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aleitamento materno

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CASO 8-THAÍS
13
	Objetivos de Aprendizagem:
1. Definir o aleitamento materno e seus tipos;
2. Elucidar o período de aleitamento materno, a duração do aleitamento, relacionando com a evolução das necessidades nutricionais do lactente;
3. Entender as vantagens do aleitamento materno para a mãe e para o filho;
4. Reconhecer os principais problemas associados a amamentação e como conduzi-los.
5. Entender o aconselhamento materno pré e pós parto, relacionando com a técnica da amamentação
6. Entender o processo fisiológico da produção e secreção do leite, relacionando com os tipos de leite materno.
7. Compreender a diferença entre o leite materno, artificial e animal.
8. Identificar os 10 passos para o sucesso do aleitamento materno. (OMS)
Aleitamento materno e seus tipos-------------------------------------------------------------------------------------------------------------
É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, e em sua saúde no longo prazo, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe.
• Aleitamento materno exclusivo – quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos. 
• Aleitamento materno predominante – quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de frutas e fluidos rituais. 
• Aleitamento materno – quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos. 
• Aleitamento materno complementado – quando a criança recebe, além do leite materno, qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementá-lo, e não de substituí-lo. 
• Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite.
Tipos de leite materno
*O colostro é o leite materno imaturo, produzido, geralmente, antes do parto até os 7 dias de vida do RN. É um líquido espesso, amarelo, rico em proteínas, minerais e vitaminas lipossolúveis (A, E e carotenóides), vitamina k. Possui menos teor de lactose, gorduras e vit. B12. É muito rico em fatores de defesa, particularmente, imunoglobulinas. Fatores de crescimento.
*O Leite Materno Anterior é aquele que sai no início da mamada. É rico em água e açúcares, e pobre em proteínas e gorduras, por isso, é mais fluído. Também possui muitos anticorpos.
 Devido a sua composição esse leite não mata a fome do bebê, apenas sua sede.
*O Leite Intermediário representa a transição entre o leite anterior e o posterior, portanto, produzido no meio da mamada. Possui a coloração branco opaco, devido a concentração da proteína caseína.
*O Leite Materno Posterior é produzido no final da mamada, possui aspecto mais amarelado devido a presença de betacaroteno. Além de ser rico em gorduras e proteínas, sendo assim, é muito importante para o ganho de peso do bebê.
Duração do aleitamento---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A OMS, endossada pelo Ministério da Saúde do Brasil, recomenda aleitamento materno por dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses. Não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança, pois a introdução precoce de outros alimentos está associada a: 
• Maior número de episódios de diarreia; 
• Maior número de hospitalizações por doença respiratória; 
• Risco de desnutrição se os alimentos introduzidos forem nutricionalmente inferiores ao leite materno, como, por exemplo, quando os alimentos são muito diluídos; 
• Menor absorção de nutrientes importantes do leite materno, como o ferro e o zinco; 
• Menor eficácia da amamentação como método anticoncepcional; 
• Menor duração do aleitamento materno. 
No segundo ano de vida, o leite materno continua sendo importante fonte de nutrientes. Estima-se que dois copos (500 mL) de leite materno no segundo ano de vida fornecem 95% das necessidades de vitamina C, 45% das de vitamina A, 38% das de proteína e 31% do total de energia. Além disso, o leite materno continua protegendo contra doenças infecciosas. 
O tempo de cada mamada não é fixo, pois o tempo necessário para esvaziar uma mama varia para cada mãe/bebê, depende: 
Da fome da criança
Do intervalo transcorrido desde a última mamada 
Do volume de leite armazenado na mama
O mais importante é que a mãe dê tempo suficiente à criança para ela esvaziar adequadamente a mama. Dessa maneira, a criança recebe o leite do final da mamada, que é mais calórico, promovendo a sua saciedade e, consequentemente, maior espaçamento entre as mamadas. O esvaziamento das mamas é importante também para o ganho adequado de peso do bebê e para a manutenção da produção de leite suficiente para atender às demandas do bebê.
A mãe deve ser orientada sobre os sinais que indicam que o bebê está pronto para mamar (movimento dos olhos, da cabeça, sinais de procura com a língua para fora, agitação dos braços, mãos na boca, etc.), não sendo necessário esperar o choro do bebê.
Bebê precisa de 80-100kcal/kg, adulto, 25-30
Importância do aleitamento materno-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
	Para o bebê 
Estimula o maior vínculo entre a mãe e o bebê, contribuindo para que o bebê se sinta seguro e amado; 
Protege o RN e o lactente contra várias doenças e infecções, principalmente as diarreias, otites e outras infecções respiratórias, pelo ausência de risco de contaminação (diminuição da contaminação secundária) e pela presença de anticorpos e fatores anti-infecciosos;
Permite um desenvolvimento neuropsicomotor ótimo, inclusive com diferenças significativas em relação ao coeficiente de inteligência das crianças amamentadas com leite artificial;
Favorece o crescimento adequado, é o alimento ideal sob os pontos de vista nutricional e digestivo, incluindo a biodisponibilidade de vários elementos nutricionais;
Facilita a eliminação de mecônio, diminuindo o risco de icterícia;
É um fator de proteção dos problemas fonoaudiólogos, ortopédicos e ortodônticos do aparelho motor oral;
Reduz o risco de alergias;
Tem efeito a longo prazo em algumas doenças: hipertensão arterial, aumento de lipídeos plasmáticos, sobrepeso, obesidade, diabetes melito (1 e 2) câncer na infância, doença inflamatória intestinal e osteoporose. 
