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AULA 1.
1ª Questão: 
Foi proposta determinada ação de indenização (pelo rito ordinário) em face do Estado de São Paulo, em razão de determinado ato ilícito e lesivo causado por agente público (estadual), pleiteando, no total, a quantia de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais). Foi dado à causa, o valor de R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais). A ação foi proposta por Francisco, técnico em informática, com renda mensal de R$ 2.800,00 (dois mil e oitocentos reais), que requereu gratuidade de justiça. 20 (vinte) dias após a juntada do mandado de citação, o réu apresentou sua(s) resposta(s), suscitando que: não reconhece a existência do fato narrado na petição inicial; argüiu incompetência de juízo (em razão da matéria); insurgiu-se contra o valor dado à causa, inferior ao objeto da ação, requerendo sua adequação; requereu fosse negada a gratuidade de justiça, por ser a renda do demandante incompatível com tal benefício.
1.1 A demanda segue pelo rito ordinário. Mantendo o autor o mesmo pleito (narrado), poderia ter optado pelo rito sumário, para buscar maior celeridade? Explique.
Não. A opção pelo rito é do legislador e de controle obrigatório pelo juízo. As normas de determinação do procedimento são cogentes, não sendo possível às partes, salvo situações bastante excepcionais (como se tem entendido para os juizados especiais cíveis estaduais), optarem por procedimento diverso do prescrito em lei.  Assim, após verificar que a demanda não seguirá por algum procedimento especial, impõe-se analisar se a hipótese se enquadra entre as de utilização do procedimento sumário; não sendo, será utilizado o procedimento ordinário. “Este é, portanto, a “vala comum” para onde deságuam todas as causas para as quais não haja procedimento especificamente previsto”. (CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de direito processual civil, v.1, 12 ed., p. 320).
 
1.2 Considerando as modalidades de “respostas do réu” admitidas no ordenamento jurídico, qual (is) foi (ram) a(s) utilizada (s) pelo réu? Explique, apontando os respectivos fundamentos legais;
“não reconhece a existência do fato narrado na petição inicial”: trata-se de defesa direta de mérito, por não reconhecer o fato constitutivo do direito do autor. Na contestação.
“argüiu incompetência de juízo (em razão da matéria)”; trata-se de incompetência absoluta, aplicando-se, por conseguinte o art. 301, II, CPC. Defesa processual (indireta). Portanto, suscita-se tal matéria em contestação, sob a forma de preliminar.
“insurgiu-se contra o valor dado à causa, inferior ao objeto da ação, requerendo sua adequação”; trata-se de matéria processual, a ser argüida por instrumento próprio, qual seja, impugnação ao valor da causa, na forma do art. 261, CPC
“requereu fosse negada a gratuidade de justiça, por ser a renda do demandante incompatível com tal benefício”: A matéria seria objeto de impugnação à gratuidade de justiça, como permitido pela Lei de Assistência Judiciária (Lei 1060/50). 
1.3 O prazo para contestação foi respeitado pelo réu? Explique, apontando os respectivos fundamentos legais;
Sim. Aplica-se o art. 188, CPC, por se tratar de fazenda pública.
1.4 O valor dado à causa encontra-se correto? Explique, apontando os respectivos fundamentos legais;
Não. Na forma do art. 259, CPC, o valor da causa deve refletir o proveito econômico possível da demanda. No mínimo, o valor da causa deveria ser de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais).
 
