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“RESÍDUOS DE AFLATOXINAS EM PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL: UM PROBLEMA ECONÔMICO E DE SAÚDE PÚBLICA.” Gabriela Martins Reis1, Benedito Corrêa2, Péricles Macedo Fernades3 1- Bióloga, Mestre em Ciências na área de concentração de Microbiologia pelo Laboratório de Micotoxinas do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. gmartinsreis@yahoo.com.br 2- Biomédico, Professor Titular, livre-docente do departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. correabe@usp.br 3- Farmacêutico Industrial, Fiscal Federal Agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (Orientador) pericles.fernandes@agricultura.gov.br Resumo Cada vez mais o Brasil tem se preocupado com a qualidade sanitária dos alimentos devido, entre outras coisas, às barreiras internacionais impostas na comercialização dos produtos de origem animal e à problemas sérios de saúde pública. Para a garantia da competição dos produtos brasileiros no mercado globalizado esforços devem ser feitos por parte dos produtores, indústrias e governo para aumentar a segurança sanitária dos produtos brasileiros, aumentando assim a competitividade desses produtos, bem como a segurança alimentar da população brasileira. Dessa forma, o presente artigo teve como objetivo levantar um panorama geral da importância do controle de resíduos de micotoxinas, especificamente das aflatoxinas, nesse produtos, enfatizando a extrema necessidade da prevenção e do controle das aflatoxinas nos grãos e rações com destino à alimentação animal, visando a minimização dos prejuízos causados pelos resíduos dessas toxinas nos produtos de origem animal para consumo humano. A metodologia se deu através da pesquisa retrospectiva da literatura em bancos de dados de publicações científicas. Os resultados incluem descrição de pesquisas realizadas em todo o mundo sobre presença de aflatoxinas nos produtos de origem animal, bem como a descrição de legislações que controlam os limites deste resíduo nestes produtos. Palavras chave: micotoxinas, aflatoxinas, carnes, leite, ovos, ração, grãos. Abstract Each time more Brazil has been concerned about the food sanitary quality due to, among other things, the international backstops enforced in originated from animal products commerce and due to several serious issues of public health as well. To ensure the Brazilian products competition in this globalized market, the producers, industry and government must rise to improve the Brazilian products sanitary safety, increasing those products competitiveness and the feed safety of Brazilian population. The present article aimed to raise a general overview of the importance of mycotoxins residues control, specially aflatoxin residues, in those products, emphasizing the extreme necessity of prevention and control of aflatoxins presence in grains and ration dedicated for animal feeding, aiming the detriment minimization caused by those residual toxins in the originated from animal products for human consume. The methodology includes a retrospective research of the literature in scientific publications data banks. The results cover the description of researches performed around the world about aflatoxins presence in originated from animal products, as well as the description of legislations which control the limits of aflatoxins residues in these products. Key words: mycotoxins, aflatoxins, meats, milk, eggs, ration, grains. Introdução Tem-se buscado, cada vez mais, investigar as dietas dos animais com relação a qualidade sanitária, visando o aumento na produtividade e melhoria na qualidade de vida da população. Nesse sentido, pesquisas vem sendo desenvolvidas com propósitos de estudar os principais microrganismos e a formação de micotoxinas, muitos dos quais se desenvolvem nas forragens e grãos e, conseqüentemente, prejudicam o desempenho animal, afetam a qualidade de seus derivados e por fim trazem sérios prejuízos econômicos. No Brasil, embora sabidamente as micotoxinas sejam responsáveis por expressivos prejuízos na produção de grãos, praticamente não existem estimativas das perdas econômicas associadas as micotoxinas. Mesmo em países com alta tecnologia para produção e armazenagem de grãos, as perdas por presença de micotoxinas são elevadas (JOBIM et al., 2001). O termo micotoxina é originado da palavra grega “mykes”, que significa fungo; e do latim “toxicum”, que significa veneno ou toxina (GOLDBLATT, 1972; BULLERMAN, 1979).O estudo das micotoxinas ganhou maior atenção a partir da descoberta das aflatoxinas na Inglaterra, em 1960. Vários relatos colocam as micotoxinas como responsáveis por surtos que ocorreram em várias fases da história. As micotoxicoses foram confundidas diversas vezes com pragas, envenenamentos e epilepsias. As micotoxinas são compostos policetônicos resultantes de reações de condensação que se produzem quando, sob determinadas condições físicas, químicas e biológicas, se interrompe a redução dos grupos cetônicos na biossíntese dos ácidos graxos realizada pelos bolores. Estes ácidos graxos são metabólitos primários utilizados pelos bolores como fonte de energia. As micotoxinas formam-se habitualmente no final da fase exponencial ou no início da fase estacionária do crescimento dos bolores toxigênicos (GIMENO e MARTINS, 2003). Estas micotoxinas mantêm sua atividade biológica por um longo período, podendo causar as micotoxicoses (JAY, 1994); e quando associadas aos alimentos e ração animal são ingeridas, causando graves efeitos sobre a saúde humana e animal (SANTURIO, 2000); acarretando efeitos tóxicos agudos ou crônicos, dependendo do sistema teste, dosagem e freqüência da exposição (JAY, 1994). Segundo Miller (1994), a exposição crônica às micotoxinas através da dieta, ou seja, a ingestão de pequenas doses por um longo período, apresenta efeitos mais significativos que as exposições agudas, sendo diretos e substanciais na saúde humana. As micotoxinas tem 100 vezes mais potencial carcinogênico relativo do que outras categorias de substâncias da dieta, como pesticidas, aditivos ou condimentos (MILLER, 1994). Tanto o homem quanto os animais podem apresentar diferenças na susceptibilidade às micotoxinas inerentes de fatores como genética (espécie, raça, linhagem), fisiológicos (idade, nutrição, condição imunológica) e ambientais (climáticas e de manejo) (SMITH e ROSS, 1991). Existem centenas de micotoxinas detectadas produzidas por pelo menos 350 espécies de fungos (SABINO, 2004), porém, as mais estudadas e comumente encontradas em alimentos são as de 3 grandes grupos: 1- aflatoxinas e ácido ciclopiazônico, produzidas principalmente, por Aspergillus spp.; 2- fusariotoxinas, representadas pela zearalenona, fumonisinas, moniliforminas e tricotecenos, produzidas por Fusarium spp.; 3- ocratoxinas, produzidas por Aspergillus alutaceus (A. ochraceus) e várias espécies do gênero Penicillium (CLEVSTROM, 1986). As aflatoxinas são essencialmente produzidas por Aspergillus flavus, Aspergillus parasiticus e Aspergillus nomius. O Aspergillus é um fungo que pertence sobretudo à flora de armazenagem. Geralmente, a temperatura mínima necessária para o seu desenvolvimento e produção de micotoxinas é 10 - 12º C. A atividade de água (aw) mínima necessária para o início do desenvolvimento e conseqüente produção de micotoxinas é de 0,75 e de 0,83, respectivamente. O Aspergillus cresce e pode produzir aflatoxinas de forma ótima a 25º C, com uma atividade de água de 0,95. (HESSELTINE, 1976). As aflatoxinas são metabólitos extremamente tóxicos para humanos e animais. Sua estrutura policíclica deriva de um núcleo cumarínico(OGA, 1996), ligado a um sistema reativo bifurânico de um lado, e do outro a uma pentanona (característica da série B) ou uma lactona de seis membros (característica da série G). Atualmente se conhecem 18 compostos denominados aflatoxinas sendo as mais comuns as aflatoxinas B1, B2, G1 e G2, conforme a fluorescência que emitem quando expostos à luz ultravioleta (B= Blue e G= Green) (SHARMA, 1991). Outras aflatoxinas, como M1, M2, P1, Q1 e aflatoxicol, ocorrem como produtos do metabolismo fúngico ou da biotransformação hepática (YANNIKOURIS e JUANY, 2002). Pelo menos 23 reações enzimáticas estão envolvidas na formação da aflatoxina. Não menos que 15 intermediários da aflatoxina estruturalmente definidos foram identificados na via biossintética da aflatoxina (GUO et al., 2008). Todas as aflatoxinas têm efeito carcinogênico (LEGATOR, 1966), sendo que a aflatoxina B1 (AFB1) é considerada a mais tóxica do grupo, seguida das aflatoxinas G1, B2 e G2 (ZERINGUE et al., 1993), sendo também a mais comumente encontrada nos alimentos contaminados por aflatoxinas. A aflatoxina B1 é uma das substâncias mais tóxicas de ocorrência natural registradas até hoje. As aflatoxinas foram classificadas na classe 1 dos carcinógenos humanos pela International Agency for Research on Cancer (IARC, 1993). Mesmo antes da Era Cristã, os alimentos já eram submetidos a legislações e inspeções. Essas legislações foram evoluindo até o início do século XX, quando se adotou-se uma legislação oficial, com o propósito de controlar a qualidade e proteger o consumidor, sendo incluído então, regulamentos para contaminantes (SABINO, 2004). No Brasil, o Ministério da Saúde através da Resolução RDC 274, ANVISA, 15/10/02 (BRASIL, 2002) e o Ministério da Agricultura com a Portaria MAARA nº183, 21/03/96 estabeleceram o limite de 20 µg/kg para aflatoxinas B1 + B2 + G1 + G2 nos alimentos para consumo humano (BRASIL, 1996). A AFB1 é absorvida via trato gastrointestinal, dentro do sistema portal sanguíneo e é transportada para o fígado onde se processa a sua metabolização. Uma fração da aflatoxina é ativada e fixada nos tecidos hepáticos. Alguns metabolitos conjugados da AFB1 hidrossolúveis são excretados por via da bílis, através das fezes. Outras formas conjugadas hidrossolúveis, produtos de degradação da AFB1 e respectivos metabolitos não conjugados são excretados no sistema circulatório sanguíneo distribuindo-se por via sistêmica e passando eventualmente para o leite, ovos, músculos e tecidos comestíveis (DENNIS e HSIEH, 1981). Objetivo Rações contaminadas por aflatoxinas, além de reduzir o desempenho e afetar o estado geral da saúde do animal, constituem um risco para saúde pública, uma vez que produtos animais contendo resíduos de aflatoxinas ou de seus metabólitos, podem ser consumidos por pessoas com possíveis danos a saúde (FERNÁNDEZ et al., 1994). Dessa forma, julgamos fundamental e propomos aqui, uma revisão dos impactos causados pela qualidade sanitária, com ênfase no riscos da presença de resíduos de aflatoxinas nos produtos de origem animal visando a sensibilização da população e das autoridades sanitárias quanto à importância do controle dos alimentos fornecidos aos animais e do controle destes resíduos nos produtos de origem animal destinados à alimentação humana. Materiais e Métodos A presente pesquisa consiste em um estudo descritivo baseado em revisão retrospectiva da literatura. Os trabalhos foram coletados a partir das publicações sobre resíduos de aflatoxinas em produtos de origem animal em revistas científicas, anais de congressos, livros e capítulos de livros, sites especializados, teses e dissertações divulgadas no país ou internacionalmente. O período da pesquisa foi de setembro de 2009 a fevereiro de 2010, porém, são incluídas também neste trabalho publicações de datas muito anteriores. As palavras-chave utilizadas para o levantamento das publicações foram: micotoxinas, aflatoxinas, carnes, leite, ovos, ração, grãos. Resultados “Resíduo” é qualquer composto presente no alimento resultante da metabolização ou degradação de uma substância que represente perigo à segurança alimentar em função de níveis acima dos limites máximos recomendados (LMR). O LMR é definido como a concentração máxima (expressa em mg/kg; µg/kg, ng/Kg; mg/L; µg/L ou ng/L) que se permita legalmente ou que se reconheça como admissível em um alimento (ANVISA, 2003). Cada vez mais têm-se procurado a garantia e satisfação das exigências em segurança alimentar. Assim, há uma grande demanda para pesquisas e monitoramento da presença de resíduos contaminantes em produtos de origem animal. As micotoxinas presentes nos alimentos podem ser carregadas para o soro, fígado, rins, tecidos, leite e ovos (SYPECKA et al., 2004; GOYARTS et al., 2007; TANGNI et al., 2009). A Tabela 1 demonstra quantos trabalhos foram recuperados durante a busca nos bancos de dados e utilizados na descrição dos resultados deste trabalho. Resíduos de aflatoxinas em ovos Os efeitos das aflatoxinas atingem todas as espécies de aves. Apesar de necessitar de altos níveis de aflatoxinas para causar mortalidade, baixos níveis podem ser prejudiciais se o animal é continuamente alimentado (ALY e ANWER, 2009). Como uma regra geral, aves em crescimento não deveriam receber mais de 20 µg/Kg de aflatoxina na dieta. Entretanto, alimentação