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Sociologia e Antropologia do Direito

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Sociologia e Antropologia do 
Direito
Prof. Juliana Pessoa
Sociologia e Antropologia do Direito
1. Introdução
a. Conhecimento
b. Formas de saber:
I. Senso Comum
II. Ciência
2. Sociologia:
a. Significado
b. Objeto
c. Âmbito
d. Origem
Sociologia e Antropologia do Direito
a. Conhecimento
“Conhecimento. Do latim cognoscere, "ato de conhecer". Em português
derivaram termos como cognoscente, "o sujeito que conhece", e
cognoscível, "o que pode ser conhecido". (ARANHA e MARTINS, 2009,
p.109)
“O campo de investigação filosófica que abarca as questões sobre o
conhecer chama-se teoria do conhecimento. Tradicionalmente
costuma-se definir conhecimento como o modo pelo qual o sujeito se
apropria intelectualmente do objeto.” (ARANHA e MARTINS, 2009, p.109)
“o conhecimento como produto da relação sujeito-objeto, produto
que pode ser empregado e transmitido” (ARANHA,1997, p.43)
Sociologia e Antropologia do Direito
b. Formas de Saber
I. Senso Comum
O senso comum é o conhecimento que ajuda a nos situarmos
no cotidiano, para compreendê-lo e agir sobre ele. Mais
propriamente, poderíamos dizer que se trata de um conjunto de
crenças, já que esse conhecimento quase sempre o recebemos
pela tradição, de modo espontâneo e não crítico. Mas não só.
Trata-se também do esforço que fazemos para resolver os
problemas que surgem no dia a dia, buscando soluções muitas
vezes bastante criativas (ARANHA e MARTINS, 2009, p.343 )
Sociologia e Antropologia do Direito
b. Formas de Saber
II. Ciência:
A ciência constitui-se de corpos de conhecimento organizado,
nos quais as classificações assumem uma tarefa indispensável
[...] suas conclusões se baseiam em investigações sistemáticas,
empiricamente fundamentadas pelo controle dos fatos. As
explicações científicas são formuladas em enunciados gerais,
alcançados pelo exame das diferenças e semelhanças das
propriedades dos fenômenos, de modo que um número
pequeno de princípios explicativos possa unificar um grande
número de fatos. (ARANHA e MARTINS, 2009, p.345 )
Sociologia e Antropologia do Direito
 0 superorgânico é observado no mundo dos seres humanos
em interação e nos produtos dessa interação: linguagem,
religião, filosofia, ciência, tecnologia, ética, usos e
costumes e outros aspectos culturais e da organização
social. Portanto, ao estudar o superorganico, as Ciências
Sociais terno seu interesse voltado para o homem em
sociedade. (GIDDENS, 2001, p.21)
Sociologia e Antropologia do Direito
Conhecimento
Científico
Inorgânico
Superorganico
Economia / 
Política
Direito / 
Psicologia 
Social
Sociologia e 
AntropologiaOrgânicoSenso Comum
Sociologia e Antropologia do Direito
Antropologia
 Estuda as semelhanças e diferenças culturais, origem e história das
culturas do homem, sua evolução e desenvolvimento, estrutura e
funcionamento, em qualquer lugar e tempo. Inicialmente, a
Antropologia Cultural preocupava-se apenas com o estudo das
culturas dos povos agrafos (pre-letrados ou comumente
denominados "primitives"). Mais recentemente, tem-se
interessado também pela cultura das sociedades industriais. A
abordagem especifica da Antropologia Cultural, ao analisar as
sociedades, esta relacionada com os aspectos culturais e
comportamentais que as caracterizam (LAKATOS, 1990, p.21)
Sociologia e Antropologia do Direito
Sociologia
 Estudo científico das relações sociais, das formas de associação,
destacando-se os caracteres gerais comuns a todas as classes
de fenômenos sociais, fenômenos que se produzem nas relações
de grupos entre seres humanos. Estuda o homem e o meio
humano em suas interações recíprocas. A Sociologia não e
normativa, nem emite juízos de valor sabre os tipos de
associação e relações estudados, pois se baseia em estudos
objetivos que melhor podem revelar a verdadeira natureza dos
fenômenos sociais. A Sociologia, desta forma, e o estudo e o
conhecimento objetivo da realidade social. (LAKATOS, 1990, p.