Sugestões de resposta à 2ª Questão:
 2ª Questão. Assinale a alternativa correta, a respeito do procedimento comum:
a) A chamada “sentença liminar” (art. 285-A, CPC) é aplicável ao procedimento ordinário; ao sumário, não; Errado, aplica-se em ambas.
b) O INSS, os Municípios (entes federativos) e as empresas públicas possuem, em regra, 60 (sessenta) dias para contestar; Errada, porque empresa pública tem prazo normal.
c) Aqueles que possuem o prazo de 60 (sessenta) dias para contestar, possuem o mesmo para oferecer reconvenção e exceção de incompetência; 
d).O julgamento conforme o estado do processo abrange o que se convencionou denominar de “réplica”, na fase de conhecimento. Errada. Quem faz o julgamento conforme o estado do processo é o juiz
 Letra “c”: faz-se, doutrinária e jurisprudencialmente, interpretação ampla do art. 188, CPC, aplicando-o também à exceção de incompetência e reconvenção.
 Sugestões de resposta à 3ª Questão:
3ª Questão No procedimento ordinário, a sentença pode ser proferida:
a) Apenas em ou após a audiência de instrução e julgamento;
b) Apenas após a citação do réu, sob pena violação ao princípio do contraditório;
c) Antes mesmo de o réu ser citado, com ou sem resolução de mérito;
d) Antes mesmo de o réu ser citado, mas apenas sem resolução de mérito, como se lê no art. 267, I, CPC.
Letra “c”: Arts. 267, I;  295, IV; 285-A, todos do CPC. Por meio de tais artigos, conclui-se pela possibilidade de sentença com ou sem resolução do mérito, dependendo da situação de que se esteja tratando.
AULA 2
1.1 Todas as defesas narradas deveriam, tecnicamente, ser apresentadas em contestação? Explique, apontando os respectivos fundamentos legais e as matérias que constituam, eventualmente, “preliminares”; também classifique as defesas em: “direta ou indireta”; “de mérito ou processual”.
A incompetência relativa, como se lê nos artigos 307 a 311, CPC, são argüidas por meio de exceção.
1.2 Houve revelia, no presente caso? Explique, apontando os respectivos fundamentos legais. 
Considerando-se que, efetivamente, tenha havido nulidade de citação (e, pelo enunciado, sim), não houve revelia, aplicando-se o art. 247, CPC.
1.3 A hipótese narrada pode caracterizar um “abuso de defesa” ou “manifesto propósito protelatório”, para fins de antecipação de tutela (art. 273, II, CPC)? Explique.
A princípio, reputa-se que sim, diante da alegação carente de qualquer elemento comprovador. Mas essa indagação não possui resposta definitiva. O objetivo é provocar os alunos a analisar o art. 273, II, CPC. 
Sugestão de resposta da 2ª questão: 
Letra “b”: art. 300, CPC.
AULA 3
1.1 Conforme explica Humberto Theodoro (Humberto Theodoro Junior, Curso de Direito Processual Civil, v. I, 44 ed. Forense: Rio de Janeiro, p. 421), em sentido amplo, exceção abrange, na verdade, toda e qualquer defesa que tenda a excluir da apreciação judicial o pedido do autor, seja no aspecto formal, seja no material. Surgem, pois, as exceções de mérito e exceções processuais.  Em outras palavras, seria a indireta contradição do réu à ação do autor, por meio do que se perime a mesma ação ou apenas dilata o seu exercício. 
No caso, observamos uma exceção de direito material, por atingir o mérito (de contrato não cumprido) e, outra, de direito processual, tal como previsto nos arts. 297 e seguintes do CPC.
1.2 O art. 306 do CPC estabelece que, recebida a exceção, o processo fique suspenso (art. 265, III) até que seja definitivamente julgada. 
Traga-se, a respeito, o excelente tratamento dado por Nelson Nery Junior (Código de Processo Civil comentado e legislação extravagante, 7 ed., São Paulo: RT, 2003, p. 694), em cuja obra se lê que a exceção em estudo é definitivamente julgada quando o juiz de primeiro grau a acolhe ou rejeita. “Para caracterizar-se a definitividade, no sentido empregado e querido pela norma sob comentário, não há necessidade de que a decisão sobre o mérito da exceção transite em julgado.”
A melhor interpretação sobre a expressão “definitivamente julgada”, como visto, é no sentido de que a suspensão deve perdurar até o julgamento no primeiro grau. O fato é que, definitivamente julgada não se confunde com julgamento final, ou seja, até que se opere a coisa julgada. 
Sugestão de resposta à 2ª Questão: 
 