	Para a mulher:
Estimula o maior vínculo mãe/filho; 
É prático, fácil e diminui as chances de contaminação secundária; 
Pode diminuir as chances de câncer de mama e ovário; 
É um método de espaçamento entre as gestações (anticonceptivo), se o lactente tiver menos de 6 meses, se o aleitamento for exclusivo e a mulher estiver em amenorreia; 
Diminui o tempo de sangramento no pós-parto, reduzindo o risco de anemias; 
Ajuda o retorno do volume uterino mais precocemente.
Perca de peso 
Problemas para o aleitamento------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1.     Fissura/rachadura do mamilo: ocorre quando a prega e a posição do bebê está errada. Pode ser evitada secando bem o mamilo e posicionando corretamente o bebê. O tratamento é através da exposição da mama ao sol ou luz artificial, sempre com cautela para evitar queimaduras. 
2.     Ingurgitamento: ocorre quando a mãe produz mais leite que o bebê consegue mamar, desse modo as mamas ficam endurecidas ouempedradas. É mais bilateral. Para evitar deve colocar o bebê mais vezes para mamar ou retirar o excesso de leite manualmente. (dor, febre sem calafrios)
3.     Mastite: Inflamação dos seios. Os sinais e sintomas são: mama vermelha, quente, dolorida, mãe com febre e calafrios. Deve-se retirar manualmente o leite e se não melhorar em 24 horas deve procurar assistência medica.
Ingurgitamento-mastite-abcesso
4.     O leite está “secando”: ocorre quando introduz mamadeira, bico ou chupeta. Para tratar, deve dar o peito sempre que o bebê quiser, assim quanto mais ele mama, mais leite é produzido.
5.     Candidíase: é comum aparecer no puerpério, costuma ocorrer na presença de mamilos úmidos e com lesão. Se manifesta por prurido, sensação de queimaduras e fisgadas. O tratamento deve ser conjunto (mãe e bebê). Não interrompe a amamentação. Tratamento com nistatina-local, miconazol-sistêmico 
6.     Fenômeno de Raynaud: é uma isquemia intermitente causada por vaso-espasmo que normalmente ocorre na mão e no pé, mas pode ocorrer nos mamilos. A causa é em resposta a exposição ao frio, compressão anormal do mamilo na boca da criança ou trauma mamilar. Costumam causar palidez nos mamilos e muita dor.
7.     Galactocele: é uma formação cística nos ductos mamários contendo fluido leitoso, a causa é um bloqueio de ducto lactífero. O diagnóstico é feito por aspiração ou USG.
Demora na descida do leite
Reflexo anormal de ejeção: ordenha antes
8. Apojadura: fenômeno natural na mama materna no tansiçaõ do colostro peito do colostro pra leite
Aconselhamento pré e pós parto e técnica de amamentação-------------------------------------------------------------------------------
Os seguintes recursos são muito utilizados no aconselhamento, não só em amamentação, mas em diversas circunstâncias: 
• Praticar a comunicação não-verbal (gestos, expressão facial). 
• Remover barreiras como mesa, papéis, promovendo maior aproximação entre a mulher e o profissional de saúde; 
• Usar linguagem simples, acessível a quem está ouvindo; 
• Dar espaço para a mulher falar
• Evitar palavras que soam como julgamentos
• Aceitar e respeitar os sentimentos e as opiniões das mães, sem, no entanto, precisar concordar ou discordar do que ela pensa. 
• Reconhecer e elogiar aspectos em que a mãe e o bebê estão indo bem
• Oferecer poucas informações em cada aconselhamento, as mais importantes para a situação do momento; 
• Fazer sugestões em vez de dar ordens; 
• Oferecer ajuda prática como, por exemplo, segurar o bebê por alguns minutos e ajudá-la a encontrar uma posição confortável para amamentar; 
• Conversar com as mães sobre as suas condições de saúde e as do bebê, explicando-lhes todos os procedimentos e condutas. 
Aconselhamento pré-parto
A promoção da amamentação na gestação, comprovadamente, tem impacto positivo nas prevalências de aleitamento materno, em especial entre as primíparas. O acompanhamento pré- natal é uma excelente oportunidade para motivar as mulheres a amamentarem. É importante que pessoas significativas para a gestante, como companheiro e mãe, sejam incluídas no aconselhamento.
 Durante o acompanhamento pré-natal, quer seja em grupo, quer seja no atendimento individual, é importante dialogar com as mulheres, abordando os seguintes aspectos: 
• Planos da gestante com relação à alimentação da criança; 
• Experiências prévias, mitos, crenças, medos, preocupações e fantasias relacionados com o aleitamento materno; 
• Importância do aleitamento materno; 
• Vantagens e desvantagens do uso de leite não humano; 
• Importância da amamentação logo após o parto, do alojamento conjunto e da técnica (posicionamento e pega) adequada na prevenção de complicações relacionadas à amamentação; 
• Possíveis dificuldades na amamentação e meios de preveni-las. Muitas mulheres “idealizam” a amamentação e se frustram ao se depararem com a realidade; 
• Comportamento normal de um recém-nascido; 
• Vantagens e desvantagens do uso de chupeta. 
