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ONCOLOGIA AULA 3

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ONCOLOGIA 
Evanderson Samuel Quirino Silva
ENFEVAN7@OUTLOOK.COM
(81) 99920-8834
AULA 3: TRATAMENTO
A bioética não veio para punir, mas para buscar, de forma multidisciplinar, um melhor entendimento do ser humano nos seus aspectos biológicos, psicológicos, sociais e espirituais, evitando causar-lhe danos no curso de seu cuidado. Dentre os principais temas abordados pela bioética, podem-se citar o fim da vida humana bem como o limite da intervenção sobre o ser humano.
O processo de perda é um dos fatores que devem ser trabalhados na oncologia, principalmente nos cuidados paliativos, e é aí que entramos em outra problemática. O profissional de saúde deve estar preparado para seguir alguns referenciais éticos em relação ao enfrentamento da perda.
Devemos sempre falar a verdade sobre o tratamento com o nosso paciente, isso é de extrema importância na relação interpessoal do profissional de saúde e do paciente e seus familiares.
Ao falarmos a verdade, possibilitamos que o paciente tenha participação nas decisões do seu tratamento e do início do processo de enlutamento, já que, em oncologia, no caso do cuidado paliativo, a morte é iminente.
 Ao negarmos ao paciente e à família a sua condição de saúde, impedimos que eles enfrentem seus medos, impedimos a evolução em direção ao processo de morrer e, quando a morte chegar, essas pessoas, em vez de aceitação, poderão sentir raiva pelo inesperado e por terem sido enganadas.
Percebemos que a maior dificuldade está em comunicar a verdade quando o prognóstico do paciente é ruim. Para isso, se faz necessária a qualificação dos profissionais, pois essa conduta deve ser discutida com muita cautela pela equipe multidisciplinar.
Temos que aprender a não negar a existência da morte, mas aceitá-la com naturalidade, procurar viver de acordo com essa realidade concreta, admitindo a própria morte e aceitando-a.
Portanto, a aceitação da morte pelos familiares e pelo próprio paciente pode ser um processo de grande dificuldade para a equipe, pois pode levar os profissionais a terem sentimentos de impotência e incapacidade que, muitas vezes, acentuam-se pelo vínculo afetivo que se estabeleceu durante o tratamento.
A superação da morte vem com a continuidade da luta pela cura de outros pacientes e pelo desenvolvimento de trabalhos internos de suporte biopsicossocial, além da conquista de atitude, isto é, ofertar uma assistência humanizada em todas as fases do tratamento independentemente do desfecho final.
A partir dessa visão holística da assistência de enfermagem, vamos abordar como cuidar do doente submetido aos diferentes tratamentos oncológicos.
Fases do “luto”	
NEGAÇÃO
RAIVA
BARGANHA
DEPRESSÃO
ACEITAÇÃO
Assistência de enfermagem ao paciente em tratamento oncológico
O tratamento do câncer, segundo o Ministério da Saúde, é um dos componentes do Programa Nacional de Controle do Câncer. 
As modalidades de tratamento oncológico variam conforme o tipo de tumor e o estágio em que esse se apresenta.
Conforme o Ministério da Saúde, as metas para o tratamento do câncer são, principalmente, cura, prolongamento da vida útil e melhora da qualidade de vida.
As modalidades terapêuticas existentes para o tratamento oncológico são: quimioterapia, radioterapia, bioterapia e abordagem cirúrgica.
Esses tratamentos podem ser usados isoladamente ou em combinação com outras terapias. Outras opções de tratamento do câncer incluem terapia-alvo, imunoterapia, hormonioterapia e transplante de medula óssea.
Podemos classificar as opções de tratamento em quatro grupos: adjuvante, neoadjuvante, concomitante e paliativo.
CLASSIFICAÇÃODO TRATAMENTO
CARACTERÍSTICAS
ADJUVANTE
Ocorre após um tratamento principal com finalidade de atuar em doença residual.
NEOADJUVANTE
Ocorre antes de um tratamento principal com finalidade, por exemplo, de reduzir massa tumoral para viabilizar abordagem cirúrgica.