Letra “d”: é bastante dominando o entendimento segundo o qual não são aplicáveis os dispositivos em questão, sob o argumento de se tratar o art. 316, CPC de prazo específico.
A respeito da aliena “c”, importante aduzir haver minoritário entendimento doutrinário no sentido de que caberia apelação,por se tratar de sentença, diante do conceito que lhe dá o art. 162, p. 1º, CPC. Esta apelação seria “por instrumento” porque teria de ser autuada por cópias, em razão do prosseguimento do procedimento. No entanto, prevalece, de forma ampla, especialmente na jurisprudência (incluindo o STJ), a idéia de que, em um mesmo módulo de conhecimento (ou execução, por exemplo), não pode haver 2 (duas) sentenças, de maneira que a decisão em questão possui natureza interlocutória. Não cabível, logo, apelação (recurso contra sentença: art. 513, CPC).
AULA 4
Sugestão de resposta à 1ª Questão: .
 
1.1 Por qual procedimento tramita a ação narrada? Neste procedimento, a(s) resposta(s) do réu é(são) apresentada(s) em que prazo? Existe prazo diferenciado para a fazenda pública? Explique, apresentando os fundamentos legais correspondentes.
Na forma do art. 275, I, CPC, pelo rito sumário. Consoante art. 278, CPC, a resposta é apresentada na própria audiência de conciliação e, conforme o art. 277 do mesmo Código, sendo ré a fazenda pública, o lapso temporal mínimo de designação da audiência (de conciliação) conta-se em dobro.
1.2 Qual modalidade de “resposta do réu” foi utilizada para a apresentação do pleito indenizatório (pelo réu) narrado? Explique, apresentando o fundamento legal correspondente.
Conforme art. 278, p. 1º, CPC, o pleito é apresentado, na própria contestação, por meio de pedido contraposto.
 
1.3 Qual a conseqüência da ausência do autor (e advogado) à audiência de conciliação, no procedimento perante o qual tramita a narrada ação? Trata-se da mesma conseqüência da ausência do réu? Explique, apresentando os fundamentos legais correspondentes.
O entendimento doutrinário e jurisprudencial a respeito é no sentido de que a ausência do autor à audiência apenas frustra eventual conciliação que poderia existir. Já quanto ao réu, será revel, na forma do art. 278, p. 2º, CPC.
 
1.4 Diante da prova pericial deferida, caberia ao juízo permitir ao autor que apresentasse seus quesitos, em prazo a ser, por ele (juízo), determinado? Explique, apresentando os fundamentos legais correspondentes.
Aplica-se o art. 276, CPC, que gera um ônus ao autor de apresentá-los já na inicial.
 
Sugestão de resposta à 2ª questão: 
 
Letra “b”: trata-se do art. 899, CPC, em função do qual a doutrina trata a ação de consignação em pagamento, como dúplice.
AULA 5
Resposta da 1ª Questão:
O órgão jurisdicional agiu inadequadamente, tendo em vista a necessidade de aplicação do art. 320, II, CPC, por tratar a hipótese de direito indisponível. Quanto ao prazo, aplica-se o art. 322, CPC. 
 
Resposta da 2ª questão: 
Letra “C”: Aplicam-se os artigos 188 e 297, CPC, fazendo com o que prazo seja de 60 dias. Logo, não houve revelia.
AULA 6
Respostas da 1ª Questão:
Em se tratando de “providências preliminares”, deve-se, sempre, observar as respostas que foram trazidas pelo réu, após ser verificado que não houve revelia.  As “providências” consistem em clara oportunidade de contraditório e ampla defesa, permitindo, ora a conhecida “réplica” ou indicação das provas a serem produzidas, ora o ajuizamento de ação declaratória incidental, com o objetivo de tornar imutável questão, até então, meramente prejudicial. Neste caso concreto, foram apresentadas 2 (duas) defesas: “exceção de contrato não cumprido” (defesa indireta de mérito) e alegação de incompetência absoluta (preliminar de contestação – defesa processual). Ambas, portanto, apresentadas em contestação (art. 300, CPC). Logo, devem ser aplicados os arts. 326 e 327, CPC.
 
