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TECNICA DIETETICA 1 INTRODUÇÃO: TIPOS DE ALIMENTOS Alimento convencional: produzido pelo método convencional utilizando o solo. Alimento orgânico: Produto isento de fertilizantes químicos e agrotóxicos. Devem apresentar um “selo verde”, garantindo a qualidade do produto e ausência de produtos tóxicos. Alimento hidropônico: é aquele produzido em ambiente protegido (estufas) sem o uso de solo e com o uso de adubos químicos de fácil solubilidade em água. Produto isento de contaminantes e crescem mais saudáveis. Alimento funcional: todo alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, produz efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para o consumo sem supervisão médica. Alimentos Diet: São alimentos que atende às necessidades dietoterápicas especiais de pessoas com exigências físicas, metabólicas, fisiológicas e/ou patológicas particulares. São geralmente utilizados em dietas de restrição, devendo ter a total ausência de um determinado ingrediente. Alimentos Light: São alimentos com redução mínima de 25% de qualquer de seus atributos: calorias, açúcar, sal, gordura, carboidrato e colesterol. Alimento enriquecido: enriquecer/fortificar é adicionar um ou mais nutrientes essenciais contidos naturalmente ou não no alimento, com o objetivo de reforçar o seu valor nutritivo e/ou prevenir ou corrigir deficiências demonstradas em um ou mais nutrientes na alimentação da população ou em grupos específicos Objetivos Nutricionais: preservar os nutrientes e promover a saúde. Aplicação de conhecimentos científicos, exatos, seguros e econômicos no preparo dos alimentos, com o intuito de preservar os nutrientes; Nem todo nutriente presente no alimento é absorvido pelo nosso organismo Higiênicos: para que o alimento seja adquirido de fonte segura de produção e apresentem boas condições higiênicas, deve-se ter cuidado ao escolhê-lo. Cabe as autoridades sanitárias (vigilância sanitária) fiscalizar os alimentos para o consumo, pois podem ser veículos de germes patogênicos ou de substancias tóxicas. Digestivos: cada alimento representa uma fonte de nutrientes. Alguns podem ser consumidos ao natural, crus, dada sua estrutura, estado físico e composição química (como o leite, por exemplo) Sensoriais: nutrição é uma ciência e também uma arte. Cada alimento possui características organolépticas próprias em relação a cor, sabor, aspecto, aroma, consistência, etc. muitos recursos são utilizados para tornar os alimentos mais aceitáveis. Econômicos: é, em técnica dietética, o emprego correto do dinheiro, energia e tempo. O objetivo principal é diminuir custos e perdas. O custo do alimento é o quanto ele representa depois de pronto, incluindo gastos de preparação e considerando-se o resultado obtido. Tipos de alimentos Alimento convencional: produzido pelo método convencional utilizando o solo. Alimento orgânico: Produto isento de fertilizantes químicos e agrotóxicos. Devem apresentar um “selo verde”, garantindo a qualidade do produto e ausência de produtos tóxicos. Alimento hidropônico: é aquele produzido em ambiente protegido (estufas) sem o uso de solo e com o uso de adubos químicos de fácil solubilidade em água. Produto isento de contaminantes e crescem mais saudáveis. Alimento funcional: todo alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, produz efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para o consumo sem supervisão médica. Alimentos Diet: São alimentos que atende às necessidades dietoterápicas especiais de pessoas com exigências físicas, metabólicas, fisiológicas e/ou patológicas particulares. São geralmente utilizados em dietas de restrição, devendo ter a total ausência de um determinado ingrediente. Alimentos Light: São alimentos com redução mínima de 25% de qualquer de seus atributos: calorias, açúcar, sal, gordura, carboidrato e colesterol. Alimento enriquecido: enriquecer/fortificar é adicionar um ou mais nutrientes essenciais contidos naturalmente ou não no alimento, com o objetivo de reforçar o seu valor nutritivo e/ou prevenir ou corrigir deficiências