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VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS FÁRMACOS FUNDAÇÃO EDUCACIONAL JAYME DE ALTAVILA-FEJAL Prof. Dr. Francisco Feliciano da Silva Júnior Terapêutica Veterinária VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS FÁRMACOS Enteral: efeito sistêmico (não-local); recebe-se a substância via trato digestivo Parenteral: efeito sistêmico; recebe-se a substância por outra forma que não pelo trato digestivo ADMINISTRAÇÃO ENTERAL: a) Oral Formas farmacêuticas: Comprimidos, cápsulas, drágeas, suspensões, emulsões, elixires, xaropes e soluções Métodos de administração: Deglutição e sondagem gástrica. Administração Enteral – Oral: Via mais comum Comodidade de aplicação Menor custo de preparação Absorção - Basicamente pelo estômago e duodeno Sujeita a vários fatores que podem interferir na absorção do fármaco: - Inativados pelo sucos digestivos - Formam complexos insolúveis com alimentos - Sofrem metabolismo de primeira passagem (primeira passagem pelo fígado limita a ação de muitas drogas) - São muito irritantes a mucosa digestiva - Não deve ser usado quando há êmese ou dificuldade de deglutição - Sabor e odor desagradável dificultam a deglutição Administração Enteral: b) Sublingual Absorção rápida de pequenas doses devido a rico suprimento sanguíneo e à pouca espessura da mucosa absortiva Passa diretamente para a circulação sistêmica evitando o efeito de primeira passagem pelo intestino e fígado Administração Enteral c) Retal Formas farmacêuticas: soluções, suspensões e supositórios Métodos de administração: aplicações e enemas Administração Enteral – Retal Protege fármacos suscetíveis das inativações gastrintestinais e hepáticas, pois 50% do fluxo venoso retal têm acesso à circulação porta. Indicação em casos de intolerância gástrica ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL: Usada para administração de fármacos que sofrem alterações importantes no trato gastrintestinal ou de difícil absorção. Possibilita melhor controle das dosagens administradas a) Diretas Formas farmacêuticas: Soluções aquosas puras Métodos de administração: Injeção intermitente Injeções em bolo Infusão contínua 1. VIA INTRAVASCULAR Administração Parenteral: Intravascular (Intravenosa / Intraarterial) Vantagens Efeito imediato e níveis plasmáticos previsíveis. 100% de biodisponibilidade Indicação em emergências médicas e em presença de baixo fluxo sanguíneo periférico (choque) Infusão de substâncias irritantes por outras vias ou de grandes volumes Desvantagens Impossibilidade de manobras de remoção da droga Contaminação por microorganismos (infecção) Reações adversas por altas concentrações infundidas no paciente (flebite, trombose) Necessidade de assepsia e pessoa treinada Maior custo de preparação Formas farmacêuticas: Soluções aquosas, oleosas e suspensões Métodos de administração: Injeção profunda, para que ultrapasse a pele e o tecido subcutâneo. 2. VIA INTRAMUSCULAR Locais de aplicação: Administração Parenteral – Intramuscular Vantagens É mais segura que a intravenosa A absorção depende do fluxo sanguíneo local e o grupo muscular utilizado Liberação mais lenta que a administração intravascular Alguns fármacos fazem depósito no músculo promovendo plasmático - terapêuticas prolongadas Desvantagens Efeitos adversos locais: dor, desconforto, dano celular, hematoma, abscessos estéreis ou sépticos e reações alérgicas Emprego de pequenas quantidades de fármaco Propicia efeito inicial mais lento Formas farmacêuticas: Soluções, suspensões Métodos de administração: Usar agulha de bisel curto. Injetar de 0,5 a 2 mL. Similaridade com a administração intramuscular, com diminuição dos riscos da administração intravascular 3.VIA SUBCUTÂNEA Locais de aplicação: Emprego de pequenas quantidades de fármaco Propicia efeito inicial mais lento Formas farmacêuticas: Soluções Métodos de administração: Injeção ou raspado da epiderme 4.VIA INTRADÉRMICA Utilizado para testes diagnósticos e vacinação Espaço subaracnóide e ventrículos cerebrais. Utilizada para fármacos que não atravessam a barreira hemato-encefálica. - Via subaracnoidiana é empregada em raquianestesia Injeta-se fármaco no interior da cápsula articular. 5.VIA INTRATECAL Requer técnica especializada, não é isenta de riscos 6.VIA INTRA-ARTICULAR b) Indiretas Efeitos tópicos Pode produzir efeitos sistêmicos A absorção depende de área de exposição, difusão do fármaco na derme (alta liposolubilidade), temperatura e estado de hidratação da pele. 1.VIA CUTÂNEA Formas farmacêuticas: Soluções, cremes, pomadas, óleos, loções, unguentos, geléias e adesivos sólidos (absorção transcutânea e efeitos sistêmicos). Métodos de administração: Aplicação, fricção e banhos Ricamente vascularizada, fácil absorção de princípios ativos. Têm ação local e quando captados pela corrente sangüínea, sistêmica. Formas farmacêuticas: Cremes, pomadas, géis, soluções, suspensões, tinturas.... Métodos de administração: Aplicação, irrigação, instilação e aerossol 2.VIA MUCOSA Vantagens Desde a mucosa nasal até os alvéolos. Pode ser usada para efeitos locais ou sistêmicos (anestésicos inalatórios). Administração de pequenas doses com rápida ação e poucos efeitos adversos sistêmicos. Desvantagens Pode levar a irritação da mucosa. Pode ocorrer perda de efeito por deposição de partículas inaladas na via aérea superior ou impedimento da progressão ao trato respiratório inferior devido à secreções. 3.VIA RESPIRATÓRIA Métodos de administração: Inalação, sob a forma de gás ou em pequenas partículas líquidas ou sólidas, geradas por nebulização ou aerossóis. Os gases são absorvidos nos alvéolos e os demais se depositam ao longo da via. Utilizada para efeitos locais. Formas farmacêuticas: Cremes, pomadas, geléias, soluções, comprimidos, óvulos vaginais. Métodos de administração: Aplicação, instilação 4.VIA CONJUNTIVAL E GENITURINÁRIA
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