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Organização do Estado Brasileiro

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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – ANALISTA DO BANCO CENTRAL
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO
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Aula 04
3. Organização do Estado: União, Estados, Municípios e 
Distrito Federal.
I. ENTES FEDERADOS --------------------------------------------------------------------------------------------2
II. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS ----------------------------------------------------------------- 20
III. QUESTÕES DA AULA----------------------------------------------------------------------------------------- 56
IV. GABARITO ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 70
V. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA------------------------------------------------------------------------ 71
Olá futuros Analistas do Banco Central!
Prontos para o SEU salário de R$ 12.960,77 e para ocupar um dos 
melhores cargos da Administração Pública Federal?
Na aula de hoje, estudaremos a organização do Estado brasileiro. “Mas
Roberto, para que estudamos isso?” Ora, conhecendo a estrutura e o 
funcionamento do Estado brasileiro, temos condições de saber como se divide 
e se comporta a máquina estatal, mas também, e principalmente, como 
funciona o Brasil.
Como sempre, quando não houver exercícios da CESGRANRIO sobre o tema, 
faremos questões de bancas que aplicam provas similares, como a FCC. 
Ao responder as questões, leia todos os comentários, pois foram feitas várias 
observações além da mera resolução da questão, ok?
Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente 
repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro 
que você os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento.
Vamos então à nossa aula!
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I. ENTES FEDERADOS
O art. 1º da CF prevê que: “A República Federativa do Brasil, formada pela 
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, (...)”.
Assim, o Estado brasileiro se chama República Federativa do Brasil (RFB) e
é somente ele que possui a soberania. A RFB é a única pessoa jurídica de 
direito público externo e é a única capaz de manter relações com outros 
Estados estrangeiros (relações internacionais).
A RFB é formada pelos seguintes entes: União, estados, Distrito Federal e 
municípios. Vamos estudar cada um deles:
1. UNIÃO
É uma pessoa jurídica de direito público interno e REPRESENTA a República 
Federativa do Brasil nas relações internacionais. Assim, quando a União está 
atuando externamente, ela não atua como União e sim como RFB.
Já os demais entes não possuem soberania. Eles têm autonomia, isso é, a 
capacidade de auto-organização e legislação própria, autogoverno e 
autoadministração.
Esquematizando:
x República Federativa do Brasil (RFB) - Tem soberania
- Pessoa jurídica de direito público externo
x União - Pessoa jurídica de direito público interno
- Representa a RFB nas relações internacionais
x Demais entes • Auto-organização e legislação própria
(Estados +DF+Municípios) • Autogoverno
possuem autonomia • Autoadministração
- Estados - art.18 e 25 a 28
- Municípios - art. 18, 29 e 30
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2. ESTADOS
Os estados possuem autonomia, que é a capacidade de se auto-organizar e
ter sua legislação própria, se autogovernar e se autoadministrar.
A auto-organização é a capacidade dos estados de elaborar suas respectivas 
Constituições Estaduais (CEs), que são fruto do Poder Constituinte Derivado 
Decorrente. Pelo princípio da simetria, as CEs devem ser aprovadas em 2
turnos de votação por pelo menos 3/5 da Assembleia Legislativa do 
respectivo estado.
O autogoverno e autoadministração são a capacidade dos estados em se
governar e administrar sem a interferência dos outros entes. Por exemplo, o
poder de eleger seus governantes e o poder-dever de organizar os poderes 
executivo, legislativo e judiciário de cada estado (lembre-se de que os 
municípios não possuem Poder Judiciário e nem Ministério Público).
Por fim, os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões 
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por 
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o
planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
Esquematizando:
• Auto-organização • Elaboração de - Poder constituinte derivado decorrente
e legislação própria Constituições - Princípio da simetria
Estaduais - 2 Turnos e 3/5 dos votos
- Autolegislação: leis estaduais
• Autogoverno - ex: organizar poderes Executivo, Legislativo e 
(arts. 27, 28 e 125) Judiciário do Estado
- OBS: Município não tem Judiciário nem Ministério Público
• Autoadministração
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3. MUNICÍPIOS
Os municípios também possuem autonomia (conferida pela auto-organização 
e legislação própria, autoadministração e autogoverno). Além disso, a 
autonomia municipal é princípio constitucional sensível (art. 34, VII).
Duas observações quanto à auto-organização e legislação própria dos 
municípios:
i. Os municípios não possuem poder constituinte derivado 
decorrente, ou seja, não podem elaborar suas constituições. Na 
verdade eles são regidos por uma Lei Orgânica Municipal (LOM), que 
é o equivalente a uma “Constituição Municipal”.
Mas ATENÇÃO: A LEI ORGÂNICA MUNICIPAL NÃO TEM STATUS DE 
CONSTITUIÇÃO.
ii. Diferentemente das Constituições Estaduais, que são votadas em 2 
turnos e aprovadas por 3/5 dos votos, as leis orgânicas são votadas em 
2 turnos, com interstício (intervalo) mínimo de 10 dias e aprovadas 
por 2/3 dos votos.
Quanto ao autogoverno, deve-se frisar que os municípios elegem seus 
prefeitos e vereadores para mandato de 4 anos e devem organizar os poderes 
executivo e legislativo locais, mas eles não possuem Judiciário e nem 
Ministério Público.
Esquematizando:
- Autonomia MUNICIPAL é princípio constitucional sensível (34, VII, c)
NÃO é estadual
• Auto-organização - Elaboração de LOM - 2 turnos
e legislação própria - interstício mín 10d
- 2/3 dos votos
- Princípio da simetria
- Município NÃO tem Poder constituinte decorrente
- Autolegislação: leis municipais
• Autogoverno - Organizar poderes Executivo e Legislativo locais
- Município não tem Judiciário nem Ministério Público
- Eleição direta do Prefeito
• Autoadministração
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4. DISTRITO FEDERAL
Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas 
reservadas aos Estados e Municípios (art. 32, §1º).
Um fato interessante quanto à nomenclatura dos órgãos e institutos do DF é 
que, como ele possui competências dos estados e dos municípios, misturou-se
o nome de uma série de órgãos e diplomas, fazendo referência aos respectivos 
institutos estaduais e municipais.
Bagunçou? Vou explicar melhor.
Lembre-se que os estados regem-se por suas respectivas Constituições 
Estaduais e que essas são votadas em 2 turnos, aprovadas por 3/5 dos
votos e são fruto do poder constituinte derivado decorrente.
Já os municípios são regidos por Lei Orgânica, que são votadas em 2 turnos,
com interstício mínimo de 10 dias e aprovadas por 2/3 dos votos e não 
possuem status constitucional porque os municípios NÃO possuem poder 
constituinte derivado decorrente.Até aqui nenhuma novidade. E o DF? Como é regido? Por Constituição ou por 
Lei Orgânica?
Misturou-se as constituições estaduais com as leis orgânicas municipais: O DF 
é regido por uma Lei Orgânica e, como tal, é votada em 2 turnos, com 
interstício mínimo de 10 dias e aprovada por 2/3 dos votos. No entanto, 
a LODF possui status de Constituição estadual e emana do poder 
constituinte derivado decorrente.
Ficou mais claro agora? A LODF é uma “Constituição Estadual” (e que tem 
status de CE), mas que tem o nome de Lei Orgânica e é votada como Lei 
Orgânica.
