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1. Explique o envelhecimento intrínseco e extrínseco. Envelhecimento intrínseco ou cronológico: envelhecimento natural do organismo. Por mais cuidado que exista, como não fumar, não se expor a metais pesados, utilizar sempre protetor solar haverá um envelhecimento cronológico pelo desgaste natural das nossas células. Principais alterações da pele: enrugada, porém rugas mais superficiais (mais linhas de expressão do que sulcos profundos na pele); mais esbranquiçada do que amarelada; menos risco de apresentar lesões pré-cancerígenas; desidratada, seca, fina. Principais alterações histológicas: atrofia da matriz extracelular, redução do conteúdo de elastina, desintegração das fibras elásticas, redução de fibroblastos e da sua síntese de fibras. Envelhecimento extrínseco ou fotoenvelhecimento: processo de envelhecimento relacionado com hábitos e fatores externos como radiação solar, poluição, fumo, álcool e sedentarismo. Principais alterações da pele: amarelada, com pigmentação irregular, enrugada, sulcos profundos, propensa às lesões pré-cancerígenas. Elastose solar é a marca principal do envelhecimento extrínseco. Principais alterações histológicas: achatamento da junção dermoepidérmica (papilas dérmicas), diminuição da quantidade de melanócitos, alterando a quantidade de melanina e consequentemente da pigmentação da pele. Vale ressaltar que os queratinócitos envelhecidos, por sua vez, tornam-se resistentes à apoptose, ficando susceptíveis às mutações no DNA, processo implicado na carcinogênese. 2. O que são radicais livres e o que provoca o aumento dos mesmos? Moléculas produzidas naturalmente pelo organismo durante processos como respiração e produção de energia. São moléculas instáveis pelo fato dos seus átomos possuírem número ímpar de elétrons na última camada. Para atingir a estabilidade essas moléculas reagem com outras para “roubar” um elétron. Quando a molécula “atacada” perde seu elétron, ela se torna um radical livre, iniciando uma reação em cadeia podendo danificar células sadias do nosso corpo inclusive o DNA. Quando produzidos naturalmente ao longo da vida são, em sua grande maioria, neutralizados por enzimas protetoras. Porém, existem fontes externas a que nos expomos no dia a dia que podem contribuir para a formação em excesso dos radicais livres, promovendo danos irreparáveis. Fontes externas: poluição ambiental, raio X e radiação UV, cigarro, álcool, substâncias com aditivos químicos, conservantes, hormônios presentes em alimentos e bebidas, estresse, consumo de gordura saturada, consumo de gordura anima. Danos causados: câncer, diabetes, doenças cardiovasculares, desordens neurológicas (Mal de Parkinson e de Alzheimer, artrite, envelhecimento precoce. Alguns AO são produzidos pelo nosso próprio corpo e outros (vitamina C, E, betacaroteno, minerais - Z, Cu, Se, Mn) ingeridos. 3. Qual a ligação entre RL e exercícios físicos? Exercício físico em excesso aumenta a carga de RL no nosso organismo ocasionando um stress oxidativo (atletas que treinam em excesso tendem a ter pele do rosto, por exemplo, mais enrugada pois os RL oxidam as fibras que promovem a estrutura do tecido cutâneo). No entanto, a prática da atividade física regular e moderada é apresentada como uma estratégia para reduzir a produção de RL. A prática de atividade física moderada contribui para o organismo aumentar a circulação sanguínea que transportará os agentes antioxidantes e removerá os RL. Uma pessoa sedentária não tem este estímulo de levar AO e retirar RL. 4. O que é stress oxidativo e como controlá-lo? Reação orgânica que ocorre quando o sistema antioxidante do nosso organismo não é capaz de neutralizar a ação dos RL, ou por déficit de AO ou por excesso de RL. Desequilíbrio entre a ação dos RL e a capacidade de defesa antioxidante do organismo é denominado stress oxidativo. Controle: alimentação rica em verduras, legumes e frutas (ou seja, com caráter antioxidante), prática de atividade física regular e moderada, evitar cigarro e ingestão de bebidas alcóolicas etc. 5. Fale resumidamente sobre os fatores responsáveis pelo envelhecimento cutâneo. FATOR GENÉTICO – o envelhecimento da pele está programado geneticamente. Não necessariamente da mesma forma e no mesmo momento para todos, mas o aparecimento de rugas, cabelos brancos e outros “inconvenientes” da idade estão inscritos