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1 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO 
 
 
 
 
 
UNIDADE II 
 
 
 
 
Produção animal II 
 
 
 
 
Quézia Sanches Rodrigues Carbalan 
 
 
 
 
Seropédica 
2016 
 
2 
 
BOVINOCULTURA DE CORTE 
Raças no sistema de produção animal de corte 
→ O carro chefe para a produção animal para corte é o Nelore, no Brasil. Isto porque 
esta raça impõe uma boa estrutura corporal e é bem adaptado ao clima tropical 
brasileiro, além de possuírem uma rusticidade conhecida, impondo, por fim, uma 
produtividade significativa. São animais zebuínos, que quando comparados com raças 
europeias taurinas têm exigências diferenciadas, uma vez que são animais de estrutura 
maior e por fim com maiores exigências. Isso foi influenciado fortemente com os 
programas de seleção que se focaram em produzir animais cada vez maiores afim de 
depositarem maior quantidade de musculatura e gordura por carcaça. 
→ Adaptabilidade e rusticidade são as principais características do Nelore. As três 
características ou fatores que definem o desenvolvimento são: comprimento corporal, 
profundidade de costelas e altura dos membros. As raças britânicas e taurinas no geral 
possuem um menor comprimento corporal, maior profundidade de costelas e menor 
altura dos membros. E as raças zebuínas possuem, no geral maior comprimento 
corporal, menor profundidade de costelas e maior altura de membros. A consequência 
disso está no que diz respeito ao tempo em que o animal permanece no sistema, ou 
seja, o tempo que ele leva até o fim da terminação. 
→ Animais zebuínos por serem mais pernaltas, demoram mais para depositarem 
musculatura e gordura, principalmente a gordura subcutânea, que é a demandada 
pela indústria. Com isso, animais zebuínos demoram mais tempo no sistema de 
produção e mais tempo para alcançarem a terminação, já que precisam de mais tempo 
para depositarem esses tecidos de forma que fiquem aptos ao abate (em torno de 470 
– 490 kg). 
→ Para tanto, essas comparações só devem ser feitas entre animais de raças 
diferentes porém com a mesma idade, ou seja, entre seus contemporâneos, com uma 
diferença de no máximo 45 dias. Animais jovens possuem pontos de depósito de 
gordura característicos e limitados a algumas áreas, como no peito, escápula e base da 
cauda. 
→ Raças zebuínas: originaram-se na Índia, caracterizando-se pela adaptação ao calor 
dos trópicos , às grandes variações na disponibilidade de alimentos e ao alto número 
de parasitas internos e externos. Por milhares de gerações, a seleção natural para 
sobrevivência na presença destes estresses ambientais resultou em raças rústicas que 
têm alta resistência à endo e ectoparasitas, adaptação ao calor, umidade e radiação 
solar. São eles: Nelore, Guzerá, Tabapuã. 
 
 
3 
 
 
 
→ Raças britânicas: sua origem deu-se nas Ilhas Britânicas. A finalidade principal 
dessas raças têm sido, por muitos séculos, produzir carne para o consumo humano. 
Elas foram selecionadas para velocidade de crescimento, precocidade sexual, 
fertilidade e qualidade de carne. São eles: Aberdeen Angus, Red Angus, Hereford. 
 
 
 
 
 
4 
 
→Raças continentais: As raças continentais de carne foram selecionadas 
originalmente para tração na Europa Continental. Essa seleção com menor ênfase em 
outras características de produção provocou o aumento da massa muscular e do peso 
adulto. As raças continentais são conhecidas pelo elevado peso ao nascimento, grande 
potencial de crescimento (ganho de peso), alto rendimento de carcaça com menor 
porcentagem de gordura. São eles: Limousin, Charoles, Blonde, Marchigiana, 
Piemontês, Simental, Pardo suíço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Raças taurinas: As raças taurinas adaptadas também evoluíram em regiões 
tropicais. Comparadas com as européias, tais raças desse grupamento têm maior 
resistência para calor e carrapatos ambiente com restrição alimentar. Devido a sua 
maior rusticidade e características de adaptação, as raças adaptadas tem um potencial 
de crescimento mais baixo e menores exigências de alimento e de manutenção que 
outras raças taurinas. Para todas as raças taurinas adaptadas, as características de 
qualidade de carne, incluindo a maciez, estão mais próximas daquelas das raças 
européias do que das raças indianas. Raças mais usadas no Brasil: Bonsmara, Caracu e 
Senepol. Outras são: Bonsmara, Tuli, Romosinuano. 
5 
 
 
 
 
 
 
→ As raças compostas incluem: Canchin (5/8 Charoles + 3/8 Zebu), S. Gertrudis (5/8 
Shortorn + 3/8 zebu), Braford (5/8 Hereford + 3/8 zebu), Bragus (5/8 Angus + 3/8 
zebu). São também de raças sintéticas, oriundas do cruzamento entre uma raça 
europeia e um zebu. A finalidade é garantir a qualidade da carne, a produtividade e a 
precocidade da raça europeia com a adaptabilidade do zebu. 
→ O cruzamento de uma raça ocidental com Nelore leva ao desenvolvimento da 
musculatura do traseiro, com cortes de carne mais nobres, mais visados pela indústria. 
Estudos comprovam que a maciez entre carne a carne de um meio sangue Senepol e 
Nelore e o Senepol puro não possui diferença. Logo, em termos de qualidade do 
produto, o cruzamento atende bem ao consumo, havendo portanto melhor maciez 
devido a diminuição das fibras de colágeno. O amaciamento da carne provém de 
enzimas que promovem o afrouxamento da contração muscular decorrente do rigor 
mortis. O zebu possui maior quantidade do inibidor endógeno de umas dessas enzimas 
responsáveis por esse processo de afrouxamento, que é a calpastatina, o que gera uma 
carne menos macia. 
→ A escolha da raça deve ser feita mediante o objetivo da produção a fim de o 
produtor sustentar tanto um animal de raça quanto um animal meio-sangue. 
→ O gráfico abaixo mostra a curva de crescimento em relação pesoxtempo durante as 
fases que são consideradas pontos-chave do animal de produção, que incluem a 
concepção (fecundação), nascimento, puberdade e maturidade. É importante observar 
que ocorre um crescimento rápido entre o nascimento e puberdade, o qual é 
representado basicamente pelo crescimento muscular e ósseo. Esse é o momento em 
que o animal está ganhando estrutura e esta é preenchida com tecido muscular. A 
partir da puberdade até a maturidade a deposição muscular e óssea cessa 
consideravelmente e o ganho de gordura é evidente. É importante salientar também 
6 
 
que a gordura ela é depositada de dentro pra fora, ou seja, em um primeiro momento 
p tecido adiposo se deposita entre os órgãos e por último tende a se depositar na 
região subcutânea. Esta protege a carne durante o resfriamento, o qual é obrigatório, 
e evita a degradação da carne pelo frio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ A diferença entre raças Nelore e Angus reside principalmente, sob aspecto da 
produção, no tempo em que o animal alcança a puberdade, que reflete a precocidade 
do animal. Como o Nelore possui uma estrutura maior para depósito de musculatura, 
ele tende a alcançar a puberdade mais tardiamente que a raça Angus, que é menor e 
menos pernalta. Além disso, como as características de comprimento corporal e peso 
do animal são de alta herdabilidade, ou seja, fortemente influenciadas pela genética, é 
natural esperar que haja diferença dessas características entre os grupamentos 
genéticos considerados. 
→ Os principais fatores que levam a diminuição do peso do bezerro ao nascer são: 
 Restrição alimentar da vaca: a vaca prenhe demanda mais nutrientes que 
outras categorias, principalmente no terço final da gestação, uma vez que ela 
precisa não para sua própria mantença quanto para um bom desenvolvimento 
do bezerro. A restrição alimentar da vaca pós-parto também prejudicial uma 
vezque com isso ela irá produzir menor leite e o bezerro demora mais para se 
desenvolver no pós-parto até a desmama. 
 Aumento da temperatura: a manutenção da temperatura dentro da faixa de 
normalidade para a vaca faz com eu ela aumente a circulação periférica afim de 
dissipar calor e menor quantidade de sangue alcança o feto; 
 Sanidade: importante afim de evitar o aparecimento de doenças que 
prejudiquem tanto a mãe quanto o feto; 
7 
 
 Manejo: um bom manejo irá garantir as condições necessárias para o bem-
estar do animal, evitando estresses de qualquer natureza, o qual leva a um 
desequilíbrio na homeostase desse animal; 
 Idade da vaca: vacas muito velhas tendem a parir bezerros com menor peso 
devido a características fisiológicas inerentes ao aumento da idade dos animais; 
→ O confinamento para o meio-sangue é a melhor forma de dar condições para que o 
animal alcance o abate mais cedo. O ideal é levar ao confinamento quando o animal 
está próximo da puberdade ainda na fase de recria. Porém, na maior parte das 
propriedades, o confinamento é feito na terminação quando se faz, já que 
normalmente a fase de terminação é a pasto em 95% do sistema. 
→ O animal inteiro, ou seja, não castrado no confinamento tem a vantagem de 
depositar carne e gordura mais rapidamente devido à testosterona (hormônio 
anabólico), mas a desvantagem está no que diz respeito ao manejo, já que é comum 
haver brigas pela hierarquia que há entre os animais. A fêmea deposita gordura mais 
rapidamente que o macho já que ela é menor, e há menor estrutura a ser preenchida. 
O machos castrado, por sua vez, quando castrado logo à desmama antes de ocorre o 
ímpeto de crescimento, o animal tende a depositar gordura em detrimento ao 
músculo. 
→ O Um dos principais desafios da cadeia produtiva de carne no Brasil consiste 
principalmente na falta de pagamento diferenciado por qualidade, com a 
implementação de programas de tipificação e classificação de carcaças. Além disso, 
outros desafios incluem o controle sanitário eficiente na fazenda e na indústria. 
Algumas poucas indústrias possuem programas de bonificação para pagamento de 
carcaças bovinas, os quais incluem algumas metas para o produtor.São elas: 
1. Peso: estímulo para animais com amis de 17 arrobas; 
2. Acabamento: gordura de cobertura com mais de 4 mm (máximo 10mm); 
3. Idade: preferência para animais com até 4 dentes permanentes; 
4. Volume: quanto maior o lote melhor (volume de gado no ano); 
5. Uniformidade do lote; 
6. Certificações; 
7. Fidelidade: premiação pelo comprimento de escalas de abates previamente 
acordados; 
8. Qualidade do couro. 
→ Apesar de o Brasil exportar sua carne para outros países como EUA, e possuir o 
maior rebanho comercial do mundo e o 2º maior rebanho mundial, a carne brasileira é 
considerada uma carne dura. Isso se deve principalmente ao maior tempor que os 
animais permanecem no sistema de produção. 
 