Outra curiosidade: o nome do órgão do Poder Legislativo dos estados é 
Assembleia LEGISLATIVA. Já o nome do órgão do Poder Legislativo dos 
municípios é CÂMARA Municipal ou Câmara dos Vereadoes. Como dito, para o 
Distrito Federal, misturou-se os nomes dos órgãos legislativos estaduais e
municipais: CÂMARA LEGISLATIVA.
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Uma observação importante acerca do DF é que ele não tem competência para 
organizar seu Judiciário, Ministério Público, corpo de bombeiros, polícias civil e 
militar. A competência para tal pertence à UNIÃO.
Assim, segundo a Súmula 647 do STF: “Compete privativamente à União 
legislar sobre vencimentos dos membros das polícias civil e militar do DF.”
No entanto, não confunda organização com subordinação. Segundo o 
artigo 144, § 6°: “As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças
auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias 
civis, aos governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.”
Dessa forma, Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito 
Federal, das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar.
IMPORTANTE! A Emenda Constitucional 69/2012 transferiu a 
competência de organizar e manter a Defensoria Pública do DF da 
União para o DF! Dessa forma, aplicam-se à Defensoria Pública do 
Distrito Federal os mesmos princípios e regras que, nos termos da 
Constituição Federal, regem as Defensorias Públicas dos Estados. Já a 
DP dos Territórios continua a cargo da União. (confira aqui a EC 69/2012)
Por fim, Brasília (e não o Distrito Federal) é a capital federal e é vedada a 
divisão do DF em municípios (observe que os Territórios podem ser 
divididos em municípios).
Esquematizando:
- Tem competências de Estados e Municípios (32§ 1º + 147)
- Possui Lei Orgânica: LODF - 2 turnos
- interstício mín 10d
- 2/3 dos votos
- Não tem competência para organizar e manter seu - Judiciário
- MP
- Polícias civil e militar
- Bombeiros
- Organiza e mantém sua Defensoria Pública! EC 69/2012
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É da 
União
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5. TERRITÓRIOS
Os territórios não são entes federados. Eles não integram o Estado Federal 
e são meras descentralizações administrativas pertencentes à União,
possuindo natureza jurídica de autarquia territorial. Além disso, os 
territórios não possuem autonomia política. Como exemplo, os 
governadores de Territórios não são eleitos pelo povo, mas sim escolhidos pelo 
Presidente da República, com aprovação do Senado Federal por voto secreto e 
arguição pública.
Atualmente, o Brasil não possui territórios e sua criação e transformação só 
pode ser feita mediante Lei Complementar federal (art. 18, §2º).
Caso sejam criados, sua organização administrativa, judiciária, orçamentária,
tributária, serviços públicos e pessoal será regulada por Lei Ordinária da 
União e de iniciativa privativa do Presidente da República.
Os territórios podem ou não ser divididos em municípios e suas contas 
são julgadas pelo Congresso Nacional, após parecer prévio do TCU. Eles 
ainda elegem 4 Deputados Federais e não elegem Senadores.
Por fim, cabe à União organizar e manter o Judiciário, o Ministério Público e a
Defensoria Pública dos Territórios.
Esquematizando:
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• Integram a União
• Criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão 
reguladas em Lei Complementar federal (18, §2º)
• Caso sejam criados, - Administrativa
sua organização - Judiciária
- Tributária
- Orçamentária
- Serviços públicos
- Pessoal
• Não são entes - Não integram o Estado Federal
federados - São meras descentralizações pertencentes à União
- Natureza Jurídica de Autarquia
- Não possuem autonomia política
Ex: o GovTerrit é - escolhido pelo PR
- aprovado pelo SF - Voto secreto 
- Arguição púb
• Podem ou não ser divididos em municípios
• Suas contas são - Julgadas pelo Congresso Nacional
- Após parecer prévio do TCU
• Compete à União - Judiciário
organizar e manter - Ministério Público dos Territórios
- Defensoria Pública
• Elege 4 Deputados Federais
• Não elege Senadores
6. VEDAÇÕES AOS ENTES FEDERATIVOS
A Constituição, em seu artigo 19, estabelece expressamente algumas vedações 
aos entes federados (união, estados, DF e municípios). São elas:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-
lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes 
relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a
colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
será regulada por 
Lei Ordinária da 
União de iniciativa 
do Presidente
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EXERCÍCIOS
1. (FCC - 2011 - TRE-AP - Técnico Judiciário) No tocante à Organização Político-
Administrativa, a União repassou para determinada Igreja verba pública para o 
auxilio de trezentas crianças carentes e desabrigadas, sendo que com tal 
repasse as crianças foram todas tiradas da rua e abrigadas numa instituição 
controlada pela Igreja. Esse repasse de verba é 
a) ilícito porque não há previsão na Constituição Federal que autorize.
b) ilícito porque a Constituição Federal proíbe expressamente a União de 
manter relação com Igreja para tal finalidade.
c) permitido pela Constituição Federal porque visa o interesse público.
d) vedado pela ausência de interesse público.
e) ilícito porque o Poder Público é quem deve, com exclusividade, auxiliar 
diretamente as crianças, não podendo delegar essa função para uma Igreja.
Gabarito: C. A Constituição, em seu artigo 19, estabelece 
expressamente algumas vedações aos entes federados (união, 
estados, DF e municípios). Entre elas, temos: ”estabelecer cultos 
religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o 
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de 
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de 
interesse público”. Diante da situação em tela, podemos interpretar 
que tal repasse tem embasamento constitucional.
2. (FCC - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO – Técnico Judiciário) A incorporação de 
Municípios far-se-á por Lei estadual, dentro do período determinado por Lei 
Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, 
às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação 
a) do parecer favorável do Procurador-Geral do Estado.
b) da decisão do Presidente da Assembleia Legislativa.
c) do Decreto Estadual emitido pelo Governador do Estado.
d) do parecer favorável do Ministro do Planejamento.
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e) dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma 
da lei.
Gabarito: E. A questão cobrou conhecimento do art. 18, §4º, que foi 
modificado pela Emenda Constitucional 15, de 1996. A partir da 
promulgação dessa emenda, faz-se necessária a publicação prévia de 
Estudos de Viabilidade Municipal para a criação de novos municípios. 
Confira o texto da CF:
Art. 18, § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de 
Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei 
Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às 
populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de 
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
3. (FCC/TJAA-TRE-AL/2010) Com relação ao Distrito Federal é correto afirmar 
que, dentre outras situações, é governado por Deputado Federal escolhido pela 
Câmara dos Deputados.
Errado. O DF é governado por um governador eleito diretamente pelo 
povo. Lembre-se de que o DF é um ente autônomo e possui auto-
organização, autogoverno, autoadministração e autolegislação.
4. (FCC/Téc.-MPE-SE/2009) Determina a Constituição que o Distrito Federal 
possui Poder Legislativo próprio denominado Assembleia Legislativa Distrital.
Errado. O nome do órgão do Poder Legislativo dos estados é 
Assembleia LEGISLATIVA. Já o nome do órgão do Poder Legislativo dos 
municípios é CÂMARA Municipal ou Câmara dos Vereadoes. Para o 
Distrito Federal, misturou-se os nomes dos órgãos legislativos 
estaduais e municipais: CÂMARA LEGISLATIVA.
5. (FCC/TJAA-TRE-AL/2010) Com relação ao Distrito Federal é correto afirmar 
que, dentre outras situações, não possui competências legislativas reservadas 
aos Estados e Municípios.
Errado. A Constituição dá ao DF as competências legislativas 
reservadas aos Estados e Municípios, conforme art. 32, §1º.
