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Prática pH e efeito tampão

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Professor Alexandre Soares dos Santos DCB/UFVJM 2009 1
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri 
Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde 
Departamento de Ciências Básicas 
Disciplina: Bioquímica 
 
AULA PRÁTICA Nº 3 – pH E EFEITO TAMPÃO 
 
Introdução: 
 Os seres vivos são equipados com mecanismos que regulam o pH de suas células e de 
líquidos extracelulares dentro de pequenos limites. O pH do sangue, por exemplo, deve-se 
conservar entre 7,1 e 7,8 para ser compatível com a vida. Embora ácidos e bases sejam formados 
constantemente no metabolismo, o pH do sangue raramente varia, em virtude da presença dos 
sistemas tampões eficientes nos tecidos e líquidos do organismo. É portanto importante que o 
estudante compreenda o significado do pH, o papel e o mecanismo de ação dos tampões. Neste 
exercício será feito o estudo com sistemas simples para emitir observação e compreensão clara dos 
fenômenos. 
 
 
Determinação colorimétrica de pH: Este método baseia-se no conhecimento dos valores dos 
pK’s dos indicadores. Indicadores são ácidos orgânicos fracos ou bases orgânicas fracas, cuja 
forma dissociada apresenta uma cor diferente da forma não dissociada. A mudança de cor nas 
soluções de indicadores de pH depende do aumento ou decréscimo de seu grau de dissociação. Tal 
mudança pode-se exprimir em função da lei de ação das massas. 
 Desde que (nos indicadores ácidos, por exemplo): HIn ' H + + In - 
 Logo: KIn = [ ] [ ][ ]HInInxH
−+ , 
 
 que em função do pH, será: pH = pKIn + log [ ][ ]HInIn
− 
 
 O aumento da concentração de H + na solução determina recuo na ionização e 
predominância da cor da molécula não dissociada HIn; já a diminuição da concentração de H +, ao 
contrário, eleva o grau de dissociação, predominando em solução a cor do ânion In -. 
 Entre os extremos de coloração, há uma zona intermediária, onde realmente se passa a 
transição de cor, na qual, tanto o ânion como as moléculas não dissociadas encontram-se presentes 
em quantidades variáveis. A solução exibe, então, tonalidades de cor igualmente intermediárias, de 
acordo com as proporções dos dois componentes. A zona de transição de cor, ou zona de viragem, 
passa-se em intervalos de pH diferentes para os vários indicadores e depende, fundamentalmente, 
de sua constante de dissociação ( pKIn ) e de sua curva de titulação. 
 
Tampões 
 Solução tampão é aquela que tende a manter um pH constante, quando se lhe adiciona 
ácido ou base. Este sistema geralmente consiste de uma mistura de ácido fraco e sua base 
conjugada ou uma base fraca e seu ácido conjugado. O pH de um sistema tampão depende das 
quantidades relativas de base e de seu sal ou do ácido e de seu sal. 
 Este comportamento do sistema tampão pode ser expresso pela equação formulada por 
Henderson e Hasselbach: 
 pH = pK + log [ ][ ]ácido
sal 
 onde pK representa o negativo do logarítmo da constante de dissociação do ácido. 
 
 
Professor Alexandre Soares dos Santos DCB/UFVJM 2009 2
Roteiro da Prática 
 
pH e Efeito Tampão 
 
 
Reativos 
 
¾ Tampões de pH: 3,0; 4,0; 5,0; 6,0; 7,0; 8,0; 9,0; 10,0 
¾ Indicador universal 
¾ Solução de hidróxido de sódio 0,1 mol/L 
¾ Solução de ácido clorídrico a 0,1 mol/L 
¾ Solução de ácido acético a 0,1 mol/L 
¾ Tampão fosfato 0,1 mol/L, pH 7,0 
 
Procedimento 
 
1. Prepare uma bateria de oito tubos de ensaio. Adicionar ao primeiro tubo 2,0 mL de solução 
tampão pH 3,0. No segundo tubo 2,0 mL solução tampão pH 4,0 e assim, sucessivamente, até o 
tampão pH 10,0. Adicionar a cada tubo duas gotas do indicador universal e 8,0 mL de água 
destilada. Esta bateria irá constituir sua escala cromática de pH. 
 
2. Verifique o pH aproximado das soluções de ácido acético 0,1 mol/L e de ácido clorídrico 0,1 
mol/L, seguindo os mesmos procedimentos do item anterior e comparando-as com a escala 
cromática obtida com o procedimento do ítem anterior. Como se explica a diferença de pH entre 
as duas soluções? 
 
3. Prepare outra bateria com quatro tubos de ensaio e numere-os de 1 a 4. Adicione três gotas do 
indicador universal a cada tubo. 
 
4. Aos tubos 1 e 3 adicione 10,0 mL de água destilada. Aos tubos 2 e 4 adicione 3,0 mL de 
solução tampão pH 7,0 e 7,0 mL de água destilada. Agite. 
 
5. Adicione uma gota de NaOH 0,1 mol/L aos tubos 1 e 2. Agite. Observe e explique. 
 
6. Com uma pipeta sopre ar expirado na solução do tubo 1 por 45 segundos. Observe as 
mudanças de coloração. Verifique o pH. Explique. 
 
7. Sopre o tubo 2 por um minuto. Observe e explique. 
 
8. Adicione aos tubos 3 e 4 duas gotas da solução de ácido clorídrico a 0,1 mol/L. Agite. Observe 
a mudança de coloração e anote o pH. 
 
9. Continue a adição de ácido clorídrico no tubo 4, gota a gota, agitando-o. Determine quantas 
gotas ou mL de ácido devem ser adicionadas até que se obtenha a mesma coloração do tubo 3. 
Explique.

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