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001.8 
tp 
N.Cham. 658:001.8 V494p 2.ed. 
Autor: Vergara, Sylvia Constant 
Título: Projetos e relatórios de pesquis 
lllllll lllll lllll llllllllll llllllllll lllllllllllllllllll 1111 
201 1789 
PUCMinas PC 
. I 
PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA 
DE MINAS GERAIS 
B IB L IOTECA 
SYLVIA CONSTANT VERGARA 
Projetos e 
Relatórios de Pesquisa 
em Ad.ministraçâo 
2n ed ição 
N.Cham. 001.8 V494p 2.cd. 
Autor Vergara, Sylvia Constant 
Título Projeros e relatórios de pesquisa em administração 
11 111 I 11111111111 
PUC Minas - PC 02011789 ~''""' '-. , 
SÃO PAULO 
EDITORA ATLAS S.:A-. -- --1998 
. . , 
As minbasjilbas 'Jânia, 1:;/"tine e ,'>:vtvinba que me 
provocam a aprendizagem da complexa arte de 
renascer a cada dia. 
Aos meus al11nos q11e me let'am a C:OJJslruh~ 1·euer e 
reconstmir as prálicns do meu o.{fcio. 
-~ .. ··' 
SUMÁRIO 
APRESENTAÇÃO, 9 
1 DELIMITANDO O TRABALHO CIENTÍFICQ, 11 
1.1 Demarcação científica, 11 
1.2 Método científico, 12 
1.3 Formalização da pesquisa científica, 15 
2 COMEÇO DO PROJETO DE PESQUISA, 17 
2.1 Modelo, 17 
2.2 Folha de rosto, 18 
2.3 Sumário, 19 
2.4 Introdução, 20 
2.5 O problema de pesquisa científica, 20 
2.6 Objetivo final e objetivos intermediários, 25 
2.7 Questões a serem respondidas, 26 
3 DO PROBLEMA AO REFERENCIAL TEÓRICO, 28 
3.1 Hipóteses ou suposições, 28 
3.2 Delimitação do estudo, "30 
3.3 Relevância do estudo, 31 
3.4 Definição dos termos, 32 
3.5 Referencial teórico, 34 
4 COMEÇANDO A DEFINIR A METODOLOGIA, 44 
4.1 Tipo de P.esquisa, 44 
4.2 Universo e amostra, 48 
4.3 Seleção dos sujeitos, 50 
5 TERMINANDO O PROJETO DE PESQUISA, 52 
5.1 Coleta de dados, 52 
. ·. 
, :: ' '!~ • 
r-
8 I'HOJETOS E RELI\'I'ÓIUOS DE PESQUISA EM AOMINfSTRAÇi\0 
5.2 Tratamentos dos dados, 56 
, 5.3 Limitações do método, 59 
5.4 Cronograma, 61 
5.5 Bibliografia, 62 
5.6 Anexos, 65 
5.7 Tratamento verbal na redação e numeração das páginas, 65 
5.8 Sugestões adicionais, 66 
6 O RELATÓRIO DA PESQUISA, 68 
6.1 Agradecimentos, 68 
6.2 Apresentação, 68 
6.3 Resumo, 70 
6.4 Lista de símbolos e abreviaturas, 72 
6.5 Lista de ilustrações, 72 
6.6 Sumário, 73 
6.7 Introdução, 75 
6.8 Desenvolvimento, 75 
6.9 Resu l t~1clos , 76 
6.10 Conchrsões, 78 
G.ll SugL..;tÔl::;.:: r...:comcnch çõcs, 80 
UMA PALAVRA FINAL, 83 
ANEXO: Relação das pessoas às quais se devem os exemplos apresentados, 85 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, 87 
BIBLIOGRAFIA, 89 
APRESENTAÇÃO 
Há mais de cinco anos, consoli~ei_ ~1ma nota didática denominada Su-
gestão pam estruturação de um projeto de pesquisa, na qual apresentava um 
modelo de projeto e o discriminava. As partes fundamentais do modelo eram 
em número de três: o problema, o referencial teórico, a metodologia. 
A nota destinava-se a meus alunos de Metodologia da Pesquisa. Sua 
natureza era de ordem prática; não tinha a intenção de discutir questões onto-
lógicas e epistemológicas, nem as decisões metodológicas dai decorrentes. 
Motivou-a minha perc~pção de q~e .os alunos nem sempre tinham facilidade 
. em concatenar um projeto de pesquisa e ficariam satisfeitos se alguém mais se 
dispusesse a ajudá-los. 
O texto incorporava conceitos e exemplos, a partir da crença de que 
estes são úteis para clarificar aqueles. Os exemplos foram retirados de exercí-
cios, de projetos e de dissertações de mestrandos com os quais tinha convivi-
do desde 1988, seja em situações de classe, seja em orientação de projetos e 
dissertações ou em bancas examinadoras de dissertações. Mestrandos foram 
todos co-autores. 
Até onde posso admitir, durante esses anos a nota tem sido úti,l nãÓ só 
para meus alunos, como também para outras pessoas. É claro que seu caráter 
prático não exime o usuário do estudo de quesções epistemológicas e metodo-
lógicas, e por conta dessa exigência a utilização. da nota deixa de ter caráter de 
"receita de bolo". 
A nota está aqui agora revista no que conceme à estruturação de projetos 
de pesquisa e ampliada, pois passou a incluir sugestões para elaboração de rela-
tório de pesquisa. Assume o fom1ato de livro,· mas não só continua tendo caráter 
prático, como também utiliza a mesma linguagem para a comunicação com o 
leitor: simples, praticamente coloquial. É como se fora uma conversa com -o lei-
tor. Também continua valendo-se da contribuição de mestrandos e ex-mestran-
dos, cujos nomes aparecem no texto e cujas instituições têm seus nomes apre-
sentados anexos, nos exemplos que apresenta. Eles são, ainda, co-autores. 
10 l'llOJETOS E llEI.AT(ltuOS 1>1' I'ESQliiS.\ EM t\llMINISTilt\C.'\0 
Seus capítulos são em número de seis. O primeiro pretende apenas con-
textualizar os que lhe seguem, fazendo certa demarcação no que se refere a 
um trabalho científico. Não tem pr~tensões maiores. O segundo capítulo apre-
senta. como sugestão, o modelo para estruturação de um projeto de pesquisa, 
composto de três grandes partes, e d~ início à discriminação do modelo. No 
terceiro capítulo, é finalizada a discriminação da primeira parte do modelo, 
referida ao problema de investigação e apresentada a segunda, concernente ao 
referencial teórico. Questões que dizem respeito à terceira parte do modelo, 
isto é, à metodologia de pesquisa, começam a ser abordadas· no quarto capítu-
lo. Tais questões são finalizadas no quinto capítulo que encerra, então, a dis-
criminação do modelo proposto para o projeto de pesquisa. O sexto capítulo 
apresenta conceitos e dicas para o relatório da pesquisa, deixando de discutir o 
que já o foi nos capítulos concernentes ao projeto e privilegiando aquilo que é 
acrescentado no relatório. Uma palavra flnal é, então, dirigida aos leitores . . 
A AUTORA 
i '•, 
... 
.... 
1 
DELIMITANDO O TRABALHO 
CIENTÍFICO 
Este capítulo levanta questões como a demarcação científica. O que é 
científico? Também trata da metodologia científica. Temos opções? Finaliza com 
a sinalização para os momentos de formalização da pesquisa científica. 
1.1 DE~CAÇÃO CIENTÍFICA 
Não são poucas as definições e discussões em torno do que seja ciên-
cia. Este livro não tem a intenção de reacender o debate. David Bohn, Edgar 
Morin, Ernest Cassirer, Fritjof Capra, Gaston Bachelard, Ilya Prigogine, Jürgen 
Habermas, Karl Popper, Robert Pirsig, Thomas Kuhn e outros tão conhecidos 
de quem se dedica a fazer ciência brindam-nos com fecunda e provocante 
discussão. Conhecê-l<;>s é aqui tomado como fato. Acessá-los sempre que ne-
cessário é tomado como prática. 
Para efeito do que no momento se pretende, basta recordar que ciência 
é uma das formas de se ter acesso ào conhecimento. Outras formas são a filo-
sofia, a mitologia, a religião, á arte, o s~nso comum, por exemplo. Em muitos 
pontos essas formas interagem, mas são diferentes em seu núcleo central. 
A atividade básica da ciência é a pesquisa. Todavia, convém não esque-
cer que as lentes do pesquisador, como as de qualquer mortal, estão impregna-
das de crenças, paradigmas, valores. Negar isso é negar a própria condição hu-
mana de existir. Refuta-se, portanto, a tão decantada "neutralidade científica". 
Para fins do que aqui se pretende, basta também recordar que a ~ciência 
busca oferecer explicações acerca de um fenômeno, mas não é dogma; logo, é 
discutível. É a efervescência de reflexões, discussões, contradições, sistemati-
zações e resistematizações que lhe dão vitalidade. 
Ciência é um processo. Um processo permanente de busca da verdade, 
de sinalização sistemática de erros e correções, predominantemente racional. 
12 I'ROJI!TOS E HELATÓRIOS DE PESQUISA EM ADMIN!STHAÇÀO 
Não que intuiÇão, sentimento e sensações não estejam presentes. Eles estão. 
Afinal, como nos ensinou Jung, eles são nossas funções psíquicas básicas. Mas 
o que predomina é a busca da racionalidade. 
Como distinguir essa forma de se teracesso ao conhecimento das outras 
formas? Não é tarefa fácil, mas existem algumas características que vêm em 
nosso auxílio. Popper (1972) enfatizou· a questão da falseabilidade. Urna con-
clusão científica é aquela passível de refutação. Outra característica levantada 
pelos estudiosos é a consistência. Um trabalho científico tem de resistir à fal-
seabilidade apontada por Popper. Tem também ele ser coerente. Pode discutir 
as ambigüidades, as contradições, as incoerências de seu objeto de estudo, 
mas sua dicussão tem de ter coerência, obedecer a certa lqgica. Igualmente, 
não se imagina um trabalho científico que não seja a revelação de um estudo 
profundo. Aqui, não vale surfar. Características como essas conformam o rigor 
metodológico, na busca incessante de lidar corretamente com a subjetividade 
elo pesquisador. E rhais: um trabalho científico tem de ser aceito como tal pela 
comunidade científica. Ela o legitima, portanto. 
Ciência é também uma construção que revela nossas suposições acerca 
do que se está construindo. Para Burrel e Morgan (1979), temos quatro tipos de 
suposições: ontológicas, epistemológicas, da natureza humana e metodológicas. 
Suposições ontológicas são aquelas que dizem respeito à própria essên-
cia dos fenômenos sob investigação. Suposições epistemológicas estão referi-
elas ao conhecimento, a como ele pode ser trransmitido. Pode o conhecimento 
ser transmitido de forma tangível,- concreta, mais objetiva? Ou pode sê-lo de 
forma mais espiritual, mais transcendental, mais subjetiva, mais baseada na ex-
periência pessoal? Suposições relativas à natureza humana dizem respeito à 
visão que se tem do Homem. É ele produto do ambiente? Ou é seu produtor? 
As· suposições ontológicas, epistemológicas e da natureza humana têm 
implicações diretas de ordem metodológica, vale dizer, encaminham o pesqui-
sador na direção dessa ou daquela metodologia. ·· 
1.2 MÉTODO CIENTÍFICO 
Método é um caminho, uma forma, uma lógica de pensamento. Basica-
mente, há três grandes mé,odos: (a) hipotético-dedutivo; (b) fenomenológico; 
(c) dialético. Para 'usar umâ metáfora, serian1 métodos de venda por atacado. 
Outros, como a grou.nded-theory, a etnografia, a análise ele conteúdo, a técnica 
Delphi, o método compar~t.tvo·, o sistêmico, aqueles que se utilizam de técnicas 
estatísticas descritivas ou iriferenciais e tantos outros, seriam de vendas a varejo. 
O método hipotético-dedutivo é a herança da corrente episteh1ológica 
denominada positivismo, que vê o mundo como existindo, independentemen-
DI!LIMITANDO O Tll'\J3ALHO CIENTÍfiCO 13 
te da apreciação que alguém faça dele, independentemente do olho do obser-
vador. Deduz alguma coisa a partir da formulação de hipóteses que são testa-
das, e busca regularidades e relacionamentos causais entre elementos. A cau-
salidade é seu eixo de explicação científica. Enfatiza a relevância da técnica e 
da quantificação, daí serem os procedimentos estatísticos sua grande força. 
Questionários estruturados, testes e escalas são seus principais instrumentos 
de coleta de dados. Eles permitem que os:dados coletados sejam codificados 
em categorias numéricas e visualizados em gráficos e tabelas que revelam a 
fotografia de um momento específico, ou de um período de tempo. 
Segundo Popper 0975), toda discussão científica deve surgir com base 
em um problema ao qual se deve oferecer uma solução provisória a que se 
deve criticar, de modo a eliminar o erro. O problema surge por conta de con-
fHtos entre as teorias existentes. A soluçâo deve ser submetida ao teste de fal-
seamento, geralmente utilizando observação e experin1entação. Se a hipótese 
resistir aos testes, fica provisoriamente corroborada, isto é, confim1ada enquanto 
não apareça um novo teste que a derrube; se não, é refutada, exigindo nova 
formulação ela hipótese. Falseada ou não, a hipótese desencadeia um processo 
que se renova, dando surgimento a novos problemas. 
O método fenomenológico opõe-se à corrente positivista, para· afirmar 
que algo só pode ser entendido a partir do ponto de vista das pessoas que o 
estão vivendo e experimentando; tem, portanto, caráter transcendental, subje-
tivo ou, como diria Pirandello no título de sua famosa peça teatral, Assim é, se 
vos parece. Na visão de Husserl, o mestre da fenomenologia, é próprio do mé-
todo o abandono, pelo pesquisador, de idéias preconcebidas. 
Se é próprio. do método fenomenológico· o abandono de tais idéias, 
vale alertar que o Homem não é tabula rasa; logo, suas crenças, suas suposi-
ções, seus paradigmas, seus valores estão presentes no olhar que lança ao fe-
nômeno estud~do. Com base em sua história de vida, ele busca entender o 
fenômeno, intt::rpretá-lo, perceber seu significado, tirar-lhe uma radiografia. É 
assim que o método fenomenológico pratica a hermenêutica. 
Etimologicamente, hermen~utica vem de Hermes, da mitologia grega. 
Para transmitir a mensagem dos deuses, Hem1es tinha dupla tarefa: entender-
lhes a linguagem, assin1 como a dos mortais, para quem as mensagens se des-
tinavam. Um olhar hermenêutica busca, então, a compreensão de significados, 
muitos deles ocultos. A compreensão exige a leitura do contexto. Diários, bio-
grafias, relatos centrados no cotidiano, estudos de caso, observação, conteúdo 
de textos para análise são as principais fontes de dados para o pesquisador. 
Como o fenomenológico, o método dialético igualmente opõe-se à cor-
rente positivista e sua linearidade, e vê as coisas em constante fluxo e 'transfor-
mação. Seu foco é, portanto, o processo. Dentro dele, o entendimento de que 
, a sociedade constrói o homem e, ao mesmo tempo, é por ele consttuícla. 
Mauro
Realce
Mauro
Realce
.. 
14 PRQII!TOS 1! lll!LATÓIUOS DE PES~lllSA EM ADMINISTnt.ÇÀO 
Conceitos como totalidaéle, contradição, mediação, superação lhe são 
própr,ios. Longe de isolar um fenômeno, estuda-o dentro de um contexto, que 
configura a totalidade. Nesta, observa que tudo, de alguma forma, mutuamen-
. te se relaciona e que há forças que se atraem e, ao mesmo tempo, contradito-
riamente, se repelem. É a contradição que permite a supera"ção de determina-
da situação, ou seja, a mudança. 
Tanto no método fenomenológico, quanto no dialético o pesquisador 
obtém os dados de que necessita na observação, em entrevistas e questionários 
não estmturados, nas histórias de vida, ep.1 conteúdos de textos, na história de 
países, empresas, organizações em geral, enfim, em tudo aquilo que lhe per-
mita refletir sobre processos e in~erações. 
Os métodos "de varejo" são inúmeros e o leitor interessado pode con-
sultar a literatura, que é farta. Bibliotecas, bases de dados especializados e 
Internet estão à disposição do pesquisador. Vale citar, aqui, apenas algumas 
indicações e conceituações, arbitrariamente escolhidas. 
Grounded theory, por exemplo, é um método que objetiva captar o sim-
bólico e gerar teoria, com base nos dados coletados pelo pesquisador, no cam-
po. É, portanto, um método indutivo. É no processo.de investigação que con-
ceitos e hipóteses são formulados, não a priori. O pesquisador busca a emer-
gência de categorias e as ·relações entre elas, notadamente no que diz respeito 
a diferenças, de modo a poder construir uma teoria. A estrutura do método é 
flexível; funciona como num jogo ele xadrez, em que cada passo depende do 
anterior. 
Etnográfico é o método que, apropriado da Antropologia, exige do pes-
quisador cotj.ato direto e prolongado com seu objeto de estudo. Vale-se, pre-
dominantemente, da observação paFtieipante e ela entrevista não estruturada 
para obter dados sobr~ pessoas, espaços, interações, símbolos e tudo o mais 
que interessar a sua investigação. Er.nbora parta de algum referencial teórico, o 
pesquisador não é a ele escravizado. Confronta teoria e prática o tempo todo e 
vai reconstruindo a teoria. 
Análise de conteúdo refere-se ao estudo detextos e documentos. É uma 
técnica de análise de comunicações, tanto associada aos significados, quanto 
aos significantes da mensagem. Utiliza tanto procedimentos sistemáticos e di-
tos objetivos de descrição dos conteúdos, quanto inferências, deduções lógi-
cas. Pratica tanto a hermenêutica, quanto categorias numéricas. 
A técnica Delphi busca fazer emergir consenso entre especialistas, ge-
ralmente em torno de 10 a 30 pessoas, sobre algum assunto. Os especialistas 
atuam sem que um saiba da existência do outro. É realizada em rou.ndo;, geral-
mente de dois a cinco. Um questionário é ,aplicado aos especialistas no pri-
meiro rou.nd; os demais o são nos rouncls se'gulntes. O primeiro questionário é 
elaborado previamente pelo pesquisador; a elaboração dos demais vai depen-
DEU.MITt.NDO O TRA13t.UIO Cll!N'IÍFICO 15 
der do resultado obtido na análise do anterior. Os julgamentos individuais são 
agregados e deles tomam conhecimento todos os especialistas, a cada round. 
São usadas medidas que expressem a tendência central e descrevam o grau de 
dispersão ou de polarização. 
O método comparativo busca ressaltar similaridades e diferenças entre 
pessoas, padrões de comportamento e fenômenos. Não são raros estudos que 
comparam, por exemplo, semelhanças e diferenças entre culturas, como a ame-
ricana e a japonesa, ou padrões de comportamento entre empresas elo início e 
deste fim de século. 
O método sistêmico procura identificar as relações do todo com as par-
tes e das partes entre si. O todo pode ser, por exemplo, um ambiente de negó-
cios e as partes, as empresas que o viabilizam; ou pode ser uma empresa e 
suas partes internas. O método privilegia processos e seu movimento na dire-
ção de uma evolução. Descarta, no eniantõ, a possibilidade d6l contradições, 
como forma de superação de uma situação. 
Conforme o método escolhido, utiliza-se tal .ou qual procedimento de 
coleta de dados no campo. Questionário, entrevista, formulário, observação 
são procedimentos gerais. Mas veja-se, por exemplo, que, se o método eleito 
tiver sido o fenomenológico, ou o dialético, o questionário fechado é inapro-
priado. 
. . 
• 
1.3 FORMALIZAÇÃO DA PESQUISA CffiNTÍFICA 
., .:· 
No que concerne à formalizaçãf>, a pesquisa científica tem uma fase 
antecedente e outra consolidaclora. A fase antecedente revela-se no projeto de 
pesquisa; a consolicladora, no relatório. 
Qualquer pesquisa para ser desenvolvida necessita de um projeto, e 
bem-feito, que a oriente. Ele pode não garantir o sucesso da investigação, mas 
sua inadequação, ou sua ausência, certamente, garantem o ins~cesso. 
Um projeto é, em última instância, uma carta de intenções. Se é assim, 
deve definir com clareza o problema motivador da investigação, o referencial 
teórico que a suportará e a metodologia a ser empregada. Também não pode 
.. 
deixar de apresentar o cronograma da pesquisa, bem como a bibliografia. 
Todos esses elementos estarão presentes novamente no relatório da pes-
quisa, relatados na maneira como foram efetivamente trabalhados e utilizados. 
Aqui, já não se trata de uma carta de intenções, do verbo no futuro; ant6S, do 
relato do realizado, do verbo no pretérito. Aos elementos c(t!e fizeram parte do 
projeto serão adicionados os resultados e conclusões a que. a investigação per-
mitiu chegar, bem como sugestões para outras pesquisas sobre o mesmo tema. 
Mauro
Realce
I i 
l:. · 
16 PROJETOS I! Rl..'l.ATÓRIOS I)F. PllSQlllSA EM· ADM1N1SrRI\ÇÃO 
Vale acrescentar que a formalização, tanto do projeto quanto do rela-
tório, deve obedecer às normas p rescritas pela Associação Brasileira de Nor-
mas'Técnicas-ABNT. Algumas delas são lembradas no capítulo seguinte, refe-
rente ao Projeto de Pesquisa e outras mais são ·relacionadas na bibliografia 
deste livro . 
Neste capítulo, busquei oferecer algumas características da ciência, deli-
mitando seu campo de ação. Dado que para~a realização de qualquer trabalho 
científico há de se ter um método, .procure'i alertar que sua escolha recai em 
suposições que temos a respeito da essência dos fenômenos sob in':estigaçào, 
de como o. conhecimento pode ser transmitido, bem como da natureza htrma-
na. Apresentei três grandes métodos de pensamento e outros daí decorrentes. 
Finalmente, mencionei que a pesquisa cieqtífica tem uma f~se antecedente, 
consubstanciada no projeto, e outra, consolídadora, revelada no relatório. 
... 
. 
' 
2 
COMEÇO DO PROJETO DE 
.. 
PESQUISA 
Como elaborar um projeto de pêsquisa? Não há um modelo único para 
tal. A escolha entre as várias alternativas possíveis depende da natureza do 
problema, do método pelo qual se desenvolverá o trabalho, do tipo de pes-
quisa, da visão de mundo do pesquisador e de tantos outros fatores. No entan-
to, há certos itens que não podem deixar de ser contemplados em qualquer 
projeto, a despeito das diferenças entre eles. O que vai variar é o conteúdo 
desses itens. Por ser assim, este capítulo dedica-se à sugestão de um projeto. É 
estruturado a partir de um modelo que, em seguida, é discriminado neste e 
nos capítulos seguintes. 
MODELO 
O modelo proposto está assim definido: 
(FOLHA DE ROSTO) 
SUMÁRIO 
O PROBLEMA 
1.1 Introdução 
1.2 Objetivos (final e intermediários) 
1.3 Questões a serem respondidas (se for o caso) 
1.4 Hipóteses,.ou suposições (se for o caso) 
1.5 Delimitação do estudo 
1.6 Relevância do estudo 
1. 7 Definição dos termos (se fór o caso) 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 
2.2 
,: . ~ 
' I 
~: i f:, ... ' .. :· ~ .. . ·.::.~ ... 
, : I • 
.,· .; : 
.. 
• 
18 PROJI"I'OS lliU!L.ATÓRIOS Dll PESQUISA t:M ADMINIS'I'RAÇÀO · 
2.3 
2.4 
etc. 
3 METODOLOGIA 
3.1 Tipo de pesquisa 
3.2 Universo e amostra (se for o caso) 
3.3 Seleção dos sujeitos (se for o caso) 
3.4 Coleta de dados 
3.5 Tratamento dos dados 
3.6 Limitações do método 
4 CRONOGRAMA 
5 BIBLIOGRAFIA 
ANEXOS (se for o caso) 
Cada um dos itens do modelo será, a seguir, explicitado. Alguns estão 
mais detalhados do que outros. Não é aleatório. Talvez esteja nesses itens a 
maior parte dos equívocos dos que têm de elaborar um projeto. Logo, parece 
pertinente dar a esses itens atenção especial. 
2.2 FOLHA DE ROSTO 
Seguindo-se à capa, que é a proteção externa do projeto, a folha de 
rosto é a primeira do projeto e não é numerada. Dela deverão constar as se-
gtlintes infom1ações: o títulQ .do projeto, o nome do autor, a quem será apre-
sentado, o nome do orientador do projeto (se tiver) e o mês e ano de sua 
conclusão. 
O título do projeto deve dar ao leitor a idéia do que será desenvolvido·. 
Não é relevante que o títttlo seja um pouco extenso. Importante é que o leitor 
perceba com facil idade do que trata o projeto. É bom lembrar que é o título 
que promove o primeiro contato do leitor com qualquer obra. Veja o exemplo 
a seguir: 
Mauro
Realce
PONTIFICIA UNIVERSIDAOE CATÓLICA 
DE MINAS GERAIS 
BIBLIOTECA COMEÇO DO I'Rq)ETO DE l'l;sQlJISt\ 
OS IMPACTOS DA TENTATIVA DE MUDANÇA DE CULTURA DE UM 
BANCO DE VAREJO 
por 
Sandra Regina da Roch<! Pinto 
Projeto de pesquisa apresentado ao Instituto de Administração e Gerência da 
Pontificia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Orientadora: Professora 
Sylvia Constant Ve~g~ra . 
Março de 1992 
19 
No exemplo apresentado, o mês está com letra maiúscula porque come-
ça uma indicação; todavia, se estivesse no meio de uma frase seria escrito com 
minúscula. 
2.3 SUMÁRIO 
Trata-se de uma indicação que muitos confundem com índice e que 
aparece imediatamente ant~.s do texto. Índice, conforme alerta a ABNT (NB-
85/1987), é uma "enumera~? ?etalhada dos assuntos, nomes de pessoas, no-
mes geográficos, acontecin~·ntos, com a indicação de sua localização no texto". 
Vem ao final do relatório, se o pe3C)_úisador desejar incluí-lo. Sumário· é uma 
enumeraçãodos títulos e subtítulo~ dé cada capítulo do texto e r~spectivas 
páginas correspondentes. Vem no início. Veja um exemplo, fornecido por Mário 
Mello Mattos: 
SUMÁRIO 
O PROBLEMA 
1.1 Introdução .................................................................................. .... ,: ............... v . 3 
~ :; ~~~~~~~~·:::::::::::::: :: :: ::: ::::::::::: :::::::::: :: :::: : :::::::::::::::::::::::::::::::::::tL :::: :: :::: :::::: ~ 
1.4 Relevância do estudo ........................................................................................ 8 
1.5 Delimitação do estudo .. 00 .. 0000 ..... 00 0000 0000 00 00 00000000 0000 0000 0000 00000000 000000 00 000000000000 0000000000 9 
1.6 Definição dos termos 0000000000 000000 00 .. 00 00 0000 000000 00 0000 00 00 00 .. 00 00 ooOOoo 00 .. 0000 00 OOoo .. 00 oo . .... 00 .. 1 O 
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20 PHOJETOS E HELAT<)!UOS DE PESQUISA EM A()MINISTilAÇÀq 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 Abordagens à questão do poder ...................................................................... 11 
, 2.2 Conflito ................................. .. ........................ .' ......................................... ........ 12 
2.3 Fontes e instrumentos de poder ..................................................................... 14 . 
2.4 Razões para a tendência pluralista ....... ....................................................... ... 19 
2.5 O behaviorismo ...... ~ ................... ..................................................................... 29 
2.6 A Escola de Relações Humanas, ....... ............. ................................................ 30 
2.7 A sociologia da burocracia ...................................... ........................................ 31 
2.8 A teoria de Likert ............................................................................................. 33 
2.9 Apreciação critica .................... ........ ................................................................ 37 
3 METODOLOGIA 
3.1 Tipo de pesquisa .......... ................ ......... ................ ................ ... , ............ .......... 41 
3.2 Universo e amostra ............... ...... .. .................................................................. 43 
3.3 Cole~a de dados ........................ .......................................................... ............ 45 
3.4 Tratamento dos dados ........ ..... .. ...................... ................................................ 48 
3.5 Limitaçães do método ..................... ............................................................ .... 51 
4 CRONOGRAMA ................... ...... , ................................................ ..... . : ....... .............. 52 
5 REFERÊNCIAS BIBLI OGRÁFt'QAS ........................................................................ 53 
6 BIBLIOGRAFIA .............. ....... : ........ ........ ......................... .................. ............... ... ..... 55 
: .. 
ANEXO ................................. : ... .................... .'.' ...... ............................ , ........................... 59 
Questionário 
2.4 INlRODUÇÃO .. 
Introdução é uma parte do capítulo I do projeto - O PROBLEMA - , na 
qual se lhe faz o marketing. Dito_ s:l~ outra maneira, é uma seção na qual se 
aguça a curiosidade do leitor, na qual se tenta "vender-lhe" o projeto. A intro-
dução deve ser curta, proporcional ao número de páginas do projeto. É ade-
quado terminar com a formulação' do problema, sob a forma de pergunta. 
A formulação do problema é ponto vital na constrbção do projeto. Por 
esse motivo, abro neste texto um espaço só para tratar dele. 
2.5 O PROBLEMA DE PESQUISA CIENTÍFICA 
Há pessoas que já estão com seu problema de pesquisa claramente de-
finido. Mas nem sempre é assim. Não é raro, por exemplo, encontrar mestran-
dos e doutorandos às voltas com a clificulclade na formulação de um problema 
científico, do qual depende sua dissertação e sua tese. 
Dissertação e tese são as denominações que o Parecer no 977/65 do 
extinto Conselho Federal de Educação dá às monografias de mestrado e de 
<:OMI!ÇO PO PROJETO 1)1'. l'ESC)IIISA . 21 
. 
doutorado, respectivamente. Vale ~qui alertar que tais denominações são um 
tanto inapropriadas, uma vez que uma tese é clisserta.tiva e uma dissertação 
pode apresentar uma tese. Mas como sào as denominações legais, ~1qul assim 
são apresentadas. Para a legislação, "a dissertação do mestrado dever:í eviden-
ciar conhecimento da literat\.ll'a existente e a capacidade de investigação elo 
candidato, podendo ser baseada em trabalho experimental, projeto especial 
ou contribuição técnica". enquanto "a tese de doutorado deverá ser elaborada 
com base em investigação original, devendo representar trabalho de real con-
tribuição para o tema escolhido" (Parecer nu 977/65 do Conselho Federal d~ 
Educação). 
A afirmação de que da formulação ele um problema científico depende 
a construção de dissertações e teses significa que: (a) dissertações e teses, bem 
como relatórios de pesquisa em geral, surgem da existência de problemas cien-
tíficos, porque dissertações, teses, monografias, relatórios de pesquisa em ge-
ral são as respostas a esses problemas; (b) a formulação de problemas científi-
cos não é tarefa das mais fáceis, mas estratégica. 
Problemas formulados ele maneira inadequada podem colocar por terra 
todo um trabalho que, em geral, consome bastante tempo e energia ele seu 
realizador. Como mencionado, se a definição adequada de um problema, por 
si só, não garan te o êxito de uma produção científica, a definição inadequada, 
certamente, garante seu insucesso. 
Problema é uma questão não resolvida, é algo para o qual.se ·vai buscar 
resposta, via pesquisa. Uma questão· não resolvida pode estar relericla a algu-
ma lacuna epistemológica ou metodológica percebida, a alguma dúvida quan-
to à sustentação de uma afirmação geralmente aceita, a alguma necessidade ele 
pôr à prova uma suposição, a interesses práticos, à vontade ele compreender e 
I 
explicar UJila situação do cotidiano, ou outras situações. 
