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Atividade de dietetica

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Estudo dirigido técnica dietética
1) Explique os objetivos da técnica dietética.
Conhecer as diferentes tecnicas que se aplicam ao preparo dos alimentos, garantir condições higienico-sanitarias, atender aos aspectos sensoriais e economicos; e preservar o valor nutricional dos alimentos.
2) O que é pré-preparo e preparo? De exemplos. Por que nós preparamos os alimentos?
O pré-preparo é a etapa inicial pelo qual os alimentos passam antes de serem consumidos, essa etapa consiste em de limpeza, divisão ou mistura, para serem consumidos crus ou submetidos à cocção. O preparo compreende as operações fundamentais, por meio de energia mecânica (divisão ou união), energia térmica (calor ou frio), ou pela associação de ambas. Durante o preparo frequentemente utiliza-se a cocção, que tem como objetivo garantir o consumo de determinados alimentos que não poderiam ser consumidos in natura, como o arroz, o feijão; facilitar a digestão dos alimentos; melhorar o sabor dos alimentos e; proporcionar a garantia dos aspectos organolépticos para uma melhor apresentação do alimento. 
3) Podemos quantificar os alimentos em medidas caseiras ou por peso/volume. Quais as vantagens e desvantagens de cada uma das técnicas?
Vantagens:
Medidas caseiras: disponibilidade, hábito de usar, mais barato, mais rapido, mais fácil, facilidade na orientação.
Por peso/volume: garantir produto final igual, duplicação, controle de custo, qualidade e quantidade.
Desvantagens:
Medidas caseiras: Produto final diferente, dificil de reproduzir, falta de controle de qualidade, falta de controle de quantidade, falta de controle de custo.
Por peso/volume: custo, nem todos individuos sabem usar e nem sempre tem esse habito, mais demorado.
4) Definição de peso bruto, peso liquido, per capita, porção, fator de correção, índice de cocção, índice de reidratação, rendimento.
Peso Bruto - é o peso do alimento tal como se compra, antes deste ser submetidos às operações preliminares para sua preparação.
Peso Líquido - peso do alimento que é efetivamente ingerido para ser utilizado pelo organismo
Per capita – quanto de alimento uma pessoa consome ou quanto é necessário para elaborar uma preparação para uma pessoa.  Per capita limpo = (PL) ou peso líquido: Só as partes comestíveis dos alimentos; Per capita bruto = (PB) ou peso bruto: Alimento na forma como adquirimos.
Porção - é a quantidade média do alimento que deveria ser consumida por uma pessoa. 
Fator de correlação - Identifica as partes dos alimentos que são retiradas no pré-preparo. O FC identifica as perdas, existe valores médios cpara cada alimento, mas vários valores podem interferir neste índice como: tipo de preparação, pessoa responsável pelo preparo de alimento, utilização de equipamentos durante o pré-preparo e entre outros.
Rendimento – peso da preparação pronta.
Índice De Reidratação -É utilizado para avaliar a capacidade de absorver água das leguminosas. Calcula-se dividindo o peso da leguminosa reidratada pelo peso da leguminosa seca.
Índice de cocção - é uma medida que mostra o rendimento de um alimento após o seu preparo, ou seja, após ser grelhado, assado, cozido, frito etc. Esse índice é a relação entre o alimento cru e o seu peso após a cocção.
5) Explique como calcular FC, IR, IC e quantidade a ser adquirida.
FC, basta dividir o peso bruto pelo peso líquido, ou seja, FC = PB/PL. Se o FC é 1, significa que não houveram perdas e quanto maior seu número, maiores as perdas.
IR = Peso reidratado (g) / Peso alimento seco (g).
IC = peso alimento processado / peso alimento em seu estado inicial. (Dividindo o peso do alimento processado (g) pelo peso do alimento em seu estado inicial) 
Quantidade a ser adquirida = número de refeições x per capita x fator de correlação. 
6) Ficha técnica de preparo (FTP): o que é, importância e vantagens e como elaborar.
É um manual de instruções para pratos elaborados. Sao inseridas todas as informações importantes a respeito de cada receita neste documento, assim podemos manter o controle sobre o mesmo. Poderá obter informações sobre custos e elaborar os preços; saberá exatamente qual ingrediente e em qual quantidade usar. Uma ficha técnica bem elaborada deverá conter itens como: nome do prato; preço de custo de cada insumo utilizado na receita; cálculo de uso, incluindo a perda; tempo de preparo da receita; armazenamento do produto e temperatura indicada; rendimento; tamanho da porção; custo final da produção; custos administrativos; passo-a-passo da feitura. Existem diversos modelos de ficha técnica que servem de base, mas, as informações principais e quase indispensáveis para um excelente documento são: os insumos, suas quantidades e seus custos. Para além de manter atualizados os controles dos pratos, a importância de elaborar as fichas técnicas para cada prato é manter o padrão de qualidade do produto. Algumas das vantagens da ficha tecnica são controles financeiro e de estoque, valorizar os produtos, funcionar como um passo-a-passo e manter a qualidade.
