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BIOQUÍMICA CLÍNICA: DO PRÉ- ANALÍTICO À ACREDITAÇÃO Prof. Danilo Carlos Ribeiro, B.Sc., M.Sc. CONTEÚDO • 01 – Introdução. • 02 - Controle de Qualidade. • 03 - Manutenção de analisadores e Água Reagente. • 04 - Reagentes, Calibradores e Amostras Controles. • 05 - Fase Pré-Analítica. • 06 - Fase Analítica. • 07 - Estabilidade e Armazenamento. • 08 – Exames Laboratoriais no Setor de Bioquímica. • 09 – Fase Pós – Analítica. • 10 – Considerações Finais. 1. Introdução • 60 a 70 % da rotina laboratorial. • Profissionais preparados. • Conhecimento técnico adequado desde o pré ao pós analítico. • Setor com maior avanço tecnológico Precisão X Capacidade Diagnóstica. 1. Introdução • Determinar um perfil significa avaliar a função de um ou mais sistemas. • Múltiplos exames estão inseridos. • Todas as especialidades médicas solicitam exames. 1. Introdução • Acreditação laboratorial para garantia da qualidade dos serviços. • Segue normas estabelecidas que contemplam atividades como : - atendimento ao cliente; - realização de exames; - validade dos reagentes e produtos; - calibração de aparelhos; - rastreabilidade do processo; - capacitação da equipe. 1. Introdução • Acreditação laboratorial é o melhor forma demonstrar a qualidade. • Garantia de uso de técnicas e métodos que garantam o resultado final do exame. • Acreditação X Credibilidade. 2. Controle de Qualidade • Garantia da Qualidade é um conjunto de atividade que venham garantir a qualidade final de um produto. • Está presente nas etapas analíticas. • Custos para adequação de conformidades e não-conformidades. 2. Controle de Qualidade • Qualidade Total Laboratorial depende de : - Infraestrutura adequada; - Documentações e alvarás; - Equipe técnica treinada e capacitada; - Participar de programas externos de qualidade; - Calibração com plano de manutenção periódico; - Reagentes de qualidade e com FISPQ. 2. Controle de Qualidade - Métodos e ensaios padronizados e atualizados; - Limpeza correta de vidrarias; - Processo de coleta e transporte; - Armazenamento adequado (Soroteca); - Manual da qualidade completo. 2. Controle de Qualidade • Diretoria determina indicadores, metas e responsabilidades. • A gestão da qualidade é implementada através do: - Planejamento; - Controle; - Garantia; - Melhoria; - Manutenção da qualidade. 2. Controle de Qualidade - Planejamento da Qualidade: Ações para desenvolver a qualidade (Missão da Empresa). - Controle de Qualidade : Avalia a precisão e a exatidão dos métodos analíticos. - Garantia da Qualidade : promove confiança que os requisitos são atendidos. - Manutenção da Qualidade : acompanhamento, supervisão e avaliação. - Melhorias da Qualidade : aumentar a capacidade do laboratório de realizar melhorias nos processos. 2. Controle de Qualidade • Qualidade dos exames : padronização dos processos desde o pedido médico até a liberação do laudo. • Engloba fases pré-analítica, analítica e pós-analítica. • A padronização assegura a monitoração da qualidade. • Instrução de Trabalho (Its) e Manual da Qualidade (POPs). • Descrevem atividade de cada setor. 2. Controle de Qualidade • Auditoria externa (ONA, DIQ, PALC) avalia a integração entre os setores. • Avalia a presença de documentação e registro de todas as etapas presentes no processo. • Uma etapa depende de outra para iniciar gerando sempre um produto final. Ex: recepção coleta triagem / administração 3. Manutenção de Analisadores e Água Reagente • Medidas preventivas diárias e semestrais nos equipamentos laboratoriais. • Melhoria do desempenho (precisão e repetição) e evitar danos. • Objetivo redução de custos e transtornos na rotina do setor. 3. Manutenção de Analisadores e Água Reagente • Limpeza diária e semanal: - sensores interno e externo de cubetas de amostra; - sensor de identificação da bandeja de amostra e do filtro de refrigeração; - limpeza das sondas; - troca da solução ácida e alcalina; - lavagem das cubetas e agulhas de análise e de reagentes. 3. Manutenção de Analisadores e Água Reagente • Limpeza quinzenal do sistema de fluxo com Hipoclorito de Sódio a 2,5%, agindo por 15 minutos e Extram a 5% para limpeza das cubetas de reação. • Após a manutenção preventiva semestral, realizar nova calibração de todos os analitos, utilizando calibradores recomendados pelo fabricante. • Registrar todas as manutenções em planilhas. 3. Manutenção de Analisadores e Água Reagente • Água é o suprimento de menor custo e o mais negligenciado. • Água reagente de boa qualidade com condutividade ≤ 1 Micro Siemens (Água tipo II). • Para lavagem de vidraria utilizamos Água tipo III. • Enxague final de vidraria utiliza-se Água tipo II. • Água pode conter várias substancias oxidantes ou metais (aceleram ou inibem reações e deterioram reagentes e calibradores). 3. Manutenção de Analisadores e Água Reagente • O uso de água imprópria acarreta 25 % de erros. • Processos de purificação: - Destilação; - Deionização; - Osmose Reversa; - Filtração por carvão ativado; - Ultrafiltração. 3. Manutenção de Analisadores e Água Reagente • Destilação: vaporização e condesanção (método mais antigo). • Deionização: ocorre troca dos íons da água por íons das resinas. • Osmose Reversa: membrana que retém 90 a 99 % das impurezas. • Filtração por carvão ativado: remove o cloro. • Ultrafiltração: membranas com poros maiores para pirogênios. 3. Manutenção de Analisadores e Água Reagente • Combinação dos processos (Osmose Reversa e Deionização mais comuns). • Monitoramento a cada lote produzido. • RDC 302/2005 da ANVISA, que no item 6.2.7 descreve: “O laboratório clínico e o posto de coleta laboratorial devem definir o grau de pureza da água reagente utilizada nas suas análises, à forma de obtenção, o controle da qualidade.” 4- Reagentes, Calibradores e Amostras Controles • Materiais homogêneos e estáveis, reconstituídos com pipetas calibradas e água reagente de qualidade (principais causas de erros de precisão). • Existem padrões , calibradores e amostras controle. - Padrões : 99,98 % de pureza. - Calibradores : analítos são determinados por valores de referência pré- determinados. - Amostras controles : Controle Interno e Externo da qualidade. 4- Reagentes, Calibradores e Amostras Controles • Controle Interno da Qualidade: - Avalia a precisão dos resultados. • Controle Externo da Qualidade: - Avalia a exatidão dos resultados. Cada laboratório determina seus valores médios e limites de variação ou desvio padrão analítico. 4- Reagentes, Calibradores e Amostras Controles • Regras básicas do uso de amostras controle: - Pipetas volumétricas calibradas; - Água reagente de qualidade; - Utilizar tubos criogênicos para armazenamento de controles e calibradores em alíquotas; - Anotar data e lote da reconstituição. - Descongelar apenas 1 vez; - Utilizar freezer - 20 º C para validade de 15 dias; - Homogeneizar suavemente antes do uso. 4- Reagentes, Calibradores e Amostras Controles • Causas da perda de calibração: - Modificação no desempenho do reagente; - Misturar reagentes novos com sobras; - Preparação inadequada do reagente; - Armazenamento inadequado (até 120 horas à 20 º C); - Contaminação do reagente. - Instabilidade do reagente. - Modificação na resposta do analisador; - Alterações nas medidas volumétricas de pipetas. 4- Reagentes, Calibradores e Amostras Controles • Desvios de calibração são ocasionados por: - Volume errado de reconstituição; - Água inadequada; - Uso de material volumétrico não calibrado; - Programação do aparelho diferente do calibrador em uso; - Uso de lote diferente da mesma marca de reagente; - Utilizar valor de referência para metodologia errada (bicromática e monocromática). - Armazenamento inadequado. Em ambos os casos de perda ou desvio um novo lote de calibrador deverá ser reconstituído e utilizado. 4- Reagentes,Calibradores e Amostras Controles • Perda da estabilidade dos reagentes: - Permanecer fora da geladeira longo tempo (altera o desempenho); - Exposição à luz solar; - Contaminação com outros reagentes ou com o ambiente (analisadores). Em qualquer um dos casos, requer nova calibração. 4- Reagentes, Calibradores e Amostras Controles • Rastreabilidade de insumos laboratoriais: - lote; - validade; - data de abertura do kit; - hora de abertura; - responsável pela abertura com assinatura. Fundamental para Acreditação Laboratorial !!! 5- Fase Pré-Analítica • Processo desde a chegada do paciente ao laboratório até o encaminhamento para a fase analítica. • Corresponde a recepção, coleta, transporte e triagem de materiais biológicos. • Maior índice de erros nesta fase laboratorial - 70 a 80 %. • Pode trazer danos ao paciente, atraso na conduta terapêutica, perda de credibilidade junto ao médico/paciente e perdas financeiras. 5- Fase Pré-Analítica • Objetivo desta etapa é garantir a atenção ao paciente e o cuidado com os procedimentos para obtenção de um material ou amostra de qualidade. • Comprometimento da equipe e atenção aos processos de cada setor. 5- Fase Pré-Analítica • É composta por 6 etapas: - pedido de exame legível: confirmar ou rejeitar um diagnóstico ou obter parâmetros para acompanhamento. - orientação e cuidado do paciente: tempo de jejum, material coletado verbal e exames mais específicos por escrito (Ácido Úrico com dieta por ex). Paciente não pode sair do laboratório com dúvidas pois uma má conduta pode afetar o resultado final do exame (bebidas alcoólicas, exercício físico). 5- Fase Pré-Analítica - Cadastro : documento com foto, nome completo, sexo, idade, procedência do paciente, telefone, nome do responsável (menor de idade), médico solicitante, data e hora do atendimento, exames solicitados e o tipo de coleta. Medicações (glicemia) e dia da última menstruação (exames hormonais) são informações valiosas que devem ser informadas. Importante !!! Detectar pacientes que usam insulina. 