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Resumo de Responsabilidade Civil

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Aquele que exerce atividade com a finalidade econômica, visando obter vantagem, no momento em que as pessoas estão sob a autoridade dos danos dos estabelecimentos há a obrigação de vigilância e guarda.
Há a responsabilidade objetiva dos donos dos hotéis, estabelecimentos que albergue por dinheiro no risco-proveito.
- Responsabilidade civil dos que tinham participado gratuitamente do produto do crime:
Não se confunde com a coautoria - art 942, CC - Se a ofensa tiver mais de um autor todos responderão solidariamente pela reparação.
A participação não se refere ao cometimento do fato, mas apenas no resultado.
Ação de regresso
Nos casos de responsabilidade civil indireta, em que a lei imputa a alguém diverso do causador do dano o dever de indenizar, admite-se a ação de regresso contra o agente que tinha causado o dano, salvo se o causador for descendente seu, menor de idade.
Responsabilidade civil pelo fato da coisa
Coisa pode ser um bem móvel ou imóvel ou ainda semovente (animal)
O guardião somente se eximirá se provar quebra do nexo causal em decorrência da culpa exclusiva da vítima ou evento de força maior, não importando a investigação de culpa. (teoria do risco)
O fato da coisa decorre da violação de um dever de guarda da coisa, que se imputa a quem tenha relação de fato e poder sobre ela.
O reconhecimento do dever de guarda é de quem tem a coisa consigo, pode ser o possuidor ou o proprietário.
Guardião é, atualmente, tratar-se de imputar à pessoa qualificada como tal uma esfera de risco pelo qual terão que responder.
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior.
Se o cão ataca pessoa haverá responsabilidade civil, que será elidida se for provada culpa da vítima, força maior ou fato de terceiro (causas de exclusão do nexo causal)
Art. 937. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
Refere-se à ruína de prédio. Haverá responsabilidade objetiva do proprietário. A construtora responderá solidariamente.
Como excludentes da obrigação de indenizar admiti-se, o caso fortuito ou força maior e a culpa exclusiva da vítima. Assim, por exemplo, age com culpa a vítima que transitar por local onde podem cair materiais de construção, onde há avisos e proteções materiais suficientes para dar ciência do perigo a se correr ao passar naquele local.
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
Responsabilidade pela queda de coisas. Se o imóvel for alugado quem responde é o inquilino, já que o referido artigo fala em “quem habitar”. Na ação ajuizada contra o condomínio, não se discute culpa, só depois, os condôminos entre si, discutirão culpa.
As normas de responsabilidade civil pelo fato da coisa apresentam como objetivo principal não apenas a reparação a quem de alguma maneira foi prejudicado, mas também o de reprimir comportamentos que prejudique terceiro
Responsabilidade Civil do Estado
A responsabilidade civil do Estado tem princípios próprios e compatíveis com a sua posição jurídica, por isso é mais extensa que a aplicável às pessoas privadas.
Em regra, aplicamos a teoria do risco administrativo nas relações estatais.
Como fundamento para a responsabilidade objetiva surgiu a teoria do risco administrativo, a qual informa que deve ser atribuída ao Estado a responsabilidade pelo risco criado por sua (é possível que o Estado afaste sua responsabilidade em casos de exclusão do nexo causal) atividade administrativa.
E, se essa atividade é exercida em favor de todos, o ônus deve ser assim suportado.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Deve ser comprovadoo nexo causal entre o dano e a conduta do agente público.
Responsabilidade Civil nas relações de consumo
O CDC só é aplicável nas relações de consumo.
Para caracterizar a relação de consumo é necessário a presença, impreterivelmente:
Do Fornecedor,
Do Consumidor,
Do Produto ou do Serviço.
Consumidor
Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Consumidor é a parte vulnerável da relação de consumo e deve por este motivo ser protegido quando contratar.
Além dessa definição o parágrafo único do art. 2o trata da equiparação para a coletividade de pessoas.
Art 17 do CDC - pessoas são equiparadas ao consumidor no caso de acidente de consumo.
