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Laudo Ergonomico

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MES / XXXX
ÍNDICE
	Item
	Assunto
	Página
	
	
	
	I
	Informações Gerais da Empresa e Objetivo do Trabalho
	3
	
	
	
	II
	Introdução
	4
	
	
	
	III
	Metodologia
	5
	
	
	
	IV
	Avaliação Ergonômica dos Postos de Trabalho
	10
	
	
	
	VI
	Conformidade em Relação à NR-17 - Ergonomia
	12
	
	
	
	VII
	Recomendações e Comentários Gerais
	14
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
I. INFORMAÇÕES GERAIS DA EMPRESA E OBJETIVO DO TRABALHO 
Endereço: 
Ramo de atividade: Salão de Beleza
Grau de Risco: 
Data das Avaliações: XXXXXX
Objetivo: 
Proceder a avaliação ergonômica dos postos de trabalho, bem como apresentar recomendações aos trabalhadores no momento das entrevistas e as que constam neste laudo, que venham a eliminar ou minimizar possíveis situações anti-ergonômicas observadas.
Alvo da Análise:
Postos de trabalho das cabeleireiras e das manicures deste Salão de Beleza.
Análise da Demanda:
O principal motivo que levou-nos a analisar estes postos de trabalho foi a grande incidência de queixas músculo-esqueléticas relacionadas às atividades desenvolvidas por estes profissionais.
 
II. INTRODUÇÃO 
Ergonomia é a ciência das pessoas no trabalho. Ela envolve a aplicação dos conhecimentos sobre as características do ser humano para beneficiar seu bem-estar e os resultados de seu trabalho e da empresa. Qualquer atividade industrial pode ser vista como um sistema homem-máquina dentro de um certo ambiente. Qualquer sistema existe para atingir objetivos pela consecução de certas funções. Na maioria das atividades industriais o ser humano preenche muitas destas funções. Exposição a condições de trabalho adversas podem resultar em dores momentâneas, fadiga e lesões a médio e longo-prazo.
Ambientes de trabalho com projeto inadequado contribuem para reduzir a eficiência, produção, qualidade e aumentar o absenteísmo e os custos de produção. A ergonomia está preocupada em fazer a interface homem-máquina e homem-ambiente tão segura, eficiente e confortável quanto possível, preocupando-se em primeiro plano com a saúde do trabalhador e sua satisfação pelo trabalho e em segundo plano com o aumento da lucratividade da empresa.
Além da visão prevencionista que deve nortear o trabalho das empresas, a Portaria nº 3.214/78, da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, em sua Norma Regulamentadora nº 17 - Ergonomia, com nova redação dada pela Portaria nº 3751, de 23/11/1990, estabelece parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente, e que deve ser observada e implementada pelos empregadores. 
III. METODOLOGIA
Em linhas gerais foram analisados e considerados em cada posto de trabalho todos os requisitos da Norma Regulamentadora nº 17 - Ergonomia, quais sejam:
Mobiliário dos postos de trabalho como: mesas, cadeiras, dimensões, recursos, adequação ergonômica;
Espaço de trabalho;
Repetição;
Força das mãos;
Posturas adotadas no trabalho;
Avaliação qualitativa e quantitativa das condições ambientais: ruído, temperatura e iluminamento;
Aspectos gerais ligados à organização do sistema de trabalho.
As condições de conforto como ruído e conforto térmico foram avaliadas com base nos itens 17.5.2 a/b/c/d, da NR-17.
As condições de iluminamento foram avaliadas com base no item 17.5.3 e sub-itens, da NR-17.
Os níveis de iluminamento utilizados como referência, bem como a metodologia de medição, são aqueles determinados pela Norma Brasileira NBR 5413 - Iluminância de Interiores.
Os níveis de iluminamento foram medidos com um luxímetro modelo LX-102, marca Lutron.
Os níveis de ruído foram avaliados com decibelimetro marca Lutron, modelo SL-4001.
O conforto térmico foi avaliado através do:
a) calor: Indicador de Temperatura digital marca Politeste, modelo TGM100, com escala de –50ºC a 100ºC;
b) umidade relativa do ar: Termo Higrômetro MTH-1380 marca Minipa.
Para a realização da análise ergonômica de cada posto de trabalho, foram utilizadas as seguintes metodologias:
Observações de campo de forma a abranger todos os tipos de mobiliários do salão de beleza, assim como as condições ambientais de trabalho acima descritas.
Entrevistas com os colaboradores buscando avaliar o potencial de risco de cada posto de trabalho, bem como situações relacionadas à própria organização do trabalho.
Recurso fotográfico a fim de permitir uma análise complementar para identificação de situações antiergonômicas e possíveis soluções.
Orientações aos colaboradores durante o processo de avaliação a fim de sanar dúvidas com relação ao mobiliário, posturas adotadas.
Foi utilizada a escala psicofísica de Borg como ferramenta auxiliar para avaliação de forças. Segue a classificação abaixo:
	Escala Psicofísica (Borg)
	0.5
	Muito, Muito Leve
	1
	Muito Leve
	2
	Leve
	3
	