contendo menos de 20 µg/Kg ainda sim pode reduzir a resistência à doenças, diminuir sua tolerância ao estresse e contusões e, nesses casos, geralmente as aves são desperdiçadas. Galinhas poedeiras geralmente podem tolerar níveis mais altos que animais novos, mas os níveis devem ser menores que 50 µg/Kg (JONES et al., 1994; YALING et al., 2008; ALY e ANWER, 2009). A contaminação por aflatoxina pode reduzir a habilidade dos animais jovens de resistir ao estresse através na inibição do sistema imune. Este mal-funcionamento pode reduzir o tamanho dos ovos e possivelmente diminuir a produção (ALY e ANWER, 2009). A transferência da aflatoxina B1, e de alguns de seus metabólitos, do alimento para dentro do ovo ocorre rapidamente após início de seu consumo e os níveis desses resíduos rapidamente aumentam e atingem proporções que permanecem relativamente constante enquanto as galinhas continuam consumindo uma dieta contendo aflatoxina (WALZAK et al., 1985; ZAGHINI et al., 2001; ZAGHINI et al., 2005). Essas proporções podem ser expressas por n:1, onde n é a concentração de aflatoxina B1 no alimento necessária para recuperar uma unidade de concentração de resíduo de AFB1 e/ou seus metabólitos no produto comestível. No caso de galinhas poedeiras, estudo prévios reportaram proporções de 5000:1 (OLIVEIRA et al., 2000) a 66200:1 (WALZAK et al., 1985) e até 125.000:1 (LÖTZCH e LEISTNER, 1976), O trabalho realizado por Walzak et al. (1985) demonstrou que a produção de ovos por galinhas poedeiras diminui significantemente após a terceira semana de alimentação contaminada por aflatoxinas, atingindo 82% da produção do grupo controle e continua diminuindo até atingir 39% da produção, após ao quarto dia de retirada das aflatoxinas da dieta. O princípio e a magnitude da diminuição da produção de ovos, bem como o tempo necessário para a produção voltar ao normal após a retirada da aflatoxina na dieta, são influenciados pelo nível e duração da alimentação contendo aflatoxinas (HAMILTON e GARLICH, 1971). Huff et al. (1975) propuseram que a produção de ovos menores por galinhas alimentadas com aflatoxina pode ser também um mecanismo pelo qual a galinha compensa a diminuição de lipídios e proteínas no plasma. Ainda no trabalho de Walzak, et al. (1985),o peso médio dos ovos atingiram um mínimo de 53 g, o que corresponde a 88 % do peso médio dos ovos controles. A eclodibilidade de ovos férteis também é afetada com o consumo de ração contaminada por essa toxina (TRUCKSSES et al., 1983). Há poucas informações sobre a transferência de aflatoxinas e seus resíduos para ovos de codornas poedeiras japonesas. Bintvihok et al. (1993) observaram somente AFB1 em níveis abaixo de 0.01 mg.Kg-1 nos ovos após 84 dias de administração de ração contendo 50, 100 e 200 mg.Kg-1 de AFB1 e Oliveira et al. (2003) observaram 0.04, 0.03 e 0.03 mg.Kg -1, respectivamente, para grupos alimentados com 25, 50 e 100 mg.Kg-1 AFB1, valores sutilmente mais altos. O valor médio da taxa de conversão residual foi de 1875:1, enquanto que Abreu et al. (2008) encontraram a taxa de 402:1, valor bem inferior. Codornas japonesas apresentam uma menor capacidade de detoxificação de AFB1 e uma maior sensibilidade relativa à toxina quando comparada com galinha poedeiras (LEESON et al., 1995). Oliveira et al. (2002) alimentaram codornas japonesas com dietas contendo AFB1 por 168 dias e perceberam que níveis de exposição à AFB1 abaixo de 50 µg/Kg afetam adversamente a performance da codorna, especialmente quanto a ingestão de alimentos, peso dos ovos e a qualidade da casca dos ovos. No Brasil, a indústria de produção de ovos de codorna está concentrada na região sudeste, principalmente no estado de São Paulo, porém o impacto das aflatoxinas na performance da codorna e nos parâmetros de produção de ovos ainda não é muito bem conhecido, o que pode trazer sérios prejuízos econômicos ao Brasil (OGIDO et al., 2004). De acordo com a taxa média de conversão encontrada pode-se calcular aproximadamente quantos ovos seriam necessários para colocar em risco a saúde do homem. Utilizando-se o trabalho de Abreu et al. (2008) como referência e, aproximando-se a taxa de conversão de 402: 1 para 400: 1, encontrada, tem-se uma relação estabelecendo que para cada 400 µg/kg de contaminação por aflatoxinas na ração tem-se 1 µg/kg de aflatoxina residual no ovo. Supondo-se que as codornas fossem alimentadas com uma ração contaminada por 2000 µg/kg de aflatoxinas, seriam necessários apenas quatro ovos para que se atingisse o limite máximo permitido pela legislação vigente para alimentos para consumo humano que é de 20 µg/kg de aflatoxina B1. Acima desse limite a saúde do homem pode ser prejudicada (FONSECA, 2003). Os níveis de AFB1 utilizadas no trabalho de Oliveira et al. (2003) na ração experimental são médias de níveis naturalmente encontrados em grãos e cereais contaminados pela toxina no Brasil e em outros países (RODRIGUEZ-AMAYA, 2001). Oliveira et al. (2003) também encontraram resíduos de aflatoxina B2a e aflatoxicol, metabólitos da aflatoxina B1 que são transferidos para os ovos em uma menor proporção quando comparados com outros produtos de origem animal, como leite e fígado (PARK E POHLAND 1986). Nem sempre alimentação contendo aflatoxina irá afetar o tamanho e a produção de ovos significativamente, ainda sim, os resíduos de aflatoxinas poderão estar presentes após 60 dias de alimentação, como mostrou o trabalho de Aly e Anwer (2009). Os autores também demonstraram que o processamento térmico não é eficiente para detoxificação da aflatoxina em ovos, uma vez que mesmo após fervido os ovos contaminados por mais de 20 minutos as aflatoxinas estavam quase estáveis, com uma redução de apenas 0,2 a 1 %., fato também apontado por Soliman (2002). Vários tratamentos e estratégias dietéticas tem sido aplicadas visando a redução dos níveis de aflatoxinas em produtos contaminados. Os processos químicos utilizados para detoxificar esses produtos podem ser, basicamente, agrupados em 5 categorias de tratamentos: acido, oxidativo, bissulfeto, formaldeído e alcalino. Outras maneiras de detoxificação de AFB1 envolve a adição de adsorventes minerais e biológicos no alimento (PEMBERTON E SIMPSON, 1991; ZAGHINI et al., 2005). A presença do fungo e suas micotoxinas na ração das aves é difícil de ser evitada, particularmente nas regiões tropicais. Micotoxinas contaminam culturas antes das colheitas ou invadem os alimentos durante o processamento, transporte ou armazenamento (LIAU et al., 