6. (FCC - 2010 - TRT - 8ª Região - Técnico Judiciário) Com relação a 
Organização Político Administrativa,
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a) o desmembramento de Município far-se-à por lei municipal, dentro do 
período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerá de consulta 
prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, sem 
necessidade de divulgação prévia dos Estudos de Viabilidade Municipal na 
imprensa oficial.
b) a fusão de Municípios far-se-à por lei municipal, dentro do período 
determinado por Lei Ordinária Federal, e dependerá de consulta prévia, 
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação 
dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da 
lei.
c) os Estados podem desmembrar-se para se anexarem a outros Estados, 
mediante aprovação da população diretamente interessada, através de 
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
d) os Estados podem incorporar-se entre si para formarem novos Estados, 
mediante emenda constitucional, dependente de plebiscito nacional e da 
aprovação do Senado Federal.
e) os Estados podem incorporar-se entre si para formarem novos Estados, 
mediante emenda constitucional, dependente de plebiscito nacional e da 
aprovação da Câmara dos Deputados.
Gabarito: C 
Item A – ERRADO. É necessária a divulgação prévia dos Estudos de 
Viabilidade Municipal, conforme o art. 18, §4º da CF88.
Item B – ERRADO. A lei que realiza a criação, a incorporação, a fusão e 
o desmembramento de municípios é uma Lei Estadual, conforme o art. 
18, §4º da Constituição Federal.
Item C – CERTO. Está de acordo com o §3º do art. 18: “Os Estados 
podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se 
anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios 
Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, 
através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar”
Itens D e E – ERRADOS. A aprovação é do Congresso Nacional e a 
aprovação não é de todo o país e sim da população diretamente 
interessada.
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7. (FCC/Téc.-MPE-SE/2009) Determina a Constituição que o Distrito Federal é
regido por uma Constituição Distrital.
Errado. O DF é regido por uma lei orgânica que possui status de
Constituição Estadual.
8. (FCC/EPP-SP/2009) O Município, na federação brasileira, dispõe de ampla 
autonomia política, sendo-lhe facultado regular a duração do mandato dos 
respectivos Prefeitos e Vereadores.
Errado. Realmente, os municípios possuem autonomia. Contudo, a 
duração dos mandatos eletivos foi prevista expressamente pela 
Constituição no art. 29, I: “eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos 
Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e 
simultâneo realizado em todo o País.”
9. (FCC - 2011 - TRE-PE - Analista Judiciário - Área Judiciária) Sobre a 
Organização Político-Administrativa, os Princípios Federais Extensíveis são 
normas centrais 
a) aos Estados, apenas.
b) comuns à União e aos Estados, apenas.
c) aos Municípios, apenas.
d) comuns à União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
e) ao Distrito Federal, apenas.
Gabarito: D. Segundo a doutrina, os princípios extensíveis são as 
normas centrais comuns em sua organização político-administrativa a 
todos os entes e, portanto, normas de observância obrigatória.
10. (FCC/AJAJ-TJ-SE/2009) O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em 
dois turnos, com o interstício mínimo de sessenta dias, e aprovada por um 
terço dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará.
Errado. O correto é dois terços dos membros e interstício de dez dias 
(art. 29).
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11. (FCC/AJAJ - TRT-3a/2009) Os entes integrantes da Federação, em 
determinadas situações, à exceção dos Territórios, têm competência para 
representar o Estado federal frente a outros Estados soberanos.
Errado. A República Federativa do Brasil (única pessoa jurídica de 
direito público externo) é representada pela União nas relações 
internacionais. Dessa forma, os demais entes não podem representá-la 
frente a outros Estados soberanos.
12. (FCC/PGE-AM/2010) De acordo com a Constituição Federal, os Territórios 
integram a organização político-administrativa da República Federativa do 
Brasil, juntamente com a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
todos autônomos nos termos da Constituição.
Errado. Os entes federados são a União, os estados, o DF e os 
municípios. Os territórios integram a União e possuem natureza de 
autarquias federais.
13. (FCC/AJAJ - TRT-3a/2009) À União cabe exercer as prerrogativas de soberania 
do Estado brasileiro, quando representa a República Federativa do Brasil nas 
relações internacionais.
Certo. A República Federativa do Brasil (única pessoa jurídica de 
direito público externo) é representada pela União nas relações 
internacionais.
14. (FCC - 2011 - TCE-PR - Analista de Controle) Conforme a organização político-
administrativa da República Federativa do Brasil, 
a) o Distrito Federal, por sua condição peculiar de capital federal, não possui 
autonomia e não pode ser dividido em Municípios. 
b) os Territórios Federais integram os Estados-Membros aos quais pertencem e 
suas competências são reguladas por lei complementar. 
c) a República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados-Membros, 
o Distrito Federal, os Municípios e os Territórios, todos dotados de autonomia.d) os Estados-Membros podem se subdividir, mas não podem se desmembrar 
para se anexarem a outros Estados-Membros, pois, neste caso, ofenderão o 
princípio constitucional que proíbe a secessão.
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e) o Distrito Federal rege-se por lei orgânica e possui competências legislativas 
reservadas aos Estados e Municípios.
Gabarito: E
Item A – ERRADO. O DF realmente não pode ser dividido em 
municípios, mas possui autonomia, conforme o art. 18 da Constituição: 
“A organização político-administrativa da República Federativa do 
Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.”
Item B – ERRADO. Os Territórios Federais integram a União, conforme 
o art. 18, §2º.
Item C – ERRADO. As explicações acima se complementam para 
acharmos o erro desta assertiva. Os Territórios Federais não são entes 
federados e não possuem autonomia!
Item D – ERRADO. A assertiva contraria o disposto no §3º do art. 18: 
“Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou 
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos 
Estados ou Territórios Federais...”.
Item E – CERTO. O Distrito Federal realmente possui competências de 
estados e municípios. Além disso, ele é regido por uma Lei Orgânica, 
que possui “status de Constituição Estadual”.
15. (FCC - 2010 - TRT - 22ª Região (PI) - Técnico Judiciário) Nos termos da 
Constituição Federal,
a) os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em 
Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei 
complementar.
b) os Estados não podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-
se para se anexarem a outros.
c) a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, em 
outros Municípios ou Estado far-se-ão por lei federal, dentro do período 
determinado pelo Chefe do Executivo Estadual.
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d) à União não é vedado, recusar fé a documentos públicos, bem como 
estabelecer diferença entre brasileiros.
e) compete aos Municípios, dentre outras, organizar, manter e executar a 
inspeção do trabalho.
Gabarito: A
Item A – CERTO. Literalidade do art. 18, §2º da Constituição Federal.
Item B – ERRADO. O §3º do artigo 18 expressamente prevê as formas 
e requisitos para a incorporação, desmembramento e subdivisão de 
Estados.
Item C – ERRADO. Aqui temos dois erros. A Lei que cria, incorpora ou 
desmembra Municípios é uma Lei Estadual. Além disso, o período no
qual os Estados podem fazer essas modificações será definido em Lei 
Complementar Federal. Não se esqueçam que também é necessário 
realizar e divulgar um estudo de viabilidade para essas modificações 
nos municípios, além de realizar um plebiscito com as populações 
envolvidas.
Item D – ERRADO. A Constituição veda expressamente, no artigo 19, a 
recusa de fé a documentos públicos e a distinção entre brasileiros. Isto 
se aplica a todos os entes federados, inclusive à União.
