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Fichamento do livro: Educação e luta de classes - Aníbal Ponce

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A Educação na Comunidade Primitiva
Aníbal Ponce
RESUMO
 O autor apresenta como se desenvolveu o Processo educativo nas comunidades primitivas, onde
todos viviam em uma espécie de comunismo tribal e gozavam de direitos iguais. Expõe também a
transição dessas comunidades ocorridas no decorrer do tempo, como a separação de classes e o
aparecimento da hierarquia. 
Palavras-chave: coletividade; comunismo tribal; comunidades; desigualdade.
“Os trabalhos de Morgan a respeito do índios norte-americanos[…] demonstraram a existência de um comunismo tribal
como origem pré histórica de todos os povos conhecidos.” p.19
“Coletividade pequena, assentada sobre a propriedade comum da terra e unida por laços de sangue, seus membros eram
indivíduos livres, com direitos iguais […] o que era produzido em comum era repartido com todos ” […] p.19
[...]“nas comunidades primitivas, o ensino era para a vida e por meio da vida […] As crianças se educavam tomando
parte nas funções da coletividade.” […] p.21
[…] “na organização da comunidade primitiva não existiam graus nem hierarquias [...]Os primitivos acreditavam em
forças difusas que impregnavam tudo o que existia, da mesma maneira que as influências sociais impregnavam todos
os membros da tribo.” p.23
[…] “numa sociedade sem classes como a comunidade primitiva, os fins da educação derivam da estrutura homogênea
do ambiente social, identificam- se com os interesses comuns do grupo e se realizam igualitariamente em todos os seus
membros, de modo espontâneo e integral”[…] p. 24
[…] “a domesticação dos animais e o seu emprego na agricultura, como auxiliares do homem – aumentaram de tal
modo o poder do trabalho humano que a comunidade, a partir desse momento, começou a produzir mais do que o
necessário para seu próprio sustento.”[…] p. 27-28
[...]” começa a haver uma hierarquia em função da idade, acompanhada de uma submissão autoritária que exclui o
antigo tratamento benévolo demonstrado para com a infância, ao mesmo tempo que surge as reprimendas e os
castigos.” p. 31
[…] “estava faltando alguma coisa: uma instituição[…] que legitimasse e perpetuasse a nascente divisão de classes
e o “direito” de a classe proprietária explorar e dominar os que nada possuíam. E essa instituição surgiu: o Estado.” p.
37
 
COMENTÁRIO
A educação das comunidades primitivas era voltada para as necessidades da coletividade e era
transmitida através da observação, ou seja, as crianças observavam os adultos desempenharem suas
funções e assim ocorrer sua inserção nas atividades realizadas em grupo. O que era produzido era
dividido entre todos porém com o decorrer do tempo passou-se a existir a divisão de classes e a
coletividade já não era o principal foco das tribos. 
A Educação do Homem Antigo: Esparta, Atenas e Roma
Aníbal Ponce
RESUMO
Aqui o autor analisa a educação do homem antigo e como se dá esse aprendizado na Grécia e
Roma. Em decorrência da divisão de classes surgem os escravos e vários fatores econômicos que
resultaram na necessidade de se fazer uma “nova educação’’.
Palavras-chave: Estado; escravos; Educação militar; guerreiros.
[…] “Obrigados a viver entre uma população não inteiramente submetida e muito mais numerosa do que a sua as
classes superiores transformaram a sua organização social num acampamento militar e fizeram com que sua educação
estimulasse as virtudes guerreiras.” p.48 
“Aos sete anos, o Estado se apoderava-se do jovem espartano, e não mais abria mão dele[..] até os quarenta e cinco
anos pertencia ao exército ativo, e até aos sessenta, à reserva.”[…] p.48
“ As características da educação militar compartilhada pelos homens e mulheres[…] recorria à severidade e à crueldade
para transformar os moços e as moças em rijos soldados”[…] p.48
“ Instrução[…] quase não existia entre os espartanos. Poucos entre os nobres sabiam ler e contar[…] os jovens estavam
proibidos de se interessarem por qualquer assunto que pudesse distraí-los dos exercícios militares.” p.49
[…] “Integralmente dedicado a sua função de dominador e de guerreiro, o espartano nobre não cultivava outro saber
que não fosse o das coisas das armas”[…] p.50
[…] “o ateniense nobre[…] começou a perceber que os seus filhos necessitavam do auxílio de uma nova instituição[…]
a escola que ensina a ler e a escrever.”p. 58
[…] “o Estado regulamentava o tipo de educação que a criança deveria receber no seio da família e nas escolas
particulares.”[..]p.59
“Os filhos dos proprietários recebiam a sua educação ao lado do pai, acompanhando-o nos seus trabalhos, escutando as
suas observações, ajudando-o nas suas tarefas mais simples.” p.74
[…] “Quanto a instrução propriamente dita, ele recebera rudimentos de algum escravo letrado, a quem o seu pai
delegara essas responsabilidades.”[...]p.75
 […] “O corpo de professores é um regimento que defende, como o militar, os interesses do Estado, e que caminha com
ele ao mesmo passo.” p. 96
COMENTÁRIO
A educação visava transformar homens e mulheres em guerreiros deixando de lado a instrução,
pois esta poderia sabotar suas funções como guerreiros, porém os nobres acharam necessário a
implantação de instituições de ensino a seus filhos que até então entravam em processo de
aprendizagem com seus escravos que tinham pouco conhecimento. 
