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CLINICA AMPLIADA

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CLÍNICA AMPLIADA 
Aula: 
 
1.Um pouco da política nacional de humanização 
2.Conceito de equipe multiprofissional 
3.O que é clínica ampliada? 
4.Equipe de referência, apoio matricial e projeto 
terapêutico singular 
 
 
Prof. Natale Souza e Jack Borges 
 
Natale Oliveira de Souza, enfermeira, Mestre em 
Saúde Coletiva. Graduada pela UEFS – 
Universidade Estadual de Feira de Santana – em 
1999, pós-graduada em Saúde Coletiva pela UESC 
– Universidade Estadual de Santa Cruz – em 2001, 
em Direito Sanitário pela FIOCRUZ em 2004. 
Atualmente sou funcionária pública da Prefeitura 
Municipal de Salvador e atuo há 14 anos na 
docência em cursos de pós-graduação e 
preparatórios de concursos, ministrando as 
disciplinas: Legislação do SUS, Políticas de Saúde, 
Programas de Saúde Pública e Específicas de 
Enfermagem. Sou autora de 05 livros na área de 
concursos públicos. 
 
Jack Borges, enfermeira, graduada pela Faculdade 
de Ciências Humanas e Sociais em 2013, pós-
graduada em Enfermagem do Trabalho pela 
Universidade Candido Mender. 
 
 
 
 
 
 
 
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Olá, futuro(a) residente! 
Nesse momento, você necessita tornar-se o protagonista do seus estudos. 
Hoje discutiremos a respeito da, CLÍNICA AMPLIADA, você sabe o que é e porque 
precisamos dela? 
Tenha uma excelente leitura, muita disciplina e foco!!! 
Profª Natale Souza 
Profª Jack Borges 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. UM POUCO DA POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO: 
 
 
A Política Nacional de Humanização do SUS aposta na indissociabilidade entre os modos de produzir 
saúde e os modos de gerir os processos de trabalho, entre atenção e gestão, entre clínica e política, 
entre produção de saúde e produção de subjetividade. O HumanizaSUS é uma política que atravessa 
as diferentes ações e instâncias do Sistema Único de Saúde, englobando os diferentes níveis e 
dimensões da atenção e da gestão, apresenta-se como uma política construída a partir de possibilidades 
e experiências concretas que queremos aprimorar e multiplicar (Brasil, 2009). 
 
Tem por objetivo: 
 
 
 
Brasil (2009), diz que, a Política Nacional de Humanização utiliza o princípio da transversalidade, e lança 
mão de ferramentas e dispositivos para consolidar redes, vínculos e a corresponsabilização entre: 
Provocar inovações nas práticas gerenciais e nas práticas de
produção de saúde, propondo para os diferentes coletivos/equipes
implicados nestas práticas o desafio de:
superar limites e experimentar novas formas de organização dos
serviços e novos modos de produção e circulação de poder.
 
 
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Ao direcionar estratégias e métodos de articulação de ações, saberes e sujeitos pode-se efetivamente 
potencializar a garantia de: 
 
A humanização é entendida como a valorização dos diferentes sujeitos envolvidos no processo de 
produção de saúde. Os valores que norteiam essa política são: 
 A autonomia e o protagonismo dos sujeitos; 
 A corresponsabilidade entre eles; 
 Os vínculos solidários; e 
 A participação coletiva nas práticas de saúde. 
 As diretrizes da PNH expressam o método da inclusão no sentido da: 
 Clínica Ampliada 
 Co-gestão 
 Acolhimento 
Atenção 
integral
Resolutiva
Humanizada
 
 
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 Valorização do trabalho e do trabalhador 
 Defesa dos Direitos do Usuário 
 Fomento das grupalidades, coletivos e redes 
 Construção da memória do SUS que dá certo. 
 
VEJAMOS COMO CAI NA PROVA 
 
1. (Residência Integrada Multiprofissional em Saúde: Enfermagem – UFTM – 2016) São Diretrizes 
da Política Nacional de Humanização (PNH): acolhimento, gestão participativa e cogestão, clínica 
ampliada e compartilhada, valorização do trabalhador e: 
A) Transversalidade 
B) Autonomia dos sujeitos 
C) Protagonismo dos sujeitos. 
D) Defesa dos direitos dos usuários. 
E) Indissossiabilidade entre atenção e gestão 
 
Comentário: Para gabaritar a questão o candidato precisa conhecer a PNH e suas diretrizes. 
Assertiva A. Incorreta: A CARTILHA DA POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO, traz - a PNH 
como movimento de mudança dos modelos de atenção e gestão, possui três princípios a partir dos quais 
se desdobra enquanto política pública de saúde: 
Transversalidade 
Indissociabilidade entre atenção e gestão 
Protagonismo, co-responsabilidade e autonomia dos sujeitos e dos coletivos 
Assertiva B. Incorreta: Valor que norteia a PNH 
Assertiva C. Incorreta: Valor que norteia a PNH 
Assertiva D. Correta: Nosso gabarito, conforme explicitado na cartilha da PNH. 
Assertiva E. Incorreta: Principio da PNH 
GABARITO: D 
 
 
2. CONCEITO DE EQUIPE MULTIPROFISSIONAL 
 
 
 
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Equipe Multiprofissional é a junção de esforços e interesse de um grupo de profissionais que 
reconhecem a interdependência com os outros componentes e se identificam com um trabalho de 
caráter cooperativo e não competitivo, com o fim de alcançar um objetivo comum cuja atividade 
sincronizada e coordenada caracteriza um grupo estritamente ligado (Costa, 1978). 
 