Item E – ERRADO. Organizar e manter a inspeção do trabalho é uma 
competência exclusiva da União, conforme art. 21, XXIV. 
16. (FCC - 2010 - MPE-RS - Agente Administrativo) A Constituição Federal 
estabelece a organização do Estado, de forma que os Estados podem 
incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a 
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante 
aprovação da população diretamente interessada, através de
a) referendo, e da Câmara dos Deputados, por lei delegada.
b) plebiscito, e da Câmara dos Deputados, por emenda constitucional.
c) referendo, e do Congresso Nacional, por resolução do Senado Federal.
d) plebiscito, e do Senado Federal, por lei ordinária.
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e) plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
Gabarito: E. O procedimento trazido pela CF88 (art. 18, §3º) define 
que a incorporação, subdivisão e desmembramento de Estados devem 
ser aprovados pela população interessada, por meio de plebiscito
(lembre-se do plebiscito de 2011, quando houve uma consulta prévia
sobre a subdivisão do Pará em 2 outros Estados) e após, pelo 
Congresso Nacional, via Lei Complementar, que formalizará as 
modificações.
17. (FCC/TJAA-TRE-AL/2010) Com relação ao Distrito Federal é correto afirmar 
que, dentre outras situações, reger-se-á por lei orgânica.
Certo. O DF é regido por uma lei orgânica que possui status de 
Constituição Estadual. A LODF é votada em 2 turnos, com interstício 
mínimo de 10 dias, e deve ser aprovada por 2/3 da Câmara Legislativa.
18. (FCC/Téc.-MPE-SE/2009) Determina a Constituição que o Distrito Federal
possui competências legislativas reservadas à União e aos Estados- Membros.
Errado. O DF possui competências reservadas aos estados e 
municípios.
19. (FCC/PGE-AM/2010) De acordo com a Constituição Federal, os Territórios 
podem integrar a União ou os Estados, conforme dispuser a lei complementar 
que os criar.
Errado. A Constituição prevê expressamente que os territórios 
integram a UNIÃO.
20. (FCC/AJAJ - TRT-3a/2009) A República Federativa do Brasil representa o 
Estado Federal nos atos de Direito Internacional, porque quem pratica os atos 
desse Direito é a União Federal e os Estados federados.
Errado. A única pessoa jurídica de direito público externo é a República 
Federativa do Brasil, que é REPRESENTADA pela União. Dessa forma, a 
União é pessoa jurídica de direito público interno e os estados 
federados não podem representar a RFB nas relações internacionais.
21. (FCC - 2010 - MPE-RS - Secretário de Diligências) Nos termos da Constituição 
Federal, dentre outras hipóteses, é
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a) vedado aos Municípios e Distrito Federal, nos termos da lei, a colaboração 
de interesse, ainda que alegado interesse público, com igrejas ou cultos ou 
seus representantes, salvo à União e aos Estados.
b) vedado ao Distrito Federal e à União manter com representantes de igrejas 
relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração 
de interesse público.
c) permitido à União recusar fé aos documentos públicos, vedada a recusa 
pelos Estados e Municípios.
d) garantido aos Estados, nos termos da lei, criar distinções entre brasileiros 
natos ou naturalizados ou preferências entre si, salvo pela União.
e) permitido aos Municípios, nos termos de lei estadual, subvencionar ou 
estabelecer cultos religiosos ou igrejas ou embaraçar-lhes o funcionamento.
Gabarito: B. A questão cobra o conhecimento das vedações que a CF88 
impõe aos entes federados – União, Estados e Municípios. Vamos a 
elas?
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, 
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus 
representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na 
forma da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
22. (FCC - 2010 - TCE-AP - Procurador) Em dezembro de 2009, foi aprovado pelo 
Senado Federal projeto de Decreto Legislativo que autoriza a realização de 
plebiscito sobre a criação do chamado Estado de Carajás. O novo Estado seria 
formado por 38 Municípios do sul e sudeste do atual Estado do Pará, com 
extensão total de 285.000 km2 e 1.300.000 habitantes. O plebiscito seria 
realizadonesses Municípios, seis meses após a publicação do Decreto 
Legislativo. 
A referida proposta de criação do Estado de Carajás
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a) deveria ser precedida de Estudos de Viabilidade, apresentados e publicados 
na forma da lei, e ser aprovada por lei do Estado do Pará, dentro do período 
determinado por lei complementar federal.
b) é inconstitucional, uma vez que a união estabelecida entre os entes da 
Federação é indissolúvel.
c) seria possível somente durante os trabalhos de Assembleia Nacional 
Constituinte, a exemplo do que ocorreu com a criação do Estado de Tocantins.
d) deveria ser precedida da criação do Território de Carajás, o qual, somente 
após demonstrar sua viabilidade, seria então transformado em Estado.
e) é compatível com a Constituição desde que, ademais da consulta à 
população interessada, mediante plebiscito, seja aprovada pelo Congresso 
Nacional, por lei complementar.
Gabarito: E. O procedimento trazido pela CF88 (art. 18, §3º) define 
que a incorporação, subdivisão e desmembramento de Estados devem 
ser aprovados pela população interessada, por meio de plebiscito e
após, pelo Congresso Nacional, via Lei Complementar, que formalizará 
as modificações.
O “futuro” plebiscito trazido pela questão já ocorreu em 2011 e a 
população do estado do Pará rejeitou aquela proposta.
23. (FCC/PGE-AM/2010) De acordo com a Constituição Federal, os Territórios 
gozam de autonomia organizacional, uma vez que lhes cabe instituir sua 
própria lei orgânica.
Errado. Os territórios não possuem autonomia, não possuindo auto-
organização, sendo organizados por Lei federal.
24. (FCC/Téc.-MPE-SE/2009) Determina a Constituição que o Distrito Federal não 
pode ser dividido em Municípios.
Certo. A Constituição veda expressamente a divisão o DF em 
municípios (art. 32, caput).
25. (FCC/PGE-AM/2010) De acordo com a Constituição Federal, os Territórios
gozam de autonomia política, uma vez que elegem seu próprio governador.
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Errado. Os territórios não possuem autonomia política e são 
governados por um governador escolhido pelo Presidente da República 
e aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal.
26. (FCC/PGE-AM/2010) De acordo com a Constituição Federal, os Territórios
podem ser subdivididos em Municípios.
Certo. Os territórios podem ou não ser divididos em municípios. O 
Distrito Federal é que jamais poderá sê-lo.
27. (FCC/AJAJ - TRT-3a/2009) A União é pessoa jurídica de direito público interno 
e externo sendo o único ente formador do Estado Federal, uma vez que os 
demais entes são divisões administrativo-territoriais.
Errado. A única pessoa jurídica de direito público externo é a República 
Federativa do Brasil, que é REPRESENTADA pela União. Dessa forma, a 
União é pessoa jurídica de direito público interno.
28. (FCC/TJAA-TRE-AL/2010) Com relação ao Distrito Federal é correto afirmar 
que, dentre outras situações, é permitida sua divisão em Municípios.
Errado. A Constituição veda expressamente a divisão o DF em 
municípios (art. 32, caput).
29. (FCC/Téc.-MPE-SE/2009) Determina a Constituição que o Distrito Federal é
governado por um interventor, nomeado pelo Presidente da República, pelo 
fato de ser a sede da capital federal.
Errado. O DF é governado por um governador eleito diretamente pelo 
povo. Além disso, Brasília é a capital federal (e não o DF).
