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Capítulo 4. PETIÇÃO INICIAL

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2017 - 07 - 18 
Curso Avançado de Processo Civil - Volume 2 - Edição 2016
SEGUNDA PARTE - PROCEDIMENTO COMUM DO PROCESSO DE CONHECIMENTO:
FASE POSTULATÓRIA
CAPÍTULO 4. PETIÇÃO INICIAL
Capítulo 4. PETIÇÃO INICIAL
4.1. Conceito
Em razão do princípio dispositivo, a iniciativa do processo, pela provocação da
atividade jurisdicional, outorga-se a algum dos sujeitos envolvidos no conflito ou a alguém
que, com base em autorização normativa, possa substituí-lo. O juiz não instaura o
processo de ofício - o que poderia afetar sua imparcialidade e mesmo perturbar a paz
social (v. vol. 1, n. 3.17). Claro que, uma vez iniciada a atuação jurisdicional, em razão de
seu caráter público, ela se desenvolverá por impulso oficial. Mas o início do processo
depende da manifestação da vontade da parte (art. 2.º do CPC/2015): uma demanda,
consubstanciada em um ato processual denominado petição inicial (art. 319 e ss. do
CPC/2015).
A petição inicial é o instrumento pelo qual se introduz a demanda em juízo. Essa
demanda tanto pode dizer respeito a um litígio, cuja solução se pleiteia (jurisdição
contenciosa), quanto à necessidade de intervenção judicial em um ato ou negócio jurídico
(jurisdição voluntária). Assim, conceito mais abrangente de petição inicial pode ser
formulado como o ato processual pelo qual se exerce o direito de ação, dando início à
atividade jurisdicional.
Trata-se do ato de começo do processo. Embora a relação jurídica processual só se
complete com a citação válida, o ajuizamento da petição inicial já produz alguns efeitos,
como o de interromper precariamente a prescrição (art. 240, § 1.º) ou o de estabelecer a
prevenção (art. 59).
No processo civil brasileiro, em princípio, a petição inicial tem forma escrita - e pode,
inclusive, ser veiculada por meio eletrônico (v. vol. 1, n. 26.4). Nos Juizados Especiais,
admite-se a apresentação verbal da demanda, com sua redução a termo escrito por
auxiliares judiciais (Lei 9.099/1995, art. 14, caput e § 3.º).
4.2. Elementos ("requisitos")
Embora o art. 2.º do CPC/2015 atribua à parte a iniciativa para dar início ao processo e
definir-lhe o objeto e o réu, disso não resulta irrestrita liberdade para a formulação da
petição inicial. O Código de Processo Civil estabelece elementos, enumerados no art. 319 e
destinados a assegurar que a peça inicial traga ao conhecimento do juiz todos os dados
necessários para a perfeita delimitação do objeto e dos sujeitos relativamente aos quais a
jurisdição irá atuar.
Por isso, pode-se dizer que os "requisitos" do art. 319 devem ser observados não apenas
no procedimento comum, mas em todas as modalidades de procedimento (inclusive os
especiais) e de processo (p. ex., inclusive no processo especial), com as devidas adaptações.
Afinal, independentemente da espécie de providência jurisdicional pleiteada, a petição
inicial tem sempre a finalidade de inaugurar o exercício do direito de ação e delimitar o
âmbito de atuação jurisdicional. A depender da modalidade de procedimento ou do tipo
de tutela pretendido, podem existir requisitos adicionais, que serão oportunamente
estudados. Mas os elementos essenciais previstos no art. 319 do CPC/2015, em grau maior
ou menor, com uma ou outra roupagem, estarão sempre presentes.
Em certa medida, a petição inicial deve ser exauriente, no sentido de desde logo
apresentar todos os elementos delineadores do objeto sobre o qual a jurisdição atuará
("objeto do processo" - pedido e causa de pedir). O que não for apresentado como pedido
ou causa de pedir na petição inicial apenas excepcionalmente o poderá ser depois: até a
citação, sem a concordância do réu; depois da citação, até o saneamento do processo:
apenas com a concordância do réu - art. 329 (os arts. 303, § 1.º, I, e 305 c/c 308 do CPC/2015,
atinentes aos pedidos de tutela antecipada e de tutela cautelar antecedentes, constituem
uma falsa exceção: os elementos que podem ser complementados depois concernem à
ação principal; os elementos da ação urgente têm de ser expostos desde logo). Trata-se do
princípio da "estabilidade da demanda" (v. n. 5.10, adiante).
A petição inicial reúne uma sequência de manifestações de vontade: vontade de
demandar, vontade de demonstrar a veracidade de fatos ocorridos, vontade de ver
reconhecida a incidência da norma jurídica e de extrair consequências jurídicas, tudo
aliado à necessidade de obter da jurisdição um "bem da vida". Ou vontade de demonstrar
fatos e expressar o desejo de validar uma situação não conflituosa, que necessita de
homologação. Essa estrutura se revela nos requisitos da petição inicial, a seguir
examinados.
4.2.1. Juízo a que é dirigida
O inc. I do art. 319 do CPC/2015 determina a indicação do juízo a que é dirigida a petição
inicial.
Não se trata de simples endereçamento de um requerimento, pois, em verdade, deve
levar em conta regras de competência. Ao dirigir a petição inicial a um determinado juízo,
o autor está identificando a competência para o caso concreto, ou verdadeiramente
escolhendo-a, nos casos em que essa seja prorrogável. Se o autor "escolhe" juízo que,
relativamente, é incompetente, esse pode tornar-se competente, caso o réu não se insurja
em preliminar de contestação (v. vol. 1, n. 6.8 e 6.10).