demonstradas em um ou mais nutrientes na alimentação da população ou em grupos específicos. Características dos alimentos Para poder apreciar as modificações operadas nos alimentos, é necessário conhecer suas características próprias e os fatores que as alteram. Características físicas: aspecto, cor, cheiro, sabor e estrutura; Estado físico dos alimentos: emulsão, solução, suspensão, sólidos, líquidos...; Características biológicas: propriedades de modificar-se por ação de fermentos, enzimas ou bactérias, adquirindo novas características de sabor, digestibilidade e valor nutritivo; Composição química dos alimentos: os nutrientes que integram os alimentos Características físico-químicas: solubilidade, termolabilidade, termoestabilidade, propriedades especiais de embebição ou hidratação, gelatinização, coagulação, hidrolise por ação da cocção, enzimas ou bactérias, poder edulcorante dos açúcares... Fatores que modificam os alimentos Físicos: subdivisão, dissolução, união e temperatura; Químicos: cocção e ação de ácidos e álcalis, reações e combinação químicas; Biológicos: fermentos, bactérias e fungos. Tipos de operações de pré-preparo Subdivisão simples: Em que cada fragmento contém os componentes de todo, ou seja, é uma operação mecânica simples, que não altera a composição do alimento em principio, porém o expõe a perdas por oxidação de vitaminas oxidáveis. Subdivisão com separação de partes: São operações, às vezes complexas, efetuadas com auxílio de equipamentos ou por métodos caseiros. Apesar de serem operações mecânicas, separam determinadas partes dos alimentos, o que influi na sua constituição e valor nutritivo. São operações com separação de partes: - Separação de dois líquidos: decantar, centrifugar, destilar; -Separação de dois sólidos: descascar, tamisar (passar pela peneira) - Separação de um sólido e um liquido: espremer, coar, filtrar... Operações para união dos alimentos: Na união, o processo tem por finalidade integrar vários elementos para a formação de um só corpo: Misturar: operação que exige pouco esforço e tempo, para ingredientes facilmente miscíveis. Ex: leite e água. Bater: quando se deseja reunir substâncias dificilmente miscíveis emprega-se movimento rápido e energético. Ex: juntar manteiga e açúcar. Amassar, sovar: utiliza-se processos de estiramento, fricções, compressões. Ex: pão. O fator de correção não é uma constante: para cada alimento, sofre variações FC: PB PL FC>1 – indica que o alimento ganhou peso ao longo da preparação FC<1 – indica que o alimente perdeu peso ao longo da preparação FATOR DE RENDIMENDO FR: P.COZIDO P. CRU LEITE A composição do leite é diferente para cada raça e varia também de acordo com a alimentação do animal, da estação do ano, e da época de lactação. Composição do leite de vaca: proteínas de 3 a 4 g, lipídios de 3 a 6 g, glicídios de 4,6 a 5g, minerais de 0,7 a 0,75g vitamina A de 97 a 785 UI, vitamina C de 0,5 a 6,6 mg, e assim por diante. Modificações do leite pelo processamento Método caseiro: é a fervura por 3 minutos, o que modifica o teor de vitamina C e o sabor do leite. Quanto maior tempo de ebulição, evapora-se a água, separa-se a nata, concentram-se seus componentes e o leite apresenta características diferentes do leite cru em sabor e digestibilidade, sem no entanto estar prejudicado no seu valor nutricional, exceto quanto a vitamina C, tiamina e se desprezara nata, pelos elementos nutritivos que contém. Pasteurização: envolve o tratamento por calor suficiente para destruir microrganismos patogênicos, com resfriamento instantâneo. Com relação ao tempo X temperatura, existem dois tipos de pasteurização: lenta (62/63°C por 3 minutos) e rápida (72° C por 15 segundos – HTST – high temperature short time). Este tipo de processamento inativa as enzimas que causam o desenvolvimento de odores desagradáveis. Classificação do leite pasteurizado: Tipo A = 500 UFC/ml e ausência de coliformes em 1 ml. Tipo B = 40.000 UFC/ml r tolerância de coliformes em 0,5 ml. Tipo C = 150.000 UFC/ml e tolerância de coliformes em 0,2 ml. Esterilização: leite longa vida. O leite de