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Interpretação Clínica de Exames Complementares em Oncologia - Prof. Me. Jhonathan Gonçalves Rocha - Brasília, setembro de 2017 COMO COMEÇA A HISTÓRIA? História Clínica Anamnese / Exame Físico Auxílio Diagnóstico Exames Laboratoriais **O diagnóstico é um somatório de dados clínicos e achados complementares. Análises Clínicas Por Que um Exame Laboratorial é Solicitado? • Confirmação ou refutação de uma suspeita clínica (auxílio diagnóstico) • Triagem • Acompanhamento terapêutico • Rotina/Periódico Um bom exame laboratorial deve representar “in vitro” o que está acontecendo “in vivo”. Como Começa a História? Análises Clínicas Histórico Análises Clínicas Invenção do Microscópio • Em 1590 (Séc. XVI), os irmãos holandeses Francis e Zacharias Janssen, construíram o primeiro microscópio óptico composto; • No século XVII o inglês Robert Hooke fabricou um microscópio óptico composto bastante mais aperfeiçoado relativamente ao dos Jansen. “...pude perceber claramente que toda a cortiça era perfurada e porosa, assemelhando-se a um favo de mel...esses poros ou células não eram muito profundos e eram semelhantes a um grande número de pequenas caixas...Esta observação microscópica da textura da cortiça – que eu creio ter sido a primeira porque não há nada escrito por outra pessoa que o tenha mencionado – dão uma razão inteligível dos fenômenos que se dão na cortiça, por exemplo, a sua extrema ligeireza.” Século XIX Século XXI Análises Clínicas Histórico • Até meados do século XIX, grande parte dos diagnósticos eram realizados sem o auxílio do Laboratório; • Inicialmente, os profissionais que mais realizavam ensaios laboratoriais eram os médicos e os químicos; • Formas “inusitadas” de avaliação das amostras biológicas; Análises Clínicas Histórico Ex. Diabetes Análises Clínicas Histórico •Século XX, grande marco no desenvolvimento do Laboratório Clínico; •Implementação do maior número de técnicas analíticas, muitas delas até hoje utilizadas; •Advento do HIV/AIDS no final do século, início da preocupação com o que hoje chamamos de Biossegurança e com o chamado Controle de Processos. Fases do Processo Laboratorial Desde o momento da solicitação médica até o momento em que a amostra é encaminhada à área técnica (laboratório). A análise propriamente dita. Conferência, correlação e liberação de laudos. Análises Clínicas Frequência de Erros Fase do Processo 1996 2006 Pré-Analítico 68,2% 61,9% Analítico 13,3% 15,0% Pós-Analítico 18,5% 23,1 **Paolo Carraro and Mario Plebani, Clinical Chemistry 53:7, 1338-1342, 2007 Análises Clínicas Fases do Processo Laboratorial “Os resultados das análises laboratoriais são responsáveis por 65 a 70% das informações pertinentes à decisão médica.” (Westgard, 2007) O erro pode ter diversas consequências: •Internação ou visita ao pronto-socorro •Prolongamento da internação • Terapêutica desnecessária •Elevação do nível de atenção (UTI) • Exames desnecessários •Exames invasivos •Óbito Erro Laboratorial Análises Clínicas Relação Empresa x Cliente 2º1º Análises Clínicas RDC 302 Dirigida por uma diretoria colegiada composta por cinco integrantes com mandatos de três anos. Os dirigentes são sabatinados pelo Senado Federal antes de sua nomeação. Dentre os cinco, um é designado por decreto do Presidente da República para exercer o posto de diretor-presidente. As decisões são tomadas em sistema de colegiado, por maioria simples. Legislação • Histórico - Grupo de trabalho + Técnicos da ANVISA (2003); - Proposta inicial (publicada como consulta pública em 06 de agosto de 2004); - 90 dias para sugestões - Documento final data de 13 de outubro de 2005 Legislação RDC 302 • Histórico - Grupo de trabalho + Técnicos da ANVISA (2003); - Proposta inicial (publicada como consulta pública em 06 de agosto de 2004); - 90 dias para sugestões - Documento final data de 13 de outubro de 2005 Legislação RDC 302 Descumprimento – Constitui infração de natureza sanitária, sujeitando o infrator a processos e penalidades previstos na Lei nº. 6437 de 20 de agosto de 1977. Interpretação de Exames Laboratoriais Homeostasia Valores de Referência / Intervalo de Referência Análises Clínicas Indica se o resultado do paciente é esperado para um indivíduo saudável ou doente. Significado Clínico = Valor Relatado x Intervalo de Referência (IR) IR – Definido por observação ou quantificação de determinado parâmetro nos indivíduos de referência (saudáveis). Análises Clínicas • Critérios de seleção variam de acordo com peculiaridades biológicas do analito em questão; • Geralmente o IR corresponde à distribuição dos valores observados em 95% dos indivíduos de referência; • A interpretação dos resultados para alguns analitos é feita com base em limites de decisão clínica, e não em IR específicos. Tais limites derivam de estudos epidemiológicos e ensaios clínicos. Ex.: Hemoglobina Glicada. Influenciam o IR • Fatores Individuais • Fatores Populacionais • Fatores Laboratoriais Interpretação de Exames Laboratoriais Variáveis Importantes Idade Metodologia JejumMedicamentos Abstinência Amostra HigienizaçãoEtilismo Sexo Ciclo Menstrual Atividades Físicas Tabagismo Interpretação de Exames Laboratoriais Conceitos Importantes • Metodologia – É a técnica utilizada para determinação de determinado analito. • Analito – Alvo da Pesquisa (ex. glicose, hemoglobina, sódio, potássio, anticorpos anti-HIV); • Sensibilidade – Capacidade mínima de detecção de um kit diagnóstico em determinada metodologia; • Linearidade – Capacidade máxima de detecção de um kit diagnóstico em determinada metodologia; • Especificidade – Grau de “afinidade” apresentado pela metodologia diagnóstica e o analito. Exames Qualitativos x Exames Quantitativos Interpretação de Exames Laboratoriais Sensibilidade x Especificidade • Anticorpo de Classe IgM anti Fc de IgG – Fator Reumatóide (não é específico de Artrite Reumatóide); • Anti –CCP - Anticorpos Anti-Peptídeos Citrulinados Cíclicos – Detecção Precoce. Especificidade de 96%. Interpretação de Exames Laboratoriais Coleta de Materiais Biológicos • Sangue • Urina • Fezes • Sêmen • Secreções • Líquidos Preciosos ( Pleural, Pericárdico, Sinovial, Cefalorraquidiano, Peritoneal, Amniótico) Interpretação de Exames Laboratoriais Coleta de Materiais Biológicos • Sangue • Urina • Fezes • Sêmen • Secreções • Líquidos Preciosos ( Pleural, Pericárdico, Sinovial, Cefalorraquidiano, Peritoneal, Amniótico) Interpretação de Exames Laboratoriais Coleta de Sangue • Punção Venosa • Punção Capilar • Punção Arterial Interpretação de Exames Laboratoriais Coleta de Sangue Punção Venosa Veias do Membro Superior Veias do Dorso da Mão 1. Retirar a agulha da embalagem estéril e acoplar à seringa estéril, deixando na própria embalagem estéril pronta para ser usada. 2. Colocar um garrote ao redor do braço do paciente, acima da dobra do cotovelo. Verificar o pulso para garantir que a circulação arterial não foi interrompida. 3. O paciente deve abrir e fechar a mão várias vezes para aumentar a circulação venosa. 4. Pela inspeção e palpação determinar a veia a ser puncionada, que deve ser calibrosa e firme. 5. Realizar a antissepsia da pele sobre a veia selecionada, com álcool a 70% e deixar secar. 6. Não tocar o local a ser puncionado, nem deixar que o paciente dobre o braço. 