O autor referenciado acima, traz ainda que, o trabalho em equipe não Significa portanto, a somação de 
indivíduos organizados para uma tarefa comum, mas a integração de cada elemento que a compõe, 
atendendo às peculiaridades grupais, e numa reunião de técnicos em várias especialidades 
profissionais, desempenhando funções harmônicas numa verdadeira intercomplementação. 
 
 O dicionário da educação profissional em saúde, traz - ‘trabalho em equipe’ multiprofissional como uma 
modalidade de trabalho coletivo que é construído por meio da relação recíproca, de dupla mão, entre as 
múltiplas intervenções técnicas e a interação dos profissionais de diferentes áreas, configurando, através 
da comunicação, a articulação das ações e a cooperação. Também estabelece uma tipologia de trabalho 
em equipe que não configura um modelo estático, mas a dinâmica entre trabalho e interação que 
prevalece em um dado momento do movimento contínuo da equipe: equipe integração e equipe 
agrupamento. No primeiro tipo ocorre a articulação das ações e a interação dos agentes; no segundo, 
observa-se a justaposição das ações e o mero agrupamento dos profissionais. A tendência para um 
desses tipos de equipe pode ser analisada pelos seguintes critérios: qualidade da comunicação entre 
os integrantes da equipe, especificidades dos trabalhos especializados, questionamento da desigual 
valoração social dos diferentes trabalhos, flexibilização da divisão do trabalho, autonomia profissional 
de caráter interdependente e construção de um projeto assistencial comum. 
 
 
 
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3. O QUE É CLÍNICA AMPLIADA? 
 
 
 
Por vezes quando pensamos em clínica, concebemos a ideia do profissional médico prescrevendo uma 
medicação ou solicitando um exame que comprovará ou não a suspeita de determinada patologia. 
Entretanto a clínica necessita ir além do conjunto de sinais e sintomas que o indivíduo apresenta. A 
modificação das práticas de cuidado se faz por meio do enfrentamento de uma clínica ainda hegemônica 
que: 
 Toma a doença e o sintoma como seu objeto; 
 Toma a remissão de sintoma e a cura como seu objetivo; 
 Realiza a avaliação diagnóstica reduzindo-a à objetividade positivista clínica ou epidemiológica; 
 Define a intervenção terapêutica considerando predominantemente ou exclusivamente os 
aspectos orgânicos. 
 
Para Campos em (Oliveira & Spiri,2006), a recuperação da prática clínica assentada no vínculo é a 
maneira prática de se combinar autonomia e responsabilidade profissional. A assistência baseada no 
vínculo permite que o serviço de saúde acompanhe, identifique os resultados do trabalho de cada 
profissional, oferecendo na prática a cidadania pelo paciente e família. 
 
 
 
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A Clínica Ampliada foi proposta inicialmente por Campos (1997) como uma clínica capaz de lidar com a 
singularidade sem abrir mão da atenção às doenças, suas possibilidades de diagnóstico e intervenção 
(CUNHA em Delziovo et al, 2012). 
 
Segundo Brasil (2008) a definição de clínica ampliada deve ser entendida como uma das diretrizes 
impostas pelos princípios do SUS. A universalidade do acesso, a integralidade da rede de cuidado e a 
eqüidade das ofertas em saúde obrigam a modificação dos modelos de atenção e de gestão dos 
processos de trabalho em saúde. 
 
Ampliar a clínica significa aumentar a autonomia do usuário do serviço de saúde, da família e da 
comunidade. É integrar a equipe de trabalhadores da saúde de diferentes áreas na busca de um cuidado 
e tratamento de acordo com cada caso, com a criação de vínculo com o usuário. A vulnerabilidade e o 
risco do indivíduo são considerados e o diagnóstico é feito não só pelo saber dos especialistas clínicos, 
mas também leva em conta a história de quem está sendo cuidado (Brasil, 2010). 
 
A Clínica Ampliada, não desvaloriza nenhuma abordagem disciplinar. Ao 
contrário, busca integrar várias abordagens para possibilitar um manejo 
eficaz da complexidade do trabalho em saúde, que é necessariamente 
transdisciplinar e, portanto, multiprofissional. Trata-se de colocar em 
discussão justamente a fragmentação do processo de trabalho e, por isso, 
é necessário criar um contexto favorável para que se possa falar destes 
sentimentos em relação aos temas e às atividades não-restritas à doença 
ou ao núcleo profissional (Brasil, 2009). 
 