5- Fase Pré-Analítica - Coleta: momento de maior tensão !!! Tubo inadequado, volume insuficiente, falta de homogeneização, falta de identificação e hemólise. Capacitação da equipe de coletores é fundamental, não basta saber colher, precisa entender o que esta colhendo. Causas da hemólise: homogeneização vigorosa, contato com gelo, contato com álcool, tubo em posição horizontal. 5- Fase Pré-Analítica Situações que alteram os resultados de exames - Variações Cronobiológicas: alterações na concentração de analítos (diária, mensal, sazonal). Ex: ciclo circadiano ( Ferro ). - Postura corporal repentina: supina para ereta. Ex: Albumina, Colesterol, Triglicérides variam 8 a 10 %. - Idade: maturidade funcional dos órgãos. - Jejum: varia de 3 a 12 horas. Valores de referência baseados no jejum. Crianças acima de 5 anos: Igual adulto. Crianças até 5 anos : 3 a 4 horas. Lactentes: 1 a 2 horas. 5- Fase Pré-Analítica Tipo de alimentação : rica em proteínas (eleva uréia, ácido úrico). rica em gorduras (eleva triglicérides). Nova proposta debatida : abolição do jejum. Posicionamento da SBAC. “Apesar dos notáveis avanços na tecnologia e automação dos laboratórios, os resultados dos testes ainda sofrem a influência destes fatores pré-analíticos e que podem causar variação nos resultados.Estas variações tornam-se significativamente relevantes quando os valores estão situados próximas ou em zonas de decisão clínica.” 5- Fase Pré-Analítica Posicionamento da SBPC. “A alimentação pode interferir sobre os exames laboratoriais de duas formas principais. A primeira, que não pode ser “abolida”, é sobre o nível de analítos que variam de acordo com a ingestão de alimentos. Estão nesta categoria, por exemplo, a glicose, a insulina, os triglicerídeos. Nestes casos, a informação sobre a duração do jejum antes da coleta é importante para a interpretação dos exames, em função dos intervalos de referência. A segunda interferência pode ocorrer em função do exame e do método usado pelo laboratório. Caso a ingestão de gorduras seja importante, ou caso a pessoa metabolize a gordura ingerida mais lentamente, o seu sangue pode se mostrar lipêmico no momento da coleta sem jejum (e, raramente, mesmo após o jejum). A lipemia torna a amostra mais turva e alguns métodos de laboratório são sensíveis a esta turvação e podem gerar resultados errôneos (para mais ou para menos).” 5- Fase Pré-Analítica • Grandes laboratórios estão abolindo o jejum na grande maioria dos exames. • Verificação exame a exame na bula. 5- Fase Pré-Analítica - Álcool: Glicemia e Triglicérides a curto prazo. GGT em usuários crônicos. - Fumo ; HDL reduzido. - Medicações : Corticóides (eleva glicemia) e estatinas (eleva CK Total). - Exercícios físicos: variações nas necessidades energéticas e mobilização de água (eleva de 4 a 10 vezes CK Total e TGO e redução de glicemia. 5- Fase Pré-Analítica Variações decorrem de 12 a 24 horas de repouso para condições ideais. Glicemia e Insulina Pós Prandial – repouso de 30 minutos antes da coleta. - Gravidez : maior consumo de ferro e ferritina e hemodiluição de proteínas totais e albumina. 5- Fase Pré-Analítica - Transporte e Armazenamento: tempo e temperatura adequada. Coleta : 25 º C Armazenamento : 2 a 8 º C Temperatura pode inibir o metabolismo de células e estabilizar certos constituintes termolábeis. Potássio: 2 horas após a coleta sem centrifugar se eleva (impede a glicólise que alimenta a bomba de potássio). Solução !!! Transporte de hora em hora e em casos de coleta externa maleta refrigerada. 5- Fase Pré-Analítica - Triagem de materiais biológicos: manuseio e encaminhamento aos setores específicos. Critérios de rejeição definidos e protocolados (Ex: tipo de tubo/exame, sem identificação, volume insuficiente). Amostra aceita com interferentes deve ser informada no laudo (lipemia, icterícia). Avaliar estatisticamente o processo. 5- Fase Pré-Analítica • Procedimentos que causam impactos necessitam de atenção constante. • Controle de todas as etapas estatisticamente. • Avaliar mapeamento de riscos setorizado com avaliação do grau de risco (gravidade X probabilidade). • Núcleo de segurança do paciente. • Criar metas a serem cumpridas e planos de ação corretiva • Ações voltadas para eliminação ou mitigação dos problemas. 6- Fase Analítica • Controle de Qualidade Analítico : garantia precisão dos ensaios. • Finalidade: garantir a exatidão dos resultados ; calibração dos equipamentos; indicar ações corretivas. • Conhecer limitações do teste, parâmetros e desempenho (Manuais da Qualidade do Equipamento e dos Analítos). • Automação : 14 % de erros • Profissional é vital. • RDC 302/2005 da Anvisa para redução ou eliminação de riscos potenciais. 6- Fase Analítica • Variáveis que afetam diretamente a Fase Analítica: - Equipamentos; - Reagentes; - Calibração; - Manutenção de Equipamentos; - Qualidade da água reagente; - Temperatura ambiente; - Preparação de controles e calibradores; - Estabilidade da amostra. 6- Fase Analítica • Variáveis que afetam indiretamente a Fase Analítica: - Qualidade da amostra; - Intervalo analítico e limite de detecção; - Linearidade, Precisão e Exatidão; - Controle Interno e Externo. - Valores Críticos. - Carga de trabalho. 6- Fase Analítica • Etapas da Fase Analítica: 1- Compra de insumos (Qualificação de fornecedores); Produtos de qualidade com gestão de suprimentos (necessidade X estoque) com menor custo. 2 – Calibração de equipamentos e vidrarias (EXATIDÃO) Garantia da reprodução dos valores de uma amostra conhecida . 6- Fase Analítica Procedimento realizado no ínicio da rotina. FDA determina que resultados sejam analisados por métodos estatísticos de regressão linear. Anvisa - coeficientes angular e linear, intercepto de reta e coeficiente de correlação de Pearson = 0,98. Desvionão deve ultrapassar 20 %. Kits já vem calibrados. Uso de calibradores e reagentes da mesma marca. 6- Fase Analítica 3 - Controle de Qualidade Interno : avalia a precisão analítica. (capacidade de reproduzir resultados). Uso de amostras controle com valores conhecidos (2 níveis). Determina a imprecisão do método (tabela internacional). Desvio padrão (DP) e coeficiente de variação (CV). 20 corridas analíticas. Os valores tendem a permanecer próximos da média. 6- Fase Analítica Erro sistemático : revelam a tendência do método (Alto / Baixo). Tipo de erro mais frequente ocasionado por problemas persistentes e mais fáceis de resolução. Erro aleatório : maior variação do sistema com alargamento da curva de Gauss, leva a um aumento da imprecisão do método. Mais difícil de detectar na rotina. 6- Fase Analítica • Regras de Westgard: utilizadas para interpretação do Controle de Qualidade Interno. - Auxiliam na detecção de não conformidades; - Regras são escolha do Laboratório de acordo com o sistema de cada equipamento. - Elas são expressas nos gráficos de Levey- Jennings. 6- Fase Analítica Regra de Alerta : 1 dos valores excede Xm 2s. Não implica em rejeição 6- Fase Analítica Regras de Rejeição : Controle não é aceito e analíto não liberado para rotina. Normalmente são considerados como erros aleatórios (1:3s / 1:4s) ou sistemáticos (4R:s/ 7X/ 7T/ 10X). 6- Fase Analítica • Erros Aleatórios 1:3s (limiar 3) e 1:4s (2 controles 2 dias do mesmo lado) 6- Fase Analítica • Erro Sistemático 4R:s (ultrapassa 2s por lado) e 7X (decrescente) 6- Fase Analítica • Erro sistemático 7T (crescente ) e 10T (crescente 5 cada lado) 6- Fase Analítica 4- Controle Externo da Qualidade ou Proficiência: avaliam a exatidão . Comparação entre laboratórios de uma amostra desconhecida e faz-se a média mensal. Valor de aceitação de 80 %. Brasil : cerca de 12.500 laboratórios. 700 realizam controle externo. 6- Fase Analítica 5- Controle Interlaboratorial: analíticos mais críticos ou maior sensibilidade. Laboratório de Apoio. Comparação de resultados. Utiliza a média do Controle Externo para aceitabilidade. 6- Fase Analítica • Essa etapa visa assegurar: - confiabilidade dos exames. - identificação de riscos relacionados a esta etapa. - rastreabilidade total (controles e reagentes). Estabelecer metas mensais avaliadas estatisticamente. 7- Estabilidade e Armazenamento • Tempo de Bancada X Estabilidade. • Interferentes : Temperatura e Tempo para análise. • Estabilidade X Tipo de Amostra. 7- Estabilidade e Armazenamento 7- Estabilidade e Armazenamento 7- Estabilidade e Armazenamento 7- Estabilidade e Armazenamento 7- Estabilidade e Armazenamento 7- Estabilidade e Armazenamento 7- Estabilidade e Armazenamento 7- Estabilidade e Armazenamento • Criação de Soroteca: demanda semanal. • Monitoramento de temperatura : Ambiente e Equipamentos. • Soroteca de Notificação Compulsória: 1 ano. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica • Diagnóstico : histórico clínico, exame físico e exames laboratoriais. • Exame laboratorial reduz a incerteza do diagnóstico e/ou prognóstico. • Exames são baseados em Intervalos de Referência: Indivíduos saudáveis. • Glicemia, Colesterol e HBa1C : limites de decisão clínica* (alvos terapêuticos). • Valores de referência : Bula do kit. * dados epidemiológicos 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Ácido Úrico • Produto final do metabolismo proteico (Uréia e Creatinina). • Formado no fígado. • Ácido fraco presente nos fluídos corporais na forma de urato. • Eliminado através dos rins e intestino. • Elevação : ingestão de alimentos proteicos aumento na produção endógena de urato redução na excreção renal. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Ácido Úrico • 5% circulante ligado a proteínas. • 95% filtrado pelos glomérulos: 3 processos. - reabsorção 90 a 100 % (S1). - secreção de urato 50 % do que foi filtrado (S2). - absorção pós secretória (S3). • A concentração do ácido úrico é reflexo do S2 e S3 do túbulo proximal. • 12 % do filtrado aparece na urina. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Ácido Úrico Elevado • Gota – depósito de uratos nas articulações. • 85 a 90 % redução da excreção. • 10 a 15% aumento da produção. • Tratamento: depende da causa (uricosúricos ou inibidores da síntese de urato). • Cristais de ácido úrico : propriedade pró-inflamatória. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Ácido Úrico Elevado • Pesquisadores têm encontrado resultados elevados associados à outras doenças. • Aumento do risco cardiovascular: hipertensão arterial, doença coronariana, síndrome metabólica e AVC. • Produz lesões microvasculares renais. • AVC: hipertensão X propensão. • Resistência a insulina: devido ao estresse oxidativo e com a produção de fator de necrose tumoral alfa no desenvolvimento do diabetes. • Gestações mais curtas e prematuros: 33 % de chance de pré-eclâmpsia (5,9 mg/dL após 24 semanas de gestação). • Ingestão de álcool: degrada ATP em adenosina monofosfato (AMP) que converte em ácido úrico e desidratação e acidose metabólica reduz a excreção. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente • Jejum de 8 horas. • Variações circadianas (coleta pela manhã). • Materiais biológicos: Soro Urina (podendo ser colhida amostras de 24 horas) Líquido amniótico e sinovial. • Estabilidade: 3 dias (2-8 ºC) e 6 meses (-10ºC). • Evitar Vitamina C por 48 horas: substância redutora. • Aspirina e antiinflamatórios: afetam a excreção. • Médico pode solicitar dieta específica. • Método de Tinder. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Dosagem na Urina 24 horas: • Etapas. - equilibrar o pH (7 e 9 com NaOH 5%) - aquecer 56º (dissolver cristais de urato e AU) - diluir 1:10 a urina. - resultado multiplicado por 10. • Valor de referência : 250 a 750 mg/24 horas. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Dosagem no Soro: Não é utilizado plasma: valores diminuídos. 90 minutos de repouso: Ácido Ascórbico. Triglicérides até 1800 mg/dL : não produz interferência significativa (reduzir jejum?). Valores de referência : crianças: 1,5 a 6,0 mg/dL em meninos 0,5 a 5,0 mg/dL em meninas adultos : 2,5 a 7,0 mg/dL em homens 1,5 a 6,0 mg/dL em mulheres 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Albumina • Proteína de origem hepática de vida média : alterações nutricionais e hepáticas de curta duração não explicam. • 50 % de toda proteína plasmática humana. • Funções: manutenção do volume plasmático. equilíbrio ácido-básico (função tampão) transporte : hormônios, cálcio, ácidos graxos, drogas. reservatório: 5 % de aminoácidos (aumenta em doenças malignas) • Alimentação insuficiente: redução de 50% da síntese após 24 horas. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Albumina Diminuída (Hipoalbuminemia) • Perdas significativas : hemorragias, gastrointestinais. • Problemas na síntese : hepatopatias. • Deficiência de materiais plásticos. • Encontrada : Síndrome nefrótica (glomerulonefrite crônica) Hepatite infecciosas e crônicas Cirrose Enterites e Colites Câncer Desnutrição Queimaduras 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente • Jejum de 8 horas. • Não utilizar plasma. • Estabilidade: 3 dias (2-8 ºC) e 6 meses (-10ºC). • Interferentes: gravidez, hidratação. • Método Colorimétrico. • Valores de Referência: crianças 2,6 a 4,8 g/dL. adultos 3,5g/dL e 5,5 g/dL . 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Alfa 1- Glicoproteína Ácida • Proteína de fase aguda: resposta inflamatória (infecções, ferimentos, traumas. • Elevação : reforço nos mecanismos de defesa do organismo. • Utilizada para avaliar o curso da inflamação e a resposta terapêutica. • Sintetizada em sua maior parte no fígado. • Surge 12 horas após a injúria. • Permanece de 3 a 5 dias. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Elevação da Alfa 1- GlicoproteínaÁcida • Respostas inflamatórias. • Infarto do miocárdio. • Doenças autoimunes. • Neoplasias malignas. • Obesidade. • Doenças hepáticas. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Diminuição da Alfa 1- Glicoproteína Ácida Relacionado com perdas de proteínas • Síndrome Nefrótica. • Terapia com estrógenos. • Enteropatias. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagem • Jejum de 4 horas. • Soro: hemólise e lipemia. • Estabilidade : 2 e 8ºC por até 7 dias. • Não congelar. • Método imunoturbidimétrico: uso de anticorpos com habilidade de ligar-se a moléculas e seu alvo (maior especificidade e exatidão que a mucoproteína). • Valor de Referência: 30 a 120 mg/dL. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Alfafetoproteína • Proteína do soro fetal produzida no fígado. • Pico : 13-15 semanas. • Funções : transporte plasmático e manutenção da pressão oncótica. • Desaparece no primeiro ano de vida. • Níveis de 500 ng/mL : sugestivo de malignidade. • Níveis acima de 1000 ng/mL: presença de neoplasia. • Tumores gastrointestinais, hepatocarcinoma, tumores testiculares não semimatosos. • Gravidez, cirrose, hepatite. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Alfafetoproteína • Usado Monitorar câncer de testículo (prevalência de 1 a 2 %). • Avalia permanência da doença e estimativa de tempo do crescimento tumoral. • Hepatocelular : 500 mil novos casos/ano (5º causa de câncer). Associado ao Ultrassom abdominal. Não é específico (prognóstico/estádio) 80% dos doentes tem AFP normal. • Portadores com cirrose e AFP elevado: maior risco de Carcinoma hepatocelular. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagem • Utiliza soro ou plasma (EDTA/Citrato). • Citrato : corrigir valor + 10%. • Estabilidade de 7 dias (2 a 8 ºC) e de 3 meses (-20ºC). • Lipemia, hemólise e icterícia : Não afetam. • Método utilizado : Sandwish 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Valores de referência : Adultos : até 9,0 ng/mL. Gestantes : 31,1 ng/mL com 15 semanas 36,0 ng/mL com 16 semanas 41,6 ng/mL com 17 semanas 48,1 ng/mL com 18 semanas 55,7 ng/mL com 19 semanas 64,6 ng/mL com 20 semanas. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Amilase • Origem: pâncreas e glândulas salivares. • Útil para avaliação da pancreatite. • Pancreatite aguda: 75 % dos casos colelitíase e álcool*. 3 a 7 % litíase biliar. • 2% dos casos : associação com Triglicérides (acima de 1.000 mg/dL). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Elevação da Amilase • Pancreatite. • Parotidite. • Insuficiência renal. • Gravidez. Níveis se elevam 3 a 4 vezes ao valor normal. Diminuição da Amilase • Cirrose. • Câncer pancreático em estágio avançado. • Pancreatite Crônica. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagem • Jejum não necessário. • Soro ou plasma (heparina). • Anticoagulantes: reduzem a atividade da amilase. • Urina (12 ou 24 horas) . • Estabilidade: 7 dias (15-25ºC) e 2 meses (2-8 ºC). • Hemólise : rejeição de amostra. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagem • Lipemia e Icterícia : reduz as taxas de amilase. • Narcóticos (morfina), diuréticos e álcool: elevam os valores de amilase. • Na urina: dosar em conjunto a creatinina para compensar as variações de amilase na micção (Relação Amilase/Creatinina). • Valores de referência: Soro ou plasma 25 a 125 U/mL. Urina : 30 U/h. Relação Amilase/Creatinina : 400 U/g. Depuração Amilase/Creatinina: 1 a 4 %. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Anti Estreptolisina O (ASLO) • Cocos gram-positivos : orofaringe e pele. • Toxina extracelular: excretada pelo Streptococcus pyogenes. • Infecção: excreta ASLO X produção de anticorpos. • Elevação : primeira semana surgimento. pico até 2 a 4 semanas. desaparecimento de 6 a 12 meses. • Valores acima de 200 UI/mL: infecção aguda ou reinfecção. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica ASLO Elevado • Faringite. • Amigdalite. • Escarlatina. • Erisipela. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagem • Jejum de 8 horas. • Estabilidade: 7 dias (2 a 8ºC) e 3 meses (-20ºC). • Lipemia e hemólise: critérios de rejeição. • Método de Turbidimetria. • Valores de referência : Adultos: abaixo de 200 UI/mL. Crianças : abaixo de 150 UI/mL. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Bilirrubinas • Origem : 80-85% da destruição de eritrócitos. • Produção: 250-300 mg/dia. • 4 tipos: não conjugada (circula no organismo vinculada a albumina) indireta monoconjugada direta ou conjugada (auxilia na digestão de lipídeos). • Excretada nas fezes (coloração acastanhada) e na urina (cor escura e espuma). • Uso: Monitoração de doenças hepáticas e hematológicas. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Bilirrubina Elevada (Hiperbilirrubinemia) • Icterícia: elevação de 1,5 à 3,0 mg/dL. • Produção é maior que a excreção de bilirrubinas. • Coloração amarela da pele e membranas mucosas - deposição de bilirrubina. • 60% dos neonatos , 80% dos prematuros. • Mais frequente em homens: maior massa eritrocitária. • Neurotóxica : encefalopatias • Jejum ou dieta menor de 400 calorias : elevam a bilirrubina não conjugada. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Bilirrubina Elevada (Hiperbilirrubinemia) Bilirrubinas não conjugadas (total) elevadas • Síndrome de Gilbert: alterações metabólicas mais comuns. • Doença de Crigler Najjar I (hereditária) e II (autossômica): deficiência da UGT1A1 (total ou parcial). • Anemia hemolítica 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Bilirrubina Elevada (Hiperbilirrubinemia) Bilirrubinas conjugadas (direta) elevadas • Impedem da bilirrubina ser transportada ao intestino. • Colestase intra-hepática • Obstrução do trato biliar extra-hepático 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagem • Jejum de 8 horas. • Soro ou plasma (EDTA ou Heparina) • Hemólise e lipemia– critério de rejeição (reduz os valores). • Proteger da luz : 4 dias (2 a 8 ºC) e 3 meses (-20ºC). • Bilirrubina direta: reage com o ácido sulfanílico • Bilirrubina total : reage com reagente diazo. • Bilirrubina indireta: resultante do valor de BT-BD. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Dosagem na Urina • Presença de Bilirrubina na urina: Processo patológico. • Indicativo : Colúria. • Bilirrubina Direta elevada: Bilirrubina positiva (sal de diazônio coloração rosa). • Bilirrubina Indireta elevada: Urobilinogêneo positivo (reagente de Erlich cor vermelho-cereja). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Cálcio • Íon essencial : formação óssea, potenciais de ação. • Concentrações circulantes livres flutuam: transporte e estoque (intestino, rim e ossos). • Manutenção sérica: regulado por Vitamina 1,25 D e Paratormonio. • Apenas 1% de Ca : fluído extracelular. • Função renal diminuída: hipocalcemia. • Excesso de fósforo: reduz absorção de cálcio (fragilidade óssea, cãibra, contrações musculares. • Equilibrio P X Ca 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Distúrbios da concentração de cálcio • Varia em função da albumina, anomalias proteicas e distúrbios ácido-básico: hipocalcemia. • Acidose metabólica: desloca cálcio da albumina ( eleva cálcio iônico). • Alcalose metabólica: reduz cálcio iônico. • Aumento de proteínas: Mieloma múltiplo, insuficiência adrenal: elevação de cálcio total mas o ionizado está normal. • Redução de proteínas: cálcio total baixo mas o ionizado está normal, baixo ou alto. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Hipercalcemia • Concentração de cálcio aumentada e excreção reduzida. • Causas: reabsorção óssea acelerada. reabsorção intestinal excessiva. redução da excreção renal. • 90% dos casos: neoplasias malignas. • Ocorre no hiperparatireoidismo. • Sintomas: constipação. poliúria. perda de sódio e água litíase renal8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Hipercalcemia • Neoplasias: induz reabsorção óssea (metástases e/ou liberação de substâncias com capacidade osteolítica). • 10 % das neoplasias apresentam hipercalcemia. • Hemodiálise: eleva os níveis de PTH (reduz o cálcio). • Cálcio Total : cálcio livre (ionizado)(50%). ligado a proteínas (40%). complexado (10%). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Hipocalcemia • Cálcio Total reduzido mesmo com Ionizado normal. • Queda de 1g Albumina : Cálcio 0,8 g reduzido. • Alcalose metabólica: Cálcio fixado à albumina (diminui iônico). • Aumento da excitabilidade neuromuscular: varia do grau e velocidade de queda. • Crise de tetania: sintoma característico. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagens • Jejum de 8 horas pela manhã; alterações circadianas. • Soro ou plasma (heparina). • Centrifugar em 1 hora: evitar aumento de permeabilidade das hemácias ao cálcio. • EDTA, Citrato e Fluoreto: valores reduzidos. • Hemólise : rejeição de amostra. • Lipemia : não altera resultado (jejum?) • Estabilidade: 2 semanas (2 a 8ºC) e 4 semanas (-10ºC). • Urina 24 horas: adicionar 20 ml de HCl 6 M. • Método Arsenazo III. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Valores de Referência Cálcio total : 8,8 a 11,0 mg/dL soro ou plasma Cálcio ionizado: 4,6 a 5,4 mg/dL em adultos 4,80 a 5,52 mg/dL em indivíduos de 1 a 18 anos. Urina 24 horas: até 200 mg/24 horas em casos com dieta restrita de cálcio (500 mg/24 horas) até 300 mg/24 horas em casos sem restrição de cálcio. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Cloretos • Ânion mais abundante no meio extracelular. • Age em conjunto com o sódio: regulação da pressão osmótica, balanço de água no organismo e neutralidade elétrica. • Ingerido : 2,5 g por dia. • Absorvidos no intestino. • Excreção : urina e suor. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Cloretos Reduzidos (Hipocloremia) • Valores abaixo de 80 mEq/L: reduz tônus da fibra muscular lisa (íleo adinâmico e hipotensão arterial ). • Falta de digestão de sal. • Diarréias intensas. • Aspiração nasogástrica ou vômitos prolongados. • Doenças renais com perda de sal: nefrite. • Uso excessivo de diuréticos : eliminam sódio associado ao cloreto. • Acidose metabólica: produção excessiva ou excreção diminuida de ácidos orgânicos (cetoacidose diabética). • Alcalose metabólica: devido a queda de sódio. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Cloretos Elevados (Hipercloremia) • Associada a hipernatremia : aumento de sódio. • Observado : Desidratação. Alcalose respiratória. Drogas. Histeria e ansiedade. Febre. Acidose tubular renal. Insuficiência renal aguda. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagens • Sem preparo de jejum • Hemólise e lipemia : não alteram os resultados. • Separar o soro 1 hora após a coleta: íons cloreto passam para hemácias. • Estabilidade: 7 dias (15-25 ºC) e vários meses (-10ºC). • Urina e Líquor devem ser centrifugados antes. • Valores de referência: 97 a 106 mEq/L no soro/plasma. 170 a 254 mEq/24 horas na urina. 118 a 132 mEq/L no Líquor. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Creatino Quinase Total (CPK) • Isoenzima: composto por MM (CK3), MB (CK2) e BB (CK1). • Enzima Elevada: músculo cardíaco ( 80% MM e 20 % MB). esquelético (MM). cérebro (BB). gastrointestinal (BB). • 6 horas após infarto: pico de 12 a 24 horas. • Permanece elevada 72 horas. • Eleva-se 10 vezes o limite. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica CPK Elevado • Infarto agudo do miocárdio (menos específica). • Necrose do músculo cardíaco : causada por miocardite. • Danos musculares (maior especificidade). • Estresse físico: exercícios (intensidade X duração). • Atletas: CPK diminuído. • Distrofia muscular progressiva (doença de Duchenne ). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Doença de Duchenne • Doença de herança recessiva do cromossomo X. • Ocorre principalmente no sexo masculino. • CPK elevadíssimo (50 a 100 vezes) : mesmo sem sintomas (recém nascidos). • Ausência de distrofina nas fibras musculares: CPK escapa para o sangue. • Sintomas surgem de 3 a 5 anos: debilidade ou fraqueza muscular. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagens • Jejum não é necessário. • Evitar exercícios físicos antes do exame (elevam 3 x ). • Soro ou plasma (EDTA/Heparina). • Estabilidade: 24 horas (15 a 25ºC) e 7 dias (2 a 8 ºC) protegidos da luz. • Hemólise : Não têm CK nas hemácias. • Valores de referência : 26 a 155 U/L para mulheres. 26 até 189 U/L nos homens. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica CK-MB • Infarto Agudo do Miocárdio : principal causa de morte isolada do país (mais de 60 mil mortes/ano). • Alteração: 3 a 6 horas após (pico de 12 a 24 horas). • Alguns laboratórios não dosam se o CPK for normal. • Rotina : CPK e CK-MB são dosados juntos. • Urgência hospitalar: 50 % CK-MB (maior sensibilidade). • 30% dos infartos não elevam CK-MB: associar dosagem de Troponina. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica • Elevação pode ocorrer sem presença de infarto: - Neoplasias malignas. - Uso de esteróides sexuais. - Atividade da Vitamina D. - Doenças autoimunes. - Hepatites virais. - Hipotireoidismo. - Cirurgias cardíacas. - Taquicardia. - Exercicio físico vigoroso (12 horas após). - Queimaduras. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagens • Jejum não é necessário. • Evitar exercícios físicos antes do exame (elevam 3 x ). • Soro ou plasma (EDTA/Heparina). • Estabilidade: 8 horas (15 a 25ºC) e 5 dias (2 a 8 ºC) e 4 semanas (-15 a -25 ºC) protegidos da luz. • Evitar a realização após cirurgias. • Hemólise : Não têm CK nas hemácias. • Valores de referência : 0 a 24 U/L. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Colesterol Total e Frações • Principal esterol presente no sistema nervoso, supra renal e alimentos. • 80 % é utilizado para corticosteroidogênese. • Função: precursor hormônios esteroides (como sexuais e adrenocorticóides), transporte de ácidos graxos, emulsificação de lipídeos. • Produção desregulada: obstrução de paredes de vasos sanguineos (aterosclerose). • Insuficiência cardíaca no Brasil: 2 milhões de pessoas (240 mil/ano). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Dislipidemias • Principal causa de Doenças cardiovasculares (infarto, aterosclerose) e cerebrovasculares (AVC). • Classificação: Primária (genética) Secundária (outras causas). • Taxas de CTF aumentam com a idade. • Redução de Estrógeno na menopausa na mulher. • Diabéticos: 2 a 4 vezes mais chances. • Elevação do Colesterol: sedentarismo, hábitos alimentares, hipertensão arterial, tabagismo, hereditariedade. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica • Lipoproteínas : transportadoras de colesterol ou triglicérides. • 4 tipos : Quilomícrons (meio exógeno): transporta para o fígado. VLDL (sintetizada no fígado): transporte de Triglicérides do músculo para a corrente sanguínea. LDL (transporte de Colesterol): afinidade pela parede arterial. HDL (produzidas no fígado e intestino): fazem transporte reverso do colesterol (retorna ao fígado). • HDL propriedade anti-inflamatória: reduz a oxidação na camada endotelial. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Não-HDL e suas vantagens • Não é influenciado pelo triglicérides. • Essencial nos casos de triglicérides acima de 400 mg/dL. • Permite avaliar as partículas aterogênicas (LDL, VLDL). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Colesterol Elevado • Ingestão de Ácidos graxos e gorduras animais. • LDL – padrão preditivo para risco de doença coronariana. • Aterosclerose : formação de placa de ateroma. Redução dos receptores hepáticos de LDL – reduz LDL e aumenta Triglicérides na corrente sanguínea. LDL : sofre oxidação e altera propriedades físico-químicas. Captada por macrófagosdentro da parede arterial. Desencadeia processo inflamatório. Infiltração de leucócitos.aterosclerótica. Formação da placa. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Valores elevados de Colesterol encontrados : -Nefrose. -Hipotireoidismo. -Doenças colestáticas do fígado. Valores diminuídos de Colesterol encontrados: - Hipertireoidismo. - Desnutrição. - Talassemia. - Anemia sideroblástica. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagens • Jejum de 12 a 14 horas para frações. • Dosagem de Colesterol e HDL não precisa de JEJUM !!! • Bebidas alcoólicas: evitar por 72 horas. • Garroteamento: 2 minutos (evitar hemoconcentração). • Colher em posição sentada: repouso de 5 minutos. • Utilizar apenas soro : anticoagulantes diminuem os valores. • Soro em repouso 90 minutos: Ácido Ascórbico • Estabilidade: 7 dias (2 a 8ºC) e vários meses (-10ºC). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagens • Amostras turvas (lipemia): Diluir com 1:2 de NaCl. • HDL alteração: uso de estrógenos e contraceptivos(elevação). bloqueadores beta-adrenérgicos (reduzem). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Valores de Referência • Colesterol Total: desejável - inferiores a 200 mg/dL. risco moderado - 200 a 239 mg/dL. alto risco - acima de 240 mg/dL. • Colesterol-HDL:desejável (mulheres) > 65 mg/dL. (homens) > 55 mg/dL. • Colesterol-LDL: desejável – inferiores a 130 mg/dL. risco moderado – 130 a 159 mg/dL. alto risco – acima de 160 mg/dL. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Creatinina • Produção: pâncreas, fígado e rins. • Carreada para cérebro e células musculares. • Excreção influenciada: massa muscular, dieta, idade, sexo e exercício físico. • Avalia função renal. • Aumenta Creatinina X Redução Filtração Glomerular. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Creatinina Elevada • Teste específico. • Tardio : só altera com perda de 50% da função renal. • Insuficiência renal : 10% de novos casos por ano (azotemia). • Lesão renal aguda: prevalência aumentando na população idosa e portadores de neoplasias. - diminuição ou perda da capacidade de manutenção dos equilíbrios ácido-base e hidroeletrolítico . 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Lesão Renal Aguda Classificada em : • Pré-Renal : dilatação das artérias aferentes. - Causas: hipovolema (hemorragia/excesso de diuréticos/febre/desidratação/ problemas cardíacos. • Renal: Afetam o parênquima renal. - Causas: obstrução renal da veia renal (trombose), artéria renal (aterosclerose, embolia), glomerulonefrite e em 90% por necrose tubular aguda (isquemia ou nefrotoxinas (fármacos). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Lesão Renal Aguda • Pós-Renal : obstrução renal bilateral (menor frequência). Causas: obstrução do colo vesical (doença prostática). Obstrução maior de 4 semanas leva a fibrose intersticial, atrofia tubular progressiva e nefropatia obstrutiva crônica. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagens • Soro, plasma (EDTA, Heparina, Fluoreto, Citrato) ou urina (24 horas). • Jejum de 8 horas. • Evitar exercícios físicos (8 horas antes), reduzir ingestão de carne (24 horas antes). • Estabilidade : 7 dias (2 a 8ºC). • Urina: Conservada na geladeira até o momento da análise. • Reportar RFG em todos os laudos. • Método de Jaffé – mais utilizado no Brasil, menor custo. Interferentes: proteínas plasmáticas, glicose, ácido ascórbico, acetona, formam um complexo vermelho (mesma reação da Creatinina !!!). • Método enzimático: Não sofre influência, maior estabilidade, maior custo. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Dosagem de Clearence de Creatinina 24 horas • Correlaciona a filtração com superfície corporal do paciente. • Útil na mensuração da excreção de Creatinina. • Dieta, uso de medicações e idade : alteram os resultados. • Taxa reduzida: redução na filtração glomerular (lesão renal). • Erros de 30 % no resultado final dos exames : coleta difícil (coleta de 12 horas é uma alternativa). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Valores de Referência Soro ou Plasma (mg/dL) Urina (mg/kg/24 horas) Depuração (mL/minuto/1,73 m2) Recém-nascido 0,50 - 1,20 <1 mês 0,40 - 0,70 1 - 12 meses ≤ 0,70 1 - 3 anos ≤ 0,70 4 - 7 anos ≤ 0,80 8 - 10 anos ≤ 0,90 11 - 12 anos ≤ 1,00 13 - 17 anos ≤ 1,20 Adulto (mulheres) * 0,53 - 0,995 Adulto (homens) * 0,70 - 1,20 2 - 3 anos 6 - 22 > 3 anos 12 - 30 Adulto (mulheres) 16 - 22 Adulto (homens) 21 - 26 Crianças 70 - 140 Adulto (mulheres) 88 - 128 Adulto (homens) 97 - 137 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Ferritina • Presente : fígado (principal reserva) baço, medula óssea e rim como reserva de ferro. • No enterócito: ferro é armazenado na forma de ferritina. • Deficiência de ferro ou produção elevada de eritrócitos : mucosa produz pouca ferritina. • Inflamações, doenças hepáticas, ingestão de bebidas alcoólicas: elevação da ferritina. • Na corrente sanguínea: pequena quantidade de ferritina. • Não sofre alteração pela ingestão recente de ferro. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica • Ferritina é uma proteína hidrossolúvel :alta capacidade de sequestrar e armazenar moléculas de ferro, na forma de hidróxido de fosfato férrico. • Formada pelas subunidades L e H: cadeia L (estoque de ferro) cadeia H (necessidade para síntese de heme). • Níveis elevados : patológicas aos homens (Sangria Terapêutica). • Danos hepáticos : acima de 1.000 mg/L (fibrose). • Anemia : valores diminuídos. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do Paciente e dosagens. • Soro ou Plasma (EDTA). • Estabilidade: 2 dias (2 a 8 ºC) vários meses (-20ºC). • Método de imunoturbidimetria. • Valores de referência: Recém-nascidos : 25 a 200 ng/mL. 1 mês de vida: 200 a 600 ng/mL. 2 a 5 meses : 50 a 200 ng/mL. 5 meses até os 15 anos: 7 a 142 ng/mL. Homens : 30 a 300 ng/mL. Mulheres (< 50 anos) :15 a 160 ng/mL. Mulheres (> 50 anos): 20 a 300 ng/mL 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Ferro • Metal : nutriente essencial. • Constituinte da hemoglobina: transporta oxigênio e dióxido de carbono (respiração celular). • 95% das necessidades de ferro: hemoglobina reciclada. • Crianças : 30% do ferro origina-se na dieta. • 40 mg ingestão diária: absorção intestinal (forma ferrosa ou férrica). • Mecanismos de regulação da absorção do ferro : Depleção de depósitos, regulação eritropoiética e ingestão. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica • Absorção : ocorre no duodeno • Ácido Ascórbico : promove a absorção do ferro e influencia no transporte e armazenamento. • Forma férrica (alimentos) + ação gástrica + enzimas intestinais : forma ferrosa (absorvida). • Ferro não-heme (alimentos) : têm baixa biodisponibilidade de absorção (1 a 8 %) sofre ação inibitória (fósforo, zinco). • Ferro heme : origem na hemoglobina (não sofre ação inibitória). • Maior parte do ferro corporal ligado a proteínas: funcionais ou depósitos. - Funcionais: 80 % do ferro funcional (hemoglobinas, - Depósitos : 20 % do ferro corporal ( ferritina , hemossiderina e transferrina). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Deficiência de Ferro • Maior deficiência nutricional do mundo. • Ocasionada: perdas sanguíneas, urinárias, ingestão ou absorção deficiente e aumento do volume sanguíneo. • Grupos vulneráveis: lactentes. crianças menores de 5 anos. mulheres em idade fértil. • Processos inflamatórios, infecciosos, traumáticos ou neoplasias maior de 2 meses: anemia leve ou moderada. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Elevação de Ferro • Intoxicação com ferro. • Anemia hemolítica. • Hemocromatose. • Deficiência de piridoxina. • Anemia Sideroblástica. • Talassemia. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagens • Jejum de 8 horas. • Coletarsempre no mesmo horário (fins terapêuticos) : variações diurnas (reduz a tarde). • Soro. • Estabilidade: 4 dias (15-25ºC) e 6 dias (2-8ºC). • Valores de referência: Homens : 65 a 170 g/dL. Mulheres : 50 a 170 g/dL. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Fosfatase Alcalina • Enzima : encontrada em maior concentração no fígado e ossos. • Função : realizar desfosforilação (remove fosfato das moléculas). • Encontra-se elevado em desordens do trato digestivo e cirrose. • Doenças hepáticas infiltrativas (hepatite, cirrose, câncer) ou colestase (obstrução dos ductos biliares) – valores elevados em 10 vezes. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Fosfatase alcalina elevada • Primeiro trimestre da gravidez – passagem da placenta para o sangue. • Indivíduos O e B: ingestão de alimentos gordurosos (devido influxo da fosfatase no intestino). • Adolescentes: em função do crescimento (passagem do osso para o sangue 2 vezes maior). • Mulheres de 45 a 60 anos: elevação sem problemas patológicos. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagens • Jejum de 8 horas. • Soro ou Plasma (Heparina). • Estabilidade: 7 dias (2 a 8 ºC). • Citrato, EDTA, fluoreto: inibem a reação. • Hemólise acentuada: rejeição de amostra. • Valores de referência: Adultos 27 a 100 U/L. Crianças e Adolescentes 75 a 390 U/L. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Fósforo • Presente no Esqueleto ósseo – 90% encontrado. • Apenas 0,005% no plasma. • Chamado de Gêmeo metabólico – associado ao cálcio. • Mais disponível em alimentos de origem animal (70%). • Quando hidrolisado no intestino – libera fósforo inorgânico que é absorvido. • Excretado em sua maior parte nos rins – apenas 88% do filtrado é reabsorvido. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Fósforo • Funções: manutenção do pH corporal, armazenamento temporário de ATP e ativação de cascata enzimática (fosforilação). • Absorção X Ingestão: inversamente proporcional. • Valores reduzidos ; hiperparatireoidismo, intoxicação por chumbo ou alimentação parenteral. • Utilização: indicador como risco de mortalidade em pacientes renais crônicos. • 37,9% dos pacientes renais : hiperfosforemia. • 3 causas: ingestão excessiva. depuração de fósforo. remodelação óssea (alta ou baixa). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Hiperfosforemia • Em pacientes renais crônicos: risco cardiovascular – alto risco de mortalidade. • Fósforo elevado : aumento das calcificações vasculares. • Elevação ocorre também: - uso de laxativos - enemas de retenção contendo fosfato. - Rabdomiólise (músculo libera fosfato). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagens • Jejum de 8 horas. • Soro, plasma (heparina), urina (24 horas), líquido amniótico. • Fluoreto e EDTA: valores diminuídos. • Temperatura ambiente ou 37 ºC: valores aumentados. • Separar o soro em 1 hora. • Lipemia e hemólise: rejeição de amostras. • Estabilidade: 2 dias (15-25ºC), 7 dias (2 a 8ºC) e 3 semanas (-20 ºC) • Valores de referência: Soro: Crianças 3,0 a 7,0 mg/dL. Adultos 2,5 a 4,8 mg/dL. Urina: 340 a 1000 mg/24 horas. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Frutosamina • Derivada de uma reação açúcar+proteína : termo geral proteína glicada. • Portadores de diabetes mellitus : aumentada. • Correlacionada com glicose e HBa1C. • Parâmetro auxiliar para controle glicêmico em casos de limitação da HBa1C – hemoglobinopatias, anemia. • Representa a concentração média da glicose em 3 semanas (albumina tem meia vida de 14 a 21 dias). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Frutosamina • Exame subutilizado pelos médicos. • Seus resultados não são equivalentes aos da HBa1C. • Sugere-se o uso : pacientes com HBa1C normal. • Níveis de Frutosamina: retornam a normalidade 20 dias após controle glicêmico. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagem • Jejum de 8 horas. • Utiliza-se Soro. • Estabilidade: 2 semanas (2 a 8ºC) e 30 dias (-20ºC). • Método utilizado: Colorimétrico (mais barato em comparação ao HBa1C). • Valor de Referência : 205 a 285 mol/L. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Gama Glutamil Transferase (GGT) • Enzima envolvida na transferência de Gama Glutamil de peptídeos para outros compostos (água, aminoácidos). • Encontrada: fígado (hepatócitos). • Importância clínica doenças hepáticas e biliares. • Enzima marcadora de lesão hepato-biliar. • Sensibilidade varia de 52 a 94 % - Maior que a FAL. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Gama Glutamil Transferase (GGT) • Pouco específica: alteração por fármacos, álcool. • 15 % das pessoas saudáveis: GGT elevada. • Localização hepática: Retículo Endoplasmático Liso (mais susceptível a elevações). • Preferencialmente utilizada como marcador em indivíduos que ingerem álcool. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Gama Glutamil Transferase (GGT) • Baixa concentração no plasma. • Primeira enzima que se eleva: lesão hepáticas ou obstrução biliar. • Elevada em indivíduos : - IMC alto. - Problemas metabólicos (diabetes, dislipidemias). - Hipertensão. - Esteatose hepática não alcoólica: relacionada a resistência a insulina em obesos. - Doenças cardiovasculares : biomarcador de stress oxidativo (elevação X risco de morte). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Gama Glutamil Transferase (GGT) - Cirrose. - Hepatites virais. - Câncer : GGT alto X ausência de icterícia (metástase hepática). - Pancreatites. - Infarto Agudo do Miocárdio 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagem • Jejum de 8 horas. • Soro ou plasma (EDTA). • Estabilidade: 7 dias (2 a 8ºC) e 2 meses (-20ºC). • Uso de heparina, citrato e fluoreto : redução de valores. • Valores de referência: Faixa etária Mulheres Homens 0 – 6 meses 15 – 132 U/L 12 – 122 U/L 6 – 12 meses 1 – 39 U/L 1 – 39 U/L 1 – 12 anos 4 – 22 U/L 3 – 22 U/L 12 – 18 anos 4 – 24 U/L 2 – 42 U/L Adultos 5 – 27 U/L 7 – 45 U/L 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Glicemia • Glicose: Monossacarídeo presente no sangue. • Transportada em concentrações bem controladas. • Obtida: alimentação e glicogênio hepático. • Função: gerar energia (via glicolítica). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Glicemia • Monitoração e descoberta : Diabetes. • Brasil: mais diabéticos no mundo. • 7,6 % da população adulta. • 0,3 % das gestantes. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Glicemia • Diabetes tipo 1: deficiência absoluta de insulina (destruição de células beta). • Diabetes mellitus tipo 2 : defeitos na secreção ou ação da insulina (90-95 %). • Resistência a insulina: elevação da glicemia. • Elevação dos riscos vasculares e cardíacos (infarto) • Aumentos dos riscos: mensuração da HBa1C. • Valores não se baseiam em sintomatologia : evolução retinopatia ou nefropatia 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Retinopatia diabética 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Glicemia • Jejum: mais utilizada no controle glicêmico. - reflete valores mais baixos do dia. - baixa sensiblidade. • Pós-Prandial ou Pós-Sobrecarga: medem os picos após 120 minutos. • Depende da quantidade de insulina. • Quantidade e tipo de carboidrato ingerido : 10 minutos (inicio) e 60 minutos(pico). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Mudanças de valores de referência • 1997: Comitê de Diagnóstico e Classificação de Diabetes Mellitus reduziu de 140 mg/dL para 126 mg/dL. • Meta era igualar valor de jejum com TTGO. • Contudo: 60 % com HBa1C normal. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Complicações agudas por falta de controle glicêmico • Coma diabético ou cetoacidose (tipo 1): queda de insulina, aumenta glucagon, cortisol e GH. - desidratação, hiperglicemia e cetonúria. • Coma hiperesmolar (tipo 2) : hiperglicemia acentuada ,desidrataçãoe hiperosmolaridade plasmática. • Coma hipoglicêmico : insulina e drogas secretoras de insulina (Diamicron). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Complicações crônicas por falta de controle glicêmico • Microvasculares, Macrovasculares e Neuropáticas • Catarata. • Hipertensão arterial. • Doenças coronarianas. • AVC. • Disfunção sexual (neuropatia autonômica). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Hipoglicemia • Queda de glicemia X sintomas: são variáveis. • Ocorre: doenças hepáticas. armazenamento retardado de glicogênio. tumores não pancreáticos. origem alimentar (reativa). intolerância a glicose. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagem. • Jejum de 8 horas. • Plasma (fluoreto), soro, líquor. • Estabilidade: Fluoreto (3 dias 2-8ºC). • Uso de ácido ascórbico suspenso (12 horas): diminui resultados. • Método Glicose Oxidase. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Valores de Referência • Glicemia : 70 a 99 mg/dL: Glicemia normal 100 a 125 mg/dL: Glicemia alterada (Pré-Diabetes) ≥ 126 mg/dL: Diagnóstico provisório de Diabetes Mellitus. • TTGO ( 120 minutos ) : < 140 mg/dL: TTG normal 140 e 200 mg/dL: TTG Alterado (Pré- Diabetes) ≥ 200 mg/dL: Diagnóstico provisório de Diabetes Mellitus 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Valores de Referência • Glicemia jejum: 70 a 99 mg/dL: Glicemia normal 100 a 125 mg/dL: Glicemia alterada (Pré-Diabetes) ≥ 126 mg/dL: Diagnóstico provisório de Diabetes Mellitus. • TTGO ( 120 minutos ) : < 140 mg/dL: TTG normal 140 e 200 mg/dL: TTG Alterado (Pré- Diabetes) ≥ 200 mg/dL: Diagnóstico provisório de Diabetes Mellitus 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Hemoglobina Glicada (HBa1C) • Conjunto de substâncias formadas: Hemoglobina A + açúcares. • Glicada X glicosilada. Glicação: ligação enzimática permanente de proteínas + açúcar. Glicosilação: ligação enzimática instável. • HBa1C : é a hemoglobina glicada - cadeia beta ligada a glicose por ligação irreversível. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Hemoglobina Glicada (HBa1C) • Glicação varia de acordo com o nível de glicemia: Fração a1C permanece dentro das hemácias (reflete nível médio da glicemia de 2 a 4 meses). • Glicemia nos últimos 30 dias influencia 50% a1C. • Glicemia nos últimos 60 dias influencia 25 % a1C. • Determina-se a Glicemia Média Estimada : 28,7X a1C-46,7. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Hemoglobina Glicada (HBa1C) • Indivíduos normais : 4 a 6 %. • Valores acima de 7% : risco progressivo de complicações crônicas do diabetes. • Conceito atual : meta do diabético 7 % • Sociedade Brasileira de Diabetes: meta de 6,5 %. • Idosos: níveis até 8% (evitar complicações da hipoglicemia). • Diabéticos : dosar 2 vezes ao ano. • Alterações terapêuticas: 4 vezes ao ano. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Hemoglobina Glicada (HBa1C) • Normalização da a1C X normalização da glicemia: demora 10 semanas. • Frutosamina: auxilia para monitoramento em curto intervalo. • Não necessita de jejum. • Utiliza-se sangue total EDTA: estável por 5 dias (2 a 8ºC). • Métodos de ensaio: certificados pelo National Glycohemoglobin Standardization Program (NGSP) . 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Lactato • Marcador bioquímico da fadiga muscular. • Produto final da degradação da glicose (ausência de oxigênio). • Músculo esquelético : responsável por maior produção. • 30 % - utilizado pelo fígado na gliconeogênese. • Aumento de Lactato – reduz fluxo sanguíneo nos tecidos (menos oxigênio) levando a acidose lática A (hipotóxica) B (metabólica). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Elevação de Lactato • Exercício Físico : forma lactato a partir do ATP. • Produção excessiva de Lactato: diminuiu pH muscular (depressor da contração/Acidose Lática). • Aumento de epinefrina : estimula a quebra de glicogênio (ativa a via glicolítica). • Aumento na produção de insulina. • Conteúdo de glicogênio muscular. • Consumo agudo de glicose. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagem • Jejum de 8 horas. • Utiliza-se Plasma (fluoreto) ou liquor. • 30 minutos de repouso (antes da coleta) e sem garroteamento. • Estabilidade: 8 horas(15-25 ºC), 14 dias (2-8ºC) e 30 dias (-20ºC). • Valores de referência : Plasma (fluoreto) mg/dL mmol/L Recém-nascidos, crianças e adolescentes 0 a 90 dias 9 - 32 1,0 - 3,5 3 a 24 meses 9 - 30 1,0 - 3,3 2 a 18 anos 9 - 22 1,0 - 2,4 Adulto Venoso 4,5 - 19,8 0,5 - 2,2 Arterial 4,5 - 14,4 0,5 - 1,6 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Desidrogenase Lática (LDH) • LDH – catalisa a oxidação de lactato para piruvato. • Enzima presente nos músculos esquelético, cardíaco, fígado e eritrócitos. • Aumento: relacionado a lesões musculares, deficiência de vitamina E, selênio e mioglobinúria. • LDH eleva-se depois do CK : mantém valores por mais tempo. • Indicador de lesão muscular. • CK, TGO e LDH – exercícios físicos. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Desidrogenase Lática (LDH) Elevada • Diversas aplicações clínicas : indica dano tissular com liberação para circulação. • Necrose hepática – ocasionadas por agentes tóxicos ou infecções agudas. • Leucemias e linfomas. • Utilizado isoladamente é ineficaz : em conjunto auxilia o diagnóstico de problemas hepáticos 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagem • Jejum de 4 horas. • Estabilidade: 24 horas sob refrigeração. • Ingestão de álcool e uso de medicamentos: alteram os resultados. • Hemólise : critério de rejeição (redução dos valores). • Lipemia : elevação dos resultados. • Valor de Referência: 200 a 480 U/L. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Lítio • Cátion monovalente: família dos metais alcalinos (sódio e potássio). • Concentração insignificante nos fluidos corporais. • Ingestão de Lítio: absorvido em 8 horas no trato gastrointestinal. • Pico plasmático : 2 horas após administração. • Não tem distribuição uniforme. • Cérebro exerce função terapêutica. • Papel fisiológico não conhecido : estabilidade de humor (estudos recentes). • Utilizado no tratamento de transtorno bipolar. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Lítio • Lítio é excretado pelos rins. • 60% é reabsorvido no túbulo proximal. • Aumenta fração reabsorvida: eleva os níveis séricos. - poliúria, diarréia insuficiência cardiaca. • Dose : 600 a 900 mg/dia. • Dosagem sérica medida 5 dias após do início do uso. • Atingir índice terapêutico: a cada 2 ou 3 meses (> 0,8 mEq/L para quadros de mania aguda). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Lítio • Intoxicação em pacientes de uso crônico: níveis acima de 1,5 mEq/L. • Arritmia cardíaca, convulsão e coma: risco grave acima de 2,0 mEq/L. • Fatores de risco : - idade avançada. - insuficiência renal. - diminuição da ingestão de sódio. - diabetes mellitus. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagem • Jejum de 8 horas. • Utilização exclusiva de soro. • Estabilidade: 4 dias (2-8ºC) e 14 dias (-20ºC). • Interferentes: hemólise. • Valor de referência : 1,0 a 1,2 mmol/L Acima de 1,5 mmol/L (risco de intoxicação). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Magnésio • Elemento essencial : fundamental nas atividades enzimáticas. • 3 funções: - Cofator em 300 reações metabólicas (proteica e glicólise) - Estabilizador de membranas (neuromuscular e carviovascular). - Regulador fisiológico (hormônios e imunológica). • Fonte alimentar : 400 a 420 mg diários (homens) e 310 a 320 mg (mulheres). • Consumo muito baixo : grande prevalência em doenças crônicas. • Absorção: intestino. • Excreção: rins. • Apenas 1% no plasma : 60 % na forma ionizada. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Magnésio Diminuído • Interfere na evolução clínica: piora o prognóstico (pacientes graves). • Função cardiovascular : atua no tônus vascular(liberaçãode óxido nítrico) e na contrabilidade (afeta concentração de cálcio). - Redução de Mg : arritmia, hipertensão, pré-eclâmpsia. • Metabolismo da glicose e homeostase da insulina: resistência a insulina e diabetes. • HDL reduzido e elevação de LDL e triglicérides. • Estresse oxidativo. • Estado pró-inflamatório. • Tetania, fraqueza, desorientação e sonolência. • Convulsões por defeito de absorção intestinal: importância na pediatria, 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Magnésio Diminuído em hospitais. • Magnesemia : 66 % de pacientes UTI. 90 % do pós operatório. • Sugere-se: acima de 1,5 mEq/L- UTI. acima de 1,8 mEq/L – infartados (evitar disritmias). • Causas: Liberação de catecolaminas – induzem formação de ácido graxo (aumenta a captação de magnésio ). Reposição sanguínea. Reposição volêmica. Trauma cirúrgico – alteram compartimento extra-celular. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Magnésio Elevado • Muito raro. • Aumento de produção de ATP e consumo de glicose. • Encontrada: insuficiência renal. desidratação grave. tratamento intensivo com sais de magnésio. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagem • Jejum de 8 horas. • Utiliza-se soro, plasma (heparina) e urina 24 horas. • Estabilidade: 24 horas (15-25ºC) e 15 dias (2-8ºC). • Hemólise eleva os resultados: Hemácias 3 vezes mais que o Plasma. • Valores de referência: 1,6 a 2,4 mg/dL no soro ou plasma. 2,4 a 3,4 mg/dL no líquor. 32 a 150 mg/24h na urina (varia com a alimentação). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Potássio • Íon intramuscular (músculo esquelético) – 50 mEq/kg. • 2% no plasma. • Balanço diário: excreção da quantidade ingerida (urina, fezes e sudorese). • pH: acidose provoca saída de potássio (extracelular). aumenta potássio sérico. reduz sódio sérico. • Alcalose ocorre o processo inverso. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Potássio • Insulina : baixa secreção menor tolerância à infusão de K. aumenta captação nas células hepáticas e extrusão de Na. • Aldosterona: no ducto coletor aumenta reabsorção. • Alterações na reserva corporal: depleção (perdas ou ingestão). retenção. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Hiperpotassemia (Mais perigosa) • Insuficiência renal aguda – pode levar a arritmia (restrição alimentar). • Choque transfusional. • Insuficiência cardíaca. • Acidose grave. • Traumatismos com necrose tubular • Necessitam de monitoração. Hiperpotassiúria • Inanição • Síndrome de Cushing • Aldosteronismo primário e secundário. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Hipopotassemia • Perdas: vômitos, diarréia, fístulas. • Doença de Cushing. • Uso de diuréticos. • Tratamentos prolongados com cortisona. • Alcalose. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagem • Jejum de 4 horas. • Uso de soro não hemolisado- hemácias ricas em K. • Urina 24 horas - • Centrifugação em 3 horas: migração de K para meio extra-celular. • Lipemia e icterícia : não apresentam variação de resultados. • Estabilidade: 7 dias (20-30ºC) , 30 dias (2-8ºC) e 10 meses (-20ºC). • Valor de referência : 3,5 a 5,1 mEq/L no soro. 25 a 125 mEq/24 horas na urina. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Proteína C Reativa (PCR) • Proteína não glicada: forma um precipitado com o Polissacarídeo Somático C. • Normal em indivíduos sadios. • Produzida no fígado – a partir do estímulo de citocinas inflamatórias (interleucinas e Fator de Necrose Tumoral. • Meia vida de 19 horas. • Aumenta em até 1.000 vezes: processos inflamatórios e infecções. • Proteína de fase aguda : Uso para monitoramento de processo inflámatório. • Mais sensível que o VHS : altera mais rapidamente. • Não sofre alteração no Lupus sistêmico. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Proteína C Reativa (PCR) • Inflamações sistêmicas: artrite reumatóide. pancreatite necrosante. politraumas. infarto do miocárdio. neoplasias. • Surge 4 a 6 horas após o estímulo: duplica a cada 8 horas (pico 36 – 50 horas). • Avaliação do estado do indivíduo. • Elevações : inflamações leves ou infecção viral (10-40 mg/L). processo inflamatório grave ou infecção bacteriana (40-200 mg/L). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Proteína C Reativa (PCR) • Infarto agudo do miocárdio : está associado a resposta inflamatória sistêmica. • Promove fibrilação atrial: insuficiência cardíaca e morte. • Processo aterosclerótico: ativação da via clássica, captação de LDL (macrófagos), vasoconstricção (queda da produção de óxido nítrico). • Avaliação do risco de complicações cardíacas futuras. • Método tradicional pouco eficaz: Método Ultra - sensível. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagem • Uso exclusivo de soro. • Estabilidade: 2 dias (2-8ºC) , 90 dias (-20ºC) • Método Imunoturbidimetria. • Valor de referência : Inferior a 6 mg/L (processo inflamatório). Inferior a 1 mg/L (risco coronariano). 1 a 3 mg/L (risco moderado). Superior a 3 mg/L (risco elevado). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Proteínas Totais e Frações • Proteínas: Compostos orgânicos mais abundantes (50%). • Não existe processo biológico sem a presença de proteínas. • Composição: nitrogênio (16%), hidrogênio, carbono, oxigênio e enxofre (alguns tipos). • Refletem valores de albumina e globulinas: essenciais no controle coloidosmótica e inclusão de fatores de coagulação para desempenhar diversas funções • Concentração plasmática variante: influenciada pelo estado nutricional, hepático, renal e erros metabólicos. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Proteínas Totais e Frações • Funções: coagulação sanguínea (fator de coagulação) manutenção do equilíbrio hídrico e osmótico. defesa do organismo (gamaglobulina). Transportadora (fração alfa e beta globulina): hemoglobina, lipídeos, ferro. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Hipoproteinemia • Ocasionadas pela queda de Albumina. • Síndrome nefrótica. • Insuficiência hepática (cirrose, hepatite crônica, neoplasias). • Desnutrição grave. • Anemias graves. • Estados febris prolongados. • Infecções graves. • Hemorragia maciça. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Hiperproteinemia • Ocasiado pela elevação das frações globulinas. • Hiperimunoglobulinemias. • Gamopatia policlonal. • Gamopatias monoclonal. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagem • Jejum de 8 horas. • Utiliza-se soro livre de hemólise e líquido pleural (< 50%), sinovial (> 50 %). • Pode-se dosar em Urina 24 horas com emprego de reagente específico. • Estabilidade: 7 dias (2-8ºC), 60 dias (-10ºC) • Medicações devem ser suspensas: insulina, corticóides, anticoagulantes e contrastes (elevam as concentrações). • Diálise altera os valores • Método de Biureto. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica • Valores de referência : Soro ou Líquídos 3,6 a 6,0 g/dL em prematuros. 4,6 a 7,0 g/dL em recém nascidos 4,4 a 7,6 g/dL em crianças de 7 dias a 1 ano 5,6 a 7,5 g/dL em crianças de 1 e 2 anos 6,0 a 8,0 g/dL para crianças acima de 3 anos e adolescentes 6,0 a 8,0 g/dL adultos em ambos os sexos. • Urina: Repouso: Homem.: 1 a 16 mg/dL Mulher: 0 a 16 mg/dL Após exercício intenso: Homem.: 16 a 138 mg/dL Mulher: 14 a 134 mg/dL 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Sódio • Íon mais importante do meio extracelular. • Estreita relação de entre a água e o sódio. • Diminuição dos níveis de sódio: hiponatremia. • Causada: secreção inapropriada de Hormônio antidiurético (HAD). insuficiência renal. • Elevação dos níveis de sódio: hipernatremia. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Sódio • Não se desloca livremente nas membranas celulares, induz deslocamentos transcelulares de água. • Hiponatremia diluicional : excreção menor que a ingestão de água, diluição da quantidade de sódio. Causa : hipotonicidade. • Pseudo-hiponatremia: devido elevada concentração de lípides e paraproteinemias (mieloma múltiplo. Causa: deslocam para o meio extracelular e reduz nível de sódio. • Hiponatremia hipertônica: presença de manitol ou glicose no soro Ocorre na cetoacidose diabética, diurése osmótica pela uréia. • Hiponatremia hipotônica: na ausência de outras causas, evolui para hipotonicidade. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Sódio • Volume extracelular é importante. • Volume aumentado resultando da redução da excreção de água e aumento de sódio. • Pacientes apresentam: edemas. • Hiponatremia ocorre: insuficiência cardíaca. cirrose hepática. síndrome nefrótica. isuficiência renal. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Sódio • Volume extracelular normal (euvolemia): hipotireoidismo ou deficiência de glicocorticóides, ingestão de drogas (induz liberação de HAD), estresse emocional grave. • Medicamentos indutores de HAD : fluoxetina, sertralina, morfina. • Tratamento: Terapia hormonal, suspensão do uso de medicamentos e restrição de água. • Maiores perdas gastrointestinais e renais (Na elevado e K baixo). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Sódio • Hipernatremia: mais rara e acomete indivíduos muito jovens, muito velhos ou pacientes com restrição de água. • Provoca desidratação celular: hipertonicidade. • Causada: perdas gastrointestinais (vômitos e diarréia). cutâneas (queimaduras). diabetes. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente • Jejum de 4 horas. • Uso de soro ou Urina isolada ou de 24 horas. • Estabilidade: 7 dias (2-8ºC) e 12 meses (-20ºC). • Valores de referência : 136 a 146 mEq/L no Soro. 40 a 220 mEq/24 horas na Urina 24 horas. Urina Amostra Isolada: Homens < 40 anos: 25 a 301 mEq/L. Superior ou igual a 40 anos: 18 a 214 mEq/L Mulheres < 40 anos: 15 a 267 mEq/L. Superior ou igual a 40 anos:15 a 237 mEq/L 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Transaminases (TGP e TGO) • Enzimas que catalisam a conversão dos aminoácidos. • Transaminase amino transferase: TGP/ALT (alanina em piruvato). • Encontrada no fígado (90% no citoplasma). • Lesões tissulares ou doença no parênquima hepática: liberação na corrente sanguínea. • Específica: diagnóstico de doença hepatocelular. • Meia vida de 47 horas. • Hepatite virótica, lesão hepatocelular, mononucleose : TGP e TGO elevados. • Cirrose ativa, hepatopatia alcoólica, congestão hepática, tumores, obstrução dos ductos biliares: TGP eleva menos que o TGO. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Transaminases (TGP e TGO) • Transaminase glutâmico oxalacética – TGO /AST(aspartato em oxaloacetato) • Encontrada em grande concentração: músculos cardíaco e esquelético e fígado. • Localização : 40 % no citoplasma e 60 % mitocôndria. • Eleva-se 10 vezes após lesão hepática. • Meia vida de 17 horas. • Normaliza 2 semanas após. • Pode ser utilizada em conjunto com LDH, CK: infarto do miocárdio. • TGO: aumenta de 6 a 10 horas após o infarto: pico de 12 a 48 horas. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Transaminases (TGP e TGO) • TGO/TGP: solicitados em conjunto. • Índice de Rittis: auxilia no diagnóstico diferencial das hepatopatias (AST/ALT= IR) - Hepatite virótica : relação TGO/TGP menor que 1. - Cirrose, hepatites crônicas e tumores: relação maior que 1. • Necessitam de coenzima catalisadora: piridoxal fosfato (derivada da vitamina B6). • Vitamina B6 X TGO/TGP baixa - alcoolistas. - portadores de doença hepática. - transplantados - infartados. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagens • Jejum de 8 horas. • Soro ou plasma (EDTA/Heparina). • Hemólise : eleva os valores com liberação de TGO/TGP nas hemácias. • Lipemia e icterícia: alteram os resultados (aumento da atividade enzimática). • Estabilidade: 4 dias (2-8ºC) e 2 semanas (-10 ºC). 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Valores de referência TGP TGO Idade Masculino (U/L) Feminino (U/L) 1 - 30 dias 1 - 6 meses 7 - 12 meses 1 - 3 anos 4 - 11 anos 12 - 15 anos Adultos 20 - 54 26 - 55 26 - 59 19 - 59 24 - 49 24 - 59 11 - 45 21 - 54 26 - 61 26 - 55 24 - 59 24 - 49 19 - 44 10 - 37 Idade Masculino (U/L) Feminino (U/L) 1 - 7 dias 8 - 30 dias 1 - 6 meses 7 - 12 meses 1 - 3 anos 4 - 6 anos 7 - 15 anos Adultos 26 - 98 16 - 67 16 - 62 16 - 52 16 - 57 10 - 47 10 - 41 11 - 39 20 - 93 20 - 69 16 - 61 16 - 60 16 - 57 10 - 47 5 - 36 10 - 37 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Triglicérides • Presente nos alimentos naturais. • 84% dos lipídeos da dieta normal. • Entra no plasma – VLDL. • Absorvido no intestino. • Armazenado no fígado e células de gordura. • VLDL : excretadas com o excesso de triglicérides hepático (diabetes, obesidade). • Papel primário – aterosclerose. • Podem ser controlados pela dieta. • Associação com Colesterol e LDL. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Triglicérides • Esteatose hepática : acúmulo de triglicérides no fígado sem histórico (33%). • 3 a 5 % dos casos: evolução para cirrose. • Encontram-se elevado : Hipotireoidismo. Diabetes. Alcoolismo. Pancreatite. Síndrome Nefrótica. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Triglicérides • Limitação clínica: variações de dosagem por causas pré-analíticas. - origem biológica (idade, sexo, raça). • Valores de 150 a 500 mg/dL: 2 vezes mais chance de risco vascular. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagem • Jejum de 12 horas – Alimentação eleva em 2 horas (50%). • Abstinência de álcool – 72 horas. • Soro ou plasma (EDTA). • Estabilidade baixa – hidrolizam e liberam glicerol (eleva os valores). • Hemólise – não produz interferências. • Repouso de 90 minutos – ácido ascórbico. • Heparina – ativa lipase da lipoproteína (redução dos valores). • Método de Trinder. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagem Valores de referência: Triglicérides (mg/dL) Desejável < 150 Limiar Alto 150 - 199 Elevado 200 - 499 Muito Elevado > 500 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Uréia • Aumento da ingestão proteica : reações metabólicas (catabolismo de proteínas, gluconeogênese e exercício intenso). • Sintetizada no fígado. • Não é produzida constantemente. • Parcialmente reabsorvida – teste para função renal isolado inadequado. • Diminui: insuficiência hepática e desnutrição. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Uréia • Insuficiência renal : eleva 10 vezes (1 a 2 semanas após). • É assintomática com níveis de RFG entre 30 e 59 ml/min/1,73m2. • Sintomas a partir de RFG de 15 a 30 ml/min/1,73m2. - Anemia. - Hipertensão arterial. - Edema. - Fraqueza. • RFG abaixo de 15 (Insuficiência renal Terminal) : rins perdem o controle interno. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Uréia • Elevações : causas pré-renais (insuficiência cardíaca). causas renais (nefrites, insuficiência renal). causas pós-renais (cálculos, carcinomas). catabolismo elevado (febre, corticóides). hemorragia interna do trato gastrointestinal. • Redução: aumento da diurese. redução da ingestão proteica. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Uréia • Avaliação renal : Relação Uréia/Creatinina (30 vezes). • Uréia é reabsorvida pelo túbulo renal : não ocorre com a Creatinina. • Aumento da reabsorção de sódio x aumento da uréia. 8- Exames realizados no Setor de Bioquímica Preparo do paciente e dosagem • Jejum de 8 horas. • Soro ou plasma (EDTA, fluoreto, heparina) e urina. • Urina de 24 horas colhida com 2 ml HCl 50%. • Estabilidade: 12 horas (15-25ºC), 3 dias (2-8ºC) e 3 meses (-20ºC). • Contaminação de vidrarias: amônia (elevação de resultados). • Valores de referência: Soro e plasma – 15 a 40 mg/dL. Urina: 26 a 100 mg/dL. 9- Fase Pós-Analítica • Encerro o ciclo: reflete os esforços de uma equipe e uso de recursos
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