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Guia de Estudos da Unidade 1 Nutrição e Desenvolvimento Humano

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Nutrição e Desenvolvimento 
Humano
UNIDADE 1
1
NUTRIÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO
UNIDADE 1
APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a), 
Seja bem-vindo(a) ao EAD da UNINASSAU! 
Meu nome é Milena Maia e sou a professora da disciplina de Nutrição e Desenvolvi-
mento Humano. Esta disciplina tem como principal objetivo mostrar a você, aluno(a), 
a importância de uma boa nutrição no desenvolvimento humano, em todas as fases, 
desde a concepção até o envelhecimento.
Nossa disciplina possui a carga horária de 60h e será dividida em quatro unidades, 
no começo de cada unidade irei apresentar os assuntos que serão abordados. 
Na I unidade veremos:
• Conceito de Crescimento e Desenvolvimento;
• Desenvolvimento pré-natal, nascimento até 2 anos;
• Desenvolvimento biossocial dos 06 aos 12 anos.
Caso surja qualquer dúvida no decorrer das unidades, você contará com a ajuda de 
nossos tutores para retirá-las, eles encaminharão seus questionamentos para mim e 
eu os responderei prontamente.
Outro ponto importante é sua participação nos fóruns e nos questionários, pois eles 
são a forma que podemos avaliar se você está conseguindo assimilar os novos co-
nhecimentos.
Preparado(a) para a nossa primeira unidade? Espero que você aproveite a discipli-
na.
Vamos começar!!!
Assista ao vídeo de apresentação da disciplina na plataforma virtual.
2
DESENVOLVIMENTO
1. TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
O desenvolvimento humano vem sendo estudado por vários teóricos, dentre os pre-
cursores estão Sigmund Freud, Erik Erikson e Jean Piaget. Caso tenha interesse em 
conhecer um pouco mais da biografia e das obras desses teóricos, clique nos links 
correspondentes.
§	Sigmund Freud http://pt.wikipedia.org/wiki/Sigmund_Freud
§	Erik Erikson http://pt.wikipedia.org/wiki/Erik_Erikson
§	Jean Piaget http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Piaget
Neste guia de estudos iremos dar ênfase apenas as teorias relacionadas com o de-
senvolvimento humano. Cada teoria que vamos estudar enfatiza diferentes aspectos 
e fatores causais do desenvolvimento, essa diferença reflete os interesses e as ten-
dências dos autores.
1.1. Sigmund Freud – Teoria psicanalítica 
Iniciaremos falando sobre Sigmund Freud, conhecido como “pai da psicanálise”, 
Freud foi o criador da teoria psicanalítica, essa teoria ressaltava os aspectos se-
xuais, com os famosos estágios psicossexuais, esses estágios estão relacionados 
com várias zonas do corpo com as quais o indivíduo busca a gratificação do id, em 
determinadas faixas etárias. 
E você deve estar se perguntando, o que seria esse id? 
Freud acreditava que cada um de nós éramos compostos pelo id, superego e ego. O 
id seria a fonte inconsciente de desejos, paixões e da busca do prazer, o superego 
seria o nosso lado racional, de consciência, o senso comum e o ego estaria bem ali 
no meio entre o id e o superego.
Voltando aos estágios psicossexuais, o autor dividiu esses estágios em oral, anal, 
fálico, latente e genital, podemos verificar melhor na primeira coluna da Tabela 1.0 
as explicações e a faixa etária aproximada de quando ocorre cada estágio. A Tabela 
1.0 foi retirada e adaptada do livro Desenvolvimento Humano, das autoras Diane Pa-
palia, Sally Olds e Ruth Feldman.
3
Os três primeiros eram os considerados mais importantes para Freud, e o mesmo 
acreditava que se as crianças recebem pouca ou excessiva gratificação em qualquer 
um dos estágios, estão sujeitos a desenvolverem uma fixação e/ou uma interrupção 
no desenvolvimento refletindo na fase adulta.
Por muitos anos a teoria psicanalítica foi bastante criticada, pois não era possível 
validar, quantificar e objetivar seus conceitos, ou seja, provar que esses conceitos de 
fato ocorriam. Entretanto a teoria serviu como estímulo para várias pesquisas e es-
tudos e de base para trabalhos como o de Erik Erikson, nosso próximo teórico, que 
foi estimulado por Anna Freud, filha de Sigmund Freud, para adentrar no mundo da 
psicanálise. 