A Clínica Ampliada é proposta como uma ferramenta com a qual os profissionais da ESF e do NASF 
enfocam o sujeito, a doença, a família e o contexto social, tendo como objetivo produzir saúde e 
aumentar a autonomia do sujeito, da família e da comunidade na resolução de seus problemas. Para 
isso, utiliza-se da integração de equipe multiprofissional, da adscrição de clientela e da construção de 
vínculo entre profissionais e usuários na elaboração de projeto de cuidado (BRASIL, 2009). 
 
A Clínica Ampliada exige dos profissionais de saúde, um exame permanente dos próprios valores e dos 
valores em jogo na sociedade. O que pode ser ótimo e correto para o profissional pode estar contribuindo 
para o adoecimento de um usuário. O compromisso ético com o usuário deve levar o serviço a ajudá-lo 
a enfrentar, ou ao menos perceber, um pouco deste processo de permanente construção social em que 
todos influenciam e são influenciados. 
 
 
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Ampliar a clínica, por sua vez, implica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A proposta da Clínica Ampliada engloba os seguintes eixos fundamentais: 
 
 
 
Observem cada eixo fundamental: 
 
1.Compreensão ampliada do processo saúde-doença 
 
1.Compreensão 
ampliada do 
processo saúde-
doença
2.Construção 
compartilhada dos 
diagnósticos e 
terapêuticas
3.Ampliação do 
“objeto de 
trabalho”
4.A transformação 
dos “meios” ou 
instrumentos de 
trabalho
5.Suporte para os 
profissionais de 
saúde
Tomar a saúde como seu objeto de investimento, considerando 
a vulnerabilidade, o risco do sujeito em seu contexto; 
 
Ter como objetivo produzir saúde e ampliar o grau de 
autonomia dos sujeitos; 
Realizar a avaliação diagnóstica considerando não só o saber 
clínico e epidemiológico, como também a história dos sujeitos e 
os saberes por eles veiculados; 
 
Definir a intervenção terapêutica considerando a complexidade 
biopsíquicossocial das demandas de saúde. 
 
 
 
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Busca evitar uma abordagem que privilegie excessivamente algum conhecimento específico. Este eixo 
traduz-se ao mesmo tempo em um modo diferente de fazer a clínica, numa ampliação do objeto de 
trabalho e na busca de resultados eficientes, com necessária inclusão de novos instrumentos. 
 
2. Construção compartilhada dos diagnósticos e terapêuticas 
 
Segundo Brasil (2009), a complexidade da clínica em alguns momentos provoca sensação de 
desamparo no profissional, que não sabe como lidar com essa complexidade. O reconhecimento da 
complexidade deve significar o reconhecimento da necessidade de compartilhar diagnósticos de 
problemas e propostas de solução. Este compartilhamento vai tanto na direção da equipe de saúde, 
dos serviços de saúde e da ação intersetorial, como no sentido dos usuários. Ou seja, por mais que 
frequentemente não seja possível, diante de uma compreensão ampliada do processo saúde-doença, 
uma solução mágica e unilateral, se aposta que aprender a fazer algo de forma compartilhada é 
infinitamente mais potente do que insistir em uma abordagem pontual e individual. 
 
3. Ampliação do “objeto de trabalho” 
 
As organizações de saúde não ficaram imunes à fragmentação do processo de trabalho decorrente da 
Revolução Industrial. Nas organizações de saúde, a fragmentação produziu uma progressiva redução 
do objeto de trabalho através da excessiva especialização profissional. 
Em lugar de profissionais de saúde que são responsáveis por pessoas, tem-se muitas vezes a 
responsabilidade parcial sobre “procedimentos”, “diagnósticos”, “pedaços de pessoas”, etc. A máxima 
organizacional “cada um faz a sua parte” sanciona definitivamente a fragmentação, individualização e 
desresponsabilização do trabalho, da atenção e do cuidado. A Clínica Ampliada convida a uma 
ampliação do objeto de trabalho para que pessoas se responsabilizem por pessoas. A proposta de 
Equipe de Referência e Apoio Matricial contribui muito para a mudança desta cultura. Poder pensar seu 
objeto de trabalho como um todo em interação com seu meio é uma das propostas e desafios aqui 
colocados. 
 
4.A transformação dos “meios” ou instrumentos de trabalho 
 
Os instrumentos de trabalho também se modificam intensamente na Clínica Ampliada. São necessários 
arranjos e dispositivos de gestão que privilegiem uma comunicação transversal na equipe e entre 
equipes (nas organizações e rede assistencial). Mas, principalmente, são necessárias técnicas 
 
 
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relacionais que permitam uma clínica compartilhada. A capacidade de escuta do outro e de si mesmo, 
a capacidade de lidar com condutas automatizadas de forma crítica, de lidar com a expressão de 
problemas sociais e subjetivos, com família e com comunidade etc (Brasil, 2009). 
 