O exame das mamas é fundamental, pois por meio dele podem-se detectar situações que poderão exigir uma maior assistência à mulher logo após o nascimento do bebê, como, por exemplo, a presença de mamilos muito planos ou invertidos e cicatriz de cirurgia de redução de mamas. 
A “preparação” das mamas para a amamentação, tão difundida no passado, não tem sido recomendada de rotina. A gravidez se encarrega disso. Manobras para aumentar e fortalecer os mamilos durante a gravidez, como esticar os mamilos com os dedos, esfregá-los com buchas ou toalhas ásperas, não são recomendadas, pois na maioria das vezes não funcionam e podem ser prejudiciais, podendo inclusive induzir o trabalho de parto. O uso de conchas ou sutiãs com um orifício central para alongar os mamilos também não são eficazes. A maioria dos mamilos curtos apresenta melhora com o avançar da gravidez, sem nenhum tratamento. Os mamilos costumam ganhar elasticidade durante a gravidez e o grau de inversão dos mamilos invertidos tende a diminuir em gravidezes subsequentes. Em mulheres com mamilos planos ou invertidos, a intervenção logo após o nascimento do bebê é mais importante e efetiva que intervenções no período pré-natal. O uso de sutiã adequado ajuda na sustentação das mamas, pois na gestação elas apresentam o primeiro aumento de volume. Se ao longo da gravidez a mulher não notou aumento nas suas mamas, é importante fazer acompanhamento rigoroso do ganho de peso da criança após o nascimento, pois é possível tratar-se de insuficiência de tecido mamário.
Pós-parto
Comportamento normal do bebê 
O comportamento dos recém-nascidos é muito variável e depende da:
-idade gestacional
-personalidade 
-sensibilidade do bebê
-experiências intrauterinas
-vivências do parto 
-diversos fatores ambientais, incluindo estado emocional da mãe. 
As mães devem ser esclarecidas que existem muitas razões para o choro além da fome, incluindo adaptação à vida extrauterina e tensão no ambiente. Na maioria das vezes, os bebês se acalmam se aconchegados ou se colocados no peito, o que reforça a sua necessidade de se sentirem seguros e protegidos. As mães que ficam tensas, frustradas e ansiosas com o choro dos bebês tendem a transmitir esses sentimentos a eles, causando mais choro, podendo instalar-se um ciclo vicioso.
Muitas mães queixam-se de que os seus bebês “trocam o dia pela noite”. Os recém- nascidos costumam manter, nos primeiros dias, o ritmo ao qual estavam acostumados dentro do útero. Assim, as crianças que no útero costumavam ser mais ativas à noite vão necessitar de alguns dias para se adaptarem ao ciclo dia/noite. 
A interação entre a mãe e o bebê nos primeiros dias é muito importante para o sucesso da amamentação e uma futura relação harmônica. A mãe deve ser orientada a responder prontamente às necessidades do seu bebê, não temendo que isso vá deixá-lo “manhoso” ou “superdependente” mais tarde. Carinho, proteção e pronto atendimento das necessidades do bebê só tendem a aumentar a sua confiança, favorecendo a sua independência em tempo apropriado. 
O melhor momento de interagir com a criança é quando ela se encontra no estado quieto-alerta. Na primeira hora de vida, esse estado de consciência predomina, favorecendo a interação. Ao longo do dia e da noite a criança encontra-se no estado quieto-alerta várias vezes, por períodos curtos. Durante e após intensa interação, os bebês necessitam de frequentes períodos de repouso. 
Para uma melhor interação com o bebê, é interessante que a mãe, o pai e outros familiares saibam que alguns recém-nascidos a termo, em situações especiais (principalmente no estado quieto-alerta), são capazes de: 
• Ir ao encontro da mama da mãe por si próprios logo após o nascimento, se colocados em seu tórax. Dessa maneira, eles decidem por si o momento da primeira mamada, que ocorre em média aos 40 minutos de vida; 
• Reconhecer a face da mãe após algumas horas de vida. 
• Ter contato olho a olho; 
• Reconhecer e mostrar interesse por cores primárias – vermelho, azul e amarelo; 
• Seguirum objeto com os olhos e, às vezes, virar a cabeça na sua direção; 
• Distinguir tipos de sons, tendo preferência pela voz humana, em especial a da mãe, e pelos sons agudos; 
• Determinar a direção do som; 
• Reconhecer sabores, tendo preferência por doces; 
• Reconhecer e distinguir diferentes cheiros; com um ou dois dias de vida reconhece o cheiro da mãe; 
• Imitar expressões faciais logo após o nascimento; 
• Alcançar objetos. 
Além de interferir no aleitamento materno, o uso de chupeta está associado à maior ocorrência de candidíase oral (sapinho), de otite média e de alterações do palato.
