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Alimentação no Brasil Profa. Dra. Claudia G. Lima Gastronomia Dize-me o que comes e te direi que és Brillat-Savarin A alimentação revela origens, civilidade, comportamentos, culturas sendo cultura a complexidade de padrões de: comportamento crenças Instituições valores espirituais ou matérias transmitidos coletivamente e característico de uma sociedade A culinária brasileira é produto da tradição cultural, dos valores da população e da localização geográfica As preparações surgiram em função da cultura indígena, africana, dos grupos europeus que colonizavam determinadas regiões, da proximidade com rios ou com o mar Alimentação no Brasil A monocultura adotada pelos portugueses afetou a gastronomia brasileira Padrão alimentar do brasileiro era monótono: Mandioca e derivados Frutas nativas Carne de caças O nordestino foi o povo mais comprometido No início domínio das culturas portuguesa, indígena ou africana variou conforme a região Pernambuco ponto mais próximo à Europa, equilibra- se as três influências Dos portugueses se herdava a língua, os costumes, a gastronomia, o ato de festejar a vida em volta da mesa às vezes antecipado na preparação dos alimentos, a pretexto de reunir a família amigos As tradicionais festas juninas têm os populares Santo Antônio, São João e São Pedro : são festejados com mesas cobertas do arroz doce portugues à pamonha brasileira O peixe base alimentar do litorâneo luso, era (é) fácil em praias a perder de vista Havia dificuldade em transportar alimentos de Portugal para o Brasil. Distancia favorecia a deterioração dos alimentos e morte dos animais Mesmo assim trouxeram: vacas, bois, ovelhas, cabras, porcos, galinhas, patos e gansos Plantaram figo, romã, laranja, lima e limão nos quintais, semearam arroz Horta abóbora, gengibre, mostarda, hortelã, manjericão, cebola, alho, berinjela e cenoura Índios comiam caça e pesca assadas e alimentos crus, frutas nativas, ervas, mas se importavam mais com a mandioca e derivados: pirão, mingau e paçoca Trigo não se desenvolvia Lusos comiam mandioca assada ou cozida e a incorporavam a receitas de bolos, caldos, cozidos da cozinha portuguesa, misturavam mandioca na carne, à carne amassada no pilão, a frutas, vegetais, faziam farinha, tapioca, beiju e bebidas O milho era saboreado na pamonha e na canjica Mingau de carimã massa fermentada de mandioca recebeu açúcar ou mel compôs um delicioso creme Dessa mistura, acrescentou se leite de vaca e gema de ovo nasceram os bolos brasileiros com erva doce, cravo da índia Culinária portuguesa era permeável às contribuições nativas e às africanas Para desenvolver a doceria no Brasil, as quituteiras escravas passaram a fazer parte da vida da colônia emprestando feições e sabores às casas senhoriais, paciente labor que evoluiu a culinária Gastronomia Regional Baiana É definida como: picante, colorida, aromática e afrodisíaca, uma das mais ricas do país Resultante da mistura entre indígenas, africanos e lusitanos Regionalmente – cozinhas assumem diferentes valores Camarão seco, leite de coco, pimenta malagueta e azeite-de-dendê Religião: quitutes originaram do candomblé Maioria dos santos gostavam de “comida forte”: vatapá caruru e acarajé Catarinense Origem primariamente portuguesa, alemã, italiana e a polonesa-ucranaiana Cada região/cidade tem sua influência Litoral: influência portuguesa e espanhola, preferência por frutos do mar, frituras, pirão d’agua com farinha de mandioca e farofa Blumenau: influência alemã, chucrute, marreco, salsicha, repolho e o chope Jaguará do Sul e Joinville: influência alemã, base carne suína ou de marreco, com chucrute, mostarda, raízes fortes Lages: paçoca de pinhão (carne desfiada com pinhão) Frescal: prato dos tropeiros (carne salgada e serenada) Florianópolis: sequência de camarão Gaúcha Colonização alemã, é hábito o café colonial (usual tardes de domingo), o