5. Suporte para os profissionais de saúde 
 
Consoante Brasil (2009), é necessário criar instrumentos de suporte aos profissionais de saúde para 
que eles possam lidar com as próprias dificuldades, com identificações positivas e negativas, com os 
diversos tipos de situação. A principal proposta é que se enfrente primeiro o ideal de “neutralidade” e 
“não-envolvimento” que muitas vezes coloca um interdito para os profissionais de saúde quando o 
assunto é a própria subjetividade. As dificuldades pessoais no trabalho em saúde refletem, na maior 
parte das vezes, problemas do processo de trabalho, baixa grupalidade solidária na equipe, alta 
conflitividade, dificuldade de vislumbrar os resultados do trabalho em decorrência da fragmentação, etc. 
 
ATENÇÃO! 
As principais características de ações de saúde coletiva ampliadas: buscar sujeitos coletivoscomo 
parceiros de luta pela saúde, em vez de buscar perpetuar relações de submissão. Este compromisso 
nos obriga a buscar as potências coletivas, evitar a culpabilização, estar atentos às relações de poder 
(macro e micropolíticas). 
 
 
 
EM RESUMO – CLÍNICA AMPLIADA É: 
 
 
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VEJAMOS COMO CAI NA PROVA: 
 
2. (RESIDÊNCIA MULT. EM SAÚDE DA FAMÍLIA – UNCISAL/AL – 2016) Considere as proposições 
a seguir, quanto à proposta da Clínica Ampliada no âmbito do Sistema Único de Saúde, e assinale 
a opção INCORRETA. 
(A) A Clínica Ampliada entrou como diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH). 
(B) A Clínica Ampliada é proposta como uma ferramenta com a qual os profissionais da ESF e do NASF 
enfocam o sujeito, a doença, a família e o contexto social. 
(C) A Clínica Ampliada tem como eixo norteador a atuação interdisciplinar. 
(D) A Clínica Ampliada pode ser caracterizada por cinco movimentos, dentre eles podemos citar: 
compreensão ampliada do processo saúde-doença do caso e construção compartilhada de diagnósticos 
e terapêuticas. 
(E) A Clínica Ampliada foi proposta inicialmente por Campos (1997) como uma clínica capaz de lidar 
com a singularidade sem abrir mão da atenção às doenças, suas possibilidades de diagnóstico e 
intevenção. 
 
 
 
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Comentário: Para gabaritar a questão, o candidato necessita conhecer todo o contexto de clínica 
ampliada em especial sua proposta que engloba cinco eixos fundamentais. Atenção com o enunciado 
que solicita marcação da assertiva INCORRETA. 
Assertiva A. Correta: Segundo Brasil (2008) a definição de clínica ampliada deve ser entendida como 
uma das diretrizes impostas pelos princípios do SUS. A universalidade do acesso, a integralidade da 
rede de cuidado e a eqüidade das ofertas em saúde obrigam a modificação dos modelos de atenção e 
de gestão dos processos de trabalho em saúde. 
Assertiva B. Correta: De acordo com Brasil (2009), a Clínica Ampliada é proposta como uma 
ferramenta com a qual os profissionais da ESF e do NASF enfocam o sujeito, a doença, a família e o 
contexto social, tendo como objetivo produzir saúde e aumentar a autonomia do sujeito, da família e da 
comunidade na resolução de seus problemas. 
Assertiva C. Incorreta: Nosso Gabarito. Não está de acordo com os eixos da proposta da Clínica 
ampliada. 
Assertiva D. Correta: A proposta da Clínica Ampliada engloba os seguintes eixos fundamentais. 
Vejamos: 
1.Compreensão ampliada do processo saúde-doença; 
2.Construção compartilhada dos diagnósticos e terapêuticas; 
3.Ampliação do “objeto de trabalho”; 
4.A transformação dos “meios” ou instrumentos de trabalho; 
5.Suporte para os profissionais de saúde 
 
Assertiva E. Correta. Vejamos o que diz Cunha em Delziovo et al (2012), a Clínica Ampliada foi 
proposta inicialmente por Campos (1997) como uma clínica capaz de lidar com a singularidade sem abrir 
mão da atenção às doenças, suas possibilidades de diagnóstico e intervenção (CUNHA em Delziovo et 
al, 2012). 
 
GABARITO: C 
 
 
2.2 Por que precisamos de Clínica Ampliada? 
 
A proposta da Clínica Ampliada busca se constituir numa ferramenta de articulação e inclusão dos 
diferentes enfoques e disciplinas. 
 
 
 
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A Clínica Ampliada reconhece que, em um dado momento e situação singular, pode existir uma 
predominância, uma escolha, ou a emergência de um enfoque ou de um tema, sem que isso signifique 
a negação de outros enfoques e possibilidades de ação. 
 
