos + vitaminas + minerais MISTURAS 3 EM 1: glicose + aminoácidos + lipídios + vitaminas+ minerais Energia disponível nos alimentos: Carboidratos = 4,0 kcal/g Lipídeo = 9,0 kcal/g Proteína = 4,0 kcal/g Na NP considerar: Glicose = 3,4 kcal/g Lipídeo = 11,0 kcal/g Proteína = 4,0 kcal/g 9 CARBOIDRATOS: Glicose monoidratada em solução hipertônica Quantidade mínima de glicose/dia requerida = 200g (para o cérebro). Taxa máxima de oxidação de glicose = 7mg/kg/minuto. PROTEINAS: Soluções de Aas cristalinos sintéticos essenciais e não essenciais. LIPÍDIOS: Soluções Isotônicas. O ideal é usar uma mistura de TCL e TCM - Soluções 10% = 1,1 kcal/ml - Soluções 20% = 2,1 kcal/ml Fontes: óleos de soja e /ou açafrão Não se recomenda infusões lipídicas > 2g/kg/dia, para evitar sobrecarga de gordura. MICRONUTRIENTES - Vitaminas A, D, E = Aderem aos frascos de plástico, diminuindo sua concentração em 24h em até 60%. - Vitaminas do complexo B = acima de 8h de exposição à luz, diminuem de 47 – 100% a sua concentração; idem para Vitamina C. Administração pode ser: - contínua: durante 24 h (“menos fisiológica”) - cíclica: intermitente (“mais fisiológica”) TIPOS DE SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO GLICÍDICO -GLICOSE: Fonte calórica exclusiva e se utilizam aminoácidos cristalinos como fonte proteica. -SOLUÇÃO NUTRITIVA BÁSICA: glicose + aminoácidos + vitaminas e eletrólitos. - Infusão de lipídios separada = realizada 2x/semana, em acesso periférico. Não ultrapassando 125ml/h. Recomenda-se de 80 - 100ml/h nas soluções a 10% e 60ml/h nas soluções a 20%. DESVANTAGENS: intolerância à glicose, Insuficiência respiratória, deficiência de AGE, necessidade de cateter central. SISTEMA LIPÍDICO OU 3 EM 1 -COMPOSIÇÃO: Definido como um sistema heterogêneo estabilizado. Utiliza soluções de glicose com concentrações menores (10 - 20%). - Associa glicose, aminoácidos, lipídios, vitaminas e eletrólitos em quantidades adequadas para administração diária. - VANTAGENS: metabolismo mais balanceado. Diminui complicações relacionadas ao excesso de glicose, tem osmolaridade menor (600-950mOsm/l), pode ser utilizada em acesso periférico. - COMPLICAÇÕES: Flebite, hipercolesterolemia e trigliceridemia, hipersensibilidade a emulsão lipídica aguda ou por uso prolongado e embolia gordurosa. - CONTRA-INDICAÇÕES: pancreatite aguda, dislipidemias e insuficiência hepática. Importante: Suspender a administração da emulsão lipídica se os níveis séricos de triglicerídeos estiverem acima de 350 - 400 mg/dl. Conservação: Imediatamente após o preparo e durante todo e qualquer transporte a NP deve ser mantida sob refrigeração (2º a 8ºC), exceto nos casos de administração imediata. A NP é inviolável até o final de sua administração, não podendo ser transferida para outro tipo de recipiente. O farmacêutico é o responsável pela manutenção da qualidade da NP. O Enfermeiro é o responsável pela administração.
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