A educação do Homem Feudal
Aníbal Ponce
RESUMO
Com o desaparecimento das escolas pagãs a Igreja católica passou a dominar o âmbito educacional
e aqui surgiram as escolas Monásticas e as Catedralícias que tinham como foco a teologia, no
período Feudal também teve o aparecimento de escolas primárias e Universidades e ao fim do
período surgiu o Renascimento.
Palavras-chave: Renascimento; escolas catedralícias; Universidade; Clero; escolas; monastérios;
Igreja; ínstrução.
[…] “Desde o século VII, encontramos monastérios espalhados por todos os países que constituíram o velho Império
Romano. Desaparecidas as escolas “pagãs”, a Igreja se apressou em tomar em suas mãos a instrução pública[…] as
escolas monásticas eram de duas categorias: umas, destinadas à instrução dos futuros monges[…] e outras, destinadas à
“instrução” da plebe.” […]p. 109 -110
[…] “as escolas catedralícias já existiam há alguns séculos[…] O centro das suas preocupações pedagógicas era sem
dúvida a teologia.”[…] p.118
“Mas, sob a influência da nova burguesia, que exigia a sua parte na instrução, a escola catedralícia foi, no século XI, o
germe da universidade.”[…] p.118
 […] “a universidade ainda apresentava uma característica que era só sua[…] Não só eram os estudantes que
determinavam quando deviam ter início as aulas, qual deveria ser a sua duração […] Os estudantes fiscalizavam os
seus professores”[…] p.120
“A fundação das universidades permitiu que a burguesia participasse de muitas das vantagens da nobreza e do clero,
que até então lhe tinham sido negadas.”[…] p. 121
“O ensino ministrado nas escolas municipais[…] Em vez do latim , ensinava-se o idioma nacional, noções de
Geografia, História e de Ciências Naturais[…] os alunos deviam pagar diretamente os professores pelos seus
ensinamentos.”[…] p.125
[…] “Todos os pedagogos do Renascimento[…] eram filhos de burgueses ricos e viveram como preceptores de nobres
e de filhos de burgueses ricos.”[…] p.131
“O Renascimento se propôs formar homens de negócios que também fossem cidadãos cultos e diplomatas hábeis.”[…]
p. 132
COMENTÁRIO
De fato as escolas das catedrais tinha a teologia como principal foco, porém como a burguesia
buscava sua parte na instrução a escola catedralícia teve que mudar de parâmetros, com a fundação
de universidades a burguesia participou de muitas vantagens do clero e da nobreza.
A Educação do Homem Burguês: do Renascimento até o século XVIII e da
Revolução Francesa ao século XIX
Aníbal Ponce
RESUMO
O autor trás que nesseperíodo surgiu o protestantismo para que as classes menos favorecidas
também obtivessem educação e neste período houve a incorporação de disciplinas que faziam parte
do novo molde da educação.
Palavras-chave: nobres; monarquia; jesuítas; Estado; burguesia.