30. (FCC/TJAA-TRE-AL/2010) Com relação ao Distrito Federal é correto afirmar 
que, dentre outras situações, lei estadual disporá sobre a utilização por seu 
Governo das polícias civil e militar.
Errado. Conforme art. 32, § 4º “Lei FEDERAL disporá sobre a utilização, 
pelo Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar e do corpo 
de bombeiros militar.”
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II. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
A repartição de competências é a divisão, pela Constituição, das atribuições de 
cada ente federado. Ela é um dos núcleos do federalismo brasileiro.
Para se fortalecer a autonomia dos entes federados, deve haver repartição de 
competências administrativas (ex: arts. 21 e 23), tributárias (ex: art. 145 em 
diante) e Legislativas (ex: art. 22 e 24).
Uma observação importante acerca das competências estabelecidas pela CF é 
que elas podem ser alteradas por Emenda Constitucional. No entanto, 
não se pode mudá-las a ponto de se comprometer a forma federativa 
de Estado.
1. MODELOS DE REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Quando se reparte as competências dentro do estado federado, existem duas 
formas de se fazer isso: a primeira é fazendo com que os diferentes entes 
possam atuar nas mesmas matérias. Mas para não “virar bagunça”, deve-
se estabelecer uma relação de subordinação, onde um ente deve obedecer 
ao outro. Esse tipo de repartição provoca uma maior cooperação entre os 
diferentes entes, uma vez que eles atuam nas mesmas matérias. Esse modelo 
de repartição de competências é chamado de MODELO VERTICAL.
A segunda forma de se repartir as competências dentro do estado federado é 
criando uma forma mais rígida, onde os entes, geralmente, atuam em 
diferentes matérias e onde um ente não pode intervir nas competências 
dos outros. Esse modelo é chamado de MODELO HORIZONTAL.
A Constituição Federal adota os dois modelos, com predominância do MODELO 
HORIZONTAL.
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2. PRINCÍPIO DA PREDOMINÂNCIA DO INTERESSE
Para estabelecer a repartição das competências entre os entes, a Constituição
usou o princípio da predominância do interesse:
x Os interesses nacionais e de relações internacionais foram 
expressamente definidos na CF e ficaram a cargo da União.
x Os interesses locais ficaram a cargo dos municípios e também foram 
enumerados expressamente pela Constituição.
x Os interesses regionais, por sua vez, ficaram sob a responsabilidade 
dos estados, e são residuais, ou seja, não foram expressamente 
enumerados pela CF88.
Duas observações são pertinentes nesse momento: a primeira é que, como 
vimos, o Distrito Federal possui competências dos estados e dos municípios.
A segunda é que existe uma exceção em relação às competências residuais: a
competência residual em matéria TRIBUTÁRIA é da UNIÃO e não dos 
Estados.
Estudaremos as seguintes competências:
1. Exclusivas da União
2. Privativas da União
3. Concorrentes
4. Comuns
5. Dos estados
6. Dos municípios
Esquematizando:
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Repartição de Competências
x Núcleo do federalismo
x Autonomia pressupõe repartição de competências - Administrativas – ex: art. 21
- Legislativas – ex: art. 22
- Tributárias – ex: art. 145 em diante
x Competências podem ser alteradas por EC
o Não pode mudar a ponto de comprometer a forma federativa de Estado
- Horizontal - Não há subordinação entre os entes
x Modelo - Provoca maior rigidez do federalismo
- Vertical - Os entes atuam nas mesmas matérias, mas há subordinação entre eles
- Provoca maior cooperação entre os entes
o CF88 adota os dois modelos, com predominância do HORIZONTAL
x Princípio da interesse - Nacional: União – enumerada expressamente
predominância - Local: Municípios – enumerada expressamente
do interesse - Regional: Estados – residual
- DF: Estados+Municípios
- CompetênciaComum – art. 23
- Competência Concorrente – art. 24
3. COMPETÊNCIAS EXCLUSIVAS DA UNIÃO
As competências exclusivas da União estão previstas no art. 21 da CF e 
possuem duas características marcantes. A primeira é que elas são 
competências MATERIAIS / ADMINISTRATIVAS. A segunda é que elas são 
INDELEGÁVEIS, ou seja, a União não pode “pedir para que alguém as exerça 
em seu nome”. 
Exemplos de competências exclusivas da União são: 
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações 
internacionais;
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
OBS: Matéria tributária:
Competência da U é que 
é residual
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4. COMPETÊNCIAS PRIVATIVAS DA UNIÃO
As competências privativas da União estão previstas no artigo 22 da CF e são 
competências LEGISLATIVAS. Diferentemente das exclusivas, as 
competências privativas podem ser delegadas pela União. Assim, via de 
regra, as competências privativas da União são exercidas pela própria
União. No entanto, excepcionalmente, a União pode delegar aos estados e ao 
DF, por Lei Complementar, a edição de normas sobre questões específicas.
Fique atento para as seguintes observações:
1) Em regra, as competências privativas são exercidas pela União
2) A delegação (exceção) é feita por Lei Complementar
3) A delegação é feita aos Estados e ao DF, não podendo ser feita aos 
municípios.
4) Os estados e o DF somente podem legislar sobre questões 
ESPECÍFICAS e somente se houver delegação pela União.
5) A delegação deve contemplar todos os Estados e o DF. Assim, 
caso sejam delegadas, as competências privativas se estenderão para 
todos os estados de uma só vez. Não se pode delegar a legislação de 
uma questão somente para o estado de São Paulo, por exemplo. Se a 
União delegar para um estado, deve delegar para todos.
Exemplos de competências privativas da União: legislar sobre
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, 
aeronáutico, espacial e do trabalho;
II - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de 
guerra;
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5. COMPETÊNCIA COMUM, PARALELA OU CUMULATIVA
As competências comuns entre os entes federados estão previstas no artigo 23 
da CF. Elas tratam, em sua maioria, de assuntos de interesse da 
coletividade/interesses difusos e são competências NÃO LEGISLATIVAS /
MATERIAIS / ADMINISTRATIVAS de responsabilidade da União, estados, 
Distrito Federal e municípios, que atuam de forma conjunta e sem 
subordinação entre eles.
Além disso, a CF prevê que Leis complementares fixarão normas para a 
cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, 
tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito
nacional.
Exemplos de competências comuns entre União, estados, DF e municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e 
conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas 
portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e 
cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
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6. COMPETÊNCIA CONCORRENTE
A competência concorrente é uma forma de divisão vertical de competências, 
está prevista no artigo 24 da CF e se refere a competências LEGISLATIVAS.
Diferentemente da competência comum, que pode ser exercida pela União, 
estados, DF e municípios, a competência concorrente só poderá ser exercida 
pela União, estados e DF. Dessa forma, os municípios não possuem 
competência legislativa concorrente.
Na competência concorrente, a União edita normas gerais, enquanto os 
estados e o DF editam normas específicas. Assim, os estados 
complementam a legislação da União se utilizando da competência 
suplementar. Nessa normatização, existe subordinação: as normas 
específicas dos Estados e DF devem respeitar as normas gerais da União.
Uma observação: a União NÃO pode editar normas específicas para Estados e 
DF, mas pode editar normas específicas para a própria União.
Caso a União seja omissa e não elabore as normas gerais, os Estados e DF 
adquirem competência legislativa plena. Assim, poderão legislar tanto 
sobre normas gerais quanto específicas.
Caso, posteriormente, a União edite a lei federal contendo a norma geral, as 
leis estaduais tornam-se suspensas na parte em que lhe for contrária 
(suspende e não revoga).