8 
 
Fase de cria 
→ A fase de cria corresponde ao nascimento a desmama. É a fase que antecede a 
recria. A fase de cria é importante para fertilidade e sobrevivência de bezerros. Essas 
características são importantes para a determinação da rentabilidade de bovinos de 
corte e é fortemente influencia pela nutrição. A avaliação da eficiência da fase de cria 
ocorre através da análise dos índices zootécnicos, principalmente os reprodutivos e 
produtivos. 
→ A restrição alimentar, ou um manejo que não atenda as necessidades de mantença 
do animal pós-parto retarda seu crescimento, consequente a puberdade, a primeira 
concepção e o primeiro parto, considerando as fêmeas destinadas a reprodução. Os 
principais índices avaliados são IEP (intervalo de parto), idade ao 1º parto, taxa de 
fertilidade, taxa de natalidade e período de serviço. 
Intervalo de parto 
→ O intervalo de parto corresponde ao número de dias entre dois partos consecutivos. 
O IPE ideal é de 12 meses, havendo nascimento de um bezerro por ano. O IEP de 13 a 
14 meses são bons, mas acima de 18 meses é muito ruim. É importante salientar que 
as vacas primíparas e as vacas mais velhas possuem um IEP maior, o que é 
desvantajoso do ponto de vista produtivo, já que é preferível que nasça mais bezerros 
em menos tempo possível. Isso ocorre porque as vacas em idade avançada (acima de 9 
anos) tendem a parir bezerros mais leves e desmamam bezerros mais leves umas vez 
que sua produção de leite não é tão evidente em quantidade quanto fêmeas mais 
jovens. Como o atual sistema de produção se baseia em animais com o primeiro parto 
tardio, o produtos tende a manter o animal mais tempo as vacas parindo no sistema 
de produção. A consequência é ocorrência de vacas velhas parindo dentro do sistema. 
A fêmeas primíparas possuem algumas características que faz com que haja maior IEP, 
entre elas incluem fatores como o seu úbere ainda não estar completamente formado, 
o primeiro parto é mais estressante para esses animais, assim como o manejo, e além 
disso, seu sistema fisiológico não está completamente preparado para o primeiro 
parto e a primeira lactação. 
Intervalo ao 1º parto 
→ Corresponde ao número de dias entre o nascimento e o 1º parto. Esse índice é 
determinado pela precocidade sexual, ou seja, a idade com eu o animal alcança a 
puberdade, cujo fato que mais influencia é a genética, bem como a nutrição. O ideal é 
uma idade ao 1º parto com 2 anos (concepção aos 15 meses), mas 3 anos ainda é bom 
(concepção aos 17 meses). 
→ Os animais da raça Nelore costumam ter uma idade ao primeiro parto mais tardio 
que os animais da raça Angus, por exemplo. Porém, esse panorama pode ser 
9 
 
modificado, cujas técnicas podem variam em resultados a curto prazo ou a longo 
prazo. A curto prazo a forma mais comumente utilizada PE o cruzamento entre raças 
taurinas, que possuem certa precocidade, havendo introdução de animais com 
tamanho intermediário e uam precocidade intermediárias entre essas duas raças. É 
importante salientar, porém, que não são em todos os lugares que esses cruzamentos 
são feitos, uma vez que o fator climático varia no território brasileiro e é um fator 
determinante para a produção. A longo prazo, é costume fazer seleção genética dos 
animais. 
→ O fator que mais interfere na idade à primeira cria é a o tempo à concepção e o que 
mais influencia este é o tempo na recria. A primeira cria com 24 meses (dois anos) de 
idade, cuja concepção foi de 15 meses reflete uma suplementação durante a fase de 
recria com um GMD de 750 gramas. Neste caso a recria costuma ser de 8 meses, 
considerando uma desmama com 7 meses, ocorre uma concepção em torno de 15 
meses. Como o parto do bovino é de 9 meses, a idade à primeira cria contabilidade a 
idade à concepção (15 meses) e o tempo de gestação (9 meses). Esse panorama, com 
uma fêmea sendo coberta aos 15 meses com 330 kg, reflete uma suplementação com 
um manejo nutricional eficiente, já que durante boa parte da recria é comum haver 
seca, em que há pouca proteína bruta disponível pela fibra. Esta, além disso, torna-se 
menos digestível devido ao aumento do tempo de passagem no TGI do animal e ao 
aumento do teor de lignina nesta. Como a fisiologia digestiva de ruminantes requer 
uma fonte nitrogenada, principalmente no que diz respeito a manutenção da 
microbiota ruminal relacionada com o fornecimento de proteínas ao animal, uma falta 
de proteína verdadeira (substrato para as bactérias ruminais) levará a um menor 
aporte de proteína ao animal e este irá demorar mais tempo para alcançar o peso 
adequado à puberdade e, por sua vez, a concepção. Neste caso, não há sequer a 
manutenção das exigências de mantença do animal. 
→ Já um panorama em que a concepção ocorre com 39meses devido a uma recria 
com 32 meses com um GMD de 220 gramas durante a recria, reflete um animal que 
atinge 330 kg com 960 dias, ou seja, um animal tardio, um animal que demandou mais 
tempo a crescer, provavelmente devido a um manejo nutricional inadequado. 
Normalmente, é possível enxergar uma curva com efeito sanfona, em que nos 
períodos de seca durante a recria, o animal não é suplementado e acaba perdendo 
peso. Ao fina, tem-se animais que alcançam uma idade ao 1º parto com 4 anos de 
idade. 
→ Portanto, é possível concluir que a idade ao primeiro parto é influenciada 
principalmente por dois fatores: 
1. Precocidade sexual: ou seja idade que alcança a puberdade influenciada 
principalmente pela genética da raça; 
10 
 
2. Duração da recria: influenciada principalmente pelo manejo nutricional. Parto 
com 24 meses (recria com 8 meses) reflete um GMD de 750 gramas com 36 
meses (recria de 20 meses) um GMD de 300 gramas e um parto com 48 meses 
(recria com 32 meses) um GMD de 200 gramas. 
→ A idade ao 1º parto influencia diretamente na rentabilidade, uma vez que se 
considera 10 anos de vida produtiva da vaca com IEP de 12 meses, isso reflete a 
quantidade de bezerros que o produtor adquire durante esses dez anos. Idade ao 1º 
parto tardia reflete menos tempo de vida produtiva da vaca e IEPs muito longos reflete 
menos bezerros durante esse tempo. 
→ O preço de bezerro desmamado é de R$ 300,00. Um lote de vacas com idade ao 1º 
parto com 24 meses, o produtor terá 8 crias para cada vaca (R$ 2.400,00), com 36 
meses, terá 7 crias e 48 meses, 6 crias durante a vida produtiva de cada vaca. 
Taxa de fertilidade 
→ É dada pelo n[úmero de matrizes prenhas ao ano pelo número de matrizes 
acasaladas. Logo se de 500 matrizes acasaladas 350 ficaram prenhes naqueles ano a 
taxa de fertilidade será de 70%. O mínimo aceitável é de 75% e o satisfatório é de 85 a 
90%. 
Taxa de natalidade 
→ É dada pelo número de nascidos vivos pelo número de matrizes acasaladas. Logo, se 
de 500 matrizes acasaladas 370 bezerros nasceram vivos a taxa de fertilidade será de 
74%. O satisfatório é de 80 a 90%. 
Período de serviço 
→ É o número de dias entre o parto e a nova concepção, ou seja, período em que a 
vaca se recupera do parto e volta a ciclar. O ideal são 90 dias, que abrange 45 dias de 
involução uterina somado a 21 dias até o primeiro cio e mais 21 dias deste até o 
segundo cio, que é o cio fértil. O maior desafio do ciclo produtivo é reduzir o OS e a 
fêmea que pare com uma reserva corporal baixa tende a ter uma PS, uma vez eu esta 
irá demorar mais tempo para voltar a ciclar. Isso porque a reserva corporal e, portanto 
a nutrição, são imprescindíveis para a reprodução, para que a fêmea cicle novamente. 
→ O OS pode ser calculado pela diferença entre IEP e o PG. Por exemplo, uma vaca 
com IEP de 384 dias subtraído a um PG de 280, resultarão em um OS de 104 dias. 
Taxa de mortalidade 
→ É dado pelo número de bezerros mortos pelo número de nascidos vivos. Se de 500 
bezerros nascidos vivos, 10 morre, a taxa de mortalidade é de 2%. O satisfatório é uma 
taxa de mortalidade de até 5%. Essa taxa é influenciada pelo manejo nas primeiras 
11 
 