7. O paciente, agora, deve permanecer com a mão fechada. Interpretaçãode Exames Laboratoriais Coleta de Sangue Punção Venosa Interpretação de Exames Laboratoriais Coleta de Sangue Punção Venosa 8. Pegar a seringa colocar o dedo sobre o mandril da agulha, para guiá-la durante a introdução na veia. 9. Esticar a pele do cotovelo, com a outra mão, uns 5 cm abaixo do local da punção, mas sem tocá-lo. 10. Introduzir a agulha na pele ao lado da veia que vai ser puncionada, paralelamente a ela, e, lentamente, penetrar em seu interior. 11. O sangue deverá fluir espontaneamente para dentro da agulha ou, então, deve-se puxar lentamente o êmbolo, para verificar se a agulha está na veia e, em seguida, retirar o sangue necessário. 12. Soltar o garrote, retirar a agulha e colocar um pedaço de algodão seco no local. 13. Retirar a agulha e transferir o sangue coletada para os tubos com ou sem anticoagulantes, de acordo com o exame solicitado, escorrendo lentamente o sangue, sem formar espuma. 14. Tubos com anticoagulantes devem ser homogeneizados lentamente. ** Coleta a Vácuo Soro X Plasma Interpretação de Exames Laboratoriais Coleta de Sangue Soro X Plasma Interpretação de Exames Laboratoriais Coleta de Sangue Hemostasia Homegeneização Interpretação de Exames Laboratoriais Coleta de Sangue Soro X Plasma Homegeneização Soro X Plasma Interpretação de Exames Laboratoriais Coleta de Sangue CLSI- Sempre deve ser coletado um tubo antes (Tromboplastina tecidual) Homegeneização Soro X Plasma Coleta de Sangue Interpretação de Exames Laboratoriais Interpretação de Exames Laboratoriais Coleta de Sangue • É realizada quando se suspeita de uma infecção no sangue (bacteremia ou septicemia) com presença de febre, calafrios, pressão sanguínea baixa ou outros sintomas; • Neste exame é importante que a amostra de sangue não seja contaminada por organismos na pele ou instrumental utilizado na preparação do exame; • Uma rigorosa técnica de antissepsia é seguida para obter e preparar o espécime; • O sangue é colhido de uma veia, geralmente da prega do cotovelo ou dorso da mão; • A cultura é examinada para detectar a presença de micro-organismos durante vários dias. Se os organismos estiverem presentes, outras culturas podem ser realizadas para identificá-los. Hemocultura Interpretação de Exames Laboratoriais Coleta de Urina • EAS • Urocultura • Urina de 24 horas Interpretação de Exames Laboratoriais Coleta de Urina EAS e Urocultura •Preferencialmente coletar a 1ª urina da manhã, ou com um intervalo mínimo de 4 horas após a última micção; •Lavar os genitais externos com água e sabão. Secar; •Colher somente o jato médio, desprezando o início e o fim da micção em recipiente limpo e seco e enviá-la imediatamente ao laboratório; •Na coleta de urina em mulheres, recomenda-se abstinência sexual de pelo menos 24 horas; •Em mulheres menstruadas, e em caso de urgência, usar tampão vaginal depois da lavagem, para não contaminar a urina com sangue. O ideal seria coletar a urina de 3 a 5 dias após o término do sangramento menstrual. Interpretação de Exames Laboratoriais Coleta de Urina Urina de 24 horas • Pela manhã, ao acordar, esvaziar completamente a bexiga e desprezar a urina. Marcar a hora exata; • Daí em diante colher a urina produzida durante o dia e a noite, juntando o volume em um ou mais frascos limpos ou frascos produzidos pelo laboratório. Manter o material no refrigerador e ao abrigo da luz. • Pela manhã do dia seguinte, exatamente 24 horas após a hora em que foi desprezada a urina do começo da prova, colher toda a urina da bexiga e juntar com o volume já coletado; • Enviar o material ao laboratório imediatamente. Interpretação de Exames Laboratoriais Coleta de Fezes Parasitológico e Coprocultura • Não usar laxativos para colher as fezes (só a critério médico); •Colher as fezes do dia e trazer imediatamente ao laboratório; • Se não puder entregar no mesmo dia, manter em geladeira até o dia seguinte; Coleta de Fezes com Conservantes • Não usar laxativos para colher as fezes; • Colocar uma porção no frasco, por três dias, de preferência alternados, no mesmo frasco com conservante e misturar. Não precisa armazenar na geladeira. Interpretação de Exames Laboratoriais Coleta de Líquido Seminal •Abstinência sexual de 3 a 5 dias. •Urinar antes de colher. •Colher por masturbação manual, e ejacular dentro do frasco fornecido pelo laboratório (acrílico). •Em hipótese alguma deverá haver perda de material. Se isto acontecer, comunique o laboratório; •Colher preferencialmente no laboratório, ou enviar o material com máximo "uma hora", após realizada a coleta (anotar o horário). Interpretação de Exames Laboratoriais Coleta de Líquidos Preciosos • Líquor •Líquido Ascitico •Líquido Pleural •Líquido Pericárdico •Líquido Sinovial •Líquido Amniótico Procedimentos Médicos Interpretação de Exames Laboratoriais Hematologia • Hemograma •Provas de Coagulação Interpretação de Exames Laboratoriais Hematologia Sangue Fatores Estimuladores da Produção Celular – Ex. Eritropoetina Interpretação de Exames Laboratoriais Hematologia Sangue Interpretação de Exames Laboratoriais Hematologia Sangue Componentes Celulares Eritrócitos Plaquetas Leucócitos Linfócitos Monócitos Granulócitos Eosinófilos Neutrófilos Basófilos Interpretação de Exames Laboratoriais Hematologia Hemograma • É o exame laboratorial mais realizado no mundo; • Não é conclusivo, mas gera pistas para diversas abordagens clínicas. Interpretação de Exames Laboratoriais Hematologia Hemograma Série Vermelha Série Branca Série Plaquetária A introdução do hemograma na prática médica ocorreu em 1925 por meio de critérios estabelecidos pelo médico e farmacêutico alemão Vitor Schilling. Interpretação de Exames Laboratoriais Hematologia Hemograma Série Vermelha Série Branca Série Plaquetária • Anemias • Policitemia • Nível de Hidratação Interpretação de Exames Laboratoriais Hematologia Hemograma Série Vermelha Série Branca Série Plaquetária • Infecções Virais • Infecções Bacterianas • Infecções por Helmintos • Leucemias Interpretação de Exames Laboratoriais Hematologia Hemograma Série Vermelha Série Branca Série Plaquetária • Plaquetoses • Plaquetopenias Ferro sérico, Ferritina, Reticulócitos I) L.H.J, 29 anos, masculino. IC: Check-up/Rotina Hemácias – 5,0 milhões/mm3 (V.R 4,5 a 5,5 Tera/L) Hemoglobina – 15,0 g/dL (V.R 14,0 a 17,0 g/dL) Hematócrito – 44,7 % (V.R 41 a 51%) Plaquetas – 173.000 /mm3 (V.R 150.000 a 400.000 /mm3) Leucócitos Totais – 6200/mm3 (V.R 4500 a 10.000/mm3 ) Diferencial Relativa (%) : Bastões – 02% (V.R 01 a 05%) Segmentados – 57% (V.R 50 a 60%) Linfócitos – 31% (V.R 22 a 33%) Linfócitos Atípicos 00% – (V.R 00 %) Monócitos – 07% (V.R 02 a 08%) Eosinófilos – 03% (V.R 02 a 05%) 50 VCM = 89,4 fL HCM = 30,0 Pg CHCM = 33,5 g% Interpretação de Exames Laboratoriais Hemograma - Caso Clínico 51 Interpretação de Exames Laboratoriais Hemograma - Caso Clínico II) J.M.S, 37 anos, masculino. IC: Dengue Hemácias – 5,8 milhões/mm3 (V.R 4,5 a 5,5 Tera/L ) Hemoglobina – 17,4 g/dL (V.R 14,0 a 17,0 g/dL) Hematócrito – 52,2 % (V.R 41 a 51%) Plaquetas – 113.000 /mm3 (V.R 150.000 a 400.000 /mm3) Leucócitos Totais – 3200/mm3 (V.R 4500 a 10.000/mm3 ) Diferencial Relativa (%) : Bastões – 01% (V.R 01 a 05%) Segmentados – 37% (V.R 50 a 60%) Linfócitos – 41% (V.R 22 a 33%) Linfócitos Atípicos 05% – (V.R 00 %) Monócitos – 14% (V.R 02 a 08%) Eosinófilos – 02% (V.R 02 a 05%) VCM = 90 fL HCM= 30,0 Pg CHCM = 33,3 g% 52 Interpretação de Exames Laboratoriais Hemograma - Caso Clínico 53 Interpretação de Exames Laboratoriais Hemograma - Caso Clínico Glicoproteína essencial à replicação do vírus, pertencente à sua região não estrutural. Fase aguda – níveis séricos. 