CONCOMITANTE
É a combinação de mais de uma modalidade de tratamento, como, por exemplo, a quimioterapia concomitante à radioterapia.
PALIATIVO
Tem como finalidade minimizar os sintomas decorrentes do crescimento tumoral, melhorando a qualidade de vida.
Todas essas modalidades de tratamento têm como objetivo a remissão completa da doença.
Remissão é o termo utilizado para a ausência de sinais detectáveis da doença por meio de exames de análise do sangue laboratorialmente (remissão hematológica), em análise de exames de imagem, em exames moleculares (remissão molecular) e remissão completa em que não há mais sinais detectáveis da doença, ou seja, o desaparecimento completo dos sinais e sintomas.
Recidiva é o termo utilizado quando ocorre o retorno da atividade de uma doença (popularmente conhecido como “recaída”). Pode acontecer por meio de manisfestações clínicas ou laboratoriais.
Cirurgia Oncológica
É o mais antigo tipo de terapia do câncer, sendo ainda utilizada em muitos casos. 
A cirurgia envolve a remoção do tecido cancerígeno do corpo. 
É o principal tratamento para diversos tipos de câncer e, em alguns casos, pode ser a cura.
 A cirurgia também pode confirmar o diagnóstico (biópsia), determinar o quão longe o câncer de uma pessoa tem avançado (estadiamento), aliviar os efeitos colaterais (como uma obstrução) ou aliviar a dor (cirurgia paliativa).
CONDUTA DE ENFERMAGEM
Cuidados pré-operatórios 
 Os cuidados pré-operatórios de enfermagem no cliente com câncer concentram-se na avaliação e na intervenção. 
Avaliação pré-operatória de parâmetros fisiológicos 
Parâmetros fisiológicos
Fatores que aumentam o risco cirúrgico
Fatores a serem avaliados
Condições Nutricionais
Debilitação e desnutrição decorrentes da doença e/ou deterapia prévia
Anorexia, hábitos alimentares, dietas especiais, restriçãoalimentar, superalimentação, náuseas, vômitos, estomatite, alterações no olfato e no paladar, perda de peso recente
Sistema Cardiovascular
Insuficiência cardíaca congestiva decorrente de quimioterapia prévia e prolongada
Dispneia,fadiga, distensão abdominal, dor no QSD, taquicardia, pulso fino e filiforme, hipotensão, respiração rápida e difícil, escarro espumoso e com sangue, estertores úmidos, ganho de peso, edema periférico
Sistema Pulmonar
Edema pulmonar decorrente de quimioterapia prévia e prolongada
Batimentos de asa de nariz, respiração difícil e ruidosa, diaforese, estertores, sibilos,tosse persistente, inquietação, hipotensão, taquicardia, ganho de peso súbito, pés e tornozelos inchados, dor torácica
Avaliação pré-operatória de parâmetros fisiológicos 
Parâmetros fisiológicos
Fatores que aumentam o risco cirúrgico
Fatores a serem avaliados
Sistema geniturinário
Insuficiência renal decorrente de quimioterapia prévia e prolongada
Polaciúria,disúria,anúria, infecção, urina (cor e limpidez)
Condições hidroeletrolítica
Desidratação e desequilíbrio eletrolítico consequente àdoença e/ou à terapia prévia
Ingesta e débito delíquidos, vômitos,diarréria, sangramento
Condições de função hepática
Doençahepática metastática
Icterícia,ascite, dor abdominal alta vaga, anorexia, perda de peso, edema gravitacional
Avaliação pré-operatória de parâmetros fisiológicos 
Parâmetros fisiológicos
Fatores que aumentam o risco cirúrgico
Fatores a serem avaliados
Fatores hematológicos
Disfunçãoplaquetáriaehipercoagulabilidadesecundáriaà doença e/ou terapia prévia
Facilidade para surgimentode equimoses,angramentoexcessivo, dispneia, tromboflebite prévia
Riscos para complicações pós-operatórias
Infecção pós-operatóriasecundária a problemas daimunocompetênciae/ou terapia prévia
Radioterapia prévia
Toe, dor de garganta,febre, erupções cutâneas, lesão cutânea por radiação na perspectiva de incisão cirúrgica planejada
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Distúrbio de imagem corporal: relacionados à retirada cirúrgica de parte do corpo
INTERVENÇÕES
Estimular o cliente a discutir sentimentos e preocupações com os profissionais de saúde e familiares
Ajudar o cliente a identificar, rotular e exprimir sentimentos sobre as repercussões da perda