A doutrina adverte - e não é demais repetir - que não se trata do nome da autoridade
judiciária, mas sim do órgão, exatamente porque se está diante de exigência de
competência. Pouco importa qual seja a pessoa a exercer o cargo de juiz naquele órgão.
Basta que o órgão tenha competência para a causa.
Quando se tratar de causa de competência originária dos tribunais, como, por exemplo,
a ação rescisória, a petição inicial, em princípio, deve ser dirigida ao presidente do
tribunal competente, sempre independentemente do nome dessa autoridade (ou seja, é
endereçada ao órgão da presidência). Pouco importa o tratamento que seja dado à matéria
pelas leis de organização judiciária ou pelos regimentos internos dos tribunais
respectivos. Ainda que o relator venha a ser outro, que não o presidente do tribunal, a
petição inicial será endereçada a seu presidente - a quem incumbe determinar a
distribuição.
4.2.2. Partes e suas qualificações
O inc. II do art. 319 menciona os nomes, prenomes, estado civil, existência de união
estável, profissão, número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro
Nacional de Pessoa Jurídica, endereço eletrônico, domicílio e residência do autor e do réu.
Esse requisito vai além de mera exigência formal, pois se refere a uma das condições
para o exercício do direito de ação: a legitimidade, a que se refere o art. 485, VI, do
CPC/2015. Se a petição inicial é o instrumento pelo qual o direito de ação é exercido, nela
deve ser desde logo verificável - sempre que isso já seja possível - a existência das
condições da ação (sobre o tema, v. vol. 1, cap. 10). O interesse de agir está encartado na
causa de pedir e no pedido, de que se trata adiante.
Em regra, a aferição da legitimação ordinária funda-se essencialmente naquilo que
está descrito e postulado na petição inicial. Mas nem sempre a legitimidade pode ser
aferida apenas da análise da petição inicial, carecendo de elementos outros que somente
com o transcurso do processo serão demonstrados. Isso é bastante evidente em casos de
legitimação extraordinária, em que pode haver a necessidade de comprovação de aspectos
fáticos para a sua configuração (autorização assemblear; constituição prévia da entidade
associativa etc.). Mas mesmo nesses casos, é importante a identificação precisa das partes
na inicial, como ponto de partida para a verificação da legitimidade.
Além disso, tal identificação é imprescindível para a delimitação subjetiva dos efeitos
da litispendência e da posterior coisa julgada.
Assim, a perfeita individualização das partes que vão integrar a relação jurídica
processual exige a apresentação de:
a) nomes e prenomes do autor e do réu: sehouver litisconsórcio, todos os litisconsortes
devem ser nominados.
Se o réu é incapaz, incumbe ao autor desde logo identificar, sempre que possível,
também a pessoa do seu representante ou assistente (art. 71 do CPC/2015). Quem ocupa a
posição de parte é o incapaz, porém os atos processuais (inclusive a petição inicial) são
praticados através de outrem, por si só, ou em conjunto com o incapaz (no caso de
incapacidade relativa). É ônus do autor zelar para que ela seja devidamente observada,
inclusive no que concerne ao réu (art. 76, § 1.º, I, do CPC/2015).
No caso de pessoas jurídicas e outros entes coletivos, cabe ao autor identificar quem o
representa em juízo, com a devida documentação (atos constitutivos da sociedade etc.). Já
no que tange à pessoa jurídica que ocupa a posição de ré, não é razoável impor ao autor o
ônus de identificar internamente quem exerce sua representação. Cabe-lhe apenas
identificar com precisão sua sede, onde deverá estar seu representante legal. O oficial de
justiça tomará as providências cabíveis para localizá-lo e citá-lo - cabendo depois à pessoa
jurídica ré comparecer em juízo com sua representação regularizada, sob pena de revelia
(art. 76, § 1.º, II, do CPC/2015);
b) o estado civil e a existência de união estável: esse dado é importante para verificar
se a outorga uxória faz-se necessária, nos casos em que exigível (art. 73 do CPC/2015). A
ausência da menção ao estado civil de casado do réu ou da existência de união estável
pode ocasionar a falta de citação do cônjuge ou do companheiro, o que, muitas vezes, pode
gerar nulidade ou ineficácia da decisão final;
c) a profissão: também se exige, não só para individualizar o litigante, mas para definir
alguns aspectos da citação; o militar, por exemplo, será citado na unidade em que estiver
servindo, caso não se conheça sua residência ou nela não for encontrado (art. 243,
parágrafo único). Além disso, o conhecimento prévio da profissão das partes tem
relevância porque há casos em que esse dado traça algumas limitações à atividade
probatória, como, por exemplo, a dispensa de depoimento pessoal sobre fatos protegidos
por sigilo profissional (art. 388, II). Evidentemente, se esse dado do réu for desconhecido, o
autor simplesmente indicará essa circunstância;
d) domicílio, residência e endereço eletrônico: além de a citação só se viabilizar com o
conhecimento do exato local onde o réu é localizável, o que, à primeira vista, é o objetivo
desse requisito, existem outras razões para a necessidade de a petição inicial trazer o
domicílio, a residência e o endereço eletrônico de todas as partes litigantes. Alguns atos
processuais não são praticados por advogado, mas pela própria parte. A confissão é um
deles, nada obstante possa ser praticado por procurador com instrumento de mandato
específico para tal fim. Ademais, é dever da parte, pessoalmente, comparecer a juízo,
sempre que for determinado, bem como submeter-se à inspeção judicial (art. 379, I e II, do
CPC/2015). A regra, pois, é que aquele que está em juízo precisa poder ser localizado, para
a necessária intimação desses atos processuais. Daí a exigência do dispositivo. O código
confere à parte o ônus de informar e manter atualizado, no processo, o próprio endereço.