horas pós-parto, como a cura do umbigo, a garantia de que o bezerro mame o colostro 
nas primeiras horas de vida e outras. 
Taxa de desmame 
→É dada através do número de bezerros desmamados pelo número de matrizes 
acasaladas. Se de 500 matrizes 370 bezerros foram desmamados, a taxa de desmama 
será de 74%. O ideal é que seja maior que 74%. 
Taxa de descarte 
→ Reflete a quantidade de vacas descartadas no ano. Quanto maior a taxa de descarte 
maior a pressão de seleção, ou seja, maior a intensidade de seleção devido ao 
progresso genético. Por exemplo, se de 1000 vacas forem descartadas 300 a taxa de 
descarte é de 30%. A taxa de descarte deve ser de 10 a 30%. 
Peso a desmama 
→ É o foco da seleção de matrizes em programas de melhoramento, pois reflete e a 
produção de leite da fêmea e as características da matriz, já que uma fêmea que 
produz uma boa quantidade de leite tenderá a ter bezerros à desmama mais pesados. 
Como já salientado, as vacas velhas e as primíparas possuem um menor PD, havendo o 
ápice de produção de leite na meia-idade. 
→ O bezerro deve ser desmama com 40 a 50% do peso adulto da vaca e, logo, Logo se 
o peso adulto for de 450 kg, o bezerro deverá ser desmamado com 180 a 225 kg de 
peso vivo que equivale a 6 a 7 arrobas. 
Peso de bezerro desmamado por matriz acasalada 
→ É dado pelo número de bezerros desmamado multiplicado pelo peso a desmama 
pelo número de matrizes acasaladas. Se de 447 matrizes o número de bezerros 
desmamados for de 355 bezerros desmamados com 117 kg, o peso de bezzero 
desmamado por matriz será de 140 kg. Esse índice é o mais importante para avaliar a 
produtividade na venda de bezerros, uma vez que compila em um único índice todos 
aqueles relacionados à cria. 
→ É influenciado pela taxa de natalidade, sobrevivência e peso á desmama. Quanto 
maior for o peso do bezerro por matriz mais eficiente é a fase de cria. 
Taxa de desfrute 
→ Avalia a produtividade como um todo. Envolve parâmetros de cria e recria, ou seja, 
envolve o ciclo completo. Reflete ao número de produtos dentro do sistema. É 
influenciado principalmente pela idade de abate, já que quanto menor foi essa idade 
maior a taxa de desfrute. Considerando que nos EUA os animais possuem precocidade 
12 
 
e saem do sistema mais rapidamente em comparação aos animais no Brasil, é de se 
esperar que a taxa de desfrute no território nacional seja demos que nos EUA. De fato, 
no Brasil a taxa de desfrute é de 20% e nos EUA é de 30%. 
→ É dado pelo número de animais abatidos/vendidos pelo número total de cabeças no 
rebanho. 
→ Portanto, é importante avaliar e interpretar os índices reprodutivos e produtivos 
afim de avaliar e eficiência da fase de cria e identificar os gargalos. A prioridade da fase 
de cria são, em primeiro lugar, a fertilidade (maior de 75%) e, em segundo, a 
sobrevivência e desempenho dos bezerros. Com isso todos os esforços na fase de cria 
deve ser direcionados para alcançar uma maior fertilidade das fêmeas e menor 
mortalidade de bezerros. 
→ O grande desafio do manejo reprodutivo é reduzir o período de serviço, cujo ponto 
chave é a nutrição pré e pós-parto. A redução do OS irá refletir em fazer vacas recém-
paridas retornarem ao cio rapidamente e emprenharem novamente.Isso pode ser 
facilmente monitorado quando há concentração dos animais que ocorre através de 
uma estação de monta. A primeira estação de monta normalmente dura em torno de 
quatro até seis meses, devido ao manejo que é prejudicado quando os animais se 
deparam com uma mudança de rotina, gerando estresse e certa resistência dos 
animais. A partir da segunda e terceira monta, o período é menor, podendo alcançar 
uma estação de monta com 60 dias. 
 
 
13 
 
 → Considerando o início da estação de monta em novembro que é também o início da 
estação das águas (de outubro à fevereiro), é fácil perceber a necessidade de um 
melhor aporte nutricional durante esse período que é o ponto-chave para que haja a 
concepção, sabendo que a estação das água reflete uma melhor qualidade das 
forragens. Se a concepção ocorreu no início da estação, em novembro, a desmama irá 
ocorrer em março, sete meses depois do nascimento de nove meses. Com isso, o 
bezerro irá desmamar durante a período de seca, com menor qualidade de forragens. 
Logo é fácil presumir que o bezerro irá não terá um aporte nutricional adequado sem 
que haja alguma suplementação. O terço final da gestação (início de junho) é o período 
em que a fêmea precisade melhor reserva nutricional, pois é quando o bezerro está 
em ímpeto de crescimento. Considerando que em junho é um mês que abrange o 
período de seca, é necessário fazer uma suplementação a essa vaca para que ela 
garanta não só sua necessidade de mantença como o crescimento do bezerro. O ideal 
é que haja um monitoramento das fêmeas que necessitem desse aporte nutricional, 
feito através da avaliação do score corporal das fêmeas durante e gestação. É possível 
monitorar uma estação de monta para que os bezerros nasçam durante a época das 
águas, porém apesar de a vantagem ser um favorecimento da qualidade das forragens 
(mais novas e baixas) para esse animais, a desvantagem é que nessa época a umidade 
relativa do ar aumenta e com isso há uma maior incidência de verminose, havendo 
como consequência uma maior probabilidade de os bezerros adquirirem doenças 
decorrentes desses endoparasitas e haver um alto índice de mortalidade no rebanho. 
→ É importante salientar que as fêmeas prenhes que precisem ser suplementadas 
devem receber esse aporte nutricional a partir da metade da gestação, uma vez que há 
uma dificuldade muito maior de recuperação do score corporal no terço final da 
gestação, já que é pouco disponível e isso irá requerer um gasto muito maior por parte 
do produtor para se recuperar uma condição ideal da fêmea no parto. 
→ A suplementação no pré e pós-parto irá refletir na diminuição do IEP e PS e isso só é 
possível com a avaliação do score corporal das dos animais. Fêmeas que não 
concebem duas vezes consecutivas devem ser descartadas, uma vez que ir´representar 
gastos ao produtor que não estará recebendo o retorno desses animais. O uso de 
biotecnologias, como inseminação artificial, é uma opção para a concepção EM, porém 
deve-se fazer uso dessas tecnologias somente em rebanho com potencial, pois do 
contrário haverá gastos desnecessários pelo produtor. Da mesma, não adianta o 
produtor investir em animal com potencial genético e biotecnologia se não garantir um 
aporte nutricional adequado para que o animal expresse seu potencial. 
→ A principal dificuldade na redução do OS reside no fato de que a reprodução não é 
prioridade fisiológica da fêmea. A prioridade da fêmea é a sobrevivência, seguido do 
crescimento, seguido da garantia de nutrição do bezerro por meio da lactação, 
somente para então ela voltar a ciclar e recomeçar o ciclo reprodutivo. Para tanto as 
14 
 
vacas devem parir com boa condição corporal, com reservas energéticas para atender 
as demandas metabólicas, inclusive as de reprodução. Se o ECC da vaca no meio da 
gestação for igual a 4 imprescindível elevar esse ECC a 6 até o parto, ou seja, elevar 72 
kg de peso vivo, considerando 36 kg para cada unidade de ECC. Se esse ganho for 
iniciado 180 dias antes do parto irá representar um GMD de 400 gramas. Pra tanto o 
produtor precisa utilizar-se de suplementação proteinado adicionado a um pasto 
vedado. 
 
→ O ECC (escore da condição corporal) é um método subjetivo que tem como princípio 
a atribuição de notas ao animal, conforme a reservas de gordura. A avaliação ocorre 
principalmente das vértebras, vazio e base da cauda do animal. O escore corporal do 
bovino varia de 1 a 9, cujos extremos são muito magra e muito gorda. Cada unidade de 
escala equivale a aproximadamente 36 kg de peso vivo. ECC 6 representa uma boa 
reserva corporal que permite rápido restabelecimento da atividade reprodutiva pós-
parto. Já ECCs maiores que 7 representa desperdício de energia, além de maior 
número de serviços por concepção e dificuldade no parto. 
→ Outra questão a ser levantada é que as vacas com baixa condição corporal 
apresentam maiores concentrações de opióides endógenos, que alongam o anestro 
pós-parto. Os principais fatores que influenciam o anestro pós-parto são: idade, 
nutrição, estresse, período de amamentação, presença do macho (quando na presença 
do machos, as fêmeas retornam ao cio mais rapidamente), deficiência de alguns 
minerais (zinco, cobre, iodo, fósforo e cálcio). 
→ A desmama precoce tem como principais objetivos minimizar efeitos no contato 
mãe-cria e reduzir liberação opióides endógenos. A desmama precoce (90 a 120 dias) 
15 
 
consiste da desmama do bezerro mais cedo do que a desmama tradicional de 7 a 8 
meses. Essa prática diminui o estresse da amamentação, principalmente se tratando 
de vacas primíparas, diminui a exigência nutricional da vaca, a vaca tende a recuperar 
o ECC mais rapidamente e antecipa seu retorno ao cio. Porém, como os animai que 
estão sendo amamentados com 3 a 4 meses, não possuem uma microbiota ruminal 
adaptada ao pasto, faz-se o uso de suplementação e retirando-o da mãe aos poucos 
para que ocorra uma adaptação desse animal a mudança na dieta e desenvolvimento 
das papilas ruminais. 
→ A desmama precoce é recomendada após períodos de escassez de pasto. Deve ser 
realizada dentro da EM e é indicada para vacas primíparas e vacas de baixo ECC. A 
limitação se dá na suplementação do bezerro até 7 meses. 
→ O creep feeding é uma alimentação destinada a bezerros e quando empregado 
tende a aumentar o peso dos bezerros á desmama. Consiste em uma fonte proteica 
verdadeira e fonte de proteína degradada no rumen (ureia) e uma fonte energética. É 
importante salientar que a ureia não pode ser dada ao animal com menos de três 
meses e o milho deve ser triturado grosseiramente, o que estimula o desenvolvimento 
ruminal. 
→ A desmama temporária consiste em remover o bezerro do contato com a mãe por 
48-72 horas (2-3 dias). Este processo deve ser repetido de 30 em 30 dias e ser feito no 
início da EM. A desmama temporária deve ser feita com bezerros acima de 40 dias de 
idade. A vantagem é um retorno ao cio um pouco antes que na desmama tradicional, 
com um desgaste menor da fêmea. A desvantagem é o manejo difícil desse processo, 
que se torna mais difícil ainda se for considerado ainda na primeira EM. 
→ A mamada controlada consiste em um processo de 1 ou 2 mamadas ao dia por 20 
minutos que deve ser realizado a partir de 60 dias pós-parto. Essa prática pode levar a 
um menor peso à desmama, além de haver limitações de manejo, dificuldade de 
grandes rebanhos. 
→ A presença do macho reduz o anestro pós-parto. As vacas expostas ao touro ou 
rufião 3 dias após o parto retornam ao cio em média 20 dias mais cedo. 
→ Os fatores determinantes para a diminuição da mortalidade dos bezerros: cura do 
umbigo, ingestão do colostro, administração de ivermectina, mochação (em 30 a 45 
dias), vacinação e identificação. 
Fase de recria 
→ Corresponde ao período que vai da desmama até a terminação ou reprodução. Na 
recria o animal alcançará peso para cobertura ou para entrar na terminação, ou seja, é 
uma fase intermediária, ou entre terminação ou entre cobertura. O animal atinge peso 
para terminação (11 - @) com 330 a 390 kg ou reprodução (10 – 12@) com 300 – 360 
kg. 
16 
 