ótima qualidade, homogeneizado, é submetido a temperatura ultra-elevada (UHT- ultra high temperature)- 135 a 150° C durante 2 a 4 segundos. Este processo produz menor alteração na constituição química do leite. A albumina não coagula, os minerais não precipitam e a perda de vitaminas é mínima. Leite industrializado Leite evaporado: consiste na evaporação de 50% da água do leite, no vácuo, a temperatura de 54 a 60°C, para evitar que se coagulem as proteínas. A temperatura final tem duplicada a concentração de elementos nutritivos porque reduz à metade do seu tamanho inicial. Leite homogeneizado: leite submetido a um processo mecânico de subdivisão dos corpúsculos de gordura. A mistura dos elementos do leite torna-se muito estável e a nata não se separa quando o mesmo fica em repouso. Leite longa vida e aromatizado. Leite desengordurado: leite do qual foi retirada a gordura. Muito empregado em dietas de emagrecimento por ser ótima fonte de proteína, cálcio, vitamina B1 e principalmente B2. Leite condensado: corresponde ao leite submetido a evaporação até 1/3 do volume inicial e adicionado de 40% de açúcar. Para reconstituí-lo basta acrescentar-lhe 2 vezes seu volume de água: terá então a composição do leite fresco com 13% de açúcar. Leite em pó: é obtido pela retirada total da água por processos industriais (câmara de vácuo, processos de cilindros aquecidos e, mais, modernamente, pulverização do leite e secagem numa corrente de ar quente (spray)). Na reconstituição exige-se 14 g de leite me pó, para se obter 100 ml de leite. Leite acidificado ou fermentado: a coagulação espontânea do leite com a adcidez pH 4,8 produz a coalhada comum. Obtém mais rapidamente a coagulação do leite acrescentado-se fermento lático ao leite morno. Produz-se fermentações especiais pelo acréscimo de floras fermentativas especiais típicas. OVOS O ovo é um corpo unicelular, formado no ovário ou oviduto. Compõe-se de protoplasma, vesículas germinativas e envoltórios. Classificação internacional de ovos Pelo peso: - Especial = mais que 60g - Classe A = 55 a 60g - Classe B = 48 a 55g - Comum = 35 - 48g Pela idade: - Ovos do dia = até 14 dias - Ovos frescos = até 4 semanas - Ovos de cozinha = mais que 4 semanas Estrutura do ovo Casca externa: formada de carbonato de cálcio. Contém pequenos poros para trocas gasosas. Estes poros são cobertos com uma cutícula coberta de cera para proteção contra a perda de água e entrada de microorganismos. Clara do ovo: é uma mistura de proteínas, mais espessa em volta da gema para ancorá-la no lugar. Contém lisozima para proteger contra o ataque microbiano. Possui efeito antinutricional que é perdido com a cocção. Gema do ovo: rica em nutrientes como fosfoproteínas e lipoproteínas. A cor da gema deve-se a um pigmento chamado xantofila. O ovo fresco possui a clara espessa, gema redonda e fixa ao centro do mesmo, membranas interna e externa aderidas à casca. Seleção e cuidados dos ovos É importante verificar a qualidade dos ovos., ou seja, as características de ovos frescos: casca: inteira, limpa, textura lisa e regular, fosca; (quando velhos ou lavados a casca é lustrosa) clara: densa, bem aderida a gema, gema: abaulada, centralizada, câmara de ar: pequena. Para o ovo de galinha existe uma classificação comercial: Especial: peso mínimo de 48g, câmara de ar fixa de 6ml de altura; casca forte, sem deformação homogênea, íntegra e limpa; gema translúcida, firme e consistente, limpa, sem manchas ou turvações. Sensação de densidade ao sacudir o ovo. Comum: peso mínimo de 35 g, camada de ar até 10ml de altura, as mesmas qualidades anteriores, relativamente bem mantidas. Fabrico: os que não se enquadram nas características anteriores, mas ainda estão em boas condições para uso na confeitaria e estabelecimentos similares, como ovos partidos e trincados. Propriedades dos ovos e ação do calor Coagulação: todas as proteínas do ovo são solúveis em solução salina e se coagulam: a clara a 60° C e a gema a 65° C, atingindo o máximo de retenção de água a 70°C, ou seja, perdem a solubilidade e passam de líquido a sólido. Emulsificação: estabilização de sistema água-óleo, por meio de fosfolipídios e lipoproteínas (tanto na clara como na gema). Utilizada no preparo de maionese. Formação de espuma: sistema em que bolhas de ar são rodeadas por proteínas e água: a viscosidade da albumina permite a retenção de ar, o que acontece na clara batida usada para merengues, bolos, suflês, etc. Preparação com ovos 3 minutos.........................................1/3 da clara 4 minutos.........................................2/3 da clara 5 minutos.........................................toda a clara 6 minutos........................................1/3 da gema 7 minutos........................................2/3 da gema 8 minutos........................................toda a gema 10 minutos................................ovo cozido duro CARNES Estrutura da carne (Bovina Suina): Um corte de carne apresenta: Tecido muscular: o tamanho dos feixes musculares e a quantidade de tecido que os mantêm ligados é que determinam a textura. Tecido conjuntivo: formado pelas proteínas, colágeno e elastina. Embora o colágeno endureça a carne, se transforma em gelatina quando cozido em calor úmido. A elastina não é amaciada pelo calor, a maneira de amaciar é moendo ou picando. Tecido adiposo: carnes com partículas de gorduras são mais saborosas e macias, pois durante a cocção ocorre liquefação da gordura entre o tecido muscular impedindo o ressecamento. Ossos e cartilagens: a cartilagem é uma variedade de tecido conjuntivo de cor cinzenta ou banca que forma as extremidades dos ossos, forma certas partes do esqueleto do animal e constitui (transitoriamente) grande parte esqueleto do animal novo. A cor vermelha da carne é devido as hemoproteínas: hemoglobina encontrada no sangue e mioglobina no músculo. A hemoglobina durante a cocção se transforma inicialmente em oximioglobina (carne mal passada) e a medida que a cocção continua se transforma em metamioglobina de cor vermelho escuro ou marrom. Carnes coccionadas em calor úmido apresentam formação de espuma devido a desnaturação da proteína miosina. CEREAIS São definidos como cereais, as gramíneas e outras espécies de plantas, como trigo, cevada, milho, soja, aveia, centeio, sorgo, triticale (forma híbrida, do cruzamento de trigo com centeio), arroz, etc, cujas sementes dão em espigas. Os cereais contêm uma camada de envoltório. A semente propriamente dita também é constituída de seus envoltórios e do embrião. Farinhas: Moído o grão obtém-se a farinha. Variam entre si as farinhas segundo o grau de extração e de subdivisão. A farinha integral é obtida da trituração do grão limpo, mantendo-se tudo como produto único. Já a farinhabranca, de 100 gramas de grãos, separadas as partes de envoltórios, é de apenas 30 a 60g. Quanto mais refinada a farinha, menos rendimento dá o grão e mais destituída está dos minerais e vitaminas que o acompanham. Dependendo do grau de subdivisão dos grânulos, as farinhas podem ser finas ou grossas. A fubarina, o fubá e a canjiquinha de milho representam diferentes graus de subdivisão do milho. A semolina e a sêmola, que são ricas em glúten, são mais adequadas para utilização no fabrico de macarrão e massas. Cereais mais usados Arroz: de origem asiática. É o alimento básico de mais de 50% da população mundial. Conforme o tipo de beneficiamento, determinam os subgrupos: - polido ou branco: mais pobre em nutrientes (sem germe e casca). Mais fácil armazenamento. -parboilizado: passa por um processo que retém parte dos nutrientes antes de ir para secagem. -integral: contém mais nutriente, é mais escuro e é mais sujeito a rancificação. Milho: alguns derivados do milho são: fubá, canjica, canjiquinha, pipoca, farinha, xarope, óleo, cereais prontos para comer. No comercio, o fubá é geralmente fabricado desprovido do germe (rancificação). Aveia: empregada principalmente na manufatura de flocos. Quase todo o germe é retido e por isso esse cereal tem mais gordura que os demais. São muito usados em mingaus e sopas, mas também em biscoitos. Trigo: É um dos cereais mais consumidos no mundo. É rico em glúten, que tem propriedades