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Direito da Seguridade Social – Aula 10 [2017]

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DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL 
AULA 10 
Benefícios por incapacidade 
Prof. Thiago Martinelli Veiga 
 
INCAPACIDADE LABORAL 
INCAPACIDADE LABORAL 
Falta de condições físicas ou psíquicas para o 
exercício de atividade laborativa que possa garantir 
a subsistência do segurado. 
X 
INCAPACIDADE CIVIL 
Falta de discernimento para compreender as 
particularidades e consequências dos atos da vida 
civil ou impossibilidade de expressar a vontade. 
ALERTA! 
INCAPACIDADE 
 
DOENÇA 
INCAPACIDADE LABORAL 
Classificações: 
Temporária x Permanente 
Total x Parcial 
INCAPACIDADE TEMPORÁRIA 
Perda da capacidade laboral 
COM perspectiva de 
recuperação desta capacidade 
 
Incapacidade provocada, em geral, por: 
Doenças curáveis 
Lesões recuperáveis 
Sintomas controláveis 
INCAPACIDADE PERMANENTE 
Perda da capacidade laboral 
SEM perspectiva de 
recuperação desta capacidade 
 
Incapacidade provocada, em geral, por: 
Lesões irreversíveis 
Sintomas sem possibilidade de amenização 
INCAPACIDADE TOTAL 
Incapacidade multiprofissional que 
torna o segurado insuscetível de 
reabilitação profissional. 
 
De acordo com este conceito, está incapacitado de 
forma total, todo o segurado que tiver perdido as 
condições físicas e/ou psíquicas para o seu trabalho 
habitual e não possa ser reabilitado para exercer outra 
atividade que, razoavelmente, poderia exercer. 
INCAPACIDADE PARCIAL 
Incapacidade para a atividade 
habitual do segurado, que não 
impede a reabilitação profissional. 
 
Em outros termos, o segurado não pode mais 
exercer a atividade que lhe garantia a 
subsistência, mas pode ser capacitado para 
exercer outra atividade. 
INCAPACIDADE SOCIAL 
Soma de condições de saúde (incapacidade 
parcial) e condições sociais que conduzem à 
incapacidade material de integração no 
mercado de trabalho. Dificuldade prática para 
realizar atividades que garantam a 
subsistência do segurado. 
 
Exemplo: pessoa idosa e do meio rural que se vê 
incapacitada para as atividades do campo. As suas chances 
de integração no mercado de trabalho urbano são mínimas, 
assim, diz-se que possui incapacidade laboral social. 
Exemplo: pessoa que possui o vírus HIV e, em razão do 
preconceito, tem dificuldade para se integrar no mercado de 
trabalho. 
REDUÇÃO DA CAPACIDADE LABORAL 
Condição caracterizada pela existência de 
sequelas provocadas por acidente, as quais 
exijam do segurado maior esforço para 
realizar sua atividade laboral ou impeçam 
a realização desta atividade, mas não 
impossibilitem o exercício de outras. 
 
Obs. A atividade a que se refere o conceito, é a atividade 
exercida pelo segurado na época do acidente. 
INCAPACIDADE PARCIAL 
X 
REDUÇÃO DA CAPACIDADE LABORAL 
Atenção! 
 
O segurado que tem redução da capacidade 
laboral pode continuar a exercer a atividade 
que lhe garantia a subsistência antes do 
acidente. Na situação de incapacidade parcial, 
pelo contrário, ele não tem condições de 
realizar a atividade que lhe dava o sustento. 
PREEXISTÊNCIA 
Incapacidade preexistente é aquela que se 
desenvolveu antes de o indivíduo adquirir a 
qualidade de segurado ou de retomá-la em caso de 
perda. 
 
Quando a incapacidade é preexistente, 
não há direito ao benefício. 
 