no nosso código genético. FUMO – a nicotina promove a diminuição da oxigenação cutânea. Sem a nutrição necessária e com excesso de RL, o tecido envelhece, apresenta coloração amarelada, os fibroblastos não produzirão mais as fibras necessárias para manter a estrutura da pele. AGRESSÕES DO MEIO AMBIENTE – frio, vento, poluição alteram as características da pele. Exemplo: pessoas que moram no Nordeste, onde a com umidade relativa do ar é extremamente baixa, a pele apresenta-se ressecada. Com umidade relativa do ar alta a perda de água para o meio ambiente é menor e a pele apresenta-se mais hidratada. FATORES NUTRICIONAIS – carência de vitaminas, oligoelementos podem intervir assim como o excesso de alimentos como refrigerantes, frituras. FATORES MECÂNICOS – tração repetitiva dos músculos da pele (principalmente do rosto) aprofunda as rugas. FATOR HORMONAL – carência de estrógeno na mulher acentua o envelhecimento da pele na menopausa. RADIAÇÃO SOLAR – maior responsável pelo envelhecimento cutâneo. As regiões do corpo mais expostas (rosto, dorso mãos, colo, nuca) são as mais atingidas pelo envelhecimento actínico (ou solar). 6. Explique a subdivisão dos raios ultravioletas. UVC (100 a 280nm) - os mais perigosos, mas não atingem a superfície terrestre (são detidos pela camada de ozônio). UVB (280 a 320nm) - maior parte é absorvida pela camada de ozônio, logo atingem a atmosfera terrestre em pouca quantidade. Estimulam a produção de melanina causando vermelhidão, queimaduras superficiais e causa lesões precursoras do câncer. UVA (320 a 380nm) - sua maior parte atinge a superfície terrestre. Penetram na derme e epiderme, reduzem a produção de colágeno e elastina ocasionando rugas, envelhecimento extrínseco, ELASTOSE SOLAR. Predispõe a pele ao surgimento de câncer. Os R-UVA possuem maior comprimento de onda, logo maior penetração no tecido, porém o os R-UVB são dotados de maior energia por este motivo causam vermelhidão, ardência. Penetram menos mas causam danos maiores à curto prazo do que os R-UVA. 7. Explique os fatores que modificam a qualidade e a intensidade da radiação solar. ESTAÇÕES: inverno menos radiação solar (afélio), verão mais radiação solar (periélio). LATITUDE: quanto maior a latitude, menor a incidência de radiação solar (menor temperatura, ex. Pólo Norte e Sul latitude de 90o). Quanto menor a latitude, maior a incidência de radiação solar e consequentemente mais radiação UV (ex. Linha do Equador latitude = 0o). COMPRIMENTO DE ONDA MAIOR COMPRIMENTO DE ONDA MENOR ALTURA DO SOL (OU HORA DO DIA): no verão, ao meio-dia, a quantidade de R-UVB recebida é máxima já que os raios têm um trajeto reduzido para atingir o solo. Ao contrário, antes de 11h e após 14h, o sol emite raios oblíquos e somente de 30 a 50% da energia solar que chega até a superfície. Intensidade do UVA é praticamente constante durante o dia todo. Já a intensidade do UVB varia durante o dia, é forte entre 10 e 16h, quando a temperatura é mais elevada. ALTITUDE: quanto mais alta uma localidade, menos densa é a atmosfera e, portanto, menos R-UV é espalhada e absorvida. Logo, maior é a quantidade que incide na superfície. (4% acada 300m). SOLO: a natureza do solo interfere na reflexão dos raios solares. Em solo de vegetação abundante, 90% da radiação é absorvida. Em solo limpo, a reflexão é enorme. Um solo com neve reflete em torno de 80% dos raios solares. A água 5%, a areia 20% (por este motivo não estamos 100% protegidos dos raios solares sob o guarda-sol). CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS LOCAIS: poeira e poluição podem dificultar tanto a entrada dos raios UV como também sua saída. 8. Explique o que é bronzeamento. Mecanismo de autodefesa contra a agressão solar, ou seja, as radiações estimulam nosso organismo a produzir mais melanina para proteger nossa pele (principalmente DNA celular) contra os efeitos nocivos do sol. Se a radiação penetrar e atingir gravemente os melanócitos poderá ocasionar um melanoma. 