7) Frutas: composição nutricional, armazenamento, pré-preparo, preparo, classificação.
Em média 160 kcal, 8,53g de carboidratos, 0,66g de açúcares, 6,7g de fibras, 14,66g de gorduras e 2g de proteínas.  Se estiverem integras devem ser armazenadas em temperatura ambiente. Não há necessidade de mantê-las embrulhadas em jornais e sacos plástico. Caso seja cortada, por exemplo, recomenda-se que ela seja armazenada sob refrigeração em recipientes de vidro a 5°C, o pré preparo consiste em lavar e cortar como de preferencia, podendo ser consumido in natura, no preparo,  é possível aplicar calor seco ou calor úmido. Podem ser classificadas em frutas A, B e oleogenosas.
8) Hortaliças: composição, armazenamento, pré-preparo e preparo, classificação.
As hortaliças verdes e folhosas, são ricas em cálcio, ferro, vitamina C e pró-vitamina A. As hortaliças como a batata-doce, o inhame, a mandioca, o cará e a batata-inglesa, são ricas em carboidratos. Se estiverem integras devem ser armazenadas em temperatura ambiente, as hortaliças folhosas devem estar sem sinais de queimaduras pelo frio, sem danos mecânicos, e sem sinais de contaminação por bactérias e fungos. Os talos, hastes e frutos devem estar sem rachaduras, machucados e não devem estar murch. No pré peparo, o corte deve ser deixado para depois sempre que possivel, primeira etapa é a lavagem da hortaliça integra com água e escova macia para remover sujidades e reduzir defensivos agrícolas. A segunda etapa é a de higienização, na qual a hortaliça deve ser colocada em imersão em água com hipoclorito de sódio por 15 minutos, na concentração de 150 ppm. O preparo de hortaliças favorece a diminuição de microrganismos, melhora a qualidade sensorial, aumenta a retenção e biodisponibilidade de nutrientes e compostos bioativos, além reduzir a ação de compostos antinutricionais. O método de preparo deve ser adequado ao tipo de hortaliça, folhosas deve ser consumidas cru; hastes, talos e frutos cozidas ao vapor, hortaliças verdes e alaranjadas cocção por imersão. Classificação: hortaliças herbaceas e frutos.
9) Cereais: composição e estrutura, gelatinização, retrogradação, dextrinização do amido. Ingredientes para massas, importância de cada um deles.
A composição nutricional dos cereais é dada por carboidratos (amido), proteínas (albuminas, globulinas, prolaminas e glutelinas) e lipídeos (principalmente ácido palmítico, oleico e linoleico). Além dos macronutrientes, os cereais possuem micronutrientes, vitaminas (tiamina, riboflavina, niacina, ácido pantotênico, vitamina E e minerais (potássio, fósforo, ferro, magnésio e cálcio). Existem alguns fatores que afetam a gelatinização do amido, como:
· Temperatura: 70°C → líquido viscoso;
                                    85°C → sólido gelatinoso;
                                    95°C → máximo da gelatinização.
· Açúcar: Adição → géis transparentes e macios;
                       Excesso → compete pela água → xarope viscoso.
· Ácido: Hidrolisa o amido e torna o gel mais fraco. Em preparações com ingredientes ácidos(suco de laranja, limão ou abacaxi), é preciso adicionar maiores quantidades de farinha.
 amido pode sofrer uma modificação chamada de retrogradação, na qual há liberação de parte da água após a gelatinização. Outro processo de modificação do amido é a dextrinização, a qual é caracterizada como hidrólise do amido pelo aquecimento prolongado, calor seco ou adição de ácido. As membranas que envolvem o amido são rompidas gradativamente e dextrina (substância parcialmente solúvel). Neste processo, ocorre a diminuição da amilose e o aumento de amilopectina.
Farinha de trigo: para pães, o trigo duro deve ser utilizado, pois tem maior teor de glúten. Já para o preparo de massas de pastelaria e macarrão, é indicado o uso do trigo durum. O crescimento do glúten deve ser controlado (pouca manipulação ou adição de gordura) para obtenção de preparações firmes, macias e crocantes, com mínimo crescimento. Para o preparo de biscoitos e bolos é recomendado o trigo mole, pois tem menor teor de glúten.