Obs. Não confundir incapacidade pré-existente com doença pré-
existente. 
REQUISITOS 
Auxílio-doença 
Aposentadoria por 
invalidez 
Incapacidade temporária 
(por mais de 15 dias, se 
empregado) 
+ 
Carência de 12 contribuições 
Exceto se a incapacidade decorrer 
de acidente, doença profissional, 
do trabalho ou grave. 
Incapacidade total e permanente 
(por mais de 15 dias se originária e de 
empregado) 
+ 
Carência de 12 contribuições 
Exceto se a incapacidade decorrer 
de acidente, doença profissional, 
do trabalho ou grave. 
Auxílio-acidente 
Reabilitação 
profissional 
Redução da capacidade laboral 
provocada por acidente de 
qualquer natureza ou doença 
profissional ou do trabalho. 
(sem carência) 
Incapacidade parcial e 
permanente. 
(sem carência) 
PRECARIEDADE DOS BENEFÍCIOS 
O auxílio-doença e aposentadoria por invalidez 
são benefícios precários, ou seja, PODEM SER 
CANCELADOS pela autarquia em razão da 
verificação de que o requisito da incapacidade não 
existe mais. 
 
Para fazer esta verificação, o INSS pode chamar o segurado em 
gozo de benefício para novas avaliações. De acordo com o 
regulamento, a periodicidade destas reavaliações é bienal até 
que o segurado complete 60 anos. Após esta idade ele só pode 
ser convocado em caso de suspeita de fraude ou comprovação de 
que retornou ao trabalho. 
EFEITOS PARA O CONTRATO DE TRABALHO 
O Auxílio-doença e a Aposentadoria por invalidez 
suspendem o contrato de trabalho, porém, só 
podem cessar os benefícios contratuais que tem 
como “fato gerador” o exercício do trabalho 
(salário, depósito do FGTS, comissões, 
verbas indenizatórias, etc.) 
 
Em razão de haver suspensão e não interrupção, 
caso o trabalhador retome a capacidade para o 
trabalho, mesmo após cinco anos, terá direito de 
retornar ao emprego, facultado, porém, ao 
empregador, indenizá-lo na forma da lei 
(súmula 160, TST) 
DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO (DIB) 
Auxílio-doença 
 
Segurado Empregado 
O auxílio-doença é devido após o 15º dia de afastamento do trabalho, 
caso ele requeira o benefício em até 30 dias contados da data do 
afastamento do trabalho. Caso contrário, a DIB será a data do 
requerimento. 
 
Demais segurados 
O auxílio-doença é devido a partir da data de afastamento do trabalho, 
caso ele requeira o benefício em até 30 dias contados desta data. Caso 
contrário, a DIB será a data do requerimento. 
 
Aposentadoria por invalidez 
 
A aposentadoria por invalidez, quando originária, segue as mesmas 
regras do auxílio-doença. Quando precedida de auxílio-doença, sua DIB 
será o dia subsequente à cessação deste benefício. 
 
AUXÍLIO-DOENÇA 
CLASSIFICAÇÃO DO AUXÍLIO-DOENÇA 
Auxílio-doença PREVIDENCIÁRIO (B-31) 
Não possui relação direta com acidentes do trabalho 
ou doença profissional. 
 
Auxílio-doença ACIDENTÁRIO (B-91) 
Relacionado a acidente de trabalho, doença 
profissional ou doença do trabalho. 
 
Obs. Ações relacionadas ao B91 devem ser ajuizadas 
perante a Justiça Estadual! 
AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO (B-91) 
A classificação do auxílio-doença como 
acidentário garante: 
 
Isenção de carência 
Garantia do emprego (12 meses) 
Recolhimento do depósito do FGTS no período 
 
 
Obs. O empregado doméstico passou a ter direito ao auxílio-
doença B-91 com a alteração do artigo 19 da Lei nº. 8.213/91 
pela LC nº. 150/15. 
LIMITES DE PRORROGAÇÃO 
 
O auxílio-doença no RGPS não tem prazo limite, 
razão pela qual pode ser prorrogado infinitas vezes. 
 
