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Algumas anomalias congênitas associadas a neurulação Prof. Ivan J Neurosci Rural Pract. 2010 Jan-Jun; 1(1): 54–55. doi: 10.4103/0976-3147.63108 Craniorachischisis totalis NS Naveen, Murlimanju,1 K Vishal, and AM Maligi2 The fetus was of 13 weeks of gestational age, the crown rump length measured 118 mms. The fetus had anencephaly and spina bifida the brain and calvaria were absent. Medula A maioria das anomalias congênitas da medula espinhal resulta de defeitos no fechamento do tubo neural durante a quarta semana do desenvolvimento. Dentre esses defeitos do tubo neural (DTN) merecem destaque pela sua gravidade a Espinha Bífida e Mielomeningocele. Medula É uma malformação congênita do Sistema Nervoso Central que se desenvolve no primeiro mês de gestação. Na espinha bífida existe um defeito de fechamento das estruturas que formarão o dorso do embrião e que poderá afetar não somente as vértebras, mas também a medula espinhal, meninges e até mesmo o encéfalo. Esses defeitos são geralmente denominados defeitos do tubo neural. O tubo neural é o início do sistema nervoso do embrião. As formas mais comuns de espinha bífida são a Espinha Bífida Cística e a Espinha Bífida Oculta. Na Espinha Bífida Cística o defeito de fusão das vértebras afeta também o Sistema Nervoso e suas membranas protetoras, chamadas meninges. A malformação se estende à pele que se encontra distendida formando um cisto que contem líquido céfalo-raquidiano (LCR) em seu interior. Os tipos mais comuns são a Mielomeningocele e a Meningocele. Medula Na mielomeningocele, o sistema nervoso está exposto. A porção exposta é chamada de placa neural ou placódio e representa a porção do tubo neural que não se fechou durante o desenvolvimento do embrião. Geralmente existe comprometimento da função neurológica abaixo do nível da lesão, pois a placa neural é muito sensível aos efeitos do líquido amniótico. A meningocele é recoberta por pele íntegra e dentro do cisto não existe tecido nervoso malformado. As raízes nervosas são normais e encontram-se livres no interior do saco. Medula Na Espinha Bífida Oculta, também denominada disrafismo espinhal oculto não há a formação de cistos e a malformação vertebral costuma ser recoberta por pele normal. Freqüentemente existe algum tipo de anomalia na pele que indica a existência da malformação e que são chamados de estigmas cutâneos Estes podem ser bolas de gordura, pequenas cavidades ou buracos na pele, pequenas veias anormais, tufos de cabelos, etc. As formas mais comuns são os Lipomas ou Lipomeningoceles. Medula Espinha Bífida: Considerada comum, a ocorrência varia em diferentes regiões: EUA: 1 para cada 1000 - Carolina do Norte e Sul: 1 para cada 500 Em algumas partes da China: 1 para cada 200 nascimentos Fatores genéticos e ambientais respondem pela variabilidade 70% podem ser evitados: consumo de ácido fólico (400 ug por dia), começando 3 meses antes da concepçao e continuando por toda a gravidez. Em caso de ocorrência familiar: 1mg/dia Anomalias congênitas do encéfalo Devido à complexidade de sua formação, encontrar encéfalos anormalmente desenvolvidos é comum (3 a cada 1000 nascidos). Essa má formação geralmente envolve os tecidos sobrepostos (meninges e calvária) e pode ser de natureza genética, nutricional e/ou ambiental. Acontece principalmente por problemas no fechamento do neuroporo rostral durante a quarta semana de desenvolvimento e pode ter sua causa em alterações morfogenéticas ou histogenéticas do sistema nervoso. O defeito, no entanto, poderia inicialmente estar em alguma estrutura associada (notocorda, crânio etc.) que induziu o encéfalo a se desenvolver de forma anormal. Anomalias congênitas do encéfalo Exencefalia: defeito no fechamento do neuroporo rostral durante a quarta semana. Como a calvária também sofre desenvolvimento defeituoso, a maior parte do encéfalo fica exposta ou faz extrusão através do crânio. Além disso, a estrutura e a vascularização do encéfalo são anormais, resultando na degeneração do tecido nervoso. Exencefalia Anomalias congênitas do encéfalo Meroanencefalia: também denominada anancefalia, é um defeito em que geralmente estão presentes apenas um tronco encefálico rudimentar e um tecido nervoso funcionante (por isso a melhor denominação meroanencefalia). É uma doença letal comum (1 a cada 1000 nascidos) que atinge mais crianças do sexo feminino. Está sempre associada à acrania (ausência de calvária) e, quando o defeito do fechamento do tubo é muito extenso, à raquisquise (fissura congênita da coluna vertebral). Apesar de considerada pela literatura uma doença em que é impossível manter a vida extrauterina, o caso de uma menina com a anomalia que chegou a viver mais de um ano e oito meses chamou a atenção de vários setores da sociedade. Anomalias congênitas do encéfalo Microcefalia: condição grave em que a calvária e o encéfalo são pequenos, mas a face tem tamanho normal. A microcefalia resulta da microencefalia, pois o desenvolvimento da calvária é induzido, em grande parte, pela pressão exercida pelo encéfalo. O grave retardo mental vem do subdesenvolvimento do encéfalo. Sua causa, no entanto, é frequentemente incerta; alguns casos parecem ter origem genética, outros são causados por fatores ambientais (excesso de radiação ionizante, agentes infecciosos etc.). Anomalias congênitas do encéfalo Hidrocefalia: condição em que o acúmulo de líquido cerebroespinhal (LCE) leva a um aumento significativo do volume da cabeça. Esse acúmulo pode resultar de um bloqueio na circulação do LCE (não comunicante), ou pode surgir por um aumento da produção desse líquido pelos plexos corióides, como também pela deficiência de sua absorção (comunicante). Produz adelgaçamento dos ossos da calvária, compressão dos gânglios da base e do diencéfalo, além de atrofia do córtex cerebral e da substância branca. Anomalias congênitas do encéfalo Holoprosencefalia: doença grave e relativamente comum provocada por fatores genéticos e ambientais (diabete materna e teratógenos, bem como altas doses de álcool). As crianças apresentam encéfalo anterior pequeno e ventrículos laterais geralmente fundidos. As anomalias na face, incluindo o hipotelorismo (olhos anormalmente próximos um do outro), são frequentemente observadas. • Sugestões de leitura: • Artigos adicionados no virtual