1.2. Erik Erikson – Teoria psicossocial 
Diferente de Freud que concentrou seu estudo nos aspectos sexuais, Erikson levou 
em conta os aspectos sociais com a teoria psicossocial, descrevendo o ciclo da vida 
humana em oito estágios. Na segunda coluna da Tabela 1.0, você pode observar o 
nome de cada estágio, faixa etária aproximada desses estágios e uma breve explica-
ção. 
Para completar o seu entendimento sobre as características de cada estágio, su-
giro o vídeo deste link https://www.youtube.com/watch?v=9y9xgSvzY1c (Duração 
06min36s) alerto que o áudio não está com uma qualidade excelente, mas vale pela 
explicação. 
Em cada estágio o ego, que como já vimos na teoria de Freud, seria o intermediário 
entre os desejos e a consciência, passa por uma crise. E em cada crise a personali-
dade do indivíduo sendo reformada de acordo com as experiências vividas. Acredito 
que você já deve ter aprendido e até mudado algo em sua personalidade com algu-
ma experiência vivida, estou certa? 
4
Tabela 1.0 Estágios das diferentes Teorias Desenvolvimentistas
Estágios Psicossexuais (Freud) Estágios Psicossociais (Erikson) Estágios Cognitivos (Piaget)
Oral (nascimento aos 12-18 
meses).
A principal fonte de prazer do bebê 
envolve atividades ligadas à boca 
(sugar e alimentar-se).
Anal (12-18 meses aos 3 anos).
Criança obtém gratificação sensual 
retendo e expelindo as fezes. Zona 
de gratificação é a região anal, e o 
abandono das fraldas é atividade 
importante.
Fálico (3 a 6 anos). 
Criança torna-se apegada ao 
genitor do sexo oposto e poste-
riormente se identifica com genitor 
do mesmo sexo. Desenvolve-se 
o superego. Zona de gratificação 
transfere-se para região genital.
Latência (6 anos à puberdade).
Época relativamente calma entre 
fases mais turbulentas.
Genital (puberdade à idade adulta).
Ressurgimento dos impulsos 
sexuais da fase fálica, dirigidos à 
sexualidade adulta madura.
Confiança versus desconfiança 
básica (nascimento aos 12-18 
meses).
Bebê desenvolve a idéia de se o 
mundo é um lugar bom e seguro.
Autonomia versus vergonha e dúvi-
da (12-18 meses aos 3 anos). 
Criança desenvolve um equilíbrio 
entre independência e auto-sufici-
ência, e vergonha e dúvida.
Iniciativa versus culpa. (3 aos 6 
anos).
Criança desenvolve iniciativa quan-
do experimenta novas atividades e 
não é dominada pela culpa.
Produtividade versus inferioridade
(6 anos à puberdade). 
Criança deve aprender habilidades 
da cultura ou enfrentar sentimentos 
de incompetência.
Identidade versus confusão de 
identidade (puberdade ao inicio da 
idade adulta). 
Adolescente deve determinar seu 
sentido pessoal de identidade 
(“Quem sou eu?”) ou sentir confu-
são sobre papéis.
Intimidade versus isolamento
(idade adulta jovem). 
Pessoa procura formar compro-
missos com os outros; em caso de 
fracasso, pode sofrer de isolamen-
to e auto-absorção.
Geratividade versus estagnação 
(idade adulta).
Adulto maduro preocupa-se em 
estabelecer e orientar a nova 
geração, ou então sente empobre-
cimento pessoal.
Sensório-motor (nascimento aos 2 
anos). 
Bebê gradualmente se torna capaz 
de organizar atividades em relação 
ao ambiente por meio de atividade 
sensória e motora.
Pré-operatório (2 a 7 anos).
Criança desenvolve um sistema 
representacional e utiliza símbolos 
para representar pessoas, lugares 
e eventos. Linguagem e brincadei-
ras imaginativas são importantes 
manifestações desse estágio. O 
pensamento ainda não é lógico.
Operações concretas (7 a 11 
anos).
Criança pode resolver problemas 
logicamente quando eles enfocam 
o aqui e agora, mas não é capaz 
de pensar em termos abstratos.
Operações formais (11 anos a toda 
a idade adulta). 
