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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/268401946 CÁLCULO DAS FORÇAS INTERNAS NA COLUNA LOMBAR EM QUATRO DIFERENTES TÉCNICAS DE LEVANTAMENTO Article CITATIONS 0 READS 20 7 authors, including: Some of the authors of this publication are also working on these related projects: Shoulder biomechanics View project PROPOSITION OF NORMATIVE VALUES OF THE STATIC BODY POSTURE IN THE SAGITTAL PLANE OF SCHOOLCHILDREN USING PHOTOGRAMMETRY View project Marcelo La Torre Universidade do Vale do Rio dos Sinos 43 PUBLICATIONS 137 CITATIONS SEE PROFILE Mônica Melo Universidade de Caxias do Sul (UCS) 58 PUBLICATIONS 176 CITATIONS SEE PROFILE Jefferson Fagundes Loss Universidade Federal do Rio Grande do Sul 187 PUBLICATIONS 556 CITATIONS SEE PROFILE Cláudia Tarragô Candotti Universidade Federal do Rio Grande do Sul 142 PUBLICATIONS 573 CITATIONS SEE PROFILE All content following this page was uploaded by Jefferson Fagundes Loss on 20 August 2015. The user has requested enhancement of the downloaded file. 548 CÁLCULO DAS FORÇAS INTERNAS NA COLUNA LOMBAR EM QUATRO DIFERENTES TÉCNICAS DE LEVANTAMENTO Marcelo La Torre1, Mônica de Oliveira Melo1,2, Lucas Dutra Araujo1, Maicon Pasini1, Jefferson Fagundes Loss2, Cláudia Tarragô Candotti1. 1Laboratorio de Biomecânica – Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS – São Leopoldo. 2Laboratório de Pesquisa do Exercício – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS – Porto Alegre – RS. Resumo: Com o objetivo de estimar as forças internas que atuam sobre a coluna lombar durante a atividade de levantar objetos, dez indivíduos executaram quatro técnicas de levantamento (TL), com velocidade controlada, sendo registrados, simultaneamente, dados de dinamometria e cinemetria 2D. Utilizando a dinâmica inversa, foram calculadas as forças articular resultante (FAR) entre L5/S1 e muscular resultante (FMR) dos eretores da coluna vertebral. As magnitudes dos picos da FAR e FMR foram comparadas através de ANOVA para medidas repetidas. Os resultados obtidos com a técnica da dinâmica inversa foram compatíveis com aqueles encontrados na literatura, e FAR e FMR não diferiram significativamente (p>0,05) entre as quatro TL. Palavras Chave: Levantamento, Dinâmica inversa, Modelo Biomecânico. Abstract:With the purpose of estimating the internal forces that act on the spine lumbar during lifting, ten subjects performed four lifting techniques (LT), at a controlled rate, while kinetic and kinematic (2D) variables were measured simultaneously. Resultants Joint forces (JF) between L5/S1 and muscle forces (MF) of the erector spinae were calculated using the inverse dynamic technique (ID). Repeated measures ANOVA was used to compare the maximum JF and MF values. The findings obtained with ID were compatible with those reported in the literature and no significant difference (p>0.05) was found in JF and MF between the four LTs. Key words: Lifting, Inverse Dynamic Technique, Biomechanic Model INTRODUÇÃO O cálculo das forças e momentos internos gerados no corpo humano durante a tarefa de levantar objetos do solo tem sido um dos grandes desafios da biomecânica [1]. Durante o levantamento tem sido documentado que ocorre uma sobrecarga na articulação intervertebral L5/S1 e que a técnica de levantamento utilizada afeta tanto a cinemática, quanto à cinética da coluna vertebral [2], bem como que lesões na coluna vertebral podem ocorrer quando forças dentro de parâmetros normais, são aplicadas em tecidos anormalmente fracos, ou quando forças elevadas fora dos parâmetros de normalidade são aplicadas em tecidos normais [3]. Nesse sentido, a necessidade de compreender os diferentes tipos de forças internas, sejam elas musculares (FMR) ou articulares (FAR) resultantes, que atuam em sentidos e direções variadas, com diversas magnitudes e freqüências no sistema músculo esquelético durante a tarefa de levantamento, passa a ser preponderante, uma vez que estas forças podem gerar disfunções músculo-esqueléticas. Considerando que a mensuração direta das repostas mecânicas sobre a coluna vertebral depende de recursos tecnológicos avançados, muitas vezes impróprios para avaliação de situações do cotidiano fora do ambiente dos laboratórios