Resposta da 2ª questão: 
Letra “B”: 
I – A ação declaratória incidental apenas pode ser apresentada pelo autor, pois está prevista apenas no art. 325, CPC e não no 297, CPC;
Na forma dos arts. 5º e 470, CPC, a ação em questão também pode ser apresentada pelo réu e, consoante entendimento doutrinário e jurisprudencial incidente sobre a matéria, seria no prazo de que dispõe para responder (297, CPC).
II – O indeferimento da petição inicial faz-se sempre sem resolução de mérito, conforme impõe o art. 267, I, CPC e sempre que ele (“indeferimento”) ocorrer não haverá “providencias preliminares”;
Não se pode esquecer do inciso IV do art. 295, CPC, que menciona prescrição e decadência, que são matérias de mérito, consoante dispõe o art. 269, IV. Portanto, nem todas as hipóteses caracterizam sentenças terminativas.
III – Se determinada empresa pública for ré, terá 60 dias para responder, aplicando-se os arts. 297 e 188, CPC;
Salvo a Empresa Brasileiro de Correios (EBCT), as empresas públicas assim como as sociedades de economia mista não possuem as prerrogativas processuais da fazenda pública. Logo, não dispõem de prazos diferenciados como o previsto no art. 188, CPC. A interpretação doutrinária e jurisprudencial que se faz deste dispositivo é aquela segundo a qual apenas é aplicável aos entes federativos, autarquias e fundações públicas (além da EBCT, é claro).
AULA 7
Respostas da 1ª Questão:
Havendo vicio processual que não foi sanado no prazo, tornou-se intransponível, não podendo se alcançar o mérito. Assim, deve-se aplicar o art. 267, IV, CPC. Não houvesse tal vício no caso concreto, o juízo deveria aplicar o art. 269, IV, CPC, reconhecendo a prescrição, ainda que de ofício, na forma do art. 219, parágrafo 5º, CPC.
 
Resposta da 2ª questão: 
Letra “A”: 
Diante da transação existente, deveria o juízo aplicar o art. 329, CPC, que menciona, expressamente, o art. 269, III, CPC, incidente no caso concreto, a partir da narração nele existente.
AULA 8
Resposta da 1ª Questão: conforme inciso VIII, do CDC, é cabível a inversão, quando, a critério do juiz, for verossimil a alegação ou quando for ele hipossuficiente. 
 
Analisando o caso, pode-se afirmar que o juízo, inicialmente, está com a razão, quando afirma que caberia à empresa a prova do negócio, o que, a propósito, nem mesmo necessita de inversão. Trata-se, neste caso, do próprio ônus tradicional, previsto no art. 333, II, CPC. 
 
Quanto à prova do fato, cabe, certamente, à autora, ainda que o dano moral seja logicamente dele decorrente. "Provado o fato, não há necesidade da prova do dano moral" (REsp 261.028).
 
Quanto ao momento da inversão, há notória discussão e o conhecimento dessa divergência é que se espera dos alunos. Leia-se:
"O momento amis adequado para a decisão sobre a inversão do ônus da prova é aqele posterior à contestação e no qual se prepara a fase instrutória" (RT 837/226).
Em sentido contrário:
"A inversão pode e deve ser reservada para a sentença, por setratar de regra de julgamento". (REsp 949.000).
 