2007; YALING et al., 2008). A prevenção contra micotoxinas se dá, quase exclusivamente, no alimento consumido pelas aves, e a transferência de micotoxinas via ovo torna clara a necessidade da rastreabilidade das dietas das matrizes e poedeiras e também dos ovos oriundos dessas aves. O mercado utiliza os diferentes componentes do ovo para distintos propósitos (panificação, enriquecimento de produtos, entre outros) e desse modo, o monitoramento das concentrações de resíduos deve ser efetuado nas frações individuais dos ovos (clara e gema). Indústria e governo devem unir esforços para garantir a sustentabilidade da produção comercial de ovos visando o monitoramento de resíduos de aflatoxinas em ovos comerciais. Resíduos de aflatoxinas em leite Aflatoxinas M1 e M2 são metabólitos hidroxilados produzidos por animais lactantes que consumiram alimentos contaminados por aflatoxinas. .As AFB1 e AFB2 ingeridas são metabolizadas pelos animais em AFM1 e AFM2, respectivamente, com taxa de conversão estimada de 1-3% entre AFB1 e AFM1 (BARBIERI et al., 1994; ALI et al., 1999). Uma vaca consegue transformar a AFB1 em AFM1 no espaço de 6 a 24 horas após a ingestão do alimento contaminado e, inclusive nesse período de tempo podem aparecer resíduos de AFM1 no leite (GIMENO e MARTINS, 2003). Quando o consumo de AFB1 pára, os níveis de AFM1 no leite diminuem até se tornarem indetectáveis após 72 horas (VAN EGMOND, 1989). A AFM1 é resistente à inativação termal e não é destruída completamente pela pasteurização, autoclavação ou outros processos de tratamento de alimentos (SADEGHI et al.. 2009). The Internationa Agency for Research on Cancer reconsiderou a carcinogenicidade da AFM1 e trocou do grupo 2 para o grupo 1 de acordo com as recentes investigações (IARC, 2002). Alguns trabalhos sugerem que em vacas leiteiras Holstein que ingerem rações contendo 80, 86, 470, 557, 1493 e 1089 µg de AFB1/Kg são detectadas no leite 1,5; 0,245; 13,7; 4,7; 12,4 e 20,2 µg de AFM1/litro, respectivamente. Em vacas Brindle, quando a contaminação da ração é de 540 µg/Kg de AFB1, no leite o resíduo é em média de 0,92 µg/Kg de AFM1. Em outras raças de vacas quando os valores de contaminação na ração oscilam entre 64 e 1799 µg/Kg de AFB1, evidenciam resíduos de AFM1 no leite, entre 0,35 a 14,2 µg/Kg (RODRICKS e STOLOFF,1977; GIMENO e MARTINS, 2000a). Segundo Edds (1979), para uma ingestão de AFB1correspondente a 2-60 mg/vaca/dia, os resíduos de AFM1 no leite podem oscilar entre 1 e 50 µg/Kg. Desde a década de 80 muitos trabalhos visando investigar resíduos de aflatoxinas no leite e em seus derivados tem sido realizados na Europa Ocidental. Ouakinim e Martins (1982) investigando amostras de leite cru e leite UTH (ultra-pasteurizado) em Portugal encontraram níveis de 0,06 a 0,180 µg/Kg. Peitri et al. (1997), analisando amostras de queijo na Itália encontraram níveis de 0,005 a 0,2250 µg/Kg. Galvano et al. (2001) analisaram amostras de leite e pó para lactantes e iogurtes também na Itália e observaram níveis de AFM1 variando de 0,001 a 0,103 µg/Kg para o leite em pó e de 0,001 a 0,496 µg/Kg para os iogurtes. Jonker et al. (1999) investigaram amostras de leite na Holanda e encontraram níveis de 0,02 a 0,06 µg/Kg. Os mesmos autores também analisaram amostras francesas e italianas de leite e encontraram níveis de 0,05 a 0,25 µg/Kg. Outros estudos demonstram que nos países França, Itália, Alemanha, Holandae Portugal, os níveis de contaminação com AFM1, oscilaram entre 0,001 e 0,060 µg/Kg para o leite líquido comercial; 0,001 e 0,080 µg/Kg para o leite em pó; 0,001 e 0,098 µg/Kg para os iogurtes e 0,005-0,500 µg/Kg para os queijos (GIMENO e MARTINS, 2002; GIMENO e MARTINS, 2002a; MARTINS e MARTINS, 2004). Assim, o valor médio de contaminação do leite correspondente ao tipo da dieta européia observado foi de 0,023 µg/Kg (WHO, 2002). Em outras regiões também são freqüentes estudos em relação ao tema. Em seu trabalho, Herzallah (2009) analisou amostras de leite de vacas e ovelhas na Jordânia através de Cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e percebeu que as concentrações de M1 e M2 durante a primavera foram menores do que as do inverno. Este resultado poderia estar correlacionado com a qualidade doa alimentos que é dado aos animais em relação à quantidade de AFB1 e AFB2 nestes períodos. Motawee et al. (2009) analisaram amostras de leite de vacas, búfalos, cabras e camelos do Egito onde 51% das amostras foram negativas para AFM1 ou tinhas níveis abaixo de 10 ng/L, porém a maioria das amostras positivas tinham níveis entre 50 e 150 ng/L. Observaram que, os camelos que eram alimentados apenas através da pastagem livre obtiveram os mais baixos níveis de AFM1. As cabras que tinham metade de sua alimentação por pastagem e metade por ração ficou com a segunda menor taxa de AFM1. Já as vacas e búfalos que tinham toda a alimentação por ração tiveram as maiores taxas de AFM1 no leite. O mesmo estudo foi realizado por Rahimi et al. (2010) no Irã, incluindo leite de ovelhas, e os níveis médios de AFM1 nas amostras de leite variaram de 7,5 ng/L (em camelos) a 60,1 ng/L (em vacas). Esses trabalho evidenciam a importância do controle das aflatoxinas nas rações oferecidas aos animais. Ainda no Irã, Fallah (2010) analisou amostras de leite de vaca pasteurizado e encontrou níveis variando de 5,6 a 528,5 ng/L de AFM1. Na Síria, Ghanem e Orfi (2009) encontraram nível médio de 492 ng/L em amostras de leite de vaca, enquanto na Turquia o valor médio de 108,17 ng/L (UNUSSAN, 2006). Na Coréia, Kim et al. (2000) encontraram nível de até 31 ng/L enquanto em Tailândia o nível máximo foi de 83 ng/L. Ruangwises e Ruangwises (2009), ainda na Tailândia, encontraram níveis de 0,012 a 0,084 µg/L durante o verão, 0,019 a 0,103 µg/L durante a estação chuvosa e 0,025 a 0,114 µg/L durante o inverno. Na Grécia, Roussi et al. (2002) observaram que 82,3% das amostras de leite UHT estavam contaminadas com AFM1. A concentração de AFM1 no leite pode variar conforme a raça, a concentração de AFB1 na ração, a quantidade e duração do consumo pelo animal do alimento contaminado e o estado de saúde do animal. É importante salientar que estas diferenças entre os autores se devem também ao sistema metabólico do animal poligástrico, o que explica que as concentrações de AFM1 no leite possam variar de animal para animal, de um dia para o outro e de uma produção de leite para a seguinte (GIMENO e MARTINS, 2003, AYAR et al., 2007; MOTAWEE et al., 2009). Além