de pesquisas [4], o desenvolvimento de estudos que utilizem técnicas de mensuração indiretas parece ser uma alternativa interessante. Um método de mensuração indireta tradicionalmente utilizado para quantificar as forças e momentos internos geradores dos movimentos e a técnica da dinâmica inversa [2, 5]. Desse modo, o objetivo deste estudo foi estimar as 549 FAR e FMR, obtidos pela técnica da dinâmica inversa em quatro diferentes técnicas de levantamento (TL). MATERIAIS E MÉTODOS A amostra foi selecionada intencionalmente, sendo constituída por dez indivíduos adultos voluntários, sem histórico de patologias na coluna vertebral, com idade média de (24,8 ± 3,3) anos, massa corporal de (68,0 ± 15,9) kg e estatura de (1,69 ± 0,10) m. O protocolo de avaliação consistiu do levantamento de um objeto do solo com massa equivalente a 25% da massa corporal do indivíduo em quatro diferentes TL, com dois minutos de intervalo entre cada execução. A tarefa de levantamento teve seu início e término na postura ereta, com base de sustentação constante. O movimento completo foi composto de quatro fases: (1) descida sem o objeto; (2) subida com o objeto; (3) descida com o objeto e (4) subida sem o objeto. A velocidade de execução da tarefa de levantamento foi ritmada por um sinal sonoro, sendo que cada fase do levantamento teve duração de oito segundos. O feedback sonoro foi fornecido aos indivíduos através de um gravador portátil. A Figura 1 apresenta as quatro TL: (TL 1) com as articulações dos joelhos e cotovelos estendidos, (TL 2) com as articulações dos joelhos estendidas e cotovelos flexionados, (TL 3) com as articulações do quadril e joelhos flexionadas e cotovelos estendidos, (TL 4) com as articulações do quadril, joelhos e cotovelos flexionados. Durante a realização das TL foram coletados simultaneamente dados de dinamometria e cinemetria. Os dados de força externa foram adquiridos com uma célula de carga de 500N, instrumentada com strain-gauges (EMG System do Brasil Ltda. São José dos Campos), adaptada ao objeto a ser levantado. (A) (B) (C) (D) Figura 1 – Técnicas de levantamento: (A) TL 1; (B) TL 2; (C) TL 3; (D) TL 4. A recolha dos sinais de dinamometria foi realizada com um conversor A/D de 12 bits (EMG System do Brasil Ltda, São José dos Campos) conectado a um computador Pentium 200 MHz com 128 Mb RAM, com uma taxa de amostragem de 50 Hz. O software AqDados 7.0 (Lynx Tecnologia Eletrônica Ltda, São Paulo) foi utilizado para a aquisição dos dados de dinamometria durante o levantamento. A massa de cada um dos segmentos corporais envolvidos e momento de inércia foram estimados a partir das tabelas antropométricas [6, 7] e das características antropométricas de cada indivíduo. Os dados cinemáticos foram coletados com um procedimento de análise cinemática bidimensional. O sistema de vídeo foi composto por uma câmera de vídeo digital JVC 9500 (PAL) e por um equipamento refletor para proporcionar iluminação direcionada sobre os marcadores reflexivos colocados no individuo, com uma freqüência de amostragem 50Hz. Marcadores reflexivos foram colocados nos pontos anatômicos de interesse (Figura1) e no objeto a ser levantado, 550 com a intenção de utilizá-lo como calibrador para posterior cálculo dos dados cinemáticos. Para garantir a sincronização dos sistemas de medição independentes, que operavam concomitantemente, mas que funcionam em bases de tempo independentes foi desenvolvido um equipamento eletrônico que enviava simultaneamente uma informação visual para a câmera de vídeo, através de um diodo luminoso (LED), colocado a frente da câmera e uma informação elétrica para um dos canais do Eletromiógrafo. O processamento do sinal dinamométrico foi realizado utilizando o sistema de aquisição de dados SAD [(versão 2,61.07mp, 2002) (www.ufgrs.br/lmm). As imagens obtidas pela cinemetria foram capturadas (software Adobe® Premiere® Pro 2.0) e digitalizadas utilizando o sistema DIGITAL VIDEO FOR BIOMECHANICS – WINDOWS 32 bits (DVIDEOW) [8]. O filtro utilizado nos sinais dinamométrico e de cinemetria foi do tipo passa- baixa, de ordem 3, com freqüência de corte 5 Hz, determinada pela técnica de análise de resíduos [9] e calculada em uma rotina desenvolvida em ambiente MATLAB® [(versão 5.3) (MatchWorks