	4
	Até Certo Ponto Pesado
	5
	Moderadamente Pesado
	6
	
	7
	Pesado
	8
	Muito Pesado
	9
	Muito, Muito Pesado
	10
	Máximo
	Classificação do Esforço
	0,5 - 3
	Esforço Leve
	4 - 6
	Esforço Moderado
	7 - 10
	Esforço Pesado
A maioria das pessoas entre nós pode dizer se um grupo de músculos está carregado com muito peso ou levemente carregado. No caso de haver dificuldade ao fazer a avaliação, a escala psicofísica de 10 pontos pode ser usada para classificar o esforço físico usando descrições em palavras. O empregado deve ser solicitado para fazer um esforço máximo dos músculos para fixar o topo da escala e depois decidir onde o esforço do trabalho cai na escala para cada grupo de músculos.
Em geral as tarefas classificadas como “Esforço Leve” não apresentam risco relevante e assume-se que estejam abaixo de 30% da máxima capacidade de força de um determinado grupamento muscular.
Tarefas classificadas como de “Esforço Moderado” devem ser analisadas cuidadosamente, pois podem indicar esforços acima de 30% da capacidade máxima de um determinado grupamento muscular, os quais devem ser evitados.
Tarefas classificadas como de “Esforço Pesado” sugerem que a força aplicada por um determinado grupamento muscular é superior a 50% da sua capacidade máxima e sempre deveriam ser evitadas.
Porém, em todos os casos a aplicação de forças deve ser analisada em conjunto com outros aspectos biomecânicos e a repetitividade requerida na operação.
IV. Avaliação Ergonômica dos Postos de Trabalho
Setor: Cabelo
Função: Cabeleireira
Número de funcionários deste setor: 5
Descrição das atividades desenvolvidas:
Esses profissionais realizam cortes de cabelos, escovas, luzes, reflexos e penteados. As atividades destes profissionais são idênticas, sendo avaliadas as atividades de corte e escova. As atividades consistem em:
Pegar uma toalha do armário e colocar nas costas da cliente.
Lavar os cabelos da cliente realizando massageamento do couro cabeludo.
Pegar uma toalha e enrolar os cabelos.
Ajustar a altura da cadeira para a cliente.
Pegar os materiais necessários como escovas, secador de cabelos, tesouras, pentes, presilhas de dentro da gaveta ao lado da bancada e colocá-los sobre a bancada. 
Pegar tesoura com mão direita e efetuar o corte dos cabelos, separando-os por mechas e prendendo-os com presilhas.
Após o término do corte, pegar secador de cabelos com mão esquerda e com mão direita uma escova.
Efetuar o escovamento dos cabelos.
Passar silicone nas pontas dos cabelos com as mãos e penteá-los com dedos da mão esquerda enquanto que com a direita efetua a escova final.
Pegar a escova com mãodireita e efetuar o penteado final.
Descer a cadeira para a cliente descer.
Higienizar os materiais utilizados, limpando-os com solução higienizadora.
