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P – IQF____________________________________________________________________ 1 Relatório Data de Realização do Trabalho: 12/10/2017 Nome: Raquel Dias No: 44821 Nome: Ricardo Martins No: 42278 Nome: Márcia Rabello No 59700 Curso: Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas Disciplina: TLQ Turma: PL3 Trabalho nº 1: Tratamento de Resultados e Análise de Erros 1. Resumo do trabalho Os aparelhos de medida, por mais sofisticados que sejam, nunca têm uma precisão absoluta. Por outro lado, os nossos sentidos também são imperfeitos. Estes dois factores combinados fazem com que não exista nenhuma medição, por mais cuidadosa que seja a sua realização, que esteja isenta de erros. O resultado numérico de uma medição tem pouco valor se não for seguido pela indicação da incerteza que lhe está implícita. Neste trabalho experimental, foi medido um volume de 10 mL de água com dois instrumentos de medição diferentes – uma proveta graduada e uma pipeta volumétrica -, com o objectivo de determinar qual dos dois apresenta a maior precisão, após efectuar os cálculos do desvio padrão e intervalo de confiança para uma probabilidade de 95%. O desvio padrão foi calculado de modo a caracterizar a dispersão do conjunto de medições realizadas, e assim, poder concluir qual dos instrumentos usados apresenta maior precisão. Além disso, este trabalho tinha também como objetivos a avaliação dos erros associados a medições com diferentes instrumentos (pipeta e proveta). Através de cálculos, pode-se concluir que o instrumento com maior precisão é a pipeta (desvio padrão de 0.016, em comparação com o da proveta que foi 0.017) pois quanto menor o desvio padrão, menor será a dispersão e menos afastados da média estarão os dados da amostra. Assim, a ordem crescente de precisão é proveta-pipeta. 2. Medidas Instrumento Capacidade do instrumento Limite de erro Pipeta 10 mL ± 0.02 Proveta 10 mL ± 0.10 Balança Analítica “Denver” 1200 g ± 0.01 Tabela 1. Instrumentos de medição usados e respectivos erros P – IQF____________________________________________________________________ 2 Instrumento usado na medição do volume de água Massa do copo Massa do copo + água Massa de água Copo 1 Pipeta volumétrica de 10 mL 48.23 g 58.28 g 58.28 - 48.23 = 10.05 g Copo 2 Pipeta volumétrica de 10 mL 50.32 g 60.40 g 10.08 g Copo 3 Pipeta volumétrica de 10 mL 48.36 58.43 g 10.07 g Copo 4 Proveta graduada de 10 mL 53.25 g 62.97 g 9.72 g Copo 5 Proveta graduada de 10 mL 52.02 g 61.71 g 9.69 g Copo 6 Proveta graduada de 10 mL 49.92 g 59.64 g 9.72 g Tabela 2. Instrumentos usados na medição do volume e massas obtidas 3. Cálculos Medições na pipeta volumétrica Peso médio da água: 10.05+ 10.08+10.07 3 = 10.07 g Como a densidade da água é 1 g/mL, o volume de água vai ser equivalente ao valor da massa de água no copo. Cálculo do desvio padrão 𝜎 = √ ∑(𝑥𝑖−𝑥)̅̅ ̅2 𝑛−1 = √ ∑(10.05−10.07)2+(10.08−10.07)2+(10.07−10.07)2 3−1 = 0.01581 = 0.016 Dados: Tamanho da amostra: n= 3 Média: 10,07 mL Desvio padrão: 0.016 Intervalo de confiança (IC) µ = �̅� ± t 𝑠 √𝑛 = 10.07 ± 4.303 0.016 √3 =10.07 ± 0.040 10.07 – 0.040 = 10.03 10.07 + 0.040 = 10.11 [10.03;10.11] - Este valor quer dizer que temos 95% de confiança que o volume de água (medido na pipeta volumétrica) encontra-se entre os valores de 10.03 e 10.11 mL. Medições na proveta graduada Peso médio da água: 9.72+ 9.69+9.72 3 = 9.71 g Como a densidade da água é 1 g/mL, o volume de água vai ser equivalente ao da massa de água no copo. Cálculo do desvio padrão: 𝜎 = √ ∑(𝑥𝑖−𝑥)̅̅ ̅2 𝑛−1 = √ ∑(9.72−9.71)2+(9.69−9.71)2+(9.72−9.71)2 3−1 = 0.0173 = 0.017 Dados: P – IQF____________________________________________________________________ 3 Tamanho da amostra: n= 3 Média: 9.71 mL Desvio padrão: 0.017 Intervalo de confiança (IC) = �̅� ± t 𝑠 √𝑛 = 9.71 ± 4.303 0.017 √3 =9.71 ± 0.042 9.71 – 0.042 = 9.67 9.71 + 0.042 = 9.75 [9.67;9.75] - Este valor quer dizer que temos 95% de confiança que o volume de água (medido na proveta graduada) encontra-se entre os valores de 9.67 e 9.75 mL. 4. Conclusão Qualquer medição, por mais cuidadosa que seja, está afectada por erros experimentais, entre eles, incluem-se os erros aleatórios (que decorrem de factores imprevisíveis e que afetam a precisão) e os erros sistemáticos (que decorrem de erros instrumentais, do método ou do operador e que afetam a exatidão). Ao proceder-se a várias medições, nas mesmas condições, a incidência de erros aleatórios faz com que os valores medidos estejam distribuídos em torno da média. Assim, quando eles se afastam muito da média, a medição é pouco precisa e o conjunto de valores medidos vai ter uma alta dispersão, ao passo que, quando o conjunto de medidas feitas está mais concentrado em torno da média, a precisão da medição vai ser elevada e os valores medidos vão ter uma distribuição de baixa dispersão. Os conjuntos de medidas com desvio padrão baixo são mais precisas em comparação com as medidas cujo desvio padrão é mais elevado. Neste trabalho, concluiu-se, através de cálculos, que a pipeta (desvio padrão 0.016) apresenta uma precisão maior em comparação com a proveta graduada (desvio padrão com valor de 0.017). Por isso, a ordem crescente de precisão é: proveta graduada – pipeta volumétrica. Além disso, pôde-se demonstrar que o desvio padrão caracteriza o intervalo dentro do qual há 95% de probabilidade de ocorrência de um valor medido, ou seja, num conjunto de medições, 95% destas estarão dentro do intervalo de [(10.03; 10.11)] para a pipeta volumétrica e dentro do intervalo de [(9.67; 9.75)] para a proveta graduada. O intervalo obtido para a pipeta quer dizer que temos 95% de confiança que a massa de água (medida na pipeta volumétrica) encontra-se entre os valores de 10.03 e 10.11, enquanto o intervalo obtido para a proveta quer dizer que temos 95% de confiança que a massa de água (medida na proveta graduada) encontra-se entre os valores de 9.67 e 9.75 gramas. Um dos erros que poderá ter afetado o resultado final foi o facto de ter havido necessidade de realizar várias tentativas de medições até chegar ao volume pretendido, tanto no caso da pipeta volumétrica como no caso de proveta graduada (embora tenha sido mais difícil no caso da pipeta). Além disso, poderão ter havido erros de paralaxe e de leitura. O facto de a amostra ser muito pequena também pode ter contribuído para que os resultados não fossem melhores. 5. Referências 1. J.M. Cameron, "Statistics," in "Fundamental Formulas of Physics," edited by D.H. Menzel, Vol. 1, ch. 2, Dover, New York, 1960. 2. G.L. Squires, "Practical Physics," 3rd. edition, Cambridge University Press, Cambridge, 1985. 3. Cruz, C.H.; Fragnito, H.L; Guia para Física Experimental – Caderno de Laboratório, gráficos e erros. 1997
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