da parte do corpo, modalidades terapêuticas, prognóstico esperado
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Déficit de volume de líquido: relacionados a procedimento cirúrgico (perda de 15% a 20% da volemia total durante a cirurgia)
INTERVENÇÕES
Administrar fármacos conforme prescrição para manter PA, aumentar o débito cardíaco
Administrar líquidos e expansores plasmáticos, conforme prescrição
Avaliar cor, pele e elasticidade cutâneos
Manter registro adequado da ingesta e do débito
Monitorar gasometrial arterial, frequência de padrão respiratório e débito urinário
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Risco para infecção: relacionado à situação de comprometimento imunológico no pré-operatório, secundária à doença e/ou terapia prévia
INTERVENÇÕES
Monitorar sinais e sintomas vitais (taquisfigmia, febre baixa e intermitente
Observar secreções, excreções e exsudatos corporais, pesquisando sinais de infecção; notificar anormalidades
Monitorar hidratação e equilíbrio eletrolítico
Monitorar alterações de leucócitos
Mudar o cliente de decúbito com frequência
Orientar quanto à respiração profunda
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Risco de lesão: Relacionado à peritonite, secundária dificuldade de cicatrização tecidual por quimioterapia, radioterapia e condições nutricionais precária e/ou tumor
INTERVENÇÕES
Pesquisar sinais e sintomas: Dor abdominal moderada a grave, dor em queimação agravada por movimento, mesmo com a respiração, anorexia, náuseas, vômitos, febre nas primeiras 48 horas após a cirurgia, calafrio, sede, oligúria, incapacidade de eliminar fezes ou flatos, distensão abdominal, taquicardia com pulso fino e filiforme, respiração rápida e superficial.
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Risco de lesão: Relacionado à hipercoagulabilidade e à inatividade pós-operatória
INTERVENÇÕES
Avaliar panturrilhas diariamente
Pesquisar sinais e sintomas de trombloflebite: dor e hipersensibilidade na panturrilha, Sinal de Homan, dilatação das veias superficiais, edema nas extremidades comprometidas 
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Risco de lesão: Nutrição alterada, ingestão abaixo das necessidades corporais relacionada a procedimento cirúrgico para câncer que interfira com o processo mecânico de alimentação e a procedimento cirúrgico que interfira com absorção de sais e nutrientes essenciais
INTERVENÇÕES
 Pesquisar sinais e sintomas de desnutrição protéico-calórica: edema, alteração da pigmentação e adelgaçamento de pêlos
Realizar avaliação nutricional: avaliar a área problemática, preferências alimentares, padrões e comportamentos relacionados com o consumo de alimentos, consumo e eliminação e contagem de calorias
Oferecer um ambiente tranquilo e sem dor
Consultar dietista para fornecer dieta e suplementos adequados para preencher as necessidades do cliente
Zelar por e monitor nutrição parenteral total intravenosa e tubos de alimentação
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Dor: Relacionada ao procedimento cirúrgico e a complicações locai de introdução de origens terapêuticas
INTERVENÇÕES
 Incorporar os seguintes elementos à avaliação das condições do cliente em relação à dor: localização, surgimento, frequência, intensidade, qualidade, medidas de controle de dor que estão sendo eficazes e ineficazes, estilo de expressão de dor, movimento, efeito da dor sobre as atividades pós-operatórias e padrões de sono/repousa/vigília
Identificar estratégias que eliminam e controlem a dor
 Administrar medicação segundo prescrição médica e protocolos utilizando o sistema de administração apropriado: Monitorar efeitos a intervalos frequentes, fazer registros gráficos nos dados de avaliação de dor, fornecer ao médico evidências de necessidade de modificações de medicação
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Integridade tissular prejudicada: Relacionada à lesão tecidual e/ou cicatrização tecidual precária secundária à quimioterapia, radioterapia e/ou condições nutricionais deficientes.