Resposta da 2ª questão: 
Letra “B”: Art. 332, CPC.
AULA 9
Respostas da 1ª Questão:
Quanto à ausência da parte, aplica-se o art. 343, CPC, frisando-se que somente haverá a conseqüência nele prevista (“pena de confissão”: parágrafo 2º, art. 343, CPC), se a parte for intimada “pessoalmente, constando do mandado que se presumirão confessados os fatos contra ela alegados, caso não compareça” (parágrafo 3º, art. 343, CPC). Não se deve decretar, portanto, revelia, presente apenas caso se verifica o previsto no art. 319, CPC. 
Quanto à ausência do advogado, aplica-se o parágrafo 2º do art. 453, CPC, dispensando-se eventuais provas por ele requerida. Isto, porque a respectiva parte perde, a princípio, sua capacidade postulatória, ao menos para aquele ato. No entanto, é recomendável ao professor que lembre do art. 130, CPC, por meio de cuja aplicação tem o juiz o poder-dever de determinar as provas necessárias à instrução do processo, ainda que de ofício.   
 
Resposta da 2ª questão:
A melhor interpretação doutrinária é vista, por exemplo, pelas palavras de LEONARDO GRECO (2010, v. II, p. 317): “Estou convencido de que, sendo realizada audiência preliminar, é nela que devem ser fixados os pontos controvertidos, dispensando-se a sua fixação na audiência de instrução e julgamento.” Considera-se, pois, deva ser aplicado o parágrafo 2º do art. 331, CPC, em lugar do referido art. 451,do mesmo CPC. 
 
 
Resposta da 3ª questão: 
Letra “B”:
Incorreta, pois, nas hipóteses do art. 155, CPC,  a audiência não é pública. 
AULA 10
Respostas da 1ª Questão:
a)    O referido indeferimento parcial da petição inicial encaixa-se na interpretação literal do art. 162, parágrafo 1º, CPC. Logo, a decisão em questão é considerada doutrinária e jurisprudencialmente como sentença? Pode-se dizer que, certamente, a decisão em questão seja classificada como “terminativa”, ou seja, sem resolução de mérito, diante da previsão do art. 267, I, CPC?
 
Não se faz uma interpretação literal do referido dispositivo. Entende-se seja decisão interlocutória, porque é considerada sentença não apenas o ato que se enquadre no artigo 267 ou 269, CPC, mas também aquele que encerre um dos módulos do processo (especialmente, conhecimento ou execução). Alguns doutrinadores mencionam a necessidade de encerrar o 1º grau de jurisdição, sob pena de existirem 2 (duas) sentenças um uma mesma fase de conhecimento, por exemplo. Justamente o que ocorreria, caso, no exemplo em questão, fosse a decisão tratada como sentença.
 
Outro fator é trazido: fosse a decisão em questão considerada como sentença, contra ela caberia apelação e tal recurso faz com que os autos (originais) sejam remetidos à 2ª instância. No entanto, há, nestas situações, parte do processo que deve prosseguir em 1ª instância, o que exigiria uma “apelação por instrumento”, não prevista no ordenamento atual (arts. 513 a 521, CPC).
 
Quanto à outra indagação, importa dizer que não, necessariamente, tem-se uma decisão “terminativa”, diante da previsão do inciso IV do art. 295, CPC: indeferimento por “prescrição” ou “decadência”, cujo conteúdo é de mérito, na forma do art. 295, IV, caso em que, logo, tem-se uma sentença classificada como “definitiva”.
 
b)    A condenação em quantia superior à pleiteada constitui um vício “extra petita”? Em sua resposta, distinga os vícios “extra”, “ultra” e “citra” “petita”.
 
O julgamento em questão é “ultra petita”. Quantitativamente, foi concedido mais do mesmo bem (no caso, quantia certa) pleiteado pela parte. “Extra“ seria caso se tratasse de bem distinto do que foi pleiteado. E “citra” ocorre quando há omissão do juízo caracterizada por não julgar/conhecer tudo o que foi pleiteado pela parte. 
 
c)     O Juízo encontra-se com a razão, em seu fundamento para não acolher os embargos de declaração, no que se refere às preliminares?
 
