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Joelho Visão geral A articulação do joelho é a maior articulação do corpo humano. Trata-se de um gínglimo, envolvendo três ossos: o fêmur, a tíbia e a patela, com três superfícies articulares, duas entre o fêmur e a tíbia e uma entre o fêmur e a patela. Observe como os dois côndilos arredondados do fêmur repousam sobre o platô tibial relativamente plano. A articulação do joelho não tem estabilidade intrínseca, o que a torna dependente de quatro ligamentos para manter o fêmur e a tíbia que aí se articulam no lugar adequado. Essa característica, além da ação de alavanca do fêmur sobre a tíbia e a ausência de amortecimento por tecido adiposo ou músculos, torna o joelho extremamente vulnerável a lesões. Estruturas ósseas Aprenda os marcos ósseos no joelho e em torno dele. Eles vão orientar seu exame dessa complicada articulação. Na face medial, identifique o tubérculo adutor, o epicôndilo medial do fêmur e o côndilo medial da tíbia . Na face anterior, identifique a patela, que repousa sobre a superfície articular anterior do fêmur, no ponto médio entre os epicôndilos, embutida no tendão do músculo quadríceps femoral. Esse tendão continua abaixo da articulação do joelho como o tendão patelar, que se insere distalmente na tuberosidade tibial. Na face lateral, encontre o epicôndilo lateral do fêmur e o côndilo lateral da tíbia. VISTA ANTERIOR DAS ESTRUTURAS ARTICULARES DO JOELHO Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. VISTA POSTERIOR DAS ESTRUTURAS ARTICULARES DO JOELHO Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. VISTA SUPERIOR DAS ESTRUTURAS ARTICULARES DO JOELHO Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Articulações Duas articulações tibiofemorais bicondilares são formadas pelas curvas convexas dos côndilos medial e lateral do fêmur em sua articulação com os côndilos côncavos da tíbia. A terceira superfície articular é a articulação patelofemoral. A patela desliza pelo sulco localizado na face anterior do fêmur distal, denominado sulco troclear, durante a flexão e a extensão do joelho. Grupos musculares Músculos vigorosos movimentam e sustentam o joelho. O músculo quadríceps femoral estende a perna, recobrindo as faces anterior, medial e lateral da coxa. Os músculos isquiotibiais situam-se na face posterior da coxa e são responsáveis pela flexão do joelho. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Outras estruturas Os meniscos e dois importantes pares de ligamentos, os colaterais e os cruzados, são cruciais para a estabilidade do joelho. Os meniscos medial e lateral amortecem a ação do fêmur sobre a tíbia. Esses discos fibrocartilaginosos em forma de crescente conferem ao platô tibial, em geral plano, uma superfície em forma de taça. O ligamento colateral medial (LCM) não é facilmente palpável e corresponde a um ligamento largo e plano, que conecta o epicôndilo medial do fêmur ao côndilo medial da tíbia. A parte medial do LCM também se fixa ao menisco medial. O ligamento colateral lateral (LCL) conecta o epicôndilo lateral do fêmur com a cabeça da fíbula. O LCM e o LCLproporcionam estabilidade medial e lateral à articulação do joelho. O ligamento cruzado anterior (LCA) cruza obliquamente da tíbia medial anterior para o côndilo lateral do fêmur, impedindo que a tíbia deslize para frente por sobre o fêmur. O ligamento cruzado posterior (LCP) vai da parte posterior da tíbia e do menisco lateral até o côndilo lateral do fêmur, impedindo a tíbia de deslizar para trás por sobre o fêmur. Esses ligamentos não são palpáveis, por se situarem dentro da articulação do joelho. Apesar disso, são fundamentais para a estabilidade anteroposterior do joelho. Técnicas de exame Técnica do exame físico Padrões de normalidade Achados anormais O índividuo deve permanecer deitado com as pernas estendidas, embora alguns examinadores prefiram os joelhos flexionados e pendurados para a inspeção. A pele normalmente tem aparência lisa, com coloração simétrica e sem lesões. Pele brilhante e atrófica. Edema/tumefação ou infamação. Anormalidades do joelhos, lesões(p.ex., psoríase). Inspecione o alinhamento inferior da perna. A parte inferior da perna deve se estender no mesmo eixo da coxa. Deformidades em angulação: Joelho varo (pernas arqueadas). Joelho valgo (Joelhos para dentro) Contratura em flexão. Inspecione a forma e os contornos do joelho. Em condições normais, há presença de concavidades distintas, ou depressões, em ambos os lados da patela. Verifique-as procurando qualquer sinal de aumento de volume ou inchaço. Observe outros locais, como as bolsas pré patelar e suprapatelar, buscando por qualquer edema anormal. As concavidades desaparecem;podem então tornar-se proeminentes, com espessamento ou derrame sinovial. Verifique o músculo quadríceps na região anterior da coxa por qualquer atrofia. Uma vez que este é o principal músculo da extensão do joelho, é importante para a estabilidade articular durante a sustentação de peso. A atrofia ocorre por falta de uso ou doenças crônicas.Primeiro, aparece na parte medial do músculo, embora seja difícil de perceber por que o vasto medial é relativamente pequeno.
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