54 Interpretação de Exames Laboratoriais Hemograma - Caso Clínico VCM = 92 fL HCM = 30,7 Pg CHCM = 33,4 g% III) M.D.C, 70 anos, masculino. IC: Pneumonia Bacteriana Hemácias – 3,9 milhões/mm3 (V.R 4,5 a 5,5 Tera/L ) Hemoglobina – 12,0 g/dL (V.R 14,0 a 17,0 g/dL) Hematócrito – 35,9 % (V.R 41 a 51%) Plaquetas – 201.000 /mm3 (V.R 150.000 a 400.000 /mm3) Leucócitos Totais – 14.200/mm3 (V.R 4500 a 10.000/mm3 ) Diferencial Relativa (%) : Bastões – 08% (V.R 01 a 05%) Segmentados – 75% (V.R 50 a 60%) Linfócitos – 10% (V.R 22 a 33%) Linfócitos Atípicos 00% – (V.R 00 %) Monócitos – 06% (V.R 02 a 08%) Eosinófilos – 01% (V.R 02 a 05%) 55 Interpretação de Exames Laboratoriais Hemograma - Caso Clínico VCM = 78 fL HCM = 27,5 Pg CHCM = 35,2 g% IV) M.E.S, 04 anos, feminino, moradora da zona rural de Bela Vista/GO. IC: Helmintose Hemácias – 3,2 milhões/mm3 (V.R 4,0 a 5,5 Tera/L ) Hemoglobina – 8,8 g/dL (V.R 12,0 a 16,0 g/dL) Hematócrito – 25,0 % (V.R 37 a 47%) Plaquetas – 200.000 /mm3 (V.R 150.000 a 400.000 /mm3) Leucócitos Totais – 8.200/mm3 (V.R 4500 a 10.000/mm3 ) Diferencial Relativa (%) : Bastões – 03% (V.R 01 a 05%) Segmentados – 50% (V.R 50 a 60%) Linfócitos – 30% (V.R 22 a 33%) Linfócitos Atípicos 00% – (V.R 00 %) Monócitos – 06% (V.R 02 a 08%) Eosinófilos – 11% (V.R 02 a 05%) Microcitose (80-100 fL) Interpretação de Exames Laboratoriais Hemograma - Caso Clínico P.T.P, 05 anos, masculino, apresentando há alguns dias sinais de fraqueza, febre vespertina e anemia progressiva resistente ao tratamento com Sulfato Ferroso administrado pela pediatra que o acompanha desde o parto. Interpretação de Exames Laboratoriais Hemograma - Caso Clínico LLA? **Reação Leucemóide Interpretação de Exames Laboratoriais Neutropenia Pós-Quimioterapia - Nestes casos a febre pode ser a única forma de prever uma infecção; - Incidência de febre relacionada a neutropenia é documentada entre 10% e 50% em pacientes com tumores sólidos e até 80% nas neoplasias hematológicas; - Neutropenia – Contagem absoluta de neutrófilos < 500 células/mm3; - Deve-se realizar Hemocultura e, quando indicado, rastreamento microbiológico de outros materiais biológicos (urina, escarro, LCR, pele e fezes). Interpretação de Exames Laboratoriais Anemia no Doente Oncológico - Etiologia Multifatorial; - Microambiente tumoral definido por fluxo sanguíneo, microcirculação, aporte de oxigênio, nutrientes, pH e estado metabólico; - Oxigenação de primordial importância – Favorece sucesso da radioterapia. Células hipóxicas são resistentes; - Hipóxia – Perda funcional do gene p53 – resistência à apoptose – leva a aumento da angiogênese e ocorrência de metástase; - Manutenção de oxigenação – importância terapêutica. Interpretação de Exames Laboratoriais Anemia no Doente Oncológico - Mais de 50% dos pacientes oncológicos desenvolvem anemia; - Cerca de 20% dos pacientes que realizam quimioterapia precisam de transfusão sanguínea; - Diagnóstico etiológico da anemia feito pelo hemograma, contagem de reticulócitos, dosagem de vitamina B12, ácido fólico, ferro sérico e ferritina. Interpretação de Exames Laboratoriais Anemia no Doente Oncológico • Anemia de Doença Crônica - Mais da metade dos casos de anemia na população hospitalar, sendo 19% atribuídas a processos neoplásicos; - Anemia normocítica e normocrômica; - Ativação do sistema imune e inflamação Citocinas (INF, TNF) – inibição da eritropoese; - Alteração no metabolismo do ferro Macrófagos retém ferro Redução da síntese de Hb. Interpretação de Exames Laboratoriais Anemia no Doente Oncológico • Anemia Por Invasão Medular - Carcinoma Pulmonar de Pequenas Células avançado; - Danos à medula óssea Impedimento de produção de fatores hematopoiéicos; - Anemia normocítica e normocrômica Diagnóstico pelo Mielograma; Interpretação de Exames Laboratoriais Anemia no Doente Oncológico • Anemia Por Hemólise Autoimune - Doenças Linfoproliferativas; - Produção de Autoanticorpos; - Produção de reticulócitos elevada, frequentemente; - Coombs direto positivo; - Muitas vezes esse tipo de anemia antecipa o aparecimento da neoplasia. Interpretação de Exames Laboratoriais Anemia no Doente Oncológico • Anemia Secundária à Terapêutica - Bloqueio ou inibição dos fatores hematopoiéticos; - Dano oxidativo às células hematopoiéticas maduras; - Alterações relacionadas aos sais de platina Efeito tóxico direto nas células renais produtoras de EPO e efeito supressor nas células progenitoras eritroides na medula; - Anemia normocítica e normocrômica . Interpretação de Exames Laboratoriais Anemia no Doente Oncológico • Anemia Hemolítica Microangiopática - Pacientes com adenocarcinoma metastizado; - Drogas que promovem dano endotelial Exposição de fatores endoteliais de agragação plaquetária; - Agregação plaquetária Contato direto dos glóbulos vermelhos com o vaso, os quais sofrem danos;; - Hemólise. Interpretação de Exames Laboratoriais Anemia no Doente Oncológico • Anemia Carencial - Aumento das necessidades diárias dos nutrientes Elevação de multiplicação celular; - Ácido fólico, ferro, B12; - Deficiência de ácido fólico e B12 Anemia Macrocítica; - - Deficiência de ferro – Anemia microcítica e hipocrômica. Interpretação de Exames Laboratoriais Anemia no Doente Oncológico • Doente oncológico – diminuição dos mecanismos compensatórios; • Clínica depende da velocidade de instalação do quadro anêmico; • Clínica varia com a idade, volume plasmático, doenças concomitantes e estado nutricional do doente. Interpretação de Exames Laboratoriais Coagulação Zimogênios Circulação normal Lesão Vascular Hemorragia Vasoconstrição Plaquetas agregadas Fibrinogenio Formação do Tampão Plaquetário Formação do Tampão Plaquetário Coágulo Reparação Interpretação de Exames Laboratoriais Coagulação • Coagulograma • Tempo de Protrombina • Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada • Fibrinogênio • Proteína S • Proteína C • Antitrombina III • Dímero D Interpretação de Exames Laboratoriais Coagulograma Avaliam Hemostasia Primária: I, III, IV e V. I) Tempo de Sangramento (TS) - Duke – Até 4 minutos II) Tempo de Coagulação (TC) - Lee White – Até 11 minutos III) Prova de Fragilidade Capilar (PFC) - Negativa IV) Contagem de Plaquetas (CP) - 150.000 a 400.000/mm3 V) Retração do Coágulo (RC) - 40 – 65% Avalia Hemostasia Secundária: II Interpretação de Exames Laboratoriais Coagulograma I) Tempo de Sangramento (TS) - É um indicador de alterações numéricas (quantitativas) e funcionais (qualitativas) das plaquetas. II) Tempo de Coagulação (TC) - Alterado nos distúrbios que afetam a formação da fibrina (fatores da coagulação) – Via intrínseca. III) Prova de Fragilidade Capilar (PFC) - Avalia a hemostasia primária (avaliado pela formação de petéquias). IV) Contagem de Plaquetas (CP) - É um indicador de alterações numéricas das plaquetas. V) Retração do Coágulo (RC) - Indicador da funcionalidade das plaquetas (ex. tromboastenia). Interpretação de Exames Laboratoriais Provas de Coagulação I) Tempo de Protrombina (TP) - Anormalidades na via extrínseca e comum da cascata podem prolongaro TP (fatores VII, V, X, Protrombina ou Fibrinogênio). II) Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa) - Avalia as vias intrínseca e comum da cascata (XII, XI, IX, VIII, X, V, Protrombina e Fibrinogênio). III) Fibrinogênio - Níveis diminuídos na afibrinogenemia hereditária, CIVD, fibrinólise e doença hepática; Elevados em estados