Não. Objetivamente, interpreta-se o inciso II do art. 458, CPC entendendo como dever do juízo manifestar-se sobre todos os pedidos e causas de pedir eventualmente existentes, como também sobre todas as questões preliminares e prejudiciais.  
 
d)    Contra a sentença, foi oposto recurso de embargos de declaração que, em parte, não foi respondido. É cabível recurso de embargos de declaração contra o julgamento de outro?  
O ordenamento jurídico brasileiro admite recurso de embargos de declaração sobre a decisão de outro, desde que se impute novo vício. É o que se retira, por exemplo, do previsto no art. 538, CPC. No caso em questão, o primeiro recurso de embargos foi respondido em parte, dando ensejo, logo, ao segundo recurso.
 
 
Resposta da 2ª questão:
Letra “C”:
Está incorreta, pois o art. 461 do CPC é interpretado como a permissão à substituição do bem jurídico pleiteado por outro, que garanta um “resultado prático equivalente”, desde que, comprovadamente, não consiga cumprir fielmente a obrigação (originária) imposta.
AULA 11
Respostas da 1ª Questão:
 
a)    Classifique as sentenças mencionadas no enunciado (tanto a de procedência, quanto a de improcedência);
 
A sentença de improcedência é considerada pela doutrina como declaratória, por se limitar a reconhecer a inexistência do direito pleiteado pelo demandante.
 
O pedido de indenização, acolhido em sentença, daria ensejo à sentença condenatória, por reconhecer uma obrigação de pagar e impor a respectiva satisfação (enquadrando-se na situação prevista no inciso I do art. 475-N, CPC). 
 
Já a rescisão é considerada doutrinária e jurisprudencialmente como um pedido constitutivo negativo, pela desconstituição da relação jurídica que ocorreria com a sentença proferida. Esta, pois, a sua classificação.
 
b)    A retratação em questão poderia ter ocorrido?
Não, porque já tinha ocorrido sua publicação, fato existente a partir de sua juntada aos autos, segundo a interpretação que se faz do art. 463, CPC. E mais: a omissão apenas poderia ter sido sanada mediante provocação, na forma do mesmo dispositivo. Exceto, tratasse-se de erro material ou de cálculo, que não parece ser a hipótese. 
 
 
Resposta da 2ª questão:
Letra “A”:
A retratação é a exceção, dependendo, pois, de autorização legal. Para a alínea em questão, não há autorização para retratação, frisando-se que a decisão não se enquadra nos arts. 285-A ou 295, CPC, já que foi proferida em audiência de instrução e julgamento, ou seja, após a citação do réu.
AULA 12
Respostas:
1a questão:
Considerando-se que não ha mais oportunidade para recurso contra a 1a decisão, e ainda que se trata de uma sentença de mérito (classificada como definitiva), está-se diante de coisa julgada formal e material. No entanto, diante da regra dos limites objetivos da coisa julgada material (art. 468, CPC), apenas o pedido de alimentos sofre a imutabilidade decorrente da referida coisa julgada. Dessa forma, não há coisa julgada material sobre a paternidade, que pode ser objeto ou fundamento de outra ação.
 
2a questão:
Está-se tratando do art. 285-A, CPC, cuja sentença possui conteúdo de mérito (art. 269, I, CPC). Logo, em se tratando de sentença definitiva e considerando que não há mais oportunidade de recurso contra ela, está-se diante da coisa julgada formal e da coisa julgada material.
 
Letra C.
AULA 13
Respostas da 1ª Questão:
 
a)    Quanto aos limites subjetivos da coisa julgada, o disposto no art. 472, CPC será aplicável àquela presente no enunciado em questão? Explique.
 