Art 29 do CDC - tutela os direitos das pessoas que por meio de oferta, publicidade, práticas abusivas, cobrança de dívidas, cláusulas abusivas e contrato de adesão sofrerem qualquer tipo de violação ou abuso de direito.
Fornecedor
É toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira bem como os entes despersonalizados que desenvolvem atividades de produção montagem, criação transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Exercem a atividade de forma habitual, visando lucro, com caráter de profissão.
CDC Art. 3º
Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
Produto
É qualquer bem, móvel ou imóvel, de valor econômico que desperte interesse no homem. (amostra grátis é produto!)
CDC Art. 3º (...)
§ 1º Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
Serviço
É qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
Art. 3º (...)
§ 2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
Responsabilidade pelo Fato do Produto
Fato = defeito (quando coloca em risco a saúde e a segurança do consumidor)
O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro e o importador respondem, independentemente de culpa pelos danos causados aos consumidores por defeitos no produto.
O produto é defeituoso quando não oferece segurança que dele se espera (funcionar conforme o esperado), levando-se em conta:
a) sua apresentação;
b) o uso e os riscos que razoavelmente que dele se esperam; (uma faca, por exemplo, é esperado que ela corte)
C) a época em que foi colocado em circulação; (um celular não é defeituoso por não conseguir instalar determinado aplicativo por estar com o sistema ultrapassado, por exemplo)
O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado.
O defeito vai além do produto ou do serviço para atingir o consumidor em seu patrimônio jurídico, seja moral e/ou material. Por isso, somente se fala propriamente em acidente, e, no caso, acidente de consumo, na hipótese de defeito, pois é aí que o consumidor é atingido.
Exclusão de responsabilidade
O fabricante, construtor, produtor ou importador excluem sua responsabilidade se provar:
(inversão do ônus da prova, quem tem que provar é o fabricante, construtor, produtor ou importador que o defeito inexiste. Isso ocorreporque para o legislador, eles têm condições de enfrentar uma demanda, questionando a existência ou não do defeito nos produtos)
A) não colocou o produto no mercado (não cabe ajuizar uma ação contra a Nokia por um problema com um celular da Motorola)
b) o defeito inexiste; (o consumidor usou errado)
c) culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro;
(prazo prescricional de 5 anos para reclamar)
O comerciante só é igualmente responsável, quando:
a) o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados;
b) o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importador;
c) não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
O comerciante poderá entrar com ação de regresso.
Responsabilidade pelo vício do produto
Vicio = inadequação do produto (não funciona conforme esperado)
O vício do produto o torna impróprio ao consumo, produz a desvalia, a diminuição do valor e frustra aexpectativa do consumidor, mas sem coloca-lo em risco.
Os vícios normalmente são os de qualidade ou quantidade que tornam os produtos ou serviços impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, como as indicações constantes do recipiente, da embalagem ou mensagem publicitária.
Também independem de culpa, como na responsabilidade pelo defeito;
qualidade = algum recurso ou característica que não funciona;
quantidade = quando o peso está errado ou veio faltando;
publicidade enganosa = não cumpre o que promete;
publicidade abusiva = discriminatória contra criança e idosos, aproveitando-se da ingenuidade do consumidor;
Os vícios podem ser aparentes ou ocultos.
O prazo para reclamação do vício (decadencial)
GARANTIA LEGAL:
Produtos não duráveis = 30 dias para reclamar
Produtos ou serviços não duráveis são aqueles que se esgotam ao primeiro uso ou em pouco tempo após a aquisição, ou seja, aqueles são naturalmente destruídos na sua utilização.
Produtos duráveis = 90 dias
Os produtos ou serviços duráveis não são necessariamente destruídos pelo consumo. O que pode ocorrer é o desgaste natural com a sua utilização, portanto, caracterizam-se por ter vida útil não passageira.
GARANTIA CONTRATUAL:
O fabricante divulga o prazo garantia maior que a legal. Quando o prazo contratual acabar, então começará a garantia legal;
CDC Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito.
Por exemplo, a Motorola anuncia que seu celular MOTO G3 (bem durável) tem uma garantia de dois anos.