Já no RPPS, a licença para tratamento de saúde tem 
prazo limite de dois anos, ao fim dos quais o servidor 
deve retornar ao trabalho, ser readaptado ou 
aposentado por invalidez. 
MÚLTIPLOS VÍNCULOS (PROFISSÕES DISTINTAS) 
Caso o segurado que possui mais de um 
vínculo correspondente a mais de uma 
profissão, ficar incapacitado para apenas uma 
das atividades, receberá o auxílio-doença 
apenas em relação àquela e poderá continuar 
trabalhando nas outras. 
Obs. Isto não é possível na ap. invalidez! 
RETOMADA DA QUALIDADE DE SEGURADO 
Art. 27-A, Lei nº. 8.213/91 - No caso de perda da 
qualidade de segurado, para efeito de carência para 
a concessão dos benefícios de que trata esta Lei, osegurado deverá contar, a partir da nova filiação à 
Previdência Social, com metade dos períodos 
previstos nos incisos I e III do caput do art. 25 
desta Lei. 
(12 meses para o auxílio-doença e 10 meses para o salário-maternidade) 
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ 
VEDAÇÃO DO LABOR PÓS-CONCESSÃO 
O segurado em gozo de auxílio-doença ou 
aposentadoria por invalidez fica 
IMPEDIDO DE TRABALHAR, haja 
vista que o benefício existe justamente 
para substituir a renda de quem não tem 
condições para exercer sua atividade 
profissional 
ADICIONAL DE 25% 
Aquele que tiver em gozo de aposentadoria por 
invalidez e necessitar do auxílio permanente de 
terceiros para realizar as tarefas básicas do dia-a-
dia terá direito a um adicional de 25% do valor do 
benefício. 
 
Importante: Este adicional não respeita o teto. 
 
Esta condição deve ser verificada pelo perito do INSS quando 
da concessão da aposentadoria por invalidez, no entanto, pode 
ser objeto de um pedido específico. 
SITUAÇÕES QUE PRESUMEM A NECESSIDADE 
DO AUXÍLIO DE TERCEIROS 
De acordo com o Decreto nº. 3048/99: 
 
1 - Cegueira total. 
2 - Perda de nove dedos das mãos ou superior a esta. 
3 - Paralisia dos dois membros superiores ou inferiores. 
4 - Perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for impossível. 
5 - Perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível. 
6 - Perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for impossível. 
7 - Alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e 
social. 
8 - Doença que exija permanência contínua no leito. 
9 - Incapacidade permanente para as atividades da vida diária. 
 
Obs. O rol não deve ser encarado como taxativo, devendo haver perícia 
média (e social) para avaliar a existência da necessidade do auxílio de 
terceiros em situações não listadas! 
CANCELAMENTO DO BENEFÍCIO 
Imediato Gradativo 
Antes dos 5 anos 
 
Volta voluntária ao trabalho 
 
Fraude 
Após os 5 anos quando o 
INSS constate a retomada 
(total ou parcial) da capacidade 
de trabalho. 
 
Como ocorre: 
 
O INSS pagará o benefício 
por 18 meses da seguinte 
forma: 
6 meses = 100% 
6 meses = 50% 
6 meses = 25% 
AUXÍLIO-ACIDENTE 
REQUISITOS 
A concessão do auxílio-acidente exige que o 
segurado tenha sofrido um acidente de 
qualquer natureza e que, em razão disso 
tenha tido redução da sua capacidade 
laborativa. 
 
 
Em regra, a concessão do auxílio-acidente ocorre após a 
cessação do auxílio-doença, mas é possível a concessão 
direta. 
 
Segundo a lei, só pode ser pago para os segurados 
empregados, empregados domésticos, avulsos e especiais 
CUMULAÇÕES 
O auxílio-acidente pode ser pago enquanto o 
segurado trabalha, podendo, portanto ser 
cumulado com o salário ou outras formas de 
renda. 
 