Além disso, a partir da edição da lei federal, os estados (que tinham a 
competência legislativa plena) não podem mais legislar sobre normas gerais, 
tendo que seguir as normas gerais editadas pela União.
Por fim, você deve saber que os estados e DF podem suprir a inexistência de 
lei federal somente nos assuntos da competência concorrente. Já nos temas de 
competência privativa da União, eles somente podem legislar caso sejam 
autorizados por Lei Complementar (e sobre questões específicas).
Esquematizando:
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1. Competência EXCLUSIVA da União - Indelegável
- ADMINISTRATIVA
- Não confundir com iniciativa 
exclusiva/reservada/privativa de Lei
2. Competência - Delegável
PRIVATIVA - LEGISLATIVA
da União - Regra: demais entes NÃO podem editar leis p/ suprir a lacuna federal
- Exceção - U pode delegar por LC
- Est e DF podem legislar sobre - Só as especificas
questões específicas - Só se a U delegar
- A delegação deve contemplar todos os Estados + DF
3. Competência - Outros nomes: paralela ou cumulativa
COMUM - Não há subordinação
- COMPETÊNCIAS NÃO LEGISLATIVAS
- Interesse da coletividade / interesses difusos
- LC fixarão normas para a cooperação entre U, E, DF e Mun
• Objetivando o - Equilíbrio do desenvolvimento econômico
- Bem-estar em âmbito nacional
• Somente União, Estados e DF
• Municípios NÃO possuem competência concorrente
• Repartição vertical de competência
• COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS
• União: Normas Gerais
4. Competência • Estados e DF - Normas específicas
CONCORRENTE - Complementam a legislação da União
- Competência suplementar
• Há subordinação entre as normas: as normas específicas dos Estados e do 
DF devem respeitar as normas gerais da União
• União NÃO pode editar normas específicas para Est e DF
• União pode editar normas específicas para a própria União
• Se a União for omissa e não elaborar as normas gerais: Estados e DF 
adquirem competência legislativa plena (automática)
• Superveniência - SUSPENDE as estaduais
de Lei Federal - Somente a parte que lhe for contrária
• É “Suspende” e não “Revoga”
CO
M
PE
TÊ
N
CI
AS
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7. COMPETÊNCIA DOS ESTADOS
A competência dos estados é residual ou remanescente, ou seja, o que não 
for competência da União e nem dos municípios, será competência estadual. 
As competências da União e dos municípios estão expressamente previstas
na Constituição, ao contrário da competência dos estados, que é residual.
Além da competência residual, a CF estabelece expressamente algumas poucas 
competências aos estados, como a criação, a incorporação,a fusão e o 
desmembramento de municípios (art. 18, §4º); a exploração de gás canalizado 
(art. 25, §2º); a instituição de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas
e microrregiões (art. 25, §3º) e organização de sua própria justiça (art. 125).
Esquematizando:
- Residual ou remanescente
+
- Criação, incorporação, fusão e desmembramento de Municípios (18, §40)
5. Competência - Exploração de gás canalizado (25, §20)
dos Estados - Instituição (25, §30) de - Regiões metropolitanas
- Aglomerações urbanas
- Microrregiões
- Organização de sua própria justiça (125)
- Serviço de transporte intermunicipal (ADI 2.349/ES)
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8. COMPETÊNCIA DOS MUNICÍPIOS
Os municípios possuem competência EXCLUSIVA para legislar sobre assuntos 
de interesse local (art. 30, I) e SUPLEMENTAR para complementar a legislação 
federal e estadual, no que couber (art. 30, II). Além disso, segundo o artigo 29 
da Constituição, compete aos municípios:
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem 
como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar 
contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação 
estadual;
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou 
permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de 
transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do 
Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental;
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do 
Estado, serviços de atendimento à saúde da população;
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento 
territorial, mediante planejamento e controle do uso, do 
parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local,
observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.
No esquema abaixo, colocarei uma série de informações sobre as 
competências municipais também cobradas em provas. Atenção!
Esquematizando:
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• EXCLUSIVA: legislar sobre assuntos de interesse local (30, I)
• SUPLEMENTAR: completar a legislação federal e estadual,
no que couber (30, II)
• Legislar sobre atividade de estabelecimento comercial,
• Expedir alvarás e licenças para funcionamento
• Fixação do horário de funcionamento do comércio local (lojas, 
shoppings etc) (súmula 645)
6. Competência dos • Podem obrigar bancos a • Instalarem equipamentos de Segurança
Municípios e conforto
• Atendimento em prazo razoável – prazo 
Máx de espera
- RE 240.406/RS + RE 251.452/SP
• Legislar sobre - Prazo máximo na fila dos cartórios (RE 397.094)
- Serviços funerários (RE 387.990/SP)
• Elaborar seu Plano diretor (182)
• Constituir guardas municipais (144, §8º)
ƒOBS: nem todos os interesses locais são dos Municípios
x Ex: horário de funcionamento bancário: União
x Afeta o Sistema Financeiro Nacional
x Ex: exploração de gás canalizado: Estadual
x Municípios NÃO podem legislar sobre consórcios, sorteios, 
bingos ou loterias
x Súmula Vinculante n0 2
x É competência da União
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9. DICA DE ESTUDO
Meu caro Analista do Banco Central, se você teve a curiosidade, no decorrer do 
estudo deste material, de olhar os artigos 21 a 24, que tratam das 
competências exclusivas e privativas da União, comuns e concorrentes, deve 
ter percebido que o estudo de cada competência não é lá das coisas mais 
simples. São muitas informações, muitas delas parecidas, e que muitas vezes 
podem nos confundir: Legislar sobre direito processual é competência 
exclusiva ou privativa da União? Ou concorrente?
As competências são assuntos bastante recorrentes em provas, mas não são 
tão importantes a ponto de ser necessária a memorização dos quatro artigos. 
O custo-benefício de memorizá-los, na minha opinião, não compensa.
Mas devemos ter uma boa ideia do conteúdo de cada um deles.
Vou repassar para vocês algumas técnicas que podem facilitar o estudo e a 
assimilação das competências. Com elas, você não irá memorizar uma a uma, 
mas já terá uma boa ideia de onde está cada competência. É importante que 
você as utilize em conjunto, ok?
Passo 1
Primeiramente, estude minuciosamente os conceitos sobre cada competência. 
Saiba quais são competências legislativas (privativa da União e 
concorrente) e quais são as competências administrativas (exclusiva da 
união e comum).
Dessa forma se cair numa questão: “compete exclusivamente à União 
legislar sobre xxxxx”, você já saberá que está errada, pois as competências 
exclusivas não são legislativas, mas sim administrativas.
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Passo 2
Lembre-se de que as competências foram enumeradas segundo o critério da 
predominância de interesses. Assim, sempre será competência da UNIÃO:
x Quando a CF usar o termo nacional ou internacional;
x Estabelecer as "diretrizes", "critérios", "bases", "normas gerais”
etc.
x Temas "sensíveis" como atividade nuclear, guerra, índios, energia, 
telecomunicações etc.
Passo 3
Quase tudo o que for “muito bonitinho”, “muito especial” ou “muito ideológico”
e temas de interesse coletivos e difusos serão de competência comum.
Exemplo: é competência comum:
x Proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
x Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas 
formas; 
x Preservar as florestas, a fauna e a flora;
Estão vendo? Quase todas as competências comuns são “idealistas”.