É importante destacar à urgente necessidade de compartilhamento com os usuários dos diagnósticos e 
condutas em saúde, tanto individual quanto coletivamente. Quanto mais longo for o seguimento do 
tratamento e maior a necessidade de participação e adesão do sujeito no seu projeto terapêutico, maior 
será o desafio de lidar com o usuário enquanto sujeito, buscando sua participação e autonomia em seu 
projeto terapêutico (Brasil, 2009). 
 
 
Plano hospitalar X Plano saúde coletiva 
 
 No plano hospitalar, a fragilidade causada pela doença, pelo afastamento do ambiente familiar, 
requer uma atenção ainda maior da equipe ao usuário. O funcionamento das Equipes de 
Referência possibilita essa atenção com uma responsabilização direta dos profissionais na 
atenção e construção conjunta de um Projeto Terapêutico Singular. 
 No plano da saúde coletiva, ampliar e compartilhar a clínica é construir processos de saúde 
nas relações entre serviços e a comunidade de forma conjunta, participativa, negociada. 
 
NÃO PODERIAMOS FALAR EM CLÍNICA AMPLIADA SEM DIALOGAR SOBRE: 
 
 
 
 
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 ESCULTA 
Significa, num primeiro momento, acolher toda queixa ou relato do usuário mesmo quando 
aparentemente não interessar diretamente para o diagnóstico e tratamento. Mais do que isto, é preciso 
ajudá-lo a reconstruir e respeitar os motivos que ocasionaram o seu adoecimento e as correlações que 
o usuário estabelece entre o que sente e a vida – as relações com seus convivas e desafetos. Ou seja, 
perguntar por que ele acredita que adoeceu e como ele se sente quando tem este ou aquele sintoma 
(Brasil, 2009). 
 
 VINCULO E AFETO 
Tanto profissionais quanto usuários, individualmente ou coletivamente, transferem afetos. Um usuário 
pode associar um profissional com um parente, e vice-versa. Um profissional que tem um parente com 
diabete não vai sentir-se da mesma forma ao cuidar de um sujeito com diabete, do que um profissional 
que não tem este vínculo afetivo (Brasil, 2004). 
 
 DIALOGO 
Se o que queremos é ajudar o usuário a viver melhor, e não a torná-lo submisso à nossa proposta, não 
façamos das perguntas sobre a doença o centro de nossos encontros. Não começar pelas perguntas 
tão “batidas” (comeu, não comeu, tomou o remédio, etc.) ou infantilizantes (“Comportouse?”) é 
fundamental para abrir outras possibilidades de diálogo. Outro cuidado é com a linguagem da equipe 
com o usuário. Habituar-se a perguntar como foi entendido o que dissemos ajuda muito. Também é 
importante entender sua opinião sobre as causas da doença. É comum que doenças crônicas apareçam 
após um estresse, como falecimentos, desemprego ou prisão na família. Ao ouvir as associações 
causais, a equipe poderá lidar melhor com uma piora em situações similares, ajudando o usuário a 
ampliar sua capacidade de superar a crise (Brasil,2009). 
 
 
4. EQUIPE DE REFERÊNCIA, APOIO MATRICIAL E PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR 
 
As equipes de referência e o apoio matricial são dois arranjos organizacionais que apresentam as 
características de transversalidade. 
 
A equipe de referência: 
 
 
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 Contribui para tentar resolver ou minimizar a falta de definição de responsabilidades, de vínculo 
terapêutico e de integralidade na atenção à saúde, oferecendo um tratamento digno, respeitoso, com 
qualidade, acolhimento e vínculo. Propõem um novo sistema de referência entre profissionais e 
usuários, cujo funcionamento pode ser descrito da seguinte forma: 
 
 
Essas equipes obedecem a uma composição multiprofissional de caráter transdisciplinar, isto é, 
reúnem profissionais de diferentes áreas, variando em função da finalidade do serviço/unidade (por 
exemplo: equipe de saúde da família quando for uma Unidade de Saúde da Família). 
 
Nas equipes de referência fica evidenciada a: 
 
 
O que possibilita uma valorização profissional atrelada a resultados, e não somente ao status ou 
prestígio de determinadas profissões. 
 
 
 
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A diferença profissional e pessoal decada membro da equipe possibilita vínculos e olhares diferentes 
sobre o sujeito doente. Estas diferenças permitem enxergar caminhos para o projeto terapêutico. 
Caminhos que, de maneira isolada, dificilmente seriam encontrados (Brasil, 2004). 
 