Também pode ser cumulado com qualquer 
benefício previdenciário, exceto as 
aposentadorias. 
INCLUSÃO NO SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO 
Art. 31, Lei nº. 8.213/91 
O valor mensal do auxílio-acidente integra o 
salário-de-contribuição, para fins de cálculo do 
salário-de-benefício de qualquer aposentadoria. 
 
 
Obs. É este o motivo que se alega para a atual 
impossibilidade de cumulação do auxílio-acidente com a 
aposentadoria. 
REABILITAÇÃO PROFISSIONAL 
BENEFICIÁRIOS 
Segurados 
 
Dependentes do segurado 
(quando o INSS tiver condições de prestar o serviço) 
 
Excepcionalmente, pessoas com 
deficiência não vinculadas ao RGPS 
HABILITAÇÃO PROFISSIONAL 
A reabilitação profissional abrange o 
processo de habilitação profissional para 
os dependentes do segurado e para 
pessoas com deficiência. 
 
A habilitação consiste na capacitação 
candidato para o exercício da primeira 
profissão. 
ETAPAS 
1. Entrevista inicial: Avaliação médica e do potencial 
laborativo. 
2. Reabilitação efetiva: 
 Atendimento e/ou avaliação nas áreas de fisioterapia, 
terapia ocupacional, psicologia e fonoaudiologia. 
 Atendimento, preparação e treinamento para uso de 
prótese. 
 Melhoria da escolaridade, com alfabetização e elevação do 
grau de escolaridade. 
 Treinamento profissional prático. 
 Cursos de capacitação e profissionalização com vistas ao 
reingresso no mercado de trabalho. 
 Estágios curriculares e extracurriculares para alunos em 
graduação. 
3. Conclusão (entrevista e exame finais) 
4. Acompanhamento e pesquisa da fixação no mercado de 
trabalho. 
OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS 
 Órteses (completam funcionalidades); 
 Próteses (substituem membros); 
 Auxílio-transporte para a locomoção necessária ao processo 
de reabilitação; 
 Auxílio-alimentação para o segurado que passa o dia em 
reabilitação; 
 Diárias (um valor fixo para o segurado em reabilitação fora 
de sua cidade ou o pagamento das despesas de hospedagem); 
 Materiais indispensáveis para o desenvolvimento da 
formação ou do treinamento profissional (EPI, uniforme, 
instrumentos, etc.); 
 Instrumentos de trabalho imprescindíveis ao exercício da 
atividade laborativa para a qual está sendo direcionada a 
reabilitação. 
CONCLUSÃO DO SERVIÇO 
POSITIVA (capacidade): O INSS emitirá 
certificado individual, indicando as atividades 
que poderão ser exercidas pelo beneficiário, nada 
impedindo que este exerça outra atividade para a 
qual se capacitar. 
 
NEGATIVA (incapacidade): O INSS deverá 
conceder a Aposentadoria por Invalidez. 
PROCESSO DE CONCESSÃO 
PEDIDO ÚNICO 
Não há um pedido específico para o 
auxílio-doença ou para a aposentadoria 
por invalidez no INSS. Há somente 
pedido de benefício por incapacidade 
 
O segurado marca uma perícia, o que 
vale para todos os benefícios por 
incapacidade 
PRORROGAÇÃO E RECONSIDERAÇÃO 
PRORROGAÇÃO 
pedido de continuidade do benefício. Deve ser 
feito nos últimos 15 dias anteriores ao término 
do período indicado pela perícia. 
 
RECONSIDERAÇÃO 
pedido de revisão da perícia médica ou da alta. 
Deve ser feito no prazo de 30 dias após a 
negativa da perícia ou da cessação do benefício. 
PROCESSO DE CONCESSÃO 
Perícia 
Negativa 
Positiva 
Reconsideração 
Concede e fixa 
prazo 
Últimos 15 dias antes do fim do 
prazo 
Prorrogação 
Perícia Negativa 
Recurso

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