MAS CUIDADO! Esse método não resolve todos os problemas. Ele 
simplesmente te dá uma pista.
Exemplo: legislar sobre a proteção e integração social das pessoas portadoras 
de deficiência é competência concorrente e não comum.
No entanto, você “mataria” essa questão seguindo o passo 1: sabendo quais 
são as competências legislativas (só pode ser privativa da união ou 
concorrente).
Estão vendo? Seguindo esses passos, vocês não terão decorado as 
competências, mas terão várias pistas para acertar a questão. 
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Passo 4
A Constituição traz uma série de serviços que podem/devem ser prestados 
pelos entes de forma direta ou indireta (por meio de concessão, autorização ou 
permissão).
Todos os entes podem prestar os serviços diretamente, mas a delegação 
é diferente para cada um deles. Observe como os serviços podem ser 
delegados:
x União: por autorização, permissão e concessão;
x Municípios: por permissão e concessão;
x Estados: apenas por concessão.
Dessa forma, se a questão trouxer algo como: “compete aos estados, prestar 
diretamente ou através de autorização, o serviço xyz”, ela estará errada, pois 
os estados somente delegam serviços por concessão.
Passo 5
Existem alguns temas que sempre caem em provas. Observe:
a) A seguridade social (conjunto de Saúde + Previdência Social + 
Assistência Social) é de competência legislativa privativa da União. Por 
outro lado, a Previdência Social, de forma isolada, é de competência 
concorrente.
b) A CF traz as competências para legislar sobre diversos ramos do direito. 
Sabemos que quando a competência é legislativa, elasomente pode ser 
privativa da União ou concorrente. Assim, observe:
x Competência Concorrente: legislar sobre direito TUPEF
(Tributário, Urbanístico, Penitenciário, Econômico e Financeiro).
x Competência privativa da União: legislar sobre os demais 
direitos.
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c) Legislar sobre Direito Processual é competência legislativa privativa 
da União, enquanto os PROCEDIMENTOS em matéria processual
são competência legislativa concorrente.
d) Legislar sobre desapropriação é competência privativa da União 
enquanto Decretar a desapropriação é competência do Poder 
Público, geralmente o Poder Executivo Municipal.
Passo 6
Imprima cada competência de uma cor e as leia várias e várias vezes. Assim, 
quando cair em um exercício uma determinada competência, você utilizará sua 
memória visual e se lembrará de que cor ela estava escrita. Sabendo a cor, 
você sabe qual a competência.
Exemplo: coloque as competências exclusivas na cor preta, as privativas na 
cor azul, as comuns na cor vermelha e as concorrentes na cor verde e as leia 
e repita várias e várias vezes.
Quando você se deparar na prova com uma questão do tipo:
“É competência comum entre a União, estados, DF e municípios fomentar a 
produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar.”
Acessando sua memória visual, você se lembra que o fomento à produção 
agropecuária estava escrito em seu material na cor vermelha. OPA! Vermelho 
é a cor da competência comum! Item CERTO.
ATENÇÃO: caso você tenha mais de um material de estudo, padronize 
as cores para não se confundir. Ex: a competência comum será SEMPRE 
vermelha, a concorrente SEMPRE verde e assim por diante.
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Passo 7
Nem sempre você se lembrará das cores usadas no passo 6, principalmente se 
não repetir e revisar a informação com bastante frequência. Assim, outra 
forma de internalizar a informação é separar as palavras-chave de cada tipo de 
competência e repetir, repetir...
Exemplo
Nas próximas páginas, segue um exemplo de como fazer os passos 6 e 7. O 
passo 7 é exemplificado com a competência exclusiva da união e o passo 6 
está exemplificado com as demais.
LEMBRE-SE QUE É INDISPENSÁVEL A REPETIÇÃO E REVISÃO 
FREQUENTE DAS COMPETÊNCIAS, ALÉM DE ENTENDER A ESTRUTURA 
POR TRÁS DELAS!!
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Compete: - relações internacionais
à União - declarar a guerra e celebrar a paz
(Art. 21) - defesa nacional
- permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nac
- decretar - estado de sítio
- estado de defesa
- intervenção federal;
- material bélico;
- emitir moeda;
- administrar as reservas cambiais do País
- fiscalizar as operações de natureza financeira - crédito
- câmbio
- capitalização
- seguros
- previdência privada;
- planos nac e reg de ordenação do território e de desenvolvimento ecn e social;
- serviço postal e o correio aéreo nacional; 
- explorar - diretamente - serviços de telecomunicações
- autorização - serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens
- concessão - energia elétrica 
- permissão, - navegação - aérea
- aeroespacial
- infraestrutura aeroportuária
- portos marítimos, fluviais e lacustres;
- serviços de transporte - ferroviário 
- aquaviário 
- entre - portos 
- fronteiras - nacionais
- estaduais
- rodoviário - interestadual
- internacional
- organizar e manter o - Jud
- MP
- polícia civil do DF e Territ
- polícia militar 
- corpo de bombeiros militar 
- prestar assistência financ ao DF p/ a execução de serv pub
- Defensoria Pública dos territórios (DPDF agora é do DF!
EC 69/2012)
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- organizar e manter os serviços oficiais de - estatística
- geografia de âmbito nacional
- geologia
- cartografia
- classificação, p/ efeito indicativo, de diversões púb e de programas de rádio e TV;
- conceder anistia;
- defesa contra as calamidades públicas, secas e inundações;
- instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos
- instituir diretrizes para - desenvolvimento urbano, 
- habitação
- saneamento básico
- transportes urbanos;
- sistema nacional de viação;
- polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras
- atividades nucleares - para fins pacíficos
- por aprovação do CN
- a responsabilidade civil por danos nucleares independe da 
existência de culpa
- por PERMISSÃO a comercialização e a utilização de
são autorizadas radioisótopos para a pesquisa e usos 
médicos, agrícolas e industriais produção, 
comercialização e utilização de 
radioisótopos de meia-vida igual ou inferior 
a duas horas
- inspeção do trabalho;
- garimpagem, em forma associativa.
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Art. 21. Compete à União:
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território 
nacional ou nele permaneçam temporariamente;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
VII - emitir moeda;
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, 
especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento 
econômico e social;
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de 
telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão 
regulador e outros aspectos institucionais; 
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens; 
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em 
articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que 
transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e a 
Defensoria Pública dos Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, 
bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio 
de fundo próprio; 
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito 
nacional;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, dediversões públicas e de programas de rádio e 
televisão;
XVII - conceder anistia;
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XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as 
inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de 
direitos de seu uso;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes 
urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; 
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a 
pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares 
e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante 
aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa 
e usos médicos, agrícolas e industriais;
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de 
meia-vida igual ou inferior a duas horas; 
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; 
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma 
associativa.
Art. 22. Compete PRIVATIVAMENTE à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
II - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V - serviço postal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
XI - trânsito e transporte;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; 
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XIV - populações indígenas; 
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros; 
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria 
Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes;
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; 
XX - sistemas de consórcios e sorteios; 
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação e mobilização das 
polícias militares e corpos de bombeiros militares; 
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais; 
XXIII - seguridade social; 
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXV - registros públicos; 
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas 
diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no 
art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; 
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
XXIX - propaganda comercial. 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das 
matérias relacionadas neste artigo.