Pessoa pode pensar em termos 
abstratos, lidar com situações 
hipotéticas e pensar sobre possibi-
lidades.
Integridade versus desespero 
(idade adultatardia). 
O idoso alcança a aceitação da 
própria vida, o que lhe permite 
aceitar a morte, ou então se deses-
pera pela incapacidade de reviver 
a vida.
Fonte: Adaptado de Papalia; Olds; Feldman, 2006.
5
1.3. Jean Piaget – Teoria do marco desenvolvimentista
Para finalizar o assunto sobre as teorias do desenvolvimento, vamos abordar a teo-
ria do marco desenvolvimentista de Piaget. Essa teoria é bastante popular devido a 
alguns fatores como sua clareza, visão e compreensão do desenvolvimento cogni-
tivo. Na última coluna da Tabela 1.0, você pode observar que os quatro estágios do 
desenvolvimento cognitivo e suas características.
Recomendo o link https://www.youtube.com/watch?v=EnRlAQDN2go (Duração: 
06min47s), no vídeo temos o cruzamento de fatos da vida pessoal do autor e a cons-
trução da sua teoria. 
Visto o vídeo recomendado acima, alguns pontos podem ser destacados:
§	Para Piaget o desenvolvimento cognitivo acontece pelo processo de adap-
tação;
§	Adaptação seriam ajustes cognitivos as alterações ambientais, a interação 
com o mundo;
§	A adaptação ocorre através de dois processos: acomodação e assimila-
ção, que são respectivamente, mudanças nas estruturas cognitivas atuais 
para inclusão de novo conhecimento e observação de novas informações 
e incorporação das mesmas às estruturas cognitivas já existentes.
Caso tenha interesse em aprender mais sobre esses e outros teóricos do desenvol-
vimento, além de maiores detalhes sobre o desenvolvimento indico o livro Psicologia 
do Desenvolvimento, da autora Maria Aparecida Cória-Sabini disponível na Bibliote-
ca Virtual acessando o link: 
http://fmn.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788508043569/pages/_1.
2. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO
Assista ao vídeo da I unidade da disciplina na plataforma virtual.
Você saberia dizer as principais diferenças entre os conceitos de crescimento e de-
senvolvimento? Por exemplo, uma criança que está aprendendo a engatinhar, o ato 
engatinhar seria consequência do desenvolvendo ou do crescimento? 
Antes de você responder essas perguntas, vou conceituar tais processos e definir os 
períodos que eles ocorrem:
Crescimento 
§	Conceito: aumento do tamanho corporal como um todo ou parte dele. 
§	Período: vida intra-uterina até adolescência, após esse período ocorre 
reparação do desgaste natural dos tecidos, sem efeito sob as dimensões 
corporais.
6
Desenvolvimento 
§	Conceito: mudanças na funcionalidade de órgãos e sistemas, através de 
modificações que ocorrem no nosso organismo.
§	Período: vida intra-uterina até a morte, diferente do crescimento o desen-
volvimento é um processo infinito.
Sabendo desses conceitos, vamos analisar o exemplo da criança, para essa criança 
engatinhar ela necessita que seu corpo esteja preparado para execução desta tare-
fa, certo? Chegamos então na base do processo de desenvolvimento, a maturação 
que ocorre de modo ordenado, e possibilita ao indivíduo a progredir para níveis mais 
altos de funcionamento. 
E agora, já sabe responder a pergunta? Uma criança que está aprendendo 
engatinhar, o engatinhar uma consequência do desenvolvendo ou do crescimento? 
A resposta seria do desenvolvimento, pois está relacionado com o processo de ma-
turação do sistema nervoso central e demais órgãos da criança, que possibilitou a 
realização da tarefa de engatinhar. 
Como exemplo de crescimento, vamos falar de um momento da adolescência co-
nhecida como fase do estirão, essa fase ocorre em faixas etárias diferentes para 
meninos e meninas, e se caracteriza pelo ganho considerável em estatura em um 
determinado período de tempo (iremos abordar mais sobre adolescência na II e III 
unidade). O crescimento pode ocorrer de três formas, hiperplasia, que seria o au-
mento do número de células; hipertrofia o aumento do volume celular e acreção o 
aumento das substâncias intercelulares. 