Nos termos do parágrafo único do art. 274, "presumem-se válidas as intimações dirigidas
ao endereço constante dos autos, ainda que não recebidas pessoalmente pelo interessado,
se a modificação temporária ou definitiva não tiver sido devidamente comunicada ao
juízo, fluindo os prazos a partir da juntada aos autos do comprovante de entrega da
correspondência no primitivo endereço";
e) o número das partes, conforme o caso, no cadastro de pessoas físicas ou jurídicas da
receita federal (CPF e CNPJ). A providência presta-se a facilitar a identificação de ações
anteriores idênticas ou semelhantes entre as mesmas partes.
O autor poderá requerer, na petição inicial, que sejam realizadas as diligências
necessárias para a obtenção dos dados a que não tiver acesso (art. 319, § 1.º). De todo o
modo, a falta de alguma das informações não implicará no indeferimento da petição
inicial se, ainda assim, o réu puder ser citado (art. 319, § 2.º), ou se for impossível ou
excessivamente oneroso para o autor obtê-las (art. 319, § 3.º).
4.2.3. Causa de pedir
O terceiro requisito da petição inicial diz respeito a outro elemento da ação, a causa de
pedir - a que o inc. III do art. 319 refere-se como "ofato e os fundamentos jurídicos do
pedido".
Na petição inicial, a causa de pedir (causa petendi) é elemento identificador da ação,
mostrando-se como indispensável delimitador da atividade jurisdicional que se seguirá. O
pedido delimita a parte decisória da sentença. Mas ele decorre da exposição fática e da
argumentação jurídica subsequente. Sua identidade própria depende da consideração de
seus fundamentos. Portanto, tanto o pedido quanto a causa de pedir são igualmente
delineadores da abrangência do provimento jurisdicional.
Como já consignou um dos autores em outra oportunidade: "Na ordem processual civil
brasileira, a causa de pedir é integrada (i) pela descrição dos fatos que servem de
fundamento ao pedido e (ii) pela correlação lógico-jurídica entre os fatos descritos e a
consequência jurídica pleiteada. Essas são, respectivamente, a causa fática (ou remota) e a
causa jurídica (ou próxima). Incumbe ao autor apenas narrar os fatos relevantes e
formular pedido que seja, ao menos em tese, compatível com esses fatos. Não é ônus
(perfeito) do autor - e, consequentemente, não integra a causa petendi - a descrição do
exato caminho jurídico pelo qual, com base naqueles fatos, chega-se àquelas
consequências. Também isso decorre do iura novit curia. Desse modo, não integram a
causa de pedir: nem o nomen iuris empregado pelo autor nem o enquadramento dos fatos
em uma específica hipótese de incidência normativa. No curso do processo, o juiz pode
rever essa tipificação, desde que se cinja aos limites do fundamento fático e dos efeitos
jurídicos pleiteados. Nas mesmas condições, também o autor pode alterar tal
enquadramento sem que isso afronte a estabilidade da demanda. Em contrapartida,
rejeitado o pedido fundado numa dada causa de pedir, não será tal mudança de
enquadramento que permitirá a repropositura da demanda: tal intento esbarrará na coisa
julgada".1
Assim, o sistema processual civil brasileiro adotou a teoria da substanciação, pela qual
a definição da causa de pedir é emergente de fatos (v. vol. 1, n. 9.4). Bem por isso, os fatos
que devem constar da petição inicial são os relevantes e pertinentes, vale dizer, aqueles
que embasam a pretensão expressada. Se todo direito se origina de fatos, são apenas os
que dão sustentáculo ao direito pretendido que devem constar da petição inicial, segundo
esse requisito. A teoria da substanciação contrapõe-se à teoria da "individuação", utilizada
em outros sistemas. Segundo a teoria da individuação, os fatos não seriam em si mesmos
relevantes para a definição da causa de pedir. A relevância residiria na qualificação
jurídica dos fatos.
Os fundamentos jurídicos do pedido não se confundem com fundamentos legais. A lei
não exige que o autor mencione, na petição inicial, os números dos artigos de lei em que
baseia seu pedido. Aliás, nem mesmo a errônea capitulação legal conduz à inépcia.
Tampouco é preciso atribuir aos institutos jurídicos o seu correto nome (nomen juris). O
emprego de terminologia inadequada (p. ex., chamando-se de dolo algo que, pelos fatos
descritos, seria erro) não torna a petição inicial inepta. O que o requisito impõe é que,
expostos os fatos, passe o autor a demonstrar as consequências jurídicas que dos fatos
entende resultantes. Ou seja, que a relação jurídica conflituosa emergiu dos fatos
narrados. Portanto, o fundamento jurídico nada mais é do que o nexo de causalidade
entre os fatos e o pedido. Ou, ainda, é a demonstração de que, dos fatos apresentados,surgiu para o autor o direito que busca obter no pedido.