Muitas mulheres se preocupam com o aspecto do leite. Acham que, por ser transparente em algumas ocasiões, o leite é fraco e não sustenta a criança. Por isso, é importante que as mulheres saibam que a cor do leite varia ao longo de uma mamada e também com a dieta da mãe. O leite pode ter aspecto azulado ou esverdeado quando a mãe ingere grande quantidade de vegetais verdes. Não é rara a presença de sangue no leite, dando a ele uma cor amarronzada. Esse fenômeno é passageiro e costuma ocorrer nas primeiras 48 horas após o parto. É mais comum em primíparas adolescentes e mulheres com mais de 35 anos e deve-se ao rompimento de capilares provocado pelo aumento súbito da pressão dentro dos alvéolos mamários na fase inicial da lactação. Nesses casos, a amamentação pode ser mantida, desde que o sangue não provoque náuseas ou vômitos na criança. 
Manutenção da amamentação 
Para a produção do leite, é necessária ingestão de calorias e de líquidos além do habitual. Por isso, durante o período de amamentação, costuma haver aumento do apetite e da sede da mulher e também algumas mudanças nas preferências alimentares. Acredita-se que um consumo extra de 500 calorias por dia seja o suficiente, pois a maioria das mulheres armazena, durante a gravidez, de 2 kg a 4 kg para serem usados na lactação. 
Fazem parte das recomendações para uma alimentação adequada durante a lactação os seguintes itens: 
• Consumir dieta variada, incluindo pães e cereais, frutas, legumes, verduras, derivados do leite e carnes; 
• Consumir três ou mais porções de derivados do leite por dia;
• Esforçar-se para consumir frutas e vegetais ricos em vitamina A; 
• Certificar-se de que a sede está sendo saciada; 
• Evitar dietas e medicamentos que promovam rápida perda de peso (mais de 500 g por semana); 
• Consumir com moderação café e outros produtos cafeinados. 
A alimentação ideal (variada e equilibrada) de uma nutriz pode não ser acessível para muitas mulheres de famílias com baixa renda, o que pode desestimulá-las a amamentar seus filhos. Por isso, a orientação alimentar de cada nutriz deve ser feita levando-se em consideração, além das preferências e dos hábitos culturais, a acessibilidade aos alimentos. É importante lembrar que as mulheres produzem leite de boa qualidade mesmo consumindo dietas subótimas. É preciso estar atento para o risco de hipovitaminose B em crianças amamentadas por mães vegetarianas, haja vista essa vitamina não ser encontrada em vegetais. É importante também certificar-se de que as nutrizes vegetarianas estão ingerindo quantidade suficiente de proteínas. Como regra geral, as mulheres que amamentam não necessitam evitar determinados alimentos. Entretanto, se elas perceberem algum efeito na criança de algum componente de sua dieta, pode-se indicar a prova terapêutica: retirar o alimento da dieta por algum tempo e reintroduzi-lo, observando atentamente a reação da criança. Caso os sinais e/ou sintomas da criança melhorem substancialmente com a retirada do alimento e piorem com a sua reintrodução, ele deve ser evitado. O leite de vaca é um dos principais alimentos implicados no desenvolvimento de alergias alimentares. As mulheres que amamentam devem ser encorajadas a ingerir líquidos em quantidades suficientes para saciar a sua sede. Entretanto, líquidos em excesso devem ser evitados, pois não aumentam a produção de leite, podendo até diminuí-la. 
Retorno da mãe ao trabalho 
O trabalho materno fora do lar pode ser um importante obstáculo à amamentação, em especial a exclusiva. A manutenção da amamentação nesse caso depende do tipo de ocupação da mãe, do número de horas no trabalho, das leis e de relações trabalhistas, do suporte ao aleitamento materno na família, na comunidade e no ambiente de trabalho e, em especial, das orientações dos profissionais de saúde para a manutenção do aleitamento materno em situações que exigem a separação física entre mãe e bebê. Para as mães manterem a lactação após retornarem ao trabalho, é importante que o profissional de saúde estimule os familiares, em especial o companheiro, quando presente, a dividir as tarefas domésticas com a nutriz e oriente a mãe trabalhadora quanto a algumas medidas que facilitam a manutenção do aleitamento materno, listadas a seguir: Antes do retorno ao trabalho: 
• Manter o aleitamento materno exclusivo; 
• Conhecer as facilidades para a retirada e armazenamento do leite no local de trabalho (privacidade, freezer, horários); 
• Praticar a ordenha do leite (de preferência manualmente) e congelar o leite para usar no futuro. Iniciar o estoque de leite 15 dias antes do retorno ao trabalho. Após o retorno ao trabalho: 
• Amamentar com frequência quando estiver em casa, inclusive à noite; 
• Evitar mamadeiras; oferecer a alimentação por meio de copo e colher; 
• Durante as horas de trabalho, esvaziar as mamas por meio de ordenha e guardar o leite em congelador. Levar para casa e oferecer à criança no mesmo dia ou no dia seguinte ou congelar. Leite cru (não pasteurizado) pode ser conservado em geladeira por 12 horas e, no freezer ou congelador, por 15 dias; 
• Para alimentar o bebê com leite ordenhado congelado, esse deve ser descongelado, em banho-maria fora do fogo. Uma vez descongelado, o leite deve ser aquecido em banho maria fora do fogo. Antes de oferecê-lo à criança, ele deve ser agitado suavemente para homogeneizar a gordura; 
• Realizar ordenha, de preferência manual, da seguinte maneira:
Técnica de amamentação
Apesar de a sucção do recém-nascido ser um ato reflexo, ele precisa aprender a retirar o leite do peito de forma eficiente. 