9. Faça um resumo sobre câncer. As manifestações do envelhecimento actínico são diferentes daquelas ligadas à idade. Observamos, em geral, alterações específicas em regiões cronicamente expostas ao sol. O câncer de pele representa 60% entre os demais tipos de câncer. Mas apenas 3% das mortes. O melanoma represente 75% das mortes por câncer de pele. O câncer ocorre devido ao crescimento desordenado de células anormais. TIPOS: CARCINOMA BASOCELULAR – o mais comum e menos agressivo. Quase sempre aparece em regiões com alta exposição ao sol (rosto, pescoço e braços). Apresenta-se com minúsculos vasos sanguíneos na superfície (podem sangrar) e pode aumentar com algum trauma. São originários da epiderme. Crescimento lento. Possui alto índice de cura. CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS OU ESPINOCELULAR – apresenta-se como uma área vermelha, com crosta e escamação. Crescimento rápido podendo ser doloroso. Assim como o basocelular geralmente não se espalha para outras áreas do corpo. É de fácil diagnóstico e por isso apresenta altos índices de cura. MELANOMA: (Assimetria, Bordas, Cor, Diâmetro) área assimétrica, bordas irregulares, variação de cor e frequentemente maior que 6mm de diâmetro. Origina-se a partir dos melanócitos que se encontram na camada basal que está próxima da corrente sanguínea. O basocelular e espinocelular não são tão perigosos pois encontram-se nas camadas mais superficiais da pele. Prevenção: evitar exposição ao sol entre 10h e 12h; não se expor ao sol sem proteção (FPS contra UVA e UVB, óculos escuro, chapéu); evitar cigarro e tudo que possa aumentar a produção de RL; procurar alimentação adequada e atividade física moderada e regular (tudo o que possa aumentar os agentes antioxidantes no nosso organismo). 10. Fale sobre os efeitos acidentais que o sol causa na pele. MELASMA: mancha que aparece em geral na região zigomática, frontal e lábio superior e que pode acentuar ou se revelar com a exposição solar. LENTIGOS (senil pois aparece com a idade): pinta café com leite arredondada que aparece em regiões de maior exposição ao sol. Aumenta em número e sua cor escurece com as radiações UV. ACNE: “melhoram” em um primeiro momento pois os raios UVB espessam a camada córnea criando “rolhas” nos orifícios pilossebáceos que impedem o escoamento do sebo. Num segundo momento (30, 60 dias após), ocorre uma explosão de espinhas (ou ceratose pilar ou pilosa). ROSÁCEA: é uma inflamação dos vasos sanguíneos da face e é agravada pelo sol (fator vasodilatador). É um problema autoimune HERPES: causada por vírus. A exposição à radiação solar aumenta a concentração de RL no nosso organismo e uma diminuição do nosso sistema imunológico, logo o vírus acaba se manifestando. FOTOSSENSIBILIZAÇÃO: sol pode desencadear reações cutâneas quando em contato com substâncias fotossensíveis como medicamentos, plantas, frutas (limão), cosméticos. Queimaduras de fotossensibilização podem gerar acromia, hipocromia e até mesmo hipercromia. 11. Explique as características e as modificações na estrutura da pele senescente. CARACTERÍSTICAS RUGAS: rugas e linhas de expressão pela ação repetida dos músculos rosto (pele idosa perde elasticidade). AFINAMENTO DA PELE: pele se torna fina devido a diminuição da produção de queratina. Nos indivíduos expostos ao sol durante toda sua vida a pele é espessa e amarelada. FLACIDEZ E PTOSE: a perda da elasticidade da derme combinada com os efeitos do peso é responsável pela flacidez do corpo. RESSECAMENTO DA PELE: pele pobre em água (alteração das glândulas sudoríparas écrinas) e pobre em sebo (diminuição da secreção das glândulas sebáceas). MODIFICAÇÕES EPIDERME: renovação dos queratinócitos é mais lenta ocasionado uma diminuição da espessura da epiderme e da coesão das células córneas superficiais; diminuição do número de melanócitos (10% a cada 10 anos) e consequente redução da proteção natural contra os R-UV (diminui também sistema imunitário); redução do controle imunitário da pele devido a diminuição das células de Langerhans. DERME: *diminuição dos fibroblastos e da sua capacidade de síntese (menos colágeno e elastina); dissociação das fibras de colágenos; diminuição do diâmetro e fragmentação das fibras de elastina => flacidez, ptose, rugas e linhas de expressão. *vasos sanguíneos rarefeitos e circulação lenta => nutrição da pele comprometida, aspecto pálido e processo de queratinização lento. *junção dermoepidérmica (ou papilas dérmicas) tornam-se mais achatadas => redução da nutrição entre derme x epiderme e diminuição do metabolismo das células epidérmica. *células de Merkel não sofrem alteração. HIPORDERME: atrofia do tecido conjuntivo (conjunto de feixes que envolvem os adipócitos); diminui tornando-se mais fina e vulnerável.
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