O artigo em questão trata da conhecida coisa julgada “inter” partes, não incidente em ações coletivas, especialmente em caso de procedência, como no caso narrado. Em se tratando de mandado de segurança, propriamente, incide o art. 22 da Lei 12016/09, ou seja, coisa julgada limitadamente aos membros do grupo ou categoria substituídos pelo impetrante. É o que se denomina de “ultra partes”.
 
b)    A sentença, no caso, foi concessiva. Responda, contudo, considerando situação inversa: quando há, em mandado de segurança (individual ou coletivo), sentença denegatória que transita em julgado, significa que o direito objeto do mandado não poderá mais ser pleiteado, mesmo por ação própria, isto é, por outro rito, como, por exemplo, o ordinário ou sumário? Explique.
 
Conforme exposto, por exemplo, por Câmara (Lições, v. I, 2010, P. 518), a resposta depende, especificamente, do conteúdo da decisão sobre o que incidiu a coisa julgada. Sendo terminativa, coisa julgada material alguma haverá. Caso tenha decidido o mérito, julgando improcedente o pedido, sob o fundamento de inexistência do direito, haverá a mais ampla coisa julgada material, impedindo-se a renovação da matéria, ainda que por via própria. “Problema surgirá, porém, quando a sentença se limite a afirmar que o impetrante não tem direito líquido e certo”, como afirma o autor, para quem: “a sentença que afirma a inexistência de direito líquido e certo (mas não a inexistência do direito substancial) é sentença de mérito e, por esta razão, alcança a autoridade de coisa julgada substancial (...) Fica, pois, o autor impedido de novamente impetrar mandado de segurança (...)  mas nada impede que vá às vias ordinárias”.
 
c)     Ainda que não houvesse recurso contra a sentença, no caso concreto, o Tribunal respectivo iria reapreciar a matéria: por quê? 
Por conta do duplo grau de jurisdição obrigatório ou reexame necessário, presente na situação, por conta do art. 14 da Lei 12016/10.
 
Resposta da2ª questão:
Letra “D”.
 
A coisa julgada significa, exatamente, a impossibilidade de recorrer e de rediscutir matéria que se tornou imutável, em razão da preclusão incidente pela inércia da parte ou esgotamento das vias impugnativas. Neste sentido, os artigos 473 e 474, CPC. 
AULA 14
Respostas da 1ª Questão:
Seguindo a teoria dos limites objetivos da coisa julgada, do direito brasileiro, qual deve ser o conteúdo da parte dispositiva da sentença a ser proferida na 2ª ação, narrada no caso concreto? 
 
Considerando-se que não houve nenhum erro no exame realizado no processo anterior, o dispositivo da sentença (do 2º processo) necessariamente seria pela procedência do pedido. Houvesse erro ou ausência do exame, no 1º processo, seria o clássico exemplo que ensejaria relativização da coisa julgada a ser formada, dando azo a outra ação, rediscutindo a matéria. Porque se trata de paternidade, afeta a direitos fundamentais que se sobrepõem à própria garantia da coisa julgada.
 
Não fosse proferida decisão com tal conteúdo, haveria desrespeito à coisa julgada e, por conseguinte, caberia ação rescisória? Caberia ação rescisória, neste caso, também por outro fundamento presente no art. 485, CPC?
 
Haveria desrespeito, contrariando dispositivos como o art. 467 e 468, CPC, o que daria ensejo à rescisória, aplicando-se, por exemplo, os incisos IV e V, do art. 485, CPC.
 
 
 
Resposta da 2ª questão:
Letra “A”.
Aplica-se o art. 491, CPC. Considerado como “judicial”, por haver discricionariedade do juízo a respeito do prazo a ser fixado.
AULA 15
Respostas da 1ª Questão:
1.1 Segundo o art. 483, CPC, "a sentença proferida por tribunal estrangeiro não terá eficácia no Brasil senão depois de homologada pelo Supremo Tribunal Federal": a referência a "tribunal" significa que não pode haver ser homologada sentença de juízo singular estrangeiro? Trata-se de competência originária do STF? 
 