→ Como atuar só na recria é arriscado, geralmente é associada a cria ou engorda. 
Representa o grande gargalo da produção, pois é a melhor fase para ganhar peso, já 
que o animal apresenta um crescimento rápido (auto-aceleração) e boa conversão 
alimentar que se relaciona com a deposição muscular. É nessa fase onde há uma 
melhor resposta a suplementação. 
→ Como demonstra o gráfico abaixo, a fase de cria e recria representa o momento de 
ímpeto de crescimento. Sem suplementação e nutrição adequadas o animal demora a 
alcançar a recria e a puberdade. 
→ O Brasil recria a pasto e, logo, o ganho de peso é influenciado pela produção de 
forragem (sazonal), onde o maior ganho ocorre na época das águas, e menor ganho na 
época da seca. Na seca, o animal começa a perder peso. Portanto, o animal acaba por 
ser submetidoa um crescimento estacional, com ganhos consideráveis na época das 
águas, mas com perdas durante a seca. Isso leva a uma idade de abate cada vez maior 
uma vez que depois da seca o animal, além de ter que ganhar mais peso, tem que 
recuperar aquele que perdeu durante a seca. Esse é o efeito sanfona, onde o animal 
ganha peso e perde durante as seca. Isso porque durante esse período, as forragens 
são de baixa qualidade e não chagam a atender as demandas de produção necessárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ No sistema atual do Brasil, um animal é desmamado com 150 kg e precisa alcançar 
360 kg e o produtor prefere não suplementar, fazendo com que o animal demore 
cerca de 32 meses pra terminar no caso da terminação e demore mais a ter o 1º parto. 
A solução se dá em contornar a sazonalidade, usando estratégias de suplementação e 
visando manter a curva de crescimento constante. 
 
17 
 
→ A recria de machos para terminação é onde se encontra a maior oportunidade de se 
reduzir o ciclo de produção. A fase de cria dura de 6 a 8 meses, a recria de 12 a 36 
meses e engorda de 6 a 8 meses. 
 
 
 
→ A duração da recria define a idade de abate, pois a cria e a terminação são 
constantes, ou seja, a diminuição da recria diminui o custo da arroba a ser produzida. A 
duração da recria, por fim, é influenciada pela manejo nutricional que influencia no 
ganho de peso. Uma arroba equivale a 30 kg. 
→ Um abate com 4,5 caracteriza-se por um GMD no período das água de 500g/dia, o 
que é ótimo. Porém, no período da seca ocorre um GMD de -100g/dia. Isso leva a um 
GMD ano de 200g/dia. A consequência é uma duração de recria de 36 meses e abate 
aos 4 anos e meio, já que o animal deve alcançar um peso mínimo de cerca 470 – 480 
kg. Essa situação é quando se considera uma recria a pasto, sem suplementação. 
 → Uma fase de recria com duração de 18 meses representa um abate com 2,5 anos. 
Isso ocorre devido a um ganho na seca de 200g/dia com um GMD de 350g/dia. Esse 
resultado reflete uma suplementação da recria, principalmente ureia. Nessa situação o 
animal passa por apenas duas secas. Nestas o pasto pode ser vedado e adicionado à 
nutrição uma suplementação proteica (40% PB). 
 → Um abate com 18 meses possui uma seca apenas, com recria de 6 meses com GMD 
águas de 800g/dia e GMD seca de 600g/dia. Isso é refletido por uma situação na qual 
há um pasto vedado adicionado a uma nutrição com suplementação proteica e 
energética. 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Para resumir uma recria de machos para terminação eficiente ocorre com um bom 
manejo de pastagens, uma suplementação mineral nas águas, uma suplementação na 
época da seca e um manejo sanitário adequado. 
→ A recria de fêmeas ineficiente levará a uma maior idade a puberdade e longo IEP, 
devido a ineficiência reprodutiva, refletida principalmente por um manejo nutricional e 
a genética. É importante salientar que as zebuínas são mais tardias que as vacas 
taurinas. Isso porque como a estrutura corporal dos zebuínos é maior, a demanda de 
peso é maior e ele alcançará a puberdade mais tardiamente. 
 
→ A perda de peso na época da seca impede o crescimento contínuo e leva a maior 
idade ao 1º parto (4 anos). A idade a 1ª primeira cria é um parâmetro zootécnico 
importante pois mede a eficiência reprodutiva. 
→ O principal objetivo deve ser encurtar a recria e ter fêmeas aptas a reprodução mais 
rápido possível. Uma menor duração da recria leva a uma menor idade a 1ª cria e 
maior taxa de desfrute (faz referencia ao número de animais abatidos e vendidos em 
relação ao total de animais no rebanho). 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 → Para uma fase de recria eficiente, deve-se manter a curva de crescimento 
ascendente, sem o efeito sanfona. Uma recria sem suplementação leva a idade ao 
primeiro parto de 4 anos, com uma GMD por ano de 200 g/dia. Isso não é o ideal. O 
melhor é que no período das águas a recria seja a pasto e seja fornceda a mistura 
mineral. Durante a seca a mistura múltipla (fonte mineral, suplemento proteico e 
ureia) e pasto vedado já garantem um GMD de 350 g/dia. 
→ As novilhas devem ter um manejo diferenciado na época da seca para entrarem na 
EM em boas condições corporais. Apesar de parecer impossível, é possível que 
bezerras desmamadas entrem na 1ªEM após a desmama, sendo cobertas com 15 
meses e parindo aos 24 meses. Isso implicaria a uma recria de 5 meses, com GMD de 
800 g/dia, adicionado a 7 meses do nascimento até a desmama, o que resuta em 12 
meses para concepção. Isso só é possível com uma suplementação de alta qualidade 
(energética e proteica). Além disso, devem ser suplementadas no aleitamento (crrep 
feeding) e na 1ª seca após a desmama. A desvantagem é uma menor produção de leite 
devido a substituição de tecido mamário por tecido adiposo pelo alto consumo de 
suplemento energético. 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
Fase de terminação 
→ A fase de terminação é fortemente influenciada pela genética e pela nutrição e mais 
de 90% das fazendas criam a pasto. O objetivo desta fase é preparar o animal para o 
abate, onde o nível mínimo de engorda deve ser de 3mm a 7 mm de espessura da 
gordura subcutânea. O peso da carcaça deve ser de 15 a 18 arrobas. Pode-se impor 
uma deposição de gordura mais rápida se adotado um manejo nutricional adequado. 
→ As principais categorias de abate são: vacas de descarte, novilho de descarte, 
garrote (animais mais novos), animal precoce e superprecoce. 
→ Nessa fase o animal entre com cerca de 11 a 13 arrobas (330 a 390 kg/PV) e é 
abatido co 15 a 18 arrobas (450 a 540 kg/PV). O produto final da pecuária de corte é a 
carcaça. A idade precoce a puberdade está fortemente associada a precocidade de 
terminação, ou seja, animais que atingem a composição corporal da carcaça adequada 
(28% de gordura animal) para o abate em idade jovem. 
→ O sexo é um fator que influencia no ganho de peso e no acabamento da carcaça. O 
produtor pode escolher mandar para o abate macho castrado, fêmea ou um animal 
inteiro, ou seja, não castrado. A fêmea deposita gordura antes que o macho castrado e 
este antes que o inteiro. Um produtor que manda um animal interiro ao abate, com 
certeza, será destinado a uma indústria pouco exigente. 
 
→ Quanto maior o grau de heterose, ou seja, a prole do meio sangue, maior a 
vantagem ao confinamento quando comparado ao nelore puro. Isso porque o mestiço 
tem uma superioridade em relação aos pais, com relação a gordura mais precoce (a 
genética impõe a fisiologia uma deposição de gordura mais precoce), comendo a 
mesma quantidade de alimento que o puro sangue Nelore. Porém, a genética impõe a 
fisiologia uma deposição de gordura mais cedo. 
 
→ A carcaça da fêmea é mais leve e precoce (ganho de 15%) que a do macho castrado 
que é mais ceve e precoce (ganho de 12%) que a carcaça de machos inteiros. 
 
 
21 
 
→ Além da precocidade o macho castrado possui um manejo mais fácil e maior é a 
deposição de gordura, já que a inibição dos hormônios reprodutores como a 
testosterona levam a formação de tecido adiposo. 
→ O acabamento de carcaça é importante para o frigorífico já que a gordura 
subcutânea protege a carne da baixa temperatura de refrigeração. O ideal é que haja 
cobertura de gordura da região traseira, tábua de pescoço e toda a região da peleta, 
não podendo ter peças musculares expostas. No Brasil uma das principais avaliações 
de carcaça é o mínimo de gordura uniforme. 
 