22)
Sociologia Geral
Sociologia Geral
2. Sociologia:
a. Origem:
 Idade Média
Invasão de Roma
Difusão do Cristianismo
Estado
Teocentrismo
Sociologia Geral
2. Sociologia:
Transformações radicais
 Fim da estrutura feudal
 Surgimento da burguesia e proletariado
 Modo de produção e organização capitalista
 Modificação dos costumes e valores
 Fim da monarquia ( absolutista)
 Surgimento do Estado Moderno
 Transformação científica
Sociologia Geral
2. Sociologia:
a. Origem:
 Idade Moderna
Surgimento da Sociologia
Fatores:
Questões históricos - sociais
Questões epistemológicas
Sociologia Geral
 Idade Moderna
Fatores:
Questões históricos – sociais
Rev. Industrial
Rev. Francesa
Iluminismo e Renascimento 
Questões epistemológicas
Sociologia Geral
2. Sociologia:
 Idade Moderna
Tabela Sell (2015,p. 17):
Aspectos Idade Média Idade Moderna
Idade 
Contemporânea
Cultural Teocentrismo
Renascimento 
Reforma 
Iluminismo
Antropocentrismo
Político
Regimes 
Monárquicos
Revolução 
Francesa
Redimes 
Democráticos
Econômico
Economia 
Agrária
Revolução 
Industrial
Economia 
Industrial
Sociologia Geral
Sociologia
O conjunto de transformações geradas pelas revoluções
Industrial, Francesa e pelo Iluminismo precisava ser
explicado e compreendido pela razão humana. Elas
geravam a sensação de que o mundo estava em “crise” e
de que algo precisava ser feito. Quais as causas destas
transformações? Para onde elas apontam? De que modo
elas alteram as formas de sociabilidade humana? O que
fazer diante destes novos fatos? (SELL, 2015,p. 18)
Sociologia Geral
 De que forma as forças sociais em luta podem se
posicionar diante destes fenômenos? A sociologia nasceu
da consciência da intensidade das mudanças em curso e
da necessidade de buscar respostas para as perguntas
acima. Em outros termos, a sociologia nasceu da
constatação de que a ordem social moderna
desorganizou as formas de convívio social, gerando
problemas novos que reclamavam interpretações e
soluções inovadoras (SELL, 2015,p. 18)
Sociologia Geral
Positivismo
 1º corrente teórica
 Define: Objeto, conceitos, metodologia de investigação
Cientificismo
 Substitui a teologia, filosofia e senso comum
 Explicação da realidade → vida social + vida natural
 Sociedade vista como organismo
Objetividade e Neutralidade
Sociologia Geral
 Autor: Isidore Auguste Marie Françóis Xavier Comte
Obras:
 Sistema de Política Positiva
 Curso de Filosofia Positiva
 Discurso sobre o espírito positivo
 Discurso preliminar sobre o conjunto
do positivismo
 Sistema de política positiva
Catecismo positivista: sumária exposição
da religião universal
 Síntese subjetiva ou sistema universal de concepções
próprias ao estado normal da humanidade
Sociologia Geral
 Autor: Isidore Auguste Marie Françóis Xavier Comte
 Positivismo e Sociologia
 Primeira denominação: Física social
Observações:
1º a aplicar o método cientifico no estudo da sociedade
Como enfrentar os problemas do mundo moderno?
Leis Fundamentais dos Fenômenos Sociais
Estudos matemáticos e científicos – tecnológicos
Como a sociologia era entendida por Comte?
