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Peca pratica Alexandre

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Alunos: Leandro Milhomem / Jean Carlos 
EXCELETÍSSIMO SR. DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADO X
ADI...
PARTIDO POLÍTICO “FRENTE BRASILEIRA UNIDA”, já qualificado por seu advogado, que está subscreve, nos autos da ADI..., que move em face da GOVERNADOR DO ESTADO X, igualmente qualificada, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, tendo em vista o Venerando acórdão de fls. e com fundamento dos artigos 102, III “c”) da CF/88, interpor RECURSO EXTRAORDINÁRIO pelas razões anexas.
 
EGREGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
RAZÕES DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Recorrente: GOVERNADOR DO ESTADO X
Recorrido: PARTIDO POLÍTICO “FRENTE BRASILEIRA UNIDA”
I – DA REPERCUSSÃO GERAL
Preliminarmente é importante ressaltar que a matéria, objeto do presente recurso reverte-se de repercussão geral.
Isto porque a questão versa sobre a aplicabilidade de normas repetidas em Constituição estadual, com interpretação, divergente e incompatível com a Constituição de 1988, do Tribunal de Justiça local.
Portanto possui relevância econômica, política, social ou jurídica com potencialidade de atingir uma enorme coletividade de pessoas já que o tema pode envolver outros entes da federação.
Portanto, tendo em vista o preenchimento do requisito constitucional, requer seja recebido o presente recurso conforme artigo 1036 do Código de Processo Civil.
II – DA TEMPESTIVIDADE E DO CABIMENTO
Consoante se depreende dos autos, o recorrente foi intimado da decisão no dia..., e protocolizou o presente recurso no dia..., portanto dentro do prazo de 15 dias uteis previstos em lei, conforme artigo 1003 § 5 do Código de Processo Civil.
A matéria objeto do recurso versa sobre a interpretação de Decreto do Governo do Estado X questionada em face da Constituição 1988, com decisão divergente do Tribunal de Justiça em contraponto à Carta Maior, portanto cabível no caso Recurso Extraordinário, conforme o Artigo 102, III “c” da CRFB/88.
No caso concreto há uma clara violação aos direitos fundamentais, individuais e coletivos dos cidadãos, sem previsão legal.
Demonstra-se cabível o Recurso Extraordinário, cumprindo requisito inserto no Art. 1034 do CPC.
III – PREQUESTIONAMENTO
A matéria, objeto do presente recurso está devidamente pré-questionada. Isso porque, consoante de depreende do acórdão, o tribunal decidiu afirmando ser compatível as previsões do Decreto 1968 se analisadas perante a Constituição estadual e alguns Desembargadores explanaram em seus votos a impossibilidade da propositura de Ação Direta de Inconstitucionalidade tendo como objeto um decreto estadual.
Dispõe a súmula 282 do STF:
“É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.”
Portanto, preenchido o requisito do prequestionamento.
IV – RAZÕES RECURSAIS
Trata-se de Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pelo Partido Político “Frente Brasileira Unida, com o cunho de ver declarado, o Decreto 1968 de autoria do Governador do Estado X, inconstitucional, tendo em vista a quebra das garantias individuais e coletivas, previstas na Constituição estadual, que por sua vez replica a Constituição da República.
Ocorre que o referido Decreto aboliu ou restringiu direitos fundamentais, sem a existência de Lei que o embasasse para isso, violando o Art. 5º, II da Constituição da República.
O Art. 5º, XVI, CRFB/88 também foi violado. Isto porque A Constituição de 1988 garante o direito à livre reunião em locais abertos, cabendo aos participantes apenas o prévio aviso a autoridade competente e desde que não frustrem reunião já marcada previamente.
O Decreto vai muito além dos ditames Oriundos da Carta Maior. Exige dos participantes a identificação completa sob pena de desfazimento da manifestação e ainda revista pessoal de todos, argumentando a segurança coletiva.
Sem a menor razão, o Decreto se contrapõe frontalmente a Constituição de 1988, restringindo os direitos garantidos no Art. 5º, XVI.
Ao criar os diversos entraves destacados acima, para a realização da reunião, o Decreto afronta o Art. 5º, inciso IV da CRFB/88, que garante a todos a liberdade de expressão.
Por fim há a violação do princípio da razoabilidade e proporcionalidade, tendo em vista que a medida prolatada pelo Decreto se demonstra demasiadamente gravosa à coletividade, demonstrando-se ser maior o ônus da medida que os benefícios por ela trazidos.
Diante do exposto, merece reforma a decisão de fls.
V – DO PEDIDO
Isso posto requer:
a) tendo em vista o preenchimento de todos os requisitos de admissibilidade, seja admitido o presente recurso;
b) Seja recebido o recurso no seu regular efeito devolutivo;
c) Ao final seja dado provimento para fim reformar a decisão de fls. e declarar a inconstitucionalidade do Decreto 1968;
d) a intimação do recorrido, para que, querendo, apresentar contrarrazões no prazo de 15 dias;
e) A inversão dos ônus da sucumbência para que fiquem ao encargo do recorrido.
f) A notificação do Ministério Público para que, querendo, manifeste-se.
Termos em que, pede provimento.
Local e data...
ADVOGADO...
OAB...

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