→ O animal inteiro tem maior ganho de peso de carcaça que os castrados, menor 
deposição de gordura na carcaça e maior eficiência alimentar. Além disso, demoram 
mais tempo para serem abatidos.→ A categorias para engorda são: 
– Bois magros: novilhos de até 24 meses; possuem melhor conversão e ganho de 
peso; peso de abate de 16 a 17@. 
– Bois erados: mais de 30 meses; possuem menor conversão e ganho de peso e o 
peso de abate é maior que 17@. 
– Vacas de descarte: ganho de peso basicamente pelo acúmulo de gordura na 
carcaça, pior conversão. Apresentam ganho compensatório (1,3 kg/dia). 
Acumulam gordura precocemente e são abatidas com peso menor que os 
machos. 
– Novilhas de descarte: apresentam crescimento muscular; melhor conversão e 
peso de abate de 11 a 13@. As desvantagens da fêmea é que apresentam pior 
conversão que machos e é pago um menor preço pela @. Após o período de 
ganho compensatório, a CA piora e o confinamento ocorre com no máximo 70 
dias. 
– Bezerros desmamados: produção de novilho superprecoce; possui elevado 
ganho de peso e CA. É desmama com 8 @ e abatido com 15-16@. Não 
apresentam ganho compensatório. 
→ A engorda em semi-confinamento é uma alternativa para a terminação a pasto e 
decorre do fornecimento de concentrado em cochos localizados no próprio pasto. O 
volumoso é o próprio pasto. As vantagens é que não necessita de maquinário nem 
área para produção de volumoso suplementar e há um menor investimento em 
instalações. A duração máxima é de 60-70 dias. 
→ É interessante planejar um semi-confinamento entressafra, que é uma época de 
escassez de animais e é quando o preço está valorizado. Praa tanto, pensa-sse em um 
GMD de 700 a 900 g/dia. O ideal é o forncecimento de um concentrado com 17% PB e 
75% NDT e fornecimento em cochos de 30 cm/linear/cabeça 1 ou 2 vezes/dia na 
proporção de 1 a 1,2% do PV. 
22 
 
→ Os principais alimentos concentrados são: energético (milho, sorgo, caroço de 
algodão) e proteico (farelo de soja, algodão e ureia). 
 
→ O rumensin é um ionóforo que cumpre papéis importantes na eficiência da 
fermentação ruminal, no controle ácidos graxos e proporção de ácido láctico. 
→ O GMD no semi-confinamento é de 300 a 700 g (500g) e é influenciado por: 
 Disponibilidade de forragem/animal; 
 Qualidade da forragem (folha/caule); 
 Potencial genético da boiada; 
 Quantidade de concentrado/animal. 
→ Deve-se vedar os pastos na época das águas (janeiro-fevereiro) para consumo da 
seca (julho-agosto), visanco acúmulo de massa (forragem). 
 → A engorda em confinamento ou sistema intensivo tem como vantagens um maior 
ganho de peso (1 kg/dia), redução da idade de abate de até 12 meses, venda de boi na 
entressafra, valorização das arrobas do boi magro. 
→ Deve-se levar em consideração o horário a ser ofertado, o cocho (70 
cm/linear/cabeça), a disponibilidade, a sobra (ideal que não se planeje um consumo 
em que haja menos sobra possível). 
→ As condições básicas para o confinamento incluem: 
1. Animais cruzados (efeitos da heterose); 
2. Produzir o próprio alimento (volumoso); 
3. Aproveitar sub-produtos (baixo custo); 
4. Saber comprar e vender animais. 
→ Os volumosos mais utilizados são: silagem de milho, de sorgo, capim, cana de 
açúcar, girassol. Os concentrados incluem: energéticos (milho, sorgo, casca de soja, 
23 
 
polpa cítrica, subprodutos) e proteicos (ureia pecuária, farelo de soja e algodão, caroço 
de algodão. 
 → Composição da ração concentrada: energéticos (60 a 70%), proteicos (30 a 40%), 
ureia (máximo 2%) e minerais (máximo 2%). 
→ A duração é de 4 a 6 meses, com GMD de 1,2 a 1,7 kg, os quais entram com 8 @ e 
são abatidos com 15@ no caso de bezerros desmamados. No caos de garrotes (idade 
menor que 24 meses) a duração é de 3 a 4 meses e entram com 11-12@, saindo com 
16-17@. Os animais erados (mais de 30 meses) a duração é de no máximo 3 meses, 
entrando com 13-14@ e saindo com 17@. A vacas de descarte duram no máximo 70 
dias, sendo abatidas com 12-13@. 
→ As características de um tipo de animal para confinamento incluem um animal 
comprido, de boa ossatura, boa amplitude torácica (deposita gordura mais 
rapidamente), animal de caixa (estrutura óssea), bom arqueamento de costelas. 
Animais com amplitude torácica boa, que tem um peito mais aberto e maior, e maior 
arqueamento de costela, geralmente têm o desenvolvimento de traseiro que acompanha tudo 
isso, havendo um equilíbrio dessa estrutura maior. Por isso, esses animais apresentam maior 
eficiência com relação a digestão e respiração, estrutura óssea, desenvolvimento maior de peças 
musculares do traseiro, que são consideradas peças nobres. 
→ A engorda a pasto possui uma taxa de desfrute de 16% onde o ideal é de 36%. Deve-
se atentar para a taxa de lotação média, a qual deve ser baixa (0,3%). Há uma menor 
margem de lucro (3%). Normalmente, nesse tipo de sistema a idade de abate é de 5 
anos onde o ideal é de 2,5. 
→ A taxa de desfrute é dada pelo total de animais abatido por ano divido pelo número 
de animais no rebanho. Por exemplo, em um rebanho de 1000 cabeças com um total 
de animais abatidos de 360 ao ano, dá uma taxa de desfrute de 36%. A me´dia do 
Brasil é 16% e dos EUA de 37%. 
→ Isso se deve ao fato de que nas águas o boi ganha peso, havendo uma safra,e o 
valor da @ cai devida a maior oferta (muito boi no mercado); Na seca o boi perde peso 
(final da seca), havendo a entressafra, onde o valor da @ aumenta já qua há pouco boi 
para a alta demanda. Considerando que a grande parte do sistema de produção na 
terminação é a pasto, a taxa de desfrute acaba por ser menor no país. 
→ O manejo para o sistema de engorda inclui: 
 Separar animais em lotes; 
 50, 100 no máximo 200 animais; 
 Estimar a produção de forragens; 
 Calcular a taxa de lotação dos pastos. 
24 
 
→ Considerações finais: 
 Fase de acabamento pode ser encurtada se lançarmos mãos das tecnologias 
disponíveis, como uso da uréia, confinamento e semi confinamento . 
 Abatendo animais cada vez mais precoces com carcaças de melhor qualidade. 
 Produtor deve ter em mente que ele é um produtor de bife, sendo o 
consumidor final seu maior cliente. 
Bovinocultura de leite 
Manejo de vacas 
→ O manejo é a ação de conjugar atividades manuais com tecnologia, com o objetivo 
de definir ou traças decisões a serem tomadas em um sistema de produção 
agropecuário. 
→ As categorias das vacas em produção são: 
1. Vacas secas e prenhes: vacas que não estão em lactação; 
2. Vacas em lactação: vacas após o primeiro parto que iniciaram sua lactação, 
podendo ser aquelas vazias (não prenhes) ou gestante. 
→ O período de serviço consiste no período que vai desde o parto até a nova 
concepção, no qual fazem parte vacas em lactação e vazias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ No que diz respeito as vacas secas, o período não lactante, que antecede a lactação 
é denominado período seco no qual fazem parte. O adequado manejo de vacas secas é 
importante para maximização da produção de leite subsequente. O eríodo seco pré-
parto é composto por dois períodos: 
1. Período de repouso: que vai da secagem à terceira semana pré-parto; 
2. Período de transição: da terceira semana pré-parte ao parto. 
25 
 
→ É importante salientar, porém, que o período de transição completo é 
correspondente as 3 últimas semanas pré-parto e as 3 semanas pós-parto. No pós-
parto a vaca já se encontra em lactação. 
→ No período de transição deve-se tem um manejo alimentar no que se refere a 
fornecer uma dieta balanceada com alto teor de energia e baixo teor de fibra, visando 
a adaptação dos microorganismos ruminais a dieta no início da lactação e suprir a 
capacidade de ingestão. Esse é um período de grande aumento do crescimento fetal, 
que comprime os órgãos digestivos da vaca. Logo, esta precisa, de nutrientes, mas em 
menorquantidade possível, já que o espaço disponível é menor no final da gestação. A 
determinação da gestação pode ser feita por meio de palpação retal. 
→ A secagem das vacas corresponde a interrupção da lactação, que ocorre em 60 dias 
antes do parto. O período seco deve durar 60 dias a fim de permitir uma boa 
regeneração do tecido secretor de leite, assegurando um bom desenvolvimento do 
feto, bem como completar as reservas corporais da vaca, caso estas ainda não tenham 
ocorrido. Também aumenta a produção de colostro. 
→ A secagem é um processo em que o tratador impossibilita o acesso a água e 
alimento (ordenha brusca) e faz a ordenha, afim de a vaca não ter condições de 
produção de leite. Em seguida, disponibiliza-se água e alimento e faz-se uma ordenha 
incompleta e intermitente. 
→ O aumento do período seco ocorre em duas situações: 
1. Vacas com mastite clínica que não responde a três tentativas de tratamentos 
com antibióticos, faz-se o descarte ou a secagem permanente do qaurto 
infectado, afim de reduzir o risco de novas infecções e a prevalência de 
mastite. ] 
2. Produção de leite torna-se antieconômica para manter a vaca no sistema de 
ordenha; 
3. S a vaca estiver com um ECC muito baixo (muito debilitada). 
→ Escore de condição corporal: é uma medida subjetiva da quantidade de gordura, ou 
da quantidade de energia reservada que uma vaca possui. Demonstra a quantidade de 
reservas corporais acumuladas, especialmente na forma de gordura. 50 a 7-% de 
gordura corporal das vacas holandesas se encontram nos tecidos subcutâneo e 
muscular e 23 a 30% na gordura intra-abdominal. 
→ Locais para a visualização do ECC: 1) visualização das costelas, 2) processos 
transversos das vértebras lombares, 3) extremidade do ílio 4) extremidade do ísquio 5) 
inserção da cauda. 
→ No período de periparto (período de transição) o manejo consiste em: 
26 
 