disso, como visto acima, a reportagem dos níveis de AFM1 é diferente de um estudo para outro devido à diferenças na região geográfica, método analítico e estação do ano (GALVANO et al., 1996; FALLAH, 2010) No Brasil, também foram realizados estudos para a identificação de AFM1 em leite. Martins e Martins (1986) analisaram amostras de leites comerciais tipo B das 4 maiores marcas de consumo da época no município de São Paulo, porém encontrou valores relativamente baixos (máximo de 0,025 µg/100 mL). Os autores observaram que os maiores valores foram encontrados nas amostras de leite de inverno, uma vez que nessa estação os animais eram alimentados com mais ração. Os autores justificam que o fato dos níveis encontrados estarem menores que os fixados pela Food and Drug Administration –FDA (0,5 µg/Kg), deve-se ao inverno menos rígido, o que permitiu um menor consumo de ração. Outra justificativa foi de que a baixa incidência e a baixa concentração de aflatoxina M1 poderia ter ocorrido na hipótese de que o leite tipo "B" tenha sido homogeneizado, misturando-se com o de várias procedências. Desta maneira, a mistura do produto com e sem aflatoxina levaria a diluição destas e a conseqüente dificuldade de detecção. Outras pesquisas realizadas no Brasil quanto à presença de AFM1 em leite, apresentam valores variados para o leite cru e pasteurizado. Os valores encontrados apresentam-se entre 30 e 2920 ng/L (SABINO et al.,1988; SOUZA, 1997; PRADO et al., 1999). Em 2005, Pereira et al., publicaram um estudo realizado em rações de gado e leite da cidade de Lavras (MG), o maior nível de AFM1 encontrado foi de 74,1 ng/L, sem diferença significativa entre os leites pasteurizados e os leites sem tratamento térmico. Shundo e Sabino (2006) pesquisaram amostras de leite em São Paulo e Marília (SP) e encontraram uma alta incidência de AFM1 (73,8%), corroborando com os trabalhos de Garrido et al. (2003) que encontraram AFM1 em 79,9 % das amostras e de Prado et al. (1999) que encontraram em 82 % das amostras. Apesar de haver poucos dados recentes na literatura sobre a presença de AFM1 em leite cru e comercializado (SHUNDO e SABINO, 2006), é clara a necessidade desses estudos em todas as regiões do país e em leites produzidos por diversas espécies, uma vez que o consumo de leite e derivados de outras espécies animais (tais como cabras e búfalas) tem se tornado cada vez mais freqüente. Muitos países estabeleceram limites regulatórios para AFM1 em leite e seus derivados. A máxima concentração de AFM1 permitida varia de país para país. A União Européia, através da European Commission (EC) com o Regulamento CE 1525/98 e Diretriz 199/29/CE estabeleceu o máximo de 50 ng/L de AFM1 em leite (European Commission, 2006), sendo portanto o mais baixo máximo permitido. Os Estados Unidos da América possui o mais alto máximo permitido, que, segundo o estabelecido pela Food and Drug Administration (US- FDA, 2005) é de 500 ng/L. O Institute os Standards and Industrial Research of Iran (ISIRI, 2005) seguiu os padrões estabelecidos pela FDA e também aceitou o máximo de 500 ng/L. A razão para a esses países aceitarem apenas níveis significantemente baixos de AFM1 em leite é baseada na consideração que neonatos e crianças consomem consideráveis quantidades de leite e também são mais susceptíveis aos efeitos carcinogênicos das aflatoxinas. A Coréia do Sul também seguiu os padrões da FDA (LEE et al., 2009), enquanto a Argentina (LOPEZ et al., 2003) seguiu os padrões da EC. Muitos países, como por exemplo a Tailândia, não estabeleceram um limite regulatório para AFM1 (RUANGWISES e RUANGWISES, 2009). No Brasil, em outubro de 2002, o Ministério da Saúde por meio da RDC 12/2002 e da Resolução n° 274 de 15/10/2002 da ANVISA (BRASIL, 2002) estabeleceu o máximo aceitável de AFM1 de 500 ng/L para leite fluído e 50 ng/L para leite em pó, seguindo as instruções da Resolução n°56/94 do MERCOSUL Technical Regulations (MERCOSUL/GMC, 1994). A ingestão diária aceitável de aflatoxina M1 é de 6,8 ng/pessoa/dia na Europa; 3,5 ng/pessoa/dia na América Latina; 12 ng/pessoa/dia no Extremo Oriente e 0,7 ng/pessoa/dia na África (CREPPY, 2002). O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) possui um Programa de Controle de Resíduos em Leite (PCRL/2000) cujo o objetivo é garantir a produção e a produtividade do leite no território nacional com ações direcionadas ao conhecimento de violações em decorrência do uso indevido de medicamentos veterinários e contaminantes ambientais. Para tal finalidade são colhidas amostras de leite, junto aos estabelecimentos sob inspeção federal(SIF). Para a análise das aflatoxinas, as metodologias utilizadas são o enzimaimunoensaio (ELISA), cromatografia em camada delgada (CCD) e densitometria (DST), e os limites de quantificação (LQ) e de limite máximo de resíduo (LMR) são, respectivamente, 0,05 e 0,5 µg/Kg. São colhidas anualmente 100 amostras e enviadas aos laboratórios LARA de São Paulo e LARA de Minas Gerais, seguindo-se as ações regulatórias do PCRL. A incidência de AFM1 tem sido balanceada em uma mão pela alta eficiência dos métodos analíticos e em outra pelos estritos limites regulatórios para aflatoxinas em alimentos e leite (GALVANO et al., 1996; SHUNDO e SABINO, 2006). Leite pasteurizado é um produto consumido por todos os grupos etários. Além disso, bebês comumente consomem este produto como principal alimento por mais de um ano após parar de consumir o leite de peito materno (OVEISI et al., 2007; GHAZANI, 2009, FALLAH, 2010). Não podemos esquecer que, mulheres grávidas quando ingerem alimentos contaminados com aflatoxinas também poderão ter resíduos de AFM1 no leite do peito que será a principal fonte de alimentação de neonatos (EL NEZAMI et al., 1995; NAVAS et al., 2005; GALVANO et al., 2008)��Logo, a determinação dos níveis de AFM1 no leite do peito também é importante. Poucos estudos foram realizados nesse sentido, porém, o mais recente foi realizado na Turquia onde as concentrações de AFM1 no leite de peito humano foram de 60,9 a 299,99 ng/L, enquanto de AFB1 variou de 94,50 a 4123,80 ng/L (GÜRBAY et al., 2010). Estudos nos Emirados Árabes Unidos (ABDULRAZZAQ et al., 2003) e na Serra Leone (JONSYN et al., 1995) demonstraram níveis de AFM1 em leite humano de 5 a 3400 ng/L e 99 a 200 ng/L, respectivamente. Crianças expostas à aflatoxinas podem se tornar atrofiadas, terem subpeso e serem mais susceptíveis à doenças infecciosas na infância e durante a vida (BHAT e VASANTHI, 2003). Entretanto, é