inflamatórios agudos, gravidez, uso de contraceptivos orais, estrógenos e andrógenos. IV) Proteína S - Atua como cofator da proteína C ativada na degradação proteolítica dos fatores V e VIII ativados, possuindo atividade anticoagulante quando em sua forma livre. Níveis diminuídos: hepatopatias, inflamações, uso de anticoagulantes, estrógenos e na gestação. Interpretação de Exames Laboratoriais Provas de Coagulação V) Proteína C - A proteína C é uma proteína anticoagulante natural. A deficiência hereditária de proteína C leva a estado de hipercoagulabilidade , estando presente em 2-4% dos pacientes com primeiro episódio de TV. Deficiências adquiridas são encontradas em casos de doenças hepáticas, terapia com anticoagulante oral, CIVD, deficiência de vitamina K, choque séptico, infecções graves, uso de drogas antineoplásicas, insuficiência renal crônica. VI) Antitrombina III - A antitrombina III é um dos principais inibidores dos fatores de coagulação ativados. Valores aumentados: Inflamação aguda, uso de anticoagulação com cumarínicos. Valores diminuídos: deficiência familiar hereditária, doença hepática, má nutrição protéica, terapia com heparina, doença trombótica, CIVD, uso de contraceptivos orais, gravidez, recém-natos, neoplasias, queimaduras, trauma pós-cirúrgico, doença renal e sepse. Interpretação de Exames Laboratoriais Provas de Coagulação VII) Dímero D O dímero D é um fragmento resultante da degradação da fibrina polimerizada. Valores aumentados: deposições de fibrina em localizações extravasculares, condições associadas à presença de coágulos de fibrina intravasculares, coagulação intravascular disseminada(CIVD) aguda ou crônica, infarto agudo do miocárdio e angina instável e hematomas. Interpretação de Exames Laboratoriais Trombose no Doente Oncológico • Tromboembolismo Venoso (TEV) é uma causa importante de morbidade e mortalidade no paciente oncológico; • Aproximadamente 20% dos pacientes com câncer apresentam eventos tromboembólicos; • Fisiopatologia complexa; • Presença de malignidade está associada a um estado basal de hipercoagulabilidade; • Liberação de citocinas inflamatórias, ativação de elementos da coagulação e inibição de mecanismos anticoagulantes e da fibrinólise. Interpretação de Exames Laboratoriais Trombose no Doente Oncológico • Alguns agentes quimioterápicos estão associados a maior risco de TEV; • Liberação de fatores pró-coagulantes e citocinas pelas células tumorais danificadas na quimioterapia, lesão endotelial direta, redução de fatores da coagulação em decorrência da hepatotoxicidade está envolvida; • Cisplatina Ativação de agregação plaquetária; • Forte associação de sítio primário (maior risco em Ca de pâncreas, estômago, SNC, rim, útero, pulmão e ovário) e neoplasias hematológicas. Interpretação de Exames Laboratoriais Trombose no Doente Oncológico • Cirurgia isoladamente já é um fator de risco para TEV; • Tratamento hormonal combinado à quimioterapia aumenta a incidência de trombose em mulheres com Ca de mama; • Biomarcadores Contagem de plaquetas e leucócitos, Avaliação de fator tecidual, P-selectina, Dímero-D, PCR para fragmentos da protrombina (pesquisa); Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica • Metabolismo de Carboidratos • Metabolismo de Lipídeos • Provas de Função Renal • Metabolismo Mineral e Ósseo • Eletrólitos • Perfil Hepático • Perfil Pancreático • Perfil Cardíaco Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica • Metabolismo de Carboidratos • Glicemia - Exames Solicitados I) Glicemia de Jejum (8-12 h) Avalia os níveis gicêmicos nas 24 horas anteriores. II) TOTG/Glicemia Pós-Prandial Avalia os níveis glicêmicos pós-sobrecarga. Curva Glicêmica Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica • Homeostase da Glicose Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica • Valores de Referência (Glicemia) I) Pacientes Normoglicêmicos GJJ: < 100 mg/dL - TOTG 2h: < 140 mg/dL II) Pacientes com Tolerância Diminuída à Glicose (Pré-diabéticos) GJJ: 100 – 125 mg/dL - TOTG 2h: 140 – 199 mg/dL III) Pacientes Hiperglicêmicos GJJ: > 125 mg/dL - TOTG 2h: > 199 mg/dL (Em Duas Ocasiões) IV) Pacientes Hipoglicêmicos GJJ: < 45 mg/dL - TOTG 5h: < 50 mg/dL Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Hiperglicemia • Poliúria • Polidpsia • Polifagia Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Hiperglicemia I) Diabetes Mellitus Tipo I II) Diabetes Mellitus Tipo II III) “Diabetes” Gestacional Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Hemoglobina Glicada (Proteína + Carboidrato sob ação Enzimática) - Útil para acompanhamento dos níveis glicêmicos do paciente diabético; - Avalia o controle metabólico dos níveis glicêmicos nos últimos 2 ou 3 meses anteriores ao teste (vida da hemácia). - Valor de Referência: 5,3 a 8,0% (HPLC) Meta: 7,0 (paciente diabético) ** Interferentes: Anemias e Hemoglobinopatias Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Frutosamina - Nome genérico para Proteínas Cetoaminas; - Avalia o controle metabólico dos níveis glicêmicos nas últimas 4 a 6 semanas; - União da Glicose com grupo amina de proteínas diferentes da hemoglobina por ligação não enzimática. • Insulina • Índice de Homa (IR – Resistência Insulínica e Beta capacidade funcional das células pancreáticas) • Peptídeo C (Produção endógena de insulina) Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Perfil Lipídico • Colesterol Total • Triglicérides • HDL • LDL • VLDL Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Perfil Lipídico Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Triglicérides • Determinação significativa no diagnóstico e tratamento das hiperlipoproteinemias; • Constituem as principais frações dos Quilomícrons, das VLDL e pequena parte das IDL presentes no plasma sanguíneo. • Valor de Referência: - Até 150 mg/dL – Ótimo - De 150 a 200 mg/dL – Limítrofe - De 200 a 499 mg/dL – Alto - Maior que 500 mg/dL – Muito Alto ** TRI > 400 mg/dL – Frações ; TRI > 1000 mg/dL - Ácido Úrico Períodos Pós-Prandiais Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Colesterol Total • Avalia o risco para o desenvolvimento de Doença Arterial Coronariana (DAC); • Compõem principalmente as lipoproteínas de baixa densidade (LDL); • Valor de Referência: - Até 200 mg/dL – Desejável - De 200 a 239 mg/dL – Levemente Aumentado - Maior que 240 mg/dL – Alto O nível do colesterol sérico, juntamente com a hipertensão o diabetes e o fumo constituem fatores de risco de Arterosclerose e DAC. Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica HDL • As lipoproteínas HDL possuem ação protetora contra a DAC , uma vez que atuam no processo de retorno do colesterol dos tecidos periféricos para o fígado. • Valor de Referência: - Maior que 55 mg/dL – Desejável - De 35 a 55 mg/dL – Risco Moderado - Menor que 35 mg/dL – Alto Risco Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica LDL • As lipoproteínas LDL são as partículas mais arterogênicas do sangue e seus níveis séricos estão diretamente associados no prognóstico de risco de arterosclerose coronariana. • Valor de Referência: - Menor que 100mg/dL – Ótimo - De 130 a 159 mg/dL –Levemente Aumentado - De 160 a 189 mg/dL – Alto - Maior que 190 mg/dL – Muito Alto Índice de Castelli I = Colesterol total / HDL; Índice de Castelli II = LDL /HDL. O risco de doença cardiovascular estará aumentado quando: Índice de Castelli I: for maior que 4,4 Índice de Castelli II: maior que 2,9. Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Provas de Função Renal • Ureia • Creatinina (Depuração Estimada) • Proteinúria de 24 horas • Depuração da Creatina Endógena • Microalbuminúria • Relação MAB/CRE • Ácido Úrico Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Provas de Função Renal • Creatinina - É um composto nitrogenado não proteico derivado da desfosforilação da Creatina-P no músculo e excretada pelos rins; - Pode ser avaliada no soro sanguíneo e em outros fluidos biológicos (urina); • Valor de Referência: De 0,4 a 1,3 mg/dL Hipercreatinemia - Pré-Renal – Doenças e Lesões Musculares - Renal – Doença renal (lesões glomerulares e tubulares) - Pós-Renal – Obstruções (hipertrofia prostática) ** Valores diminuídos não apresentam importância clínica Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Provas de Função Renal Sociedade Brasileira de Nefrologia – Acesso em 14 de outubro de 2016 DCE = (140-Idade)xPeso (Kg) / 72xCreatinina (mgdL) Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Provas de Função Renal Proteinúria de 24 Horas Em condições fisiológicas o glomérulo impede a passagem das moléculas de proteína para urina. Normalmente, pequenas quantidades são eliminadas na urina, sendo a albumina a proteína predominante. Proteinúrias funcionais podem ocorrer em decorrência de atividade muscular, frio excessivo, grávidas (em pequenas quantidades) e na proteinúria ortostática benigna. Elevações podem decorrer de alterações patológicas: febre, congestão venosa, gamopatias monoclonais (Bence Jones), glomerulonefrites, Síndrome nefrótica, pré- eclâmpsia, infecção urinária, prostatite, uretrite. Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Provas de Função Renal Microalbuminúria (mab) Detecção de pequenas quantidades de proteínas na urina utilizada para detecção de albuminúria em pacientes com pré-eclampsia, hipertensão, lúpus eritematoso e acompanhar a nefropatia diabética. Em geral, prediz em 1 a 5 anos o aparecimento de proteinúria franca. Excreção elevada pode ser encontrada em grávidas, após exercícios físicos, em quadros inflamatórios e infecciosos, na infecção urinária, na presença de hematúria e proteinúria postural benigna. Pode ser realizado em amostra recente (corrigido pela creatinina) e em urinas coletadas em 12 ou 24 horas. Microalbuminúria / Creatinina (mg/g) = Microalbuminúria (mg/L) Creatinina (g/L) Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Provas de Função Renal Relação mab/Creatinina Valor de referência Homens e Mulheres (mg/24 horas) Normal < 30 Elevado 30 - 300 Muito elevado > 300 Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Provas de Função Renal • Ácido Úrico - Avalia não só a função renal, como outras condições patológicas como a gota; - É um composto derivado do catabolismo das purinas (Adenina e Guanina); - Está relacionado à dieta, sexo e idade; • Valor de Referência: - Homens – 2,5 a 7,0 mg/dL - Mulheres – 1,5 a 6,0 mg/dL Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Provas de Função Renal • Hiperuricemia - Gota; - Doenças Renais (IRC); - Drogas (Diuréticos Benzotiazídicos) - Etilismo - Síndromes Mieloprolifetarivas - Obesidade - Diabetes Mellitus - Cardiopatia Arterosclerótica - Hipertensão Arterial Interpretação de Exames Laboratoriais Disfunção Renal no Paciente Oncológico • Avaliação precisa da função renal antes da quimioterapia e da radioterapia; • Avaliação do EAS, da TFG e Ultrassom das vias urinárias; • EAS – Proteinúria (24 horas), hematúria, densidade urinária; • Rim – Maior responsável pela eliminação de xenobióticos; • Nefrotoxicidade por drogas – Ex. Cisplatina leva a lesão tubular renal e vasoconstricção renal Insuficiência renal (elevação de ureia e creatinina) Interpretação de Exames Laboratoriais Lise Tumoral • Ruptura da célula tumoral (espontânea por rápido turnover celular ou decorrente da quimioterapia); • Substâncias intracelulares passam para a circulação sanguínea (fósforo, potássio, ácidos nucleicos (ácido úrico); • Alterações laboratoriais: hiperfosfatemia, hiperuricemia, hiperpotasemia e hipocalcemia secundária à hiperfosfatemia; • Degradação das purinas Xantina Metabolizada a ácido úrico; • Hiperuricemia Cristais nos rins Obstrução tubular renal. Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Metabolismo Mineral e Ósseo • Cálcio • Fosfato • Magnésio Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Metabolismo Mineral e Ósseo • Cálcio - É o mineral mais abundante do organismo; - Encontrado principalmente nos ossos, músculos e no líquido extracelular; - Regulado pelos hormônios PTH (aumento) e Calcitonina (diminuição). • Valor de Referência: - 8,8 a 11,0 mg/dL Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Metabolismo Mineral e Ósseo • Cálcio Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Metabolismo Mineral e Ósseo • Cálcio - Hipercalcemia 1) Hiperparatireoidismo 2) Neoplasias 3) Intoxicação por Vitamina D Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Metabolismo Mineral e Ósseo • Cálcio - Hipocalcemia 1) Hipoparatireoidismo 2) Hipovitaminose D 3) Insuficiência Renal 4) Osteoporose Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Metabolismo Mineral e Ósseo • Fosfato (Fósforo) - Esquelético (80 a 90%) - Intracelular (10 a 20%) - Extracelular (Menos de 0,1%) Os níveis séricos de fósforo são inversamente proporcionais aos do cálcio sérico. Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Metabolismo Mineral e Ósseo • Hiperfosfatemia - Redução da excreção renal de fosfato: IRC, Deficiência de PTH, Acromegalia (Aumento GH) aumenta reabsorção renal de fosfato; - Aumento da ingestão ou administração de fosfato - Endocrinopatias - Aumento do catabolismo ou dano celular Os níveis séricos de fósforo são inversamente proporcionais aos do cálcio sérico. Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Metabolismo Mineral e Ósseo • Hipofosfatemia - Desvio do fósforo do líquido extracelular para dentro da célula ou osso (ex. terapia insulínica, glicólise , etc); - Redução da reabsorção tubular renal do fósforo; - Redução da absorção intestinal do fósforo (perda aumentada como em vômitos ou diarréia; redução da absorção como na síndrome da má absorção). Os níveis séricos de fósforo são inversamente proporcionais aos do cálcio sérico. Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Metabolismo Mineral e Ósseo • Magnésio - Atua como cofator enzimático, importante na síntese proteica, quando intracelular. Extracelularmente atua como estabilizador dos axônios neurológicos e influencia na liberação de neurotransmissores. No esqueleto apresenta-se como “estoque” para manutenção do magnésio plasmático. • Hipomagnesemia - Desordens gastrointestinais, perda renal. • Hipermagnesemia - Insuficiência renal, ingestão excessiva – Sintomas neuromusculares, desaparecimento dos reflexos nos tendões. A hipermagnesemia induz a redução do cálcio, provavelmente por interferir na ação do PTH. Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Metabolismo Mineral e Ósseo • Cálcio e Fosfato Urinários - Hipercalciúria – Causa mais comum de formação de cálculorenal e osteoporose. - Hipocalciúria – Deficiência de vitamina D, hipoparatireoidismo. - Aumento do Fosfato Urinário – Inssuficiência renal, hipoparatireoidismo, hipervitaminose D, osteoporose; - Diminuição do Fosfato Urinário – Defeitos tubulares de reabsorção , hipovitaminose D. Sais de Cálcio se Precipitam em urina alcalina – HCL Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Metabolismo Mineral e Ósseo • Eletrólitos - Sódio - Potássio - Cloretos Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Eletrólitos • Sódio - É o principal cátion do líquido extracelular; - Indicador de alterações do equilíbrio hídrico, pressão osmótica e excitabilidade neuromuscular; - Regulação renal e pelo eixo Renina-Angiotensina-Aldosterona; • Valor de Referência: - 135 a 149 mEq/L Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Sódio Eletrólitos Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica - Hipernatremia – Ingestão deficiente de água, diabetes insípidus, sudorese excessiva, diarréia intensa, vômito prolongado; - Hiponatremia – Insuficiência renal, cetoacidose diabética, Doença de Addison. Sódio Eletrólitos • Diabetes insipidus – Deficiência de ADH Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Potássio - É o principal cátion do líquido intracelular; - Indicador de alterações no metabolismo celular e função neuromuscular; - Regulação por via renal e Aldosterona. • Valor de Referência: - 3,5 a 4,9 mEq/L Eletrólitos Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica - Hipercalemia – Ingestão excessiva de potássio (dieta), desidratação, insuficiência renal, cetoacidose diabética, Doença de Addison; - Hipocalemia– Alcoolismo, uso de diuréticos, diarréia e vômito prolongado, terapia com insulina. Potássio Eletrólitos • Doença de Addison – Insuficiência adrenal, com deficiência de glicocorticoides, como o cortisol e também mineralocorticóides como a aldosterona. Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica - São os ânions mais abundantes no líquido extracelular; - Juntamente com o sódio são responsáveis pela distribuição de água no organismo, pressão osmótica no plasma e neutralidade elétrica; Cloretos Eletrólitos - Hipocloremia: Perda gastrointestinal; Nefropatia perdedora de sal; Insuficiência adrenal; Alcalose metabólica. - Hipercloremia: Acidose metabólica; Desidratação. Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Perfil Hepático Sistema Hepatobiliar - Transaminases (AST/ALT ou TGO e TGP) - Fosfatase Alcalina - Gama – GT - Bilirrubinas Avaliação de alterações hepatocelulares e hepatobiliares Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Perfil Hepático AST e ALT - Indicadoras de danos hepatocelulares; - ALT indica danos mais extensos e superficiais; - AST indica danos mais graves e profundos; • Valor de Referência: - AST – Até 40 U/L - ALT – Até 41 U/L Atividade Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Elevação de AST e ALT - Hepatite Aguda - Cirrose Hepática - Colestase - Carcinoma de fígado - Infarto do miocárdio - Distrofia muscular Perfil Hepático Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Fosfatase Alcalina - Investigação de doenças hepatobiliares e ósseas; - Isoenzimas hepática, óssea, placentária e intestinal; • Valor de Referência: - Adultos – 13 a 43 U/L - Crianças até 12 anos – 56 a 156 U/L Perfil Hepático Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Elevação da Fosfatase Alcalina - Obstrução hepática (intra ou extra) - Doença hepatocelular aguda - Raquitismo - Tumores ósseos osteoblásticos Perfil Hepático Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Gama- GT - Indicadora de doenças inflamatórias e lesão hepática e está significativamente elevada nas doenças obstrutivas das vias biliares; - Método de Triagem para o alcoolismo. • Valor de Referência: - Homens – < 55 U/L - Mulheres – < 38 U/L Perfil Hepático Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Elevação da gama-GT - Icterícia obstrutiva - Hepatite infecciosa - Esteatose hepática - Infarto agudo do miocárdio - Pancreatite aguda - Drogas anticonvulsivantes Perfil Hepático Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Bilirrubinas - Avaliam as icterícias e doenças hepáticas obstrutivas; - Icterícias – Aumento da Bilirrubina Direta (Conjugada) ou Indireta (Não-Conjugada); • Valor de Referência: - Bilirrubina Direta – Até 0,25 mg/dL - Bilirrubina Total – Até 1,0 mg/dL Indireta Perfil Hepático Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Hiperbilirrubinemia Não Conjugada - Icterícia fisiológica do RN - Icterícia hemolítica do RN - Anemia Hemolítica - Síndrome de Gilbert (Genética benigna def. enzimática atrapalha conj.) - Síndrome de Crigler Najjar Perfil Hepático O RN apresenta icterícia persistente logo após o nascimento, podendo desenvolver intoxicação cerebral, chamada de kernicterus, que pode levar à morte. Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Perfil Hepático – Hiperbilirrubinemia X Idade 0 – 5 anos Doença Hemolítica/Defeitos de Conjugação 5 – 30 anos Hepatite 30 – 50 anos Litíase Biliar e Hepatite > 50 anos Neoplasias Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Perfil Cardíaco - CK - CK-MB - Desidrogenase Láctica - AST - Troponinas (cTnT, cTnI) - Mioglobina Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Perfil Cardíaco • CK - Indicadora de danos musculares. Isoenzimas: CK-MB, CK-MM, CK BB; - CK-MB indicadora de danos musculares cardíacos; - Elevação da CK –MB – IAM, Lesões musculares esqueléticas ou cardíacas, esforço físico, pós-parto, traumas, choques elétricos. Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Perfil Cardíaco • Desidrogenase Láctica (LDH) - Indicadora de danos cardíacos, musculares, hepáticos, renais e eritrociários; - Possuí 5 formas isoenzimáticas; - Aumento de DHL: IAM, ICC, miocardite, insuficiência circulatória, anemia megaloblástica, hepatite viral, cirrose, distrofia muscular, embolia pulmonar, doenças malignas. Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Perfil Cardíaco • Troponinas - Marcadores precoces de IAM - cTnT, cTnI detectam IAM em um período de 3 a 12h; - Mioglobina detecta IAM em um período de 1 a 4 horas. Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Hemólise • Haptoglobina Proteína de fase aguda que se liga irreversivelmente à hemoglobina após a hemólise, formando complexo que será removido pelas células do SRE; Marcador mais sensível de hemólise intravascular. Quanto mais hemólise, menos haptoglobina sérica para ser dosada. Interpretação de Exames Laboratoriais Bioquímica Perfil Pancreático • Amilase • Lipase - Amilase: Catalisa o amido e o glicogênio da dieta Composta pelas formas enzimáticas P e S - Hiperailasemia: Pancreatite aguda, Ca de pâncreas, colecistite aguda - Lipase: Catalisa lipídeos (triglicerídeos) - Hiperlipasemia: Pancreatite aguda e crônica, Ca de pâncreas, úlceras duodenais, cálculos biliares. Avaliam a função exócrina do Pâncreas •Eletroforese de Proteínas •Velocidade de Hemossedimentação (VHS) •Dosagem de Proteína C Reativa (PCR) •Proteína Soro Amilóide (SSA) •Mucoproteínas/Alfa-1-Glicoproteína Ácida •Proteínas do Sistema Complemento (CH50, C3, C4) •Dosagem de Citocinas (IL-1, IL-6) Interpretação de Exames Laboratoriais Avaliação Laboratorial da Inflamação Aguda Interpretação de Exames Laboratoriais Hormônios- Tireoidianos - Sexuais - Hormônios da Gravidez Endocrinologia – Moléculas mensageiras (grego hormon – excitar, colocar em movimento) Interpretação de Exames Laboratoriais Hormônios - Tireoidianos ** Feedback ou Retroalimentação Interpretação de Exames Laboratoriais Hormônios - Tireoidianos Hormônios do Metabolismo Interpretação de Exames Laboratoriais Hormônios • Tireoidianos - Hipertireoidismo (Aumento na Produção de T3 e T4) TSH Baixo - Hipotireoidismo (Diminuição na Produção de T3 e T4) TSH Elevado (Alteração