Quando o bebê pega a mama adequadamente – o que requer uma abertura ampla da boca, abocanhando não apenas o mamilo, mas também parte da aréola –, forma-se um lacre perfeito entre a boca e a mama, garantindo a formação do vácuo, indispensável para que o mamilo e a aréola se mantenham dentro da boca do bebê. A língua eleva suas bordas laterais e a ponta, formando uma concha (canolamento) que leva o leite até a faringe posterior e esôfago, ativando o reflexo de deglutição. 
A retirada do leite (ordenha) é feita pela língua, graças a um movimento peristáltico rítmico da ponta da língua para trás, que comprime suavemente o mamilo. Enquanto mama no peito, o bebê respira pelo nariz, estabelecendo o padrão normal de respiração nasal. 
O ciclo de movimentos mandibulares (para baixo, para a frente, para cima e para trás) promove o crescimento harmônico da face do bebê. A técnica de amamentação, ou seja, a maneira como a dupla mãe/bebê se posiciona para amamentar/mamar e a pega/sucção do bebê são muito importantes para que o bebê consiga retirar, de maneira eficiente, o leite da mama e também para não machucar os mamilos. 
Uma posição inadequada da mãe e/ou do bebê na amamentação dificulta o posicionamento correto da boca do bebê em relação ao mamilo e à aréola, resultando no que se denomina de “má pega”. A má pega dificulta o esvaziamento da mama, podendo levar a uma diminuição da produção do leite. Muitas vezes, o bebê com pega inadequada não ganha o peso esperado apesar de permanecer longo tempo no peito. Isso ocorre porque, nessa situação, ele é capaz de obter o leite anterior, mas tem dificuldade de retirar o leite posterior, mais calórico. 
	1.A mãe deve tentar relaxar e escolher a posição em que se sinta mais confortável. 
2. A criança deve estar voltada para o corpo da mãe com a sua barriga encostadaà da mãe. 
3. A cabeça, o pescoço e o tronco do bebê devem estar apoiados e alinhados para que não seja necessário o bebê virar a cabeça para pegar a mama. 
4. A mãe deve apoiar, também, o tronco e as nádegas ao amamentar uma criança pequena. 
5. O queixo da criança deve tocar a mama. 
6. A boca deve ficar bem aberta, para abocanhar a maior parte possível da aréola. 
7. Mais aréola pode ser vista na parte superior da mama. 
8. Os lábios devem estar voltados para fora, evertidos, principalmente o lábio inferior. 
9. Não deverá haver queixa materna de desconforto ou dor. 
10. A sucção do bebê é ritmada e regular com pausas para a deglutição. 
A lactante também deve utilizar os reflexos do RN ao seu favor para amamentar corretamente, podendo utilizar o reflexo da voracidade, para colocar o RN na posição certa. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca quatro pontos-chave que caracterizam o posicionamento e pega adequados: 
Pontos-chave do posicionamento adequado
1. Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo; 
2. Corpo do bebê próximo ao da mãe; 
3. Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido); 
4. Bebê bem apoiado. 
Pontos-chave da pega adequada
1. Mais aréola visível acima da boca do bebê; 
2. Boca bem aberta; 
3. Lábio inferior virado para fora; 
4. Queixo tocando a mama.
Técnica inadequada
• Bochechas do bebê encovadas a cada sucção; 
• Ruídos da língua; 
• Mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada; 
• Mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a mama; 
• Dor na amamentação. Quando a mama está muito cheia, a aréola pode estar tensa, endurecida, dificultando à pega. Em tais casos, recomenda-se, antes da mamada, retirar manualmente um pouco de leite da aréola ingurgitada.
Processo de produção de leite materno----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
1 mama: 15-25 lobos (entre os lobos há tecido adiposo, conjuntivo, nervoso, linfático, vasos sanguíneos): 20-40 lóbulos: 10-100 alvéolos (entre os alvéolos, estão as células mioepiteliais). 
O leite produzido é armazenado nos alvéolos e nos ductos. Os ductos mamários não se dilatam para formar os seios lactíferos, como se acreditava até pouco tempo atrás. O que ocorre é que durante as mamadas, enquanto o reflexo de ejeção do leite está ativo, os ductos sob a aréola se enchem de leite e se dilatam. 
A mama, na gravidez, é preparada para a amamentação (lactogênese fase I) sob a ação de diferentes hormônios. Os mais importantes são o estrogênio, responsável pela ramificação dos ductos lactíferos, e o progestógeno, pela formação dos lóbulos. Outros hormônios também estão envolvidos na aceleração do crescimento mamário, tais como lactogênio placentário, prolactina e gonadotrofina coriônica. 
