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Usinagem - UNESP / Campus de Guaratinguetá Marcelo dos Santos PereiraMarcelo dos Santos Pereira DepartamentoDepartamento de de Materiais Materiais e e Tecnologia Tecnologia FaculdadeFaculdade de de EngenhariaEngenharia -- Campus de GuaratinguetCampus de Guaratinguetáá -- UNESPUNESP USINAGEMUSINAGEM AulaAula 12 12 Mecanismo Mecanismo de de FormaFormaçção ão do do CavacoCavaco - 2 - MotivaMotivaççãoão e e ConceitosConceitos BBáásicossicos Uma operação de corte de metal é baseado no processo fundamental, no qual uma ferramenta com o formato de uma cunha com aresta cortante, quando recalcada contra o material de trabalho, retira material na forma de cavaco. A formação do cavaco influencia diversos fatores ligados à usinagem, tais como o desgaste da ferramenta, os esforços de corte, o calor gerado na usinagem, a penetração do fluido de corte, etc. Assim estão envolvidos com o processo de formação do cavaco aspectos econômicos e de qualidade da peça, a segurança do operador, a utilização adequada da máquina-ferramenta, etc. - 3 - MotivaMotivaççãoão e e ConceitosConceitos BBáásicossicos O corte dos metais envolve o cisalhamento concentrado ao longo de um plano chamado plano de cisalhamento (zona primária de cisalhamento). O ângulo entre o plano de cisalhamento e a direção de corte é chamado de ângulo de cisalhamento (φ). Quanto maior a deformação do cavaco sendo formado, menor o ângulo de cisalhamento e maiores são os esforços de corte. Esta influência é marcante na usinagem de materiais dúcteis, muito susceptíveis á deformação. - 4 - MotivaMotivaççãoão e e ConceitosConceitos BBáásicossicos Figura 1. Esquema da Formação do Cavaco mostrando o Plano de Cisalhamento. - 5 - MotivaMotivaççãoão e e ConceitosConceitos BBáásicossicos Em geral a formação do cavaco, nas condições normais de usinagem com ferramentas de metal duro ou de aço rápido, se processa da seguinte forma: 1. Penetração da ferramenta na peça. 2. Recalque (deformações elástica e plástica) de uma pequena porção de material contra a superfície de saída da ferramenta. 3. O material recalcado sofre uma deformação plástica até que se inicie um deslizamento (sem que haja perda de coesão) entre a porção de material recalcada e a peça. - 6 - MotivaMotivaççãoão e e ConceitosConceitos BBáásicossicos 4. Haverá uma ruptura parcial (cavaco contínuo) ou completa (cavaco de cisalhamento ou de ruptura) na região de cisalhamento, dependendo da ductilidade do material e das condições de usinagem. 5. Prosseguindo, devido ao movimento relativo entre a ferramenta e a peça, inicia-se um escorregamento de uma nova porção de material deformada e cisalhada (cavaco) sobre a superfície de saída da ferramenta. “Formação do cavaco é um fenômeno periódico”. - 7 - MovimentosMovimentos nana UsinagemUsinagem Figura 2. Seqüência Típica de Formação do Cavaco. - 8 - ControleControle dada Forma do Forma do CavacoCavaco a) Segurança do operador. b) Possível dano à ferramenta e a peça. c) Manuseio e armazenagem do cavaco. d) Forças de corte, temperatura e vida da ferramenta. - 9 - ClassificaClassificaççãoão dos dos CavacosCavacos Os cavacos são classificados de diversas maneiras. Uma das mais didáticas é aquela que classifica o cavaco em tipos e formas. • Os tipos de cavacos são: a) cavaco contínuo - apresenta-se constituído de lamelas justapostas numa disposição contínua. A disposição das lamelas não é nítida. Forma-se na usinagem de materiais dúcteis (o aço, por exemplo) e homôgeneos, onde o ângulo de saída deve assumir valores elevados. - 10 - ClassificaClassificaççãoão dos dos CavacosCavacos b) cavaco de cisalhamento - apresenta-se constituído de lamelas justapostas bem distintas. Obtidos com velocidades de corte inferiores a 100m/min e ângulo de saída pequeno. c) cavaco de ruptura - apresenta-se constituído de fragmentos arrancados da peça usinada. A superfície de contato entre cavaco e superfície de saída da ferramenta é reduzida, assim como a ação do atrito. Obtidos na usinagem de materiais frágeis (FoFo e latão, por exemplo). - 11 - ClassificaClassificaççãoão dos dos CavacosCavacos Em geral, materiais dúcteis (aço e alumínio) formam cavacos contínuos ou de cisalhamento e materiais frágeis (ferro fundido e latões) formam cavacos de ruptura. • As formas de cavacos são: a) cavaco em fita (contínuo). - 12 - ClassificaClassificaççãoão dos dos CavacosCavacos b) cavaco helicoidal (cisalhamento). c) cavaco espiral (cisalhamento). d) cavaco em lascas ou pedaços (ruptura). - 13 - ClassificaClassificaççãoão dos dos CavacosCavacos A formação do cavaco contínuo é favorecida quando temos: a) Material dúctil. b) Avanço pequeno. c) Alta velocidade de corte. d) Ângulo de saída grande. e) Impedimento mínimo ao fluxo contínuo de cavaco. - Superfície de saída polida. - Lubrificante que possa impedir a adesão de fragmentos. - Material da ferramenta com baixo coeficiente de atrito. - 14 - ClassificaClassificaççãoão dos dos CavacosCavacos A formação do cavaco de ruptura ou cisalhamento é favorecida quando temos: a) Material frágil. b) Avanço grande. c) Baixa velocidade de corte. d) Ângulo de saída pequeno. - 15 - ClassificaClassificaççãoão dos dos CavacosCavacos Mudança da forma do cavaco. Pode-se provocar a mudança e forma do cavaco sob diferentes maneiras: a) alterando-se as condições de usinagem (profundidade de corte, avanço e velocidade de corte). b) dando-se uma forma especial a superfície de saída da ferramenta. c) colocando-se elementos adicionais na superfície de saída da ferramenta. - 16 - ClassificaClassificaççãoão dos dos CavacosCavacos Figura 3. Representação da Forma do Cavaco em Função da Profundidade de Corte e do Avanço. - 17 - TemperaturaTemperatura de Cortede Corte Praticamente toda a energia mecânica associada a formação do cavaco se transforma em energia térmica (calor). As fontes geradoras de calor são: a) a deformação e o cisalhamento do cavaco. b) o atrito do cavaco com a ferramenta. c) o atrito da ferramenta com a peça. - 18 - ClassificaClassificaççãoão dos dos CavacosCavacos Figura 4. Variação da Distribuição de Energia de Corte com a Velocidade de Corte. - 19 - ClassificaClassificaççãoão dos dos CavacosCavacos Figura 5. Distribuição Típica de Temperatura na Ponta de uma Ferramenta de Metal Duro.
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