O nome que se dê à ação é irrelevante, tanto que o art. 319 não o exige. Para a
verificação de litispendência, coisa julgada ou perempção, o que importa é a análise dos
elementos da ação: partes, pedido e causa de pedir, em nada interessando qual o nome
que tenha sido atribuído.
4.2.4. O pedido
O art. 319, IV, exige a inclusão, na inicial, do "pedido com as suas especificações". É o
pedido que demonstra o objeto litigioso. É o elemento central da petição inicial, pois
expressa o provimento jurisdicional que o autor espera obter. Vale dizer, o pedido é a
solução que o autor pretende que seja dada à situação reclamada.
Como já exposto (vol. 1, n. 9.3), o pedido desdobra-se em dois aspectos: o imediato e o
mediato. O pedido mediato concerne, propriamente, ao bem de vida almejado (um carro;
uma quantia em dinheiro; a defesa da honra; a eliminação de uma dúvida quanto a uma
paternidade etc.). O pedido imediato, de cunho processual, refere-se ao provimento
jurisdicional pretendido (declaração, condenação, constituição, desconstituição,
mandamento, execução etc.).
Por sua importância, o tema é objeto de capítulo próprio, a seguir.
4.2.5. O valor da causa
Além de expressamente exigido no art. 319, V, do CPC/2015, também os arts. 291 e 292,
do mesmo dispositivo, não deixam qualquer dúvida quanto à obrigatoriedade de a petição
inicial expressar o valor da causa, ainda que esta não tenha conteúdo econômico imediato,
ou mesmo que não possua nenhum conteúdo econômico. A cogência da norma é patente,
por mais que, muitas vezes, possa parecer sem sentido atribuir um valor pecuniário a
causas destituídas de conteúdo patrimonial.
O art. 292 indica como será definido o valor da causa em determinadas hipóteses: será
a soma atualizada do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades até a
propositura da ação, na ação de cobrança de dívida (inc. I); o valor do ato ou da parte
controvertida, quando o litígio versar sobre ato jurídico (inc. II); a soma das doze
prestações mensais, na ação de alimentos (inc. III); o valor da avaliação da área ou do
bem, para as ações de divisão, de demarcação e de reivindicação (inc. IV); o valor
pretendido, na ação de indenização (inc. V); a quantia correspondente à soma dos valores
de todos os pedidos, quando cumulados (inc. VI); o pedido de maior valor, no caso de
serem alternativos (inc. VII); e o valor do pedido principal, caso haja também um
subsidiário (inc. VIII).
Mas, mesmo nos casos que não se enquadrem nessas hipóteses, é imprescindível
atribuir-se à causa valor que seja o mais consentâneo possível com sua dimensão
econômica - como deixa claro o art. 291.
A atribuição do valor à causa é relevante para vários efeitos processuais.
Em alguns casos, o valor da causa interfere na definição da competência, como, por
exemplo, a dos Juizados Especiais Cíveis (Lei 9.099/1995, art. 3.º, I; Lei 10.259/2001, art. 3.º;
Lei 12.153/2009, art. 2.º). Aliás, nada obsta que as leis de organização judiciária criem
varas especializadas para julgamentos de causas conforme o valor a elas atribuído.
Também tem o valor da causa reflexo nas custas, que, em função dele, são calculadas.
Ainda, por imposição do art. 85, § 2.º, do CPC/2015, a sentença condenará o vencido nos
honorários advocatícios (sucumbenciais), que são calculados com base na condenação, no
proveito econômico ou, se não for possível auferi-lo, no valor atribuído à causa.
Representativos que são da remuneração do profissional, devem ser justos, nem
exacerbados, nem irrisórios. Por isso, os honorários devem manter perfeita correlação
não só com o trabalho despendido, mas também com o benefício que a parte terá com o
resultado da ação. Então, o valor da causa não pode estar desatrelado desses parâmetros,
ainda que se trate de direito insuscetível de apreciação econômica.
Além disso, o valor da causa pode constituir parâmetro para o cabimento de recursos.
Por exemplo, a Lei 6.830/1980 exclui o cabimento de alguns recursos nas execuções fiscais
e respectivos embargos de valor inferior a determinado montante (art. 34 da Lei
6.830/1980).
Caso o réu entenda incorreto o valor atribuído à causa pelo autor, poderá impugná-lo,
em preliminar de contestação, sob pena de preclusão (art. 337, III - v. n. 8.2.1, c, adiante).
Impugnado o valor da causa, o juiz proferirá decisão determinando, se for o caso, que as
custas sejam complementadas (art. 293).
4.2.6. As provas que serão produzidas
O inc. VI do art. 319 determina que a petição inicial informe "as provas com que o autor
pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados". Reconhece-se, na doutrina e
jurisprudência, que o autor não tem o ônus de indicar detalhadamente tudo o que
pretende provar, mas tão somente os meios de prova de que se servirá para tanto. Da
mesma forma, nesse momento não é necessário o elenco das testemunhas nem, no caso de
prova pericial, a expressa menção do objeto da perícia ou a apresentação de quesitos.
Enfim, a prática consagrou o mero protesto genérico pela futura produção de provas, sem
maiores especificações. Daí que, antes do julgamento conforme o estado do processo (cap.
12, adiante), o juiz deve abrir às partes a oportunidade para a efetiva especificação das
provas. Sobre o tema, veja-se o n. 13.12.2, adiante.