INTERVENÇÕES
 Pesquisar sinais/sintomas de deiscência (abertura de suturas): Monitorar quantidade e cor da drenagem, chamar imediatamente o médico, registrar sinais vitais SSVV, preparar o cliente para cirurgia
 Pesquisar sinais de evisceração (saída das vísceras pela incisão cirurgica após uma deiscência (abertura da incisão cirúrgica)
Prioridades de orientação pré-operatória do cliente
Inclui informação relacionada com: 
 A cirurgia a ser realizada
Atividades pré-operatórias gerais e seus fundamentos
Comportamentos gerais no pós-operatório esperados do cliente e seus fundamentos 
Tipo de aparelhagem a ser usada antes e depois da cirurgia
Plano de cuidados e fundamento dos procedimentos
Ambiente esperando de realização dos cuidados, equipamento e experiências relacionadas com a cirurgia
Estratégias de cuidados pessoais para prevenir e minimizar complicações da cirurgia 
Prioridades de orientação pós-operatória do cliente
Inclui informação relacionada com: 
Modificações nas atividades de cuidados pessoais e outras atividades decorrentes da cirurgia 
Retorno progressivo ao nível máximo de atividade
Expectativa de manutenção de medicação após alta
Cuidados com a ferida
Uso adequado de próteses e órteses
Sintomas a serem observados: febre, dor, vômitos, diarreia, sangramento, desnutrição
Quem e quando o cliente deve procurar se surgirem problemas
Onde conseguir informações adicionais sobre o câncer ou o tratamento 
Prioridades de orientação pós-operatória do cliente
 
Onde se localizam grupos de apoio e onde contatá-los
Recursos ou instituições que possam ajudar o cliente: fisioterapia, terapia ocupacional, terapia da palavra, agência de cuidados domiciliares
Onde o cliente pode obter suprimentos médicos
Cuidados de acompanhamento que possam ser necessários 
Quando o cliente pode voltar a trabalhar
Necessidade de readaptação profissional 
Quando o cliente pode voltar a dirigir 
Quando o cliente pode retomar as atividades sexuais 
RADIOTERAPIA
Radioterapia
É uma modalidade de tratamento oncológico em que ocorre exposição do tumor à radiação ionizante de forma controlada e direcional, visando à destruição das células expostas à radiação através da desestabilização do DNA celular e consequente destruição das células. 
O número de aplicações necessárias pode variar de acordo com a extensão e a localização do tumor, dos resultados dos exames e do estado de saúde do paciente. 
No planejamento do tratamento, é utilizado um aparelho chamado simulador. Pelas radiografias, o médico delimita a área a ser tratada, marcando a pele com uma tinta vermelha. Para que a radiação atinja somente a região marcada, em alguns casos, pode ser feito um molde de gesso.
CONDUTA DE ENFERMAGEM
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Integridade tissular prejudicada relacionada com a radioterapia
Infecção relacionada com as alterações da pele
Dificuldades no desempenho de atividades, relacionadas com a radioterapia 
Nutrição alterada, ingestão abaixo das necessidades corporais, relacionada com anorexia, náuseas e vômitos
Alteração da mucosa oral relacionada com a irradiação de cabeça e pescoço
Distúrbio da senso-percepção: paladar, relacionado com a irradiação de cabeça e pescoço
CONDUTA DE ENFERMAGEM
DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
Alteração do bem-estar, relacionada com tosse
Dificuldade de deglutição, relacionada com esofagite
Diarréia, relacionada com a irradiação pélvica
Padrão de eliminação urinária alterado, relacionada com a irradiação pélvica
Distúrbios de auto-estima, relacionados com alopecia
Ansiedade relacionado com a radioterapia
Déficit de conhecimento relacionado à radioterapia e às medidas de cuidados pessoais
EFEITOS COLATERAIS GERAIS	
Pele
 A pele sobre as regiões pode evidenciar reação já nas primeiras duas semanas
 O eritema cutâneo pode variar de leve, róseo-claro, a intenso e fosco.
 As reações variam, mas tendem a ser mais acentuadas nos que recebem grandes doses de radiação
 Áreas de pregas cutâneas, como axilas, região sub-mamária, períneo, virília e prega glútea também têm maior risco de apresentar reação
cutânea pelo maior calor, umidade e ausência de aeração.