Sociologia e Antropologia do Direito
Sociologia
August Comte refere-se ao estudo da sociedade como ciência social,
filosofia positivista e sociologia, termos estes que apontam a mesma
área de investigação, ou seja, os fenômenos sociais, a partir de um
corpo teórico que se identifica mais como
filosofia da história (IAMUNDO, 2014, p.38)
Propõe uma ciência natural da sociedade
Estágios do desenvolvimento da humanidade
TeleológicoMetafísico
Positivo
Sociologia Geral
A Sociologia deveria ser dividida em dois campos
Estática Social
Dinâmica Social
Obs: Problema da sociedade: Falta de harmonia
entre a dimensão ordem e o progresso
Raimundo Teixeira Mendes
Sociologia Geral
 A Sociologia é o estudo da vida social humana, grupos e
sociedades. É uma tarefa fascinante e constrangedora, na
medida em que o tema de estudo é o nosso próprio
comportamento enquanto seres sociais. A esfera de acção
do estudo sociológico é extremamente abrangente,
podendo ir da análise de encontros casuais entre
indivíduos que se cruzam na rua até à investigação de
processos sociais globais
Sociologia Geral
 A Sociologia mostra que é necessário adoptar uma
perspectiva mais abrangente do modo como somos e das
razões pelas quais agimos. Ensina-nos que o que
consideramos natural, inevitável, bom ou verdadeiro pode
não o ser, e que o que tomamos como «dado» nas nossas
vidas é fortemente influenciado por forças históricas e
sociais. Compreender as maneiras ao mesmo tempo subtis,
complexas e profundas, pelas quais as nossas vidas
individuais refletem os contextos da nossa experiência
social é essencial à perspectiva sociológica
Antropologia Geral
Antropologia Geral
 Expansão Mercantilista
 Estranhamento:
Culturas diferentes
Pensamento
Comportamentos
Grupo organizado sem o Estado
Religião
 Necessidade de compreensão → travar relações
 Missionários
Antropologia Geral
 Quem é o superior?
 Produção
Para subsistência
Exportação/dominação
 Relatos dos navegadores → primeiros estudos
 Investigação sistematizada →sec. XVIII e XIX
Antropologia Geral
Foi a partir do século XVII que investigações sistematizadas daqueles
relatos, no sentido de compreensão ou mesmo de explicação do que é o
homem ou mesmo a humanidade, começaram a ser realizadas. Agora,
não se trata mais de qualificação, mas, sim de estudar o homem como
objeto, em outras palavras, o homem passa da condição de sujeito que
conhece para a condição de objeto que deve ser conhecido.
Desse modo, o motivo que perpassa a literatura antropológica no século
XVIII ou mesmo no século XIX, como os séculos em que a Antropologia
tem seu início, deve-se efetivamente aos estudos realizados por
Montesquieu, Rousseau, Durkheim, Maus e Fraser, cujas obras se
direcionaram para a investigação, como se denominava então, das
sociedades primitivas de forma abrangente, isto é, na perspectiva da
organização social, política, econômica, das crenças religiosas, enfim,
como se estruturam e como ocorriam as dinâmicas cotidianas
Antropologia Geral
 Antropologia
Objeto de estudo:
Homem
OBS: Particularidades sub culturais na mesma configuração social
Cultura
Antropologia Geral
 Etimologia:
 Anthopos
 Logos
 Estudo:
 Estudo das sociedades primitivas
 Dinâmicas cotidianas
 Divisão
a) Antropologia Biológica/Física
b) Antropologia Física
 Antropologia social
Antropologia Geral
 Cultura: significados
 Uso popular (educação)
 Uso acadêmico (científico)
 Diferentes entendimentos acadêmicos
 Comportamento apreendido
 Ideias
 Objetos materiais X Imateriais
 Objetos materiais + imateriais
OBS: Cultura material e não material
 Mecanismos de controle
Antropologia Geral
 Aspectos:
 Processo contínuo
 Imutabilidade?
 Transmissão
 Instituições
 Uniformidade???
 Cultura e Estado → unidade
 Controle → coerção
Antropologia Geral
 Características da Cultura
A. Símbolo
 Construções mentais
 Abstração
 Percepção de mundo
 Compartilhamento social
 Construção histórico da cultura
 Significado para um grupo
 Identificação com o grupo social
 Linguagem
Antropologia Geral
 Características da Cultura
B. Transmissão
 Transmissão de geração em geração
 Papel das instituições
 Endoculturação
 Válidos para o contexto
 Complexidade
 “cultura, apesar de ser produção social, realiza-se no indivíduo”
(IAMUNDO, 2014,p. 170)
Antropologia Geral
 Conceito
 “cultura, apesar de ser produção social, realiza-se no indivíduo”
(IAMUNDO, 2014,p. 170)
 A cultura é entendida como as realizações humanas nos mais
variados campos: científico, artístico, tecnológico, usos e costumes,
que marcam a presença do homem. Presença esta caracterizada
por um processo que pode manter, mudas e transmitir os fatores de
determinado contexto sóciopolítico-econômico. Nesse sentido, a
cultura é entendida como a expressão tanto do material quanto
dos valores que permeiam as práticas culturais(IAMUNDO,
2014,p.192)
Antropologia Geral
 Características da Cultura
C. Transformação
 Imutabilidade??