difícil detectar quantitativamente os níveis de aflatoxinas no leite materno por dia, devido às características fisiológicas, à própria mãe, a freqüência de alimentação com o leite do peito e o volume de leite consumido pela criança. Apesar dos riscos dos contaminantes, é muito importante notar que os benefícios e a superioridade deste leite em relação aos outros alimentos são incomparáveis (GÜRBAY et al., 2010). Portanto, não é exagero enfatizar a necessidade de uma vigilância constante pelas autoridades sanitárias fiscalizadoras, quanto à presença de aflatoxina B1 em alimentos, rações animais comercializadas e leite. Resíduos de aflatoxinas em carnes O requerimento de alimento anual para animais é imenso e isto não permite uma avaliação dos alimentos para sua alta qualidade, principalmente devido à competição pelos melhores ingredientes, como por exemplo os grãos, para alimentação humana A maior parte dos cereais rejeitados para consumo humano é utilizado para consumo dos frangos e outros animais, e além disso, a qualidade dos materiais crus é deteriorada devido ao armazenamento impróprio (PANDEY e CHAUHAN, 2007). A contaminação freqüente dos grãos provoca exposição crônica das micotoxinas via ração. Tal fato significa perdas na indústria, além de representar diminuição de toneladas de carne no comércio (LAZZARI, 1997; SANTÚRIO,1995). As carnes são alimentos importantes para a nutrição humana. Os produtos processados estão em expansão e tem alta competitividade, tornando-se hábito alimentar de grande parte dos consumidores brasileiros (MELO FILHO e GUERRA,1998). Essa evolução deve-se ao preço acessível, à palatabilidade e ao fácil preparo (STAMFORD et al., 2005). 1. Aves Stamford et al. (2005) realizaram estudo com produtos avícolas “in natura” e processados de diversas regiões do Brasil. Os produtos “in natura”, coletados em abatedouros industriais, compreenderam fígados (sem a vesícula biliar), coxas e sobre coxas, divididos em íntegros e condenados. Os produtos condenados incluem lingüiça de frango, hambúrgueres, patê de galinha e nuggets, patê de fígado de frango, salsicha, almôndega de frango, mini- chicken e chicken dorê, totalizando 918 amostras. 10,8 % das amostras foram positivas para aflatoxina total com médias variando 1,4 a 5,2 µg/Kg, sendo que os produtos “in natura” tiveram os maiores índices de contaminação (57,2 %), 88,9 % das amostras de fígado tinham aflatoxina variando de 1,7 a 5,8 µg/Kg. Os níveis de aflatoxinas nos produtos processados tiveram médias variando de 1,7 a 2,5 µg/Kg. A detecção da aflatoxina em fígado pode ser atribuída ao mecanismo de ação das mesmas. Essa toxina, liga-se irreversivelmente à albumina e as não-ligadas espalham-se pelos tecidos, especialmente o fígado (MAZZUCO, 2000; SANTÚRIO, 1997).A detecção da aflatoxina em músculo é possível devido à lenta eliminação (7 a 10 dias após a administração) (VIEIRA, 1995). A detecção da aflatoxina em coxas (tecido muscular) do estudo de Stamdord (2005) corrobora com os achados por MAZZUCO (2000) que verificou a distribuição tissular da aflatoxina B1 marcada com 14C, por cromatografia em camada delgada e obteve em músculos peitorais (31,7%) e em coxas (30,6%) os maiores percentuais da décima parte da dose administrada. Bitvinhock et al. (2002) analisaram os níveis de aflatoxina B1 e outros resíduos metabólicos desta em músculo e fígado de patos, frangos, galinhas e codornas japonesas na Tailândia. Após 8 dias de tratamento com AFB1, os níveis de resíduos encontrados no fígado variaram de 5,31 µg/Kg (AFB1 conjugada) a 22,34 µg/Kg (outros metabólitos livres) em codornas, 0,44 µg/Kg (AFB1 conjugada) a 3,81 µg/Kg (outros metabólitos conjugados) em patos, 0,23 µg/Kg (AFB1 conjugada) a 4,04 µg/Kg (outros metabólitos conjugados) em galinhas e 0,10 µg/Kg (AFB1 conjugada) a 1,54 µg/Kg (outros metabólitos livres). Após esse mesmo período, os níveis detectados nos músculos variaram de níveis não detectáveis (ND) (AFB1 conjugada) a 0,82 µg/Kg (outros metabólitos livres) em codornas, ND (AFB1 conjugada e livre) a 0,21 µg/Kg (outros metabólitos livres) em patos, ND (AFB1 conjugada e livre) a 0,14 µg/Kg (outros metabólitos livres) em galinhas e ND (AFB1 conjugada e livre) a 0,11 µg/Kg (outros metabólitos livres) em frangos. Yadav et al. (1995) encontraram 2 µg/Kg de aflatoxina em músculo de frangos alimentados com uma dieta de 0,5 mg/Kg por 45 dias. Pandey e Chauhan (2007) encontraram músculos contaminados com níveis bem maiores de AFB1 (18,00 a 25,70 µg/Kg). A longa duração da dieta contendo AFB1 pode ser a razão dos altos níveis residuais da aflatoxina nesta investigação. Uma intervenção após até 3 dias de exposição do animal ao alimento contaminado com aflatoxinas seria efetiva para a diminuição do nível de contaminação, porém, não é suficiente para garantir um nível seguro para consumo, especialmente para fígado de codornas (BITVINHOCK et al., 2002). Segundo Sabino et al. (1995) os níveis de resíduos de aflatoxinas que ocorrem naturalmente em carnes são, geralmente, inferiores a 1,0 µg/kg, porém não é recomendável a comercialização de tecidos contaminados com qualquer nível de concentração. 2. Pescados Em decorrência dos avanços nutricionais, genéticos e de manejo nas diferentes fases de criação dos peixes a piscicultura brasileira evolui consideravelmente na última década. Houve a melhoria na formulação e elaboração de dietas para peixes devidamente equilibrada bem como a exigência da identificação de fatores q afetam negativamente a qualidade desse alimento para evitar prejuízos na produção (CONROY, 2000; LOPES et al., 2005). Peixes alimentados com uma dieta contendo 80 µg/Kg de aflatoxina, ou mais, sofrem toxicidadeaguda, necrose hepática severa, edema branquial e generalização de hemorragia nas células (HALVER, 1988), hepatomas e tumores renais (LINDNER, 1995), levando à morte e acarretando em prejuízos econômicos. Lopes et al. (2005) avaliaram o efeito de diversos teores de aflatoxinas B1, B2, G1 e G2 em rações para alevinos de jundiá (Rhamdia quelen) no crescimentos dos peixes e sua deposição nos tecidos. Quando ingerido o teor de aflatoxina de 204 µg/Kg, observou-se redução em peso, comprimento padrão, comprimento total e ganho médio diário e resíduos na carcaça mas não no fígado. Segundo os autores dosagens maiores podem não afetar o crescimento em período curto de exposição, mas podem se depositar em órgãos e tecidos, tornando o peixe mais susceptível a estresses causados por condições