4.2.7. Manifestação sobre a audiência de conciliação ou mediação
O inc. VII do art. 319 prevê a necessidade de o autor se manifestar caso não deseje a
realização da audiência de conciliação ou mediação. Tratando-se de direitos que admitam
autocomposição, a audiência não acontecerá desde que ambas as partes (autor e réu)
manifestem desinteresse na sua realização. A teor do que preceitua a regra do art. 334, §
5.º, o autor deverá manifestar seu desinteresse na petição inicial e o réu deverá fazê-lo por
petição simples, apresentada em até dez dias antes da data da audiência. No caso de
litisconsórcio (ativo ou passivo), o desinteresse deverá necessariamente ser manifestado
por todos os litisconsortes (art. 334, § 6.º).
Portanto, se o autor nada disser a respeito na petição inicial, a audiência será marcada,
ainda que o réu manifeste seu desinteresse. O que não se descarta, porém, é que, embora
não tendo na petição inicial indicado o desinteresse na audiência, o autor, depois, diante
de manifestação do réu nesse sentido, formule expressa manifestação de desinteresse. A
esse respeito, v. n. 7.2, adiante.
4.2.8. Encerramento
A praxe consolidou-se em encerrar a petição inicial com a inclusão do nome da
localidade, a data de sua realização e a assinatura do subscritor. Nada disso consta do
elenco do art. 319.
Quanto ao local e a data, a sua falta não ocasiona qualquer consequência prática. Tanto
um quanto outro não interferem em nada no ato processual. Pouco importa onde a
petição inicial é redigida, a competência será fixada pelo local onde a demanda for
proposta. Da mesma forma, de nada vale a data nela expressada, pois é o momento do
protocolo que gera efeitos jurídicos (como, por exemplo, o de interromper, ainda que
precariamente, a prescrição).
O mesmo não se pode dizer da assinatura. O Novo Código de Processo Civil não a exige
expressamente, no art. 319, mas é um requisito da petição inicial, por ser inerente à
prática de um ato processual. Embora seja sensível a tendência de "deformalização" do
processo, com a aceitação de validade de atos praticados independentemente do respeito à
forma preestabelecida, o sistema processual ainda exige que certos atos sejam praticados
na forma escrita, e assinados, a fim de que se possa identificar sua autoria. A assinatura
do advogado é imprescindível para a validade da petição inicial, até porque se trata de ato
privativo de quem é advogado (capacidade postulatória, conforme art. 1.º, I, do Estatuto
da Advocacia - Lei 8.906/1994).
Mas é um defeito perfeitamente corrigível. Constatada a faltada assinatura, o
advogado deve ser intimado para apô-la. A petição apenas deverá ser indeferida, e o
processo, extinto, se, uma vez intimado, o advogado não comparecer para corrigir o
defeito ou, comparecendo, indicar que não reconhece a petição como sua, recusando-se a
assiná-la. Por outro lado, é possível que só se perceba o defeito já no curso do processo,
depois de outros atos terem sido praticados. Nesse caso, se o próprio advogado cuja
assinatura faltara praticou novos atos no processo, torna-se desnecessário - ou pelo menos
passa a constituir providência cuja inobservância gera mera irregularidade, irrelevante - o
suprimento da assinatura. A conduta do advogado, ao praticar outros atos no processo em
nome do autor, por si só serve de ratificação da petição inicial: não haverá dúvidas de que
tal ato é a ele imputável. Por fim, não custa ressaltar que a falta de assinatura na petição
inicial só é um problema apto a gerar seu indeferimento se nenhum procurador judicial
do autor a houver assinado. Se, por exemplo, foram consignados dois nomes de advogados
no encerramento e só um deles assinou, a falta da outra assinatura é irrelevante. Basta a
subscrição de um advogado.
A Lei 11.419/2006, que disciplina o processo eletrônico, previu a possibilidade e os
requisitos para a assinatura eletrônica, tanto das petições como das procurações. A lei
considera assinatura eletrônica as seguintes formas de identificação inequívoca do
signatário: a) assinatura digital baseada em certificado digital emitido por Autoridade
Certificadora credenciada, na forma de lei específica; b) mediante cadastro de usuário no
Poder Judiciário, conforme disciplinado pelos órgãos respectivos (art. 1.º, § 2.º, III). O art.
2.º da Lei prevê que "o envio de petições, de recursos e a prática de atos processuais em
geral por meio eletrônico serão admitidos mediante uso de assinatura eletrônica, na
forma do art. 1.º desta Lei, sendo obrigatório o credenciamento prévio no Poder Judiciário,
conforme disciplinado pelos órgãos respectivos". Veja-se o vol. 1, n. 26.4.
4.3. Emenda à inicial
Se a petição inicial não cumprir os requisitos do art. 319 do CPC/2015, ou não for
suficientemente clara, contendo aspectos obscuros, de molde a impossibilitar o
processamento e julgamento, o juiz mandará que o autor a complemente ou esclareça -
indicando expressamente o que deve ser corrigido ou esclarecido -, no prazo de quinze
dias, sob pena de indeferimento. A essa alteração da petição inicial o art. 321 do CPC/2015
denominou emenda. A determinação legal de que o juiz indique "com precisão" o que deve
ser emendado é expressão do princípio da cooperação (art. 6.º). Dele se extraem os
deveres de prevenção e de esclarecimento. De acordo com o primeiro, o juiz deve sempre
advertir as partes sobre os riscos e deficiências das manifestações e estratégias por elas
adotadas, conclamando-as a corrigir os defeitos sempre que possível. Já o segundo dever
impõe que o juiz se esclareça quanto às manifestações das partes, questionando-as quanto
a obscuridades em suas petições e determinando que tornem mais claros ou especifiquem
requerimentos feitos em termos confusos ou genéricos.2 A regra do art. 321 também
atende ao princípio da eficiência, que deve nortear a prática de todos os atos públicos (art.