 interações
D. Compartilhamento
 Padrão de comportamento
 “todos aqueles que vivem em determinada sociedade compreendem a
identificação com a língua adotada, as formas de celebração, os símbolos
utilizados, enfim, as diversas manifestações, tanto individuais quanto
coletivas” ( IAMUNDO, 2014, p. 171)
Antropologia Geral
 A Antropologia Cultural ou Social: Subdivisão
 Visa o conhecimento global do homem, abrangendo seu objeto em toda a
sua extensão histórica e geográfica;
A. Etnografia
 é geralmente denominada pesquisa ou trabalho de campo
 é o primeiro estágio da pesquisa antropológica.
 ocupa-se da descrição de culturas concretas
 a etnografia nasce com a proposta de inserir o pesquisador junto ao objeto 
de pesquisa, às vezes por meses ou anos
 Observação Participante; Diário de Campo
Antropologia Geral
A. Etnografia
 Etnografia é o trabalho de campo, como dissemos, o primeiro estágio da
pesquisa antropológica. Consistente na observação, descrição e análise
de grupos humanos considerados em suas particularidades
(frequentemente escolhidos entre aqueles que mais diferem dos grupos
ditos civilizados), visa à reconstituição, tão fiel quanto possível, da vida de
cada um deles. A etnografia engloba também os métodos e as técnicas
de classificação, descrição e análise dos fenômenos culturais particulares
(armas, instrumentos, crenças e instituições). No caso de objetos materiais,
essas operações prosseguem geralmente no museu, que pode ser
considerado, sob esse aspecto, como um prolongamento do campo. Esse
trabalho de campo é considerado a própria fonte da pesquisa. Em vista
disso, não se trata de conhecimento secundário apenas para ilustrar uma
tese. ( ASSIS e KUMPEl, 2011. p. 19)
Antropologia Geral
A. Etnologia
 é o prolongamento da etnografia, ou seja, é o segundo passo da pesquisa.
 seria a parte da interpretação dos dados colhidos com o método etnográfico -
produz conhecimento acerca das sociedades humanas, descrevendo seus
processos culturais.
 Ocupa-se do estudo da cultura e da investigação dos problemas teóricos que
brotam da análise dos costumes humanos
 O método etnográfico tem sido usado hoje, com a ausência de tribos
indígenas ainda não estudas, para estudar fenômenos urbanos,
preferencialmente as chamadas tribos urbanas
Antropologia Geral
A. Etnologia
 Etnologia é o segundo estágio da pesquisa. O etnólogo utiliza, de
modo comparativo, os documentos apresentados pelo etnógrafo e
elabora o primeiro passo em direção à síntese, a qual pode operar-se
em três direções: a) geográfica, quando procura integrar
conhecimentos relativos a grupos vizinhos; b) histórica, quando visa
reconstituir o passado de uma ou várias populações; c) sistemática,
quando isola, para melhor entender, determinado tipo de técnica, de
costume ou de instituição. A etnologia, portanto, compreende a
etnografia como seu passo preliminar, e constitui seu prolongamento. (ASSIS e KUMPEl, 2011. p. 19)
Antropologia Geral
 Claude Lévi-Strauss
 Para o antropólogo Claude Lévi-Strauss (1970:377) a etnografia
corresponde “aos primeiros estágios da pesquisa: observação e
descrição, trabalho de campo”. A etnologia, com relação à
etnografia, seria “um primeiro passo em direção à síntese” e a
antropologia “uma segunda e última etapa da síntese, tomando por
base as conclusões da etnografia e da etnologia”
Antropologia Geral
Cultura e Controle Social
 Praticas culturais
 Hábitos, crenças, valores éticos e morais, normas de conduta
 Poder de coerção
 Transmissão: Sociedade tradicional X Sociedade complexa
 Uniformidade das praticas culturais
Coesão Social → Controle Social
OBS: Observação Participante
Antropologia Geral
 Praticas culturais:
A.Tradições
 Reserva cultural de determinada sociedade
 “As tradições são aquelas práticas que, mesmo depois das transformações
culturais no cotidiano, são lembradas ou, melhor ainda, são colocadas no
armazém da sociedade”
 “As tradição oferecem a oportunidade do estudo e do entendimento não só
do passado, mas, também, da compreensão das modificações ou, mais
precisamente, do porque das mutações das práticas”
Antropologia Geral
 Praticas culturais:
A.Costumes
 São entendidos como as práticas culturais que, inicialmente, com usos, passam
a integrar o cotidiano dos indivíduos e integram as formas de controle do
comportamento coletivo. Assim é possível entender que os costumes não são
únicos, isto é, existem diversos costumes”
 “conjunto de regras que organizam a convivência social. As regras são
estabelecidas para ser obedecidas, mas o conjunto das regras não significa
que há uma interação entre todas as regras, pois, para cada situação
sociocultural, há regras específicas”
Sociologia e Antropologia 
Jurídica
Sociologia e Antropologia do Direito
Sociologia Jurídica
 A Sociologia do Direito ou Sociologia Jurídica designa um ramo da
Sociologia Geral que tem como objeto o estudo das relações concretas
estabelecidas entre o Direito e a Sociedade.