A proposta de Equipe de Referência exige a aquisição de novas 
capacidades técnicas e pedagógicas tanto por parte dos gestores quanto 
dos trabalhadores. É um processo de aprendizado coletivo, cuja 
possibilidade de sucesso está fundamentada no grande potencial 
resolutivo e de satisfação que ela pode trazer aos usuários e 
trabalhadores. É importante para a humanização porque, se os serviços 
e os saberes profissionais muitas vezes “recortam” os pacientes em 
partes ou patologias, as Equipes de Referência são uma forma de 
resgatar o compromisso com o sujeito, reconhecendo toda a 
complexidade do seu adoecer e do seu projeto terapêutico (Brasil, 2009) 
 
 
Apoio Matricial 
 
É um arranjo na organização dos serviços que complementa as equipes de referência. Já que a equipe 
de referência é A responsável pelos SEUS pacientes, ela geralmente não os encaminha, ela pede apoio. 
A quem a equipe de referência pede apoio? Tanto aos serviços de referência/ especialidades (e/ou aos 
especialistas isolados) quanto a outros profissionais que lidam com o doente.Os serviços de 
referência/especialidades que dão apoio matricial passam a ter dois “usuários” sob sua 
responsabilidade: “os usuários do serviço” para o qual ele é referência e “o próprio serviço”. Isso significa 
que o serviço de referência/especialidades participa junto com as equipes de referência, sempre que 
necessário, da confecção de projetos terapêuticos dos pacientes que são tratados por ambas as 
equipes, e ajuda as equipes de referência a incorporarem conhecimentos para lidar com casos mais 
simples (Brasil, 2004). 
 
A equipe de referência pede apoio a: 
 
Especialistas
Profissionais que estão mais 
próximos do usuário
 
 
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 Garante, desse modo que, no conjunto das intervenções terapêuticas, ocorram mais benefícios do que 
danos e que o projeto terapêutico envolva um compromisso com o usuário. 
 
O apoio matricial é, portanto, uma forma de organizar e ampliar a oferta de ações em saúde, que lança 
mão de saberes e práticas especializadas, sem que o usuário deixe de ser cliente da equipe de 
referência. 
 
Concoante Brasil (2004), a equipe de referência e o apoio matricial, juntos, permitem um modelo de 
atendimento voltado para as necessidades de cada usuário: as equipes conhecem os usuários que 
estão sob o seu cuidado e isso favorece a construção de vínculos terapêuticos e a responsabilização 
(definição de responsabilidades) das equipes. 
Esse modelo, além de reunir profissionais de diferentes áreas do conhecimento permite que 
estes atuem: 
 
 
 
 
 
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As equipes de referências e o apoio matricial constituem-se, assim, como: 
 
 
 
O Projeto Terapêutico Singular 
 
Conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, 
resultado da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com Apoio Matricial se necessário. 
Geralmente é dedicado a situações mais complexas. No fundo, é uma variação da discussão de “caso 
clínico”. Foi bastante desenvolvido em espaços de atenção à saúde mental como forma de propiciar 
uma atuação integrada da equipe valorizando outros aspectos além do diagnóstico psiquiátrico e da 
medicação no tratamento dos usuários. Portanto, é uma reunião de toda a equipe em que todas as 
opiniões são importantes para ajudar a entender o sujeito com alguma demanda de cuidado em saúde 
e, consequentemente, para definição de propostas de ações (Brasil, 2009) 
 
O Projeto Terapêutico Singular contém quatro movimentos: 
 
 
 
A concepção de Clínica Ampliada e a proposta do Projeto Terapêutico Singular convidam-nos a entender 
que as situações percebidas pela equipe como de difícil resolução são situações que esbarram nos 
limites da clínica tradicional. É necessário, portanto, que se forneçam instrumentos para que os 
profissionais possam lidar consigo mesmos e com cada sujeito acometido por uma doença de forma 
diferente da tradicional. Se todos os membros da equipe fazem as mesmas perguntas e conversam da 
Ferramentas indispensáveis para a humanização da atenção e 
da gestão em saúde.
1. Definir hipóteses 
diagnósticas
2. Definição de 
metas
3. Divisão de 
responsabilidades
4. Reavaliação
 
 
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mesma forma com o usuário, a reunião de Projeto Terapêutico Singular pode não acrescentar grande 
coisa. (Brasil, 2009). 
 
Projeto Terapêutico Singular X Reuniões: 
 
Para que a equipe consiga inventar um projeto terapêutico e negociá-lo com o usuário, é importante 
lembrar que reunião de equipe não é um espaço apenas para que uma pessoa da equipe distribua 
tarefas às outras. Reunião é um espaço de diálogo e é preciso que haja um clima em que todos tenham 
direito à voz e à opinião. Como vivemos numa sociedade em que os espaços do cotidiano são muito 
autoritários, é comum que uns estejam acostumados a mandar e outros a calar e obedecer. Criar um 
clima fraterno de troca de opiniões (inclusive críticas), associado à objetividade nas reuniões, exige um 
aprendizado de todas as partes e é a primeira tarefa de qualquer equipe (Brasil, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PARA GABARITAR: 
 
 
 