Fermento: promove a fermentação e produz gás carbônico para o crescimento da massa ou pão. O fermento químico (em pó) é uma combinação de ácido (presente no alimento ou no fermente) e bicarbonato. Na presença de água e calor, produzirão gás carbônico. A ação deste tipo de fermento é rápida, por isso, é adicionado ao final da preparação. Já o fermento biológico produz gás carbônico pela ação de leveduras. A ação é lenta, sendo, portanto, necessário adicionar ao início e deixar a massa “descansar”.
Sal: retém água na massa, controla fermentação, realça sabor, auxilia na conservação e fortalece a rede de glúten. Seu excesso interfere na velocidade de fermentação.
Açúcar: é substrato para fermentação, confere maciez, coloração agradável (reação de Maillard) e retenção de umidade e sabor. Excesso - pão esfarelado.
Água: mistura dos ingredientes, formação do glúten, essencial para atuação da fermentação e responsável pela consistência.
Gordura: retenção de gás, garantindo maciez e umidade. Além disso, a gordura confere sabor às massas e seu excesso pode dificultar a ação do fermento. Em preparações como bolos, a gordura é batida junto com a gema e açúcar, tornando a preparação mais cremosa e, ao adicionar a farinha, esse creme age sobre as proteínas, evitando a formação excessiva de glúten.
Leite: confere sabor, maciez, coloração e valor nutritivo.
Ovos: confere liga à massa (emulsificante), aroma, coloração e aeração (bolhas de ar, produto mais leve).
10) Leguminosas: pré-preparo e preparo; fatores antinutricionais.
O pré-preparo das leguminosas se inicia com a separação dos grãos próprios dos impróprios para o consumo, seguida de lavagem e remolho. A água de remolho pode ser descartada para redução dos fatores antinutricionais, melhora da digestibilidade e redução de compostos flatulentos. A forma mais comum e rápida de cocção é por pressão. Com exceção do amendoim, o calor úmido é o mais indicado para as leguminosas. O tempo de cocção varia de acordo com o tipo de leguminosa e o grau de hidratação da mesma. Fatores antinutricionais são substâncias formadas naturalmente em cereais e leguminosas que reduzem consideravelmente a biodisponibilidade de minerais e proteínas do organismo. Os principais fatores antinutricionais encontrados são fitatos, taninos, inibidores de enzimas digestivas e lectinas.
11) Leite e derivados: composição, aplicações em TD.
O leite é composto por água (aproximadamente 87,5%), lipídios (3,5 a 4,0%), proteína: (3,0 a 3,6%), carboidratos (4,2 a 5,0%) e sais minerais (0,7%). Os lipídios constituem a fração mais variável entre os leites de mamíferos e inversamente proporcional à quantidade de leite produzida. São principalmente triacilgliceróis com ácidos graxos saturados e insaturados, fosfolipídios (lecitina) e esteróis (colesterol).
O leite puro pode ser usado sozinho, com frutas, chocolate, café, chá e em preparações para dar sabor, cor, maciez, umidade e cremosidade. Pode ser usado como um meio de cocção em preparações não ácidas (mingaus, arroz-doce), sopas e cremes de hortaliças. Também pode ser usado no preparo de massas, suflês, purês, bolos, molho branco. O creme de leite pode ser usado como elemento gorduroso em várias preparações como: sopas, molhos, conferindo cremosidade. Nas preparações gratinadas, o creme de leite confere aspecto macio e aveludado. Nas massas, o creme de leite pode substituir o leite ou água, dando liga e maciez. Além disso, pode ser usado em sobremesas de frutas, doces, sorvetes, dentre outros. Os queijos podem ser usados em sanduíches, recheios, sobre massas, em molhos, saladas, sopas, bolos e pão de queijo.
12) Carnes: composição, tipos de cortes e técnicas de preparo.
As carnes têm entre 10 a 20% de proteínas de alto valor biológico, de 5 a 30% de gorduras e são ricas em vitaminas do complexo B, ferro, zinco e outros minerais.
Os cortes bovinos são divididos em cortes dos quartos dianteiro e traseiro, os quais resultam da subdivisão da meia-carcaça em traseiro e dianteiro, por separação entre a quinta e a sexta costelas. Sendo que o quarto dianteiro corresponde à porção anterior (cranial) da meia-carcaça e o quarto traseiro, à porção à posterior (caudal) da meia-carcaça. O preparo das carnes ocorre pelo processo de cocção, cujo objetivo é inativar micro-organismos patogênicos, promover a coagulação de proteínas, abrandar o tecido conjuntivo e desenvolver sabor agradável para melhor palatabilidade. Dentre as técnicas de cocção, temos a cocção por calor úmido ou seco, podendo tostar, assar ou fritar.