 Com efeito, a Sociologia do Direito enfoca dois problemas fundamentais:
de um lado, o problema da sociedade no direito, isto é, dos
comportamentos sociais conformes ou disformes em relação às normas da
considerada realidade jurídica efetiva, que pode funcionar como indicador
de um direito livre, latente, vivente ou em formação; de outro, o problema
do direito na sociedade, isto é, o da posição, função e objetivo do direito
na sociedade vista em seu conjunto (TREVES, 2004, p. 4)
Sociologia e Antropologia do Direito
Sociologia Jurídica
 Trata-se, portanto, a Sociologia Jurídica de um saber que busca investigar
a influência da sociedade na formação do direito, bem como o influxo do
fenômeno jurídico no campo das relações humanas em sociedade
 A Sociologia do Direito examina as causas (sociais) e os efeitos (sociais)
das normas jurídicas. O objeto de análise é a “realidade jurídica”, na
tentativa de responder a três questões fundamentais: por que se cria uma
norma ou um sistema jurídico inteiro? Quais são as consequências do
direito na vida social? Quais são as causas sociais da “decadência” do
direito, que se manifesta por meio do desuso e da abolição de certas
normas ou mesmo da extinção de determinado sistema jurídico? Destarte,
o jurista-sociólogo examina as relações entre o direito e a sociedade em
três momentos: produção, aplicação e decadência da norma (SABADELL,
2002, p. 57)
Sociologia e Antropologia do Direito
 o termo “sociologia do direito” indica o ramo da sociologia
que tem como objeto de estudo o direito. Trata-se de uma
leitura sociológica do sistema jurídico, feita preferencialmente
por sociólogos. Já os juristas que estudam as dimensões
sociológicas das normas jurídicas, fazem uma “sociologia
jurídica”, permanecendo dentro do sistema jurídico e
procurando contribuir para sua melhoria. Nada impede que
estas duas abordagens se desenvolvam em paralelo. O certo
é que a forma de analisar e os resultados da pesquisa são
diferentes em cada caso.
Sociologia e Antropologia do Direito
 Não há dúvidas de que a maioria dos autores usa os termos
“sociologia jurídica” e “sociologia do direito” como sinônimos
(Carbonnier,1979, p. 19; Treves, 1996, p. 5; Souto e Souto, 1997,
p. 38). Por este motivo, resulta muito difícil impor esta distinção
terminológica. Contudo, a leitura do sistema jurídico feita
pelos sociólogos é extremamente diferente daquela realizada
pelos juristas. Se o jurista pode pecar por um parco
conhecimento sociológico e por uma tendência a justificar o
sistema jurídico, o sociólogo muitas vezes desconhece
completamente o direito, que é justamente a matéria que ele
se propõe a analisar.’
Sociologia e Antropologia do Direito
Sociologia Jurídica
 A sociologia jurídica tem por objeto de estudo o fenômeno
moldado pela organização social e o ordenamento jurídico
tanto na origem quanto na efetiva aplicação da norma
jurídica e compreende três momentos:
1. O anterior ( fato social)
2. O próprio Direito ( fenômeno jurídico)
3. O Consequente ( repercussão social das ações jurídicas) 
(IAMUNDO, 2014,p.56)
Sociologia e Antropologia do Direito
Sociologia Jurídica
• O que antecede e o que sucede ao fato jurídico são estudados 
pela sociologia jurídica
• O fato jurídico é estudado pelo direito (IAMUNDO, 2014,p.56)
Sociologia e Antropologia do Direito
Sociologia Direito
 Para a melhor compreensão do significado do objeto da
sociologia do direito, é oportuno fazer uma abordagem do
Direito, segundo Weber, particularmente na esfera da criação
e da aplicação do Direito. Tal estudo apresenta o sentido da
gênese da norma jurídica a partir da realidade social e da
sustentação legítima da efetiva aplicação da imposição legal.