Um policial diria: "Quem saqueou o supermercado?" Um cientista , pro-
vavelmente, diria: "Até que ponto o saque de supermercados pode estar asso-
ci<tdo aos níveis de desemprego?" Quase sempre problemas apresentam rela-
ções entre variáveis. 
Veja os exemplos a seguir: 
a Qual a correlaçcio entre produtividade e iluminação do local de 
trahalbo? (Elton Mayo. Teoria das Relações Humanas.) 
a Como o clima organizacional afeta o desempenho administratiuo? 
(FREDERIKSEN, N., JENSEN, 0., BEATON, E. A. Orp,anizc.ttionttl 
climates and administrative performance. Princeton, N. ]:-: Edu-
cational Testing Service, 1968.) 
a Que tipo de organização deue a empresu ter, para tratcw com uârias 
condições econômicas e de mercado? (LAWRENCE, P. R., LORSCH, 
J. W. As empresas e o ambiente. Petrópolis : Vozes, 1973.) 
Mauro
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Mauro
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22 · I'ICqJI\I}lS E lml.t\'IÚIUOS DE I'I~~()IIISA 1~1 AUMINI5'11vWÃO 
a A EMA TliR tomou-se, de fato, uma instituição? Se foi esse o caso, o 
que aconteceu, l:!letiilamente, no processo de sua modenzizaçào e ins-
tit1fcionalizaçào? (CARA V ANrf:S, Geraldo. Mudança e avaliação de 
estt·atégias ele renouaçào instit1tcional. Porto Alegre : FDRH, 1982.) 
a O ensino de adrninistraçà'o ·no Brasil é, predornin.autemente, basett-
do em materittl de &n;'iino americano. E..'istt utilizctção de conheci-
mentos ori1tndos de ·ou.tro ctmbiente será adequada? CBETHLEM, 
Agrícola. Gerência à brasileira. São Paulo : McGraw-Hill do Bra-
sil, 1989.) 
a Como se pode explicar, c'ien/.ificamente, o fenômeno marketing? 
(HUNT, Shelby D. Modem marketing theory: critical issues in the 
philosophy of marketingscience. Cincinnati, Ohio : South Wes-
tern, 1991.) .· 
Veja mais esses exemplos, todos de ex-mestrandos em Administração: 
o É possível medir a eficiência e a ~ficácia da administração de ma-
terial? Como ~fetuar tal medição? Que tratamento dar aos indica-
dores prod11-zidos para obter parâmetros interpretatiuos? (Renaud 
Barbosa da Silva) 
a h'm qt te medida os padrões ct tltu.rais da TELER] podem facilita7· 011. 
dif'ic7 J.ltar o atendimento às mudanças a'1nbtentais? (Mario Couto 
Soares Pin~?) 
o Até que ponto o Banco Central se aproxima ou se afasta do que se 
caracteriza como ttma organização de aprendizagem? (Maria Glo-
ria Marques S. Mota) 
a Quais as alten1ativas para o maior aproveitamento dos rios, lagoas 
e baías potencialmente adequados à navegação interior? (Milton 
Xavier de Carvalho Filho) 
a Quais as possibilidades e dificuldades da Únplantaçào da Gestão 
pela Q11alidade Total no Semiço de Rec~~os Humanos- SF.RJ::C-
da Petrobrás? Qamil Moysés Filho) -·-
a Até qlf.e ponto empresas públicas .federais estão explorando o po-
tencial da ruma geraçâo de tecnologia da informação? (Florys Fá-
bia A. Pereira) 
É possível levanrar algumas regras práticas para a formulação do pro-
blema. Por exemplo: 
a. Verificar, antes ele tudo, se o que se pensou é, realmente, um pro-
blema científico. É difícil imaginar, por exemplo, solução científi-
ca para o segu'inte problema: "Como faze,r para que Caün se arre-
. 
COMEÇO DO PROJETO DE PESQLIISA 23 
penda de ter rnatado Abel?" Se solução científica é impossível, cla-
ro está que o problema não é científico. 
b. Como nos ensinou Kerlinger (1980), o problema deve ser formu-
lado sob a forma ele pergunt:1 ... Logo se perceberá como esse re-
curso vai clarificar para o aut~·: elo projeto- e, naturalmente, para 
o leitor- o que, de fato, o pe~quisaclor quer saber. Às vezes, cor-
re-se o risco ele, em um jJrimeiro momento, confundir tema com 
problema, mas a foni11.1lação deste sob a forma de pergunta ajuda 
a distinguir um elo outro. Adiante cuidarei dessa distinção. 
c. A pergunta deve Sél' redigida ele foima clara e concisa. Palavras a 
mais ou a menos podem conti..inclir o pesquisador e o leitor. É útil 
que se encontre o equilíbrio clesejado. 
d. O problema deve ser definido ele tal forma que a solução seja 
possível. Se um estelionatário engendra crimes cuja solução seja 
extremamente difícil ou até;impossível para a polícia, um cientista 
competente, ao contrário, formula problemas cuja solução seja 
possível para ele e para outras pessoas, mais cedo ou mais tarde. 
Contudo, há problemas que merecem ser descartados caso não 
seja possível obter os dados ele que se necessita, ou caso não se 
domine a metodologia adequada ao tratamento elos dados e à aná-
lise ele resultados. Após concluir a formulação de um problema, é 
pertinente que você se pergunte: tenho como encontrar a solu-
ção? Nesse ponto, você perceberá, com nitidez, a relação entre 
problema a investigar e metodologia de investigação. 
e. O problema eleve ser colocado dentro de um tamanho que contri-
. bua para .a factibiliclade da solt1ção. Dito de outra maneira, é pre-
ciso sel~cionar variáveis, definir a perspectiva temporal-espacial e 
outros elementos com os .quais se possa lidar, colocando a tarefa, 
portanto, em proporções acessíveis . 
Listadas as regras, vale a pe;na lembiar que há diferença entre problema 
e tema. Do tema procede o problema a ser investigado. Um tema po<}e suscitar 
vários problemas. Tem, portanto, caráter mais geral, mais abrangentE! elo que o 
problema. Veja esses exemplos: 
o Tema: 
Cultura organizacional 
Problema: 
Como a dimensão sitnhólica permeia as relações de trabalho na Método 
Engenharia? 
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Mauro
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24 I'HO.JETOS E RELATÓRIOS DE, PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO 
o Tema: 
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·• 
Marketíng de Sen;iço 
Problemas : 
o Tema: 
a . Há congntência' ent1'e as expectativas e as percepções dos usuários 
do Seruiço de Cardiologia do Hospital Miguel Couto quanto à qua-
lidade dos serviços prestados? Se há congruência, o que a explica? 
Se não há, o que explica a ausência? 
b. No âmbito da prestação de _,;en;iços de i1~jormática e telecomu.nica-
çôes por parte do Sen;iço de Recursos da l1~jormação - Seri~f- da 
Petrobrás, existe d~ferença entre os fatores que levam o cliente a 
class~ficar o encon~ro ele serviço corno satis.fatÓ1'io ou insati~fatório 
e os fatores que o p1-estaclor julga que levam o cliente a tal sati~fa­
ção? (Jorge Manoel Teixeira Carneiro) 
Ensino de AdministraçâO Pública 
Problemas: 
o Tema: 
a. Os cursos de pó ... ;-graduaçáo em administração pública, existentes 
no Brasil, atendem quantitativa e q~talitativamente à demanda do 
1nercado? • 
b. Qual a relação da formaçào em ad1ninistração pública e r:;ficácia 
na prática gerencial dos gerentes da Petrobrás? 
Acide·ntes de trabalho 
Problemas : 
a . 
h . 
c. 
o Tema: 
Como reduzir o índice de acidentes de trabalho na construção civil? 
Em que ?'amo da indústria há a ocorrência do maior índice de aci-
dentes de trabalho? A que se pode atribuir tal índice? 
Qual a i1~jluência dos programas de qualidade total na redução 
dos acidentes de trabalho? 
Franchising 
Problemas: 
a . Co·mo o mercado brasileiro tem-se comportado em relação ã estra-
tégia dofranchising? 
h. Por que o nzercado brasileiro se terrz mostrado atraente para a prá-
tica do-.franchising? 
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----------~--~--=----
COMEÇO DO PROJETO DE PESQUISI\ 25 
c. Quais as vantagens e as desvantagens do franchising para uma 
pequena indústria de mupafeminina? 
o Tema: 
Autonomia universitária 
Problemas: 
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a. Quais ações universitárias podem indicar autonomia das univer-
_,·idades em relaçâo ao E,·tado? 
h. Qual o grau de autonomia dtíts univet.~idadesfederais hmsileims? 
c. Como avaliar o grau de autonomia das univers!dades? 
d . A autonomia das unidades da universidade em relaçãO a todtít a 
7t.niver.~·idade depende da autonomia da universidade em relação 
ao Estado? Se depende ou nâO, em que medida isso se dá? 
e. Universidades .fimdacionctis têm mais o_u têm menos autonomia 
que 1 miversidades a11.tárqu.icas? 
f Universidades federais têm mais ou têm menos autonomia que as 
estaduais? 
2.6 OBJETIVO FINAL E OBJETIVOS INTERMEDIÁRIOS 
Se o problema é uma questão a investigar, objetivo é um resultado a 
alcançar. O objetivo final, se alcançado, dá resposta ao problema. Objetivos 
intermediários são metas ele cujo atingimento depende o alcance elo objetivo 
final. Objetivos elevem ser redigidos com o verbo no infinitivo. Veja os exem-
plos fornecidos por Lenise Vasconcelos Loureiro e por Dourival ele Souza Car-
valho Júnior, respectivamente: 
o Problema: 
O baixo nível de compra de. seguros por pessoas fí..o;;icas no Brasil, compa- · 
· rativa1nente à realidade internacional, é decorrente da qferta inadequada do 
produto ampliado, ou do pode?' aquisitü;o do consurnid01-? 
Objetivo final: 
Identificar até que ponto o baixo nível de compra de seguros por pessoas 
físicas no B1'asil decorre da C!ferta inadép.1.ada do produto ampliado, ou dopo-
der aquisitivo do consumidor. · 
Objetivos intermediários: ; · . 
Verificar a cartelização do ~ercado e s-l relação entre os grandes 
grupos e bancos. 
· .. 
.. 
•· 
Mauro
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26 PROJETOS E RELATÓRIOS DE PESQUISA EM 1\DMINISTRi\ÇAO 
- Avaliar o nível de regulmnentaçâO pm- parte do governo . 
••• • 
o ~ Problema: ·.•· 
•• , 
Alguns autores têm c~fi17rtado que a produçãO cientffica brasileira em or-
ganizações está fortemente calcada em referenciai estrangeiro, sobretudono de 
origem mnericana. Quais as possíveis conseqüências dessefato para a admini.\·-
tração ·1w Brasil? 
Objetivo final: 
Apresentar a consolidação de r~flexôes sobre as po.'~'·íveis conseqüências, 
para a administração no Brasil, das r~ferências utilizadas por nossos autore~· . 
. , 
- ~ 
Objetivos intermediários : 
Levantar as nacionalidades das referências utilizadas por autores brasileiros 
de aná·lise_prganizacional. · 
Levantar as principais razões que levârn esses autores â utilização do tipo de 
r~{erencial indicado e, dessa forma, explicar tal uso . 
2. 7 QUEST.ÔES A SEREM RESPONDIDAS 
; . ! 
. ' 
São algumas questões que se levantam e que deverão ser respondidas 
no estudo. As questões funcionam como um roteiro ele pesquisa. Podem subs-
tituir a formul?-ção ele objetivos intermediários . Veja os exemplos fornecidos 
por Sacly Monteiro Júnior e por Darci Vicente ele Souza, respectivamente: 
o Problema: 
É possível u1n fonnato alternativo ao tradicional currículo dos curso.~ de 
graduação em Admirtistraçâo? Quais suas características? 
Questõ.es a serem respondidas: 
Quais as caraCterísticas dos atuais currículos dos cursos de graduaçácJ.em 
Aclministraçâó ? ·~ 
Quais os indicadores de que tais cursos atendem, ou nâo, às expectativas dos 
gntduanclos? 
Quais os indicadores ele que eles atendem, oÚ nâó, às demandas do mercado? 
Quaú"as possíveis alternativas cle .currículo? 
· o Problema: 
Como ampliar o volume ele carga destinado às Estações Aduaneiras Inte-
riores-r-:A.DI's - para conferência e desembaraço, objetivando descongestionar 
·, ~··· 
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COMEÇO DO 1'1\Q)ETO DE PESQU!Si\ 27 
as repartições aduaneiras tradicio·nais, a sqber: portos, aeroportos e pontos de 
fronteira a{fandegàdos? · 
Questões a serem respondidas: 
Que são };AIJJ's? 
O que .fundamentmt. a criação das EADI'.~ e cor-no vem ocorrendo sua insta-
laçá() ao longo dos últimos anos.? · . i 
E'ltào as EADI's dez,idamente preparadas em térmos de pe ... ;soal, instalações, 
equipamentos e cultura, pam desempenhar a_,,. atividades de cm~jerência e 
desembaraço de cargas? 
Existem fatores internos e exte1'nos à Secretaria da Receita Federal- SRF -, 
responsqveis pelo impedimento e d~ficultaçào do aumento do volume de car-
ga conferida e desembaraçada nas i''ADI's? Em caso positivo, quais são? 
Cmno se dá o processo de cor~ferência e desembaraço de carga nos países 
ditos do Primeim Mundo? 
É possível aproveitar a experiência desses países, estendendo-a a realidade 
brasileira? ·~- ~ · .. . 
Um lembrete: se a opção for pela formulação de q~1eStões , em vez ele 
sê-lo pela formulação de objetivos intermediários, não se esqueça de fazer, tal 
como faria com estes, a correlação das questões com os modos pelos quais 
você conseguirá respondê-las. pito de outra maneira, é útil correlacionar ques-
tões com coleta e tqtamento dos dados .. 
Este capítulo apresento~ o modelo sugerido para a estruturação do pro-
jeto de pesqüisa, esclareceu como deve ser a folha de · rosto, procurou deixar 
claro que índice e sumário não são sinônimos, .sugeriu que na introdução do 
projeto você formule o problema sob a forma dtl pergunta e buscou esclarecer 
o que é um problema ele pesquisa científica, apresentando vários exemplos . O 
capítulo também tratou de conceituar o que é objetivo final e alertar qúe ele é 
alcançado via atingimento de objetivos intermediários, bem como esclareceu 
que a formulação destes últimos pode ser substituída pela formalização de ques-
tões a serem respondidas . 
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3 
DO PROBLEMA AO REFERENCIAL 
T.EÓRICO I 
I 
Neste capítulo são apresentados os conceitos referentes a hipóteses , su-
posições , delimitação do estudo, relevância do estudo e definição dçs termos, 
bem como exemplos pertinentes . Esses itens encerram a primeira parte do mo-
delo, aqui configurada como seu primeiro capítulo, conforme visto. Também é 
discutido o conceito de referencial teórico e sua funcionalidade, ben1 como ·· 
são apresentadas algumas dicas para sua elaboração. 
3.1 HIPÓTESES OU SUPOSIÇÕES 
Hipóteses, ou suposições, são a antecipação da resposta ao problema. 
Se este é formulado sob a forma de pergunta, a hipótese, ou a suposição o são 
sob a forma de afirmação. A investigação é realizada de modo que se possa 
confirmar ou, ao contrário, refutar a hipótese, ou a suposição. -~ 
Em geral, o termo hipótese está associado a investigações mais na linha 
positivista ou neopositivista; nessa situação, 'implica testagem, quase sempre 
de relações, via procedimentos estatísticos. Há dois tipos de hipótese: consti-
tutiva e operacional. Uma hipótese constitutiva define palavras com outras pa-
lavras, como nos dicionários. A operacional especifica operações necessárias 
para medir ou manipular um conéeito (~u constructo) . Hipóteses estatísticas 
são formuladas em formas nula (H0) e alternativa (H1 , H2 etc.) . Por exemplo: 
H0 - Nâo há relaçãO sign{ficativa entre marca e desejo de compra por 
p arte do adolescente. 
H 1 - Há relaçâo sign{ficativa entre marca e desejo de compra por pa1'-
te do adolescente. 
As hipóteses são redigidas no capítulo referente ao problema, mas a 
informação de como ela será testada é dada nq capítulo referente à metodolo- . 
gia, mais precisamente, na parte que se refere a tratamento dos dados . 
DO PROBLEMA AO REFERENCIAL TEÓRICO 29 
Para trabalhar com hipóteses e testes, é indispensável o conhecimento 
de estatística. Atualmente, esse trabalho está bastante facilitado pela quantida-
de de software colocada à disposição do pesquisador. 
Suposições estão mais associadas a pesquisas chamadas qualitativas. Não 
implicam testagem; apenas, confirmação ou não, via mecanismos não estatísti-
cos . Veja o exemplo de Fernanda Cruz Perrone Kasznar e de José Mauro Bita-
relli Martins: 
o Problema: 
Até ·que ponto o desejo de aceitação pelo grupo social influencia o indi-
víduo na compra de produtos de informática? 
Suposição: 
O desejo de aceitação pelo grupo social atua comofonte motivadora signi-
.ficativa pam o indivíduo, na compra de produtos de informática . 
o Problema: 
Corno os· mecanismos de controle existentes afetam a autonomia das em-
presas estatais no Brasil? · 
Suposição: 
Os mecanismos de controle afetam a autonomia das empresas estatais 
ao não lhes permitir condiçôes de funcionamento semelhantes às do setor priva-
do, condicionando a liberdade defixarem seus o~jetivos e os meios para atingi-
los. Os contmles possuem predominante caráter processualista, desvinculado de 
análises de desempenho, atuando sem coordenaçãO entre si e favorecendo opa-
ralelismo e a superposição. A falta de um modelo de planejamento que englobe 
o conjunto das empresas estatais e preserve suas espec~ficidades contribui para 
estimular intervenções governamentais freqüentes, praticadas a título de con-
trole, que as deixam vulneráveis a imposições circunstanciais. 
Vale a pena lembrar que pesquisas exploratórias não admitem a forma-
lização de hipótese, nem a de suposição, eh1bora se admita que, na prática, 
alguma intuição se tenha a respeito da resposta ao problema. As hipóteses, ou 
as suposições, vão surgindo ao longo da investigação, ou gomente em seu 
final, ensejando nova agenda de pesquisas . 
Pirsig (1987:111) diz que a formulação de hipóteses é o momento mais 
.misterioso do método 'científico . Qual sua fonte? Mencionando Einstein, 'afirma 
. que ela pode estar na•intuição . Afirma ainda o caráter temporário das hipóte-
ses. Outras surgem para substituí-las, uma vez que "quanto mais se olha, mais 
se vê". 
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Mauro
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30 PROJETOS E RELATÓRIOS DE PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO 
3.2 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO 
Deli~1itação do estudo refere-~e à moldura que o autor coloca em seu 
estudo.É o momento em que se explicita para 6 leitor o que fica dentro do 
estudo e o que fica fora. Já que a realidade é extremamente complexa, por um 
lado, e histórica, por outro, não se pode analisá-la em seu todo; logo, cuida-se 
apenas de parte d~ssa realidade. 
Delimitaçãó não pode ser confundida com a definição do universo e da 
amostra de pesquisa. Delimitação trata de fronteiras concernentes a variáveis, 
aos pontos que serão abordados, ao corte (transversal ou longitudinal), ao pe-
ríodo de tempo objeto ela investigação, c;omo, por exemplo, séries históricas, 
períodos de mudança planejada e outros . Veja os exemplos a seguir, para os 
quais contribuíram Walter Facó Bezerra e Hélio Arthur Reis Irigaray: 
o Problema: 
.. 
Que in8tnimento poderá permitir avaliar a ~ficácia do F~mdo de Desen-
1Jolvirnento de Pmgrama.•; Cooperativos ou Comunitários de Infra-estruturas Ru-
rais? 
Delimitação do estudo: 
Entre as inúr[Íeras variáveis que podem ret.Jf!lar o grau. de e_ficácia do Ji'un-
dec, o estudo estará ci1'c1mscrito, fundamentalmente, àquelas que traduzem a 
qualidade de vida da população, inclusive quanto ao aspecto de aperfeiçoa-
mento da vida comunitaria. Desse modo, será dada ênfase a variáveis concer-
nentes à i1~fn;t-estm.tura econômica e social, hem como às relacionadas ao apoio 
institucional, esporte e laze1·. Entre as primeiras são ·aqui destacadas: escolas, 
postos de saúde, abastecimento de água, sistema de esgoto, vias de transporte e 
comtf.nicaçâo. 
o Problema: · 
.~ 
... 
Quais as similaridades entre a mitologia afro-brasileira e a vida das or-
gcmizaçôes? 
Delimitação do estudo: 
Muito d~fkilrnente if.m prqjeto se constitui como um corpo ideal que en-
p,loba todos os aspectos efacetas abrangentes da análise de determinado tema. 
No delírio do pmcesso criativo exteriorizamos inúrneras pretensões, muitas ve-
zes desconsiderando as enormes d~ficu.ldades a serem e1~{rentadas, entre elas a 
luta contra palavras que.Zevam à redundância e ao esvaziamento. 
Neste tr6thalho, a -maior d(ficuldade a ser enfrentada é a delimitação na 
abordagern de uma cultura tãO vasta e rica como a afro-brasileira. É preciso 
selecionar aqueles orixás que, compond~o amp~o panteâó mitológico africano, 
Mauro
Realce
DO PROI3LE!VlA /\.0 REPERENC:li\L TEÓH!CO 31 
mdis adequ.adamente instrumentalizam a analogia a serfeita e, principalmen-
te, a articulaçãO de todos esses elementos. 
Entre as dezenas de naç6és africanas que foram trazidas para o Brasil, 
o estudo tomará como base de análise a cultura Nagô/Yoruhá, por ser a mais 
desenvolvida tecnologicamente e a que mais i1~jluenciou a cultura brasileira. 
Os Nagôs n~fletem em st"ta man~festaçáo cultural a grandeza do Reino de 
qyo, que, sob a regência do Príncipe Alafin, se tomou uma potência de 877.000 
quilômetms quadrados, com 3 milhôes de habitantes. Os Yoruhás eram urb'CJ-
nos e vivian~ uma au.toc1-acia teocrática, dcnninavam com perfeiçãO a tecnolo-
gia de construção de altos fornos, ferro .fundido e utilização de bmnze. A mito-
logia deles é composta por um panteão de deuse,,'principais e intennediários, os 
orixás. 
.. .. . 
• . A analogia entre a estrútura dos .. te.rr.eiros de candomh.l~ e as emp1-esas 
pf!livilegiará q1testáes relativas às 1"elaçôes de poder. 
Talvez o bottom line da delimitaçáO do estudo possa ser traduzido pelo 
aforisma ,2.0121 do Tmctatus Logico-Philosopbicus de Ludwig Wittgenstein .2 
Assim como não podemos pensar de modo algum e1n ol~jetos espa-
ciais fora do espaço, o~jetos temporais fora do ternpo, também não 
'podemospensa1: ent nenhum o~jetofora da possibilidade de sua liga-
ção com outros. 
3.3 RELEVÂNCIA DO ESTUDO 
Relevância do estudo é a resposta que o autor do projeto dá à seguinte 
indagação do leitor: em qüe o estudo é importante para a área na qual você 
está atuando, ou para a área na qual busca formação acadêmica, ou para a 
sociedade em geral? Em outras palavras, nessa seção o autor justifica seu estu-
do, apontando-lhe contribuições de ordem prática ou ao estado da arte na 
ârea. Como o fizeram Eliseo Duarte Flores e Artur Luiz Santana Moreira. Veja: 
o Problema: 
Qual é o grau de autonomia política do Banco Central do Paraguai ent 
relaçãO ao Ministério da Fazenda? 
Relevância do estudo: 
O Paraguai, como outros pcdses da AmérJca Latina, encontra-se em}Jro-
cesso de transição demoaática . Resulta daí que, provavelmente, dentro de pouco 
. tempo necessitará formular uma nova Constituição. Nesta de1Jerá ser d~finida a 
função do Banco Central dentro do contexto administrativo do país, de modo a 
assegurar ao Banco maior independência política. 
Mauro
Realce
~ : 
•' 
32 I'I{O.JETOS E I{ELi\T(JRIOS DE PESQliiSi\ EM i\DMINISTRi\ÇÃO 
Considera-se relevante a nfonnulaçào dos atuais metanismos de gestào 
monetária nacional com o propósito. de fortalecer o poder decisório e fiscaliza-
dor do Banco Central, de modo que ele possa desempenhar suafzmçào de guar-
diâO dâ moeda, com autejwmia em relaçào às pressões do quadro geopolítico 
da~NaçâO . ·, 
Um estudo que dê tratamento especial à questão da autonomia polític..:a 
do Banco Central do Paraguai em relaçâo ao Ministério da i'azenda, certamen-
te, contribuirá para o delineamento de diretrizes para de ... ;ernpenhos.futuros. Eis 
aí a relevância do estudo . 
o Problema: 
Até que ponto o Brasil caminha para um modelo liberal de relaciona-
mento entre civis e militares no que concerne às pren-ogativas concedidas a es-
tes zí.ltirnos? 
Relevância do estudo: 
Qualquer decisàO a ser tmnada na área de d~fesa necessita ser coere.nte 
com o modelo militar que a sociedade vier a escolher por meio de seus represen-
tantes, pois somente assim haverá adequada alocÇI.çâo de recursos materiais e 
humanos no}Jue diz respeito a su.a efetividade. 
Ao estu.darmos até que ponto as Forças Armadas brasileiras estão cami-
nhando paz-a o módelo liberal, estaremos contribuindo para a ident~ficaçâo das 
possíveis contradiçôes inerentes ao p1:ocesso, hem corno para o ap1-endizado de 
seu controle, uma vez que o processo:çlecisório a ser desencadeado politicamen-
te para acentu.ar. ,(;u reverter aquele modelo deverá considerar nãO só a. história, 
como também a situação confuntu.ral e estrutural das Forças Armadas. 
Hoje, aparentemente, as instituiç6es militares brasileiras parecem desen-
volver políticas de d~fesa desvinculadas de qualquer política nacional1nais wn-
pla, até porque esta está sendo r~j'or:;111 dada . No entanto, a ident~(ica~r.i.() i/(J ..;u-
minbo que está sendo percorrido atualmente pelas Forças Arrnadas e de sz t.as 
contradiçôés poderá oferecer subsídios para u.rn pmcesso decisório que implante 
ou. acelere u.m nour). ?nodelo lep,itimamente escolhido, sem riscos de contratem-
pos institucionais pe7-ip,osos à ordem democrática e aos an.,;eios da sociedade. 
3.4 DEFINIÇÃO DOS TERMOS 
. : .~ 
Definição elos termos refere-se a um:1 pequena lista ele termos:-chaves 
elo estudo, com suas definições, como se faz em dicionários. Considerando-se 
que um mesmo termo pode ter significados diferentes p~ra diferentes pessoas 
e contextos, o autor ·do projeto eleve alertar o leitor para como determinado 
termo eleve ser entendido i' em seu texto. Veja os exemplos fornecidos por 
Washington Pinto da Silva e por Geréllclo Gonçalves Júnior: 
.•. 
- c • ~ 
' ' I ' J~\IL~ ._.J• ~J.J' • ~ .. ,' ';, ;,',,,l '_,_,r,l "'·'• • -\ • ' • ' i)' • ' '•• '1 ' I ' ' 
DO PROBLElvL\ AO HEI'ERENCIAL TEÓRICO 33 
o Título do projeto: 
Con:·;umo hec{ônico e comportamento de lazer 
Definição de termos: 
Símbolo - termo genérico para todas as situações nas .érais a experiência 
é intennediada, em vez de direta; na qual ttm o~jeto, ação, palavra, figura ou 
comportamento complexo são compreendidos não apenas pelos significados 1'es-
tritos·a si mesrnos, mas também po1' outras idéia ...; ou sentimentos. 
Lazer - co1~junto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de 
livre vontade, seja pata repousar, divértir-se, 1'ec1'ear-se, entreter-se ot<, ainda, 
para desenvolver::~;ua i~fonnação ou fonnaçãó desinteressadas, ou sua partici-
pação voluntária, ou sua lii;re c&pacidade criadora . ' 
Consumo hedônico - r~fere-se a fantasias, lembranças, sentimentos, 
emoções, vividos pelo .çonsumido1' em sua relação com os produtos. 
Dimensões subjetivas do lazer - estados mentais ou. experiências psi-
cológicas que parecem ~star presentes ern todas as atividades percebidas como 
lazer. 
o Título do projeto: 
Sistemas de i~f'ormações automatizados: uma análise crítica sobre sua 
~ficácia 
· Definição de t~rmos: 
Eficacia- capacidade de consecuçãO de um o~jetivo determinado. Nes-
te sentido, não admite gradaçãO. Os ... ;istemas serão ou não e.ficazes. 
·· Eficiência - medida de avaliação de desempenho dos pmcessos exect t.-
\ados nos sistemqs. Admite, portanto, gradações, à medida que os sistemas po-
.derão ser mais, àu menos r:ficientes. 
Processamento eletrônico de dados - co~jzmto de metodologias, téc-
. nicas e aplicações de I~fcmnática voltadas para a . automatização de procedi-
mentos e operações organizacionais qu.e tenha1?1. pá1· principal caracterí...;;tica a 
repetição constante dos processos. · 
Banco de dados- coleÇão abrangente, organizada e inter-relacionada 
de dados armazenados em 7/.m meio físico, com o of~jetivo de evitar ou minimi-
zar duplicidade de i1~{rmnação e otimizàr a e,{icácia de seu tratamento, pe1wi-
tindo o acesso, por ·meio de uma grande z;ariedad<Ç. de formas, a 1 t.ma grande 
variedade de it~fonnaçô'es . 
Inteligência artificial - cm~junto de técnicas de programação que p re-
tende simular no computador a capacidade humana de raciocínio, de realizar 
i·1~{erências e de decidir sohre situaçàes estruturadas e não estn.t.turadas. 
• 
34 PROJETOS E RELATcJHIOS DE PESQUISA EM ' ADMINI~TRAÇÀO 
Uma observação: se a lista de termos for extensa, ou técnica, pode ser 
transformada em glossário e colocada após as referências bibliográficas. 
3.5 ~ REFERENCIAL TEÓRICO 
Denomina-se referencial teórico o capitulo do projeto que tem por ob-
jetivo apresentar os estudos sobre o tema, ou especificamente sobre o proble-
ma, já realizados por outros autores. Faz, portanto, uma revisão da literatura 
existente , no que concerne não só ao acervo de teorias e a suas críticas, como 
também a trabalhos realizados que as tomam como referência. Dessa forma, o 
autor do projeto e o leitor- cada um em seu temp~·- tomam conhecimento 
do que já existe sobre o assunto, ou seja, sobre o estado da arte, oferecendo 
contextualização e consistência à investigação. 
Além de visitar e revisitar a literatura, é no capítulo destinado ao refe-
rencial teórico que 9 autor do projeto aponta para o leitor as lacunas que per-
cebe na bibliografia consultada, ou as discordâncias que com ela tem ou os 
pontos que consid.era precisai11 ser confirmados. Lacunas percebidas, discor-
dâncias existentes . ou pontos a ratificar permitem novas propostas, reconstru-
ções, dão vida ao."trabalho científico. 
'o referenci.al teórico tem também outras funções. Por exemplo: 
a. permite que o a1.itor tenha maior clareza na formulação do pro-
blema. de pesquisa; ·:·'\• 
b . facilita a formulação ele hipótes~ e de suposições; 
c. sinaliza para o método mais adequado à solução do problema; 
d. permite identificar qual o procedimento mais pertinente para a 
coleta e o tratamento dos cladus, bem como o conteúdo do pro-
cedimento escolhido; ·- · · 
e . é a sua luz que, durante o desenvolvimento do projeto, são inter-
pretados os dados que· foram coletados e tratados. 