elásticas. A farinha de trigo é utilizada no preparo de bolos, tortas, quibe, massas... Modificações em decorrência da cocção Quando o amido é colocado na água não se dissolve, mas agitando-se as partículas elas se dispersam no solvente. As pequenas partículas de grão de amido têm na sua superfície uma envoltura, que quando aquecida à água (calor úmido), torna-se permeável e, o amido absorve água inchando lentamente, até atingir até 3 vezes seu tamanho. Este fenômeno é chamado de gelatinização. A gelatinização inicia-se quando a solução atinge 60°C de aquecimento e torna-se menos fluida; a 70°C o liquido já é viscoso e a 85 ° C já obtém um corpo sólido gelatinosos, tendo desaparecido a água e a 95° C atinge o grau máximo de gelatinização. Já a aplicação do calor no amido produz outras alterações no mesmo. Quando é atingida a temperatura de cerca de 160°C, ele toma uma cor dourada e perde sua faculdade de engrossar (quimicamente, diz- se que está transformado em dextrina). O efeito da dextrinização do amido se observa na crosta formada na camada de pães, bolos e tortas. LEGUMINOSAS Todos os grãos produzidos em vagens são conhecidos como leguminosas. Como exemplo pode-se citar: feijões (preto, mulatinho, manteiga, carioca), grão-de- bico, ervilha, soja, lentilha, fava, amendoim. Cocção de leguminosas Pré-preparo: quando ainda verdes as vagens são tratadas retirando-se a fibra endurecida que se encontra ao longo dos bordos; inteira ou subdividida no formato desejado. Cocção: as vagens verdes devem ser cozidas em água e sal durante 20 minutos, ou menos se cortada bem fininha. A ervilha também pode ser cozida na propria vagem, refogada ou servida com manteiga. Tempo de cocção: o tempo de cocção varia com a temperatura, forma de cocção e com o tipo de grão usado. O feijão-manteiga cozinha mais facilmente que o grão de bico. O tempo de cocção será encurtado grandemente se for usado o método de cocção por pressão, em lugar de ebulição simples. Neste ultimo será de 2 a 3 horas, enquanto que sob pressão pode ser de 15 a 20 minutos. O tempo e a temperatura de cocção das leguminosas secas variam também em diferentes altitudes. Quanto mais alto o lugar, mais demora a cocção. Quantidade de água: a quantidade de água necessária para intumescer o grão varia para diferentes tipos de leguminosas Tipo de calor: as leguminosas não são submetidas ao calor seco dada a sua natureza, exceto o amendoim, que tem mais gordura e menos amido que as leguminosas em geral. É rico em proteína e vitaminas do complexo B. Soja: É uma leguminosa rica em nutrientes, deve ser adicionada nas dietas com discernimento. É uma excelente fonte de proteína de baixo custo. Propriedades Nutricionais da Soja - Antioxidante; - Reduz o risco de doenças cardiovasculares; - Aumenta HDL e Reduz as taxas de LDL; - Equilibra a quantidade de hormônio estrógeno no organismo (fitoestrógenos); - Apresenta alguns fatores antinutricionais e alergênicos; - Devemos desnaturá-los pelo tratamento térmico; - Rica em isoflavona. Produtos derivados da soja - Óleo de soja; - Farelo de soja = alimento para animal; - Farinha de soja = indústria alimentícia (pão, biscoito, macarrão); - Proteína texturizada de soja = utilizada no preparo de produtos cárneos, grão de soja processado para ficar em formato de carne moída e picada; - Fibra de soja; - Extrato protéico de soja (leite de soja); - Queijo de soja (tofu); - Molho shoyu (fermentação da soja). FRUTAS Amadurecimento das frutas As frutas colhidas maduras são mais ricas em vitamina C, e a medida que se prolonga a conservação inadequada vão perdendo a concentração desta vitamina, podendo a perda atingir 50% do valor inicial. Bananas do mesmo cacho, umas verdes e outras maduras, podem apresentar uma diferença na concentração. Preparo (cocção) O ideal é que as frutas sejam consumidas ao natural, maduras e cruas. Fruta assada: banana, maça, fruta-pão e marmelo. Pode-se abrir um orifício por cima da fruta, para colocar geléia, mel ou açúcar, ou adicionar um edulcorante não calórico. Compota de fruta: descascar e cortar a fruta no formato desejado colocá-la