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TEXTO 1º - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FILOSOFIA DO DIREITO

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FILOSOFIA DO DIREITO
Em BITTAR e ALMEIDA colhemos lição que pela transparência é digna de transcrição: “a filosofia do direito é, em meio ao emaranhado de contribuições científicas do direito, a proposta de investigação que valoriza a abstração conceitual, servindo de reflexão crítica, engajada e dialética sobre as construções jurídicas, sobre os discursos jurídicos, sobre as práticas jurídicas, sobre os fatos e normas jurídicas”
Que é a prática forense senão um duelo de argumentos, alternativas, escolhas, tudo culminando num processo decisório? Que faz o advogado na petição inicial senão articular argumentos de fato e de direito na defesa de uma tese perante o órgão jurisdicional? Que fazem o criminalista e o promotor de justiça na tribuna do júri senão sustentar suas respectivas teses visando adesão e solidariedade dos jurados?
Há muito que o homem lida com a retórica, com a argumentação, a persuasão racional em busca de aliados e simpatizantes às suas proposições. Não há uma atividade lógica, retórica e dialética no processo judicial? Pensamos que as respostas tais indagações só pode ser afirmativa. O próprio direito positivo implicitamente o admite. Vejamos, então.O art. 295 do CPC prescreve que a inicial será indeferida por inépcia, entendendo-se esta por contradição entre os pedidos e quando da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; não está a exigir que o advogado formule pretensão em juízo com um mínimo de raciocínio lógico, que articule seu pedido de maneira coerente? Se, violando tais mandamentos, for endereçado pedido ao juiz este poderá extinguir o processo sem julgamento do mérito (CPC Art.267, I). A argumentação jurídica, sua coerência, seu poder de persuasão é elemento primordial na prática jurídica. Que é está oratória forense? Quais seus fundamentos teóricos e princípios? O raciocínio jurídico se constrói embasado no objetivo de convencer o juiz de que nossa tese é que deve ser aceita, e não a da outra parte. Os argumentos de fato e de direito fornecem o suporte no qual fundamentamos nossa pretensão.
JOSE SOUTO MAIOR BORGES prefaciando livro de ARNALDO BORGES é impiedoso: “Só os tolos, os ingênuos, os superficiais, os pragmatistas empedernidos insensíveis, encastelados nas disciplinas dogmáticas, não vêem a importância dos estudos de filosofia para o profissional do direito (...) o conhecimento de filosofia instrumentará o retorno, pelo profissional do direito, à perspectiva dogmática das ciências especializadas, seus problemas específicos, com um rigor e profundidades desconhecidas pelos novos juristas-práticos, praxistas”, adiante arremata “quem alimenta o espírito só com a especialização tende a converter-se num pobre de espírito” (19). (grifo nosso). Ou seja, a reflexão teórica é uma aliada inestimável na atividade do jurista mais ocupado com questões mais práticas. Como vimos, não só para aumentar sua cultura jurídica serve a Filosofia do Direito: é um oxigênio extra para seu raciocínio prático.

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