o Recomenda-se que a vaca gestante comece a receber de 0,5 a 1,0% do peso 
corporal de concentrado 20 a 30 dias antes da data prevista para o parto. A 
escolha de 0,4% do peso corporal é para aquelas vacas que estão em boas 
condições corporais; 
o Redução dos npiveis de cálcio e sal comum para a metade dos npiveis normais 
nos últimos 20 a 30 dias do parto para evitar a febre do leite em o edema de 
púbere, no caso do sal comum; 
o Correção da dieta das vacas no pré-parto em termos de proteína, energia,fibra, 
minerais (macro e microminerais) e vitaminas A, D e E o período pré e pós-
parto, especialmente os animais manejados em confinamento. 
o Fornecer dietas com 12 a 14% de PB na base da matéria seca (volumoso e 
concentrado); caso contrário, o consumo de alimentos é prejudicado. 
o Vacas gestantes durante a época das chuvas manejadas em boas pastagens 
podem ganhar 700 a 800 g/cabeça/dia sem suplementação com concentrado, 
desde que tenha forragem, que possibilitem consumo de MS de 2,7 a 3,0% do 
peso corporal. 
o Concentração dos partos, com necessidade de intervenção por pessoal 
treinado e obstretícia; 
o Garantia de maternidade e capacidade de alojamento; 
o Não forçar a retirada da cria; 
o Higiene da vaca contribui para reduzir metrites e contaminação de bezerras; 
o Exames pós-parto na vaca facilita o manejo subsequente. 
→ A importância das intalações são: 
1. Redução de estresse; 
2. Conforto para animais e funcionários; 
3. Facilita a alimentação; 
4. Proteção contra predadores. 
→ Os critérios para agrupamento de vacas são: 
1. Nível de produção; 
2. Fase de lactação; 
3. Escore corporal; 
4. Movimentação de vacas entre lotes. 
→ O período de lactação é divido em fases. Isto é mais apropriado ou indicado para 
vacas de alta produção de leite (acima de 30 kg/vaca/dia) e manejadas em condições 
de confinamento ou semi-confinamento. 
→ As fases do período de lactação são: 
o Fase 1: 1 a 100 dias; 
27 
 
o Fase 2: 101 a 200 dias 
o Fase 3: 201 a 305 dias. 
→ O pico de produção de leite das vacas ocorre entre 45 a 60 dias pós-parto e o pico 
de consumo ocorre após este período e por isso é que nesta fase de lactação é normal 
as vacas perderem peso, pois a produção de leite é maior que o consumo de 
nutrientes provenientes da dieta (concentrado e volumoso). 
→ A vaca neste período pode produzir até 30% de leite acima do nível de consumo de 
nutrientes, pois consegue utilizar as reservas de gordura acumuladas em seu 
organismo. 
→ Quanto às proteínas, as reservas são pequenas e muito pouco utilizadas nesta fase 
da lactação e este nutriente é que limita a produção de leite. Deve-se aumentar a 
concentração de PB na dieta, que pode ser de 18 a 20% na base da MS. Para vacas com 
produção de leite acima de 40 kg/dia, o teor de proteína pode ser maior que 20%. 
→ A melhor estratégia de alimentação nos primeiros 100 dias de lactação é trabalhar 
com dietas completas e usar a relação concentrado:volumoso na base de 60:40. Se o 
volumoso for de boa qualidade pode usar a relação 50:50. 
→ A curva de lactação é a representação gráfica da produção de leite de uma vaca a 
partir do parto até a secagem, quando então o animal prepara-se para uma nova 
lactação. É composta por três fases: ascendente, pico e descendente. 
→ A ascendente é a fase em que a produção de leite aumenta, até atingir o seu ponto 
máximo (o pico de lactação), para então, passar para a fase descendente ou de 
declínio da produção de leite até o momento da secagem. 
→ A curva de lactação tem três principais parâmetros: duração, pico e persistência. O 
pico é o dia de maior produção de leite na curva, que ocorre normalmente entre os 45 
e 60 dias de lactação. A persistência é definida como a capacidade da vaca de manter a 
sua produção de leite após atingir sua produção máxima na lactação e consiste no grau 
da inclinação da curva, onde quanto mais plana for a curva, maior a produção de leite. 
A persistência pode ser incrementada pela genética, por práticas de manejo (maior 
frequência no número de ordenhas e uso da somatotropina bovina) e pelo atraso na 
cobertura (vaca prenha tem menor persistência). Reflete o quanto o grau que a 
produção inicial é mantida ou a habilidade de manter alta a produção de leite, ao 
longo da lactação. 
→ A vaca nesse período pode produzir até 30% de leite acima do nível de consumo de 
nutrientes, pois consegue utilizar as reservas de gordura acumuladas em seu 
organismo. Quanto às proteínas, as reservas são pequenas e muito pouco utilizadas 
nesta fase da lactação e este nutriente é que limita a produção de leite. 
28 
 
→ Uma rotina adequada no momento da ordenha poderá garantir a obtenção de um 
leite seguro e de qualidade, além de prevenir a ocorrência de mastite. A ordem com 
que as vacas são ordenhadas é chamada de linha de ordenha. Esta é geralmente 
definida com base no diagnóstico de mastite, realizando a ordenha na seguibte 
sequência: 
1. Vacas primíparas (de primeira cria), sem mastite. 
2. Vacas pluríparas que nunca tiveram mastite. 
3. Vacas que já tiveram mastite, mas que foram curadas. 
4. Vacas com mastite subclínica. 
5. Vacas com mastite clínica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ É necessário seguir alguns passos, descritos a seguir. Antes de inciar a ordenha, 
verifica-se o equipamento de ordenha e o tanque de refrigeração, quanto a limpeza e 
sanitização. Caso estejam sujos, é necessário fazer uma nova limpeza. Deve-se verificar 
os materiais a serem utilizados na ordenha, como latões, caneca telada ou de fundo 
escuro para teste de mastite clínica, frascos com desinfetantes de tetos, papel-toalha, 
filtro ou colocador de leite. 
→ Deve haver uma divisão do tempo de estimulação em períodos de preparação do 
úbere e tempo de retardopara colocação do conjunto de ordenha. O início da ordenha 
propriamente dita as vacas devem estar bem estimuladas, mostrando descida do leite 
antes da colocação da ordenhadeira. O intevalo entre a estimulação da vaca e 
colocação da ordenhadeira donomina-se “pré-lag-time” ou período de estimulação, 
que é variável como o nível de produção, fase de lactação, intervalo entre as ordenhas 
e raça. 
→ A desinfecção dos tetos antes da ordenha auxilia na redução da contagem total de 
bactérias (CTB) e dos casos de mastite. Após a desinfecção dos tetos antes da ordenha, 
é importante secá-los com papel-toalha descartável para evitar a queda das teteiras 
durante a ordenha. 
29 
 
→ O preparo para a ordenha consiste no higiene da teta, massagem do úbere e 
diagnóstico de mastite. 
→ O diagnóstico de mastite é feito através do Califórnia Mastite Teste, onde coleta-se 
2 mL do leite de cada teto em cada um dos compartimentos da raquete; em seguida 
inclina—se a raquete até que o leite atinja a marca inferior (indicada no 
compartimento da raquete). Adiciona-se a solução CMT até atingir a marca superior 
(aproximadamente 2mL de solução). Homogieniza-se a a mistura com movimentos 
circulares da raquete, em seguida, fazer a leitura do teste. 
 
 → A contagem de células somáticas (CCS) é um teste geralmente realizado nos 
laticínios, sendo usado como um indicador da qualidade do leite. Também pode ser 
realizado na fazenda, mas há necessidade de equipamento apropriado apara este fim. 
 → O tempo médio de ordenha está diretamente relacionado com o volume de 
produção da vaca e com os procedimentos de estimulação pré-ordenha. Uma meta a 
ser atingida é ordenhar os primeiros 12,5 kg de leite em minutos de ordenha efetiva. 
Para cada 4,5 kg de leite adicional, o tempo adicional necessário deve ser de cerca de 
30 segundos. A metas recomendadas são ordenhar de 3,9 kg/minuto para rebanhos 
em três ordenhas/dia. Quando o número de ordenhas diárias passa de duas para três 
vezes, a produção de leite aumenta de 6 a 25%. 
→ A desinfecção dos tetos após a ordenha (pós-dipping) só ao deve ser realizada nas 
propriedades nas quais as vacas são soltas junto com seus bezerros após a ordenha. 
 
 
30 
 
Manejo de bezerras na fase de cria e recria 
Fase de cria 
→ A fase de cria é o período entre o nascimento e o desmame. Época em que as 
bezerras apresentam grande potencial de crescimento, sendo importante implementar 
um manejo de forma que esta possa expressar todo o seu potencial genético. 
→ Os cuidados anteriores ao parto consistem em: 
 Secagem das vacas 60 dias pré-parto; 
 Ao redor de 30 dias (vacas) e 45 dias (novilhas) antes do parto alocar os 
animais em pirquetes ou baias em boas condições de higiene, como os 
piquetes maternidade. 
 Fornecimento de dietas de transição (pré-parto) que objetiva prepara a vaca 
para uma nova lactação e evitar desordens metabólicas. 
→ Os cuidados ao nascimento são: 
 Intervir somente se necessário. Auxílio no parto ou para a remoção das 
membranas fetais, muco do nariz e boca. 
 Cura de umbigo. Deve ser feita o mais rápido possível com tintura de iodo (a 
10%), sendo este procedimento repetitivo pelo menos até o terceiro dia de 
vida. 
 Garantir a ingestão de colostro, que deve ser sempre de alta qualidade. Deve 
ser fornecido o mais rápido possível, em no máximo até 6 horas após o 
nascimento, preferencialmente mamado na vaca (2kg para bezerras de raças 
grande e 1 kg para bezerras de raça pequena). Posteriormente, na quantdade 
de 2 litros pela manhã e 2 litros à tarde, pelo menos por 2 a 3 dias após o 
nascimento, pelo seu elevado valor nutritivo e para reduzir a incidência de 
diarreias durante as primeiras semanas de vida. 
→ O colostro é a mistura de secreções lácteas e de constituintes séricos do sangue 
acumulada surante a o pré-parto e produzida na 1ª ordenha após o parto. Sua função 
são: 
1. Imunológica: impedimento de transmissão de imunidade devio o tipo de 
placenta de ruminantes (impedimento anato-fisiológico) que é epitelial ou 
sinepiteliocorial;AA Ig predominante no leite é a IgG, que está relacionada a 
imunidade sistêmica, já a IgA e IgM estão relacionados com imuidade local. A 
IgG é tranferida da corrente sanguínea da mãe para o coloctros, já as IgA e IgM 
são produzidas pela glândula mamária. A qualidade do colostro varia de acordo 
com a quantidade de Ig, podendo ser: 
31 
 
 Baixa: quando possui concetração de imunoglobulinas (Ig) abaixo de 20 
mg/mL; 
 Média ou moderada: quando possui concentração de Ig de 20 a 50 
mg/ml, 
 Alta: quando possui concentrações de Ig superiores de 50 mg/ml. O 
colostro pode ser conservado em geladeira por até uma semana ou 
congelado por até um ano sem perder sua qualidade, desde que 
armazenado em compartimentos que facilite o descongelamento e 
evite desperdício. Alguns autores consideram o colostro de baixa 
qualidade com até 22 e média de 22 a 50 mg/ml de Ig. O colostrômetro 
para leite bovino é um aparelho que mede q qualidade do leite levando 
em consideração a densidade de Ig presente. 
 