em calda rala ou em solução de edulcorante não calórico. Deixá-la cozinhar para abrandar apenas, sem desmanchar. Doces em massas: tipo bananada, marmelada- cozinhar as frutas partidas com casca, até que amoleçam. Passá-las pela peneira e acrescentar igual quantidade, em peso, de açúcar. Cozinhar, mexendo sempre com colher, apurando até o ponto desejado. Geléia de fruta: são mais indicadas as frutas ricas em pectina, e que tenham certo grau de acidez, como marmelo, uva, maça, morango, figo, goiaba, laranja. Deve-se cozinhar a fruta com 1/3 de seu volume de água. Coar o caldo ralo e acrescentar 60% de açúcar e um pouco de limão se a fruta não for suficientemente acida. Cozinhar até o ponto, o que se verifica pingando a preparação em água fria ou solução de álcool. Quando está no ponto, toma-se um aspecto gelatinoso. Fruta seca: a secagem da fruta para fazer passas produz grande concentração das substancias termoestáveis, glicídios, celulose e minerais, porque evapora-se a água. Ameixa seca, passa de uva, figos e abricó são ricos em ferro, sendo indicado nas anemias. Pelo seu teor de celulose estimulam o peristaltismo intestinal, principalmente a ameixa seca, que contém uma substancia estimulante. Frutas oleaginosas descascadas: são servidas inteiras, torradas ou não, ou subdivididas, para serem acrescentadas a pudins, bolos, biscoitos, balas, torrões, etc. tem alto valor nutritivo, porém são de difícil digestão e devem ser consumidas com moderação. HORTALIÇAS Hortaliças são vegetais geralmente cultivados na horta. De forma genérica compreendem as partes comestíveis das plantas. São vulgarmente conhecidas como verduras e legumes. Classificação pela parte botânica Folhas: acelga, agrião. Aipo, alface, almeirão, bertalha, couve, espinafre, mostarda, repolho, salsa, serralha, etc. São ricas em ferro, cálcio, pró- vitamina A, celulose e contém quotas variáveis de outras vitaminas e minerais, sendo pobres em calorias-média de 20 Kcal por 100gr. Tubérculos e raízes: beterraba, cenoura, nabo, rabanete, aipim, batata, cará e inhame; caracterizam-se as primeiras, por um teor apreciável de caroteno e ferro, contendo cerca de 40Kcal por cento, enquanto os tubérculos têm maior concentração de amido, com 80 a mais calorias por 100g. Bulbos: alho-poró, alho comum, cebola, etc., contêm vitamina C e cistina (em substância volátil), que lhes confere o odor característico, sendo usados especialmente como condimentos. São pobres em calorias. Flores: alcachofra, brócolis, couve-flor, flor de abóbora. Pouco tem em comum além do reduzido teor calórico (20 Kcal por cento). Frutos: abóbora, berinjela, chuchu, jiló, moranga, pepino, pimentão, pimenta, quiabo e tomate. Caule: aipo, aspargo, e ruibarbo. São todos pobres em calorias. Classificação quanto ao teor de glicídios - Grupo A: contendo cerca de 5% de glicídios: abobrinha, acelga, agrião, aipo, alcachofra, alface, alfafa, almeirão, aspargo, berinjela, brócolis, broto de bambu, cebolinha, couve, couve-flor, espinafre, folhas (de abóbora, batata, beterraba....), jiló, ora-pro-nobis, palmito, pepino, pimentão, rabanete, repolho, serralha, salsa, taioba, tomate, etc.... - Grupo B: contendo cerca de 10% de glicídios: abóbora, beterraba, cenoura, chuchu, nabo, quiabo, repolho-de-bruxela, vagem, etc. - Grupo C: contendo cerca de 20% de glicídios: aipim, batata-baroa, batata doce, cará, cogumelo, inhame, mandioca, milho verde. GORDURAS Toicinho e gordura de carne: encontram-se retidos em redes tissulares, donde separam- se quando submetidos ao calor (pela fusão ou distribuição dos tecidos que os envolve) Óleos e azeite de oliva: estão livres de estrutura celular, são líquidos à temperatura ambiente, dada a natureza dos ácidos graxos. Podem ser aquecidos em temperaturas mais altas e são de mais fácil digestão que as gorduras retidas em rede tissular. Creme de leite e gordura da gema do ovo: encontram-se em forma emulsionada, que é de mais fácil digestão, podendo ser introduzidas diretamente em dietas especiais até no jejuno. Manteiga: resulta do batido do creme de leite, apresenta estrutura de rede de