ambientais e a patologias. Quando as doses eram acima de 350 µg/Kg foi possível observar mortes e deposição de resíduos nas carcaças e nos fígados. Segundo Plakas et al. (1991) a deposição de aflatoxinas nos peixes é residual e cumulativa, sendo o músculo e fígado os órgãos mais afetados. Jantrarotai e Lovell (1991) observaram redução no crescimento do bagre-de-canal (Ictalurus punctatus), alimentado com rações com 10 µg/Kg de AFB1 durante 10 semanas mesmo sendo um peixe que apresenta relativa resistência à toxicidade aguda de AFB1 (LOPES et al., 2005). Segundo Aranas et al. (2002), concentrações a partir de 80 µg/Kg de aflatoxina já podem causar retardo no crescimento de trutas arco-íris (Oncorhynchus mykiss). Em tilápias- do-Nilo (Oreochromis niloticus), há relatos de que pequenas concentrações de aflatoxinas (5 a 15 µg/Kg) apresentam reduções acentuadas no ganho de peso (CHÁVEZ-SÁNCHEZ et al., 1994; CONROY, 2000). Tuan et al. (2002) relatou que nessa mesma espécie, 100 µg/Kg de AFB1 reduziu ganho de peso e causou mortalidade. Um estudo comparativo entre trutas e tilápias mostrou que o fígado da tilápia pode ser exposto por um período maior à aflatoxinas comparado com o fígado de truta, considerando a administração de doses iguais, sendo que 0,5 µg/Kg de AFB1 na dieta durante 4 a 6 meses são suficientes para gerar tumor de fígado na truta arco-íris (NGETHE et al., 1992). El-Sayed e Khalil (2009) estudaram os efeitos das aflatoxinas em robalo e os níveis de resíduos de AFB1 na musculatura e encontraram valores variando de 0,29 µg/Kg após a primeira semana ingestão até 4,25 µg/Kg após a quadragésima segunda semana de ingestão de AFB1. Níveis acima de 5 µg/Kg foram detectados em percas (Sander vitreus) alimentadas com 50 µg/Kg durante 30 dias (HUSSAIN et al., 1993). Esses resultados representam a variabilidade na sensibilidade e resistência das diversas espécies de peixes à toxicidade aguda por aflatoxina B1 (LOPES et al., 2005). Segundo os autores Divakaram e Tacon (2000) doses de até 900 µg/Kg na alimentação de camarões (Penaeus vannamei) não causam contaminação suficiente para risco no consumo humano, corroborando com o trabalho de Bautista et al. (1994) que não detectaram aflatoxinas em tecido de camarão. Usanno et al. (2005), após alimentar com altos níveis de aflatoxinas tilápias vermelhas também não detectaram resíduos de AFB1 nos tecidos. Estas diferenças podem ser devidas às diferenças nas vias metabólicas da AFB1 nessas espécies (EL-SAYED e KHALIL, 2009). Com o aumento da utilização de ingredientes vegetais na alimentação de culturas de peixes, os potenciais efeitos adversos das aflatoxinas em peixes e frutos do mar devem ser considerados relevantes e monitorados cuidadosamente, bem como uma rigorosa fiscalização dos vegetais utilizados para garantir a qualidade sanitária dessas importantes fontes alimentares para os brasileiros. 3. Bovinos Vacas alimentadas com alimento contendo AFB1 desenvolvem diversos problemas de saúde, incluindo imunossupressão e disfunção reprodutiva e até morte (KUILMAN et al., 1998). Apesar desses problemas de saúde serem de importância econômica para a pecuária, a principal preocupação da presença de AFB1 no alimento desses animais está associada com a ocorrência de metabólitos da AFB1 no leite e também nos produtos derivados da carne (VAN EGMOND, 1994). Ruminantes estão entre as espécies mais tolerantes para micotoxinas, pois essas toxinas são parcialmente degradadas pela microbiota do rumem (HUSSEIN e JEFFREY, 2001; YIANNIKOURIS e JOUANY, 2002; D’ANGELO et al., 2007). Bovinos são mais susceptíveis aos efeitos da aflatoxina do que cavalos e ovelhas e, em bovinos, a prolongada ingestão de aflatoxinas tem um impacto negativo na produção e reprodução (PIER, 1992; HUSSEIN e JEFFREY, 2001; D’ANGELO et al., 2007). A maioria dos estudos com finalidade de investigar resíduos de aflatoxinas em tecidos de gado de corte foram realizados antes de 1976. Keyl e Booth (1971) reportaram que não havia nenhum efeito deletério no gado que consumiam 300 µg/Kg de aflatoxina no alimento, porém gado que ingerisse alimento contendo 700 µg/Kg ou mais demonstravam decréscimo na eficiência da alimentação e ganho de peso, mas nenhum resíduo da toxina foi encontrado na carne comestível. Desde então, métodos com maior acurácia e mais sensitivos foram desenvolvidos (<0,1 ng/g) para identificação dessas toxinas em tecidos animais . Stubblefield e Shotwell (1981) pesquisaram a presença de resíduos de aflatoxinas no fígado, coração, rins, baço e músculo esquelético em bovinos alimentados durante 5 dias com 0,33 mg aflatoxina/Kg do animal/dia. As médias de resíduos de aflatoxinas encontrados foram de 25 ng/g de AFB1, 15,4 ng/g de AFM1 e 47,1 ng/g de AF totais no fígado; 29, 3 ng/g de AFB1; 105,5 ng/g de AFM1 e 145,9 ng/g de AF totais nos rins; 16 ng/g de AF totais no coração, 18,5 ng/g de AF totais no baço e 12,9 ng/g de AF totais na musculatura. D’Angelo et al. (2007) relataram os danos em bezerros destinados à produção de carne de vitela que tiveram sua alimentação a base de milho. Dentre os sinais encontrados estavam a perda de peso, disorexia, redução da atividade ruminal, depressão, diminuição dos reflexos nervosos e amaurose. Outros sintomas mais graves foram identificados em alguns animais e estes foram sacrificados. A análise toxicológica do alimento a base de milho revelou 1400 µg/Kg de aflatoxina B1, 120 µg/Kg de AFB2, 80 µg/Kg de AFG1 e 70 µg/Kg de AFG2 e no fígado de três animais foram encontrados níveis de aflatoxinas totais de 0,1, 0,3 e 0,6 µg/Kg. Apesar de poucos estudos relacionados aos resíduos em músculos de gado de corte, o gado está ingerindo alimentos contendo aflatoxina, como é evidenciado nos trabalhos que pesquisam resíduos em leite. Portanto, é importante a análise dos tecidos comestíveis do gado de corte com métodos sensíveis para ver se os resíduos tóxicos que permanecem nos tecidos são potencialmente perigosos (STUBBLEFIELD e SHOTWELL, 1981). 