Avaliação ergonômica do posto de trabalho: 
Repetitividade:	
Trabalho repetitivo, com duração média de um corte de cabelos de 20 minutos e tempo médio de realização da escova de 30 minutos. Possui macropausas de aproximadamente 5 minutos entre o atendimento de uma cliente e outra.
Efetua em média, 6 cortes de cabelo, 8 escovas e 2 reflexos por dia de trabalho, sendo válido das quintas-feiras aos sábados, onde o movimento do salão é maior. Nos demais dias, efetua em média 3 cortes de cabelos, 3 escovas e 1 reflexo por dia.
Forças:
Esforço físico leve de membros superiores ao massagear couro cabeludo da cliente no momento da lavagem dos cabelos.
Esforço físico moderado a pesado de membro superior direito ao utilizar escova durante o escovamento dos cabelos, dependendo do comprimento dos cabelos, quanto mais comprido ou mais crespos os cabelos, maior o esforço.
 Esforço físico moderado a pesado de membro superior esquerdo ao utilizar o secador de cabelos, sendo justificado pelos mesmos motivos citados acima.
Esforço físico leve de membro inferior direito ao acionar pedal da cadeira a fim de elevá-la ou de abaixá-la.
Esforço físico leve de membro superior direito, principalmente de dedos ao efetuar corte de cabelos com tesoura.
Posturas:
Trabalho em pé, com pouca movimentação, sendo agravado pelo uso de sapatos com salto alto, ocasionando alteração postural de membros inferiores e acentuando a lordose lombar, o que pode gerar lombalgias e apresentar risco inclusive de torções de tornozelos.
Postura estática de ombros durante abdução de membros superiores entre 70 e 120 graus ao efetuar o escovamento dos cabelos, sendo agravada ao fato de exercer esforço físico moderado a pesado e de sustentar o peso do secador que é de aproximadamente 3,5 quilos. Esta postura é muito relevante, visto ser repetitiva.
Torções de punhos com desvio ulnar, principalmente à direita ao utilizar escova.
Desvio ulnar de punho direito ao utilizar tesoura durante o corte de cabelo.
Flexão de coluna cervical durante todo o trabalho.
Compressões mecânicas:
Ao utilizar tesouras com cabos metálicos e não anatômicos.
Organização do Sistema de Trabalho:
Horário de trabalho: Terça à Quinta das 8:00 às 18:00 e de Sexta à Sábado das 8:00 às 19:00 horas, possuindo 1hora e 30 minutos de almoço, sendo que há revezamento para o almoço.
Principais queixas em relação ao trabalho:
Dores em membros superiores, principalmente à esquerda relacionada ao uso freqüente do secador, o qual é relatado como pesado.
Dores em punho e antebraços direito relacionado a movimentos repetitivos durante escovação de cabelos.
Dores em região lombar a qual as cabeleireiras relacionam ao fato de realizarem trabalho em pé.
Queixa com relação ao peso do secador de cabelos
Recomendações:
 