gordura que retém partículas de caseína e lactose. È também de fácil digestão, porém decompõe-se facilmente quando submetida a temperatura acima de 120°C. Margarina: é uma mistura de gorduras, principalmente de origem vegetal (dependente da fabricação). A margarina deve ser enriquecida de vitamina A e D e de substâncias que tornam sua cor e sabor semelhante ao da manteiga. Do ponto de vista da técnica dietética., obtém-se resultados satisfatórios com o uso da margarina, menos no sabor. Para fabricar margarina, adicionam-se átomos de hidrogênio às moléculas de gordura para que fiquem mais saturadas, elevando o ponto de fusão para que o óleo permaneça sólido à temperatura ambiente. Este processo, chamado "hidrogenação", exige a presença de um catalisador metálico (níquel ou alumínio) e temperaturas em torno de 260ºC para que a reação aconteça. Assim, cerca de metade das ligações "cis" transformam-se em ligações "trans". Lecitina: é um composto orgânico rico em fósforo (fosfolipídico), obtida comercialmente da soja e da gema de ovo. Tem aplicação como agente estabilizante e emulsionante em produtos. Decomposição das gorduras Oxidação: ocorre nas gorduras não saturadas quando expostas a fatores como luz, calor, umidade e metais (Fe, Cu). Quanto maior o grau de insaturação, maior a susceptibilidade para ocorrer à oxidação. Hidrólise: ocorre às custas de enzimas bacterianas que agem sobre os triglicérides que contenham ácidos graxos de cadeia curta, como por exemplo na manteiga. O calor é catalisador e resulta na liberação de AG livres e glicerol. O alimento armazenado também pode sofrer ação da lipase presente nele próprio ou de bactérias e fungos. Por isso a manteiga torna-se rançosa quando armazenada em locais quentes. O odor de ranço da manteiga: ácido butírico (liberado- volátil). Ação da temperatura Ponto de fusão: é a temperatura em que os sólidos graxos se transformam em líquidos. A digestibilidade da gordura depende do seu ponto de fusão, sendo que quanto maior o ponto de fusão, menor a digestibilidade. Vale ressaltar que o PF decresce com aumento das duplas ligações Ponto de fumaça: é medido pela temperatura que determina o início da liberação dos produtos de hidrólise dos glicerídeos e desidratação do glicerol. Com a desidratação do glicerol, forma-se a acroleína, uma substância irritante para olhos e nariz. É influenciado pelo número de Ácidos Graxos que a gordura possui. Cada vez que uma gordura é utilizada (óleo para fazer fritura), são liberados AGs, e menor fica o ponto de fumaça (ou seja, mais cedo serão liberadas as substâncias prejudiciais). Aplicação das gorduras no preparo dos alimentos e suas funções Temperos: fixam e ressaltam o sabor Amaciamento de massas e misturas de farinha de trigo: - Interfere na formação do glúten - Sólidas são melhores (incorporam- se facilmente quando são batidas- mais leves) Frituras: óleos vegetais não contém colesterol (ponto de fumaça de 240 a 320 °C e a manteiga e margarina (ponto de fumaça de 180°C) Cocção seca: servem de meio de cocção por calor seco- concentrando os alimentos Preparo de alimentos em emulsão: - Emulsão de óleo em água: leite, maionese, sorvete; - Emulsão de água em óleo: manteiga e margarina; - Emulsificante: substancia que tem afinidade por ambos os líquidos e dá estabilidade Para untar utensílios: facilitando a retirada dos alimentos Lubrificar alimentos evitando que ressequem: antes de colocar o pão para crescer; Temperaturas e métodos de cocção Dourar: para dourar alimentos previamente cozidos (croquetes e bolinhos), deve permanecer o mínimo de tempo (para não embebedar) em uma gordura aquecida a temperatura de 190 a 198°C. Corar: quando se deseja corar apenas a superfície do alimento, utiliza-se pequena quantidade de gordura aquecida a 130 ou 150°C, e passa-se rapidamente o alimento já cozido. Fritar: a fritura propriamente dita é quando se tem de cozinhar o alimento ainda cru na gordura, utilizando-se maior quantidade do meio de cocção 9firtura em imersão) e temperatura mais elevada (180, 200 ou +).
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