1. (RESIDÊNCIA MULT. EM SAÚDE DA FAMÍLIA – UNCISAL/AL – 2016) Considere as proposições 
a seguir, quanto à proposta da Clínica Ampliada no âmbito do Sistema Único de Saúde, e assinale 
a opção INCORRETA. 
(A) A Clínica Ampliada entrou como diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH). 
(B) A Clínica Ampliada é proposta como uma ferramenta com a qual os profissionais da ESF e do NASF 
enfocam o sujeito, a doença, a família e o contexto social. 
(C) A Clínica Ampliada tem como eixo norteador a atuação interdisciplinar. 
(D) A Clínica Ampliada pode ser caracterizada por cinco movimentos, dentre eles podemos citar: 
compreensão ampliada do processo saúde-doença do caso e construção compartilhada de diagnósticos 
e terapêuticas. 
(E) A Clínica Ampliada foi proposta inicialmente por Campos (1997) como uma clínica capaz de lidar 
com a singularidade sem abrir mão da atenção às doenças, suas possibilidades de diagnóstico e 
intevenção. 
 
2. (RESIDÊNCIA MULT. EM SAÚDE DA FAMÍLIA – UNCISAL/AL – 2015) São muitos os desafios 
para qualificar a atenção à saúde. Por um lado são necessárias condições materiais adequadas 
a cada equipamento de saúde, de acordo com os seus objetivos na rede assistencial. Porém, por 
outro lado, são necessários profissionais com práticas clínicas adequadas e cooperativas. Neste 
contexto, a proposta da Clínica Ampliada busca se constituir numa ferramenta de articulação e 
inclusão dos diferentes enfoques e disciplinas. Em relação a clínica ampliada, é correto afirmar 
que: 
 
 
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(A) O conceito de “Clínica Ampliada”, uma das diretrizes do PNH, refere-se à ampliação e garantia de 
acesso ao usuário a todos os níveis de atenção. 
(B) Ampliar a clínica, por sua vez, implica: tomar a saúde como seu objeto de investimento, considerando 
a vulnerabilidade, o risco do sujeito em seu contexto e ter como objetivo produzir saúde e reduzir o grau 
de autonomia dos sujeitos. 
(C) A proposta da Clínica Ampliada engloba apenas 2 eixos eixos fundamentais: Compreensão ampliadado processo saúde-doença e construção compartilhada dos diagnósticos. 
(D) A proposta de Clínica Ampliada direciona-se a todos os profissionais de saúde na sua prática de 
atenção aos usuários, que são convidados a ajustar os recortes teóricos de sua profissão às 
necessidades dos usuários. 
(E) Para utilizar a Clínica Ampliada como ferramenta de trabalho, não se faz necessário que o 
profissional da equipe de saúde tenha proximidade com as redes familiares e sociais dos usuários. 
 
3. (RESIDÊNCIA MULT. EM SAÚDE DA FAMÍLIA – UNCISAL/AL – 2015) São muitos os desafios 
para qualificar a atenção à saúde. Por um lado são necessárias condições materiais adequadas 
a cada equipamento de saúde, de acordo com os seus objetivos na rede assistencial. Porém, por 
outro lado, são necessários profissionais com práticas clínicas adequadas e cooperativas. Neste 
contexto, a proposta da Clínica Ampliada busca se constituir numa ferramenta de articulação e 
inclusão dos diferentes enfoques e disciplinas. Em relação a clínica ampliada, é correto afirmar 
que: 
(A) O conceito de “Clínica Ampliada”, uma das diretrizes do PNH, refere-se à ampliação e garantia de 
acesso ao usuário a todos os níveis de atenção. 
(B) Ampliar a clínica, por sua vez, implica: tomar a saúde como seu objeto de investimento, considerando 
a vulnerabilidade, o risco do sujeito em seu contexto e ter como objetivo produzir saúde e reduzir o grau 
de autonomia dos sujeitos. 
(C) A proposta da Clínica Ampliada engloba apenas 2 eixos eixos fundamentais: Compreensão ampliada 
do processo saúde-doença e construção compartilhada dos diagnósticos. 
(D) A proposta de Clínica Ampliada direciona-se a todos os profissionais de saúde na sua prática de 
atenção aos usuários, que são convidados a ajustar os recortes teóricos de sua profissão às 
necessidades dos usuários. 
(E) Para utilizar a Clínica Ampliada como ferramenta de trabalho, não se faz necessário que o 
profissional da equipe de saúde tenha proximidade com as redes familiares e sociais dos usuários. 
 