 
Fadiga
 Pesquise a presença de padrão de fadiga
 Avalie a existência de fatores que aumentem ou reduzam a fadiga
 Monitore a presença de anemia no hemograma, pois a mesma intensifica o quadro
 Assegure um controle adequado de dor por medidas farmacológicas e não farmacológicas
 Providencie uma ingesta nutricional adequada
 Avalie o entendimento do cliente e da família sobre as causas da fadiga e a possibilidade de adaptação das atividades para manter ou melhor o desempenho
 
Anorexia
 Pesquise perda de apetite em clientes que recebem radioterapia
 Ajude o cliente a família a planejar formas de estimular o apetite, possibilitando comer de forma adequada e manter o peso corporal
 Oriente o cliente e a família quanto ao consumo de alimentos ricos em calorias e proteínas prontamente acessíveis
 Suplementos nutricionais especiais e alimentos rápidos cuidadosamente selecionados podem fornecer calorias e proteínas suplementares
 
Supressão da medula óssea
 As células do sangue devem ser monitoradas a cada um, duas ou três semanas, dependendo das terapias concomitantes.
 Pesquisar infecções, sangramento e cansaço.
 Planeje e oriente o cliente a família em relação às precaulções a serem adotadas na neutropenia, na trompocitopenia e na anemia. 
 
Esofagite
 Aproximadamente duas a três semanas após o início da terapia, o cliente pode perceber dificuldade ou dor para engolir e queixar-se de um ‘’caraço na garganta’’. 
 Ajude o cliente e a família a planejarem uma dieta pastosa, branda ou líquida, que forneça um alto teor de calorias e proteínas. 
 O uso de soluções anti-sépticas orais e revestimento e anestésicos antes das refeições pode reduzir o desconforto associado à alimentação e permitir ao paciente continuar a terapia 
 
Tórax
Os efeitos colaterais da radioterapia no tórax são esofagite e tosse. Os efeitos tardios incluem pneumonite* e, raramente, fibrose pulmonar.
A pneumonite por radiação pode ocorrer cerca de um a três meses após a radioterapia pulmonar. O sintomas incluem febre e dispneia. O efeito é semelhante ao da síndrome da angústia respiratória do adulto (SARA).
Fibrose por radiação pode ocorrer de seis a 12 meses após a conclusão do tratamento, o sintoma básico é a dispneia. 
Tosse
 Pesquisar características, intensidade e frequência da tosse e monitorar alterações nos ruídos pulmonares.
 Umidificar o ar e evitar irritantes, como fumaça, podendo reduzir a tosse.
 Pode estar indicado o uso de antitussígenos à base de codeína nos casos de tosse secas e renitentes que provoquem fadiga ou perturbem o sono. 
 
Abdome
 Náuseas e vômitos costumam ocorres nas primeiras seis horas após o tratamento, podendo durar de três a seis horas.
 Avalie o cliente quanto a ocorrência e o padrão das náuseas e vômitos. 
O uso profilático diário de antieméticos antes do tratamento e, se necessário, após o tratamento pode minimizar e aliviar as náuseas e os vômitos decorrentes da radioterapia. 
 
Diarréia
 Pesquise os padrões habituais de evacuação do cliente
 Em caso de diarreia, ajude-o e à sua família e planejar medidas para minimizá-la.
 Oriente-os sobre o uso de dietas pobres em resíduos.
 A redução de gordura na dieta também pode ajudar, pois gorduras são difíceis de digerir. 
 Avalie a compreensão do cliente e da família em relação ao emprego de medidas que minimizem a diarreia e o tenesmo, viando manter o padrão usual de evacuação. 
 
Edema cerebral
 O sintomas incluem cefaleias, náuseas, vômitos, convulsões, alterações visuais, incapacidade motora, fala arrastada e modificação das funções mentais.
Alopecia
A alopecia verificada depende da dose e da extensão da radiação aplicada ao couro cabeludo. 
Previna o cliente e a família com antecedência sobre essa possibilidade. 
Avalie sua repercussão. 