13) Ovo: estrutura e composição, propriedades físicas e químicas, aplicações em preparações (funcionalidades), armazenamento. 
As estruturas fundamentais que compõe os ovos são casca, clara e gema, sendo que a composição nutricional varia dentre as estruturas. Os ovos são fonte de proteínas, vitamina A, vitamina D e vitaminas do complexo B, além de minerais, como ferro, fósforo, zinco e selênio. Um ovo médio contribui com 12 a 14% da quantidade diária de proteína requerida por um adulto. Preparações: Ovo frito - frito com óleo na frigideira. A clara fica bem crocante e a gema macia. Ovo estrelado - técnica de fritar ovo sem gordura, em uma frigideira antiaderente. Tampar a frigideira e cozinhar em fogo baixo, a clara fica macia e ligeiramente dourada; a gema fica mole. Ovo pochê - ovo cozido inteiro sem casca em água. Adicionar vinagre ou suco de limão à água do cozimento e colocar o ovo com bastante cuidado, cozinhando por até 5 minutos em fogo brando. Ovo a la coque (ovo quente) - ovo cozido pouquíssimos minutos em água (cerca de 3 minutos). A clara em contato com a casca fica cozida e o interior permanece “mole”. Ovo mexido - ovos batidos, temperados e depois salteados na frigideira. É importante sempre mexer os ovos enquanto os prepara. Adicionar creme de leite ou manteiga quando bater os ovos e os cozinhar em fogo baixo .  Omelete - ovos batidos e fritos na frigideira. Pode ter ou não recheio, o qual é incorporado quase no final do cozimento. Para textura fofa: bater os ovos com uma pequena quantidade de leite, creme de leite ou mesmo água, o que leva à formação de bolhas de vapor durante a fritura do ovo. Fritada - ovos batidos e fritos na frigideira. Principal diferença entre a omelete é que, no caso da fritada, os ovos são incorporados ao recheio logo quando são batidos. Gemada - gemas batidas com açúcar, leite quente e temperada com canela. Bife à cavalo - bife de boi com um ovo frito em cima. Bife à Camões - bife de boi com dois ovos fritos em cima.
 Os ovos devem ser conservados em temperaturas entre 8 °C a 10 °C, com umidade relativa próxima de 85%, a fim de evitar desidratação excessiva. Além disso, os ovos devem ser mantidos secos, já que a umidade na casca favorece a entrada de micro-organismos.
14) Óleos e gorduras: tipos e suas características, ponto de fumaça, reações de oxidação.
	TIPO DE GORDURA
	PONTO DE FUMAÇA
	TEMPO
	Óleo de soja
	240°C
	7 min
	Óleo de canola
	233°C
	9 min
	Óleo misto
	220°C
	9 min
	Óleo de milho
	215°C
	7 min
	Óleo de girassol183°C
	5 min
	Óleo de oliva
	175°C
	7 min
	Gordura vegetal hidrogenada
	215°C
	17 min
	Margarina
	192°C
	8 min
A oxidação, também conhecida como rancificação ou rancidez, é caracterizada como reação do oxigênio com ácidos graxos, formando peróxidos e aldeídos. A oxidação traz algumas características aos alimentos, como diminuição do valor nutricional, cheiro e sabor desagradável (aldeídos); pode causar distúrbios digestivos e dificultar a digestibilidade. A oxidação é acelerada por alguns fatores, como:
· Composição de ácidos graxos: ácidos graxos do tipo cis sãos mais facilmente oxidados do que tipo trans. Assim como os insaturados sofrem oxidação em maior proporção do que os saturados.
· Concentração de oxigênio: quanto maior a concentração, maior a oxidação.
· Atividade de água: água livre favorece as reações de oxidação.
· Temperatura: o aumento da temperatura favorece a reação.
· Presença de metais: a presença de cobre e ferro, principalmente, acelera a reação, uma vez que são catalizadores.
A oxidação ou rancidez oxidativa pode ser classificada em auto-oxidação e fotoxidação. Sendo que a auto-oxidação é caracterizada pela reação de ácidos graxos insaturados e oxigênio, com formação de radicais livres, na presença de catalisadores: calor, luz, metais. Esta reação não é inibida pela baixa temperatura nem ausência de luz. Já a foto-oxidação é dada pela reação de ácidos graxos insaturados quando expostos à luz e oxigênio, na presença de fotossensores (mioglobina, riboflavina, clorofila). Não há formação de radicais livres e provoca mudança na instauração: cis → trans.