8.º).
A emenda apresenta dupla função: ao mesmo tempo que permite ao juiz esclarecer-se
sobre os elementos da causa, também se presta a dar ao réu melhor oportunidade de
defesa, pois quão melhor for a apreensão do réu do que está expresso na petição inicial,
maiores serão suas chances de responder adequadamente.
Sob o CPC/1973, era pacífico o entendimento, tanto doutrinário quanto jurisprudencial,
no sentido de que a emenda poderia ser realizada mais de uma vez. Essa orientação, digna
de elogios, permanece válida e é até reforçada, na vigência do CPC/2015, que
expressamente consagra a cooperação (art. 6.º), o dever judicial de correção de defeitos
(art. 139, IX, do CPC/2015) e a preferência pela solução de mérito (arts. 317 e 488 do mesmo
dispositivo). Se, utilizado o disposto no art. 321, a emenda, embora feita pelo autor, não for
adequada, deve o juiz repetir o ato, em vez de simplesmente decretar a extinção do
processo. Esta deve ser evitada sempre que possível e admissível.
Expressão eloquente dessa diretriz está presente no art. 319, §§ 1.º e 2.º, que dispõe
sobre hipóteses em que, mesmo faltando dados exigidos pelo inc. II do caput, não deve a
petição inicial ser indeferida.
Observe-se, também, que a emenda à petição inicial não se confunde com aditamento
do pedido, previsto no art. 329 do CPC/2015, que apenas pode ocorrer antes da citação,
independentemente do consentimento do réu, ou até o saneamento, se houver tal
consentimento (v. tópico 5.10, adiante).
Conceito
Elementos (art. 319
do CPC/2015)
O Juízo a que é dirigido
Partes e suas qualificações
Nomes e prenomes
Estado civil ou existência de
união estável
Profissão
CPF ou CNPJ
Endereço eletrônico
Domicílio e residência
Causa de pedir
Fatos
Fundamentos jurídicos do
pedido
O pedido
O valor da causa
As provas que serão produzidas
Manifestação sobre realização de audiência de conciliação ou
mediação
Encerramento (assinatura do advogado - capacidade
postulatória)
Emenda à inicial (art.
321 do CPC/2015)
 Prazo de quinze dias
 Complementar ou esclarecer
 Indicação precisa - prevenção e esclarecimento
 Princípio da eficiência
 Dever judicial de correção de defeitos
 Preferência pela solução de mérito
Doutrina Complementar
·          Alexandre Freitas Câmara(O Novo Processo...,p. 188) considera que o momento
de verificar a indicação e qualificação das partes na petição inicial (art. 319, II, CPC/2015)
merece flexibilização: "Evidentemente, nem sempre o autor disporá de todos estes elementos.
Poderá ele, então, requerer ao juiz da causa a realização das diligências necessárias para
sua obtenção (art. 319, § 1.º). De toda sorte, não será indeferida a petição inicial (nem será o
caso de mandar emenda-la) se, despeito da falta de algum desses elementos, for possível a
citação do réu (art. 319, § 2.º). Assim, por exemplo, em um caso em que não se tenha o nome
completo do réu, mas seja o autor capaz de indicar um apelido pelo qual seja ele conhecido, e
que se revele suficiente para permitir sua identificação por um oficial de justiça ou por um
carteiro, já se terá por regularmente elaborada a petição inicial. (...) Impende ainda ter claro
que não se pode indeferir (e, com mais razão ainda, não se pode sequer determinar a
emenda) a petição inicial pela ausência de algum dos elementos indicados no inc. II do art.
319 quando isto implicar a impossibilidade (ou um obstáculo excessivamente oneroso) ao
acesso à justiça (art. 319, § 3.º). É o que se tem, por exemplo, no caso de um estrangeiro que,
a turismo no Brasil, precise por algum motivo ir a juízo propor uma demanda. Exigir dele a
indicação do número de inscrição no CPF, por exemplo, seria absurdo, já que este é um
cadastro de contribuintes do fisco brasileiro. E não se pode considerar que a falta de
indicação deste dado acarrete vício da petição inicial, sob pena de se violar a garantia de
amplo e universal acesso à justiça. Em casos assim, pois, o requisito deve ser dispensado".
·          Humberto Theodoro Júnior (Curso..., 56. ed., vol. 1, p. 751; 753) conceitua: "O
veículo de manifestação formal da demanda é a petição inicial, que revela ao juiz a lide e
contém o pedido da providência jurisdicional, frente ao réu, que o autor julga necessária
para compor o litígio". Em seu sentir, faz o autor duas manifestações na petição inicial: "
(a) a demanda da tutela jurisdicional do Estado, que causará a instauração do processo,
com a convocação do réu; (b) o pedido de uma providência contra o réu, que será objeto de
julgamento final da sentença de mérito". Quanto aos requisitos,afirma, em relação aos
fundamentos jurídicos, que "não é obrigatória ou imprescindível a menção do texto legal
que garanta o pretenso direito subjetivo material que o autor opõe ao réu. Mesmo a
invocação errônea de norma legal não impede que o juiz aprecie a pretensão do autor à
luz do preceito adequado. O importante é a revelação da lide através da exata exposição
do fato e da consequência jurídica que o autor pretende atingir. Ao juiz incumbe
solucionar a pendência, segundo o direito aplicável à espécie: iura novit curia".