Os insumos para a construção do referencial podem ser obtidos: 
a. na mídia eletrônica; 
b. em livros, periódicos, teses, dissertações, relatórios de pesquisa .e 
outros materiais escritos; 
c. cbm outras pessoas. 
É relevante ler os autores clássicos do campo no qual se insere o pro-
blema. Tarúbém a bibliografia recente, dos últimos cinco aljos. É sá-
DO PHOBLEMA AO HEFERENCIAL TEÓRICO 35 
, · 
bio procurar fontes primanas e evitar traduções, sempre que possível. Fonte 
primária é, como o nome diz, a primeira fonte, aquela que pode desencadear 
outras . 
É útil fazer o levantamento do acervo sobre o assunto, disponível na 
mídia eletrônica e nas bibliotecas. Selecionar as obras que, a priori, parecem 
pertinente's. Ler o sumário ou o resumo dessasi.obras para abandonar as que 
não agregarão valor à solução do problema. Ler também a bibliografia, as no-
tas ele rodapé e as notas e comebtários que podeni. oferecer indicações ele 
outras obras . Igualmente, ler-lhes ;o índic~ ou o ahstract e selecioná-las. Fa,?-er 
leitura exploratória das obras que restaram. Abandonar mais algm:nas, se fd o 
caso. Ler com profundidade as obras que já sofreram as filtragens anteriores . 
Fazer anotações, referericiando nçime e sobrepome do autor, nome ~'a obra, 
local, editora, ano da publicaçãq~· mimem da·. pág.ina de que foi tr~),scrita a 
informaçã.o , Se a anotação. é a transcrição ele algum trecho da 'obra, colocá-la 
entre aspas, para mais tarde lembrar que aquelas palavras foram ditas por outra 
pessoa que não você. _ Tambén): é importante, importantíssimo, registrar con-
clusões pessoais . 
Entrevistas com especialistas, professores e outros profissionais da área, 
ou não, bem como com colegas e amigos com interesses comuns, podem, ser 
ele extrema valia na construção elo referencial teórico. Pessoas familiarizadas 
com o tema podem aprofundar as discussõe~;--polemizar. Pessoas não familia-
rizadas podem fazer as chamadas "perguntas inocentes", não raro provocado-
ras ele retlexão . 
Na construção do referencial teórico, é interessante levantar o que já foi 
publicado a respeito do que está sendo objeto de sua investigação, apresen-
tando várias posiçõe~. teóricas . É bom lembrar que tal apresentação não signifi-
ca fazer o resumo ele várias obras . As vá.rias posições teóricas não clevem;ser 
apenas relatadas de forma resumida; antes, devem ser analisadas e confronta-
das . Lacunas que você tenha percebido nesses trabalhos, isto é, pontos frágeis 
· ou não discutidos, bem como conclusões com as quais você concorda ou di~­
corda, devem ser mencionadas e justificadas. É instigante dialogar (por escrito, 
é claro) com os autores apresentados. A argumentação direcionada para o pro-
blema eleve ser construída com profundidade, coerência, clareza e elegâ.ncia . 
O uso parcimonioso de metáforas, ele histórias ou de poesias para ilus-
trar determinada idéia é interessante. Elas têm o-mérito de quebrar um pouco 
a aridez da linguagem científica e de tor~r mais facilmente inteligível pontos 
que queremos destacar. Weick (1995), pbr exemplo, ao discutir a que,stão do 
sensemaleing nas organizações, cita poemas ele Pablo Neruda. 
Quanto aos adjetivos, esqueça-os de modo geral. Em vez de escrever, 
por exempio, "Como diria o grande Weber ... ", escreva apenas: "Como diria 
Weber ... " 
.... . 
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• 
36 PROJETOS E RELATÓRIOS DE I'ESQLHSA EM ADMINISTRAÇÃO 
. ]~ ~ue estamos f~lanclo de re~àção, vale aqui outra dica. Desde a pri-
r:1et~a pagma de seu projeto e, postenormente, de seu relatório, evite parágra-
fos-Jumbo, aq:1eles que, quando o leitor lê a última palavra, já se esqueceu do 
que se trata, tao grande ele é. Você me dirá que já leH Bourdieu & Passeron ê 
que eles, como outros autores, fazem parágrafos ele mais de uma página. É 
yerdacle . Mas lembre-~e: autores como esses são deuses do Olimpo, formula-
d~res ele grandes teonas . Concessões estéticas têm de lhes ser feitas . Mas nós ... 
Nos somos vis mortais. Temos de conquistar nossos leitores, por muitas vias.Voltemos ao referencial teÓrico. O capítulo deve ser dividido em se-
ções, cada uma .com seu título . No sumário deste livro, você tem um exemplo . 
~a abert~Ira capttl'llar, os títulos devem vir em destaque no alto da página, isto 
e,. em carxa alta (letras maiúsculas), normalmente, em negrito. Não é estético 
gnfar as palavras de um título, nem colocar-lhe um ponto ao final. Nos subtí-
tu~os, .dê um destaq.ue ~iferente. Por exemplo: use l~tra maiúscula apenas na 
pnmetra letra da . pnmetra palavra, ou nas letras it)iciá~s de todas as palavras. 
Mantenha o negnto . Use sua criatividade de modo c. ajudar à leitor. 
Se você utilizar números e letras para destacar .subtítulos, lembre-se do 
que recomendam Gobbes et al. no Manual de redaçào Atlas (1994): após dl 
números cardinais e as letras maiúscli1as ou minúsc~ias, usa-se ponto (exem-
plo: 1. , B., f.) e depois de números romanos e ordihais ele não deve ser ·usado 
(exemplo : II, 3°, 1"} · · 
Na redação, não abuse de transcrição de citações. Citação é menção de 
uma informação colhida em o.utro autor. Pode ser parafraseada ou transcrita. 
Seja parcimonioso com transcrições, para va}orizá-las . Também não faça cita- · 
ções para apoiar uma idéia, se não tiver certeza da linha ele raciocínio ou ideo-
lógica do autor. Igualmente, não cite uma fonte •le s.eguncla mão, fazendo de 
conta que leu o original. 
Se a transcrição tiver até-t~ês linhas, fica esteticamente bonito apresen-
tá-la dentro do próprio parágrafo, mas não se esqueça de colocar as aspas. 
Caso a transcrição comece con1 letra minúscula, depois das aspas finais cole-
ca-se ponto; caso comece com maiúsculas , as aspas finais é que vêem depois 
elo ponto . Se a transcrição tiver mais de três linhas, mude de linha, mude o 
espaço (por exemplo, de 2 para 1) e comece a escrever um pouco mais para a 
direita, tomando como referência a margem esquerda. O uso de aspa~ faetllta-
tivo , no entanto, parece desnecessário, uma vez que já há o destaque grátlco. 
Observe que, ao fazer a transcrição, você deve informar a seu leitor o número 
da página da obra ele onde o trecho foi tirado. Veja o d:emplo-de (a) Maria 
Helena Silva Costa Sleutjes, (q) o de Luis Felipe Chateaubriand B'áracho Ferrei-
rinha Amador e (c) o ele Isao 'Iamamoto, todos diferentes entre si: 
a. Pam Dzn-harn (1988, p. 113) "cabe ao M1~C promover de todas as 
fonnas r;ts experiências de auto-avaliaçào, colocando à disposiçàO 
das instituições·recu.n;os e _,,.zt.hsídiospara que realizem este~ tarefa". 
DO PROBLEMA i\0 HEI'ERENC!i\L TEÓRICO 37 
b. "Só uma teo1'ia mvolu.cionária Çria uma açãO revolu.cionária" afir-
ma Lênin, mencionado por Pereira (1988, p . 87) . 
c. Aléin disso, aforte identidade r:j.osjaponeses com a comunidade f!U. 
cmn o grupo a que pertencem vem produzindo, ·histórica e antro-
pologicamente, o coletivismo, deixando a independência do indiví-
duo para segundo piemo. Ol:?.ctria (1993, p . 22) analisa este ponto: 
. 
Se eventos o~rigam os japoneses a saÍ1-em pélo mundo afom, eles 
carregam cm1sigo status e oh1'igações corno membro da cm?utnida-
de e os rnantên"l. perrnanentemente. Durante a vida inteira, o dijSti-
no de um indivíduo está atrelado ao da própria comunidade . 
. . 
Caso você suprima algu~;na parte da transcrição, ponha parêntese, pon-
·e .parêntése. Assim: ' · 
As i1~certezas (. . .) são vistas pelà âdministmçàO como risco de negócio 
11997: 118). 
O texto suprimido é : que tornam asprevisôes um tmbalbo tâó perigoso. 
Você pode também fazer citações parafraseadas e transcritas ele infor-
bbticlas em simpósios, seminários, conversas, vale dizer, qualquer meio 
nicação oral. Neste c::1so, escreva entre parênteses: informação oral. 
Se. você leu llm texto em língua estrangeira, é natural que, ao transcre-
trecho, queira fazê-lo nessa língua. Está correto. No entanto, é possível 
todos os seus leitores dominem tal língua. Se você quer que seu 
seja lido pelo maior número possível ele pessoas, c9mo resolver o 
Há saídas . Você pode, por exemplo, fazer a transcrição na língua 
e çlepois, ou antes, parafraseá-la em português. Assim: 
"In otb'er words, thou.gbts, cause-e.ffect, stirnulus-response, and suject-oh-
simp()l descríptions of 1noment irt a process" (Weic!J, 7 995: 33). 
Çc/mo se pode depreendeJ~ Weicl:?. alerta:nospara que vejanws pensamento 
de causa e ~feito, estímulo e resposta, S1f:jeito e objeto como momentos 
·9T(~JC€!S.'i(J, não como resultados. 
Outra possibilidade para lidar com a.questão de textos em língua que 
,f<C<IJl'l\J.''. " "' ' é eSCrever a tradUÇãO na nota d;~ rodapé, informando que a tradu-
@ S]:Ia. Por exemplo: \~·;-. · 
• 
"In other wodis, thoughts, ccmse-~fj'ect, stirnulus-response, anel su-
jetc-oNect are simp(y descriptioni (~l rnornent in a process" (Weicl?., 
1995:33) .1 
.1. Em 01 J.tras palavra: . .-, pensamentos, cattsa-efeito, estírnt tio-: resposta e 
· S1f:jeito-ol~jeto .~ão simplesmente descTiçôes de 1 mt momento em um 
p1~ocesso . (Trad-tt.çào livre do autor deste projeto.) 
'• . 
• 
I 
'I 
• 
38 PROJETOS E I(ELi\TÓ RIOS DE !'ESQUIS/\ EM ADMINISTRAÇÃO 
É possível que você considere ser melhor não transcrever o trecho na 
líD.gua estrangeira, mas traduzi-lo log(). Tudo bem, desde que você faça uma 
nota ele rodapé informando o leitor de que a tradução é sua. 
'Se a menção não for transcrição, d!;:vem aparece!" o sobrenome do autor 
e o ano da obra. Por exemplo : (Morin, 1977). Se for transcrição, a esses dados 
deve ser acrescentado o número da página de onde se retirou o trecho. Por 
exemplo: (Morin, 1977:48). Como você percebeu, no último exe~1plo o ano ela 
obra e o número ela página estão separados por dois-pontos. No entanto, de 
acordo com a NBR 10520/ 1992 da ABNT, podem também vir ·separados por 
vírgula e a abreviatura da palavra página: p . Veja o exemplo retirado ela pró-
pria norma mencionada: 
A produçàn de lítio começa em Searles Lalee; Califr.Jrnia em 19;28 
(Mumhnrd, 1949, p . .573). 
Se a menção referir-se a vários autores, coloque-lhes o ·sobrenome em · 
ordem alfabética e o ano ela obra. Por exemplo: 
Sobre isso já discorreram longamente Guerreiro Ramos (1981), Ha-
hermas 0963), Hor!?.heimer (1947), Radnitzky (1970) e tantos outrfJs. 
:- O nome elo autor, o an(') da obra e a página podem vir escritos no texto 
como nos exemplos fornecidos. Mas pode ser usado também um sistema nu-
mérico. As citações são seqüencialmente numeradas . Os números devem vir 
entre parênteses, entre colchetes ou um pouco acima da linha do texto. Por 
exemplo: 
"Uma tese estuda um o~jetn por meio de determinados instrumentos."! 
Na referência bibliográfica, a fonte é explicitada com a numeração cor-
respondente. Assim: 
2 . ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo : Perspectiva, 
1988. 
Se você tiver optado: pelo sistema autor-data use-o todo. o tempo; se 
escolheu o sistema numérico, use-o também o temp~ todo. Não os misture. 
Um detalhe: se você Ótar dois ou mais autores com o mesmo sobreno-
.!' me, acrescente a inicial de seu prenome. Dessa forma: 
Motta, P .. (1989) 
Motta, F. (1992) 
Se ui11··autor tiver duas obras no mesri1o ano, acrescente letras minúscu-
las. Assim: Giuliano (1996a), Giu.liano (1996h) . 
DO l'liOBLEIVlA AO REFERENCIAL TEÓRICO 39 
No que concerne ao uso de abreviaturas, seja também parcimonioso. 
· devem ser evitadas, a não ser que já sejam consagradas, como: NT (nota 
li,tadutor), op. cit. (obra citada) e outras. 
Qu~nto ao iiso ele sigbs, alguns cuidados devem ser observados . Por 
exerüplo: na primeira vez que você citar unp organização, escreva seu nome 
pm extenso, ao tlnal coloque um hífen e, depbtsl a sigla. Assim: Fundação Getúlio 
i\:lia•rgas ~ FGV. No restante elo texto, basta que;:você escreva a sigla: FGV. 
. . 
· Há o caso também ele abreviaturas elo nome ele uma. organização, que 
· hvrmani palavras . Nessecaso, elas · são escritas com: inicial niaiúscula . Exem-
plo~: Petrobrás, Embratel, Telebrás'. 
. ~ · . : É possível qu'e no corpo dq;referemÚal teórico você queira colocar no-
tas ele rodapé. Elas. têrí1 a função de fazer uri1a referência a alguma obra men-
. cionacla ~ podem "ir acompanhadas ele .Ç.~mentários. As notas ele rodapé ele-
.· vem vir separadas do texto por uma p~liena linha horiiontal à esquerda ela 
to lha e devem vir npmeraclas em algarismos arábicos, em ordem seqüencial. 
· ·Esse número tambérn eleve vir no texto. Exemplo: 
AKTOUF 1 en~ernle por admi1iistraçàcJ tradicional aquela cz~;jas ba-
ses conceituais se revelam como.t doutrina desencadeada nos USA do · 
pós-guerra, da qual estâo impregnadas émpresas e pessoas. 
7. Veja-se A administração entre a tradição e a renovação, pu-
. hlicado pela Atlas" e1~t 7996 . . Omar Akt01f( é professm-, pesquisa-
dor e consultor do_.Canadá . · 
f.·, . 
Se, no · rodapé, você está;:méncionando uma obra pela primeira vez, 
. . 
ponha a referência bibliográfica completa . Nas citações subseqüentes ela mes-
ma obra., você pode üsar as expressões ibidem ou id. (na mesma obra), idem 
ou id (igual à ante-ríor), opus citatum ou op. cit. (obra citada). Uma ressalva, 
porém: não podem aparecer obras diferentes 'elo mesmo autor, intercaladas com 
aquela primeira mencionada. Se aparecer, você tem ele recomeçar com a refe-
rência. Por exemplo: 
1. HA WKING, Stephen W. Unia breve história do tempo. Rio de Ja-
neiro : Rocco, .7 988. 
2 . Ibidem . 
3 . HA WKING, Stephen W Buracos negros, universos-bebês. Rio de 
Janeiro : Rocco, 1995. 
4 . HA WKING, Stephen W Uma breve história do tempo. Op. cit. 
Se você fizer uso de ilustrações, como tabelas, figuras, fórmulas e sím-
bolos , alguns cuidados elevem ser observados . Eles elevem vir o mais próximo 
... 
........... ~ .. ·. '-.. -. 
.... .. ,,-·. . ..,, 
~ .·· 
•••• 
: · .~.; .. 
·. · -~ ... . ~~·..:• .... 
• 
40 : PROJETOS E RELATÓRIOS DE PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO ~ • I 
possível da parte do texto na qual são citados e dev~m ter numeração arátii4 
seqüencial. A numeração de tàbela, todavia, é uma; a de figura, outra. Figuras, 
conforme a ABNT (NBR 10719/1989), são imagens visuais, como mapas , foto-
grafias, desenhos, esquemas, diagramas. Tabelas combinam palavras e núme-
ros . À numeração, segue-se o título da ilustração, colocado abaixo dela se for 
figura e acima se for tabela. Veja os exemplos fornecidos por João Paulo Vieira 
Tinoco e por José Roberto Gomes da Silva, respectivamente: 
Necessidades da 
gerência e usuários 
fluxo de controle 
fluxo de dados 
Interesses pessoais 
e motivações 
Situações novas 
Figura 1 Os seis passos do p1-'ocesso político. 
Interações 
Observações 
sobre pessoal 
Como dito, o título é escrito abaixo da figura . Tal não se dá quando se 
trata de tabela. Veja: 
.~ 
.. 
• 
I 
DO I'ROBLEI'v!A AO 1\EFERENCIAL TEÓHICO 41 
Audiência de rádio·AM e. rM na praça do Rio de]aneiro, acima dos 
70 anos de idade. 
Faixa etária Rádio AM (%) FM (%) 
10/14 3 9 
15/19 4 
.: 18 
20/24 6 20 
25/29 7 . 16 
30/39 19 19 
40 + 61 18 
É possível que uma tabela inteira não caiba em uma página. Nesse caso, 
continue na página seguinte, porém há um detalhe a cumprir: não ponha qual-
quer traço horizontal no local em que a tabela for interrompida; escreva a pa-
l~vra continua. Na página seguinte, coloque a palavra cont·inuação, repita o 
título e continue a tabela . 
Uma dica: não escreva "na tabela acima (ou abaixo)" se não tiver certe-
{ia da localização porque, diagr~mado.o texto, tal tabela (ou tal flgura) pode . 
·não estar acima (ou abaixo). Para evitar confusões, mencione o número da 
tabela ou da figura. Assir1-1: "Co11fonne pode ser visualizado na Tabela 7. .. " Re-
p·are que, ao referir-me no texto à tabela (ou à figura), escrevo com inicial 
maiúscula. 
Se a tabela ou a figura for de outro autor que não você, escreva abaixo 
a pala.vra Fonte e faça a referência. 
É possível que você faça uso de alíneas no texto . Q trecho qu e as an-
.,tecede deve terminar com dois-pontos; elas devem ser brdenadas por letras 
minúsculas seguidas de ponto; cada alínea deve começar com letra minúscula 
e terminar com ponto-e-vírgula, exceção feita à última que·ganha um ponto, e 
· a segunda linha e seguintes da alínea devem ·começar ~ób a primeira letra da 
matéria da alínea. Assim: 
O Projeto ECT-ano 2000 teve os seguintes o~jetivos: 
a . fmnecer à di1"etoria da empresa uma visào idealizada da organi-
·' zaçáo para q ano 2000; 
h. estabelecer um plano estratégico ahmngendo a ~lécada de 90, con-
tendo as linhas de açâo necessárias à concretização do o~/etivo 
cuzterior; 
c. :..-intetizar o pensamento do corpo dirigertte, técnico e rep7-esentati-
vo dos empregados, relativo à siiuaçào ita ECT no ano 20QO; 
. ·; 
• 
• 
• 
42 l'l!O.JETOS E HELATÓ HIOS DE PESQUISA EM i\DMINISTHAÇÃO 
d . leuar ao conhecimento de todos os emp7'egados o papel e a missãO 
pretendidos para a HCT-a·no 2000. 
No que diz respeito à redação em geral, vale a pena dar-lhe algumas 
dicas. Por exemplo: 
a. você pode usar expressões como passim, seq., em vez de seu cor-
respondente em português: aqui e ali (passim) e seguinte (seq.); 
b . ao escrever alguma palavra ·estrangeira, faça-o em itálico, caso ·es-
teja usando letra non'nal , ou use negrito, .ou sublinhe. Não utilize 
aspas. Reserve-as para a transcrição de citações; 
c. números cardinais até nove devem vir escritos por extenso; a par-
tir cLaí, em algarismos . 
d. jan1~is comece uma frase com números, a não ser que sejam es-
critt;>s por extenso; 
e . números na ordem de milhar que se refiram a ui:lidades devem vir 
· separados por pontos. Exemplo: R$ 7.000,00; 5.000 candidatos; 
1.000 kg. No entanto, quando esse número indicar ano, não se 
usa o ponto. Exemplo: 1997; 
f. quando quiser indicar século, use algarismos romanos . Por exem-
plo: h\tamos no Umiar do século XXI; 
g. escreva com minúsculas, nomes derivados . Exemplos: A premissa 
weberiana,_;~; nào'.sâo pouca.~ as críticas ao ke_ynesianismo; discu-
te-se, entâo, a geometria euclidiana; 
h . "bloque" os parágrafos, isto é, dê um espaço maior entre a última 
linha ele um parágrafo e a primeira ele outro. Esta disposição eles-
cansa a vista elo leitC?!i . . ' 
. ' 
i. evite palavras inteiras com maiúsculas no meio do texto, ou e.m 
negrito, ou sublinhada, como forma de :chamar a atenção do lei-
tor. Esta deve ser aguçada pelo conteúdo do texto, mais do que 
pela forma; 
j. evite o uso de parênteses, que cansam o leitor; 
L evite o uso da expressão etc., porque nela cabe tudo e seu traba-
lho perde . .n,i1,\ito d~ precisão perseguida; se usar, não lhe ponha 
vírgula antes; 
m. cuidado com as palavras onde e através. A primeira eleve ser usa-
da quando referir-se a local; a segunda, quando significar "atra-
vessar", não sendo, portanto, sinônimo de "por meio de" . 
. ·;· 
Outras dicas você descobrirá na leitura atenta de diferentes e compe-
tentes autores e nos comentários que pessoas· fazem a respeito elo estilo desse 
... 
. 
• 
-. 
DO PROBLEMA AO HEFERENCJAI. TEÓHICO 43 
daquele autor. Provavelmente, eles lhe p_rovocarão insigbts que tornarão 
seu trabalho mais agradável de ser lldo . 
Este capítulo foi dedicado a explici.~ar o que são hipóteses e suposi-
·ções, vistas como respostas antecipadas aÓ problema, a alertar que o leitor 
deve ser informado sobre quais são os limites de seu estudo, bem como por 
qual motivo ele é importante e esclarece que alguns termos-chaves de;>. estudo 
podem ser previamente definidos . Mencion.a que o referencial teóri<!.0 busca 
. . 'li• . 
não só apresentar o estado da arte sobre o assunto, como também informar o 
leitor sobre as lacunas que você percebeu na ,iúeraturaexistente e que _preten-
de suprir com seu estudo, ou pontos com os quais você não concorda e ten-
Ciona discutir. Várias sugestões referentes à forma de apresentação do referen-
.cial teórico são apresentadas . · 
i· 
•. 
' 
. ·: 
4 
COMEÇANDO A DEFINIR A 
METODOLOGIA 
'• . 
,. 
Existem vários tipos de pesquisa e descrevê-los é o opjetivo deste capí-
tulo . Também é seu objetivo apresentar conceitos e exemplos sobre popula-
ção, amostra e seleção dos sujeitos . 
4.1 TIPO DE PESQUISA 
O leitor deve ser informado sobre o tipo de -pesquisa que será realiza-
da, sua conceituação e justificativa à luz da investigação específica. 
Há várias taxionomias de tipos de pesquisa, conforme os critérios utili-
f:\ados pelos autores. Aqui, proponho dois critérios· básicos: 
a . quanto aos fins; 
b . quanto aos meios . 
" . . 
Quanto aos fin~ , uma pesquisa pode ser: 
a . exploratória; .. 
·. 
b. descritiva; 
c. explicativa; 
d . metodológica; 
e. aplicada; 
f. intervencionista. 
Quanto aos .meids de il)vestigação, pode ser: 
. a . pesquisa·de campo; 
b. pesqu,isa de laboratório; 
.. 
.· 
CÕMEÇANDO A DEFINIR A METODOLOGIA 45 
c. telematizada; 
d. documental; 
e. bibliográfica; 
f. experimental; 
g. ex postfacto; 
h. particlpante; 
i. ·pesquisa-ação; 
j. estudo de caso . 
.· 
. )r;> A investigação exploratória é realizada; em área na qual há pouco conhe-
. cimento acumulado e sistematizacto' Por sua natureza de sondagem, não com-
porta hipóteses que, todavia, poderão stu·gÚ· durante ou ao final da pesquisa. 'j "· 
:__:p A pesquisa descritiva expõe c:u:acy;rísticas --de determinada população 
ou de determinado fenômeno. Pode também estabelecer correlações entre va-
riáveis e definir sua natureza .' Não tem compromisso de explicar os fenômenos 
que descreve, embora sirva clé _base para tal explicação. Pesquisa ele opinião 
insere-se nessa classificarão. · · 
' I? " 
--{- ·~;::-- A investigação explicativa tem como principal objetivo tornar algo inte-
ligível, justificar-lhe os motivos. Visa, portanto, esclarecer quais fatores contri-
buem, ele alguma forma·, para a ocorrência ele determinado fenômeno. Por 
exemplo: as razões do suce~so de determinado emp,reendimentQ. Pressupõe 
pesquisa descritiva como base pa:·a suas explicações. ) • . ~-
Pesquisa metoclológic·a é o estudo que se refe~e a instrumentos ele c~­
tação ou de manipulação ela realidade . Está, portanto, associada a caminhos, 
- . I 
-formas, maneiras, procedimentos_ para atingir determinado finF:: Construir um 
instrumento p:ua avaliar o grau ele descentralização decisória de uma organi-
zação é exemplo de pesquisa metodológica. 
-; A pesquisa aplicada é fundamentalmente motivada pela necessidade de 
~ver problemas concretos; mais imediatos, ou não . Tem, portanto, finalida-
de prática, ao contrário da pesquisa. pura, motivada basicamente pela curiosi-
dade intelectual elo pesquisador e situada sobretudo no nível da especulação. 
Exemplo de pesquisa aplicada: proposta de mecanismos que diminuam a in-
fecção hospitalar. 
A investigação intervencionista tem como principal objetivo interpor-se, 
interferir na realidade estudada, para modificá-la. Não se satisfaz, portanto, em 
apenas explicar. Distingue-se da pesquisa aplicada pelo compromisso de não 
somente propor resoluções de problemas, mas também de resolvê-los efetiva e 
_ participativamente. . 
·: l:> ~ Pesquisa de campo. é investigação empírica realizada no l-ocal onde ocor-
re ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo. Pode 
Mauro
Realce
Mauro
Realce
: . 
• 
. ·. 
46 I'H< >.WI"< >S E 1\ELATÓIUOS DE I'I 'SQliiSi\ EM i\DMii--IISTRi\ÇÀO 
incluir entrevistas, aplicação de questionários, testes e observação participante 
ou não . Exemplo: levantar com <OS usuários do Banco X a percepção qóe têm 
so~tf o ,atendimento ao cliente. 
Pesquisa ele laboratório é experiência realizada em local circunscrito, já 
que i1o campo seria praticamente impossível realizá-la. Simulações em compu-
... taclor situam-se nesta classificação. 
:. . . 
A pesquisa telematizada busca informações em meios que combinam o 
uso de computacl,or e de telecomunicações. Pesquisas na. Internet são um exem-
plo . 
. -
Investigação doct1mental é a reálizada em documentos conservados no 
interior de órgãos públicos e privados de qualquer natureza, ou com pessoas: 
registros, anais, regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, co-
municações informais, filmes, microfilmes, fotografias, vídeo-tape, informações 
em disquete, diários, cartas pessoais e outros. O livro editado pela Fundação 
Getúlio Vargas e pela Siciliano em 1995 sobre a vida de Getúlio Vargas é, ba-
_,sicamente, apoiado em pesquisa documental, notadamente, o diário de Vargas . 
r
l (_\.J- 1.~ Pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base 
'eÍ11 material publicado em livros, revista~, jornais, redes eletrônicas, isto é, ma-
terial acessível ao público em. geral. Fornece instrumental analítico para qual-
quer outro tipo de pesquisa, mas também pode esgotat~e em si mesma. O 
\ material ' publicado pode sc;.r fonte primária ou secundária.! Por exemplo: o li-
\ vro Princípios de administn;tçào cient(fica, ele Freclerick W. Taylor, publicad? 
l 
pela Editora Atlas, é fonte primária se 'cotejado com obras 'de outros autores 
que descrevem ou . analisam tais princípios . Estas, por sua vez, são fontes se-
! .cundárias. O material publicado pode também ser fonte de primeira ou de 
\ segunda mão. Por exemplo: se David. Bohn escreveu um àrtigo, ele é fofl:t~ 
\ 1Jrimária. No entanto, se esse artigo aparece na rede eletrônica editado, isto é, 
.t ~om cortes e alterações, é fonte de segunda mão. . 
" Pesquisa experimegtal é investigação empírica rla qual o pesquisador 
manipula e controla variáveis independente$ e observa as variações que tal 
manipulação .e controle produzem em variáveis dependentes. Variável é um 
valor que pode ser dado por quantidade, qualidade, característica, magnitude, 
variando em cada caso individual. Exemplo: na expressão sociedade glohaliza-
da, globalizada é a variável do conceito soCiedade. Variável independente é 
aquela que inl1uencia, determina ou afeta a dependente. É conhecida, aparece 
antes, é o antecedente . Variável dependente é q.quela que vai ser afetada 
pela independente. É descoberta, é o conseqüente. A pesquisa experimental 
permite observar e analisar um fenômeno, sob condições determinadas. O 
estudo de Elton Mayo, em Ha'Ythorne,' é um bom exemplo de pesquisa ex-
perimental no campo. Todavia, também se pode fazer investigação experi-
mental no laboratório. 
Mauro
Realce
Mauro
Realce
Mauro
Realce
- - - --- ----- ---
•. 
.. 
COMloÇANDO A DEFINIR A METODOI.CX;IA 47 
. . 
. . . . 
Investigação ex post facto refere-se a uni. fato já ocorrido. Aplica-se quan-
do o pesquisador não pod~ ~ontrolar ou manipulai· variáveis, seja porque suas 
manifestaÇões já ocorrei:am, seja porque as variáveis não são éontroláveis. A 
impossibilidade de 'manipulação e controle elas variáveis distiFi"gue, então, a 
pesquisa experimental da ex postfacto. . 
A pesquisa participante não se esgota na figura dÓ pesquisador. Dela 
tomam parte pessoas implicadas no problema sob _investigação, fazendo com 
que a fronteira pesquisador/pesquisado, ao contrárío do que ocorre na pes-
quisa tradicional, seja tênue. 
Pesquisa-ação é um tipo particular de pesquisa partici~nte que supõe 
intervenção participativa na realidade social. Quanto aos fins· é, · portanto, in-
tervencionista. 
Estudo de caso é o cir.c~nscríto a uma ou poucas unidades, entendidas 
essas como uma pessoa, umá família , ·uiú produto, uma er:npresa, uin órgão 
público, uma comunidade ou mesmo um país . Te1,1l. caráter de profundidade-h= 
detalhamento. Pode ou nãoser realizado no c.ampo. 
Uma observação: os tipos de pesquisa :comG você, certamente, já perce-
beu, não são mutuaÍ11ente excludentes . Po{ exemplo: uma pesquisa pode ser, 
ao mesmo tempo, bibliográfica, documental;..:de campo e estudo de caso . 
• Veja os exemplos de Letícia Silva de Oliveira Freitás e de Luís Alexan-
.- dre Grubits de Paula Pessoa: 
- .o Problema: 
Quais as percepções, expectativas e sugf]stões dos trabalhadores em e~t-­
caçào da UFRJ. quanto a sua política de qz{al~ficaçào pàra esse segmento? 
Tipo de pesquisa: 
. Para a class(ficaçâó da pesquisa, toma-se como base a taxionomia apre-
sentada por Vet-gara (7 990), que a qual(fica em relaçào a dois aspectos: quanto 
aos fins e quanto aos 1neios. 