Inc, Massachussetts-EUA)]. Para o cálculo das forças internas e momentos resultantes, através da técnica da dinâmica inversa, foram utilizados os dados cinéticos, cinemáticos, antropométricos e um Modelo Biomecânico da Coluna Adaptado (MBCA) [10], o qual é bidimensional e possui apenas um segmento rígido. A Figura 2 apresenta o diagrama de corpo livre (DCL) do MBCA. onde: yx , superíndices que indicam a direção no sistema de referencia global BF força peso do braço CF força peso da cabeça MF força muscular PF força peso do tronco AF força articular DM momento distal PM momento proximal CM centro de massa α ângulo do tronco com a horizontal Figura 2 – Diagrama de corpo livre do segmento tronco do MBCA Assim, de posse do MBCA e utilizando a técnica da dinâmica inversa, os segmentos tronco, cabeça, braço, antebraço e mão, bem como o objeto, foram idealizados como segmentos rígidos (Si). A importância de idealizar os segmentos como corpos rígidos, reside no fato que corpos rígidos movem-se de acordo com os princípios da mecânica Newtoniana, ou seja, o movimento de um corpo rígido qualquer (segmentos corporais e objeto) em um sistema referencial inercial (R), é regido pelas equações de movimento: (a) de translação do centro de massa, através da 2ª Lei de Newton (equação 1) e (b) de rotação, em relação ao princípio de Euler (equação 2). ii f if amF =∑ (1) 551 ii f if IM α=∑ (2) onde: ifF Forças atuantes no segmento Si im Massa do segmento Si ia Aceleração do centro de massa do segmento Si no referencial R ifM Momento de força em torno do eixo de rotação do segmento Si iI O momento de inércia, em relação ao eixo de rotação, do segmento Si iα Aceleração angular do segmento Si Portanto, a solução inversa do problema teve seu início no segmento mão, único segmento corporal sobre o qual atuam as forças de contato externas ao corpo e que não possui outro segmento interligado à sua extremidade distal, possibilitando assim, o cálculo dos valores de forças e momentos proximais deste segmento, os quais de acordo com a 3ª Lei de Newton (principio da ação e reação), são iguais em módulo e com sentido contrário ao das forças distais do segmento adjacente. Deste modo, os valores de força e momento proximais do segmento mão obtidos pela resolução das equações de movimento correspondem às forças e momentos distais do segmento antebraço e, assim, sucessivamente até a articulação L5/S1. Como o movimento de levantamento foi realizado em baixa velocidade, estes momentos intersegmentares, calculados em relação aos respectivos centros articulares, foram considerados como sendo o momento líquido resultante em cada articulação, não levando em conta a viscosidade articular [4]. Também cabe ressaltar que a segmentação do membro superior foi realizada somente para o lado direito do corpo, assumindo uma simetria dos resultados para do lado esquerdo. Foram desenvolvidas rotinas de programação, em ambiente MATLAB®, para cálculo do módulo das forças e momentos resultantes na articulação L5/S1 durante a realização das quatro TL. Para a análise estatística foi utilizado o software SPSS 10.0. Inicialmente foi verificada e confirmada a equivalência das variâncias (Teste de Levene) e normalidade dos dados (Shapiro-Wilk). Tanto os módulos da FAR e FMR, quanto os valores do ângulo da FAR e ângulo da FMR foram submetidos a uma Análise de Variança para medidas repetidas em um modelo misto 4x4 (4 técnicas x 4 fases) e um teste post hoc de Bonferroni. O nível de significância adotado foi 0,05. RESULTADOS Este estudo foi conduzido com o propósito de comparar a FAR e FMR em quatro diferentes TL, utilizando a técnica da dinâmica inversa. As Figuras 3 e 4 apresentam os resultados de FAR e FMR respectivamente, nas quatro TL, demonstrado que não ocorreram diferenças significativas (p>0,05) na magnitude dos valores de pico das FAR e FMR durante o levantamento para as quatro TL utilizadas. Entretanto, pode-se observar que existe uma tendência de maiores magnitudes das forças internas nas TL 3 e TL 4, nas quais os joelhos são flexionados, quando comparadas com as TL 1 e TL 2, nas quais os joelhos são estendidos. 