Forneça informações sobre o que pode ser feito para cobrir ou cuidar do couro cabeludo. 
 
Textura e coloração dos cabelos
 Recomenda-se que os cabelos sejam penteados ou escovados com suavidade. 
 Permanentes e tinturas de cabelos estão contra-indicados, pois podem irritar o couro cabeludo. 
 Também é aconselhável o uso de lenço, turbante, chapéu ou boné para proteger o couro cabeludo do vento, frio e sol. 
 Pode ser usada uma peruca. 
 Assegure-se de que o ajuste da peruca fique confortável, para não irritar ainda mais o couro cabeludo. 
 Um xampu neutro pode ser usado, devendo porém ser evitado o uso excessivo. 
Prioridades de orientação do cliente:
Oriente o cliente e a família sobre: 
O uso da radioterapia no tratamento do câncer. 
Ocorrências antes, durante e depois do ciclo de radioterapia: pareceres, simulação, tratamento diário, avaliações de rotina durante o transcurso da terapia e o acompanhamento.
 Fatores relacionados com o tempo: duração da estimulação, duração do tratamento diário, duração do ciclo de radioterapia. 
 Informação sobre o ambiente: descrição do ambiente, da sala do tratamento e o equipamento.
 Efeitos primários e efeitos colaterais da radioterapia. 
Que a radioterapia é um tratamento localizado e os efeitos colaterais específicos podem ser gerais ou específicos para o local. 
O que acontece e por que acontece. 
Quando aparecem os efeitos.
Quanto tempo dura os efeitos e quando regridem.
Que o cliente não fica radioativo; não há necessidade de isolá-lo da família e dos amigos. 
Preparo do cliente antes da terapia. 
Procedimentos envolvidos.
Restrições de visita: proibir visitantes abaixo de 18 anos, grávidas ou potencialmente grávidas. 
Necessidade de isolamento: isolamento temporário, o cliente permanece no quarto, cuidados de enfermagem apenas para atividades essenciais, o tempo despendido perto do cliente será restrito. Se o cliente com uma fonte radioativa foi ao banheiro, deve dar descarga duas ou três vezes após cada uso do vaso sanitário.
Sua atividade pode ser limitada, dependendo do procedimento;
Alta hospitalar: monitorar efeitos tardios, como cansaço, diarreia, infecções urinárias, etc.
Minimizando a exposição da enfermagem à radiação 
Princípios de TEMPO, DISTÂNCIA E PROTEÇÃO
TEMPO
 Minimize o tempo despendido nas proximidades do cliente. A exposição à radiação tem relação direta com o tempo de permanência a uma distância específica da fonte de radioatividade.
 Use o tempo com eficiência, organizando as atividade de cuidado e o material necessário antes de entrar no quarto do cliente, para evitar ter de voltar ali. Os cuidados diretos em geral ficam limitados meia hora por pessoa por turno. Estimule o cliente a realizar ele mesmo seus cuidados pessoais.
DISTÂNCIA
Maximize a distância do material radiativo. A quantidade de radiação diminui proporcionalmente ao inverso do quadrado da distância. Viite o paciente com frequência, mas mantenha-se na porta do quarto. 
PROTEÇÃO
 Quando apropriado, utilize proteção para reduzir a exposição à radiação. 
 No caso dos implantes de rádio ou césio, é necessário um escudo protetor de chumbo com uma polegada de espessura no leito para atenuar a radiação. A maioria dos cuidados de enfermagem é realizada sob a proteção desses escudos. Aventais de chumbo usados em radiologia diagnóstica não são suficientemente espessos para deter os raios, e, portanto, eu uso não é recomendado!
Quimioterapia
É considerada um tratamento sistêmico, que ataca pela corrente sanguínea todas as células cancerosas do organismo. 
A quimioterapia ataca as células que estão crescendo ativamente. 
No entanto, essas drogas não conseguem diferenciar as células normais, que são células de reprodução, das cancerígenas; como resultado, verificamos os efeitos secundários do tratamento. 
O objetivo primário da quimioterapia é eliminar as células cancerosas e impedir a recorrência da doença (o câncer voltar após o tratamento).