Já o desenvolvimento, composto por vários seguimentos, e pode ser dividido em físi-
co, cognitivo, psicossocial, moral. O desenvolvimento físico está ligado a mudanças 
no nosso corpo, cérebro, capacidades motoras; o cognitivo relaciona-se com o inte-
lecto, aprendizagem, memória, raciocínio, linguagem; o psicossocial diz respeito às 
mudanças na personalidade que ocorrem ao decorrer da vida, e da relação com ou-
tras pessoas; e por fim o desenvolvimento moral que também inclui a relação inter-
pessoal, porém adicionando as regras de conduta presentes em qualquer sociedade, 
seria o dito como “certo” ou “errado”.
A nutrição adequada tem papel fundamental no crescimento e desenvolvimento hu-
mano durante toda a vida, pois através dela é possível manter a saúde, o bem-estar 
e prevenir doenças e/ou auxiliar no tratamento dessas doenças. 
As necessidades nutricionais se modificam de acordo com as demandas do nos-
so organismo, veremos ao decorrer da disciplina como atender essas demandas e 
como a nutrição pode afetar cada fase da nossa vida, desde a lactância, que envolve 
também a fase intra-uterina, passando pela infância, adolescência, vida adulta até a 
velhice. 
2.1. Fatores não nutricionais que afetam o crescimento 
Como já foi dito anteriormente, a nutrição tem papel indiscutível para o nosso cres-
cimento e o desenvolvimento, porém outros fatores podem afetar esses processos. 
Vamos dividir os fatores entre intrínsecos e extrínsecos, o primeiro está relacionado 
à genética e metabólicos, esses já fazem parte do nosso organismo e não podemos 
mudá-los. Por outro lado, os fatores extrínsecos como condições socioeconômicas, 
7
psicológicas, hormonais, climáticas podem ser modificadas e por isso é preciso ter 
um cuidado maior com esses fatores. 
A genética influencia significativamente no modo como cada indivíduo evolui durante 
a vida. De acordo com vários estudos, se verificou que os padrões de crescimento, 
biótipo, deposição de gordura e tamanho corporal, predisposição a doenças, estão 
intimamente relacionado com a composição genética. 
Durante a primeira semana de gravidez, conhecida como período zigótico ou zigoto 
(veremos mais detalhes sobre esse e outros períodos da gravidez no próximo tópi-
co), a multiplicação celular ocorre de modo acelerado e propicia ao surgimento de 
lesões na expressão de um gene isolado ou em um grupo de genes, tal fato pode 
trazer consequências como o comprometimento do crescimento e do desenvolvi-
mento e até mesmo o surgimento de doenças degenerativas. 
Os hormônios controlam, em grande parte, a intensidade e duração do crescimento, 
tento o crescimento linear três fases distintas, a lactância, infância e puberdade, den-
tre essas fases o período intra-uterino ainda se destaca com o de maior crescimen-
to. Na vida pós-uterina, o primeiro ano de vida do bebê não é só o de maior cresci-
mento, mas também de desenvolvimento.
Dentre os hormônios envolvidos com o crescimento, podemos destacar o GH, que 
desempenha através das somatomedinas (IGF-I, IGF-2) um papel importante tanto 
sobre o crescimento, como no metabolismo. A ação do GH é diretamente em alguns 
tecidos, favorecendo o crescimento, como no fígado, baço, língua, pelo aumento de 
síntese protéica nestes tecidos e na divisão celular.
Para complementar seus conhecimentos sobre o hormônio GH indico visitar o link 
www.endocrino.org.br/1 da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia 
que aborda 10 Coisas que Você Precisa Saber sobre Crescimento e GH.
Os fatores culturais e sociais também podem afetar o crescimento, direto ou indireta-
mente, dentre alguns desses fatores estão condições socioeconômica, sexo, família 
e transtornos emocionais. As condições socioeconômicas interferem em vários as-
pectos, comportamentais, nutricionais e de saúde que refletem nas taxas de cresci-
mento e desenvolvimento.
Em relação ao sexo, existem culturas que favorecem mais um sexo do que outro, 
por exemplo, o sexo masculinorecebe mais atenção e alimento, beneficiando o cres-
cimento e desenvolvimento. Acessando o link: 
http://www.bibliomed.com.br/bibliomed/journals você terá acesso a um resumo que 
retrata sobre essa preferência pelo filho homem, que ocorrem, principalmente, na 
África e na Ásia. 