1000 2000 3000 4000 TL1 TL2 TL3 TL4 Fo rç a (N ) fase 1 fase 2 faser 3 fase 4 Figura 3 – Média do valor de pico da FA em cada fase nas quatro TL. 552 1000 2000 3000 4000 TL1 TL2 TL3 TL4 Fo rç a (N ) fase 1 fase 2 fase 3 fase 4 Figura 4 – Média do valor de pico da FM em cada fase nas quatro TL. DISCUSSÃO Os resultados deste estudo, referentes à magnitude das forças internas, em primeira instância, são conflitantes com os achados de estudos de mensuração direta [11, 12], os quais, utilizando técnicas invasivas, encontraram menores valores de força compressiva na coluna lombar para a TL com os joelhos fletidos, onde o objeto estava posicionado entre os pés, em comparação a técnica com joelhos estendidos, onde o objeto estava à frente dos pés. Tem sido referido que a menor força compressiva nas técnicas com os joelhos fletidos é decorrente de uma distância perpendicular menor do objeto a ser levantado em relação à coluna vertebral, uma vez que nesta técnica existe a possibilidade do centro de massa do objeto levantado estar mais próximo do eixo articular do movimento, causando assim um menor momento da força peso do objeto [13]. Deste modo, esta menor força compressiva durante o levantamento com joelhos flexionados somente ocorre quando o objeto pode ser levantado de uma posição entre os pés, o que não ocorre normalmente em situações do cotidiano [13, 14]. Sendo assim, quando o levantamento ocorre com flexão da articulação dos joelhos e a carga não pode ser colocada entre os pés (no presente estudo, esta situação corresponde as TL 3 e TL 4), podem ocorrer magnitudes de forças internas iguais ou maiores que no levantamento com joelhos estendidos (TL 1 e TL 2). Em levantamentos com joelhos flexionados e sem a carga posicionada entre os pés, ocorre uma redução do momento gerado pela força peso do tronco, com um aumento em paralelo do momento gerado pela carga externa a ser levantada em relação a levantamentos onde a carga pode ser posicionada entre os pés[2]. Este aumento do momento gerado pela carga é conseqüência do deslocamento posterior da articulação L5/S1, decorrente da flexão da articulação dos joelhos, o qual afasta o eixo de rotação (L5/S1) do centro de massa do objeto a ser levantado, caso o mesmo não esteja posicionado entre os pés. Neste entendimento, estudos precedentes também encontraram resultados semelhantes ao presente estudo, contrariando o senso comum de que somente com joelhos fletidos ocorre redução de cargas na coluna vertebral [15, 16]. Nas técnicas de levantamento avaliadas no presente estudo, o objeto não estava posicionado entre os pés dos indivíduos e sim, na frente dos mesmos, por esta ser uma situação que ocorre com maior freqüência durante situações do cotidiano, como demonstrado em estudos que identificam a técnica de levantamento adotada [14]. Um segundo fator que motivou a opção metodológica de manter o objeto na frente do individuo está relacionado com a prática de alguns exercícios de musculação, realizados comumente nas academias. Cabe ressaltar que os resultados obtidos pela técnica da dinâmica inversa, mesmo com todas as considerações necessárias a aplicação da técnica [9], no que diz respeito às magnitudes das forças internas nas quatro TL não foram distantes daqueles referenciados na literatura em estudos que 553 utilizaram abordagens indiretas de mensuração das cargas na coluna [2, 16]. A não concordância dos resultados deste estudo com aqueles obtidos por abordagens diretas [11, 12] reside no fato de que nestes últimos os objetos a serem levantados eram posicionados entre os pés e não a sua frente, como no presente estudo. Em suma, os resultados demonstram que não ocorreram diferenças significativas na magnitude dos valores máximos da FMR e FAR nas quatro TL empregadas. A técnica da dinâmica inversa mostrou-se uma opção metodologia adequada para fornecer parâmetros da sobrecarga mecânica na coluna lombar durante o ato de levantar objetos do solo. REFERÊNCIAS [1] Granata KP, Marras WS. An EMG-assisted model of trunk loading during free-dynamic lifting. Journal of Biomechanics. 1995; 28(11):1309-1317. [2] Kingma I, Van Diëen JH. Lifting over an obstacle: effects of one-handed lifting and hand support on trunk kinematics and low back loading. J. Biomech. 2004; 37:249-255. [3] Adams MA, Dolan P. Spine biomechanics. Journal of Biomech. 2005; 38(10):1972-1983. 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