[…] “Ao nobre desalojado dos seus castelos e obrigado a incorporar-se à monarquia como funcionário ou palaciano, já
de pouco servia a velha educação“cavalheiresca”.”[…] p. 137
[…] “Ler e escrever já não eram considerados pelos nobres como coisas de mulheres.”[…] p. 137
[…] “Sem se preocupar com a educação popular, os jesuítas se esforçaram para controlar a educação dos nobres e dos
burgueses abonados.”[…] p.145 
“A incorporação da Geografia e da Aritmética, da História e do Direito Civil à educação do jovem gentleman indicava
que a nobreza havia mudado completamente de orientação.” p. 155 
“Com a substituição do regime feudal pelo burguês, piorou a situação das massas, mas os novos amos não se
importavam absolutamente com isso. Formar indivíduos aptos para a competição do mercado, esse foi o ideal da
burguesia triunfadora.”[…] p.164
[…] “Os filhos das classes superiores devem e podem começar bem cedo a se instruírem, e como devem ir mais longe
do que os outros, estão obrigados a estudar mais… As crianças das grandes escolas(populares) devem, por outro lado,
de acordo com a finalidade a que deve obedecer a sua instrução, dedicar pelo menos metade do seu tempo aos trabalhos
manuais”[…] p.166
[…] “a educação pública deve ser tal que todas as classes, todas as ordens do Estado dela participem, mas não uma
educação em que todas as classes tenham a mesma parte.” p.167
[…] “a burguesia não podia recusar instrução ao povo[…] As máquinas[…] não podiam ser eficazmente dirigidas pelo
saber miserável de um servo ou de um escravo.”[…] p. 176
[…] “Uma educação primária para as massas, uma educação superior para os técnicos, eis o que, em essência, a
burguesia exigia no campo da educação.” p. 178
[…] “a voracidade da burguesia havia feito com que mulheres e crianças trabalhassem em condições realmente
iníquas.”[…] p.182
COMENTÁRIO
O Renascimento apareceu ao fim do período Feudal e com o crescente capitalismo, a educação
cavalheiresca já não tinha tanta importância para o homem feudal, a burguesia oferecia educação a
massa para que esta pudesse manusear máquinas e desenvolver as funções a elas atribuídas.
A Nova Educação
Aníbal Ponce
RESUMO
Com a Revolução Francesa as escolas expressaram reações quanto ao ensino e então passou-se a
adotar uma nova educação, que busca trazer um ensino não só aos burgueses como também as
classes menos favorecidas. A nova educação trouxe uma grande mudança no âmbito educacional
prezando pelo saber da criança e a coletividade.
Palavras-chave: Revolução Francesa; Escola, coletividade; metodológica; Nova Educação;
Laicidade.
[…] “Depois da Revolução Francesa, a restauração monárquica foi acompanhada em todas as partes por uma feroz
reação das escolas.”[…] p.185
“Por volta de 1900 que surge a nova didática, com iniciadores familiarizados com a alma infantil por meio da
Antropologia, Psiquiatria e trabalhos de laboratório[…] a nova técnica se propunha aumentar o rendimento do trabalho
escolar cingindo-se à personalidade biológica e psicológica da criança.”[…] p. 194
[…] “a escola deixa de ser uma reunião de unidades, para se converter no que hoje se chama uma “comunidade escolar,
isto é, uma unidade de ordem superior.”[…] p. 195
[…] “A nova educação se propõe, com efeito construir o novo homem a partir da escola burguesa.”[…] p.200
“A corrente “metodológica”[…] descansa fundamentalmente[…] no máximo respeito “à atividade espontânea da
criança”.”[…] p.203
“A corrente “doutrinaria” extrai[…] que a criança deve ser respeitada no que tem de mais íntimo, é lógico que se
obtenha do Estado a autonomia do ensino.”[…] p.204
[…] “Ligada estreitamente à estrutura econômica das classes sociais, a educação, em cada momento histórico, não
pode ser outra coisa a não ser um reflexo necessário e fatal dos interesses e aspirações dessas classes.”[…] p. 205
[…] “a educação é o processo mediante o qual as classes dominantes preparam na mentalidade e na conduta das
crianças as condições fundamentais da sua própria existência,”[…] p.205
[…] “a nova educação ligava indissoluvelmente a instrução e a formação da juventude com a luta ininterrupta de todos
os trabalhadores contra o velho regime de exploração.”[…] p.210
COMENTÁRIO
Com a Nova Educação que veio para garantir o ensino a massa, faz com que as classes
desfavorecidas vejam a imagem do homem novo que a burguesia nos prometia que é: “liberdade da
criança”, “formação do homem”, “direitos do espírito”, porém não descentralizava esses direitos
que apenas pertenciam a eles.
Referências
PONCE, A. Educação e luta de classes. São Paulo: Cortez Editora e Autores associados, 1981.

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