Óleo vegetal - Este tipo de produto é extraído das sementes de várias plantas (soja, amendoim, milho, algodão, arroz, coco, girassol, etc.) e passado pelo processo de refinamento. Este processamento induz a perda de cor, sabor e odor originais. São líquidos à temperatura ambiente e podem ser utilizados para fritar, refogar ou temperar alimentos. É um bom condutor do calor, evita aderência e agrega sabor e maciez às preparações.
Azeite de oliva -Produto obtido da prensagem mecânica de azeitonas, que não precisa passar por purificação e refinação. Os azeites são classificados em:
· Virgem → obtido do fruto da oliveira por processos mecânicos e físicos.
· Extra virgem → acidez < 1,0g/100ml;
· Virgem fino → acidez < 2,0g/100ml;
· Virgem comum → acidez < 3,3g/100ml.
A acidez do azeite é determinada pela concentração de ácido oleico em 100 mL do produto. Uma outra classificação:
· Refinado → obtido do refino do azeite de oliva virgem, com redução de coloração, sabor e aroma. Acidez < 0,5g/100ml.
· Azeite de Oliva → mistura de azeite de oliva refinado e azeite de oliva extra virgem. Acidez < 1,5g/100ml.
Os azeites são utilizados para temperos de saladas, molhos, emulsões e regar alimentos. Não é indicado para fritura, por apresentar baixo ponto de fumaça e, quando aquecido em altas temperaturas, há perda do odor e sabor, além de sofrer oxidação dos ácidos graxos. Óleo misto - Produto oriundo da mistura de azeite de oliva e óleo de soja. Proporção mínima de azeite de oliva 15%. Pode ser utilizado como temperos de saladas, pois agrega sabor e odor característico do azeite. Quando aquecido, em altas temperaturas, perde as características sensoriais e nutricionais. 
Óleo de coco -Produto rico em ácidos graxos saturados de cadeia média, com sabor levemente adocicado. Pode ser utilizado no preparo de bolos, refogados, doces e qualquer preparação em substituição do óleo de soja, por exemplo. Vale ressaltar que este produto confere sabor às preparações. O óleo de coco possui temperatura de fumaça de, aproximadamente, 177 ºC, menor do que do óleo de soja, canola e milho.
Banha - Banha é a gordura de tecidos gordurosos de suínos. Torna-se rançosa rapidamente por ser deficiente em antioxidantes naturais. Tem como característica a consistência semilíquida à temperatura ambiente e sólida a baixas temperaturas. Durante o aquecimento, transforma-se em óleo, sendo indicada para o preparo de massas, uma vez que ajuda no isolamento do glúten.
Gordura Vegetal Hidrogenada - Gordura sólida obtida pela hidrogenação de óleos vegetais. Difere da margarina por não conter gordura láctea, leite e derivados. A aparência e a cor são semelhantes à banha de porco, mas o odor e sabor quase imperceptíveis. Este produto tem as mesmas aplicações da margarina e não deve ser usada para frituras devido ao alto teor de água. O processo de hidrogenação é adição de hidrogênio à insaturação presente no ácido graxo, tornando possível alterar o seu estado físico. 
Manteiga - Derivada do leite e obtida do batimento do creme de leite. Contém partículas sólidas e bastante umidade; quando aquecida, decompõem-se facilmente a temperaturas superiores a 120°C, formando acroleína. Portanto, apresenta baixo ponto de fumaça e queima antes de atingir o ponto de fumaça. Espirra muito, por isso, não é indicada para frituras. 
Manteigas vegetais - Produto derivado de sementes de diferentes frutos tropicais como, por exemplo, a manteiga de cacau. Esta é cremosa e de cor amarelo pálida, a qual pode ser utilizada no preparo de doces, bolos, recheios de bolo e qualquer preparação em substituição das gorduras vegetais. Além, claro, de ser bastante utilizada no preparo do chocolate em tablete ou em pó.
Margarinas - Produto feito apenas com óleos vegetais hidrogenados ou intra/transesterificados. Contém gordura de origem vegetal, gordura láctea no máximo a 3 %, leite, soro de leite e aditivos. A quantidade da gordura presente na margarina pode variar de 35 a 80 %. É substituta da manteiga para corar e refogar, desde que as concentrações de lipídios na margarina sejam mais altas. Usada para ser espalhada sobre o pão e seus produtos.

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