Na realidade, a garantia é de: 2 anos (contratual) + 90 dias (legal)
O prazo para solucionar o vício:
Prazo do fornecedor sanar o vicio é de 30 dias;
Art. 18. (...)
§ 1º Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
Opções do consumidor após o prazo de 30 dias, com o vicio não corrigido:
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; (pegar o dinheiro de volta)
III - o abatimento proporcional do preço. (ficar com o mesmo produto sem concertar com o desconto decorrente do problema)
EXEMPLOS DA DISTINÇÃO ENTRE VÍCIO E DEFEITO:
Ventilador novo que não liga: VÍCIO DE PRODUTO
Ventilador novo que tem a pá solta, atingindo o consumidor: DEFEITO DE PRODUTO
Pedreiro que faz uma calçada ondulada: VÍCIO DE SERVIÇO
Pedreiro que faz uma parede torta, e essa, por este motivo cai: DEFEITO DE SERVIÇO
Nota-se, a disparidade entre a gravidade dos casos!
Responsabilidade Civil dos Profissionais Liberais
O profissional deve atuar com lealdade em relação ao seu cliente, isto implica numa série de deveres, desde a própria execução do contrato até os deveres de informação e aconselhamento.
Responsabilidade Civil do Médico
Em regra, a obrigação médica constitui-se de obrigação de meio, não havendo comprometimento do médico com a obtenção do interesse específico do paciente.
O objetivo da relação obrigacional médico-paciente se caracteriza como uma obrigação de fazer visando à preservação da vida, a cura ou prevenção da doença ou moléstia, assim como a melhora das suas condições pessoais, vinculando-se diretamente à vida e à integridade física ou moral da pessoa.
A obrigação médica gera a responsabilidade civil subjetiva, sendo necessário a demonstração de uma falta do profissional em relação aos deveres decorrentes da obrigação da prestação de serviços médicos.
O fundamento jurídica é o art. 186/CC e o art 927, caput, do CC/2002.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Quando houver relação de consumo, pois existe a remuneração do serviço prestado diretamente ao paciente, qualificando-o como consumidor, a responsabilidade pessoal do médico será apurada mediante a verificação de culpa, com fundamento no Art. 14, § 4 do Código de Defesa do Consumidor - Lei 8078/90
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 4º A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.
Deveres do médico
O profissional está em situação superior ao seu paciente.
Dessa forma, deve ele, médico, informar de forma clara e suficientemente o leigo/consumidor, pessoalmente sobre os riscos típicos e aspectos principais do servico médico naquele caso específico.
O conteúdo do dever de informar do médido deve ser suficiente para o paciente tomar sua decisão de submeter-se ao procedimento, assim como sobre seus riscos e as respectivas consequências do tratamento ou procedimento a ser realizado.
Privilégio terapêutico - previsto no art. 34 do Código de ética médica, que, ao estabelecer a vedação de deixar de informar, estabelece também que a comunicação deve feita ao representante legal, quando possa lhe provocar dano se feita a comunicação direta ao paciente.
Art. 34. Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o prognóstico, os riscos e os objetivos do tratamento, salvo quando a comunicação direta possa lhe provocar dano, devendo, nesse caso, fazer a comunicação a seu representante legal.
Ação Civil Ex Delicto
Possui a finalidade de buscar uma indenização pelo dano sofrido, cuja causa de pedir é o ilícito criminal.
Após o trânsito em julgado da questão penal, com a sentença condenatória, esta faz coisa julgada no direito civil.
Quando for intentada uma ação civil e outra penal simultaneamente, a ação civil poderá ficar suspensa até o resultado da ação penal.
O delito traz uma pretensão de natureza indenizatória, confrome o disposto no art 186 do CC.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta.
a) quando não tiver sido reconhecida a inexistência material do fato
b) quando houver o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação
c) em face de decisão que julgar extinta a punibilidade
d) quando a setença absolutória decidir que o fato imputado não constitui crime
Execução da sentença condenatória penal na esfera cível.
A sentença condenatória transitou em julgado constitui título executivo judicial.
Quando o condenado é absolvido na revisão criminal, ficam prejudicados os efeitos na sentença condenatória, em funçãoda desconstituição do título.

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