Primeira metade da gestação: crescimento e proliferação dos ductos e formação dos lóbulos. A secreção láctea inicia após 16 semanas de gravidez.
Segunda metade da gestação: a atividade secretora se acelera e os ácinos e alvéolos ficam distendidos com o acúmulo do colostro. 
Com o nascimento da criança e a expulsão da placenta, há uma queda acentuada nos níveis sanguíneos maternos de progestógeno, com consequente liberação de prolactina pela hipófise anterior, iniciando a lactogênese fase II e a secreção do leite. Há também a liberação de ocitocina durante a sucção, hormônio produzido pela hipófise posterior, que tem a capacidade de contrair as células mioepiteliais que envolvem os alvéolos, expulsando o leite neles contido. A produção do leite logo após o nascimento da criança é controlada principalmente por hormônios e a “descida do leite”, que costuma ocorrer até o terceiro ou quarto dia pós-parto, ocorre mesmo se a criança não sugar o seio. 
Após a “descida do leite”, inicia-se a fase III da lactogênese, também denominada galactopoiese. Essa fase, que se mantém por toda a lactação, depende principalmente da sucção do bebê e do esvaziamento da mama. 
Quando, por qualquer motivo, o esvaziamento das mamas é prejudicado, pode haver diminuição na produção do leite, por inibição mecânica e química. O leite contém os chamados “peptídeos supressores da lactação”, que são substâncias que inibem a produção do leite. A sua remoção contínua com o esvaziamento da mama garante a reposição total do leite removido. 
Outro mecanismo local que regula a produção do leite, ainda não totalmente conhecido, envolve os receptores de prolactina na membrana basal do alvéolo. À medida que o leite se acumula nos alvéolos, a forma das células alveolares fica distorcida e a prolactina não consegue se ligar aos seus receptores, criando assim um efeito inibidor da síntese de leite. Grande parte do leite de uma mamada é produzida enquanto a criança mama, sob estímulo da prolactina. 
A ocitocina, liberada principalmente pelo estímulo provocado pela sucção da criança, também é disponibilizada em resposta a estímulos condicionados, tais como visão, cheiro e choro da criança, e a fatores de ordem emocional, como motivação, autoconfiança e tranquilidade. Por outro lado, a dor, o desconforto, o estresse, a ansiedade, o medo, a insegurança e a falta de autoconfiança podem inibir a liberação da ocitocina, prejudicando a saída do leite da mama. 
Nos primeiros dias após o parto, a secreção de leite é pequena, e vai aumentando gradativamente: cerca de 40-50 mL no primeiro dia, 300-400 mL no terceiro dia, 500-8 800 mL no quinto dia, em média. Na amamentação, o volume de leite produzido varia, dependendo do quanto a criança mama e da frequência com que mama. Quanto mais volume de leite e mais vezes a criança mamar, maior será a produção de leite. Uma nutriz que amamenta exclusivamente produz, em média, 800 mL por dia. Em geral, uma nutriz é capaz de produzir mais leite do que a quantidade necessária para o seu bebê.
Prolactina- células mioepiteliais, estrogênio- receptores
Leite materno x animal x artificial------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Apesar de a alimentação variar enormemente entre as pessoas, o leite materno, surpreendentemente, apresenta composição semelhante para todas as mulheres que amamentam do mundo. Apenas as com desnutrição grave podem ter o seu leite afetado na sua qualidade e quantidade. 
Nos primeiros dias, o leite materno é chamado colostro, que contém mais proteínas e menos gorduras do que o leite maduro, ou seja, o leite secretado a partir do sétimo ao décimo dia pós-parto. O leite de mães de recém-nascidos prematuros é diferente do de mães de bebês a termo. Esse tem muito mais proteínas que o leite humano e essas proteínas são diferentes das do leite materno. A principal proteína do leite materno é a lactoalbumina e a do leite de vaca é a caseína, de difícil digestão para a espécie humana. A concentração de gordura no leite aumenta no decorrer de uma mamada. Assim, o leite do final da mamada (chamado leite posterior) é mais rico em energia (calorias) e sacia melhor a criança, daí a importância de a criança esvaziar bem a mama. 
O leite humano possui numerosos fatores imunológicos que protegem a criança contra infecções. A IgA secretória é o principal anticorpo, atuando contra microrganismos presentes nas superfícies mucosas. Os anticorpos IgA no leite humano são um reflexo dos antígenos entéricos e respiratórios da mãe, ou seja, ela produz anticorpos contra agentes infecciosos com os quais já teve contato, proporcionando, dessa maneira, proteção à criança contra os germens prevalentes no meio em que a mãe vive. A concentração de IgA no leite materno diminui ao longo do primeiro mês, permanecendo relativamente constante a partir de então. Além da IgA, o leite materno contém outros fatores de proteção, tais como anticorpos IgM e IgG, macrófagos, neutrófilos, linfócitos B e T, lactoferrina, lisozima e fator bífido. Esse favorece o crescimento do Lactobacilus bifidus, uma bactéria nãopatogênica que acidifica as fezes, dificultando a instalação de bactérias que causam diarreia, tais como Shigella, Salmonella e Escherichia coli. Alguns dos fatores de proteção do leite materno são total ou parcialmente destruídos pelo calor, razão pela qual o leite humano pasteurizado (submetido a uma temperatura de 62,5o C por 30 minutos) não tem o mesmo valor biológico que o leite cru.