Quanto aos .fins, a pesquisa .<ierá exploratÓria e descritiva . .bXplomtó1'ia 
porque, embora a UFRJ seja uma im;tituição com tradiçào e alvo de pesqu.isas 
etn diversas áreas de investigação, nào se ver(ficozt a existência de estudos que 
abordem a política de qual(ficaçào de seu quadro de funcionários com o ponto 
de vista pelo qual a pesquisa tem a intençàó de.' abordá-lo. Descritiva, p01-que visa 
desc_rever percepções, expectativas e sugestões do pessqal técnico-administrativo de 
i. nível superior da UFR], acerca de sua política de qual(ficação de pessoal. 
Quanto aos meios, a pesquisa será bibliogrqfica, documental e de cam-
po. Bihliogrqfica, porque para a fundamentáçào teórico-metodológica da. tra-
balho será realizada investigaçào sobre os seguintes assuntos: evoluçào das or-
ganizaçàes e recursos humanos, setor de recur.sos humanos, planejamento e ad-
11 • 
1, .. 
.. .,.,...... ---
I 
I 
I 
I 
.. 
'·.J ' . 
48 I' i{( l.JEH >S E HEI.AT(JH!OS DE PESC)LIISi\ EM i\llMINISTIMÇÀO 
rninistraçào de pes:..-oal, quafificaçào de pessoal, política educacional, missão 
da u.nivel~,·idade, quadro de pessoal de urna unive1'Sidade. A irwesti[?ctçào será, 
'tarnhérn, documental, porque se valerá de documentos internos à Uf<Rj que di-
gam respeito ao objeto de estudo. A pesquisa será de campo, porque coletará 
dados Pl'irnários na UJ .. RI 
o Problema: 
Tendo em vista a análise da geração de emprego direto e indireto, quais 
•• as metodologias de halançô social atualmente utilizadas? 
.f 
•: 
... 
Tipo de pesquisa: 
Considerando-se o critério de class~ficaçàO de pesquisa proposto por Vér-
gam (7990), quanto aos fins e quanto aos meios, ten1-se: · 
a. quanto á os fins- trata-se de urna pesquisa desc1'itiva, pois .preten-
de expor ·cts características das metodologiás de balanço ,i;ocial 
atúaltnente tÚilizadas; 
h. {juanto aos 1Úeios- trata-se de pesquisa, ao mesmo tempo, hihlio-
gráfica e documental. 
Class{j'ica-se como pesquisa bibliográfica, pois se recorrerá ao uso de 
material acessível ao público, em geral como livros, artigos e halcmços sociais 
já publicados, embora estes ~efam apresentados deforma excessivamente agre-
gada . 
A pesquisa é târnbétn docu1nental, po1'que será Jeito 11.so de documentos 
de trabalho e relatôrfc~s de cqnsulto1'ias p1-ivadas, ·nàO disponíveis para consul-
tas públicas. 
·~ 
4.2 'UNIVERSO E AMOSTRA 
,:. Trata-se de definir toda a população e a população amostrai. Entenda-
se a.qui por pop~açã~ não o númer? de habitantes de . Üm local, como é larga-
mente conhecido o termo, mas um conjunto de elementos (empresas, produtos, 
pessoas, por exemplo), que possuem as características que serão objeto ele 
estudo. População amostrai .ou amostra é uma parte do universo (população), 
escolhida segundo algum critério de. representatividade. 
Existem dois tipos de amostra: probabilística, baseada em procedimen-
tos estatísticos, e não probabilística. Da amostra probabilística são aqui desta-
cadas a aleatória simples, a estratificada e a por conglomerado. Da amostra 
não probabilística, clestacanl.-se aqui aqudas selecionadas por acessibilidade e 
por tipiciclacle. Eis como podemos entendê-las: 
Mauro
Realce
-:" .... 
, ·. 
COMEÇANDO J\ DEPINIR A METODOtOGIA 49 
aleatória simples : cada elémento da população tem uma chance 
determinada de ser selecionado. Em geral, atribui-se a cada ele-
.. mento da população um número e depois faz-se ·a: seleção aleato-
. riai11ente, casualmente; · 
estratificada: seleciona uma ~mostra de _cada grupo da população, 
por exeü1plo, em termos de sexo, idade, profissão e outras va-
·- riáveis. A amostragem estratificada pode ser proporcional ou não. 
A amostra proporcional define para a amostragem a 111esma pro-
po~ção observada na população, com referência a uma proprieda-
de . Por exemplo: suponhamos que, ri.a população global de mes-
trandos, 65% tenhfl.m entre 21 e 34 anos e 35% tenham entre 35 e 
45 anos. A amostra deverá obed~cer a essa mesma proporçã~ no 
que se refere à idade dos mestrandos· · 
. . ' 
-c: por conglom.erados: ?eleciona conglom.erados, entendidos esses 
com.o e ir1.presas, edifíciOs, fái.TiíÜas, ·quarteirões, universidades e 
outros e1.en1entos. É 1ndicada quando a identificação dos elemen- , 
tos da .• pstra é muito difícil, ·quando ~ lista de tais elementos é 
pouco Pf1ttca; · -~. : 
d. por aces.sibilidade: longe de qualquer procedimento es.tatístico, 
seleciona:elementos pela facilid;rde de acesso a eles; 
e: por tipicidade: constituída pela seleçã:o de elementds que o pes-
~· quisador consi:dere ~epre'sentativos da populaçã~-alvo, o que re-
quer profundo conb.~cimento dessa •população. 
. . ' 
Exis.tem outros tipos de amostra e facilmente vqcê p~cierá descobri-los. 
Aqui, destaco os exemplos fornecidos por Flávio Murilo Oliveira de Gouvêa e 
pGr Vera Lúcia de Almeida Corrêa, respectivamente: 
o · Título do projeto: 
Adoção de prop1'iedades municipais por empres.as- o caso da Praia d& 
Çopacabana 
Universo e amostra: 
O universo da pesquisa estan:t referido aos grupos diretamente envolvi-
dos na formulação, implementação e análise da adoção de propriedades muni-
cipais por empresas, alé1n de USU.Ú1'iOS. Com relação a estes, O tipo de ·arnostra-
.:em utilizada será a e/trat~ficada rtão proporcional, que parece ser a mais ade-
quada no presente cas.o. ;. 
o Título do projeto: 
Sistema alternativo e sistema convencional de ensino: uma análise de 
custo-eficiência 
- ''"~ - '-.. -. 
i 
i . 
I 
I 
• 
• 
·-· ·~"' .,.;( ... .., .... 
50 . PROJETOS E HELATÓRIOS DE PESQlllSA EM ADMINISTRAÇÃO 
Universo e amostra : 
No Município de Porto Alegre, no período 7985/1988, formn implanta-
dos 19 Centros Integ~-ados de EducaçáO Municipal- C1FMs- sendo cinco espe-
ciais, isto é, dedicados ao atendi1nento escolar de crianças excepcionais. Dos 14 
restantes, três estão localizados em Vila Restinga, onde é alta a concentração 
da população de baixa renda. Pttra compor a amostra aleatória simples da pes-
quisa, selecionou-se o CIEM Lany]o ... .-é Ribeiro Alves, localizado· naquela Vila. 
No Município do Rio de .Janeiro, a proposta de construção de 500 Cen-
tms Integrados de Edtt.caçáo Pública- CIEPs ~, ·náo foi alcançar;la. Segundo da-
dos da Unicarnp (7989), bá 124 CIE'Ps ern.fll.itaionarnento. Desses, somente o do 
bairro da Ca.tete permanece com a proposta original. Assim, ele foi selecionado 
para co1np01- a amostra. 
. . 
Para a-cif'mparaçào com as escritas c<Jnvencionaís, buscaram-se aquelas 
que apresimta~.;;sem alguma proposta em conúun coni o ... .-· CIF;Ps!CLhMs. No Rio de 
'Janeiro, existem três dessa;· e ... .-colas, a saber:· Lúcia Miguel Pereira, em Sào Ccm-
rado, Gold(,t Meir, na Barra d<f TUuca, e Edmundo Bittencourt, em Sào ·cri_,,._ 
tc')vâo. Escolheu-se esta última, ·qué atende à populaçáo do conjunto babitacio:. 
J~al Mendes de Morais, para também compor a atnostra. 
Por inexistir proposta semelhante no Município de Porto Alegre, optou-se 
por investigar, tamhé:m no Rio de .Janeiro, a b\·cola Municipal Lúcia Miguel Pe-
reira, que atende a alunosda rcwela da Rocinha. 
Cabe aqui fust?jl.car o tamanho da anzostra, com a opiniâó de Castro 
(1980, p. 93) 
. ; 
(. .) em urna rede "escola~ governa_mental, padmnizada, cr?m níveis 
fixos de saládos e construçôés feitas segundo os mesmo.'\ módulos, a 
tnera amostragem de uma ou duas escolas pode produzir estimativas 
de custos qz.:í.e tenham um grau Sl!·ficiente 1,te representatividade para 
esse tipo de escola. 
.. ' 
4.3 SELEÇÃO DOS S!JJEITOS 
. .. 
Sujeitos da pesqLi.isa são as pessoas que fornecerão os dados de que 
você necessita. Às vezes, ::confunde-se com "universo e amostra", quando estes 
estão relacionados com pessoas. Veja os exempl'bs de Denize Alve~. e ele An-
drea Ferraris Pignataro: ' ' · · 
o Título: 
Cu.ltu.ra da qualidade e qú'alidade . de vida: as percepçôés dos tnthalha-
dores inseridos em programas de qualidade 
• 
P. 
l 
I' 
' 
l ) i -
COMEÇANDO A DEFINI!\ A METODOI.O<;JA 51 
Seleçào elos sujeitos: 
Os sujeitos da pesquisa .serâo '·o.~ trabalhadores participantes de progm-
. '; . 
mas de qualidade, hem como c~ssistentes sociais que trabalham em empresas que 
po.:Osue1n progra:-has de CJ1talidcide há tnais dé doi.\· :anos. E,·te tempo é relevante 
pm-qu.e, de acordo cmn &llconi 0992), a cultzt.ra ;da qualidade, que insere no-
vas técnicas de padronizaçào e rotina de trcd?alho, no prazo máximo de dois a 
três anos pode q{erecer à ernpresa excelentes r'ysultados. Comô as mudanças vâo 
6correndo à medida que no1Jos ualrn-es sào c!Nseminados, é necessário certo tem-
po para ~çt! disseminaçáo e ahsrn-çáo. Nâo é por inrtra razâo que os sujeitos da 
pesquisa.deverâo estar vincr;lados a unJ,a ·mesma empresa, no 1nínimo, há um · 
ano. 
_· o Título: 
h~fonnaçào corrtjYlt.tadm-izada: resistêr.tcia, recuperaçâO e disseminaçào 
Seleção elos sujeitos.: 
Os S1f:feitos da pesquisa serão os técnicos em i1?fimnática e os.fimcioná1:ios 
nâó especialistas em i1~{ormática, pe1'tencentes à Diretoria de Ad~inistraçào e 
ao ~entro de 1~/(mnaçáo Cientffica e Tecnológica da Hmdaçáo o.:.:waldo Cruz. 
Os exemplos a presentaclos ençerram este capítulo que tratou ele clesCfe-
·_. ver uma taxionomia de tipos de p:esquisa, esclarecendo que nem sempre eles . 
são' mutuamente excludentes. Ofereceu indicações sobre população e amostra, 
entendida esta como parte daquela, bem coní.o "Sobre sujeitos da pesquisa, .;€11-
tendidos como p·essoas que forn~çem os dados de que você precisa. 
• 
.' ; . 
fi 
.... 
.. 
' . 
..• 
5, 
TERM~NAND·o O PROJETO DE 
:PESQUISA 
.. 
:· 
.. 
Conceitos relativos à coleta ·e ao tratamento dos daélos assim como os 
lemb'retes sobre as limitações que qualquer ·método possui, sdo aqui apresen-
tados. O capítulo inclui regras de indica2ão 0a bibliografia consultada e dos 
anexos. Sugestõ.~s adicionais são também oferecidas. 
5.1 COLETA DE DADOS 
Na coleta de dados, o leitor deve .ser informado como você pretende 
obter os dados de que precisa para responder ao problema. Não se esqueça, 
portanto, de correlacionar os objetivos aos meios para alcançá-los,. bem como 
de justificar a adequação de um a outro. Se você optar pela formulação de 
questões, em vez da definição <:te. objetivos intermediários, a correlação deverá 
ser feita entre guestões e meios para respondê-las . Em se tratando de pesquisa 
ele campo, por exemplo, esses meios podem ser a observação, o questionário, 
o formulário e a entrevista. Os ·dados também podem set. coletados por meio 
ele técnicas interativas diversas, como os wor!~{twps, por êxemplo. 
A observação pode ser, s'imples, ou.4irt[clp·;~ti! Na observação qimHles, 
você mantém certo distanciamento do grupo ou da situação que tenéiona estu-
. dar; é · um espectador n'ão interativo. Na observação participante, você Já :está 
engajado ou se . engaja na vida do grupo ou na situação; é um ator ou um 
espectadôr interativo, como' no caso em que você usa o método etnográfico, 
por exemplo. ., 
0 q'UeSt~onário caracte,riza-se por Ul11j- S~rie de questÕeS apresentadas 
ao respondenté , por escrito. Às vezes, é cha~'adp de teste, como é comum em 
pesquisa psicológica; outras, é designado pór escala, quando quantifica res-
postas. O questionário pode::ser aberto, pouco ou não estmturado, ou fecha-
do, estruturado. No questiorlário aberto, as respostas livres são dadas pelos 
respondentes; no fechado, o tespondente faz escolhas, ou pondera, diante de 
i: I 
i! I 
Mauro
Realce
Mauro
Realce
" 
- - - - - ~----
.. 
TERMINANDO O PROj.ETO DE PESQUISA 53 
alternativas apreseqtadas . ym qúestipnário não deve ter mais do que r.:ês tipos 
'çte questões, para não confundir o 'respondente. Por exemplo: um grupo de 
pergunta5 que o levem a atr~buir grau, outro que·o leve a marcar sim ou não, 
outro que o leve a ordenar tópicos. O ideal é um·lÍnico tipo, mas às vezes isso 
é limitador. O questionário também precisa ter um número de questões que 
5!eja adequado 'à obtenção da resposta . ..ao problema: que se busca, mas que 
pãc> canse o responclente. O questionário pode ser · enviado pelos Correios, 
por alguém que se disponha a fazê-lo ou pode ser apresentado na mídia ele-
trônic;a. Mas lembre-se: não é fácil a obtenção de questionários respondidos . 
Se vÓcê quer tê-los ele volta em núri1ero que seja significativo, trate de acom-
panhar sua aplicação. Telefone para as pessoas, passe telegrama, use o e-mail, 
enfim, faça algo que provoque o maior.retorno possível. · 
O formulário é ummeio-termó entre questionário e entrevistà. É apresen-
taclo por escrito, como no questionário; ri1âs é você quem assinala ~s respostas 
que o .respondente dá oralmente. Como se faz no censo do IBGE, por exemplo.: 
A entrevista ~ · um procedimento no qual você faz perguntas a alguém 
que, oralmente, lhe i·esponde~ A presença física ele ambos é necessária no mo-
mento ela entrevista, mas se você dispõe ele mídia interativn, ela se torna dis-
pensável. A entrevista pode ser infõrmal, focalizada ou pqr pautas/Entrevista 
informal ou aberta é quase uma "conversa jogada. fora", mas tem um objetivo 
específico: · coletar os dado; de que voG:ê ne<::çssitaJ~trevista focalizada tam-
bém é tão· pouco estruturada quanto a informal, porém já aí você não pode 
deixar qué seu entrevistado návegue pelas ondas ele múltiplos mares; antes, 
apenas um assunto clev~ ser focalizado . Na entrevista por pauta, o entrevista-
dor agenda vários pontos para serem explora,dos com o entrevistado. Tem maior 
profundidade. Você pode gravar a entrevista, se o entrevistado permitir, ou 
fazer anotações . De qual,quer forma, depois ele transcrevê-la, apresente a trans-
crição ao entrevistado, pà.ra que a confirme ou ·faça as alterações que julgar ne-
cessárias. Esse comportamento não só é gentil, como evita muitos dissabores. 
Técnicas interativas são úteis em pesquisa participante, mas lembre-se 
ele elencar as conclusões elo grupo e a ele apre:sentar, para que as aprove. 
Cada um dos procedimentos aqui relacionados apresenta vantagens e 
desvantagens, não ele modo absoluto, mas relativamente a seu problema ele 
investigação. É este que lhe dirá qual o procedimento mais pertinente como, 
ele resto, qual o tipo ele pesquisa mais adequado. Observe;· portanto, que to-
dos os itens ele um projeto ele pesquisa estão intimamente relacionados . Para 
fins didáticos, pode-se separá-los, mas eles elevem .formar um todo integrado. 
Há quem realize grupos ele foco, antes ele redigir um roteiro de entre-
vista ou um questionário. Trata-se ele um grupo reduzido ele pessoas com as 
quais o pesquisador discute sobre ~ problema a ser investigado, ele modo a 
obter mais informações sobre ele, dar-lhe um foco, um afunilamento, bem como 
uma direção ao conteúdo dos instrumentos ele coleta de dados. É bastante útil. 
-· .:-. . :"":-~ "·~. ' · 
~ 
• 
Mauro
Realce
Mauro
Realce
Mauro
Realce
MauroRealce
Mauro
Realce
•. 
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. 54 PROJETOS E RELATÓRIOS DE PESQUISA EM ADMINISTHAÇÀO ,". 
Útil e necess:írio é também submeter o questionário e . o formulário a 
testes prévios, que antecedam a aplicação. Um deles é oferecer-lhes à aprecia-
ção, ao julgamento de cerca de cinco pessoas de reconhecida competência no 
~assunto. O julgamento refere-se não só à correção do conteúdo que é apresen-
tado ao respondente, como também à forma pela qual o é. Submetido o ques-
tionário (ou q formulário) a seus apreciadores, faz-se a correção e se lhes soli-
cita que, nov;Imente, o julguem, já agora reformulaclo. 
Reformulado o instrumento ele coleta de dados, é interessante fazer-lhe 
um pré-teste. Escolhem-se algumas poucas pessoas representativas da -popula-
ção e se lhes aplica o questionário, solicitando. que também façam seü julga-
mento a respeito dele. Ava-)iáções dos respondentes são, então, incorp_oradas, 
permitindo a forrúatação l}aal d~ instrumento. E lembre-se: a tais pessoas não sê: 
poderá ~plicar o question<\rio definitivo. Elas fica'I:âo, portanto, fora.cla amostra. 
Vale mencionar qué qualquer questionário deve ser acompanh.a<;lo de 
uma _earta ele sua apresentação aos resporiclentes, bem como instruçõe~s para 
seu preenchimento. Na carta, esclarecem-se o objetivo elo questionário e sua 
finalidade, garante-se à anonimato do respondente, bem. tomo se revela a for-
ma pela quai o questionádo de~erá ser clev~olvido ao pesquisador. Se for o 
caso de usar os Correios, 'n.ão se esqueça d~ mandar um envelope con~ selo 
para a remessa. Quanto às instruções, dev~-se deixar bastante claro p~ra o 
respondente como ele çleverá responder a02uestionária. 
Há quem ·linagine que coleta de dàdos só se faz p~los instrumentos 
mencionados. Não é correta tal afirmação. Esses instruiÍ1entos estão ret'eridos à 
pesquisa feita no campo. Mas quando a pesquisa é bibliográfica, por ex~mplo? 
Nesse caso, a :Coleta é feita na literat'lu·a que, direta ou indiretamente, tra.ta do 
assunto: livros, arrigos, anais ele congresso, teses, dissertações, jornais e até na 
Internet. 
) 
Sobre cole~a ele dados, veja os exemplos ele Dicléia Barroso Vargas e ele 
Marcelo Pomeraníec Carpilovsky: . · 
·"· '' . 
~ -· ·.~ 
o Título: !.· 
Políticas de recursos humanos vers.~IS .desernpenho prrfisstonal. En:f des-
. · • . :,. 1 ' ; !• ., 
taqur:; o E'itetdo do E')Jl-rito Santo .• , 
·,. 
Coleta ele dados: 
Os dados setào:coletados por meio de.:·· 
.· 
a . Pesquisa bi~liogtlífica em livro:,·, dicionários, revis!as especiêtliza-
aas, jorriai.,:, teses e dissertaçáés fom dados pertinentes r;w assunto. 
Alérn de serem feitas consultas a algumas bibliotecas, pretende-se 
pesquisar no Arquivo Pitblico Estadt~al do h\pír'ito Santo. 
Serão levantadas úiS diretrizes e os progmmas de governd do E'itado do 
h\pírito Santo, mensctgens de leis, decreto,.,, portarias e outros documázt(>S (~fi-
1\' 
\\\\ 
I 
I 
! 
I 
. ! 
·~ · . 
.... ~.· 
TJ;;)(M!Ni\NDO O PROJETO DE l'ESQli!Si\ 55 
pu.blicado.ç no Diário Oficial, a .fim de qve sejam iclent~fiçaâas e analisa-
çlas as políticas de recursos bu.manos definidus ,para. os séruidbres da adminis-
tração direta do Poder Executivo do Estado, 110 peri6do compreendido entre 1971 
. . • . I 
e 1990. ~-· .· · · · .· 
b. Pesquisa documental nos arquivos .:da Secretaric;t de iJ:,·tádo d~Ad­
mini.~·tração e da ]unta E'>tadual dé Política Sàlarial. Certa·mente, 
nesses locais seráo encontrados regulamentos internos, circulm-es, 
parece1-es, despachos etn proce.~·.ws, relatórios e outros documentos 
nâo publicados. · · · 
,. 
;Jspesqi;tisas bibliográfica e documentaljustVicam-se, à medida que con-
tribuÚ~ão para · o levantçtmento das pqs.~ÍJ.;ei,'> divergências ent1'e a fonnulaçàO e 
a imple1nentação das políticas de reC1t.rsos humanos. 
. . . 
.c. Pe:5qu.isa de ·campo, com entrevistas semi-:estru.tu)-adas com os ocu-
P4ntes dos cargos indicados na seçào Seleçâo dos Sti:J'eitos, hem 
comq com q1testioná1'ios aplicados Uos semidqrespúblicos, selecio-
nados de acordo .t;om (; espec{ficado na seção Universo e Amostra. 
Para efeito cte mini1nizaçâo de.tempo, os questionários poderão ser 
aplicados na Escola de Seruiços Ptl.blicos que congrega, constante-
mente, grande ariwstra de servid01'es. 
Caso hc~ja necessidade, poderão tcunbém ser utilizados dados coletado.,· 
no Serviço de Atendimentó ao Cidadào, clenominado Projeto Saci . i:J\·se Serviço 
tem o propósito dé ouvir as recla'!Ji'açi5es e solicitaç6es da cmnunidadefeitas por 
tel~fone ou por urn serv!ço eletn)rrico. 
Com base ·nas conclusôes alcançadas pelas pesquisas bibliográfica, do-
ctnnental e de cámpo, procurar-se-á .estabelecer a compamçào entre .fi:Jr~nula­
ção de políticas, implementaçào e-desempenho do servidm-. 
o Título : 
. .. 
. 
Estudo das atitudes do:'>.formandos da PUC-RiB em relaçãO à tecnologia 
c;oleta de dados: 
Na pesquisa bihliop,r{lfica, buscar-se-ào f:!Studos sobre atitudes, aprendi-
zado,· rnu.danças e relação entre pessoas e tecnologia. Serão pesquisado.,· livros, 
periódicos, te.~es e dissertaçàes. Como resultado dessa pesquisa, espera-se uina 
compreensão 'maior dofenôme,no da relaçãO ent1'e o homem e a tecnologia,.bem 
como a geraçâo de um quadro de 1'~ferência para o leva·ntamento no cçtmpo. 
No campo, serão realizadas entrevistas semi-estruturadas com os estu-
dantes selecionados, de .forma que de cada 11m deles possa ohte1' as seguintes 
ir~j(mnaçôes: 
·l 
. I 
·~ 
·,· 
.. 
56 PROJETOS E llELATÓHIOS DE I'ES()li!SA .EM AlJMINISTlli'.ÇÃO 
a . 
·. 
b. 
c. 
d. 
e. 
f 
qual sua visâo de tecnologia: o que é, qual sua importância, que 
impactos p,era na sociedade e ?Za vida das pessoas~· , 
corno ci tecnologia afeta sua vida cotidiana; ~ 
que experiências passadasfcwanz sign~ficativas no trato com a tec-
nologia; 
quais sâo suas C1'enças e sentimentos enz relaçào à tecnologia; 
co1no .fimciona Sf!U pmcesso de aprendiz ado, e como se 1'elaciona 
cmn mudanças; · 
o que em sua 1'elaçZ{o com a tecnologia ·nào é como gostarià, q11.e 
sentimentos sào gerados, e o que é feito para :nu rdar. 
Antes de cada entrevista ser iniciada, será explicado ao entrevistado o 
objetivo e a releuâru;ia da pesquisa, a importância de sua colabortJ.çào, bem 
como será garantida a Wl1fiden.cialidctde. Nas entrevistas,. será o feitcts pe,.rgun-
ta:,· abertas, b1t.scando captar as nuanças da 1'elaçci.'r; do:, entrevistados com a 
tecnologia . Será dada atençârJ Y,w discurso dos entrevistac~os, bem corno sobre 
st t.a expres: .. .-âo cmpoml, gestc~s, tonalidade da voz e ê11{ase em detenninadas pa-
lauras ou e.xpressôes. ·• 
Os entreuistados seràó. enco1~ajados a ();'l(ra1: em detalhes, a exp:;-imir sen-
ti1nentos e cren.ças, a relatar características .pe,\·s~)(ÚS e e.xperiências"passctdas. 
Busccir-se-á cQrnpreender o universo _vivÚlo pelos re.,pondentes. Com B_ote.fl 
(7984: 57), wnsideJ:a-se que ·• 
.. (. . .) é i11ipm'tante compreendr;r (..) qual é. o ponto de vista dos 
indivídum: oi!. grupos sociais estudados acerca das situaç6es que vi-
·;;em. Qual á percepçào destes :mbre tais situaçõ.e ... .-? Como eles a inter-
pretmn? Qual seu sistetna de valores? Quais sez rs problernas? Quais s1 ras 
preocupaçi5és?A prec~so aprender qt wl ~a lógica dos pesquisados (. . .) . 
PoT ser assim, o tnétodà emprep,ad(; tmito;para a coleta quanto pÇJ.ra o 
tratamento dos dados sfrá ofenomenolágico. ·segimdo Bogdan e Taylor 0975), 
este método permite entender opnnportamento humano a partir do próprio ator. 
Permite conb&cer as p essoas'pessoalnzente e ver como elas estào desenuolvendo 
suas próprias visàes de murulo: Possibilita explorar conceitos cujas essências es-
tâó perdidas ent outras abordagens de pesqui:,:çz, tais como beleza, sqji-imento, 
C011fiança, dor, .fhlstraçâo, desejo, Ci17Un-;:1a pcírfir de suas definiçôese. vtz.iências 
p(;r pessoas 1"eais. 
•• 
··~ .. 
5.2 TRATAMENTOS. pos DADOS .. 
. , 
.. Tratamento dos.claclos refere-se àquela seção na qual s'e-explicita para o 
leitor ~Omo se pretende ~·8tar os dad~s à eolet~r, justificando por que tal tr:::tta-
. •. · .. 
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• TE!ÜvllNANDO O PROJETO DE l'ESC)lllSA 57 
menta é adequado aos propósitos elo projeto .: Objetivos são alcançados com a 
coleta, o tratamento e, posteriormente, com a ,interpretação dos dados; portan-
to, não se eleve esquecer ele fazer a correlctção entre o~jetivos e formas de 
atingi-los. · · 
Os dados podem ser tratados de forn1~ quantitat;va, isto é, u'tilizando-se 
procedimentos estatísticos, como o teste de hipóteses. Há dois grandes grupos 
de testes estatísticos: paramétricas e não paramétricas. Entre os paramétricas, 
é possível destacar: an:ilise de ~a!jância, c01:relação, teste t de Stuclent, qui-qua-
drado, regressão,:.proporção. Testes não paramétricas incluem: Mann-Whitney, 
Kruskall-Wallis, Wilcoxon. 
Os dados ~~1 mbéni podem ser tràtaclos de forma qualitati~a .como, por 
exemplo, codificando-os, 'apr~~·entando-os d~ forma mais. ~struturada e anali-
: s~mclo-os. Existem outras estratégias. Éni ·:verdade, elas são muito variadas e 
escolher ~\ apropriada é tarefa elo pesquisador. · :. 
É possível tratar os dados quantitativa e qualitaüvamente no mesmo es-
tudo .. Por exemplo, pode-se usar eSk'J-t'ÍStica descritiva para apoiar uma inter-
pretaç~to dita subjetiva ou p~1ra desentacleá-la . 
A seguir, você tem exemplos de trata1~1ento não estatístico, oferecidos 
por Claudio Gurgel e Paulo Durval Branco, respectivamente: 
o Problemá: 
Como ahordc7r os objetiz.ios ele eficiêrzcia e eficácia na admiJ:zistraçàO pú-
blica brasileira? 
:1 Tratamento elos dados: 
,I 
\ Os dados com os CJ1 wis traball..t7·enuJs são, essendalnzente, levantados 
jxjr terceiros e trazem re.fle.xiiés, aq-{7 t.~entaç6és, i1Úe1pretaçóes, análise e um-
clus6es desses cmtores. J~:xtrctiremos de nossa obseruaçâo ativa elementos práti-
cos de análise, nzas estaremos tnthalhanclo nct nu:ús sistematizada parte do tem-
., 
iJ 
:I 
.~ 
p'ó, cmn p u hlicaçi)es. · · 
O tratamento dos dados exige um nuitodo de considerável complexidade, 
~(.e nu1do Cj11.e possamos trah6tlhar com algu.wia segura1~ça no terreno ideologi:?a-
do em q tte se tran.~j(Jrma, ji·eqii.ententente, a literatu1"a das ciêrtcias sociais . .,f~"'.x:i­
ge tm·t 1nétodo ·que compreenda os problemas e· s11.as fonnulaçôés, como delitni-
tados pelas cmtdiç6es de existência. Portanto, permeados por intere.~ses, repre-
sentaçôes da realidade e amhigii.idade, qtte ;~:rrrespondem ao pe1"e1ie movinzen-
to da sociedade, suas lu.tas e .)eus ac,ordos. hiJ~ outras palavras, o trtttamen'to dos 
dados exige 'I un método que no~\· pennita ir uühn do fenômeno da cmnunicaçà·o 
e dâ linguagem, distinguindo apa1:ência de essêncü:.,t; que nos chame a atençâo 
pará o caráter contraditório das coi:w;ts· e das ufii"maçôés do pensamento;· e que 
nos leve a olhar para os ol~jetos e as·pmduçôes hwnanas como coisas que se 
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Mauro
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Mauro
Realce
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'·•"". , 
relacionam e constituem um processo totalizcmte. O ·mét<i(Jó escolhidp é, pois, o 
dialético. . 
. . 
Ro;;taTenws trabalhando com as feis da 1 midade.-~ e luta dos contTários, das 
tran.~foT1naç6es q llctntitativas etn qualitativas, .do de:~enz(~lvimento prog1-essivo 
(1·wgaçâo da nep,açâo). 1:\turemos trabalhando · com as categol'ias de fen6meno 
e essência, conteúdo efonnu, necessidade e causalidade, :· causa e efeito, possibi-
lidade e Tealidade, sing1 dar e 1l.ni1Je7~'>al. Esta1'ernos trabalhando com os concei-
tos de contradiçáO antagtmica e nâO antagônica, dmninância e hegemonia e, 
principalmente, com o conceito .fitndamental de totalidade. 