Dentre os fatores familiares, se destacam conflitos familiares, casos de divórcio 
separação e outros conflitos familiares, na maioria dessas situações há um grande 
grau de estresse, comprometendo os níveis de GH.
Até agora você pôde conhecer sobre as teorias, conceitos e alguns dos fatores não 
nutricionais que afetam o crescimento e desenvolvimento humano. No decorrer da 
disciplina, você vai estudar as mudanças que ocorrem no nosso organismo, desde a 
vida intra-uterina até o envelhecimento, e como uma nutrição adequada pode contri-
buir para que esses processos ocorram dentro da normalidade. 
8
3. PERÍODO PRÉ-NATAL 
Antes de começar, indico que você veja o vídeo do link:
 https://www.youtube.com/watch?v=_fQBjuFEPE0 (Duração 12min27s) que detalha 
toda a gravidez desde a concepção até o nascimento do bebê. 
O crescimento humano se inicia na união do óvulo e do espermatozóide, na trompa 
de falópio. A partir da fertilização do óvulo, o mesmo passa a se chamar zigoto, esse 
é formado por 46 cromossomos, 23 vindos do pai e 23 da mãe, nesse ponto a heran-
ça genética do futuro bebê é determinada.
No período pré-natal o crescimento é dividido em três etapas, período zigótico (da 
concepção à primeira semana), período embrionário (da segunda semana ao segun-
do mês) e período fetal (do terceiro mês ao nascimento), cada período possui carac-
terísticas específicas.
Período zigótico:
§	Marco inicial – fertilização do óvulo na trompa de falópio;
§	Nutrição - óvulo sobrevive de sua própria gordura, recebendo poucos nu-
trientes do meio externo;
§	Óvulo fertilizado permanece praticamente inalterado em tamanho;
§	A situação de sobrevivência do zigoto é adversa nesse período, pois o 
mesmo é visto como um corpo estranho, e por muitas vezes as mulheres 
não saberem que estão grávidas, continuam ingerindo substâncias quími-
cas (álcool, droga, tabaco) que podem ser letais ao zigoto;
§	Marco Final – diferenciação das células em camadas.
Período embrionário:
§	Marco inicial - diferenciação das células embrionárias em três camadas;
§	Nutrição – a placenta é formada por células especiais, e serve para trans-
porte de nutrientes e remoção de resíduos;
§	As camadas darão origem aos sistemas do nosso corpo, os nomes de 
cada camada e os respectivos sistemas podem ser observados na Tabe-
la 2.0, retirada e adaptada do livro Compreendendo o Desenvolvimento 
Motor – Bebês, Crianças, Adolescentes e Adultos, dos autores David L. 
Gallahue e John C. Ozmun;
§	 É nesse período que o embrião está mais suscetível a anoma-
lias congênitas, devido à rápida divisão. Caso tenha o interes-
se que saber mais sobre essas malformações acessar o link; 
http://pt.wikipedia.org/wiki/CID-10_Capítulo_XVII. 
§	Marco final – implantação do embrião na parede uterina.
Nesta imagem http://www.infoescola.com/wp-content/ você pode observar o desen-
volvimento nas primeiras seis semanas de gravidez de modo mais detalhado.
9
Tabela 2.0 Período embriônico - Camadas e Sistemas
Camada Sistemas
Endoderme
(camada interna)
Sistema digestivo 
Sistema respiratório
Sistema glandular
Mesoderme
(camada mediana)
Sistema muscular 
Sistema esquelético
Sistema circulatório
Sistema reprodutivo
Ectoderme
(camada externa)
Sistema nervoso central
Sistema nervoso periférico
Órgãos sensoriais terminais
Pele, cabelo, unhas
Fonte: Adaptado de GALLAHUE & OZMUN, 2005
Período fetal:
§	Marco inicial - embrião firmemente implantado na parede uterina, sendo 
assim o embrião passa a ser denominado feto;
§	Nutrição – a placenta permanece responsável pela nutrição do bebê;
§	Muitas características podem ser observadas no maior período gestacio-
nal, podendo destacar os movimentos aparentes do feto no início do perío-
do fetal; o intenso ritmo de crescimento e a formação do tecido ósseo no 
4° mês; o surgimento da pele, cabelo e unhas e os órgãos internos assu-
mindo suas posições anatômicas no 5° mês; formação da vernix caseosa 
a partir das células epiteliais no 6° mês, a vernix é um secreção gordurosa 
que protege a fina pele do feto; formação da camada de tecido adiposo, 
servindo como isolante térmico e fornecedor de alimento no 7° mês; nos 
últimos dois meses o feto se torna mais ativo, se preparando para o mo-
mento do parto; 
§	No período fetal as principais complicações relacionadas ao crescimento 
e desenvolvimento são a restrição do crescimento intra-uterino (RCIU) e 
consequentemente o baixo peso ao nascer, sendo responsáveis por altos 
índices de morbidade ou mortalidade perinatais. Marco final – Nascimento 
do bebê, que em geral ocorre após cerca de 40 semanas gestacionais.