O leite materno, como já dito, contém todas as proteínas, açúcares (mais de 200 moléculas diferentes que são essenciais), gorduras, vitaminas e água e contém determinados elementos que o leite em pó não consegue incorporar, tais como anticorpos e glóbulos brancos, protegendo o bebe de: Otites, Alergias, Vômitos, Diarreia, Pneumonias, Meningites. Portanto, contém tudo que o RN e criança precisam para total sobrevivência
Já o leite de vaca apresenta baixos níveis de cálcio já que altos níveis de fósforo impedem o acúmulo de cálcio, quanto às vitaminas, é deficiente em vitamina A e vitamina C, além disso não tem água na quantidade adequada, portanto, o bebê precisa ingerir líquidos, é difícil de digerir quando comparado ao leite materno e é deficiente em ácidos graxos ideais, somado a isso contém menos que 50 moléculas de açúcar, o que não é suficiente para o bebê e é ausente de fatores de crescimento.
O leite artificial não contém os anticorpos do leite materno, portanto o bebê torna-se muito mais suscetível a desenvolver infecções, não tem água na quantidade suficiente, precisando inclui-la na nutrição do bebê, é de difícil ingestão e é deficiente em ácidos graxos ideais e também é ausente em fatores de crescimento.
Além disso, o leite de vaca e o leite artificial não possuem as consequências trazidas da amamentação regular, gerando: 
Problema no desenvolvimento da cavidade oral
Dificuldade do retorno as condições pré gestacionais no puerpério, útero demorar a regressar ao tamanho inicial 
Custo maior do que o leite materno que é de graça 
Risco no desenvolvimento de alergias.
10 passos para o sucesso do aleitamento materno-----------------------------------------------------------------------------------------
Principais motivos para a redução do aleitamento no começo do século XX:
Urbanização 
Orientação dos profissionais para substituição, principalmente na fase inicial
Práticas hospitalares: aumento de partos operatórios, falta de contato físico mãe-filho e o desestímulo à sucção imediatamente após o parto para observação
Devido à inadequação das práticas hospitalares em muitos estabelecimentos para o êxito da amamentação, a Unicef e a OMS, com o apoio do Ministério da Saúde de vários países adotaram a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC). Tal iniciativa objetiva promover, proteger e apoiar o aleitamento materno, mobilizando funcionários da saúde para mudanças de conduta que aumentam o desmame. 
Para uma unidade ser apta para esse título, deve cumprir a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos Infantis, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) e os 10 passos para o sucesso do aleitamento materno, que são:
Ter uma política escrita sobre aleitamento que deveria ser rotineiramente transmitida a toda a equipe de cuidados de saúde.
Treinar toda a equipe de cuidados de saúde, capacitando-a para implementar a política 
Informar todas as gestantes sobre as vantagens e o manejo do aleitamento. 
Ajudar as mães a iniciarem o aleitamento na primeira hora após o nascimento (que deve ser assim entendida: colocar os bebês em contato pele a pele com suas mães imediatamente após o parto durante pelo menos 1 hora e encorajar as mães a reconhecerem quando seus bebês estão prontos para mamar, oferecendo ajuda, se necessário)
Mostrar às mães como amamentar e como manter a lactação, mesmo se vierem a ser separadas de seus filhos.
Não dar a recém-nascidos nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não ser que tal procedimento seja indicado pelo médico.
Praticar o alojamento conjunto - permitir que as mães e os bebês permaneçam juntos - 24 horas por dia.
Encorajar o aleitamento sob livre demanda.
Não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas ao seio.
Encorajar o estabelecimento de grupo de apoio ao aleitamento, para onde as mães deverão ser encaminhadas por ocasião da alta do hospital ou ambulatório.
	PRODUÇÃO INADEQUADA DE LEITE
Hipogalactia: é aquela situação em que a mulher não é capaz de produzir leite suficiente para satisfazer as necessidades nutricionais do seu bebê de maneira exclusiva, e é necessário complementar com a mamadeira. Alteração em percentagem muito baixa de mães.
Causas devido a uma doença materna
Alteração da glândula tireoide (+hipotireoidismo)
Alteração no índice de massa corporal
Diabetes materno ou gestacional
Mastite 
Síndrome do ovário policístico 
Causas devido ao parto
Cesárea (contato pele a pele com o bebê, estimulação com a bomba de leite ou manual podem estabilizar; medo e estresse excessivo podem inibir)
Retenção de placenta
Síndrome de Sheehan (hemorragia massiva no parto/cesária que produz falta de irrigação na glândula pituitária que controla os hormônios que estão relacionados com o aleitamento materno)
Cirurgia de redução de mama quando se elimina parte da glândula mamária, tendo que recorrer a uma alimentação mista
Nos casos de mastectomia unilateral (amputação de um peito), hipoplasia mamária (ausência de tecido mamário)
	MITOS DA ALIMENTAÇÃO
O leite materno pode ser fraco para nutrir o bebê.