Destacauws o conceit<; de totalidade, ou seja, a visúo de que tudo é pw-te 
de um todo e com este se relr,[ciona, em movimentos contrários. Este destaque tem 
a ver com o fato de que, como disse Lu/:c.ács/9 é o ponto de vista da totalidade que 
distingue a dialética. Antes, jâ diss~ra Lênin50 que a totalidade é a essência da 
dialética, de certo modo repeti·ndo aji-ase de Hegel11 de que "a verdade é o todo". 
O tratcunenêo dos dados pel·o método dictlético tem d{ficuldades e 1'iscos. 
Entre as d~fict ildades está a própria complexidcrde que lhe/ d{i con.,·istêncics, mas 
que também exige do pescp1isadnr maior rigor. Entre o.y riscos, conta-se ~t ten-
dência a sitnplificações, principabnente ao deszHo mecanicista, qu.e às vezes {,j011,-
.fiinde dialética com ab_ordagens positivistas.· Entretanto, ~nao há o melho1;..,-'·em 
ousadia. Tampouco existe ousad{ú se~n risco. 
o Problema: 
. .. .. . 
Até que ponto os programá.~ de· treinamento e desenvolvimento c~j'erecidos 
pelas empTeSaS têm-se iJoltadÓ para a formaçc(O e O ape7feiçoctnzento de gestoreS 
capazes de responder às detnct;1.das hqje pr)stas pelo ambiente de negócios? 
Tratamento ds)s clado.s: · 
Ao se discutir a escoiha·c{e_71Jna metodologia de pesquisa, éfimdamental 
ter etn mente 6 qt w sepreter~c.tr:J:pesqt tis ar, e o que se espem descobrir e aprender 
C< mt a pe.wp t:ísc.t, Perisêtr nessas questôes condr 1z, necessaricm·tente, à necessidade 
de e.xplicitaçâo do pantdigma qúe se escolhe para blhar o 1nundo. Segundo Bog-
dan e Tc~ylor (1975), pode-séf'ctlar em dtt.as principais escolas de pensamento no 
cenário da ciência social: a positivista e a fenomenológica, as quais apresentam 
pontos de vista próp1'ios e levam à escolha de d{j'erentes ~netodologias de pesquisa. 
. . . . . 
Pc.tra o fenomenologi~·t~~ aprit:tcipal preocupaçâo é entender o ctúnpm--
tarnento humano, â pc.ntir cia próp1'ia pessoa. Ne.~.;;e sent,iâo, pr~JCU1'Cl examinar 
como o tnund<; . é uividrJ e .. c,o·hlidera a rerilidade como aqui li) , que as pessoas 
imaginam que seja. · i ; .. ... . : ' · 
Hín .fz~nçào da natw~~zá do pY~~~nie proh1~·~1za e da uis.do de fnundo corn 
a qual o a11.tor destl? trabalho se idetÍt~j'ica, a escolha se volta para uma aborda-
gem fenomenolôgica, a qual priz:ilegia procedim.entos ;1ualitativos de pesquisa . 
' .. 
. ·~ ' I . 
.. 
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I. 
. . . . 
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• . : 
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/ I ' E H M T N A N D O O P H O J E T O D E I ' E S < ) U T S A 
5 9 
D e a c o r d o c o m o s o b j e t i v o s e s t a b e l e ,c i d o s p a r a e s t e e s t u d o , s e r à o e l e n c a -
d a s a s c a r a c t e l - i , · t i c a s a t t t a z : ,- c ; l o a m b i e n t e d e 1 1 . e g ó c i o s , i d e n t { f i c a d a s a s tran~fm~- · 
m a ç ô é s q u e v~m s e n d o s q f r i d a s p e l a s O J : q a n _ i z . a ç ô é s 
1
e , e m s e g u i d a , d e s c r i t a s a s 
c o m p e t ê n c i a s q u e e s t á O s e n c l c t r e q u e r i d a s dr;_~ ! { e s t o r e s . 
. . ' I ~ , . 
R e v e l a d a s e s s a s COI'I~petências, s e r á f e i t ç , t s u a · ( ; m 1 f 1 - o n t a ç á o c o m o s p r o -
g r a m a s d e T & D d e s e n v o M i d o s , ( ? q u e p e n n i t i r d ver~ficar at~ q u e p o n t o o s p r o -
g r a m a s e s t ã o a e l - u s a d e q u a ç l o .\ - . k \ : ; e C0~1fronto é b a . s e a d o n u m o l h a r h e n n e n ê u -
t i C i O q u e , c o m p r o ' j 1 : t e t i d o U Y I Ú a i n t e 1 p r e t á ç é ; i o ; b u s c a e x p l i c a r a c o r d o s e d e s a c o r -
d ô s e n t r e o s e l e 1 1 ;Ú m t o s a p r e s e n t a d o s . · . ~ · · ) · . 
N â O pa1:~ce !~Viemo t f f ' i n n a 7 ' g u e t o d o pen~\:Ctr é hen~enêutico, j á q u e t u d o j
1 1 
n o m u n d o sà(,}Np,ny'icaç6e.,~· t u d q d e p r m d e .d e -r ; ; o m o i n t e 1 p r e t a r . Q u a n d o s e e s t á 
c f , . s e n v o l v e n d o u r n à i 7 w e s t i g a ç á ( ' J a p a r t i r d o - r e l a t o d _ e p e s s o a s e d a l e i t u r a d e 
d o c u m e n t o s p o r e l a s p r o d t t z i d o s , tonza:se~ p o r t a n t o , . f u n d a m e n t a l u m a p o s t u r a 
i r z t e ? p r e t a t i v a . A t r a v é s d e l a , s e r á p o . \ · s í v e l c h é g a r a o s i g n { { i c a d o a s e r . c o m p r e e n -
d i d o , â o q u e e s t á " p o r t r á s " ' e l e . . e x p r e s s ô é s e x t e r i o r i z a d a s . P r o v a v e ! J n e n t e : ; v e n h a 
d a í a e x p r e .\ s á o p o p 1 1 l a r "est~ti-p o r d é n t m " . . , 
S r . f o r ' l e z ! r l d a e m cont~t- a e n o r m e h~fluência d a c J .t. l t u r a g e i - a d a ~as e m -
p r e s a s s o l m ! , 3 t s ' J / e s s o a s q 1 t e n . e l a s t r a b a l h a m , a p o n t o d e d r ! f i n i r j a r g à e s e o u t r a s 
f o n n a s d e exjri~i.~ào, . f ' i c a a i n i l a ·n u x i s e v i d e n t e a con~ribuiçâO q 1 t e I m t o l h a r h e r -
n i e n ê u t i c o _ p . J d e n : C t r a z e r ü p e s q r 7 . i s a . 
5 , - 3 L I M I T A Ç Õ E S D O M É T O D O 
T o d o m é t o d o t e m poss~bilid;Jdes e l i m i t : t ç õ e s . É s a u d á v e l a n t e c i p a r - s e à s 
c r i t i c a s q u e · o l e i t o r p o d e r á f a z e r a o t r a b ' a l h o , e x p l i c i t a n d o q l T a i s a s l i m i t a ç õ e s . : ; 
q ü e o m é t o d o e s c o l h i d o o f e r e c e , m a s q u e a i n d a a s s i m o j u s t i f i c a m c o m o o m a i s 
a~eqmtclo a o s p m p ó s i t o s e l a i n v e s t i g a Ç à o . V e j a o s e x e m p l o s a s e g u i r , f o r n e c i d o s 
p o r S a n d r a e l e B a r r o s O l i v e i r a C u t r i m e p o r H a s e n c l e v e r S i l v a M a r t i n e l l i : 
o . T i t u l o e l o p r o j f ! t O : 
R e t o r n o s á n o n n a i s d e o f e r t a s p ú b l i c a s i n t c i a i s : 1 1 . 1 n p o s s í v e l r e p o s i c i o n a -
t n e n t o p a r a a t e o r i a d e u n . d e r p r i c i n g · 
L i m i t a ç õ é s e l o m " e t o c l o : 
. . 
O m é t o d o · e s c o l h i d o p a r a a . f i 1 t 1 1 . r a p e s q u i s a a p r e s e n t a a l g u n z a s d ! { i c u l -
d a d e s r E ! f e r i d a s à c o l e t a e a o t r a t a m e n t o e l o s dado.~. 
C o m 7' e l a ç â o à c o l e t a d e d a d o s , a 7 n t t i m - . f 1 - a g i l i d a d e r~fere-se a o v o l u m e d e 
d a d o s d i s p o n í v e i s . O m e r c a d o b r a s i l e i r o d e c a p i t a i s é p e q u e n o , s e c m n p a r a d o c o m 
o d e p a i w ! s m a i s d e s e n v o l 1 1 i d o s . P o r c a u s a d i s s o , 1 n e s m o s e n d o r e c o l h i d o s d a d o s 
d a s B o l s a s d e V a l o T e s d o R i o d e ] a n e i r o e d e S â O P a u l o , q u e c o n c e n t r a m 8 0 % d o 
_,:\.~ . . . '~ . . · . 
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• • 
6 0 P R O J E T O S E R E L A T Ó H l O S D E P E S Q U I S A E M A D M I N I S T I V \ Ç À O 
. . . 
v o l u m e d e n e g ó c i o s d o p a í s , chega-.~ e , , a o f i n a l , c o m ' a m o s t r e i c o m p a r a t i v a m e n t e 
p e q v t e n a . M a i o r v o l u m e d , e d a d o s a u , m e n t a r i d t a n t o a p r e c i s ã O , q u a n t o a c o n f i a -
b i l i d a d e e s t a t í s t i c a , j á q u e e s s a s g r a n d e z a s , a p e s a r d e i n v e r s a m e n t e p r o p o r c j o -
l i n a i s e n t r e _ . . , . i , s ã o d i r e t a m e n t e p r o p o r c i o n a i s a o t a m a n h o d a a m o s t r a . 
' , l i ! ' . 
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S o b 1 ' e o t r a t a m e n t o d o s d a d o s , a s l i m i t a ç õ e s e s t ã O n~feridas à s r e s t r i ç 6 e s 
i m p o s t a s p e l o m o d e l o d e a j u . s t e d e r e t o r n o s e à s d o m o d e l o d e r e g r e s s ã o l i n e a r . 
A g r a n d e l i m i t a ç ã o d o a j , u s t e d e r e t o r n o s a s e r u t i l i z a d o n o d e s e n v o l v i -
m e n t o d e s s e p r o j e t o é q u e e l e n ã ô l e v a e m c o n s i d e r a ç ã o o f a t o r r i s c o . J b b o t s o n , 
m e n c i o n a d o p o r L e a l ( 1 9 9 0 ) , d e s e n v o l v e u 1 _ 1 . m m o d e l o m a i s a b r a n g e n t e , c o m 
a j u s t e a o r i s c o , m a s q u e s e m o s t r o u i n a d e q u a d o · a o c a s o b r a s i l e i r o , t a n t o p e l o 
p e q u e n o p o r t e d o m e r c a d o , q u a n t o pela~' coz~tl.ições i n f l a c i o n á r i a s d a e c o n o m i a 
b r a s i l e i r a . • 
O m o d e l o d e r e g r e s s ã O l i n e a r s i m p l é s · a p r e s e n t a c o m q p r i n c i p a l l i m i t a ç ã o 
o p r o b l e m a d a m u l t i c o l i n e a r i d a d e . C01~{orme d i z e m . W o r i n a c o t t e W o n n a c o t t 
( 1 9 8 5 ) , o co~ficiente t o r n a - s e n â ó co1~{iável q u a n d o o s v a l o r e s o b t i d o s p a r a X 
s ã o p r ó x i m o s , o u . s~ja, q u a . n d o o r e g r e s s o r ~no c a s o , o v o l u m é d e n e g ó c i o s , t e m 
p e q u e n a v a r i a ç ã o . O u t r o p o n t o é q u e ó a ] u s t e d a r e t a é p o u c ( { r e s i s t e n t e a o s 
c u t l i e r s . T o d a v i a , i s t o n ã o c h e g a a c o n s t r u i r u m a g r a n d e cf.~ficuldade, p o i s é 
p o s s í v e l c o n t o r n á - l a , u t i l i z a n d o o m é t o d o d o s m í n i m o s q u a d r a d o s p o n d e r a d o s . 
o T í t u l o d o p r o j e t o : 
R e s p o n s a b i l i d a d e s o c i a L d a e ? n p n s s a p ú b l i c a .: · a P e § r o b r á s e o a m b i e n t e 
L i m i t a ç õ e s d o m é t o d o : 
A m e t o d o l o g i a escolhic.~fl p a r a a f u t u . r a p e s q u i s a a p r e s e n t a a s s e g u i n t e s 
d i f i c u l d a d e s e l i m i t a ç õ e s q u a ·n t o à c o l e t a e c w t r a t a m e n t o d o s d a d o s : 
. . , . . . . 
\ 
I · 
' . , 
O . m é t o d o é ; t a r á ' l i n : t i t a d o p e l a s e l e ç â O d o s a t o r e s p a r a a s e n t r e v i s -
t a s , t e n d o e m v i s t a a i m p o s s i b i l i d a d e d e s e r e n 1 e n t r e v i s t a d o s t o d o s 
o s g e r e n t e s e l í d e r f ! S cmnt:(-nit~rios e n v o l v i d o s c o m o as.\~unto. 
O u t r o f a t o r limit~rit; e s t á r~lacionado C / / O tamct1~) d a P e t r o b r á s . 
S u a d i s t r l b t ; t i ç â o ~:>pacial e m v á r i a s u n i d a d e s d~(_,;ultará q o b t e n -
ç â O d e i1~{or.rrtaç6f!S a r e s p e i t o .d o a s s u n t o . · · .· · · ; . ~ . . . 
U m t e r c e i r o . f a t o r . l , i m i t a d o ' r d i z r e s p e i t o à p e s q u i s a d o a l " r n e n t a l , 
d a d o . q t t e p r e t e 1 ' Ú i e ' 1 1 w s i e v a 1 1 . t a r d q c u . m e n t o s i n t e r n o s e m ó r g ã o s g o -
v e r n c ú n e n t a i s e n à P e t r o b r á .\ · . A n t e c i p t t m o s e v e 1 7 t u . a i s d~ficuldades 
e m á m s e g u i r a u t o r i z a ç c t , o p a 1 ;c t t c m t o . , ·; . · • ··:,~ ' . . , . . . 
U m quc;~rto f a t o r d i z r e s p e i t o a o t r a t a m e n t ó d ó : , - ~lqdos p e l o m é t o d o 
. d i a l é t i C o ,d e v i d o e . t s u a c o m p l e x a a p l i c d ç à o , i n e i é 1 ·t t e a s u a c o n s i s -
t ê n c i a t e ó r i c a . S u a · ú t i l i z a ç à o e i i g e , ·c a p a c i d a d é _ d e a b s t r a ç â o f r e n -
t e a o o~jeto a . . -~er p e s q u i s a d o , f u n d a n ; , . e n t ú l p a r a a c o m p r e e n s ã o 
. d o s .fe1?.Ótr.~{!,!'UJtiá · s e 7 ' e m a n a l i s a d o s , q ' 1 1 . e r e q u d d o p e s q u i s a d o r 
• \ 
. . . - ~ 
. ··~· .: -
~· ·; ~:. ~ 
" - ' · 
. ' I t~ 
' 
TERMINA~DQ O P R O J E T O D E P E S Q U I S A 
6 1 
g r a n d e r i g o r i t c a , d ê m i c o . P o r t a n f f ? , , a / r a g i l i d a d e a q u e s e e x p 6 e e s s e 
t r a b a l h o e s t á n ! l a c i o n a d a à P r { s s i b i l i d a d e d e n e g a ç ã o d o p r ó p r i o 
m é t o d o d i a l é t i c o , e s c o l h i d o , e m f u n ç ã o d e . d e s v i o s po~·itivistas, n a 
a b o r d a g e m d o s p r o b t é m a s a s e r e m pesqtt:~sado.\· . T o d a v i a , m e s m o 
diant~ d a s limi~ayjes n~ferenciadas, c o n s i d e r a m o s s·e~ o m é t o d o 
m a i s a p r o p r i a d o p m r a a l c a n ç a r o ' o~jettoo f i n a l d a p e s q u i s a . . 
·' · · 
. 
. : . . . · 
5 . 4 , C R O N O G R A M A 
i . 
, . C r o n o g r a m a r e f e r e - s e à d i s c r ' l f 1 1 i n a ç ã o d i s e s t a p a s d o t r a b a l h o c o m s e u s , ; . _ . ; . . : . · 
~ . ~· · · ' · 
r e s p e c t i v o s p r a z o s . V e j a o s , e x e m p l o s d e J o r g e L u i z C a n t a r e l l i S a h i o n e e d e • , · 
Iv~nildo Iz~ias d e M a c ê d o , respectivame_n~e_: ' ! 
: , 
o T í t u l o : 
• 
· G e s t ã o d e m p c r á t i c a n o s e m i ç o p ú b l i c o _ : Q c a s o Fiocn1.~ 
C : : r o n o g r a m a : 
A p e s q u i s a d e s e n v o . l u e r - s e - á e m . s e i ; \. e t a P . a s há.~icas d i s t r i b u í d a s e m 1 2 
m e s e s d e t r a b a l h o , c o n t o s e g u e : 
• . 
. . 
• 
E t a p a s 
• 1 ª e t a p a : p e s q u i s a b - i b l i o g r á f i c a e d o c u m e n t a l , q u e p e r m i t i r á a c o l e t a 
d e d a d o s n e c e s s á r i o s à e s t r u t u r a ç ã o d o s q u e s t i o n á r i o s e e n t r e v i s t a . \ 
• 2 ª e t a p a : e l a b o r a ç ã o d a s p e r g u n t a s d a e n t r e v i s t a e c o n s t r u ç ã o d o 
q u e s t i o n á r i o , i n c l u i n d o p r é - t e s t e ; 
• 3 ª e t a p a : r e a l i z a Ç ã o d a s e n t r e v i s t a s e q p l i c a ç ã o d o s q u e s t i o n á r i o s ; 
• 4 ª ~tapa: t r a t a m e n t o d o s = d a d o s , s i s t e 1 n a t i z a ç ã o e a n á l i s e d a s i n -
formações~· · 
• 5 ª e t a p a : c r í t i c a d o t r a b a l h o p o r m e i o d e s .u a a p r e s e n t a ç â o a v á r i a s 
f t . e s s o á . s ; 
• 6 ª e t a p a : r e d a ç à Q . f i n a l d o . r e l a t ó r i o , i n c l u i n d o r e v i s â ó ' d o ' t e x t o . 
M E S E S 
. . 
1 2 3 
4 
5 6 
7 ; 
8 9 1 0 
1 1 
1 2 
1 - ª E t a p a 
X 
X X X 
2 - ª E t a p a X 
X X 
3 - ª E t a p a 
X 
X 
4 - ª E t a p a X 
5 - ª E t a p a 
6 ª E t a p a 
-
X 
X X 
_,:-,, ~~ " - . . . . . . 
X 
: : . 
, . 
X X 
l i ! 
I 
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~ 
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.. 
6 2 P R O J E T O S E R E L A T Ó R I O S D E P E S Q U I S A E M "A D M I N I S T R A Ç À O 
• 
. ~, · • 
, · o . T t u l o : 
: E d u c a ç à O n ( J t r a b a l h o : 1 ' e t e n d o t a l e n t o s n a o r g a n i z a ç ã o 
C r o n o g r a m a : 
A T I V I D A D E 
P R E V I S Ã O 
I N Í C I O 
T É R M I N O 
1 . A p r o v a ç ã o d o p r o j e t o 
' 
: 
2 - 1 - 9 7 2 8 - 2 - 9 7 
1 . 1 E n t r e g a d o p r o j e t o a o o r i e n t a d o r · 
1 . 2 A c e i t a ç ã o p e l o o r i e n t a d o r 
1 . 3 
A c e i t a ç ã o p e l a c o m i s s ã o e x a m i n a d o r a 
2 . C o l e t a d e d a d o s . ' 
1 - 3 - 9 7 
3 0 - 6 : 9 7 . 
2 . 1 
P e s q u i s a b i b l i o g r á f i c a e d o c u m e n t a l 
2 . 2 
P r e p a r a ç ã o d o q u e s t i o n á r i o / t e s t e - p i l o t o 
2 . 3 
A p l i c a ç ã o d o s q u e s t i o n á r i o s 
2 . 4 P r e p a r a ç ã o d a s e n t r e v i s t a s ~ 
' 
2 . 5 E n t r e v i s t a s 
3 . T r a t a m e n t o d o s d a d o s 
• 
1 - 7 - 9 7 
31-8~97 
. 
3 . 1 A n á l i s e d o s d a d o s b i b l i o g r á f i c o : ; e d o c u m e n t a i s 
3 . 2 A n á l i s e d o s d a d o s d e c a m p o 
3 . 3 C o m p a r a ç ã o d o s r e s u l t a d o s 
: 4 . R e d a ç ã o e a p r o v a ç ã o d a d i s s e r t a ç ã o 
1 - 9 - 9 7 
3 0 - 1 2 - 9 7 , 
4 . 1 R e d a ç ã o d a v e r s ã o prelimit'l~t . . 
4 . 2 A c e i t a ç ã o p e l o o r i e n t a d . o r · · · 
. • . 
4 . 3 · A c e i t a ç ã o p e l a c o m i s s ã o e x a m i n a d o r a · 
-
4 . 4 
A c e i t a ç ã o d a v e r s ã o ·f i n a l ; . 
. 
4 . 5 
E n c a m i n h a m e n t o à c o m i s s ã 9 e x a m i n a d o r a 
4 . 6 A p r e s e n t a ç ã o / j u l g a m e n t o d a d i s s e r t a ç ã o 
' 
. • 
. 
5 . 5 B f f i L I O G R A F I A 
V o c ê p o d e o p t a r p o r a p r e s e n t a r s o m e n t e r e f e r ê n c i a s l : : i l b l i o g r á f i c a s , s o -
m e n t e b i b l i o g r a f i a , o u a m b a s . . : . · ~ 
R e f e r ê n c i a s b i b l i o g r á f i c a s s ã o a l i s t a d a s o b r a s c i t a d a s n o text~, à s ~ezes 
a p r e s e n t a d a s c o m a l g u m t i p o d e c o m e n t á r i o . P o d e r n v i r n o f i n a l d o p r o j e t o o u 
n o f i n a l d e c a d a c a p í t u l o · e ; ~esses c a s o s , c o m e s s e t í t u l o (r~ferências b i b l i o -
g r á f i c a s ) ; o u p o d e m v i r e r n p a r t e s , n a s n o t a s d e r o d a p é , ~eni. q u : : t k F i e r t í t u l o . 
. . 
S e v i e r e m n o f i n a l d o p r o j e t o , o u . . n o f i n a l d e c a d a c a p í t u l o , v o c ê p o d e . a p r e -
s e n t á - l a s , p e l o m e n o s , d e d u a s m a n e i r a s , c j . e p e n d e n t e s d a f o r m a p e l a q u a l v o c ê 
r e d i g i u o t e x t o . . A s s i m , s e n o t e x t ç ) . F o i u t i l i z a d a n u m e r a ç ã o , e m v e z d e a n o d a 
o b r a , n a s r e f e r ê n c i a s bibliográfic~s v o c ê d e v e a p r é s e n t a r ~lista d o s a u t o r e s n a 
r p e s m a o r d e m d a n u m é ' r a ç ã d a p r e s e n t a d a n o t e x t o , c o l o c a n d o a numera~:ãq. 
E x e m p l o : 
. ·~ 
. - - - · -·---------·~---
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I · 
• 
Mauro
Realce
~ . · -~ _'· :.- ~ 
T E R M I N A N D O O I ' H O . J E T O D E P E S Q U I S A 
6 3 
N o t e x t o : 
" 
A l e r t a r o p e s q u . i s a d 9 r p q . r a a i m p o r t â n c i a d e s e f a z e r c i ê n c i a c o m 
c o n s c i ê n c i a é o : p r o p ó s i t o d e M o r i n .
1
. · 
C J . ? a n l a t
2 
a f i r m a q t i e _ . . . 
N a s r e f e rê n c i a s b i i J l l o g r á f i c a s : 
. . 
1 . M O R I N , E d g a r d . C i ê n c i a c o m c o n s c i ê n c i a . R i o d e J a n e i r o : B e r -
tra1~d B f : a .i ; i l , . 1 9 9 6 . . 
: 2 . C H A N L A T , jean~François. O i n d i v í d u o n a o r g a n i z a ç ã o . S ã o 
P a u l o : A t l a s , · . 1 9 9 2 . 
. . .. ; . ' 
T o d a v i a , s e n o c o r p o d o t r a b a ! h ( ) _. v o c ê e s c r , e v e u o a n o d e ' p u b l i c a ç ã o 
d a o b r a , e m v e z d a n u m e r a ç ã o , n a s r e f e r ê n c i a s b i b l i o g r á f i c a s a l i ? t a d e v e s e r 
a p r e s e n t a d a p e l o s o b r e n . o m e d o s a u t o r e s e m o r d e m a l f a b é t i c a · e s e m n u m e r a -
ç ã o . E x e m p l o : 
N o t e x t o : 
A l e r t a r o p e s q u i s a d o r p a r a a i m p o r t â n c i a d e s e f a z e 1 ' c i ê n c i a c o m 
c o n s c i ê n c i a é o p m p ó . - ; i t o d e M o r i n ( 1 9 9 6 ) . 
C h a n l a t ( 1 9 9 6 : 2 7 ) Cf f z n n a q u e . . . 
N a s r e f e r ê n c i a s b i b l i o g r á f i c a s : 
A N D E R S O N , B e n g t - E r i l e , N I L S S O N , $ t i g G o r a n . S t u . d i e s i n t h e r e l i a h i l i -
( V a n d validi~y (~f t h e ç r i t i c a l i n Ú d e n t t e c h n i q u e . J o u r n a l o f A p -
p l i e d P s y c h o l o g y , 4 8 ( 6 ) , p . 3 9 8 - 4 0 3 , 1 9 6 4 . 
B R O W N , S t e p h e n W . , S W A R T Z , T e r e s a A . A g a p ana~ysis o f p r o f e s s i o -
n a l s e m i c e s q u . a l i ( y . J o u n z a l o f M a r k e t i n g . 5 3 , p . 9 2 - 9 8 , A p r . 
. 1 9 8 9 . . 
C i i A N L A T , ] e a n - r r a n ç o i s . ' O i n d i v í d u o n a o r g a n i z a ç ã o . S ã O P a u l o : 
~~1~. . . 
-
M O R I N , E d { ? a r d . C i ê n c i a c o m c o n s c i ê n c i a . R i o d e J a n e i r o : B e r t r m q . d • 
B r a s i l , · . 1 9 9 6 . . • 
Y I N , R o h e r t K . C a s e s t u d y r e s e a r c h : d e s i g n a n d r n e t h o d s . 2 . e d . L o n -
d r e s : S a g e , . 1 9 9 4 . . 
V o c ê r e p a r o u o q u e a c o n t e c e u q u a n d o a p r e s e n t e i u m a o b r a e . Ç t r e f e -
r ê n c i a n ã o c o u b e e m u m a s ó l i n h a ? É i s s o . A o s e m u d a r d e l i n h a , a p r i m e i r a 
l t : t t r a d a s e g u n d a l i n h a ç l e v e v i r a b a i x o d a t e r c e i r a . l e t r a d a p r i m e i r a l i n h a . O 
. • . , . . ~ . t - . . . . , 
·: ú\é~mo s e a p l i c a e m r e l a Ç ã o a o u t r a s l i n h a s q u e p o s s a m s e g u i r - l h e . · 
. . . . . . , ,~ . . ""-~ . . ' . 
; · : 
:~·;• 
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Mauro
Realce
Mauro
Realce
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6 4 P H O . J E T O S E H E L A T Ó R I O S D E P E S Q U I S A E M A D M I N I S T R A Ç Ã O 
N o q u e s e r e f e r e à u t i l i z a ç ã o d e n u m e r a ç ã o , o u d e a n o d e p u b l i c a ç ã o 
d a o b r a , a r e g r a é a m e s m a s e v o c ê o p t a r p o r a p r e s e n t a r a s r e f e r ê n c i a s b i b l i o -
g r á f i c a s e m p a r t e s , c o m o n o t a s d e r o d a p é : A n u m e r a ç ã o ·é s e g u i d a , p o r t o d o o 
• t e x t o . A . o b r a r e f e r e n c i a d a p o r a n o . o é n a o r d e m e m q u e a p a r e c e e m c a d a 
, . ; p á g i n a . · 
B i b l i o g r a f i a r e f e r e - s e à l i s t a g e m d a s 6bra~,p. q u e v o c ê f e z r e f e r ê n c i a n o 
t e x t o , a c r e s c i d a d a s q u e v o c ê a p e n a s c o n s u l t o u . É , p o r t a n t o , m a i s a m p l a q u e 
a s r e f e r ê n c i a s b i b l i o g r á f i c a s . A . bibliog~õ,afia d e v e s e r a p r e s e n t a d a s e m q u a l q u q 
n u m e r a ç ã o e p o r o r d e m a l f a b é t i c a d ó i s o b r e n o m e s < : \ o s a u t o r e s . P o r u m a q u e S . i 
t ã o d e c o e r ê n c i a , s e v o c ê s ó apr~senta b í b l i o g i , ; f i a n o c o r p o d o trabalho · .~: 
r e f e r ê n c i a d e v e v i r p e l o a n o d e p u b l i c a ç ã o d a o b r a . · · 
E m q u a i s q u e r d o s c a s o s , a r e g r a b á s i c a é a q u e l a s e g u n d o a q u a l . a s 
o b r a s d e v e m s e r c i t a d a s c ' o m e ç a h d o - s e p e l 9 s o b r e n o m e d ? a u t o r s e g u i d o d e : 
v í r g u l a , o p . r e n o m e , p o n t o , 2 n o m e d o l i v r o o u e m n e g r i t o . . o u s u b l i n h a d Q o u 
e m i t á l i c o , p o n t o , l o c a l d a e d i ç o r a , d 0 i s - p o n t o s , l í l d i t o r a , v í r g u l a , a n o d e p u b l i - . • 
c a ç ã o d a o b r ; a , p o n t o . C a s o a o b r a n ã o m e n c i o n e o a n o d a p u b l i c a ç ã o , e m s~:u. 
l u g a r e s c r e v a a s e g u i n t e a b r e v i a t u r a : s . d . ( s e m d a t a ) . S e s e t r a t a d a p r i m e i r a 
e d i ç ã o d e u m l i v r o , v o c ê n ã o d e v e f a z e r q u a l q u e r r e f e r ê n c i a a i s s o ; c o n t ú ç l o , 
· s e s e t r a t a d a seg~nda, t e r c e i r a e o u t r a s , v o c . ê d e v e m e n c i o n a r q u q l a ~dição,: 
e n t r e o t í t u l o d a o b r a e o l o c a l d e s u a e d i ç ã o . · . P o r e x e m p l o : 
' . . 
P R I G O G I N E : I~ya . O f i m d a s c e r t e z a s . S ã o P a u l o : U n e s p , 1 9 9 6 . 
C A P R A , Fri~jo.f O t a o d a f i s i c a . 2 . e d . S ã o P a u l o . : C u l t r i x , 1 9 8 9 . 