Quando não é possível uma eliminação, a quimioterapia pode ser usada para controle, por retardar o crescimento das células e/ou reduzir os sintomas causados
pelo câncer (chamado de terapia paliativa).
É administrada principalmente por via sistêmica (endovenosa)
De acordo com as suas finalidades, a quimioterapia é classificada em: 
Quimioterapia adjuvante: quando usado em conjunto com outra modalidade de tratamento (cirurgia, radioterapia, bioterapia) e com a finalidade de prevenir de micro metástases.
Quimioterapia neoadjuvante: administração de quimioterápicos para diminuir o tamanho do tumor antes da remoção cirúrgica ou da radioterapia.
Quimioterapia primária: tratamento de clientes com câncer localizado, para os quais há uma alternativa de controle do tumor
Quimioterapia paliativa: administração de quimioterápicos em clientes, com metástase diagnosticada ou recidiva do câncer.
Cuidando do paciente em quimioterapia
É importante que o planejamento do tratamento oncológico seja feito de forma individualizada. Para isso, são analisados diversos aspectos na tomada de decisão, tais como: sítio de origem do tumor, tamanho do tumor, grau de diferenciação das células, presença ou não de metástases, avaliação clínica do paciente e avaliação multiprofissional.
É importante que você conheça conceitos, objetivos, planejamento, cuidados de enfermagem e efeitos colaterais das diversas modalidades de tratamento oncológico.
A quimioterapia antineoplásica é o tratamento que utiliza agentes químicos, isolados ou em combinação, no tratamento de tumores malignos e que faz parte da maioria dos planejamentos de tratamento oncológico, principalmente aqueles sem condições imediatas de abordagem cirúrgica e/ou pela radioterapia.
Sempre que falarmos de tratamento do câncer, é importante ressaltar a importância da participação de uma equipe multiprofissional, envolvendo médicos (oncologistas, cirurgiões, radiologistas, radioterapeutas, patologistas, dentre outros), enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e muitos outros profissionais, devido à complexidade da doença e às diferentes abordagens terapêuticas.
 A equipe multiprofissional começa sua atuação desde o início do tratamento oncológico. Para que você possa atuar de forma harmoniosa com essa equipe, é muito importante conhecer as ações dos diferentes profissionais.
Cada profissional da equipe interdisciplinar tem uma parcela de participação importante no tratamento dos pacientes com câncer. Todas as informações colhidas, quando compartilhadas, subsidiam a atuação de todos os profissionais da equipe, promovendo aos pacientes uma assistência individualizada e específica às suas necessidades.
Atualmente, preconiza-se o uso de quimioterápicos em associação, o que é chamado de poliquimioterapia, ou seja, a utilização de duas ou mais drogas que, combinadas, agem de forma complementar, trazendo vantagens consideráveis ao tratamento.
 A superioridade da poliquimioterapia sobre a monoquimioterapia é justificada pela diminuição da resistência tumoral à ação dos fármacos e ao efeito sinérgico e da combinação das drogas. 
Os efeitos colaterais da terapêutica podem ser reduzidos pela utilização de dosagens menores de cada quimioterápico e, devido ao efeito tóxico, em intervalos e órgãos distintos.
Alguns tipos de câncer são passíveis de cura completa com tratamento quimioterápico exclusivo; podemos citar como exemplos os pacientes acometidos por linfomas, leucemias, tumores da infância e câncer de testículo. As quimioterapias curativas são usadas nos casos em que o tratamento tem como proposta a cura do paciente, deixando-o completamente livre de doença.
 No tratamento quimioterápico paliativo, o grau de desenvolvimento dos tumores, a extensão da doença, o acometimento de outras estruturas do corpo (metástases), associados às condições clínicas do paciente, impedem a realização de medidas curativas. Nesse caso, o tratamento quimioterápico tem como principal objetivo reduzir o tumor, estabilizar o quadro clínico e garantir uma melhor qualidade de vida.
Para o planejamento do tratamento quimioterápico, é muito importante que a equipe de saúde conheça as condições clínicas dos pacientes que necessitam desse tipo de tratamento com vistas a uma assistência humanizada e segura.
ONCOLOGIA 
Evanderson Samuel Quirino Silva
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