exponencial) Interpretação de Exames Laboratoriais Hormônios • Tireoidianos - Anti-Tireoglobulina - Anti-Tireoperoxidase - TRab – Anticorpos anti-receptores do TSH – Doença de Graves (Hipertireoidismo) Tireoidite de Hashimoto (Hipotireoidismo) Interpretação de Exames Laboratoriais Hormônios • Tireoidianos Ac Estimula Receptor sem Ligante Interpretação de Exames Laboratoriais Hormônios • Hormônios Sexuais - Androgênios – Hormônios esteróides, que causam a masculinização do trato genital e o desenvolvimento e manutenção das características sexuais masculi_ nas. Ex. Testosterona - Estrogênios – Hormônios sexuais femininos responsáveis pelo desenvolvimento e manutenção dos órgãos e das características sexuais femininas. Ex. Estradiol, estriol, progesterona. Interpretação de Exames Laboratoriais Hormônios • Hormônios Gonadotróficos LH e FSH - LH – Hormônio Luteinizante • Hormônio adenohipofisário – Sangue – Locais de Ação (testículos e ovários) • Mulher: estimula produção de estradiol (E2) , juntamente com o FSH na primeira fase do ciclo ovariano, promovendo maturação do folículo. Interpretação de Exames Laboratoriais Hormônios • Hormônios Gonadotróficos LH e FSH - LH – Hormônio Luteinizante • Homem : estimula produção de testosterona pelos testículos, a qual mantém a espermatogênese e induz o desenvolvimento dos órgãos sexuais acessórios (ca_ nal deferente, próstata e vesículas seminais); • Dosagem elevada de testosterona faz feedback negativo. Valores Elevados : Amenorréia, Patologias gonadais primá_ rias, menopausa, Síndrome de Turner, Síndrome de Klinefelter. Interpretação de Exames Laboratoriais Hormônios • Hormônios Gonadotróficos LH e FSH - LH – Hormônio Luteinizante Valores Diminuídos : Anorexia nervosa, desnutrição, obesidade, hipogonadismo de origem hipofisária e hipotalâmica. Fármacos: Contraceptivos orais, testosterona e progesterona. Interpretação de Exames Laboratoriais Hormônios • Hormônios Gonadotróficos LH e FSH - FSH – Hormônio Folículo Estimulante • Hormônio adenohipofisário • Estimula crescimento e maturação dos folículos ovarianos e a secreção de estrogênio, promovendo alterações endometriais características da primeira fase (proliferativa) – Mulher. • No homem, estimula a espermatogênese, estimulando o crescimento dos túbulos seminíferos e do testículo Principal estímulo para secreção de FSH – Gn-RH (hormônio liberador de gonadotrofina – hipotalâmico) Interpretação de Exames Laboratoriais - FSH – Hormônio Folículo Estimulante Valores Elevados : Agenesia testicular, amenorréia primária, climatério masculino, hipogonadismo, menopausa, Síndrome de Turner, Síndrome de Klinefelter. Valores Diminuídos : Falência hipofisária, ciclo menstrual anovulatório, disfunção hipotalâmica, hipogonadotrofismo. Uso de anticonceopcionais orais, estrogênios, progesterona e testosterona. Hormônios • Hormônios Gonadotróficos LH e FSH Relação LH/FSH > 2 – Sugestiva de Ovários Policísticos Interpretação de Exames Laboratoriais - Produzidos pelo ovário, placenta e testículos; - Estimulam características sexuais secundárias e exercem efeitos sistêmicos, como crescimento e maturação dos ossos longos; - Estradiol (E2) • Atua sobre a mucosa uterina, estimulando o crescimento endometrial na preparação do estado progestacional. Suprime o FSH e estimula o LH. Valores elevados: Ginecomastia masculina, Síndrome de Klinefelter, Puberdade precoce feminina, tumores ovarianos. Valores diminuídos: Amenorréia, ovário policístico, infertilidade e menopausa. Hormônios - Estrogênios Interpretação de Exames Laboratoriais Hormônios - Estriol (E3) • Metabólito estrogênico predominantemente encontrado na urina de mulheres grávidas, cuja fonte primária é a placenta. Dosagens indicadas na gravidez após a 20ª semana para avaliar a integridade fetoplacentaria e as condições de vitalidade fetal nas gestações de alto risco. (Dosagem na urina 24h ou sangue). Valores elevados: Tumores secretores de estradiol, ginecomastia, gravidez múltipla, puberdade precoce. Valores diminuídos: Aborto, anencefalia, menopausa, mola hidatiforme, pré-eclâmpsia e Síndrome de Down fetal. Interpretação de Exames Laboratoriais Hormônios - Progesterona • Hormônio sexual esteróide produzido pelo corpo lúteo durante a segunda metade do ciclo menstrual em mulheres não grávidas e pela placenta em mulheres grávidas. Provoca alterações secretórias nas tubas uterinas e ajuda na nutrição do óvulo fertilizado. Prepara o endométrio para a nidação e estimula o crescimento das mamas e proliferação do epitélio vaginal. É contrário à oxitocina. Valores elevados: Cisto do corpo lúteo, gravidez molar, neoplasias ovarianas, puberdade precoce, tecidos placentários retidos pós-parto. Uso de estrogênios e progesterona. Valores diminuídos: Ameaça de aborto, amenorréia, anormalidades menstruais, deficiência luteínica, Síndrome de Turner. Interpretação de Exames Laboratoriais Hormônios - Prolactina • Hormônio proteico produzido pelas células lactotróficas do lóbulo anterior da hipófise. Promove, junto com outros hormônios, o desenvolvimento mamário para a produção de leite. Presente em homens em crianças com menores níveis. Valores elevados: Causas patológicas (adenomas hipofisários, hipogonadismo); Causas fisiológicas (gravidez, amamentação, estímulo dos mamilos, exercício físico, estresse). Valores diminuídos: Causas patológicas ( Hirsutismo, hipogonadismo idiopático, tabagismo feminino). Interpretação de Exames Laboratoriais Hormônios - Testosterona • Principal androgênio, promove o crescimento e desenvolvimento dos órgãos sexuais masculinos. Outros androgênios sintetizados pelas glândulas adrenais incluem a dehidroepiandosterona (DHEA) e a dehidroepiandosterona – sulfato (S-DHEA) que podem ser metabolizados a testosterona. Valores elevados: Hiperplasia suprarrenal, síndrome adrenogenital com virilização, tumores ovarianos, ovários policísticos. Fármacos (anticoncepcionais orais, estrogênios). Valores diminuídos: Climatério masculino, hipogonadismo masculino, impotência, Síndrome de Down masculina, Síndrome de Klinefelter. Interpretação de Exames Laboratoriais Hormônios - Testosterona Livre • Não ligada à albumina, promove a maior parte da ação metabólica sobre as células. Indicada na avaliação do hirsutismo em mulheres com testosterona total normal. Em homens é empregada nos estados clínicos onde a testosterona total esteja alterada. Valores elevados: Hiperplasia suprarrenal, síndrome adrenogenital com virilização, tumores ovarianos, ovários policísticos. Fármacos (anticoncepcionais orais, estrogênios). Valores diminuídos: Climatério masculino, hipogonadismo masculino, impotência, Síndrome de Down masculina, Síndrome de Klinefelter. Interpretação de Exames Laboratoriais Hormônios - Hormônio do Crescimento (GH) • Hormônio polipeptídico produzido pelas células somatotróficas da hipófise anterior, essencial para o crescimento e desenvolvimento de ossos e cartilagens. Valores elevados: Acromegalia/Gigantismo. Valoresdiminuídos: Deficiência congênita do GH, degeneração hipotalâmica, fibrose ou calcificação da hipófise, hiperglicemia. Níveis baixos ou indetectáveis são importantes no diagnóstico da baixa estatura. Testes de Avaliação (Estímulo) – Insulina, Clonidina, Glucagon Testes de Avaliação (Supressão) – Glicose Interpretação de Exames Laboratoriais Hormônios - Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG) • Glicoproteína sintetizada a partir dos estágios mais precoces da gestação, sendo