 
 
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4. (RESIDÊNCIA MULT. EM SAÚDE DA FAMÍLIA – UNCISAL/AL – 2015) O Projeto Terapêutico 
Singular (PTS) é um recurso de clínica ampliada e da humanização em saúde. Sobre o PTS 
assinale a alternativa correta: 
(A) O PTS contém 03 momentos: diagnóstico, definição de metas e divisão de responsabilidades. 
(B) Foi bastante desenvolvido inicialmente nos serviços de saúde mental e tem como principal meta a 
vinculação dos médicos aos usuários. 
(C) É organizado a partir de unidades de produção de serviços, por exemplo, UTI, pediatria, enfermaria 
cirúrgica, lavanderia, tendo-se uma equipe de referência na gestão dos casos. 
(D) É um conjunto de propostas de condutas terapêuticas desarticuladas, para um sujeito individual ou 
coletivo resultante da discussão entre a equipe interdisciplinar e matricial se necessário. 
(E) O PTS tem como elemento central de articulação a busca da singularidade e da diferença e pode 
ser coordenado por qualquer membro da equipe de saúde. 
 
5. (RESIDÊNCIA MULT. EM SAÚDE DA FAMÍLIA – UNCISAL/AL – 2015) Em relação à Equipe de 
Referência, assinale a alternativa incorreta: 
(A) A equipe de referência contribui para tentar resolver ou minimizar a falta de definição de 
responsabilidades, de vínculo terapêutico e de integralidade na atenção à saúde, oferecendo um 
tratamento digno, respeitoso, com qualidade, acolhimento e vínculo. 
(B) As equipes de referência propõem um novo sistema de referência entre profissionais e usuários, cujo 
funcionamento pode ser descrito da seguinte forma: cada unidade de saúde se organiza por meio da 
composição de equipes, formadas segundo características e objetivos da própria unidade, e de acordo 
com a realidade local e disponibilidade de recursos. 
(C) Nas equipes de referência fica evidenciada o status ou prestígio de determinadas profissões e a 
dependência entre os diferentes profissionais. 
(D) As equipes de referência e o apoio matricial são dois arranjos organizacionais que apresentam essas 
características de transversalidade. 
(E) As equipes podem também se organizar a partir de uma distribuição territorial. Neste caso, os 
usuários de um território são divididos em grupos, sob a responsabilidade de uma determinada equipe 
de saúde, denominada equipe de referência territorial. 
 
6. (RESIDÊNCIA MULT. - PUC-SP 2015) A Política Nacional de Humanização - PNH traz a 
humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as esferas do SUS. 
A proposta é de uma construção coletiva da Humanização como política transversal. A PNH 
estimula a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários para construir processos 
 
 
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coletivos de enfrentamento de relações de poder, trabalho e afeto... Podemos entender que a 
PNH é uma 
(A) forma de garantir, obrigatoriamente, que o paciente seja tratado pelo nome. 
(B) política que pretende caminhar paralela ao SUS. 
(C) política para reduzir a responsabilidade dos atores que constituem a rede SUS. 
(D) política que, entre outras questões, estimula os usuários dos serviços de saúde e seus familiares 
para que se coloquem como protagonistas do SUS via controle social. 
(E) política voltada, unicamente, para a forma de cuidar e tratar o paciente e seus familiares. 
 
 
 
GABARITO 
 
1. C 
2. D 
3. D 
4. E 
5. C 
6. D 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS: 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de Humanização da 
Atenção e Gestão do SUS. Clínica ampliada e compartilhada. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 
Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/clinica_ampliada_compartilhada.pdf. Acesso 
em: 16 jul de 2017. 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de 
Humanização. HumanizaSUS: Documento base para gestores e trabalhadores do SUS / Ministério da 
Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. – 4. ed. 
4. reimp. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizasus_documento_gestores_trabalhadores_sus.pdf. 
Acesso em: 16 jul de 2017. 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de 
Humanização. HumanizaSUS: Documento base para gestores e trabalhadores do SUS / Ministério da 
Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. 
– 4. ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde,2008. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizasus_gestores_trabalhadores_sus_4ed.pdf. 
Acesso em: 17 jul 2017. 
 
Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Curso de Especialização 
Multiprofissional em Saúde da Família. Clínica ampliada [Recurso eletrônico] / Universidade Federal de 
Santa Catarina; Carmem Regina Delziovo; Lucas Alexandre Pedebôs; Rodrigo Otávio Moretti-Pires. – 
Florianópolis : Universidade Federal de Santa Catarina, 2012. 42 p. (Eixo 3 – A Assistência na Atenção 
Básica). Modo de acesso: www.unasus.ufsc.br. 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. 
HumanizaSUS: a clínica ampliada / Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Núcleo Técnico da 
Política Nacional de Humanização. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 
 
 
www.residenciassaude.com.br 
 
http://www.saude.sp.gov.br/resources/humanizacao/biblioteca/pnh/clinica_ampliada.pdf.Acesso em: 17 
jul 2017. 
Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização, 2010. http://www.saude.gov.br/humanizasus. 
COSTA, M.J.C. - Atuação do enfermeiro na equipe multiprof1ss1onal. Rev. Bras. Enf.; DF, 31 : 321-339. 
1978. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v31n3/0034-7167-reben-31-03-0321.pdf. Acesso 
em: 17 jul 2017.

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