Implantar sistemas de educação ergonômica a fim de conscientizar as cabelereiras no sentido de evitar posturas críticas adequando a altura da cadeira da cliente corretamente; conscientizar quanto a utilização de calçados mais confortáveis e com salto de preferência Anabela a fim de minimizar desconfortos e dores em membros inferiores e região lombar.
Prover secadores de cabelo mais leves e com pegas anatômicas.
Prover tesouras com cabos anatômicos e com revestimento emborrachado a fim de eliminar compressões mecânicas.
Prover banqueta de posição semi-sentada a fim de promover alternância de posturas de membros inferiores e minimizar o cansaço.
Instituir programas de ginástica laboral de aquecimento ou preparatória e de relaxamento ou compensatória, a fim de minimizar queixas dolorosas e minimizar riscos de DORT.
Setor: Mãos e Pés
Função: Manicure
Número de funcionários deste setor: 5
Descrição das atividades desenvolvidas:
Esses profissionais realizam corte, lixamento e pintura de unhas, o que é chamado de fazer as mãos. As atividades consistem em:
Pegar uma toalha do armário, pegar um recipiente pequeno com água morna e levar até a mesinha de manicure.
Sentar-se na cadeira de manicure e separar os materiais a serem utilizados como lixas, alicates de cutícula, algodão, creme e esmalte.
Com a mão da cliente sobre a mesinha iniciar processo de lixamento das unhas de uma das mãos.
Passar creme na mão da cliente e massagear com ambas as mãos.
Passar creme ao redor das unhas de uma das mãos e colocá-la dentro do recipiente com água morna.
Enquanto amolece a cutícula de uma mão efetua o lixamento da outra.
Efetuar o mesmo processo agora com a outra mão.
Retirar mão da cliente do recipiente e com espátula afastar as cutículas.
Com alicate retirar a cutícula de todas as unhas.
Secar com toalha as mãos da cliente.
Pegar vidro de base, abri-lo e passar cuidadosamente em cada unha.
Pegar vidro de esmalte, abri-lo e passar nas unhas num total de duas camadas.
Pegar vidro de óleo secante, abri-lo e passar um pouquinho em cada unha.
Deixar secar por alguns instantes.
Avaliação ergonômica do posto de trabalho: 
Repetitividade:	
Trabalho repetitivo, com duração média de realização de mãos de 30 minutos. Possui macropausa de aproximadamente 3 minutos entre uma cliente e outra durante finais de semana.
Efetua em média, 15 mãos por dia.
Forças:
Esforços físicos leves de membro superior direito ao lixar, espatular e retirar cutículas com alicate, devido ser considerado um trabalho de precisão.
Posturas:
Trabalho sentado com excessiva flexão de quadril e de joelhos, devido cadeira da manicure ser muito baixa e sem possibilidades de ajustes devido inexistência de dispositivos de regulagem.
Postura estática de ombros durante todo o processo de trabalho, devido não ter apoio de antebraços
Flexão de coluna cervical e dorsal ao efetuar todo o trabalho com as unhas.
Compressões mecânicas:
Ao utilizar alicates de cutícula e espátulas com cabos metálicos e não anatômicos.
Organização do Sistema de Trabalho:
Horário de trabalho: Terça à Quinta das 8:00 às 18:00 e de Sexta à Sábado das 8:00 às 19:00 horas, possuindo 1hora e 30 minutos de almoço, sendo que há revezamento para o almoço.
Principais queixas em relação ao trabalho:
Dores e cansaço em membros superiores, principalmente à direita.
Dores em punho e antebraços direito relacionado a movimentos repetitivos durante trabalho com alicate de cutícula.
Dores em região cervical, dorsal e lombar devido posição sentada em cadeira desconfortável.
Queixa com relação a calosidades nas mãos devido uso intenso de alicates de cutícula.
Recomendações:
Estudar melhoria na cadeira da manicure a fim de que respeitem as normas da NBR – 13.965 que segue abaixo, contemplando requisitos básicos de dimensões e recursos de ajustes.
Estudar melhoria da mesa da manicure a fim de que possua altura regulável e apoio para os antebraços da manicure também regulável, eliminando postura estática de membros superiores.
Implantar sistemas de educação ergonômica a fim de conscientizar as manicures no sentido de evitar posturas críticas procurando manter uma postura ereta e realizar pequenas pausas durante o trabalho.
Prover alicates de cutícula e espátulas com cabos anatômicos e com revestimento emborrachado a fim de eliminar compressões mecânicas.
Instituir programas de ginástica laboral de aquecimento ou preparatória e de relaxamento ou compensatória.
VI. CONFORMIDADE EM RELAÇÃO A NR-17 - ERGONOMIA 
Conformidade em relação ao item 17.2 - Levantamento, transporte e descarga individual de materiais
Não há situações de risco em relação a este item.
2. Conformidade em relação ao item 17.3 - Mobiliário dos postos de trabalho
As mesas de trabalhoe as cadeiras das manicures não possuem dimensões compatíveis com o tipo de trabalho desenvolvido e não respeita as características antropométricas dos trabalhadores.
3. Conformidade em relação ao item 17.4 - Equipamentos dos postos de trabalho
Há situações de risco com relação ao tipo e peso dos secadores de cabelos, tesouras sem cabo anatômico e sem revestimento emborrachado, causando compressão mecânica.
Os alicates de cutículas e espátulas também não possuem cabo anatômico, nem revestimento emborrachado, causando compressão mecânica.
4. Conformidade em relação ao item 17.5 - Condições ambientais de trabalho
Ruído: os valores obtidos encontram-se dentro do nível aceitável para efeito de conforto nas atividades, como também dentro dos Limites de Tolerância estabelecidos.
Calor: os valores obtidos encontram-se dentro dos Limites de Tolerância estabelecidos.
Iluminação: os valores obtidos encontram-se dentro dos níveis mínimos de iluminamento aceitável para efeito de conforto.
Índice de Temperatura Efetiva: os valores obtidos encontram-se dentro do nível aceitável para efeito de conforto. 
Velocidade do ar: os valores obtidos encontram-se dentro do nível aceitável para efeito de conforto .
Umidade Relativa do Ar: os valores obtidos encontram-se dentro do nível aceitável para efeito de conforto. 
5. Conformidade em relação ao item 17.6 - Organização do Trabalho
O ritmo de trabalho e as pausas são determinados pelo agendamento de clientes efetuado pela recepcionista.
 A percepção dos trabalhadores em relação às demandas de trabalho é de que de uma forma geral estão dentro de parâmetros aceitáveis, porém, há situações de sobrecarga principalmente quando em épocas de festas e final de ano.
Não são realizadas horas extras de forma habitual pela maioria dos funcionários. Apenas a título de lembrete é recomendável que não sejam feitas de forma rotineira mais que 8 horas extras por mês.
VII. RECOMENDAÇÕES E COMENTÁRIOS GERAIS
Ergonomia de Concepção:
Mobiliário:
Estabelecer e implementar na empresa uma prática-padrão estabelecendo requerimentos básicos de ergonomia para mobiliário. É desejável que o mobiliário seja totalmente ajustável.
No caso de compra de cadeiras novas preferir as que possuam apoio para os braços com altura regulável e apoio para as costas com ajuste de altura e de inclinação.
Envolver funcionários na escolha de tipos para minimizar resistências. 
O mobiliário a ser comprado futuramente deve seguir as seguintes recomendações básicas de ergonomia:
Para cadeiras, segundo NBR – 13.965:
	Variável
	Valor em mm
	