Durante o período pré-natal algumas condições podem levar a gravidez de alto risco 
saiba mais assistindo o vídeo de perguntas e respostas no link:
 https://www.youtube.com/watch?v=MRkOZwnPFUY (Duração 05min35s).
10
4. PERÍODO NEONATAL ATÉ 2 ANOS 
No período pós-natal o crescimento linear pode ser dividido em quatro etapas, existe 
uma pequena variação, nos livros e artigos, entre o começo e o fim de cada etapa. 
Você não deve se apegar tanto, pois na realidade os fatos podem ocorrer em idades 
diferentes para cada indivíduo, essa variância é normal.
O que não seria normal? Quando acontecesse um retardo ou uma antecipação mui-
to fora do intervalo estabelecido, por exemplo, uma criança com 5 anos que ainda 
não fala e não tem nenhum diagnóstico de surdez ou afonia. Esse quadro pode sig-
nificar algum atraso de desenvolvimento que deve ser investigado a fim de buscar as 
causas e tentar reverter o quadro.
Depois de todo esse esclarecimento, iremos considerar a seguinte classificação: pri-
meira infância (nascimento até 2 anos), segunda infância (2 a 5 anos), terceira infân-
cia (6 a 10 anos), adolescência (10 a 20 anos). Como já foi falado no tópico Cresci-
mento e Desenvolvimento Humano, após a adolescência, o crescimento passa a ser 
de reposição de tecidos pelo desgaste não havendo mais o crescimento linear, claro 
que em condições normais.
Neste tópico iremos falar da primeira infância, seu início se dá pelo nascimento, um 
momento de transição onde o bebê passa a ter sua existência “independente” da 
sua mãe, já que na vida intra-uterina a nutrição, a oxigenação, eliminação de resí-
duos, e outros processos eram todos interligados a 
mãe através do cordão umbilical. 
Do nascimento até as quatro semanas de vida do 
bebê, considerado período neonatal, algumas 
particularidades na aparência do neonato podem 
ser observadas como cabeça grande em relação 
ao corpo, em geral comprida e deformada por 
consequência do parto; queixo pouco proeminente, 
auxiliando na amamentação; a maioria ainda nasce 
com o verniz caseoso e a lanugem, que seria uma 
penugem, que com algumas semanas vai caindo 
naturalmente. 
Com relação ao tamanho e peso, em geral os 
meninos são ligeiramente mais compridos e pesa-
dos que as meninas, porém estas características 
podem variar bastante, pois irão depender princi-
palmente do estado nutricional da mãe antes e du-
rante a gravidez, na II unidade quando estivermos 
falando sobre as Consequências do estado nutri-
cional no desenvolvimento fetal você irá conhecer 
melhor essa relação.
Nos primeiros meses de vida do bebê, podemos 
observar um ritmo acelerado no ganho de peso e 
na estatura, também há uma intensa atividade cerebral estando a criança mais apta 
a absorver as experiências adquiridas pela interação com o meio. Sendo assim, 
Disponível em: http://pixabay.com/pt/bebê Acesso em fev. 2015.
11
esse período é de extrema importância para o desenvolvimento (cognitivo, motor, so-
cial, linguagem...) e crescimento.
Os resultados da primeira infância são reflexos das condições da gestação e de fa-
tores ambientais, como a nutrição (mais detalhes sobre a importância da amamenta-
ção e alimentação complementar nos primeiros anos de vida serão abordados na II e 
III unidade), portanto, todo o suporte deve ser dado para possibilitar ao bebê atingir 
as taxas de desenvolvimento e crescimentos adequadas para sua idade.