cultivo da batata e do centeio, consumo de carnes defumadas, linguiças e laticínios Gastronomia gaúcha também recebeu influência italiana - galeto, polenta e vinho Pampas: churrasco fogo no chão (costela, minga, matambre, etc), chimarrão Goiana Diversidade gastronômica influenciadas por exploradores, com elementos de todo país Carne de sol nordestina, milho dos mineiros, arroz carreteiro dos gaúchos Guariroba, pequi, banana da terra, peixes e caças Uso abundante de condimentos: cúrcuma em pó, gengibre, alho, cebola, salsinha, cebolinha e pimenta Mineira Diversificada, farta, rica em sabor e história de bandeirantes e escravos Combina milho, feijão, porco, brotos nativos e mandioca Feijão tropeiro e arroz de carreteiro é comida de viajante O mais mineiro dos pratos: tutu de feijão, seguido: Queijos, doce de leite e pão de queijo Angu de milho, canjiquinha, feijão tropeiro, tutu e galinha com quiabo Leitão a pururuca Fotos Nortista Recebeu influência da culinária indígena Alto consumo de produtos vindo da Floresta Amazônica: ervas aromáticas, peixes, várias frutas e hortaliças típicas, mandioca (folha, caldo e farinha) Pratos típicos: Maniçoba – folhas de macaxeira, carne e carne de porco Tucunaré – peixe recheado c/ farinha de mandioca e legumes Pato no tucupi – pato assado ao molho de caldo de mandioca com folhas de jambu Tacacá – caldo ralo de mandioca com camarões, servidos em cuias artesanais Maniçoba 1,5 kg de maniva pré-cozida Folhas de louro 1 kg de toucinho salgado 1 kg de linguiça calabresa 1/2 kg de charque 1/2 kg de paio 1/2 kg de carne de porco assada de forno 1/2 kg de bacon Costelinha de porco defumada Paulista Principal polo gastronômico no Brasil Cozinha paulista mistura das raças que predominam no Brasil Colonizações portuguesas, italiana, japonesa, libanesa, árabe, índios e negros Imigrantes desenvolveram pratos típicos Italianos macarronadas e pizzas Árabes quibes Portugueses bacalhoadas Século XX – criações locais Bauru: pão francês, carne, queijo e tomate Consumir pastel com caldo de cana é típico do paulista Virado a paulista Feijoada Dobradinha Interior paulista preserva o arroz com feijão, ensopado de carne, refogado de verduras, virados , cuscuzes, galinha assada ou cozida Rio de Janeiro Novidades gastronômicas Fase imperial: mocotó, bobó, pirão de peixe, caruru, vatapá Feijoada (referencia nacional) Filé com fritas Sopa Leão Veloso Camarão ensopado com chuchu Botequins: filé à Osvaldo Aranha, filé à milanesa Sopa Leão Veloso Ingredientes 500 g de camarões pequenos 1 kg de mexilhões com as conchas 1 peixe inteiro (garoupa, cherne, badejo, mero) com cerca de 2 kg 1 amarrado de salsa, coentro, cebolinha verde e 1 folha de louro 3 dentes de alho 1 colher (chá) de coentro em grãos 1 xícara (chá) de cheiro verde picado 2 xícaras (chá) de tomates maduros sem pele e sementes, picados Pimenta de cheiro a gosto 4 colheres (sopa) de azeite de oliva 3 xícaras (chá) de carne de siri 3 xícaras (chá) de carne de lagosta Espirito Santo Influência portuguesa: azeite de oliva, alho, coentro, pimenta do reino Indígena: farinha de mandioca, óleo de urucum, banana da terra Torta e moqueca capixaba Cozinha atual: substitui peixes por produtos industrializados (menor custoe fácil acesso) Baixa renda: peroá e peixe agulha, fritura é frequente Interior: mandioca, batata doce, inhame cozido ou polenta Moqueca capixaba 1 kg de peixe 1 maço de coentro 1 maço de cebolinha verde 1 cebola média 3 dentes de alho 4 tomates Pimenta malagueta Azeite de oliva Urucum Óleo de soja Peroá Paraná Prato típico: Barreado (mistura de toucinho, pedaços de carne de boi, sal, cominho, louro, cebola picada e tomates aos pedaços, cozidos em panela de barro) - indígenas Assar animal em espeto, porco no rolete - típico de Toledo Carneiro no buraco – presença jesuíta Pintado na telha – presença espanhola Fotos Obrigada!!
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