Art. 23. É competência COMUM da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio 
público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as
paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; 
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, 
artístico ou cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
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IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de 
saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos 
setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos 
hídricos e minerais em seus territórios;
XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito 
nacional. 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar CONCORRENTEMENTE sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento; 
III - juntas comerciais;
IV - custas dos serviços forenses;
V - produção e consumo;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção 
do meio ambiente e controle da poluição;
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, 
estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX - educação, cultura, ensino e desporto;
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI - procedimentos em matéria processual;
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV - proteção à infância e à juventude;
XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos 
Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para 
atender a suas peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for 
contrário.
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EXERCÍCIOS
31. (CESGRANRIO - 2008 - ANP - Especialista em Regulação) No âmbito da 
legislação concorrente da União, Estados e Distrito Federal, a competência da 
União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
Certo. Esta é a forma como a Constituição Federal organizou a 
legislação concorrente: a União edita normas gerais que valem para 
todos, enquanto os estados e o DF complementam a legislação com 
suas especificidades regionais. 
32. (CESGRANRIO - 2006 - DNPM - Técnico Administrativo) Analise as situações 
abaixo. 
I - Um Estado da Federação editou norma legal proibindo o início de atividade 
de novas jazidas de ouro. 
II - Um Município brasileiro elaborou lei sobre energia e águas. 
III - Um Município brasileiro possui órgão de fiscalização de concessões de 
exploração de recursos hídricos e minerais em seu território. 
Das hipóteses acima, frente à Constituição da República Federativa do Brasil 
de 1988, é(são) considerada(s) inconstitucional(is):
a) III, somente.
b) I e II, somente.
c) I e III, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.
Gabarito: B.
Item I – Inconstitucional. Legislar sobre jazidas, minas, outros 
recursos minerais e metalurgia é competência privativa da União, 
segundo o art. 22, XII.
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Item II – Inconstitucional. Legislar sobre águas, energia, informática, 
telecomunicações e radiodifusão é competência privativa da União, 
segundo o art. 22, IV.
Item III – Constitucional. Registrar, acompanhar e fiscalizar as 
concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e 
minerais é competência comum da União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios. Veja no art. 23, XI.
33. (CESGRANRIO - 2008 - TJ-RO - Oficial de Justiça) Legislar sobre custas dos 
serviços forenses é competência
a) privativa dos Municípios.
b) privativa dos Estados.
c) privativa da União.
d) comum dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
e) concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal.
Gabarito: E. Legislar sobre custas dos serviços forenses é competência 
concorrente da União, dos Estados e do Distrito Federal, segundo o art. 
24, IV.
Uma dica: se a questão fala em “legislar sobre”, já temos que ter em 
mente que estamos falando de competências privativas de algum ente 
ou concorrentes entre a União, Estados e DF. Já as competências 
administrativas são a exclusiva da união e a comum (tratar do tema é 
diferente de legislar). De cara, já poderíamos descartar a letra D.
34. (CESGRANRIO - 2010 - BACEN - Analista do Banco Central) Um governador de 
estado sancionou projeto de lei dispondo sobre política de crédito no âmbito do 
estado que governa. Considerando a Constituição e a matéria sobre a qual 
dispõe o projeto, essa lei
a) será constitucional, desde que não contrarie lei federal.
b) é constitucional, porque a Constituição atribui expressamente essa 
competência aos estados.
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c) é constitucional, porque se trata de competência comum à União e aos 
Estados.
d) é constitucional, pois se trata de lei específica para o estado.
e) é inconstitucional, porque a competência para legislar sobre a matéria é da 
União.
Gabarito: E. Quando você ler “Legislar sobre”, já deve acessar a 
seguinte informação: esta competência é privativa ou concorrente. Já 
elimine quaisquer alternativas que tragam competência comum ou
exclusiva da União (C).
Segundo o art. 22, VII da Constituição Federal, a competência para 
legislar sobre política de crédito, câmbio, seguros e transferência de 
valores é privativa da União.
35. (CESGRANRIO - 2010 - BACEN - Analista do Banco Central) Determinado 
município aprovou uma lei estabelecendo horário de funcionamento do 
comércio local e das instituições bancárias instaladas naquele município. Essa 
lei é
a) constitucional, já que aos municípios compete legislar sobre matéria de 
interesse local.
b) parcialmente inconstitucional, já que os Municípios têm competência para 
legislar sobre horário de funcionamento de instituições financeiras, mas não do 
comércio local.
c) parcialmente inconstitucional, já que os Municípios têm competência para 
legislar sobre horário de funcionamento do comércio local, mas não de 
instituições financeiras.
d) totalmente inconstitucional, já que essas matérias são de competência da 
União Federal.
e) totalmente inconstitucional, já que essas matérias são de competência dos 
estados.
Gabarito: C. A Constituição Federal garante aos Municípios, no art. 30, 
a competência para legislar sobre assuntos de interesse local. Entre 
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estes assuntos, encontra-se o horário de funcionamento do comércio. 
Já em relação ao horário de funcionamento das agências bancárias, 
ficou estabelecido que este é um assunto de competência privativa da 
União, pois afeta o sistema financeiro nacional,.
36. (CESGRANRIO - 2008 - ANP - Especialista em Regulação) No âmbito da 
legislação concorrente da União, Estados e Distrito Federal, a superveniência 
de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, naquilo 
que lhe for contraditório.
Certo. É isso mesmo. Cuidado, pois as bancas gostam de trocar o 
termo “suspender” por “revogar”, o que tornaria o item incorreto. Os 
dispositivos regionais que contrariem as normas gerais editadas pela 
União terão sua eficácia suspensa. Uma lei Federal não tem poder para 
revogar uma lei Estadual!
37. (CESGRANRIO – 2009 DETRAN/AC – Advogado) A respeito da competência dos 
entes da Federação brasileira sobre matéria de trânsito, considere as 
afirmativas a seguir.
I – A competência para legislar sobre película de filme solar nos vidros dos 
veículos automotores é da União Federal.
II – A competência para legislar sobre serviço de mototaxista é dos Estados.
III – A competência material para estabelecer política de educação para a 
segurança do trânsito é comum entre União, Estados, Municípios e Distrito 
Federal.
Está(ão) correta(s) APENAS a(s) afirmativa(s)
a) III. 
b) II.
c) I e III. 
d) I e II.
e) I.
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Gabarito: C.
Item I – CERTO. A competência para legislar sobre trânsito e 
transporte é privativa da União, conforme o art. 22, XI.
Item II – ERRADO. Conforme explicação do Item I. Os Estados só 
poderiam legislar sobre questões específicas em caso de edição de lei 
complementar autorizativa.
Item III – CERTO. Conforme o art. 23, XII, “estabelecer e implantar 
política de educação para a segurança do trânsito” é competência 
comum da União, Estados, DF e Municípios.
38. (CESGRANRIO – 2008 - INEA/RJ – Advogado) Nos termos da Constituição 
Federal vigente, compete privativamente à União legislar sobre:
a) desapropriação, nacionalidade e registros públicos.
b) desapropriação, telecomunicações e juntas comerciais.
c) seguridade social, registros públicos e conservação da natureza.
d) serviço postal, nacionalidade e responsabilidade por dano ao meio 
ambiente.
e) normas gerais de licitação para a administração pública, proteção ao 
patrimônio histórico e custas dos serviços forenses.
Gabarito: A.
Item A – CERTO. Todas as matérias do item se encontram no art. 22, 
que traz as competências (legislativas) privativas da União.
Item B – ERRADO. “Juntas comerciais” faz parte do rol de 
competências concorrentes

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