Tal estudo apresenta o sentido da gênese da norma jurídica a
partir da realidade social e da sustentação legítima da efetiva
aplicação da imposição legal (IAMUNDO, 2014,p.56)
Sociologia e Antropologia do Direito
Sociologia Direito
 O objeto de estudo da sociologia do direito: o controle social
da racionalidade da norma jurídica(IAMUNDO, 2014,p.59)
Sociologia e Antropologia do Direito
Sociologia Jurídica
 Alguns problemas surgidos na pré-história da antropologia e seus
desdobramentos na sociedade contemporânea demonstram que o
estudo do direito não pode restringir-se apenas ao aspecto
dogmático, que implica meras sistematizações e classificações de
normas jurídicas emanadas do Estado. O mundo jurídico é mais
articulado e complexo do que aparece nesse tipo de estudo. A
ciência do direito, como diz Tercio Sampaio Ferraz Jr. (1995: 92),
envolve sempre um problema de decisão de conflitos sociais, motivo
pelo qual tem por objeto central o próprio ser humano que, por seu
comportamento, entra em conflito e cria normas para decidi-lo. O ser
humano é, pois, o centro articulador não apenas do pensamento
antropológico, mas também do pensamento jurídico (
Sociologia e Antropologia do Direito
Sociologia Jurídica
 Para Norbert Rouland (2003: 405), a antropologia jurídica demonstra
sua utilidade quando permite descobrir (e entender) o direito que se
encontra encoberto pelos códigos. Essa utilidade também se
evidencia quando prepara e alerta a sociedade para aceitar as
evoluções jurídicas que estão em curso e que apontam para um
direito mais maleável, punições flexíveis, transações ou mediações em
vez de julgamentos, regras que mais formam modelos do que
prescrevem ordens. Tudo isso, segundo ele, pode ser aceito mais
naturalmente quando as pessoas tomam conhecimento de que há
muito tempo ou que em algumas sociedades, homens e mulheres, aos
quais chamamos primitivos,já reconheceram esses procedimentos, ou
os empregam ainda.
Sociologia e Antropologia do Direito
Sociologia Jurídica
 Para Norbert Rouland (2003: 405), a antropologia jurídica demonstra
sua utilidade quando permite descobrir (e entender) o direito que se
encontra encoberto pelos códigos. Essa utilidade também se
evidencia quando prepara e alerta a sociedade para aceitar as
evoluções jurídicas que estão em curso e que apontam para um
direito mais maleável, punições flexíveis, transações ou mediações em
vez de julgamentos, regras que mais formam modelos do que
prescrevem ordens. Tudo isso, segundo ele, pode ser aceito mais
naturalmente quando as pessoas tomam conhecimento de que há
muito tempo ou que em algumas sociedades, homens e mulheres, aos
quais chamamos primitivos, já reconheceram esses procedimentos, ou
os empregam ainda.
Sociologia e Antropologia do Direito
Sociologia Jurídica
 De modo geral, a sociologia jurídica sempre se preocupou com o
estudo do direito das sociedades complexas, sociedades
metropolitanas e industriais, enquanto a antropologia jurídica
investigava o direito das sociedades simples ou primitivas. A partir da
década de 1960, contudo, houve, conforme observa Boaventura de
Sousa Santos (1988), uma subversão dessa divisão de trabalho, de
modo que a antropologia do direito também passou a se interessar
pelo estudo das sociedades complexas ou metropolitanas. Deu-se
assim origem a um sincretismo teórico e metodológico, ainda hoje em
processo de evolução. Foi nesse contexto científico que o
conhecimento antropológico saiu do seu “gueto primitivo”.
Sociologia e Antropologia do Direito
Sociologia Jurídica
 Essa nova orientação da antropologia jurídica tem auxiliado a corrigir
o desvirtuamento teórico que consistiu em suprimir dos estudos
acadêmicos a produção jurídica não estatal. Nessa trilha, a
antropologia jurídica tem colocado em evidência o fenômeno
conhecido como pluralismo jurídico ( ASSIS e KUMPEL, 2011. p.50)

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