Mito. Não há leite materno fraco. O leite materno apresenta composição semelhante para todas as mulheres que amamentam.
Preciso dar os dois peitos a cada mamada.
Mito. O tempo de cada mamada não deve ser fixado, pois o esvaziamento da mama pode variar conforme a fome do bebê, do intervalo entre uma mamada e outra, do volume de leite armazenado na mama, entre outros. O importante é que a mãe dê tempo suficiente para o bebê esvaziar adequadamente seu seio, caso esvazie uma mama por completo e a criança ainda deseje mamar, a mãe pode oferecer a outra mama. Na próxima mamada, recomenda-se que a mãe dê o seio que não foi oferecido na mamada anterior ou ofereça o que o bebê mamou por último caso tenha sido ofertado as duas mamas.
Canjica e caldo de cana aumentam a produção de leite.
Mito. A produção do leite materno depende principalmente da sucção do bebê e do esvaziamento da mama. Portanto, quanto mais o bebê mamar e esvaziar adequadamente as mamas, mais leite a mãe irá produzir.
O leite congelado, mesmo que retirado das mamas, não tem os mesmos nutrientes.
Mito. O leite pode ser congelado por até quinze dias sem perder suas características e qualidade nutricional, desde que armazenado adequadamente.
Quem fez redução mamária ou colocou silicone não poderá amamentar.
Mito. A cirurgia nos seios não impede a mulher de amamentar, desde que durante a cirurgia sejam preservadas as estruturas das mamas.
Seios muito pequenos não produzem leite na quantidade suficiente para o bebê.
Mito. O tamanho da mama não tem relação com a produção do leite. Tanto as mamas grandes quanto as pequenas possuem capacidade de produzir o mesmo volume de leite em uma dia.
Os mamilos devem ser higienizados a cada vez que o bebê for mamar.
Mito. Não é necessário higienizar as mamas sempre que for amamentar, no entanto é importante que a mãe tenha hábitos de higiene adequados como banho diário, lavando a mama com água e sabonete e esteja sempre com o sutiã limpo e seco. Não é recomendado o uso de absorventes de seios e nem utilização de conchas protetoras, pois podem deixar as mamas úmidas, favorecendo a proliferação de fungos e bactérias.
Se a mãe tiver dificuldades de amamentar seu filho, o ideal é que o bebê mame no seio de outra mulher.  
Mito. A primeira opção para a mulher que está com dificuldades de amamentar é buscar apoio junto a um profissional de saúde. Ela também poderá encontrar ajuda no Hospital que teve seu bebê, em um Banco de Leite Humano ou ainda em uma Unidade Básica de Saúde próxima a sua casa.
Não é recomendadaa amamentação cruzada, que é quando o bebê mama em outra mãe.  O perigo está em o bebê ser contaminado por uma doença infecto–contagiosa, como a Aids. 
O leite do banco de leite pode não ser seguro.
Mito. A principal diferença entre o leite do Banco de Leite Humano para o leite doado diretamente por uma outra mãe é que no Banco de leite é tratado, pasteurizado e, por isso, não há possibilidade de transmissão de doenças. 
A mãe não deve amamentar outra criança que não seja o seu filho. Mesmo se esta mãe estiver com os exames normais ou se teve uma gravidez tranquila, ela pode estar em uma janela imunológica para uma doença, e esse bebê correrá o risco de contrair alguma doença.
O bebê pode ficar mal acostumado se não tiver horários para mamar.
Mito. A orientação do Ministério da Saúde é a amamentação sob livre demanda, ou seja: o bebê deve mamar sempre que desejar.
Amamentar durante uma segunda gestação pode prejudicar o desenvolvimento do bebê no útero.
Mito. É possível manter a amamentação em uma nova gravidez se for o desejo da mulher e se não houver intercorrências na gravidez. Já quando houver ameaça de parto prematuro é indicado interromper a amamentação. O hormônio que controla a ejeção do leite, a ocitocina, também estimula o útero a contrair. A estimulação do mamilo pode intensificar o trabalho de parto. Porém, esse hormônio sozinho não é capaz de iniciar o trabalho de parto. O útero está na fase de carregar o bebê, bem protegido contra um trabalho de parto precoce.
Quando o bebê começa a comer, o leite materno pode prejudicar a absorção de ferro.
Mito. Quase 70% do ferro do leite materno é absorvido adequadamente pelo bebê. O leite materno possui bactérias benéficas que atuam no fortalecimento da imunidade, assim como em outros fatores de proteção que otimizam toda a capacidade de absorção de ferro e outros nutrientes. O ferro presente no leite materno é de mais fácil absorção pelo organismo do bebê. Outros alimentos, mesmo tendo bastante ferro, nem sempre são bem absorvidos pelas crianças durante a fase de amamentação.
Mastite pode ser um obstáculo para mães que amamentam: A mastite é uma infecção bacteriana que afeta a mama da mulher durante o período da amamentação. Além de causar dor na região, o problema pode prejudicar o aleitamento. A coordenadora das Ações de Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, Fernanda Monteiro, explica como acontece a inflamação. Ouça reportagem:
 SAÚDE DA CRIANÇA

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