Esclarece CAMARA ("Lições", v. II, P. 32) que a interpretação que se deve dar à expressão "tribunal" é a mais ampla possível, abrangendo, também, os juízos singulares.
 
A competência não mais é do STF, mas sim do STJ, após a EC 45/04, consoante art. 105, I, i, CR/88.
 
1.2 Na contestação à ação de homologação de sentença estrangeira, é permitido pretender rever o conteúdo e a justiça de decisão a ser homologada? 
 
Naturalmente, não há possibilidade da revisão em questão. Os requisitos da homologação estão no art. 15 da LICC e, uma vez atendidos, o pedido deve ser julgado procedente.
 
Resposta da 2ª questão:
Letra "D". Na forma dos arts. 15 e seguintes da LICC, não é permitido que o conteúdo ofenda a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
AULA 16
Respostas da 1a questão:
1) Considere que o juízo, após a apreciar a petição inicial, profira sentença aplicando o art. 285, CPC: tratar-se-ia de sentença terminativa ou definitiva? Não houvesse recurso contra ela, quais espécies de coisa julgada estariam presentes? Justifique todas as respostas.
 
Estaria sendo aplicado o art. 269, I, CPC, ou seja, uma sentença de mérito e, portanto, definitiva. Consequentemente, teríamos as 2 (duas) espécies de coisa julgada: formal e material.
 
2) Houvesse ausência de alguma condição da ação ou pressuposto processual, e também, aparentemente, estivessem preenchidos os requisitos do referido art. 285-A, CPC, este dispositivo poderia ser aplicado?Justifique todas as respostas.
 
Não. Segundo a teoria cognitiva presente no direito brasileiro, é inadmissível o julgamento de mérito caso não estejam presentes as "condições" e "pressupostos". É o que impõem os artigos 267 e 269, CPC, acompanhados dos arts. 295 e 329, CPC. Todos interpretados segundo a referida ordem.
 
3) Considere, para esta pergunta, que não houve aplicação do art. 285-A, tendo o juízo determinado a citação do réu, que traz as seguintes alegações, na fase de "respostas do réu": a autora não era cliente da instituição financeira por ocasião das mencionadas décadas, já que sua conta corrente foi aberta há apenas 5 (cinco) anos; há incompetência do juízo, em razão da matéria; a autora é devedora de R$ 3.000,00 (três mil reais), devido ao réu, em razão da utilização de cheque especial, pelo que a instituição financeira aproveita o processo instaurado pela autora para lhe cobrar a referida quantia. Responda, justificadamente: quais modalidades de respostas foram utilizadas pelo réu (contestação, exceções e.ou reconvenção?)? (correlacione as matérias com as respectivas "respostas"); classifique as defesas (em processual ou de mérito; e em direta ou indireta). 
 
i) "a autora não era cliente da instituição financeira por ocasião das mencionadas décadas, já que sua conta corrente foi aberta há apenas 5 (cinco) anos": 
 
Trata-se de defesa direta de mérito, na forma do art. 325, CPC. Logo, o instrumento utilizado foi a contestação, consoante art. 300, CPC.
 
ii) há incompetência do juízo, em razão da matéria:
 
Trata-se de defesa processual, na forma do art. 301, II, CPC. O instrumento utilizado foi a contestação, consoante o mesmo dispositivo.
 
iii) a autora é devedora de R$ 3.000,00 (três mil reais), devido ao réu, em razão da utilização de cheque especial, pelo que a instituição financeira aproveita o processo instaurado pela autora para lhe cobrar a referida quantia
 
Não se trata de defesa, mas sim de reconvenção, regulamentada pelos arts. 315 a 318, CPC. 
 
Respostas da 2a questão:
"A".
Art. 495, CPC e Súmula 401, STJ.

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