2. Nutricional: fornece aminoácidos ao bezerros, já que em determinado período 
as imunoglobulinas não são mais absorvidas, mas servem de fonte de 
aminoácidos. O colostro difere do leite não apenas a fração proteica, mas 
também em sólidos totais, vitaminas e minerais. 
3. Somatogênica: o colostro além de Igs e nutrientes possuem outros compostos 
como hormônios e fatores de crescimento. O IGF-1 é o fator de crescimento 
semelhante a insulina-1 e acredita-se que este tem função de estimular o 
crescimento e diferenciação de tecidos sob o controle do hormônio do 
crescimento (GH). 
→ Apesar da barreira contra a passagem de Ig a placenta de ruminante tem como 
vantagens a redução de doenças verticais. 
→ A presença de um banco de colostro tem como objetivo suprir eventual falha na 
produção de algumas vacas ou para garantir um colostro de boa qualidade para os 
bezerros. Baseia-se no congelamento do colostro, que deve ser de -20C (não 
armazenar em freezer frost free). O descongelamento deve ser de 45 a 48ºC em banho 
Maria. Pode Ser armazenado por um ano. 
→ Os cuidados com as bezerras incluem: 
32 
 
 Remoção de tetas supranumerarias; 1 semana ao 30 dias de vida das bezerras. 
 Identificação: Poderá ser através de brincos, fichas individuais, contendo todos 
os dados dos animais. 
 Aferição do peso. 
 Mochar: Assim que aparecer o botão do chifre deve ser cortado e queimado. 
 Vacinação: Pneumoenterite: A 1º dose (2 ml) deve ser feita aos 7 dias de vida 
do animal, repetir após 15 e 30 dias. 
 Vermífugos: Aplicar a 1º dose a partir de 1 semana de idade e repetir a cada 30 
dias, até completar 1 ano. 
 Vacina contra a Febre Aftosa: A partir do 2º mês de vida já deve receber a 1º 
dose e depois nas campanhas. 
→ O aleitamento de bezerras pode ser: 
I. Natural: ocorre em raças não especializadas, incapacidade de ordenhar vacas 
sem a presença dos bezerros. A variações incluem: 
 O bezerro pode mamar durante toda ou parte da lactação; 
 Pode ser realizada em apenar 1 dos quartos (tetas) alternados conforme 
a ordenha ou nos 4 quartos, quando deixado resíduo de leite; Isso não é 
adequado do ponto de vista de manejo de bezerros pois ocasiona 
grande variação de ganho de peso de animais contemporâneos 
relacionado ao volume ingerido, que desconhecido em resposta a 
produção materna. 
II. Artificial: ocorre em raças especializadas em produção de leite. Pode ser por 
mamadeiras, biberões ou baldes. Esses três métodos são eficientes e 
promovem desempenho semelhante do animal. 
→ O uso da mamadeira: 
 Apresenta vantagens quanto maiorprodução de saliva e sacia a vontade inata 
que o animal tem de mamar (bem-estar); 
 Diminui o número de mamadas não nutritiva; 
 Desvantagens da mamadeira 9AL) é o suficiente para os animais. 
→ O uso de baldes: 
 Necessita de treinamento dos bezerras, 
 Dificulta o fornecimento da dieta em sistema que os bezerros é criados em 
baias coletivas, 
 Necessita de canzil ou contenção individual, 
 No entanto facilita a limpeza e consequente diminui o número de animais com 
diarreia. 
→ O desenvolvimento ruminal é de importância fundamental para reduzir custo com a 
alimentação de bezerras. Mudança com a idade nas proporções de compartimento do 
TGI de bezerros recebendo leite e concentrado. Ao nascer os bezerros apresentam o 
retícul0-rúmen pouco desenvolvimento e não funcional, representando cerca de 30 do 
total dos 4 compartimentos, as maiores mudanças ocorrem em termo de tamanho, 
desenvolvimento da musculatura, e parede interna (papilas) o qual será colonizado por 
33 
 
diferentes tipos de bactérias, além da presença de enzimas funcionais na parede do 
rúmen. 
 
 
 
 
 
→ As condições para que ocorra o desenvolvimento ruminal são: 
 Estabelecimento de MO no Rúmen, 
 Presença de líquido, 
 Fluxo de material do rúmen para fora dele, 
 Capacidade de absorção do tecido, 
 Substrato disponível. 
 → Amamentação coletiva: 
 Reduz gasto com mão de obra e tempo, 
 Requer cuidados quanto a formação de lotes homogêneos, 
 É importante que o número de bicos seja maior que o número de bezerros, 
para reduzir problema com dominância. 
→ O fechamento da goteira esofagiana ocorre por estímulos nervosos, principalmente 
o gustativo e visuais e independe da posição da cabeça. A Temperatura do leite deve 
ser ou ambiente quente ou morno em caso de clima frio. O horário de aleitamento é 
uma portunidade de boservar os animais, onde uma menor frequência de aleitamento 
aumenta a incidência de diarreia. 
→ Existem três tipos de sistemas de manejo do aleitamento de bezerras: 
 Convencional: fornecimento de leite ou substituto (sucedâneo) diluído a 12,5% 
em base da matéria seca, fornecido no volume de 10% do peso corporal do 
bezerro, estimulando o máximo o consumo de concentrado de forma que o 
animal apresente consumo satisfatório após desaleitamento. 
 Programável: fornecimento de quantidade de dieta líquida acima dos 10% do 
PC do bezerro, no momento de crescimento mais acelerado (a partir da 
segunda semana de vida) e sua redução uma a duas semanas antes do 
desaleitamento, a fim de estimular o consumo de concentrado pelo animal. 
 Intensivo: preconiza fornecimento de dieta liquida em quantidade acima de 
20% do PC do bezerro, dividido em duas refeições, normalmente 8L/dia, para 
animais da raça Holandês. As desvantagens incluem diminuição do consumo de 
concentrado causando retardo no desenvolvimento das papilas ruminais. 
 
34 
 
→ O concentrado tem importância no desenvolvimento ruminal na fase de 
aleitamento pois estimula esse desenvolvimento. A característica do concetrado para 
bezerros se dá por: 
 
1. 18% PB na matéria original, 
2. 80 % NDT, 
3. FDA 6 a 20%, 
4. FDN 15 a 25%. 
→ Sobre a dieta sólida: 
o Fonte de PB- farelo de soja; farelo de algodão, linhaça, canola. 
o Uso de ureia não é recomendado para bezerros com menos de 10-12 semanas 
de idade, uma vez que estão com o rúmen ainda em desenvolvimento. 
o Fibra, acima do recomendado resulta em menor desempenho ( menor teor 
energético) e pode ocasionar problema como acidose ruminal e paraqueratose. 
o Fonte de EB: milho sorgo, farelo de trigo, aveia e melaço (6-8%), forma 
(peletizado ou concentrado), peletizado aumenta o consumo e aumenta o 
GMD, sendo o recomendado concentrados com ao menos 50% das partículas 
com tamanha acima de 1,19 mm; 
 
→ Sucedâneo do leite compreende produtos industriais, em pó, onde os constituintes 
lácteos são substituídos, total ou parcial, por outros de origem animal ou vegetal. É 
importante para a redução de custo. Durante a fase de aleitamento o sucedâneo 
representa menos de 70% do custo relacionado com alimentação está relacionada com 
o uso de leite. 
→ Composição do sucedâneo: 
1)Teor de proteína bruta entre 18% e 22%, 
2)Teor de gordura entre 10% e 22%, 
3)Teor de fibra de 0,2%. 
→ As desvantagens do sucedâneo são: 
 Excesso de amido ou fibra na formulação; 
 Tipo ou inadequada fonte de gordura; 
 Fontes de proteínas de baixo aproveitamento ou que provocam transtornos 
digestivos. 
 Proteína de soja, trigo etc. 
 
 
 
 
 
35 
 
→ Sobre a utilização de volumoso para bezerras em aleitamento: 
 Ausência ocasiona redução no desenvolvimento rúmen e baixo ganho de peso 
em bezerras com menos de dois meses. 
 Não há necessidade de fornecimento para animais com menos de seis semanas 
de vida (NRC, 2001). 
 Só devem fazer parte de dietas após desaleitamento. 
→ O desaleitamento é considerado uma das fases de maior estresse da vida do animal. 
O desmame tardio inviabiliza um sistema de produção de leite. A idade preconizada 
para a desmama (60 dias) e as tendências de desmama aos 45 dias. 
→ Os critérios para desaleitamento são: 
1. Consumo de concentrado: quando atinge 700g/dia de concetrado. O 
fornecimento de concentrado no fundo do balde é uma das pr´ticas a ser feita 
para aumentar o consumo. 
2. Idade do animal: 50 a 60 dias. 
3. Peso do animal. 
→ A descorna é feita através de aparelhos chamados mochadores, mas existem outros 
tipos. 
→ As instalações para bezerras devem apresentar duas características fundamentais: 
A. Higiênicas: excesso de umidade, concentração excessiva de amônia e de 
agentes causadores de doenças são alguns fatores que podem elevar os índices 
de diarreia e problemas respiratórios, mais frequentes durante os primeiros 
três primeiros meses de vida do animal. 
B. Individuais: a té 2º mês separação das bezerras por idade, proteção contra 
ventos fortes, camas secas, boa ventilação e sombra. A instalação deve permitir 
que as bezerras possam visualizar umas as outras e tenham espaço mínimo 
para deitar e descansar, o que resultará em consumo mais cedo do 
concentrado, maior ganho de peso e facilidade de socialização após a 
desmama. Previne a transmissão oral-fecal de enfermidades. Facilita o controle 
de fornecimento de leite. 
→ O destino de bezerros machos de raças leiteiras se dá por: 
I. Raças especializadas 
o Custo de produção e consumo de leite (ocasiona o descarte), 
o Produção de tourinhos (alternativa) 
o Produção de vitelo (alternativa). 
II. Raças zebuínas e mestiços 
 Criados como gado de corte. 
36 
 
Fase de recria 
→ A fase de recria é o período que se estende da desmama ou desaleitamento até a 
primeira cobrição ou inseminação. 
→ A retirada do leite a introdução de dietas com concentrado e volumoso corresponde 
a uma redução de 32% do custo de produção. A recria pode ser dividida em duas fases: 
 
 Pré-púbere (3 aos 9 – 11 meses); 
 Púbere dos 11 a 12 meses ao primeiro parto. Os fatores que influenciam 
à idade a puberdade: 
a) Idade; 
b) Peso 
c) Raça; 
d) Alimentação. 
 