	Mínimo
	Máximo
	Altura da superfície do assento
	420
	500
	Largura do assento
	400
	-
	Profundidade útil do assento
	380
	440
	Altura do encosto
	220
	-
	Ângulo de inclinação do assento ( p/ trás) 
	0º
	5º
	Altura da borda do encosto ao assento
	350
	-
	Ângulo de inclinação do encosto
	0º
	15º
	Largura do encosto
	305
	-
	Altura do apóia braços
	200
	250
	Distância interna dos apóia braços
	450
	560
	Comprimento do apóia braços
	200
	-
	Largura do apóia braços
	40
	-
ERGONOMIA DE CORREÇÃO:
 Vide recomendações de cada posto de trabalho, a fim de realmente corrigir inadequações ergonômicas tanto de mobiliários quanto de equipamentos e ferramentas.
ERGONOMIA DE CONSCIENTIZAÇÃO
TREINAMENTO: 
	
Treinar funcionários sobre princípios básicos de ergonomia, riscos associados com posturas inadequadas, esforços, movimentos repetitivos, compressões mecânicas, ajustes do mobiliário e adoção de práticas que minimizem o potencial de ocorrência de DORT, tais como o reconhecimento precoce e informação de DORT.
Educar trabalhadores sobre a importância da adoção de micropausas ou mesmo a intercalação de tarefas com diferentes padrões biomecânicos. Pequenas pausas são preferíveis a pausas longas.
Orientar recepcionistas para que, sempre que possível, alternar o tipo de trabalho para cada cabeleireira, procurando não marcar por exemplo, duas escovas seguidas para o mesmo profissional, mas alternar os horários entre os trabalhos desenvolvidos por cada profissional. 
Estabelecer as pausas necessárias
As pausas são necessárias quando:
A atividade for altamente repetitiva, apresentar posturas críticas, esforços excessivos e fatores contributivos relevantes como, por exemplo, calor excessivo.
Não houver possibilidade de fazer rodízio de tarefas.
Houver possibilidade de haver rodízio de tarefas, mas as outras tarefas apresentarem o mesmo padrão biomecânico; neste caso não haverá vantagem biomecânica no rodízio.
Em todos os postos de trabalho avaliados as pausas são informais, não havendo um controle rígido das mesmas. A possibilidade da adoção de pausas formais deve ser considerada quando esgotadas as possibilidades de adoção de medidas de adequação relativas à engenharia e outras administrativas.
Ritmo de trabalho
O ritmo de trabalho deve ser bem determinado de forma a não gerar tensão para o trabalhador e seus colegas de trabalho. Há que se atender os objetivos da empresa sem tensionar exageradamente os trabalhadores.
Conforme entrevistas com os colaboradores, a carga e o ritmo de trabalho são compatíveis com suas capacidades em executá-las, porém referem sobrecargas nos finais de semana principalmente quando em épocas de festas. 
Ginástica Laboral
Estudar a implantação de programa de ginástica de aquecimento muscular antes do início da jornada como forma de preparar a musculatura e tendões para o tipo de trabalho que será realizado e distensionamento/relaxamento ao final da jornada. 
Este programa tem impacto positivo na prevenção dos DORT e os colaboradores de todos os níveis devem ser incentivados a participarem do programa visto que reconhecidamente traz impactos positivos na prevenção de DORT, além da melhoria nos aspectos psicológicos. 
Gerenciamento Administrativo e Médico do DORT
Recomendamos cuidado especial com relação aos controles epidemiológicos e estatísticos, no sentido de traçar com a maior precisão possível de informações o histórico profissional se houver casos de portadores de DORT, seu histórico psicossocial e a utilização do diagnóstico objetivo no sentido de cruzar informações que possam auxiliar no direcionamento dos esforços para identificação de postos críticos e nas medidas para adequá-los ergonomicamente.
Estas informações estatísticas também são fundamentais para se mensurar o desempenho do sistema de gestão ergonômica.
Organização do sistema de trabalho
A organização do sistema de trabalho deve ser analisada, de forma a não implicar em situações de riscos adicionais e colaborar com a prevenção de DORT, isto é:
As demandas de trabalho devem ser cuidadosamente gerenciadas a não induzir a pressões psicofisiológicas.
Estabelecer estratégias administrativas para atender ao aumento de demanda de serviço.
Manter canal aberto para a discussão de situações de trabalho ocasionadoras de tensão.
As pressões para obtenção de resultados devem ser adequadamente aplicadas.
Os horários, duração da jornada não devem ser fator gerador de fadiga ou tensão.
O número de horas extras por trabalhador deve ser inferior a 8 horas/mês.
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