·                  Luis Guilherme Aidar Bondioli (Breves..., p. 819; 821) discorre a respeito da
dispensa do requerimento para a citação do réu na inicial pelo CPC/2015: "O legislador não
mais arrola como requisito da petição inicial o requerimento para a citação do réu,
previsto no inc. VII do art. 282 do CPC/1973. Trata-se de salutar inovação, que traz consigo
a ideia de que a citação do réu é providência que o juiz deve tomar de ofício, uma vez
ausentes as causas de indeferimento da petição inicial. Afinal, depois de tanto narrar e
pedir, é claro que o autor quer que o réu seja citado; era ociosa a exigência de uma
solicitação para tanto". Ainda, a respeito da inovação legislativa que determina a
indicação pelo juiz do que deve ser corrigido ou completado ao verificar que a petição
inicial não preenche os requisitos arrolados nos arts. 319 e 320 do CPC/2015 (art. 321,
caput, CPC/2015): "tal indicação já era exigida, em razão do dever de motivação das
decisões judiciais (art. 93, IX, da CF/1988). Um pronunciamento de emenda ou
complementação da petição inicial somente pode ser considerado suficientemente
motivado se apontar o que deve ser emendado ou completado. Todavia, infelizmente,
muitos juízes têm emitido pronunciamentos lacônicos nessas circunstâncias,
determinando correções ou complementos sem apontar o que se entende necessário
corrigir ou completar. Tais pronunciamentos lacônicos deixam o autor sem saber o que
fazer para ter sua petição inicial recebida pelo julgador e com a perspectiva de ter o
processo liminarmente extinto sem julgamento do mérito. É justamente para combater
esse laconismo que o legislador inseriu no texto da lei a determinação de que o juiz
indique precisamente o que espera do autor em relação à petição inicial".
·                  Nelson Nery Jr. e Rosa Maria de Andrade Nery (Comentários..., p. 884; 885)
conceituam: "A petição inicial é a peça inaugural do processo, pela qual o autor provoca a
atividade jurisdicional, que é inerte (CPC/2015, 2.º). É a peça processual mais importante
pelo autor, porque é nela que se fixam os limites da lide (CPC/2015, 141 e 489), devendo o
autor deduzir toda a pretensão, sob pena de preclusão consumativa, isto é, de só poder
fazer outro pedido por ação distinta. É um silogismo que contém premissa maior,
premissa menor e a conclusão". Sobre os requisitos, afirmam que "devem estar presentes
sempre, qualquer que seja a natureza da ação. A imperatividade do tempo verbal
('indicará') nos faz concluir que os requisitos são imprescindíveis. A falta de um dos
requisitos da petição inicial pode ensejar a sua inépcia, o que impede o prosseguimento do
processo, com o indeferimento da inicial, caso não emendada ou completada (CPC/2015,
321 parágrafo único). Os elementos da ação (partes, causa de pedir e pedido) são os
requisitos mais importantes da petição inicial: quem, porque e o quê se pede". Abordam o
princípio da congruência entre pedido e sentença, asseverando que "o juiz deve decidir de
acordo com o que foi pedido (CPC/2015, 492). O autor é quem limita o pedido, na petição
inicial (CPC/2015, 141). Não pode o juiz decidir fora (extra), acima (ultra) ou abaixo do
pedido (citra ou infrapetita). Sentença infrapetita pode ser corrigida por embargos de
declaração, pois terá havido omissão do juiz quanto a uma parte ou um dos pedidos
(CPC/2015, 1.022, II). Sentença extra ou ultrapetita pode ser corrigida por apelação".
·                  Teresa Arruda Alvim Wambier, Maria Lúcia Lins Conceição, Leonardo
Ferres da Silva Ribeiro e Rogerio Licastro Torres de Mello (Primeiros..., p. 547; 548), em
comentário ao art. 319 do CPC/2015, ressaltam: "Salutar a inovação relativa à necessidade
da declaração da existência de união estável de pessoa física que sejam partes, já que o
instituto gera efeitos similares aos do casamento. Inclusive, o CPC/2015, art. 73, § 3.º, no
que tange à necessidade de citação (integração da capacidade) para os casos em que se
discute sobre propriedade de bem IMÓVEL, incluiu a figura do companheiro". Ainda,
"ponto alto deste dispositivo é a necessidade de o autor se manifestar sobre dever ou não
haver a audiência de conciliação ou de mediação. Deve dizer que não quer, sob pena de a
audiência ser marcada, sem possibilidade, neste caso, de emenda à inicial".
Enunciados do FPPC
N. 81. (Art. 932, V, CPC/2015) Por não haver prejuízo ao contraditório, é dispensável a
oitiva do recorrido antes do provimento monocrático do recurso, quando a decisão
recorrida: (a) indeferir a inicial; (b) indeferir liminarmente a justiça gratuita; ou (c) alterar
liminarmente o valor da causa.