Essas taxas de desenvolvimento e crescimento são medidas através de vários tes-
tes e curvas, um exemplo é o teste de Denver II, um instrumento bastante utilizado, 
na área clínica e científica, a fim de detectar atrasos no desenvolvimento infantil. Ele 
avalia vários aspectos envolvidos com o desenvolvimento, como pessoal-social, mo-
tricidade (fina e ampla) e linguagem.
Para compreender melhor como é feita a aplicação do teste e seus objetivos sugiro a 
leitura deste link https://tocupacional.wordpress.com/ e para ter acesso ao gráfico do 
teste clicar no link https://tocupacional.files.wordpress.com/. 
A avaliação do crescimento tem como indicação do Ministério da Saúde (MS) a utili-
zação das curvas da Organização Mundial de Saúde (OMS), para entender mais so-
bre essas curvas de crescimento e ter acesso aos gráficos das curvas acesse o link 
http://dab.saude.gov.br/portaldab/. 
5. DESENVOLVIMENTO BIOSSOCIAL DOS 06 AOS 12 ANOS
Nesse último tópico da nossa I unidade, vamos abordar a interação entre os fatores 
biológicos e sociais no desenvolvimento infantil e início da adolescência. Você já 
deve saber que o primeiro ano de vida é caracterizado por um ritmo acelerado de 
crescimento, porém essa taxa de crescimento sofre uma desaceleração, e os gan-
hos de peso e estatura passam a ser mais estáveis, porém próximo a fase do estirão 
da adolescência, ocorre um ganho de peso mais acentuado.
Quanto ao desenvolvimento social, na fase pré-escolar, que vai dos dois aos seis 
anos, a criança ainda não tem uma rotina estabelecida fora de casa, com um horário 
determinado, extenso e continuado. Algumas já frequentam creches, hoteizinhos, o 
que já possibilita o contato com outras pes-
soas, mas ainda há uma assistência mais 
individualizada e uma rotina flexível quando 
comparada a rotina escolar.
A fase escolar, por sua vez, é marcada por 
uma série de mudanças, a criança deixa de 
ser o centro da atenção, tendo que entrar em 
contato com outras crianças da mesma idade 
e/ou mais velhas, e ainda outros adultos sem 
serem seus pais, familiares e/ou conhecidos. Ocorre uma expansão de possibilida-
des no mundo ao seu redor, se estabelecendo uma nova rotina, com regras, direitos 
e deveres a serem compreendidos e seguidos; é dado início as atividades em grupo 
e toda essa mudança é compatível com a 
maturação da criança e fundamental para o 
seu desenvolvimento.
.
Disponível em: http://pixabay.com/pt/menina-me-
ninos-crian%C3%A7as-516341/ Acesso em fev. 
2015.
12
A criança gradualmente vai se adaptando e querendo cada vez mais explorar e 
aprender coisas novas, o interesse por computadores, videogames e outras tecnolo-
gias vai crescendo, assim como o vínculo afetivo com os amigos, que junto à mídia, 
passam a ter influência nas suas escolhas. Um bom exemplo desta influência, que 
pode ser positiva ou negativa, são nas escolhas alimentares, mais detalhes sobre a 
nutrição na infância e sua importância no desenvolvimento e crescimento serão estu-
dadas na III unidade ao abordados o tópico Desenvolvimento normal e patológico na 
infância.
Após essa fase, um período de novas mudanças se inicia, chamado adolescência. 
Existe uma variação para estabelecer o início e fim desse período, pois os mesmos 
dependem principalmente de fatores biológicos (relacionados à maturação sexual) e 
culturais. 
A Organização Mundial de Saúde estabelece que a adolescência refere-se ao perío-
do da vida que se inicia aos 10 anos de idade até os 19 anos, caracterizado por in-
tensas modificações físicas, psicológicas e sociais, na próxima unidade todas essas 
modificações serão conhecidas.
E assim encerramos a I unidade da disciplina de Nutrição e Desenvolvimento Huma-
no, espero que você tenha gostado! Não se esqueça de responder os fóruns e os 
questionários correspondentes para testar seus conhecimentos, recomendo também 
que leia o livro texto e os livros indicados durante o guia, disponíveis na Biblioteca 
Virtual, como forma de revisar e complementar o conteúdo apresentado.
Até a próxima unidade e bons estudos!
Profª. Msc. Milena Maia

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