Q u a n d o a r e f e r ê n c i a é u m a r t i g o p u b l i c a d o e m p e r i ó d i c o , o q u e v e m 
g r i f a d o , e m n e g r i t o o u e m i t á l i c o é o n o m e d o p e r i ó d i c o , n ã o o d o a r t i g o . E s t e 
· é a p r e s e n t a d o e m l e t r a n o r m a L É i n c o r r e t o c o l o c á - l o e n t r e a s p a s .. E s t a s d e v e m 
s e r r e s e r v a d a s p a r a t r a n s c r i ç ã o d e - G i t a ç õ e s , à s v e z e s d e f a l a s , o u p a r a d e s t a c a r 
p a l a v r a s f o r a d o c o n t e x t o d a r e d a : Ç ã o e m p a u t a . ' 
S e e s s a é a r e g r a b á s i c a , h . á ·, t o d a v i a , i n ú m e r o s d e t a l h e s . É , e n t ã o , i n d i s -
p e n s á v e l c o n s u l t a r a s r e g r a s d a , A B N T . Q u a l q t ' L e r t r a b a l h o p u b l i c a d o n o B r a s i l 
. d e v e s e g u i r a s n o r m a s d a A B N T , d i f e r e n t e s , · p o r e x e m p l o , ' d a s a m e r i c a n a s . A 
N o r m a B r a s i l e i r a 6 6 - N B - 6 6 d e . . m a i o / 1 9 8 9 · _ · i n f o r m a c o m o d e v e m s e r r e f e r e n -
. . - · -~ -
d a d a s m o n o g r a f i a s ( l i v r o s , f o l h e t o s , ~sep~rat<ts,, clis~ertações e t c . ) , s e r i a d o s ( r e -
v i s t a s , j o r n a i s e t c . ) , refer~ncia l e g i S - l a t i v a , o b r a s d e r e s p o n s a b i l i d a d e · d e p e s -
s o a s f í s i c a s , e . · d é . e n t i d a d e s .c~letivàs, a l é m d e o u t r a s p e q u e n a s i n f o ' . t ; m a ç õ e s . 
C o n s u l t á - l a é t a r e f a q . u e s e Ú 1 1 p õ e . , . . · 
. _. . . . . 
Q u a n d o v o c ê a p r e s e n t a r i : : l u a s o b r a s d < ? i i 1 e s m o a u t o r , d as e g Ü n d a v e z 
n ã o p r e c i s a · e s c r e v e r - l h e o n o m e n e m o s o b r e n o m e . B a s t a u m t r a ç o ' h o r i z o n t a l , 
. c o m p l e t a d o p e l o s d e m a i s e l e m e n t o s e l a r e f e r ê n c i a , i s t o é , n o m e d a o b r a , l o c a l , 
e d i t o r a , d a t a . A s s i m : 
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. T E R M I N A N D O O P l l O . J E T O D E I ' E S Q l J I S A 
6 5 
M O R G A N , G c t r e t h . I m a g e s o f o r g a n i z a f ; i o n . B e u e r ( y H i l l s : S c t g e , 1 9 8 6 . 
- - - - ,_- - . R i d i n g Ú:~e w a v e s o f c h a n g e : d e v e l o p i n g 1 1 J c t n a g e r i c t l C 0 1 n -
p e t e n c e s f o r a t u r b u . l e n t p m r l d . :S a n F r a n c i s c o : ] o s s e y - B a s s , 1 9 8 8 . 
• ··· ' - . 
; : . : . . 
S e u m a . o b r a tive~ a t é t r ê s a u t o r e s , · l = s c r e V : a o n o m e d o s t r ê s . S e e x t r a p o -
r a r · e s t e n ú m e r o , ·\~~crevá · o n o m e d~ · ü m s ó e , ' e i 1 1 s~gulda, a e x p r e s s ã o e t a l . , 
a b r e v i a t u r a d e e i a l i i , qtí~· s i g n i f i c a • · . . e Olitros"-~ E x i s ' t e p 1 o u t r a s . e x p r e s s õ e s l a t i -
n a s c o m u m e n t e u s a d a s , c o m o n 1 , e n c i o n a d o n o i t e m . R e f e r e n c Ú t l T e ó r i c o d e s t e 
l i v r o . P o r e x e m p l o : o p . c i t . , q u e s i g n Ú i c a ' i, o l ú a c i t a c j t Y , Vo~ê ç l e v e · u s á - l a , q u a n -
d o n ã o q u i s e r r e p e t i r o n o m e e l a o b r a . Ot1t~~á expres~~o é i b i d , i d . q u e s i g n i f i c a 
. " i d e m ' • . O u t r a a i n d a é a p u . d , q u e s i g n i : . l ; ! c : á " v e j a " , i r i d i c a r t d 9 a f o n t e d e . u m a 
c i t a ç ã o . : · ; ' · · ·· . . ; .. . . · ~ . , ; ., . . · 
" U m l e Í 1 1 b r e t e : n ã o s e p a r e a s · ü { d i c K ç Ô e s cf~ de'te~mi~d~ .: obra e m d u a s 
f o l h a s . À s v e z e s e m u m a f o l h a s Ç í d á p a r a e s c r e v e r o ~ome d o a u t o r e . a obr~. 
F i c a m d e f o r a o l o c a l d a e d i ç ã o , a e d i t o r a e o ; a n o d e p t 1 b l i c a ç ã o . N e s t e c a s o , 
p a s s e t u d o , d e s d e ó n o m e d o a u t o r , p a r a a f o l h a segi.li~t~ . 
5 . 6 A N E X O S 
· ' . 
D e ' ; r e v i r ê m a n e x o t u d ç : > . a q u i l o q u e v o c ê j u l g a r e l u c i d a d o r p a r a a c o m -
p r e e n s ã o d o e s t u d o . P o r e x e m p l o : c õ " p · i a . e l o s q u e s t i o n á r i o s , d o s r o t e i r o s d e 
e n t r e v i s t a s , d e a l g u m d o c u m e n t o i n t e r e s s a n t e , c á l c u l o s i n t e r r p e d i á r i o s e s t a t í s t i -
. c o s e outros~ N o e n t a n t o , e q 1 b o r a t e n h a a f u n ç ã o d e e n r i q u e c e r , c l a r i f i c a r ; e x e m -
p l i f i c a i , con~firmar p o J ; I t o s a p r e s e n t a d o s n o t e x t ó , a n e x o é a l g u m a c o i s a q u e o 
l e i t o r c o n s t l l t a , o u n ã o . A s s i m , s e · a l g o é f u n d a m e n t a l p a r a o e n t e n d i m e n t o d o 
e s t u d o , . _ d e v e v i r q p c o r p o d q t r 2 : b a l h o , n ã o a n e x o . 
A r i e x o s sã~ i n d i c a d o S . p~r ietra~, s e g u i q à s d o . t í t u l o . P o r e x e m p l o · ; · • 
.. . 
, Anexo•.,A~_Contrato r Ú t e l e t r a b a l / . ? o d a P a r i s C r n n p u t r j l t i o n 
~· ; , 4 n e x c i B . . . . : ·· Q u e s t i o n á r i o a p l i c a d o 
.· < f " . . . . . • 
S é . l~pt,1ve.r' s2,mente u n . 1 a n e x o , a l e t r a é d i s p e n s á v e l . 
. , ,· : : , , !: : _ . -~ ."( ·· · ~- ~· . 
,~·~:· ' : . . 
·'~: 5 . 7 T R A " A M E N T O V E R B A L N A R E D A Ç Ã O E N U M E R A Ç Ã O D A S 
• 
P Á G I N A S 
V o c ê p o d e o p t a r p o r u s a r a . t e r c e i r a p e s s o a d o s i n g u l a r , q u e é a f o r m a 
m a i s t r a d i c i o n a l , u m a · v e z q u e e s t á a s s o c i a d a à i d é i a d e n e u t r a l i d a d e c o n t i d a 
n a c o r r e n t ê d e p e n s a m e n t o p o s l t i v i s t a , t ã o l a r g a m e n t e , a c e i t o . P o d e u s a r a p r i -
m e i r a p e s s o a d o p l m a l , u m t o m m a j e s t á t i c o . P o d e t a m b é m u t i l i z a r a p r i m e i r a 
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P R O J E T O S E R E L ( ' > T Ó ! U O S D E l ' E S Q l l l S A E M ADMI~lSTilAÇÃO 
.~ 
p e s s o a d o s i n g u l a r , f \ e r t i t ã o u s a d a , m~s f o r t e m e n t e s u g e r i d a p o r aquele~ q u e 
e n f a t i z a m o f a t o d e q u e n a p e s q u i s a e s t á t o d a a h i s t Ó r i a d e v i d a d o p e s q ú i s a -
dor~ l o g o , e l e d e v e r a s s u m i r i s s o n a r e d a ç ã o . O q u e v o c ê n ã o p o d e é m i s t u r a r 
a s p e s s o a s v e r b a i s . E s c o l h a u m a e · s e j a c o e r e n t e t o d o o t e m p o . 
V o c ê p o d e t a m b é _ . n 1 · o p t a r p o r u s a r o v e r b o n o t e m p o p~ssado o u n o 
p r e s e n t e . E x e m p l o : R m 1 9 3 0 , V a t g a s a s s u m i u o p o d e r . O u , s e p r e f e r i r : R m 1 9 3 0 , 
V a 1 g a s a s s u m e o p o d e r . N ã o d e v e m i s t u r a r o s t e n 1 p o s ; e s c o l h a u m , p o r t a n t o . 
A i n d a a q u i , a c o e r ê n c i a é r e q u i s i t o d e a d e q u â d a ' r e d a ç ã o . ~ 
Q u a n t o à n u m e r a ç ã o d a s p á g i n a s , a r e g r a e s t á d e t l n i d a p e l a A B N T ( N B R 
: 1 0 7 1 9 / 1 9 8 9 ) . A s p á g i n a s d e v e m s e r m í m e r a d a s s e q ü e n c i a l m e n t e e m · a l g a r i s -
m o s a r á b i C o s c o l o c a d o s n ç : > c a n , t o s u p e r i o r d i r e i t o d a f o l h a . A n u m e r a ç ã o c o m e -
ç a n a I n t r o d u ç ã o , m a s , p o r e l e g â n c i a , o m i t e - s e o n ú m e r o 1 . T a m b é m p o r e l e -
, g â n c i a o m i t e - s e a n u m e r a ç ã O . n ? ' p:â~ina e m q u e c o m e ç a u m c a p í t u l o . 
5 . 8 
S U G E $ T Õ J i S A D I C I O N A I S 
· " ' . 
Q u a n d o s 'e t e r m i n a .~' prü~;eiro i · a s c u n h o d o p r o j e t o , é ú t i l i s o l a r e c o m p a -
r a r o t í t u l o d o p , r o j e t o , o p r o b l e m a , o s o b j e t i v o s e ' a s h i p ó t e s e s o u a s s u p o s i ç õ e s . 
' ! ' ~ 
V e r i f i c a r s e e s t ã o c o e r e n t e s e n t r e s i . f ' : J u n c a é d e m a i s ~nfàtizar q u e t o d a s a s p a r -
t e s d o p r o j e t o e , p o s t e r i o r m e n t e , d o r e l a t R r i o · r e f e r e n t e a o p r o j e t o d e s e n v o l v i d o 
d e v e m e s t a r i n t i m a m e n t e a r t i c u l a d a s , i m b r i c a d a s , ' c o m o u m a t e i a . N ã o s e p o d e , 
p o r e x e m p l o , l e v a n t a r o r e f e r e n c i a l t e ó r i c o , gu a r d á - l o n u m a g a v e t a , d e p o i s c o n s -
t r u i r o q u e s t i o n á r i o p a r a c o l e t a d e ; d a d o s d i s s o Ç i a C : i o ' daq~el~ r e f e r e n c i a l . , 
P o r o u t r o l a d o , p a r a q u .\ = ! v o c ê n ã o s e p e r c a e m d i s c u s s õ e s q u e , e m b o r a 
a t é p o d e n d o s e r r e l e v a n t e s , n ã o c o n d u z i r ã o à r e s p o s t a d o p r o b l e m a , é d e s i g -
n i f i c a t i v a u : t i l i d a d e d u r a n t e t o d a a . f o r m u l a ç ã o ' d o p r o j e t o e d o r e l a t ó r i o e s c r e -
v e r e m u m p a p e l o p r o b l e m : { ' d e s e r Í c a d e a d o r d a p e s q u i s a e t ê - l o s e m p r e a s u a 
f r e n t e . F u n c i o n a r á c o m o u m ' f~trol, q u e i l u m i n a o c a m i n h o p a r a o s n a v i o s . 
· U n ' 1 - a l e r t a : · f o r m a e c o n t e ú d o s ã o - a m b o s - r e l e v a n t e s . U m a b e l a f o r m a 
c o m c o n t e ú d o m í o p e n ã o da~·á· r e f e . ; , â n c i a a o e s t u d o . P o r o u t r o l a d o , é n e c e s -
s á r i a u m a f o r m a a d e q u a d a , c o e r e n t e , , c ; o n s i s t e n t e , e s t e t i c a m e n t e b o n i t a , p a r a 
q u e o c o n t e ú d o s e j a m a i s f a c i l m e n t e t r a n s m i t i d o e " c o m p r a d o " p e l o l e i t o r . 
O p~pjeto é d e r e $ p o n s a b i l i d a d e d o a u t o r . E s t e l h e d a r á q " t o m " , o q u e 
s i g n i f i c a d i z e r q u e - d e c : i d i r á s e d e v e c o n s t r u i r u m p r o j e t o " a g d a d o " o u c o n s i s -
t e n t e , s u p e r f i c i a l o u : d e :p r o h u ; 1 d i d a d e . D e c i d i r á , p o r t a n t o , : o n í v e l d e s u a r e l e -
v â . n c i a . N o e n t a n t o , i s s o n ã o q u e r d i z e r , . q u e s e . d e v a t r a t a r d e g r a n d e s q u e s -
t õ e s , n e c e s s a r i a m e n t e . ' < ; ! } e s c o . r : o p o d e s e r p e q u e n o , m a s d e v e : s e r b e m c u i d a -
d o , a c r e s c e n t a n d o & . 1 g u J 1 1 a c o i s ã a o a c e r v o e x i s t e n t e , s e j a e m t e . r m o s d e a b o r -
d a g e m o u q e c o n t e ú d o . · · 
O P < ? e t a D . M a l l o c k a l e r t o u - n o s u m d i a : 
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S e v o c ê n ã o p u d e r s e r u m a á . r v q r e f r o n d o s a 
N o ~lto d e u m a m o .n t a n h a ' 
S e j a u m p e q u e n o a r b u s t o n a b e i r a d o r i o 
M a s s e j a o 1 } 1 e l h o r arb~1sto.que v o c ê p u d e r s e r . 
P a r o d i a n d o o p o e t a , o p r o j e t o n ã o . p r e c i s a s e r u m a á r v o r e n o t o p o d e 
. . . . . ' 
u m a m o n t a n h a ; p o d e s e r u n i . a r b u s t o n a b e i n t d o r i o . M a s d e v e ~er o m e l h o r 
a r b u s t o p o s s í v e l . ' · · · 
E s t e c a p í t u l o p r 6 c u r o ú · e n f a t i z a r a c o l e t a e o t r a t a m e n t o d o s d a d o s , a p r e -
s e n t a n d o v á r i o s i n s t r u m e n t o s p a r a a · c o l e t a d e d a d o s . n o c a m p o e e s c l a r e c e n d o 
q u e o s d a d p s c o l e t a d o s " p o d e m s e r t r a t a d o s d e f o r m a q u a n t i t a t i v a o u q u a l i t a t i -
' · ' : ' a o u d e a t n b a s a s f o r m a s . P r o c u r a ~sclarecer q u e q u a J q u e r m é t o d o t e m s e u s 
· Ú m i t e s e q u e voe~ d e v e r á e x r i i c i t a r ~uais o s q u e v o c ê i d e n t i f i c a e m s e 1 . 1 t - r a b a -
l h o . U m e x e m p l o d e c r o n a g t " a m a é d e s c r i t o , b e m c o m o v á r i o s ·a l e r t a s r e f e r e n -
.. ~ - · 
t e s à b i b l i o g r a f i a s ã o e x p l i c i t a ç l o s . O c a p í t u l o , t r a t a t a m b é m ' d e a n e x o s e d á 
a l g u m a s c l i c a s f i n a i s . 
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O R E L A T Ó R I O . D~: PESQUISA · ~· 
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R e l a t ó / l o é o r e l a t o d p q t ! e ç l e s e n c a c , l e o i J a pesquis~~, d a f o r m a · p e l a - q u a l . 
e l a f o i r e a l i z a d a , d o s ' r e s u l t a d Ç s . o b t i d o s , d a ' s c o n c l u s õ e s a q u e s e c h e g o u e q a s 
~çomendações e s u g e s t õ e s q ' n e P . § e s q u i s a d o r f a z a o u t r o s . · · 
• :, · N e s t e c a p í t u l o , s e r ã o ~bordidas a s q u e ' s t p e s n ã o p r i v i l e g i a d a s n o p r o j e -
· ··~ , . • • J . . 
' t b , c o m o , p o r e x e m p l o , a s f o l h a s q u e a n t e c e d e m o r e l a t ó r i o ; p r o p r i a n } e n t e d i j : o 
· e a q u e l a s p r ó p r i a s d o r e l a t ó r i o . S ã o c o n s i d e r a d a s f o l h a s p r e c e d e n t e s : a cap~, a 
, . . ~folha d e r o s t o , a p á g i n a d e a g r a d e c i m e n t o s , a a p r e s e n t a ç ã o , o r e s u m o , a i i s " b 
• d e s í m b o l o s e a b r e v i a t u r a s , a l i s t a d e ~lu~trações e o s u m á r i o , n e s t a o r d e m . 
· Q u e s t õ e s p r ó p r i a s d o r e l a t ó r i o i n c l u e m a i n t r o d u ç ã o , a d e t 1 n i ç ã o d o p r o b l e m a 
o b j e t o d a i n v e s t i g a ç ã o , a m e t o d o l o g i a e m p r e g a d a , o r e f e r e n c i a l t e ó r i c o , o s r e -
s u l t a d o s , a s l " c o n c l u s õ e s e 2 t $ sug~stões p a r a u m a n o v a a g e n d a d e p e s q u i s a . 
S e g u e m - s e - l h e a s r e f e r ê n d a ' s b i b l i o g r á f i c a s , a b i b l i o g r a f i a e o s a n e x o s . 
' . 
A c a p a , a f o l h a d e r o s t o , o s u m á r i o , o p r o b l e m a , a m e t o d o l o g i a , o r e f e -
r e n c i a l t e ó r i c o f o r a m o b j e t o d e e x a m e n o c a p í t u l o r e f e r e n t e a o p r o j e t o d a p e s C . 
q u i s a . V a m b s r e v i s i t a r o s u m á r i o e · v e r a g o r a o s o u t r o s i t e n s . , 
6 . 1 A G R A D E C I M E N T O S 
N i n g u é m f a z u m t r a b a l h o s e m a j u d a - d e · a l g u é m . A s s i m , c a b e · a g r a d e c e r 
a q u e m p r e s t o u a j u d a r e l e v a n t e à r e a l i z a Ç ã o d 4 J ' p e . s q u i s a . É u m a p á g i n a o r i e n -
~ . ;l ' 
t a d a , s o b r e t u d o , p e l o c o r a ç ã o . ' _ · · . ; · : : , · . : ! . 
. ; : . :,~: ·~ ' · . 
H á q u e m , a n t e s d a p á g i n a q u e t ' é g i s t r a o s a g r a d e d r :n e n t o s , i n t r o d u z a . ~~ 
. , . : . ; 
~ 
, . 
q u e d e d i c a o t r a b a l h o a a l g u é m , c o m o f i z ro,··t~ l i v r o . · - " · " · :· 
• . . ! . l ··r · ' . 
-~· . . . . ' :f . . : 
. , • t : ~ ' . / ' · · ; · . • • ; . 
,- ' - - . . ·· ~ ;r : . 
6 . 2 A P R E S E N T A Ç A O · i · . . ; . 
. " - : · . .~ ·.~ . J ; l , ~ I ' . ' l i . 
. ; · . J Apre$entaÇã~ e a p a r t e antece'de~t;ê ' a o 
1
r e l a t ó r i o ~topria~1ente d i t o ·, q u e .f 
àp~e$enta a o l e i t o r o t r a b a l h o r e a l i z a d o . Faí~~,do q u e o n i o t i v o u , q u a l S < ; U o~je-
. . . . . . . · . t ' ' . , : : : · 
~ ·: ·: 
, . ,~.:. 
.. 
. : 
· : 
. ' 
' O HEL~TÓHIO D A P E S Q U I S A 6 9 
. _ j I . \ ,: ,~ . 
t i v o e c o m o · e s t á o r g a n i z a d o , v a l e d i z e r , f a l a " d o q u e , b a s i c a m e n t e , c o n t é m c a d a 
capítt~lo . V e j a o e x e m p l o f o r n e c i d q p o r C e l s o d e . O l i v e i r a B e l l o C a v a l c a n t i e 
p o r A l b e F t o . : T r o r : \ e : : . : , · 
: : ; , ; 
o T í t u l o ~o tra~alho : .. :. . : i ' .' · . 
. ' I r n p a c t o s d a r e f c n - m a a d m i n i s t r a t i v a d o G o v e r n o C o l l o r n a m o d e l a g e m 
o r g a i t i z a c i o n a l d o D N E R 
; A p r e s e n t a ç ã o : 
, • • · · . E \ · t a d i s s e r t a ç ã O d e m e s t m d o . é o r e s u l t a d o d e eswilo.\~ 'e l a b o r a d o s s o b r e a · 
r~(Qnna a , d m i n i s t r a t i v a d o GovemoÓ?ÍI~r d e M e l l o , r . z j : i t m b i t o d o D e p w -t a m e n -
t Ó Nacio~al d e E~trdidas d e R o d a g e m - . - D N E R - o b j e t i v a n d o r e s p o n d e r à s e g u i n t e 
· · · q u e s ' " t ' à o : Q u a i s a s c o n s e q ú ê n á i a s d a 'n~fonna adn~in{çtrativa d o G o v e r n o C o l l o r 
n a m ó d e l a g e m o r g c t ' n i z a c i o n a l . d o D N r : . 1 i ( _ . 
O t e r n a r e f o r m a a c b n i n i s t n;t t i v a f o i e s ç o l h i d o d e v i d f ) a S l ( a i m p o r t â n c i a 
p a r a o c o n h e c i m e n t o d a f o n n a ç ã o d o E s t a d o a d m i n t s t r a t i z k ; b r a s i l e i r o , q u e t e v e 
s e u i n í c i o n a d é c a d a d e 3 0 c r n n a r e f o r m a G e t ú l i o · V a r g a s e , d e s d e e n t ã o , t e m 
s q f r i d o i n t e m e n ç i 5 e s d e m a i o r o u m e n o r i n t e n s i d a d e . M a n t e r a c e s a a d i s c u s s ã o 
s o b r e o t e r n a é t a r e f a q u e s e i m p ô é , p o i s s ó a s s i r n l 1 a v e r á p o s s i b i l i d a d e d e m e l h o -
r i a d a admini.~tração p ú b l i c a d o p a í s . 
& t u d a r a r e f o r m a admi?~istrativa d o D N E ' R a p a r t i r d e u m o l h a r h e r m e -
n ê u t i c a f o i u m a d e c i s à õ c o 1 n o o b j e t i v o d e b ·u s c a r a c o m p r e e n s ã o d a p o l ê m i c a 
n~forma d o ó r g ã o . 
· :· 
O e s t u d o e s t á e s t r u t u r _ a d o e m s e t e c a p í t u l o s . O p r i m e i r o e x p l i c i t a s e u s o b -
j e t i v o s , a m e t o d o l o g i a e m p r e r f a d a ~sua r e l e v â n c i a . 0 . .- { e g u n d o r e v i s i t a a s r e f o r -
m a s ' a d m i l ú s t r a t i v a s b m s i l i ! i t a s , a f i m d e e n c o n t r a r o s m f e r e n c i a i s q u e i n f l u e n -
c i a r a m o m o d e l o o r g a n i z á c i o n a l d o D N E R : N o t e r ; c e i r o c a p í t u l ô é e x p l i c i t a d o o . 
surg~mento d o D N E R . O q u c t 1 : t o m ó s t r a a · g r a n r j . e imn.~formação d o b N b i ? e c o n - l ( J 
a t i 1 i g i u . o s u . c e s s o . O q u i n t o · a p . ' r e s e 1 1 t a ' o P t o c e . ; , s o d e d e c l í n i o d o D N b " R e . o m o -
1 n e n t o d a refoi~ma a d m i n i s t r a t i v a d q C à t ; e i + z o C o l l o r . O s e x t o p r o c u r a d e m o n s -
t r a r c o m o f i c o u d D N I : ' . " R . a p ó s a r e f o n n a t r ; l l o r . O s é t i m o e ú l t i m o c a p í t u l o c o n -
s o l i d a a : , o o n c l u s i 5 e s d o e s t u d o e a p 1 ; e s e n t q a l g u m a s s u g e s t 6 e s p a r a u m a a g e n d a 
. ~-;, 
d é f u t u . r o s e s t u d o s s o b r e o t e m a . • · 
o T í t u l o d o t r a b a l h o : 
O r g a n i z a ç ã O v i r t u a l : impacto.~~ d o - t e l e t r a b ' a l h o n a s o r g a n i z a ç ô e s b u r o -
c r á t i c a s 
A p r e s e n t a ç ã o : 
J i s t e e s t u d o f o i m o t i v a d o p e l a p e r c e p ç ã O ç l a s p 1 - q { t m d a s tran.~formações 
q u e o t e l e t m b a l h o , v i á v e l d e v i d o à s n o v a s t e c n o l o g i a s d a i n f o r m a ç ã o e d a c o -
m u n i c a ç ã o , e s t á c a u s a n d o · .n a s t r a d i c i o n a i s o r g a n i z a ç i 5 e s b u r o c r á t i c a . \ ' . Desve1~­
d a r t a i s tran.~formaçi5es t o i n o 1 t . - s e , e n t ã o , s e u o N e t i v o . 
· .. • • , : 
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. . . . . 
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~ 
7 0 P R O J E T O S E R E L A T Ó H I O S D E P E S ( ) U ! S i \ E M i \ D M I N I S T R i \ Ç À O 
. . 
. ~ O e s t u d r / e s t á e s t n . t t ú f a d o e m n o v e c a p í t u l o s . N o C a n í t u l o 1 , .~·áo a n r e s e n -
~ . r . r 
f a c t o s , o p r o b l e m a q u e d e s e n c a d e o u o e s t u d o , s u a d e l i m i t a ç ã o , a · m e t o d o l o g i a 
ren~pref;.ada e ( ) c o n t e x t o ( ./ 1 f ; e o T i g i n o u o s u r g i m e n t o d a s o r g a n i z a ç õ e s v i r t u a i s . 
O C a p í t u l o 2 ã p n ! s e n t a a s c a r a c t e r í s t i c a s e p r e r r t i s s a s d a s o r g a n i z a ç õ e s 
· b u m c r á t i c a s , e n q u a n t o o C a p í t u l o 3 a b o r d a o s m e s m o s · a s p e c t o s e m r e l a ç ã o à s 
-
m :q a n i z a ç ô é s u i r t u a i s . . · • ~ 
· ·.~ . . . . . . : . 
· . N o C a p í t u l o 4 é d i s c r t t i d a a m u c ( a n ç a d e p a r a d i g m a o c o n i . d a e n t r e a 
R e v o l u ç ã o I n d u s t r i a l e a s o c i e d a d e d a i1~{ormação. 
O C a p í t u l o 5 i n i c i a a d e s c r i ç ã o d o s i m p a c t o s c a u s a d o s p e l o t e l e t r a b a l h o 
n a s o r g a n i z a ç ô e s b 1 t r o c 1 · á t i c a s . A n a l i s a o s .i m p a C t o s p s i c o l ó g i c o s n o t e l e t r a b a l b a -
d o r , a r n e l h o r l a d e s u a q u a l i d a d e d e . v i d a , b e m c o m o o . • . - i m p a c t o s d o t e l e t r a b a l h o 
' l i 
n a s ó c i e d a d e . 
N o C a p í t u l o 6 , s â O a h o r d a d a .\ a s q u e s t ô é s d ó c o n t r o l e o r g a n i z a c i o n a l n a 
m : q a n i z a ç â o v i r t u a l , a 1· e l à ç á o e n t r e t e c n o l o g i a e e s t r u t u r a c n p, a n i z a c i o n a l e a 
t e n d ê n c i a à d e s c e n t r a l i z a Ç ú f . o a p a r : t i r d a i m p l a n : a ç . p o d o t e l e t r a b a l h o . · 
O C a p i t 1 t . l o 7 d i s c 1 1 . t e a s c o ·J 1 s e q ú ê n c i a s d o d i s t - a n r . ; i a m e n t o f í s i c o d o s i n e m -
h m s d a m : q a n i z a ç ã o v i 1 · t u c z l n a m : q a n i z a ç ã o i1~jÓrmal·e n a d~fusào e 7 n a n u t e n -
ç ú o d a c u l t u r a o 1 · g a n i z a c i o n a l . T a m b é m r e g i s t r a a s r e s t r l ç h e s n a s f t r r r n a s d e c o -
m u n i c a ç ã o q u e .o ; w : q e m _ n e s s e t i p o d e o r g c m i z a ç { i o . : 
J á n o C a p í t u l o R, ' o s j o g o s . d e p o d e r , · u m a m e t á f o r a d a m :q a n i z a ç ã o c _ o m o · 
s i s t : e , m a p o l í Ú c o , e o p r o c e s ·s o d e c i s ó r i o n a o r g a n i za ç ã o s â o a b o r d a d o s . 
. . 
O ú l t i m o c a p í t u l o é d e d i c a d o à s c o n c l u s ô e s d o e s t u d o e à a p r e s e n t a ç { i q 
d e s u g e s t 6 e s p m • a . f i i . t u r a s p e s q u i s a s . • · · .~ 
6 . 3 · R E S U M O 
R e s u m o é u m i t e p 1 q u e s u m a r i z a o r e l a t ó r i o , ' e n f a t i z a n d o o b j e t i v o , m e -
t o d o l o g i a , , r e s u l t a d o s e c o n c l u s õ e s . · D e v e s e r e s c r i t o e m u m a s e q ü ê n c i a d e f r a -
s e s , n ã o d e t ó p i c o s . A lingu~gerp e l e v e s e r b e m c l a r a , d e m o d o q u e o . l e i t o r 
t e n h a a d e q u a d a i d é i a e l o q t _ ( e s e t r a t a . C~nteúdo e . . l i n g u a g e m d e v e m a t r a i r o 
l e i t o r p a r a o r e l a t ó r i o . S e g ü n d o a A B N T ( N B - 8 8 / 1 9 8 7 ) , d e v e c ç m t e r n o m á x i m o 
5 0 0 p a l a v r a s . . · · • ~ 
É recom~nclado q u e ' o i·es~uno t a m b é m ~ej(l ~presenta0o e m u m a . l í n g u a 
e s t r a n g e i r a . É comu;~1 q u e ~ s e j a e i n i n g l _ê s . V e j a o~ · ~xemplos e l e D o u r í v a l d e 
S o u z a C a r v a l h o Júnior :~ e l e Y~~ç~ C : ó n s u e i ( ) C i n t r a : ; i · 
• . . . i · ~ 
' ! ' , . \ , 
o T í t u l o d o r e l a t ó r i o : 
i \ 
. ' . ! ' ; . • 
. . . 