compostas por duas subunidades: α e β. A primeira é idêntica à de outros hormônios (LH, TSH e FSH), diferindo-se apenas na segunda. Sua elevação é sinal de uma gestação saudável; • Secreção segue padrão diferente na prenhez ectópica e gestações múltiplas; • Tumores trofoblásticos secretam hCG. Interpretação de Exames Laboratoriais Hormônios - Hormônio Adrenocorticotrófico (ACTH) • Hormônio peptídico adeno-hipofisário que atua principalmente sobre o córtex da suprarrenal, estimulando o seu crescimento e a síntese e secreção de corticosteroides. Valores elevados: Adenoma hipofisário, doença de Addison, estresse, hipoglicemia. Valores diminuídos: Hiperfunção corticossuprarenal, adenoma e carcinoma adrenais. Fármacos inibidores da ECA. Interpretação de Exames Laboratoriais - PSA (Antígeno Prostático Específico) • É uma protease sintetizada no epitélio prostático e excretada no fluido seminal; • Sua função principal é a liquefação do fluido seminal ; • Importante ferramenta para diagnóstico precoce de neoplasias prostáticas. Relacionado com a faixa etária do paciente; • Avaliação do PSA total e livre. Relação entre eles determina neoplasia, hiperplasia prostática benigna, dentre outras situações clínicas. ** Fosfatase Ácida Prostática Interpretação de Exames Laboratoriais Líquidos Corporais • EAS • Líquido Seminal • Líquido Pleural • Líquido Amniótico • Líquido Pericárdico • Líquido Ascítico • Líquido Sinovial • Líquor • Exame Físico • Exame Químico • Exame Microscópico Interpretação de Exames Laboratoriais Líquidos Corporais Interpretação de Exames Laboratoriais Líquidos Corporais Interpretação de Exames Laboratoriais Líquidos Corporais Interpretação de Exames Laboratoriais Líquidos Corporais Interpretação de Exames Laboratoriais Coprologia • Exame Parasitológico de Fezes • Pesquisa de Oocistos • Pesquisa de Sangue Oculto • Coprológico Funcional Interpretação de Exames Laboratoriais Coprologia • Exame Parasitológico de Fezes - Pesquisa de Ovos e larvas de helmintos - Pesquisa de cistos e trofozoítos de protozoários - Pesquisa de Oocistos (pacientes imunodebilitados) Diferentes Técnicas ** Exames qualitativos, exceto pesquisa de ovos de Schistosoma mansoni por volume de fezes. Interpretação de Exames Laboratoriais Coprologia • Pesquisa de Sangue Oculto - Presença de sangue nas fezes que requer testes bioquímicos para sua detecção; - Pode ser derivado do trato gastrintestinal alto, bem como do intestino delgado e do cólon. É utilizado como método de triagem do carcinoma coloretal. Interpretação de Exames Laboratoriais Coprologia • Coprológico Funcional - Análise Física - Análise Macroscópica - Análise Química - Análise Microscópica - Exame Parasitológico Interpretação de Exames Laboratoriais Coprologia • Coprológico Funcional Interpretação de Exames Laboratoriais Coprologia • Coprológico Funcional Interpretação de Exames Laboratoriais Coprologia • Coprológico Funcional Interpretação de Exames Laboratoriais Coprologia • Coprológico Funcional Interpretação de Exames Laboratoriais - Microbiologia • Bacterioscopia (GRAM) • Culturas Bacterianas • Exame Direto • Culturas Fúngicas • Pesquisa de BAAR (Tuberculose e Hanseníase) • Antibiograma • Antifungigrama (Leveduras – Candida spp. e Cryptococcus spp. ) Materias Biológicos Diversos – Interpretação (Microbiota patológica e Residente) Interpretação de Exames Laboratoriais - Imunologia • Hepatites Virais (A, B, C) / Anti-HbsAg • HIV • Sífilis (VDRL, testes treponêmicos) • CMV • Rubéola • Toxoplasmose (Avidez) • Chagas Interpretação de Exames Laboratoriais - Imunologia • Hipersensibilidades (Alergias) - IgE Total e IgE’s Específicos - Dengue - Auxílio diagnóstico das Doenças Autoimunes - Testes “in vivo” – Intradermorreações (ex. PPD) Interpretação de Exames Laboratoriais • Teste do Pezinho Tem o objetivo de detectar precocemente doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, que poderão causar lesões irreversíveis no bebê. Fenilcetonúria e outras Aminoacidopatias Hipotireoidismo Congênito Anemia Falciforme e outras Hemoglobinopatias Hiperplasia Adrenal Congênita Fibrose Cística Galactosemia Interpretação de Exames Laboratoriais • Teste do Pezinho Interpretação de Exames Laboratoriais - Genética e Biologia Molecular • Tendência do diagnóstico moderno • Mutações • Síndromes • Caindo na rotina em algumas clínicas - Infectologia (genotipagem, carga viral) - Hematologia (pesquisa de mutações em fatores da coagulação) CGH-Array - Análise geral de todo o genoma num único experimento (deficiência intelectual, autismo, convulsões, síndromes) Cariótipo Cariótipo Cariótipo Gasometria • Avaliação dos gases no sangue arterial ou venoso • Hematose • Parâmetros: - PO2 – Pressão parcial ou tensão de oxigênio na fase gasosa, em equilíbrio com o sangue. Quando baixo pode ser associado a baixo O2 inspirado ou hipoventilação alveolar, quando alto a terapia excessiva. - pH – Indica o grau de acidez ou alcalinidade do sangue. H+ alto – pH baixo – acidose H + baixo – pH alto – alcalose Gasometria • Parâmetros: - PCO2 – É a pressão parcial ou tensão de dióxido de carbono na fase gasosa, em equilíbrio com o sangue. Depende do valor do pH. Quando baixo, alcalose respiratória, asma, insuficiência cardíaca e pneumonia. Elevado na acidose respiratória e na doença pulmonar crônica. - BE – Excesso de base no sangue, também chamado de excesso de base in vitro. Sinaliza o excesso ou déficit de bases dissolvidas no plasma sanguíneo. BE alto – alcalose BE baixo – acidose Gasometria • Parâmetros: - HCO3 – É a concentração de bicarbonato no plasma, Calculado a partir da medição de pH e PCO2 HCO3 baixo – baixo pH – acidose metabólica HCO3 alto – alto pH – alcalose metabólica Interpretação de Exames Laboratoriais - Atualidades • Febre Chikungunya - Doença causada por um vírus (CHIKV) do gênero Alphavirus transmitida por mosquitos do gênero Aedes; -Pode manifestar-se clinicamente de três formas: aguda, subaguda e crônica; - Cursa com febre, cefaléia, dor muscular e artralgia (dores articulares); - Casos autóctones na África e na Ásia, no Brasil casos importados, inicialmente, hoje autóctones. Laboratório: Sorologia, isolamento viral e diagnóstico molecular Interpretação de Exames Laboratoriais - Atualidades • Febre Chikungunya Interpretação de Exames Laboratoriais - Atualidades • Zika Vírus Sequenciamento e Isolamento Genético, Sorologia Interpretação de Exames Laboratoriais - Atualidades • Febre de Mayaro – Virus MAYV Interpretação de Exames Laboratoriais - Atualidades • Febre de Mayaro Sequenciamento e Isolamento Genético, técnicas moleculares e Imunoensaios. Diagnóstico Diferencial Interpretação de Exames Laboratoriais - Atualidades • Vírus Ebola - Pertence ao gênero Filovirus, família Filoviridae e tem um grau de patogenia nível 4 (superior ao do HIV que é nível 2);-Sintomas começam com dor de cabeça, mal estar, fadiga, dor de garganta e dor nas costas; -Primeiro local de infecção – macrófagos (imunossupressão). Em seguida, começa a destruir a superfície endotelial, contribuindo para a principal característica da doença que é a intensa hemorragia, que é capaz de levar à morte por choque hipovolêmico. Laboratório: Sorologia, isolamento viral e diagnóstico molecular, provas de coagulação. Fluidos Corporais Interpretação de Exames Laboratoriais - Atualidades SBPC Interpretação de Exames Laboratoriais - Atualidades SBPC & Consenso Europeu 2016
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