4. Suínos Os sinais clínicos de intoxicação por aflatoxinas em suínos é dependente, principalmente dos seguintes fatores: quantidade da toxina no alimento, tipo da aflatoxina, estado nutricional, idade do animal e composição da dieta (MALLMANN et al., 1994). A intoxicação crônica se manifesta por diminuição de ganho de peso, inapetência, pele escamosa e pêlos sem brilho (SISK e CARLTON, 1972), ataxia, icterícia, convulsões e morte (NEWBERNE, 1973). Shalkop e Arbrecht (1974) encontraram fibrose, necrose e carcinoma no fígado de porcas que receberam 30 µg/Kg/dia de aflatoxinas durante o crescimento, 10 µg/Kg/dia durante a gestação e 40 µg/Kg/dia durante a lactação (2 meses). Muitos estudos foram realizados para demonstrar que as aflatoxinas se depositam nos tecidos de porcos (KROGH et al., 1973; MURTHY et al., 1975; HEYES, 1978; FURTADOet al., 1979; STOLOFF, 1979; FURTADO et al., 1982), logo, a carne de porco é uma provável fonte de exposição de aflatoxinas ao humano. A carne de porco é a mais consumida no mundo, e, embora seja barata, no Brasil ela ocupa a terceira colocação com um consumo de 13,5 Kg por habitante/ano, atrás apenas da carne de vaca (37 Kg/habitante/ano) e de frango (32 Kg/habitante/ano), sendo que 70% da carne suína é consumida na forma de processados (ZOOTEC, 2004). A suinocultura brasileira é uma das mais desenvolvidas do mundo e produz a carne a um dos menores custos. Assim, o Brasil é um dos grandes competidores no mercado mundial. Este setor brasileiro exporta para a Rússia, Argentina, Hong Kong, entre outros (ZOOTEC, 2004). Apesar de haver legislação para o controle de aflatoxinas totais nos alimentos destinados a consumo humano no Brasil e em diversos países, se houver evidência de que a contaminação pode ser evitada, esforços por parte dos produtores, indústrias e governo devem ser feitos para que o nível zero de tolerância para aflatoxinas seja entendido como oficial e assim possamos quebrar barreiras econômico-sanitárias. Discussão Uma crescente preocupação dos países importadores quanto à presença de micotoxinas nos alimentos tem surgido e levado à direção da criação de leis cada vez mais exigentes em relação aos níveis máximos de micotoxinas permitidos. Assim, o Brasil deve enfrentar limitações cada vez maiores para a exportação de seus produtos agrícolas (FREIRE et al., 2007). Os estudos brasileiros demonstram que muitos ingredientes de alimentos humanos e para rações animais estão com níveis de micotoxinas muito superiores que o permitido pela legislação brasileira ou internacional. Sabe-se que 25 % de todos os produtos agrícolas produzidos em todo o mundo estão contaminados por algum tipo de micotoxina (FREIRE et al., 2007). A Portaria MA/SNAD/SFA n° 07 do Ministério da Agricultura (Diário Oficial da União, de 09/11/1988) estipula que, para qualquer matéria prima para alimentação direta ou de componente de rações destinada ao consumo animal, o limite máximo para aflatoxinas seja de 50 µg/Kg. Mas, devido ao grande território brasileiro, dificuldades para implementar e fiscalizar as legislações e regulamentos já existentes são encontradas com freqüência no controle das aflatoxinas. O Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento possui programas relativos ao monitoramento produtos de origem animal, tais como carnes (suína, bovina, aves e eqüina), leite, mel, ovos e pescados. O PNCRC traz recomendações para análises dos produtos em laboratórios oficiais e credenciados pela Coordenação Geral de Apoio Laboratorial (CGAL) e da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). O Monitoramento da presença de resíduos de medicamentos veterinários e de outros contaminantes, tais como aflatoxinas, seguem recomendações do Codex Alimentarius, programa estabelecido pela Organização da Nações Unidas (ONU) sobre Harmonização de Normas Alimentares, gerenciado pela WHO. Assim, os estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF) participam de sorteios semanais para coleta de amostras que serão examinadas no âmbito PNCRC. Segundo Freire et al. (2007) o reconhecimento da importância das micotoxinas nos alimentos e rações é o primeiro passo para a implementação de programas que visam a redução e prevenção dos problemas causados pelas micotoxinas. Nessas medidas devem ser consideradas também métodos de remoção e descontaminação além de uma rotina de inspeção do fluxo de commodities contaminados e principalmente atividades de informação, comunicação e educação (SMITH et al., 1995). Logo, a melhor estratégia é o controle, um sistema profilático que impeça a proliferação e crescimento fúngico, inibindo, conseqüentemente, a formação de aflatoxinas. A curto prazo devemos nos concentrar armazenagem e conservação dos grãos para consumo humano e dos animais e, a longo prazo, na seleção de variedade de cereais mais resistentes à infecção fúngica e técnicas de manejo fitossanitário são de interesse prático para o controle das micotoxinas (MALLMAMM et al., 1994). Entendemos assim, que as micotoxinas devem continuar sendo objeto de pesquisa de institutos e universidades, para que produtores, indústrias e governos tenham informações para melhorar e garantir a qualidade sanitárias dos produtos de origem animal. Considerações finais Durante as pesquisas e construção desse artigo, observamos que há poucos artigos brasileiros de revisão publicados que contenham informações recentes sobre a presença de aflatoxinas em diferentes produtos de origem animal. Dessa forma, esse artigo contribui para uma visão panorâmica dos estudos feitos no Brasil e no mundo nesse sentido, bem como ressalta a importância do controle deste contaminante nas rações destinadas à alimentação animal. Respostas à perguntas como: “O Brasil possui legislação suficiente para o controle de aflatoxinas nos produtos de origem animal?” e “O Brasil possui infra-estrutura adequada para pesquisa de micotoxinas em produtos de origem animal?”, foram respondidas de forma positiva. Porém, algumas perguntas surgiram e não puderam ser respondidas neste primeiro momento, mas merecem a devida atenção, tais como: “Apesar das legislações, recomendações e diretrizes existirem, o Brasil, devido à grande extensão territorial e à grande demanda desse setor na alimentação brasileira e internacional, alcançará um patamar de excelência sanitária de seus produtos de origem animal?” e “O Brasil, considerando as tendências tecnológicas e de produção sustentável, será capaz de aumentar a competitividade de seus produtos de origem animal no mercado interno e internacional?”. Referências Bibliográficas -ABDULRAZZAQ, Y. M.; OSMAN, N.; YOUSIF, Z. M.; AL-FALAHI, S. Aflatoxin M1 in breast-milk of UAE woman. Ann. Trop. Paediatr., v. 23, p. 173-179, 2003. -ABREU, A. P. N.; SPERS, A.; SPERS, R. C.; GARCIA, E. A.; BERTO, D. A.; MOLINO, A. B.; PELICIA, K.; SILVA, A. P. Níveis de adsorventes em rações contaminadas por micotoxinas e qualidade dos ovos de codornas japonesas. 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