→ Ao serem desmamado o grupo de animais com idade de 60 a 120 dias, devem estar 
consumindo 700 g de concentrado, sendo a meta de manejo propiciar a transição de 
uma dieta líquida para consumo de alimentos sólidos de forma a permitir um 
crescimento adequado para garantir acasalamento em idade desejada. 
 
 
 
 
 
 
→ O manejo de novilhas após a desmama: 
 60 a 120 dias 
a) Consumo de concentrado – 1,4 a 2,0 kg/dia 
b) Alimento volumoso (feno) 
c) Pasto de qualidade. Forragens de baixa qualidade reduz o consumo e retardam 
o desenvolvimento. Não deve deixar que a pastagem seja a única fontede 
volumoso devido seu baixo teor de matéria seca. 
d) Evitar uso de ureia, 
e) Evitar uso de silagem. 
 120 aos 180 dias: 
 
a) Manter o fornecimento de alimentos de boa qualidade 
b) Dieta deve ser altamente energética, 
- 70 a 80% de NDT, 
 - 16 a 18 % de PB, 
37 
 
 - Mistura Mineral, 
 - Vitaminas A-D-E e do complexo B. 
 Do 6º mês de idade até o pré-parto: 
a) Adaptação aos vários tipos de dietas volumosas; 
b) Rúmen encontra-se totalmente desenvolvido. 
 
→ A puberdade em fêmeas é o momento da manifestação do primeiro estro associado 
com uma ovulação potencialmente fértil seguido com uma ovulação potencialmente 
fértil seguido pelo desenvolvimento do corpo lúteo e por uma fase luteal considerada 
normal, característico de cada espécie. A puberdade representa o resultado de varoas 
mudanças fisiológicas que permitem a ocorrência da reprodução. 
→ Não é a idade que determina a puberdade, mas a idade com que o animal atinge a 
puberdade é crítico para se obter índices reprodutivos, produtivos e econômicos. A 
puberdade zootécnica ocorre quando os animais estão aptos a reprodução, ao 
atingirem a idade de 10 a 12 meses. 
→ Existe um efeito do nível de alimentação e do peso na idade a puberdade, onde 
analisando-se a figura, conclui-se que o peso é mais ou menos constante à puberdade, 
já a taxa de ganho 9GMD) reduz a idade a puberdade. 
 
 
 
 
 
 
 
→ A recria de novilhas em pastejo tem como objetivo conseguir idade ao primeiro 
parto entre 30 a 36 meses. O Sistema de suplementação para novilhas leiteiras utiliza o 
adotado para o gado de corte. 
→ A alta produção de animais em pastagens deve atender a 3 premissas básicas: 
a) Deve ser produzida uma grande quantidade de forragem de bom valor 
nutritivo; 
b) Uma grande proporção desta forragem deve ser consumida; 
c) A eficiência reprodutiva de conversão dos animais deve ser elevada. 
38 
 
→ Algumas das práticas para acompanhar a taxa de crescimento e desenvolvimento de 
novilhas envolvem a medição da circunferência torácica, que indica o peso do animal e 
altura. 
→ Se o objetivo for parição aos 33 meses de idade com concepção aos 24 meses, com 
330 kg de PC, a novilha terá de ganhar, aproximadamente, 450 g por dia. Durante a 
época das águas, este ganho pode ser obtido com certa facilidade, e até excedido, se 
os pastos forem de boa qualidade e bem manejados. Durante a época da seca, a 
suplementação volumosa (silagem e/ou feno, ou cana-de-açúcar com 1% de ureia) 
normalmente se faz necessária. 
 
 
 
 
 
 
 
→ Se o objetivo for o crescimento de novilhas para parição aos 24 meses de idade, elas 
terão que ganhar entre 650-700 g PC por dia do desaleitamento até completar os 340 
kg de peso vivo. Este ganho pode ser obtido utilizando-se somente volumosos de 
excelente qualidade, à vontade, ou com o fornecimento adicional de 1 a 2 kg de 
concentrado por dia, se necessário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
Manejo reprodutivo de bovinos de leite 
→ A baixa produtividade dos rebanhos bovinos leiteiros no Brasil deve-se 
essencialmente a dois fatores: 
a) mau desempenho reprodutivo, representado pela idade avançada ao primeiro 
parto e longo intervalo de partos; 
b) qualidade genética inferior dos animais, resultando em baixa produção por 
lactação, lactações curtas e baixa persistência na produção. 
→ A taxa de prenhez é avaliada a cada 21 dias e é dada pela taxa de serviço x taxa de 
concepção. A taxa de serviço é influenciada basicamente pela observação de cio e pelo 
percentual de vacas em anestro, ou seja, aquelas que não estão dando cio. A taxa de 
concepção é influenciada pela fertilidade da vaca, qualidade do sêmen, processo de 
inseminação, dentre outros fatores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ É importante salientar que vacas secas não gestantes não possuem condução 
reprodutiva e produtiva em rebanho leiteiro, já que nem estão em lactação nem 
gestantes. 
→ O intervalo de parto exerce grande influencia sobre a bovinocultura de leite, umas 
vez que quanto menos o intervalo entre partos maior o número de bezerros e 
períodos de lactação. 
→ Os fatores que influenciam de forma negativa a taxa de concepção de vacas 
leiteiras: 
40 
 
a) Balanço energético negativo: quanto o aporte nutricional é inuficiente para 
mantença; 
b) Perda de condição corporal (ECC); 
c) Amamentação: estão geralmente associados à baixa pulsatilidade de hormônio 
luteinizante (LH), que influenciam o crescimento folicular. 
a) Alta ingestão de alimentos: altos níveis de nitrogênio ureico no plasma e 
ambiente uterino compromete e taxa de concepção. Alto consumo de 
alimentos aumenta a circulação hepática e catabolismo de progesterona. 
→ Existe uma relação entre ECC e reprodução: 
 
 
 
 
 
 
→ As práticas gerenciais relacionadas ao manejo reprodutivo são: 
 Evitar partos pré-maturos e distociais; 
 Tratamento Precoce de Endometrites; 
 Tratamento Intensivo de Doenças do Pós-Parto; 
 Detectar o estro eficientemente; 
 Inseminar em tempo correto e monitorar a eficiência do inseminador; 
 Elevar as Taxas de Concepção; 
 Antecipar o diagnóstico de Gestação. 
→ Os sistemas de acasalamento são: monta natural, monta natural controlada, 
inseminação artificial (IA em tempo fixo). 
→ A monta natural é a forma mais simplificada de reprodução do rebanho, pois 
consiste na permanência de touros junto às fêmeas, sem interferência humana. As 
vantagens incluem o menor risco de perda de cio e requer menos mão-de-obra e 
instalações. Porém as desvantagens incluem: 
 Torna difícil saber qual foi o dia de cobertura; 
 Dificulta a identificação da paternidade, quando mais de um touro está no lote; 
 Diminui a vida útil do touro pelo desgaste das sucessivas montas; 
 Aumenta a possibilidade de acidente com o touro; 
 Favorece a transmissão de agentes de doenças da reprodução, como: viroses, 
tricomonose e campilobacteriose; 
41 
 
 Requer aquisição regular de touros, os quais servem aproximadamente 20 a 30 
vacas por ano cada um. 
 → Pode ocorrer de duas dormas: 
b) Contínuo: ou seja, durante o ano todo; 
c) Sazonal: uso de estação de monta para cobrir as fêmeas em gado de leite, 
concentrando a época de parto no início da seca, quando há suplementação 
alimentar e são maiores os preços pagos ao produtor. 
 → Na monta natural controlada ou dirigida o touro é mantido afastado e separado das 
fêmeas até que elas manifestem cio. Quando então estas são levadas para junto do 
macho, para acompanhamento da cobrição. 
→ As vantagens da monta natural controlada incluem: 
1) Facilita a anotação do dia de cobertura; 
2) Aumenta a vida útil do touro, pois as coberturas são dirigidas; 
3) Diminui a possibilidade de acidente com o touro; 
4) Possibilita o controle de reprodução, com a programação das coberturas e 
parições, e maior identificação de problemas reprodutivos; 
5) Possibilita melhor aproveitamento do touro que serve aproximadamente 100 
vacas por ano. 
→ As desvantagens da monta natural controlada são: 
o Aumenta custos com mão de obra; 
o Maior risco de perdas de cios; 
o Requer maiores gastos com instalações. 
→ Deve-se haver um manejo de touros: 
 Baia individual (9,0 m2 ); 
 Piquete individual (200 m2 ) 
 Avaliação andrológica 
 Nutrição – 3% do Peso corporal de matéria seca + 0,5 kg concentrado /100 kg 
de PV (16% PB). 
→ A inseminação artificial é a técnica em que o sêmen do touro é introduzido, pelo 
homem, no útero da vaca ou novilha em cio sem o contato direto com o touro. O 
sêmen descongelado é depositado no aparelho reprodutivo da fêmeas para que

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