~ 
I' • .~ • -
U t i l i z a ç â o · ' d e r e f e r e n c i a l e s t r c ú ; . g e i i · o : n a p r o d u . ç ã o C i e n t f f i â t 
n i s t r a ç ú o n o 1 3 r c t s i l ' - .. . : l ' • · ~. . , 
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e m . a d m i -
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7 1 
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m t ! E J . i \ T O R I O D A l ' E S Q l l l S I I 
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\ ' • 
Resumo: ~ 
. O e s t u d o o~jetil1ou ver~ficar a t é q 1 ; e p o n t f > '~.p1~oduç(io c~eit'tmca b r a s i l e i -
r a e r n ar~:.álii;e o r g a n i z a c _ i d n a l e s t á , · c a l c a q t t e r n ·1-~(é7:f!hciq!esA·an,~eiro, s o b r e t u -
d o n o , d e 0 r y g e r n : á,rrieric~ma, · b e m _ c o 7 1 1 . o a.~~ r a z Ú e s e :a.~principqis . (;·(m.~'eqii.ênç;ias 
d e s s a u t i l j : Z a ç à q . C o n s i d é r a - s e q i t e a s r~ferências b i b l i o g r á f i c a s u t i l i z a d a s p o r 
u r n a t t t o r · c o n s t i t u e t n u r n d e s e . Ú s s u p o r t e s d e a r g u r n e n t a Çâ o , . e C j l t e 6 t proch~çâo 
c i e n t f l k a e a p r á t i ç a a c Ú h i n i Ú r a t i 1 J à r z à o e . ç t à o di.~ . . . . ; o c i a c l a s d ( J . c u l t u r a e l e d e t e r -
m i n a d a s o c i e d a d e . F o r a m ? t 1 Ú t l i s a d a .. . . · a s p u h l i c a ç 6 e s d e a f t . t o 1 · e s ' b r a s i l e i r o s e n t 
u r n p e r í o d o d e c i n ç ; o a ' h o s e c o n s u l t a d o s e s s e s a u t o r e s . A s r e _ f l e . x ô é s s o h r e a s a m -
s e q t : ' i . ê n c i a s d o p r o c e d i p w n t o a t 1 t a l l e u a r a r n . à ç o n c l u s á o d e q u e n â ó s e d e s e n v o l -
v e u u r n a a d r n i n i s t m ç à o p r ó p r i a n o B m s i k . · 
A h s t m c t : 
; 
T h e s t u c f : J ; h _a s t h e p r o p o s e t o vér~jji i n w h a t e . x t e n s i o n t h e c i e n t U i ' c h m z i -
l i a n o r g a n . i z a t ú m a l ana~vsis i s S 1 t . s t a i n e d !~v f o r e i n r e j à e n c e s , p m · t i c u l c t 7 y h y 
a m e r i c a n r~{erences, . t h e r e a s o n s a n d c o n s e q u e n c e s c ! { t h i s u t i l i z a t i o n . T h e a s -
s m n p t i o n i s t h a t t h e h i h l i o g r a p h y r~{erences u t i f i z e d h y a n a u t h o r c o n s t i t u e s o n e 
C ? { t h e . ; , u p p o r t s C ? { h i s a r g 1 m z e n t s , a n d t h e c i e n t ! f ' i c p m d t t c t i o n a n d t h e a d m i r t i s -
t m t i v r : p m c t i c e a r e n o t d i s s o c i a , t e d f h n n c u l t 1 i r e . T h e c i e n t i f i c p r o d u c t i o n p u . -
h l i s h e d i n f i v e y e a r s h y hrazilift7~ a u t b o r s w a s ana~vsed a n d : t h o s e a u t h o r s c c m -
s u l t e d . T h e r e j t e c t i o n s a h o f t t t h e c o n s e q u e n c e s c ? f t h e a c t u a l p r o c e d u r e s s e n t t o 
t h e c o n c l u s i o n t h a t a n o w n adn~inistration h a s n o t h e e n d e v e l o p e d i n B r a z i l . 
o T í t u l o d o r e l a t Ó r i o : 
O p a p e l d o e . x e c u t i w f i n a n c e i r o n a c l r g a n i z a ç à o m o d e r n a 
R e s u m o : 
. . 
O o~jetivo c l e s t e e s t u d o e . x p l o r d t ô r i o . ~gerar a l f ! . u n i C O i z h e c i m f ! h t o s o ! ? T e o 
p a p e l d o s e . x e c u t i v o s f i n ' a : n c e i r o s 1 W c o n t e x t o d a s o r g a n i z a ç ô é s m o d e n z a s , t o ·m a -
d a s d o p o n t o d e v i . . , · t a . b t > l í s t i c o . 
U - ; u a l m e n t e c o n s i d e r a d o s . " c o n t a d o m s d e t o s t ô e s " 1 1 . m t a n t o h i t o t ' a d o s , o 
e s t u d o p r e t e n d e v e r i f i á t T s e e s t a s opini6e~ s â o d e . f à t o a p l i c á v e i s a o p e 1 : f l l d o g e -
r e n t e f i n a n c e i r o . O e s t u d o i n c l u i u m a d e s c r i ç â o d o e s t a d o d a a r t e e m v a r i a d o s 
c a m p o s d a c i ê n c i a , q u e c o n s t i t u i s e u p a n o d e . f i t . n d o . 
O s 1· e s u l t a d o s m o s t r a m u m m o m e n t o d e t r a n s i ç à o , c o e r e n t e c o m a m u -
d a n ç a d e p a 1 · a d i g m a s q u e e s t á o c o n · e n d o n a t e o r i a d a s c n p , a 1 z i z a ç 6 e s . T a m b é m 
r e v e l a a l g u n s p r o h l e t n a s , t a i s c o m o a d~ficuldade d e c m n u n i c a ç á o e u m p e 1 : { i l 
t r a d i c i o n a l ir~fluenciandofoTtemente a a t i t u d e d o s e . x e c u t i v o s f i n a n c e i r o s . 
A ! ? s t r a c t : 
T b e n u t i r t ol~jec.tive c ! { t h i s e : x j J Ü J r a t o r y s t u d y i s t o p r o v i d e s o m e knowle(~f!,e 
o n t h e f i n a n c e e . x e c u t i v e ' s r o l e , f r a m e c . l i n ' t h e c o n t e . x t C ? { m o d e r n o r g a n i z a t i o n s , 
w n . s i d e r e d f r o :r n t h e b o l i s t i c v i e w p o i r z t . 
) , . 
,~t: 
· •' 
-~ · 
• 
1' ,' ' ; ; ; ' _ 
• 
7 2 P H O . J E T O S E H E L A T Ó R I O S D E I ' E S Q U I S A E M A D I ' v i i N I S T R A Ç À O 
~ . 
· . Common~v 1 ' e g a r d e d l a s " b e a n c o t / . n t r ! r s " , s o m e z o h a t " n a r r o w - m i n d e d " 
e . x ? _ c u t i v e s , t h e s t ú c . ( v a ú n s t o v e i - ( { V ( { t h o s e b e l i e j . Ç c w e a p p l i c a b l e t o t h e f i n a i f c e 
[ l u t n a g e r \ p r q f i l e . I t c o m p r i s e s a · s t a t e o f t h e a r t p o r t m i t o n u a 1 "i o u s s c i e n c e . f i e l d s , 
w h i c h c o n s t i t t t . t e s t h e h a c ! ? . g r o t t . n d f r w t h e d e v e l o p t n e n t q j ' t h e p r e s e n t r e s e m - c h . 
1 7 . w r e s u l t s s h o w a 1 n o t r i e n t q { t r a n s i t i o n , w h i c h i s c o h e r e n t w i t h t h e t h e o -
' Y (~f r m p , a n i z a t i o n s ' c u r r e n t c h c m g e (~{paradigms . 1 l 1 e : /a l s o s h o w s o m e p r o -
h l e r n s l i h e p o o r c o m n m n i c a t i o n s ! : ? . i l l s a n d a s t n m g t r a d i t i o n a l p r q f i l e i n f l u e n -
c i n g t b e f i n a n c i a l e . x e c u t í v e ' s a t t í t 1 1 . d e . 
, • 
6 . 4 L I S T A D E S Í M B O L O S ~ A B R E V I A T U R A S 
S e v o c ê ' a c h a r p e r t i n e n t e , i n c l u a u m a l i s t a c o n f o s . s í m b o l o s e a s a b r e -
v i a t u r a s u t i l i z a d a s n o c o r p o d o t r a b a l h o , c o m s e u s r e s p e c t i v o s s i g n i f i c a d o s , 
c o m o n o e x e m p l o f o r n e c i d o p o r A q . u H e s c!~ A n d r a d e P e r e i r a : 
t / } ' • . • 
o T í t u l o e l o r e l a ' t ó r i o : 
' . 
. ~-~ 
P ' o d 1 t . ( J i o · c ú s c e n t 1 - a l i z a . d a d e m e d i c m n e n t o s e s s e n c i a i s n o I n s t i t u t o d e 
TecnoloÚ~.t-t e·,~ ·t. 'Hánnac~;s - F a r M a n , q u i n b o s d o E ' l t a d o d o R i o d e J a n e i r o : u m 
d i a g n 6 Ú i : c c / d e · s t t . a i m p l e m e n t a " , ; ú o 
·= · · 
L i s t a e l e ~breviatui<ls: 
r -
. ·~~ . 
. A B I F A R 1 1 1 A - A s s o c i a ç ã o B r a s i l e i r a d a Indú.~/iria F a r m a c ê u t i c a 
A I S - A ç ô e s I n t e g J : a d c t : ' > ç l e S a ú d e · · · ·. : . 
A L A N A C - A s s o c i a ç â O â r ; s ' L a b o r a t ó r i o : . . , r a / n r i a c ê u t i c o s N a c i o n a i s 
. ··. ' . 
A L F O H ; - A s s o c i a ç â O d o . ' f L a b o r a t Ó 1 ' i o s F a r r n a c ê u t í c o s Q f k i a i s d o B r a s i l 
CJ~MJ~·- C e n t r a l d e M e d i c c i 1 n e n t o s : 
D S T - D o e n ç a s S e . x 1 t . a t r f t e J i t e T . r a n s r n i s s í v e i s 
l~DA - For~~l a n d Dr;i,~•4kbni·T7;istmtion 
. ' 
I P R O M b ' É J - I n s t i J u t o d e P r o d u ç ã o d i / M e d i c a n u ; . n t o s 
O M P I : _ _ O r g a n i z a ç â q M Ú . r ! I J { a l c~;, Pr~pri~dade I n d u s t r i a l 
O M S . : . . . : O r g a n i z c t ç â o M t n l d i a l d e S a ú d e 
P R E V - S A [ Í D R - P~~og;-a;?:ta . Nacional d e S e r v i ç o s B á s i c o s d e S a ú d e 
. RJ~'NAMH-l?.f;!laçáo N a c p m a l d e M e d i c a r n e n t o s R s s e n c i a i s 
· . .:.,,;- .,t:: .""'·~t· · . · , . - · , ·l~ . , 
, { ) . ; 5 • · . : t i S T A D E I L : U S T R A Ç Q E S . · · ~· . ' 
. · : : . " · . · , . ; - . -~ . · _ . . . . . -. . -~ . - · · _ , . . 
T a m b é m , s e conside1~ar petii~efit~; f a ç a m : r i a l i s t r t d a s t~bel~s e d a s f i g u -
r a s ap~e,s~ntacbs n o t e x t o , sepa!?:C\~11ent~,:·m~ ,ord~.fi{ el~1;que apar~cem r i o t e x t o 
. · . 1\ ' . ..' . . : •~· . . •' . ., . 
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O l < E ! . A T Ô I U O D A l ' E S C ) l J l S A 7 3 
·l i · · . . 
. , . 
e C O l ' i ; J . a i n d i c a Ç ã o e l a p á g i n a n a q u a l p o d e m s e r e n c o n t r a d a s . V e j a o e x e m p l o 
d e J o s é R o b e r t o G o m e s d a S i l v a : 
. ' 
.. . . 
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o T í t u l o d o r e l á t ó r i o : 
' · 
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O s c o n s u m i d m - e $ n a f e r c e { m i d a d e : a e s c o l h a d e f o n t e s d e ir~f~~-r}'tW.;àCJ . . . . 
· p a r a a d e c i s â o d e C01_1~f?1'ct • ' _ • · · . > · 
L i s t a e l e : t a b e l a s : ; . 
~..: 
. 
' " 
T a b e l a 7 
- Í n d i c e d e p e n e t m ç â o d o s d { { e n : i n t e s t i p o s d e m í d i a 
1 , , 
4 8 ' 
~:; 
. . .,~ 
p o r c l a s s e soÜc~~ 
. . . 
- D i s t r i ! m i ç ú o d o - a u d i ê n c i a p o r c l a s s e s soc~oeuiill"' 
.~i· T a b e l á · ? 
' . 
T a h e l a 3 
T a h e l a 4 
m i c a s p r a ç a ci,c~ . R i o d e J a n e i ' r o · ' ; \ · 
P e 1 f i l e l e - > o c u p ' a ç â o - p _o p u l a ç â o b r a s i l e i r a c o m • : · 
i d a d e ntaü~r o u i f : ! . 1 / . a l ~i . 7 O a n o s . ( · 
Í n d i c e de_p~netraçáo d o s çi~{erfmtes t i p o s d e m í d i a 
4 9 
5 7 
' p o r s e x o • 5 3 
T a b e l a 5 - D i s t h h u z ç â o p e r c e n t l i a l d e i p o p u l a ç ã o c o m 6 0 a n o s 
o u m c ; i s e 1 n 7 9 8 0 · • 5 3 
T a b e l a 6 - l ; a m í l i a s e p e s s o a s r e s i d e n t e s e m d o m i c í l i o s p a r t i -
c u l a r e s cr~;fo c h e f e t e n t 5 0 a · n o s o u m a i s 5 4 
T a b e l a 7 - A u d i ê n c i a d e r á d i o ( A M e r M ) n a p r a ç a d o R i o d e 
[ a n e i r o 
5 7 
L i s t a d e f i g u r a s : 
F i g u m 7 -
F i g u 1 · a 2 -
F i g u r a - 3 -
P e r d a n a c a p a c i d a d e d e a c o m o d a ç â ó d o o l h o m m n a l 2 , . 
1 1 1 á x i n w f r e q ü ê n c i a d e s o i n c a p a z d e . s e r o u v i d o 2 5 
M o d e l o d e ! 1 ' l e m ó r i a 2 9 
6 . 6 · s U M Á R i o 
' j , 
. . . 
O s u m á r i o · ob~clece à s mes~_~s r e g r a s . ' d o p r o j e t o . C o n t u p o , . s e u c o n -
t e ú d o n ã o é i g u a l , u m a v e z q u e o c l o - . p r o j e t o i n d i c a a s i n t e n ç õ e s e l e p e s q u i s a e 
o e l o r e l a t ó r i o , o r e a l i z a d o . U r s u l a W e t z e l B r a n d ã o d o s S a n t o s n o s b r i n d a c o m 
u m e x e m p l o : ~ 
o T í t u l o e l o r e l a t ó r i o : 
M é t o d o s c j u t d i t a t i u o s p a r a p e s q u i s a e m a d m i n i s t r a ç â o - c a n . t c t e r i . z c t ç ú o 
e r e l a c i o n a m e n t o a o s ~paradip,nias p a r a p e s q u i s a 
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• 
• 
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. . 
~ 
7 4 l ' l ( O . J E T O S E H E L A T C ) l l ! O S D E l ' E S < ) l i ! S A E M A D M l N l S T H A Ç A O 
S u m á r i o : 
7 O P R O B L E M A 
1 . 1 I n t m d u ç â o . . . . . . : . . . . . . . . . . . . . : . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : . . · 
o • 
1 . 2 H > r m u l a ç à c > J d a s i t u a ç ã o - p r o b l e m a . : . . . . . . . . . . 0 0 0 0 0 0 . . 0 0 . . 0 0 . . . . 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 . . 0 0 0 0 ~ 
1 . 3 O b j e t i v o s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . · : · . . . : . . . . . . . . . . 0 0 • • • • • • 0 0 • • • , . . . . . . . . . 0 0 • • • • 0 0 • • • • • • • _ . · : , . 
1 . 4 D e l i m i t a ç ã o d o e s t u d o . . . . . : . . . . . . . : . . . . . : . . . . . . . . o . . . 0 0 • • • • o . . . . . . . o o . . . . 0 0 o . . o . o . . . . . . 0 0 
1 0 5 R e l e v â n c i a d o e s t u d o . o . . . . . . . . . . . . . . : • • • 0 0 . . . . . . . . . . : 0 0 • • • • • • 0 0 . . . . . . . . 0 0 . . . . . . . . . . . . . . . . 0 0 • • • • 
. 1 . 6 D e j 1 n i ç à o d o s t e r m o s . . . . . . 0 • • • • • • - . . . . . . . . o . . . • . . . . . . . . . . . . . . • o o . oooo o o · · · · · · · · o · · · · · · · · · . . · · 
2 M h ' T O D O L O G I A 
2 . 1 H i s t ó r i a p e s s o a l e m e t o d q l o g i a . . . . . .. . . . . . . . . 0 0 . . . . . . . . . . : . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 0 . . . 0 0 . . . 
2 . 2 T i p o d e p e s q u i s a . . . . . . . . . . o . . . . . o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 0 
2 . 3 C o l e t a c t e · d a d o s . . . . . . . . . : . . ·: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0 • • • : o . . . . . . . . . . . . . o o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . o o . • , . 
2 04 L i m . i t a ç 6 e s d o m.rí.t~)do 0 0 o o o O o . . . . • . . . . . . . . o . . . o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . · o · · · · o O o · · · 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
3 P A R 1 D I G M A S . f A R A - A P l c ' S Q U I S A C I E N T Ü . : . I C A 
. . 
3 o 1 A e s c o l h a d o s p a r a d i g m a s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . o 0 0 0 0 . . . . . . . 0 0 . . o 0 0 . . 0 0 . . 0 0 . . 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 : 0 0 
1 . 2 D i m e n w ) é s c a r a c t e r i s t i c a s i l e u m p w :a d i g m a . . . . . o . . o o . . o o . . . . . . . . . . . : . . . . . . . . . . 
3 . . i j : ; r i n c ; p a i s c a r a t f e r í s t i c a s d o p a r c ! d { p , m a p r ? s - p o s i t i ú i s t a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
3 . 4 P r i n c i p á i s c a r a c t e r í s t i c a s d o p a r à d i g ,m à d ç . t t e o r i a c r í t i c a 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 ° 0 0 
3 . 5 P r l n c i p a i s c a r a c t e r í s t i c a s d o p a r a d i p , m a c o n s t n t t i v i s t a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
3 . 6 Ó J n :i p c t 1 : a n d o o s p a r a d i g m a s o o :_ . . . . . . o o o o o o . : o o . . . . . . . . . . . o o .: o o o o o o o o o o . . . o o . . o o o o o o o o . . ' . 
4 . M É T O D O · E ' T N O G R Á J < 1 C O 
L í . · ., 
.' J : o 
4 . 2 
4 . 3 
D~fzniçúO · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · · : · · · · · · · · · · · · · o · · · · o o · · · o · : : . . . . . . . . . . . . . . . . . o o . . . . . . . . o o . . . . .. . . . . o o 
B 1 · e v < - > d e s c r i ç á o d o n ú ! . t o d f > · . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . : . . : : . . . . . . . . . . o . : • . • . • . • . . . . . . : . . • . • , . . . . . . . 
P r i n c i p a i s t é c n i c a s d e c o l e f t t d e d a d o s . - · · observaÇár~ p a r t i c i p a n t e e 
. . e n t r e v i : - ; t a . . . . . . . . . . . . . . . . o . o . . . . . . . . . o . . . . . . . . . o . . . . . . . . . . . o o o o . . o . . . o . : o o o o. o . o o o . . o . . . . o . . • • . . . . o . . 
4 . 4 H x e m p l o s d e a p l i c a ç ã o d o m é t o d o n a p e s q u i s a e m ç ; t d m i n i s t r a ç â o . o 
5 P ] " , ' S Q U I S A - A Ç À O 
5 . 1 D~fz:rtt/;~to 
0
0 • • • • • : . , : • • • • • • • • • • : : • • . ' • • • • • : : · • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • . - • • • • _ _ • • • • • • • • • • o o . : . :· . . . . . . . 
5 . 2 P e i > c p t i s a - t t . Ç ã o e p~:,·cpiisa p a r t i c _ i p a n t e o o . o . . . . o o o o o. o • • • • : . : . • . . • . . . . . • . • • . ' · · . . . . . . . 
5 o . i . C a m c t e i - t , · t i c a s d a p e s q 1 (. i s a - ç t Çd o . . . . . . . . . . . . . . . . o . . , . . . . . o . . o . . o • . . . . . . . . • • • -~ . . . . . . . . 
5 . 4 B r e v e d e s c Í -i ç ú o d o t ? :i é t ó d o o o o o : o o o o o o o o o o ; . . o o o o o o ,. o o o o ' . : o o . . . · o o . . . . . . . , o o . . o o o o : o o o o o o . . : 
5 . 5 R x e r n p l o s d~ a p l ü; d t ç q ó . d o m é t o d o n ? , ) . ' p e s q t , l . i s a e r i ( a d m i n i s t r a ç á O . . 
6 HJSi,ó~A b f M L ; : : > · · · : ; { : / ' ' , ' · ~. . 
6. ! D~(iniç~tO ·.: ·· · ·· ·· O:··:·· ·~· · : ·o ·· · · ···· o ····;· . . . . . . . :V . . : · . . . . o . . . . . : . ' . . . . . • • : . o o . . o o • • o: ; · · · · · o o • o o 
6 , . 2 I r r i p o r t a n c t a . d a h t _s t o n a r w a l . . . . . . . . . . . , . , . : · . - · o o · · · · · · · · · . ; · · o: : o . . . o o . . . . . . . . . · . . o o o o • : o o . . 
6 i . { \ P a p e l . d a e n t .r e v i s t à , d o e n t r e t J . i s t a d o r e ç t o entfe.vi:~tado . . . . . . . . . . . . . . . . : . . . . 
~:4.~~(Brei/e· d e s c r i Ç ã o d o m é t o d o . . 0 0 : - : . . . . . . . , _ . . 0 : , . 00·:~: . . : · , 0 0 0 0 0 0 . , 0 0 0 0 0 0 0 0 . 0 0 0 0 0 0 . . . 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 . . . 
6:\)::~ r .: x f m p l o s d e a p l i c a ç ã o d o m i t ô ' d o n , a p e s q u i s a e m a d m i n i s t r a ç ã o 0 0 9 
. ~ . 
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7 ' G R O U N D E D - T H E O R Y .. . l :: ·. · · 
• 7 . 1 D e f i n i ç à o . . . . . . . . . ' . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ·: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : . :: , : : . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 0 1 
: · 7 . 2 C~ractérí..,ticas d a grounded-theory~ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 0 1 
] . 3 B r e v e d e s c r i Ç ã o d o m é ( o d o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : 1 0 6 
7 . 4 l ! , x e m p l . o s d e a p l i c ( ; t ç à o d o m é t o d o nap~squ.isa e m a d m i n i s t r a ç â ó ·: · . 1 1 5 
. . · . ' , . . ~ . .: 
8 R E L A C I O N A M E N T O D Ó S M E T Ó D O S . A O S · P A J i w i G M A S P A R A 
· ·:: P E S Q U I S A E M A D M ! N f S T R A Ç A O 
• · . . . 
8 . 1 · P o r q u . e r e ! a d o n a r ·m é t o d o s a p a r a d i g m a s p a r a p e s q u i s a . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2 9 
8 . 2 M é t o d Ó e t n o g r á : f i c o . . . . . . . . . . ' . . . . . . . . . . . . . . . · . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ' : . . . . . . . . . . . :, . . . . . . . . . . . . . . 1 3 0 
. . . . . 
~:~ ~~i~~-:~~~f.~.: : : : :·::: :. : . : : : :: :': : :: : : : : : / : : : :: : : : : : : ::::: : : : : : : : : : : :::~: : : : :: :~ : : : ~·~ : : :: : : : : : :: : : : ~~~~ 
' 8 . 5 G r o u n d e d t h e o r y . . . L ; : · : . . . . . . ! : . . . . . . . . . . ; . . . ' . ' . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ~c . . . . . . . . . . . . . . . . : . . 1 3 5 
: 8 . 6 Class~fic?tçào d o s m é t o d o s s e g u n d o · s u a p r e d o m i n â n c i c t e m . 
d e t e r m i n a d o p a m d i g m a : . . . . . . .. . . . · - · . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : · . . . . . . . . . . . . . 1 4 0 
. -~ ; · . . : . . , : , • ., 
9 C O N Ç L U S Õ E S E S U G E S T Õ J ; S 
9 . 7 C o n c l u s õ e s . . . . . . . . . . . . . . . . : . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . · . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 4 2 
9 . 2 N o i J a a g e n d a d e p e s q u i s a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ' . .. . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 4 5 
l O R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S . . . . . . . . . . . . . : . . . . . . . . . . • . ' . . . : . . . . : . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 4 8 
. 1 1 B I B L I O G R A r l A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . : . . . . ~ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 5 8 
6 . 7 I N T R O D U Ç Ã O 
A q u i c o m e ç a o r e l a t ó r i o propri~nie'nte d i t o e o s l e m b r e t e s s ã o p r a t i c a -
m e n t e i g u a i s a o s f e i t o s p a r a o p r o j e t o , p o r é m h á d e s e c u i d a r q u e o t a m a n h o 
s e j a m a i o r e o c o n t e ú d o m a i s e l a b o r a d o . V a l e l e l ' n b r a r q u e é a q u i t a m b é m q u e 
c o m e ç a a n u m e r a ç ã o d a s p á g i n a s d o r e l a t ó r i o . 
6 . 8 D E S E N V O L V I M E N T O 
O d e s e n v o l v i m e n t o d o r e l a t ó r i o . é o ' qu~ s u c e d e à i n t r o d u ç ã o e a n t e c e -
d e à c o n c l u s ã o . É c o m p o s t o d e v á r i o s c a p í t u l o s : c a d a u m d o s q u a i s c o m e ç a n d o 
e m u m a n o v a p á g i n a e d e v e n d o s e r subdj~~idido e m s e ç õ e s . A s e ç ã o , s e f o r o 
c a s o , t a m b é m p o d e s e r s u b d i v i d i d a , a p r e s e n t a n d p s e ç õ e s s e c u n d á r i a s . 
·, , 
J . , . ~ 
C o n f o r m e a A B N T / N B - 6 . 9 / 1 . 9 8 7 ) , c a d a c ap í t u J o d e v e t e r s u a n u m e r a ç ã o 
e m .2 /g g . r i s m o s g . rá b . i c o s O , 2 , j ' e t c . ) e é t g m b é m p o s s í v e l n u m ; . r a . r 
( L l , 1 . 2 , 1 . 3 e t c . ) e a s s e ç õ e s secundária~·'Cl.l . l, 1 . 1 . 2 , 1 . 1 . 3 e t c . ) . D e 
f o r m a , é p r e c i s o d e s t a c a r o s t í t u l o s , s e j a m o s d o s c a p í t u l o s o u d a s 
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7 6 P R O J E T O S E R E I . A T Ó R l O S D E P E S Q U I S A E M A D M I N I S T R A Ç Ã O . 
s e ç õ e s . R e c u r s o s c o m o c a i x a a l t a ( l e t r a s m a i ú s c u l a s ) , n e g r i t o , g r i f o , i t á l i c o e s -
t ã o à ç l i s p o s i ç ã o d e s u a i m a g i n a ç .ã o . M a s l e n i . b r e - s e : j a m a i s s e s e p a r a t 1 m t í t u l o 
e l o q u e l h e s e g u e , v a l e d i z e r , v o c ê n ã o d e v e c o l o c a r o t í t u l o n a ú l t i m a l i n h a e l e 
u m a p á g i n a e c o m e ç a r o t e x t o n a p á g i n a s e g u i n t e . 
H á q u e m o p t e p o r t í t u l o s t r a d i c i o n a i s e o u t r o s , p o r c r i a t i v o s , s o b a a l e -
g a ç ã o d e q u e e l e s d ã o t o q u e d i f e r e n c i a d o a o t r a b a l h o . É v e r d a d e , m a s é p r e c i -
s o t e r c u i d a d o p a r a q u e n ã o d e s v i e m o l e i t o r d o q u e s e r á t r a t a d o . A f i n a l , J í t u -
l o s e l e v e m s i n t e t i z a r u m a r e d a ç ã o . 
O clesenvolvim~nto i n c l u i r e f e r e n c i a l t e ó r i c o , c o l e t a e t r a t a m e ' n t o e l o s 
d a d o s , r e s u l t a d o s e C O J ; J . c l u s õ e s d o e s t u d o e s u g e s t õ e s e r e c o m e n d a ç õ e s p a r a 
n o v o s e s t u d o s . N o q u e c o n c e r n e à c o l e t a e a o t r a t a m e n t o d o s d a d o s ; v a l e a q u i 
m e n c i o n a r q u e e H 1 p e s q u i s a s d i t a s q u a l i t a t i v a s , c l i f i c i l n 1 e n t e e l e s s â _ o a b o r d a -
e l o s s e p ; r a d a m e n t e ; a n t e s , f o r m a m u m c o n j u n t o . · 
. ' . . . 
U m a d i c a p a i · a a j u d a r s e u l e i t o r : a n t e s d e c o m e ç a r u m c a p í t u l o , f a ç a 
u m a p e q u e n o . i n t r o d u ç ã o esclar~cep.do s Q b r e o q u e v a i s e r t r a t a d o . A o _ t e r -
m i n á - J o , f a ç a u m p e q u e n o r e s u m o , lembr~nclo o q u e f Ó i d i s c u t i d o . V o c ê r~pa­
r o u q~re i s t o í b i f e i t o n e s t e l i v r o ? · 
6 . 9 R E S U L T A D O S 
~ 
O s r e s u l t a d o s e l a p e s q u i s a p o d e m c o i n p o r t i m c~pítu}o à parte~se é f e i t a 
p e s q u i s a e l e c a m p o . V e j a o e x e m p l o d e M a r i a A n _g é l i c a O l i v e i r a L u q ü e z e : 
o T í t u l o e l o r e l a t ó r i o : . . . 
A i n f l a ç ã o b r a s i l e i r a é a · a d m i n i s t r a ç ã o d o c a p i t a l d e g i r o 
R e s u l t a d o s : 
O e s t u d o d o questioná1~io f o i , i n i c i a d o l e v a n d o - s e e r r i c o n t a o p e r c e n t u a l 
d e r e s p o s t a s e n t . G à t d a q ú e s t d o . p a r a a p u r a r - s e a i n c i d ê n c i a d e c a d a , . . u m a ··d e l a s . 
A s e g ú i r t e n 1 . Ó S ( ? ; · 1 ' é · t ! . l t a d o s : . . . ' ; . · ' ! : · . 
' . 
Q u e s t ã o t z ! ' 1 ' , . . 
• • • • . · - • , . • • t 7 • • . . .. . 
1
· . . . i 
· . : A ( ) 1~eqlizar o pl~mejainer:zto f i 1 J . c t n c e i r o ' d e s u a e m p n ! s a , e m q u e p r a z o · 
ó o c ê COJ.Bidim;~;9ue a s pr(~f~v.ões· o ç o l j e r à o p r ó x i m a s à J' e a l i d a d e ? 
· . . . · 9 %· · . . ! . . , . · q 7 a n ( / ' . . . · · .~· · · · · . ·' · 
. . . . . . ·: : . . . ~·~ 
9 1 J 1 J · ' ·- : -
1 
6 m e s e . o ; ; 
' 
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; : ;~ 
1 1 % - 3 m e s e s 
4 1 % - .· . 1 m ê s 
7 ' 1 1 . ' 1 5 : · . ! ' . 
o . · , . - . c z a . , 
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· r n i t r o s :. 
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7 7 
. , 0 l l E L I ) . T Ó R ! O D A P E S Q U I S A 
: : -. • . \ . 