N. 139. (Arts. 287 e 15, CPC/2015) No processo do trabalho, é requisito da petição inicial
a indicação do endereço, eletrônico ou não, do advogado, cabendo-lhe atualizá-lo, sempre
que houver mudança, sob pena de se considerar válida a intimação encaminhada para o
endereço informado nos autos.
N. 145. (Arts. 319 e 15, CPC/2015) No processo do trabalho, é requisito da inicial a
indicação do número no cadastro de pessoas físicas ou no cadastro nacional de pessoas
jurídicas, bem como os endereços eletrônicos do autor e do réu, aplicando-se as regras do
novo Código de Processo Civil a respeito da falta de informações pertinentes ou quando
elas tornarem impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
N. 149. (Art. 333, § 4.º, CPC/2015) Caso o aditamento ou emenda da petição inicial para
a ação coletiva não seja realizado no prazo fixado pelo juiz ou não seja recebido, o
processo seguirá como individual.
N. 154.(Arts. 354, parágrafo único, e 1.015, XII, do CPC/2015) É cabível agravo de
instrumento contra ato decisório que indefere parcialmente a petição inicial ou a
reconvenção.
N. 178.(Arts. 554 e 677, CPC/2015) O valor da causa nas ações fundadas em posse, tais
como as ações possessórias, os embargos de terceiro e a oposição, deve considerar a
expressão econômica da posse, que não obrigatoriamente coincide com o valor da
propriedade.
N. 188. (Art. 700, § 5.º, CPC/2015) Com a emenda da inicial, o juiz pode entender idônea
a prova e admitir o seguimento da ação monitoria.
N. 248.(Arts. 134, § 2.º, e 336, CPC/2015) Quando a desconsideração da personalidade
jurídica for requerida na petição inicial, incumbe ao sócio ou a pessoa jurídica, na
contestação, impugnar não somente a própria desconsideração, mas também os demais
pontos da causa.
N. 281.(Art. 319, III, CPC/2015) A indicação do dispositivo legal não é requisito da
petição inicial e, uma vez existente, não vincula o órgão julgador.
N. 282.(Arts. 319, III, e 343, CPC/2015) Para julgar com base em enquadramento
normativo diverso daquele invocado pelas partes, ao juiz cabe observar o dever de
consulta previsto no art. 10.
N. 283.(Arts. 319, § 1.º, 320 e 396, CPC/2015) Aplicam-se os arts. 319, § 1.º, 396 a 404
também quando o autor não dispuser de documentos indispensáveis à propositura da
ação.
N. 292.(Arts. 4.º, 330 e 321, CPC/2015) Antes de indeferir a petição inicial, o juiz deve
aplicar o disposto no art. 321.
N. 293.(Arts. 331, 332, § 3.º, e 1.010, § 3.º, CPC/2015) Se considerar intempestiva a
apelação contra sentença que indefere a petição inicial ou julga liminarmente
improcedente o pedido, não pode o juízo a quo retratar-se.
N. 296. (Arts. 338 e 339, CPC/2015) Quando conhecer liminarmente e de ofício a
ilegitimidade passiva, o juiz facultaráao autor a alteração da petição inicial, para
substituição do réu, nos termos dos arts. 338 e 339, sem ônus sucumbenciais.
N. 366.(Art. 1.047, CPC/2015) O protesto genérico por provas, realizado na petição
inicial ou na contestação ofertada antes da vigência do CPC, não implica requerimento de
prova para fins do art. 1.047.
N. 367.(Arts. 312, 503 e 1.054, CPC/2015) Para fins de interpretação do art. 1.054,
entende-se como início do processo a data do protocolo da petição inicial.
N. 424. (Art. 319 do CPC/2015; art. 15 da Lei 11.419/2006) Os parágrafos do art. 319
devem ser aplicados imediatamente, inclusive para as petições iniciais apresentadas na
vigência do CPC/1973.
N. 425. (Arts. 321 e 106, § 1.º, CPC/2015) Ocorrendo simultaneamente as hipóteses dos
art. 106, § 1.º, e art. 321, caput, o prazo de emenda será único e de quinze dias.
N. 488. (Arts. 64, §§ 3.º e 4.º, e 968, § 5.º, CPC/2015; art. 4.º da Lei 12.016/2009) No
mandado de segurança, havendo equivocada indicação da autoridade coatora, o
impetrante deve ser intimado para emendar a petição inicial e, caso haja alteração de
competência, o juiz remeterá os autos ao juízo competente.
N. 519. (Arts. 450, 319, § 1.º, e 6.º, CPC/2015) Em caso de impossibilidade de obtenção ou
de desconhecimento das informações relativas à qualificação da testemunha, a parte
poderá requerer ao juiz providências necessárias para a sua obtenção, salvo em casos de
inadmissibilidade da prova ou de abuso de direito.
Bibliografia
Fundamental
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Didier Jr., Eduardo Talamini e Bruno Dantas (coords.), Brevescomentários ao Novo Código
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Complementar
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torno da petição inicial, RePro 119/11; Carlos Biasotti, Da petição inicial: generalidades, RT
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petição inicial, RT 479/247; Cleucio Santos Nunes, Pronunciamento da prescrição de ofício
por juiz incompetente: exegese construída a partir da nova redação do art. 219 do CPC -
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© desta edição [2016]
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FOOTNOTES
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2
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em: [www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI226236,41046-
Cooperacao+no+novo+CPC+primeira+parte+os+deveres+do+juiz]. Acesso em: 24.02.2016.

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