' • 
E s t a q í w s t ã o a p r e s e n t o u , u m 1; " e s u l t a d o h e m d e f i n i d o , o u s e j a , a m a i o r i a 
a h s o l u . t a , c e r c a d e 7 2 % d o . : . e x e c u t i v o s f i n a n c e i r o s d r ; t s e m p r e : ç a s a c r e d i t a r n q u e 
s u a s f o . r o j e ç à e s s e r c t O ve1'~(i_cadas n a p r á t i c a , n u . i r j " p e r í o d q e n t r e u m m ê s ( 4 1 % 
d a s 1~e..ÇpostasJ e ' t r ê s m e s e s ( 3 1 % ) . R ' ' t a t e n d ê n c i a é m u i t o r e p r e s é n , t a t i v a d o c o n -
t e x t o e c o n ô m i é o b r a s i l e i m ) -o u S,f l . [ a , t e r u l o · e~i .~i).isiG!r a s a l t a : ,- t a x a s · d e i 1 J : f l á Ç â ó 
c o m a s q u a i s o s e x e c u t i v o s c o n z : J i . ! j e m e s u a o h r i g à ç ã o d e g e r e n c i a r o c a p i t a l c b - -
c u l a n t e c Z e s,ua.~ empresa~·, e l e - ' . _ c o n s e g u e m p r o j e t a r s u a s v a r i á v e i s d o . f l u x o d e 
caixt~ c o n i ·~m·t b o m g r a 1 t r . / e ' c ; e r i e z a n u . m p e r í o d o n i é t x i m o d e t r j _ , . m e s e s .• : z , · t o .sign~fic'a q u e o h 0 1 i i z o i ' l l :f l ~te plcm~famento é e x t r e m a m e n t e e s t r e i t o e , 
n o t q à c u n e n t e , • • f ! S S a v i s à o · d e t i Í . r t í S ; , ,· i m o p r a z o é :q u . e d i f i c u l t a a s e m p r e s a ; . ' · a , e f e -
t i v m n e n t e , s e p r o g 1 ' a m c w e m c o m · a d e v i d a a n t e c e d ê n c i a p a r a i m p l e r n e n t a r e m 
.. . . - e u s i 1 r m o s .jJr(~jetos. 6 s tlem~tis i t e n s , t i v e r a m p e r c e n t z l c ú s h a i x o s d e r e s p o s t a s , 
c o m h · 7 8 % 1 : d r - J s e x e c u t i v o s a ç r e d i t a n d o q u ê . a s p r r d e ç ô e s o c o n -e r à o p r ó x i m a s à 
r e a l i d a d e e n t r e \ e i s m e s e s e iú~·t a n o ; 3 % c i t c ! n d o o u t r o s p e r í o d o s e 7 9 1 ; ' :ú t i l i z a n -
d o 1 . i 1 .n h o r i : z o n t e · ( t e p r e v i s i Ê ; , i l i d a d e a i n d r : c m e i i o r , o u s r ç _ j a , 7 5 d i a s . A p e n a s a 
t ü u t r } d e ilust1~aÇâo, v a l e a p e n a m e n c i o n a r a s e m p r e s a s q u e , . e n t r e a s p e s q u i s a -
. . . . . . . . · ' -
d a s , s e e n c o n ' t r a m n e s t e ú l t i m o g h 1p o : P e t r o b r - á s , C i a . S u z a n o d e P a p e l e C e l u l o -
s e , C i a . P e t r o q u . í r n i c a d e C c m t a { w ' i e C r e s a l E x p o r t a d m - a . 
D e i x a m , a q u i , e l e s e r t r a n s c r i t o s t o d o s o s ~·esult<1dos a p r e s e n t a d o s p o r 
M a r i a A n g é l i c a , p o r q u e o c u p a r i a m ü m n ú m e r o e n o r m e d e p á g i n a s . M a s v o c ê 
j á p e r c e b e u q u e , p a r a c a d a u m a d a s q i . . l e s t Ç > e s ç l o q u e s t i o n á r i o q u e a p l i c o u , e l a 
a p r e s e n t o u o s r e s u l t a d o s o b t i d o s e o s c o m e n t o u . 
V a l e f a z e 1 ' , c o n t u d o , u m a r e s s á l v a i m p o r t a n t e . E s t a n ã o é a ú n i c a m a n e i -
r a d e s e a p r e s e n t a r r e s u l t a d o s . E l e s p o d e m t a m b é m d i l u i r - s e n o s c a p í t u l o s e m 
g e r a l , s e o q u e s e a p r e s e n t a s ã o r e s u l t a d o s d e n o s s a r e f l e x ã o . É o ' ! a s o , p o r 
e x e m p l o , d~ p e s q u i s a b i b l i o g r á f i c a 9 - u · c l o c u ! 1 1 e n t a L n ã o q u a n t i t a t i v a o u d a q u e -
l a q u e s e u t i l i z a e l o m é t o d o d i a l é t i c o - o u e l o h e r n ) . e n ê u t i c o , s e m i r a c a m p o . J : I á 
s i t u a ç õ e s t a m b é m e m q u e o a u t o r a p r e s e n t á ' n;~u ltados o b t i d o s n o c a m p o e o s 
f a z a c o m p a n h a r d e s u a s p r ó p r i a s r e t 1 e x õ e s t e 0 ; i é a s . S~ v o e i . f o r à s b i b l i o t e c d s , 
f i c a i · á e x t r e m a m e n t e e n r i q u e c i d o c o m a m u l t i p l i c i d a d e e l e p o s s i b i l i d a d e s q u e 
s e 1 1 - i e o f e r e c e . P o r e n q u a n t o , v e j a o e x e m p l o f o r n e c i d o p o r M a r i o C o u t o S o a -
r e s P i n t o : · 
o T í t u l o d o relatór~o: 
T e l e r j : c J t. l t u r a e m z t . d a n ç a 
R e s u l t a d o s : 
O s q J t. e s t i o n á r i o s r e v e l a m ( . . . ) . 
D e s s a f o r m a , p w -e c e - n o s q u e , n o c a s o d a T e l e r j , e x i s t e 1 t m e x e r c í c i o q u a -
s e s e c u , l a r , c o n f o n n e d e t a l h a n w s n o h i s t ó r i c o d a e m p r e s a , d e J t m a v a l o r i z a ç à o 
d a o r d e m , d a h i e r a r q u i a e d a d i s c i p l i n á , q u e l h e r.xn~fere u r n a s p e c t o e s t r u t Ú m l 
sign~ficativaniente s e m e l h a n t e a o d a 1 ' i g i d e z m i l i t w ' . · O m o v i r n e n t o c i r c u l a r c a u -
j : , . 
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. • 
78 · l'RO~ETOS E HELATÓRIOS DE I'I 'SQlHSA EM ADMINISTRAÇÃO . 
sado pelq" retroalimentaçào da interferência do grupo no ccn~junto foi, e conti-
nt/.a·sendo, fortemente desestimulado, o que sugere urna verticalizaçào prr~fu.n­
da dospadráes de comportamento tradicionalmente aceitos. o novo, que irrom-
pe, deve ser abortado em tempo hábil, posto que a·meaça o status quo que redi-
me e garante a esttibilidade. A movi1nentaçâo f! a mudança, quando são inevi-
táveis, apresentam-.\·e, dialeticamente, apenas para assegurar a conformidade; 
mu.da-se o artefatual para que os paradigmas se,j~m preservados. . 
Mario continua fazendo suas· ret1exões, acompanhadas dos dados obti-
dos no campo. El~s não são aqui repro~luzidas porque, como no e:x:empÍo an-
terior, demandariam grande número de páginas . Além do mais, voéê já c~tptou 
a mensagem, não é verdade? · 
t 
6.10 CONCLUSÕES 
Há duas partes muito importante:5 no trabalho: a. definição elo pmblema 
sob investigação e a ré'sposta que oferec.emos ao ·leitoL E~ta é a conclusão. 
Só se pode conclqir sobre aquilo qt1e.'se discutiu, logo, tudo.o que você 
apresentar na conclusão dever~ ter sido dis~utido anteriori:nente. D.ito ele outra · 
maneira: não escteva :no capítulo ieferente às conclusões· nada .que não tenhà 
sido discutido antes. · A recíprocá é verclacl~ir~ . =sobre tudo ·que VQ~ê tjver estü-
dado, a uma cônclusãó deverá chegar. . . 
:imagine que no desenvolvimento do tra.J~alho você .t~·nha ·escrito:.,:'Q' 
Tratq,do de Torde.~tlhas fixou o meridiano l0Ú,tlizado a 3 70 léguas a oeste elo 
Cabo Verde como o. divisor de domínio das novas terra:·; descoberttts po"r Port.u- . 
gal e E'ljJanha. 11 Uma de. suas possíveis conclusões é a,,clé que ·~s novas terras 
descobertasficar;am divididas entrePortugal e Epanha. 11 Uma conclusão impos-
sível é aquela segundo 4 'qual tiO rei de Portúgal era mqis 'au'tlacioso que C'J de·· 
E.spanha 11, porque nada na afinúativa contida na desenvolvimento a ela corid1,1.z. 
. . ,; . . 
Para dar início às conclusões, resga~e a,,pergunta-problema que clesen~ 
cadeou o estudo e faça um brevíssimo resu11.1o elo que fo1 apresentado e discü- .. 
tido nos capítulos anteriores, apenas para refrescar a lembrança;do leitor. Feito 
isso, o passo seguinte é clize.f o que você 'concluiu a esse res)?eito; ou.seja:, 
oferecer a resposta à· pérgunta-problemá. 
Há un1a· dica interess~Ú)te: quando você estiver pensando sobre o tra-
balho ou já·~~ i'edigüi.éíb, vá ·an.otando, em ':iüg·ar à · pait~, conclu~õ~s parcié).is. 
Depois, é só' reuni:-las . .-. . :!:~· 
~ • ' CÜações deverú $e;r evitadas nas çonclusões, · a ri1enos GJ.Ue ities sej.anil. 
para dar uma finalização '·de Úi\pacto, o~· charri1osa. Por quê? Pbrqd~ a corr-
; clu!?~9 é o resultado pe u'ina 1:ehexão ·$.U·~, .. 'p.ão ele out-ra pessoo:''É li1a contri-
. » . . • 1 -:. • . ..... f :-'l ~ :r" • .,~1?\ii;Çâó ao ace~.v:o existente. · · ·· · ·: · . . .;:: ·· :;: ~ · 
- --· \.. . ,\ . _:·r·:-·.\ ... 
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·:. o RELàÓHIO DA PESQUISA 79 
, · .. .. 
· Veja, Ço.~no. exemplo, · parte das ~ç)pçlusõ~s a que cheguei quando pes-
quisei 'a experiência da Empresa Brasilêiifa '·de Correios e Telégrafos na busca 
d~.rnodernidade, (1994): 
.... . 
--J . . • Dtt.asformn as qu.estõesfundamentais instigadorás da inve.,:(igaçâó: .. 
.. · ... ~ .',. . 
. a . Qual o papel dos Jimci.ónários na sustentação db suc!~·.,:o : da Em-
{ . ' . ,J . 
' presa Brasileira de Corretos,e._Tel~grafos- ECT? ···o•. . 
h. Qit.al(quais) paradigmas(,)': organi;acional(orga~~i~á~ionais) 
1Jem(vêm) itné>rdndo esse sucesso? , :. · 
. . . .. . 
•o •• o •• • • • ••• • • o • . • ,: ............. : • •••••• • ,., • o o • •• ••• •• • • o ••••••••• :" ••••••••••••• •• ••••• o o . o • • o. o • •• • •••• •••• •• • ••••• •• 
Com a criação da ECT, inve~:>tiu.-se muito na forrnação e treinamento de 
pessoal. Até onde se pode cr~1;cluir, esta op@ofoi de grande i1nportância para a 
EtT, na sua ht~sca de moderniçlade .. C:.J É lícito presurr?ir.que ao treinamento 
se devem as tran.~formações culturais, tecnológicas e organizacionaisp,#las qtt.ais 
pqssou. a Ernpresa. Se é possíiJel ident~ficar:n pamdigma orgânico no privilegia-
tnento de pessoas, tamhém é posstvel identtficar Ô mecanicista. Ohsema-se, por 
exemplo, que certos treinamentos têm caráter de adestramento, à medida que se 
alega que para tarr~{as rQtineiras nãO cabem improvisaç(Yes, sob pena de perder: 
se a[!,ilidade e qualidadé dos seruiços. 
A rnotivação dos empregados, P(!c?e-se concluir, também foi elemento re-
levante na construçãO do sucesso da EC:'{. Hes sentem orgulho da Empresa. 
Sete foram os presidentes da ECT (. . .). 
Rosado e Mattos, falecidos, e Botto, residente na Suíça (. . .), fomm indt-
cações do regime militar implantado no paí.'i em. março de 1964 e que se esten,. 
deu. aie Í9R4.( . .) Corn Mattos a aum dos Correios expandiu-se; com Botto h.Q11~ • 
ve a explosão. Botto deu continuidade à g'estâó de Mattos, algo não u::.i.al na ~d:~ · 
mínistraçá(j pública brasileira. Arnhosformn nomes de {!,rande expressão e sign~ 
.ficado para a ECT. Brant centralizadores. Tratavam a disciplina, a ordem, as r~­
gras, ·a hierat·quia rígida como atributos inet·entes à Empresa que dirigiam. Pode-
. se concluir que, devido, principalrr~(jnte, à formaçãO militar desses dirigentes, o 
paradigma mecanicistá ancorou a ádministmÇâ(rda Empresa, bem como as prá-
ticas dosfimcionários. Todauia, o orgânico suportava a vú·ào do negócio. 
Neste ano de 1994, a ECT comemm'l{l,:seujuhileu de prata. Foram 25 anos 
de uma história exitm·a, co1n oportunidadés aproveitadas, ameaças neutraliza-
das e ousadia para disputar co1n 'outt·as empresas, 1nercado de semiços não mo-
nopolizados. Escreveram essa hii>tória .fiuicionários, do presidente ao çarteiro . 
Conclui-se que a participaÇão deles foi de.fimdamental relevância. 
Os estudos realizados também permitem concluir qu.e a ECT ancoro;t.-se 
no paradigma mecanicista e no orgânico para construir seu sucesso . O suporte 
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80 PROJETOS E RELATÓRIOS DE PESQ~IISA EM ADMINISTRAÇÃO 
em mais de um paradigma defnonstr.a aquilo que Max Weber ensinou: nàó exis-
tem Npos puros 11a realidade social. Cabe, porem, mencionar que, até onde as 
infm-maçôés coletada:, permitimm perceber, o paradigma do cérebro humano 
nãO esteve presente. ·. -
6.11· SUGESTÕES E RECOMENDAÇÕES 
Quando se está estudando Úm assunto vai-se descobrindo a enormida-
de de outros assuntos . aos quais el~ está ligado. Não é p~ssível, no e.ntanto, 
tratar deles todos. O relatório ficaria·~nconcluso, porql!e passaríam~s. a vida 
toda percorrendo rios e seus at1uentes . Então, anote eli.1 espaço à parte ess.es 
assuntos e depois, na par'te referente às suges.tões, recomende-os para "outros 
pesquisadores estudarei11: São assuntos que você não pôde explorar, mas que 
o mereceriam, ·seja pelo mesmo ou por outro ângulo de. visão, seja pelf!. t'nesma 
ou por outra abordagem. Veja o exemplo que Cíntia de Melo Morae~ e Pedro 
Lins Palmeira Filho nos -fornecem: 
o Título do relatório : 
A cultu7'd b7'asileint revelada no ban-acào de uma ·escola. de sarrtba - o 
... .. . o o . • . ~· 
-· 
' caso da Família Imperatriz , · :· : 
Sugestões: 
Um trabalho de p esquisa,: contudo, nâo .se esgota efn si 1J'lesmp/ antes, 
provoca outros trabalhos. Pode~.\:e, por· exemplo, vislwnb_rÇt7' um estudrv -~,obre a 
. . . " questão da liderança no Bra:·:il, r?.,J1/0Útda apenas 1:esidflalmente nesse {!Stú6lo . "( 
. ~ . 
Uma leitura psicarzalíticct de" Macunaíma permite que se .diga cju.e a pere:; 
sonagJnn 'oscila e1itre r! P1~incípi_ó Çle Praze7' e o Princípio de Realidade/propostos· 
por r1:eud. D,e.fcJ7'~na -~·imilar, e.~·sa serta tct1nbém uma analogia frutff~ra para rJ 
. (!:/tudo de zúita (!.scola de scmtha. Prjde-se i11(erir que a escola atzla no Princípio 
de Prazer q-uando vista sob a ótica de set;,,. oh_je~i.vosfestivos; jâ o PrinJípio de 
Realidade marca todas as suas atividades produtivas k mercadf!lôgicas. Esse as-
pecto dual poderia até ser e1~(ocado sob o çdntraste ent1;e barracúo e Íp;f.adra . 
Sua i·rzteressante dinâmica orp,aniz'ctcional, que engloba quadra, bar-
racàO e alas tct1~~bém apresenta éx:celente 11;wterial a se7' desvelado à luz da rela-
ção entre centi·alizaçào versus ;clescentn:4ii;;.çâo> f:!tn tmu.;J. pesqtjisa rrÍaJs apm-
fundada sohr{' u.s átractet;[sticccs 'do qu& · f/Jc~ Mcitt'Çt (1990) cha1na de cç:'ltrutur6f 
. 1\ . ' ', ! : I • ~ ~ 
cometa . ·· , . 
.. ~ .. _ . . 
Uma au,enda tamhétn i1'lteressante seria 'tJntar localizaras carêicterísÚ-
cas da cultur~t brà ,:ileirci' em e;?'l.jJresas' traM~r;;io;~ais, comq ;nultinacionàis Cfit.e 
operam nopaí.,:.: ; eJ;:~pre:,-~~;;:;_ ~>taiais efcun'iliw~s. \ , , . ·. 
' ...... 
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O llELATÓlliO DA I'ESC)UISA 81 
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01 t.tras pbssibilidades de estud~ certàrnent~ .foram ·vislu.rnbradçts pelo lei-
tor. Provavelmente, elas despertarão, 'no estudioso o rnesrno prp..zer que a pesquf.,. 
sa.ern urna escola de sarnha causou"if. autora qesta disse11açdO. :· . . , . 
•.• 
o Título do relatório : ::· · 1 " , 
. • · ; r .-· • . .' ·c · - ~ · .... · ~ . • . · . .• :!·! i · .. ~ . 
A 6]1/.alidade do sarnhcp um. estudo tia organização do .trá.balhr~ Jfq :h4r~ 
ra~ão da &cola de Sam/;Ja hnperát;i+_ Leopolc~tnense à laz d Ô.•; crn1.céito.~ - dit ge~~ 
tãq;p~la qualidade tótal · ·· ' . · . · .· · · · · · · · · · 
. • . ~ . . . ,':_ \-i: . 
J ,._ .• 
Sugest?e.s: , . 
Urn trct6aÚ1o de pe.~cH/.iSü1tunca s~- ~sgtJta 'ern .~i inesrnr/;·Àlém de procu-
rar,responder a Úrn questionamento, abr~ e.'ip;aço para outros estudos. 
: • A presente dissertótçãO não'.fbge à ~1~[}a. As li1njtações impostas ao pes-
quisador impediram a exploraÇão de outras· dirrúmsàé.; relevantes ao objeto de 
'estudo. Algumas.lacuna:' se ctpresentaram;·)tzas não puderant ser preenchidas. 
Nesse contexto, v;slu ·mbrani~se alp,tlma~\· sugestôespara.futuraspesqrf.isas, 
conforme descritas a seguir: • · 
• . .r 
.. : 
• Até que ponto os problemas enfrentados por organizaçôes brasilei-
ras na irnplernehtaçãó drl prr/grarnas de qualidade co1-respondern 
a interpretações reau.cionista:,· do ·modelo GQT? 1~\'sas d(/iculdade.\: 
indicariam a necessidade de adaptação do modelo à realidade bra-
sileira? Que adàptações seriam e:\·sas? . 
• Representariam os valores e atiludes percebidos no ·barracão da 
Imperatriz L.eopoldinense U1J'l espelho da organ~zação ;lo .fop,o do 
bicho no Rio de]an'eiro? · 
• o clima de sati~fação e realizaçã..o. no trabalho, perce8ido no dis-
curso dos ocupqntes das _fimções-c'hâves seria tarnbérn ;encontrado 
caso a pesquisa abrp:JJgesse todos os participantes do barracão? 
• Seria possível çorrobo7'ar o niodelo proposto por GiJ.erreiro Ramos 
soh1'e a diversidade_ dos desenhos sociais a pêzrtir de pesquisas em 
organizaçôes nâo conúencionais, coino, por exemplo, o circo, as 
torcidas organizadas, as assoc~açôés de morad01'es e os círculos de 
candomBlé? 
Esta dissertação, bem como as quest6e.o; aqui su.geridas, sinalizam para 
a possibilidade de trilhar cmninhos até entc'io não muito iluminados. Questio-
nar, eventualmente, posiç6esdog1náticas ou paradigmáticas é realizar a 1 /.topia 
possível. · 
Com este exemplo termino o capfttllo. Ele tratou do relatório da pes-
.: quisa, abordando pontos que deixaram de sê-lo na discuss:lo elo projeto. Lem-
• 
- '•' ·!":!' -~ -~ •. -. 
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~- I 
82 PROJETOS E RELATÓRIOS DE I'ESQlllSA i;M ADMINISTRAÇAO 
brou sobre a pertinência de uma palavra de agradecimento a quem, de alguma 
forma, prestou alguÍn tipo de ajuda e até de dedicar o trabalho a alguém im-
portànte para nós; alertou sobre a necessidade ele apresentar-se um resumo do 
estudo; lembrou q.ue, às vezes, é pertinente a relação de símbolos, abreviatu-
ras e itustraçõ~s'; apresentou um exemplo ele sumário qe relatório para que 
você c01upare co'm 9 exemplo ~presentado de sumário de projeto; esclareceu 
sobre as. partes do relatório, que incluem conclusões e sugestões para foi.O~as 
pesquisas. 
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Este livro e a revisão e a ampliação dt:: uma nota.didática redigida em 
l e oferecida a meus alunos de Metodologia ela Pesquisa. Motivou a ela-
de tal nota o desejo .de ser-lhes, de alguma forma, útil. A nota, até 
tenho informação, tem sido usada tmúbém por outras pessoas. · 
:Vejo o livro comó composto por três grandes part~s: uma, que introduz 
ao·texto e contextualiza o que vem a seguir; outra, expressa em vários 
, que apresenta .unia s~1gestão pab um modeÍo de estruturação de um 
. , . I 
, de pesquisa e ô · di$crimina; e outra, ainqa, que apresenta sugestões 
elaboração de relatórios de pes'quisa.' 
Para a co~s.trução elo texto, vali-me de minha experiência como profes-
de Nj:etodolq>gia da Pesquisa, bem como da experiência que adquiri como 
.'-",;!L"'-'-'v•.. de 'dissertações e ni.embro de 'bancas examinadoras de dissert;l-
de teses. Vali-me, tam1:5él)1, de m~us próprios alunos, meus colaborado-
' que, eri.tre 1988 e 1997, oferecer.a.m os exemplos que ilustram os concei-
·· ·•o;o·•u•.uu.au•v tudo is~o, vieram em meu auxílio inúmeros autores que, com 
· o.l~ras, me ofereceram informações, provocaram-me concordâncias e dis-
:•'"-""'''-«'"· e, principalmente, instigaram-me à refle;xão. 
O livro tem caráter práticÕ. Todavia,. pressupõe estar-se dirigindo ;1 pes-
que reconhecem e conhecem as grandes questões teóricas referentes ao 
científico. · 
·· Espero que ele tenha sinalizado para a relevância da pesquisa no pro-
científico de geração, renovação e uso do conhecimento, para <1 com-
da responsab.ilidacle elo pesquisador, bem como tenha oferecido in-
,para o desenvolvimento de habilidades relativas à definição clara do 
a investigar, à busca, tratamento e interpretação qe dados e informa-
c©riducentes à solução de problemas, bem como à consolidação ele con-
. Espero também que tenha sinalizado para o leitor a importância da 
I · ) na tr~nsmissão de uma mensag~m . 
.. 
• 
; 
·• 
• 
84 PROJETOS E llELATÓlliOS DE PESQUISA EM ADMIN!STHAÇÀO 
Estou certa de que muitas outras dicas e informações poderiam ter sido 
dadas e não o foram. Estou certa também que outra poderia ter sido a.aborda-
. gem d? tema. É assim mesmo. Conhecimento é construção e construção. é pro-
cessq que admite múltiplos conteúdos e variados enfoques. ArbitrariP,mente, 
escolhi o meu. Certamente; outras p·essoas escolherão o ·9eu e suscitarão novas 
aiscussões .. É a efervescência de possibilidades que dá _vida aos en:preendi-
mentos humanos . 
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ANEXO 
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' • ; .. ·· 
}\ELAÇÃQ.t~As-·PESSOÁS ÀS Q~·AIS SE .. DEVE A 
MAIORPÀRTE DOS EXEMP;LOS.APRESENTA]).OS, 
·. ·.TODOS OBTIDÓS. ENTRE:.:l9S8 E 1997 NAS 
: ' .· .. · . .INSTÍTUIÇÓES APONTADAS 
. '; ~· . . ~· .. . 
.·.: 
'.• 
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: •• ! . : ., 
•· 
Alberto Trope ..... : ... . : .. ..... .. ... . : .... :~. : . · .. ...... :: ... ........................ .. ... ~ :\: ................... IAG/PUC-Rio 
Andrea Ferraris'Pignataro ......... : .... ........ ....... .. , ... ,., ..... ............... , ............... ... ... EBAP/ FGV 
Aquile~ de Andrade Pereira ..... ..... .... ·.· .... .. ........................ .......... ............ ...... . EBAP / FGV 
Artur i:liiz Santana Mdreira ..... .. ...... : .. ............ : ..... ... ...... ... ... ..... .. ...... ... ............ EBAP /FGV 
Celso d~· Oliveira Belio Cavalcanti .......... .; .... ............ ............ ........ : ................ EBAP/FGV 
Cíntia de Melo Moraes ............. .. .. .. ... .. ...... ... ....... ..... .. .. ... ........ ... .......... ...... ..... IAG/ PUC-Rio 
Cla.ucli~ Gurgel ... ............... .... ......... ........ .... .. .. .... .... ... .................. ..... ............... EBAP/ FGV 
Darci Vicente de Souza. ... .... ... ......... :.: ............................ ... ..... .. ... ....... ...... .... .. EBAP/FGV 
Denize. Alves ...... .... ... .' ...... ..... .. ........ . : ,: ........ , ....................... : .. ... . : .......... ... .... .... IAG/PUC-Rio 
Dicléia. Barroso Vargas ... ........ : .... ..... .................... .... , ..... .... .: .... ....... .. .. : ..... .. .... EBAP/FGV 
Douriv:;,1l de Souza Conrvalho .................... ..... ...... .. .......... :. .... ....... ....... .. ..... .... JAG/PUC-Rio 
Eliseo ·nua.rte Flores ... : ... .......................................... : ... ......... .... .......... ... .. .... ... EBAP/ FGV 
. . . 
Fernandà· Cruz Perrone Ka.sina.r .. ........ ....... ............... : .... .. ... .......... ......... .... ... . IAG/PUC-Rio 
Flavio Murilo OliveÍ~ de Gou~êa .. : ...... : ............... :.·. ~ . .' .. ................ ... .. ; .......... EBAP/FGV 
Florys F:íbia 'A. Pereira· ...... ......... ........ .... ... ...... .... ....... ..... ...... .. .... .......... ... .. .... EBAP/FGV 
Geraldo. Gonçalyes Júnio!' ....... ,: ...... .. : .. ... .......... .... ..... ..................... ........ .. ... . :. iAG/ PUC-Rio 
Ha.seQclever Silva 1\lla.rtinelli ..... ... _. .... : .. ..... .. ....... .. .. ... _.' ........ ..... .. ..... .. ... : ...... ... .. EBAP/ FGV 
Hélio Arthur Irigara.y ....... .. .. .. ........ ... ............ , ........... .' .......... ... ........... :: ....... .. ... IAG/PUC-Rio 
Isao lamamoto ... , . .' .......... ....... ......... . .' .. .... ..... :: ..... ... .... ... ... ... ....... ...... .' ....... ........ IAG/ PUC-Rio 
Iva.nildo Iza.ias de Ma.cêclo .... ........ .. ...... ....... .......... .................. : .. .......... ...... .... EBAP /FGV 
Jamil Moysés Filho .. ... .... .......... ...... ....... ... ... . : .... .. .. ..... ............... .... ... ......... .. ..... EBAP/ FGV 
.João Paulo Vieira Tinoco : ............ . : .............. .' ........... ... .. :······· .. ........ , ......... ....... IAG/ PUC-Rio 
Jorge Luiz Cantarelli Sahione ...... ......... .. . : ... : ... .. ... ... .. : .... .. .. ..... ... .. ....... ....... .... . EBAP/ FGV 
Jorge ]Vlanoel Teixe ira tarneiro ... ; ... ....... ~ ... ........ ~ .............. ..... .... ... .... ......... ..... IAG/ PUC-Rio 
José Mauro Bita.relli Martins ........ :: ... .... : ... ... .. : .. ....... ..... ... .. ......... .................... EBAP!FGV 
Lenise Vasconcelos Loureiro .. ...... , .... ... .... ...... ... ..... ...... ..... .... .... .. ............... .... . IAG/ PUC-Rio 
Letícia. Silva. ele Oliveira Freitas .. .... ...... ............ .. .... ........ .... :-........ .. ...... .......... . EBAP / FGV 
Luis Alexandre Grubits ele Pa~;tl::t ~essoa ............. .. .. .......... ... .... ........ ... ... ........ IAG/ PUC-Rio 
Luis Felipe Chateaubria.ncl Ba.racho Fene~rinha. Amador .. .... ..... : ...... ............ EBAP/FGV 
Marcelo Pomeraniec Carpilovsky ................... ... ......................................... ... IAG/PUC-Rio 
Maria Angélica Oliveira Luqueze ............. : ..... ........ ....... ....... .......... .. ... ... .... .... IAG/ PUC-Rio 
.Maria Gloria Marques S. Mata. .......................... .. ............ .......... .... ...... ..... ... ..... . EBAP/ FGV 
. . 
•• 
86 PROJETOS E RELATÓRIOS DE P!lSQliiSA EM i\DMINISTRAÇÃO 
··~ 
·• Ma~ia Helena Silva Costa Hentfes ............ ..... ................ : ....... ...... ............. .. .. ... EBAPi FGV 
Mario Couto Soares Pinto ..... : .. ... ............. ...... ............. ................... ......... ...... .. IAG/PUC-Rio 
Mário Mello Mattos .. ............. .' .......... .......................................................... ~~ .. IAG/PUC-Rio 
Milton Xavier de Carvalho F'nho .................................................................... EBAP/FGV 
Paulo Durvàl Branco .......... ,,.,! ..... ................................. ...... ....... .................... IAG/PUC-Rio 
Pedro Lins Palmeira Filho ... .. ::.. ......................... .. .. . , .. ......................... .. .... : .. ... IAG/PUC-Rio 
Renaud Barbosa da Silva .. .' .. :.~ ......................... .. ...... .' .... .............. , ................... EBAP/FGV 
Sady M~nteiro Júnior ...... : ...... (L .......... : ......................................................... EBAP/FGV 
Sandra de. Barros Oliveira Cut1;in! ....... .' ............................ :: .. .. . · ..... .. . ~ ........ ...... IAG/PUC-Rio, 
Sandr;:t Regina da Rocha Pinto .. .................. : .................................................. IAG/PUC-Rio 
Ursula Wetzel Brandão dos :S:intos .... ...... .... : .. ........ ...... ... .. ....... .. .................. . IAG/PUC-Rio 
Vera Lúcia de Almeida Corrêa .. . ~ .............................................. .".' ................... EBAP/FGV 
Yara Consuelo Cintra .......... .... · .............. .................... , ............... ................ ... , ... IAG/PUC-Rio 
Walter Facó Bezerra ......... ... ........... , ....................... : ........... : ............................ EBAP/FGV 
Washington Pinto da Silva: ... : .... .... : .. ........ .. ... ......... : ... , .... : .. .... : ....................... IAG/PUC-Rio 
. ·-
EBAP/FGV- Escola Brasileira d~ Administràção Pública .da Fundação Getúlio Var-
o as o . 
IAG/PUC-Rio - Instituto_ de -Adn~iÍlistração e 'Gerência da Pontifícia Universídade Ca-
tólica do Rio de.Janeiro 
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