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Introdução ao estudo dos açúcares Processo de fabricação do açúcar Traços históricos Chineses – 1os a cultivar a cana-de-açúcar em todo o mundo Centro de origem – Índia Ocidental Oficial de Alexandre o Grande – 325 ac Séc. VI – Pérsia -> levada pelos árabes para a Espanha, Sicília, Marrocos, Egito e regiões mediterrâneas em geral 6 séc. foi encontrada em Zanzibar Séc. XV – portugueses e espanhóis levaram-na para as ilhas da Madeira, Canárias, Cabo Verde e São Tomé e para África Ocidental Na 2ª viagem de Colombo, introduziu a cana na América Espanhola – generalizou-se seu cultivo nos 2 séc. seguintes pelos países da Am. do Sul, Central e do Norte Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Séc. XVIII – plantada em Maurício, chegando na Austrália no fim do mesmo período No Brasil – cana foi introduzida logo após o descobrimento Condições propícias ao desenvolvimento em 2 zonas climáticas diferentes: nordeste (PE) e sul (SP) A cana foi a MP da mais importante indústria no país durante o largo período que o nosso açúcar superava a produção das outras regiões canavieiras do mundo Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Quebra da hegemonia pelo desenvolvimento da cultura da beterraba na Louisiana (EUA) e nas Antilhas Produção brasileira – consumo interno de açúcar bruto Meados de 1800 – primeiro engenho a vapor 1933 – crise -> criação do Instituto do Açúcar e do Álcool 1975 – pró-álcool 2003 – projeto genoma Produção e exportação Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Relembrar... Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Pol é a porcentagem em massa de sacarose aparente contida em uma solução açucarada de peso normal determinada pelo desvio provocado pela solução no plano de vibração da luz polarizada. Brix é a porcentagem em massa de sólidos solúveis contidos em uma solução de sacarose quimicamente pura. O pol e o brix medem a pureza do caldo extraído da moagem da cana-de-açúcar e ambos medem o pc (pol da cana, isto é o resultado da quantidade de pol encontrada na cana) e teor de sacarose da cana. Fonte: UDOP FATORES INFLUENTES NA QUALIDADE TECNOLÓGICA DA CANA. Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Qualidade (a) Maturação da MP (b) Matéria Estranha vs (c) Deteriorações (alterações) Fatores (d) Armazenamento Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Açúcar – aspectos nutricionais Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Sacarose natural; É um dissacarídeo, de fórmula C12H22O11, Extraída de vegetais: cana de açúcar, beterraba açucareira, sorgo açucareiro e do bordo do Canadá. Surgiu em função do café – substituiu o mel de abelhas como adoçante. Constituintes: sacarose, glicose, frutose, ácidos orgânicos, proteínas minerais, pigmentos e enzimas. Definições importantes Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Sacarose: é um dissacarídeo cuja fórmula química é C12H22O11. Glucose: é um monossacarídeo cuja fórmula química é C6H12O6 e com um carbono formando uma ligação aldeídica. Não é cristalizável. Frutose: é um monossacarídeo cuja fórmula química também é C6H12O6, mas com um carbono formando uma ligação cetônica. Também não é cristalizável. Histórico Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Principal fonte de energia utilizada pelos seres vivos. Seres humanos: cerca de 50% das calorias diárias Plantas: fotossíntese Características químicas Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Estrutura química Compostos orgânicos constituídos por moléculas de carbono, hidrogênio e oxigênio Classificação Conforme capacidade de hidrólise a estruturas mais simples Carboidratos simples (monossacarídeos, dissacarídeos) Carboidratos complexos (oligossacarídeos, polissacarídeos) Monossacarídeos Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Glicose Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Frutose Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Hexoses (6 átomos de carbono) Glicose – encontrada nas frutas, tubérculos, mel e produto final da degradação de carboidratos complexos. Importante fonte de energia cerebral Frutose – encontrada em frutas e mel. Maior capacidade adoçante Galactose – obtida na degradação da lactose (leite) Na lactação é ressintetizada pelo organismo Pentose (5 átomos de carbono) Ribose - importante na constituição de ácidos nucleicos Dissacarídeos Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Sacarose (glicose+frutose) Açúcar comum, também encontrada em frutas, vegetais e mel. Constitui grande parte dos carboidratos consumidos pelos seres humanos – vasta aplicação pela indústria Lactose (galactose+glicose) Encontrada principalmente nos laticíneos Principal fonte energética de lactentes Menor poder adoçante Maltose (glicose+glicose) Produzida através da hidrólise do amido Uso empregado na fabricação de cerveja Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Sacarose Sacarose Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Pode ser hidrolisada (ácidos diluídos ou enzima invertase) - liberando a glicose e a frutose que existem em sua estrutura: Reação denominada inversão da sacarose, durante a sua realização, o plano da luz polarizada desvia-se da direita (+66,5º) para a esquerda (-39,6º). O mel é formado principalmente por açúcar invertido, isto é, por uma mistura de glicose e frutose. Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Não podemos absorver a sacarose - a ação da enzima invertase ou sacarase, nas células que recobrem o intestino delgado. Esta enzima catalisa a hidrólise da sacarose a D-glicose e D- frutose - são rapidamente absorvidas e lançadas para a corrente sanguínea. A glicose será absorvida pelas células de diversos tecidos, entrando na rota do ciclo de Krebs para geração de energia através do ATP e a frutose será metabolizada no fígado. Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Como todos outros carboidratos, também gera 4 Kcal para cada grama absorvido. Tabela de comparação entre o poder edulcorante ou índice de doçura de algumas substâncias em relação à sacarose: as distâncias ideais entre as três pontas, expressos em (1pm = 10-12 m). Substância Doçura relativa à sacarose Sacarose 1,00 Lactose 0,16 Galactose 0,32 Maltose 0,33 Glicose 0,74 Frutose 1,74 Ciclamato de Sódio 30 Aspartame 180 Sacarina 300 Sucralose 650 Oligossacarídeos Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Rafinose e estaquiose 3-10 unidades de monossacarídeos Encontrados em legumes Não fermentados por enzimas pancreáticas Polissacarídeos Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Constituídos > 10 unidadesde monossacarídeos Formados pela ligação de moléculas de glicose, variando na conformação/ligação química Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Amido Encontrado em vegetais, constituído por: amilose (glicose ligadas linearmente) e amilopectina (glicose em cadeias ramificadas) Glicogênio Polissacarídeo de reserva energética Formado por cadeias ramificadas de glicose Armazenado no fígado e músculos Importante papel na manutenção da glicemia Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Celulose Principal constituinte das paredes celulares e tecido de sustentação vegetal Não é hidrolisado em seres humanos Insolúvel em água Encontrada em cascas de frutas/vegetais, folhosos e cereais integrais Pectina Polissacarídeos solúveis em água Não hidrolisada em seres humanos Ao contato com água formam gel Encontrada na polpa de frutas/legumes e aveia Metabolismo Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Digestão e absorção Digestão inicia-se durante a mastigação Ação mecânica Ação enzimática (amilase salivar) Digestão dos carboidratos no estômago Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder No intestino delgado (amilase pancreática) Dissacaridases (lactase, sacarase e maltase) secretadas na borda em escova hidrolisam em glicose, frutose e galactose. Monossacarídeos absorvidos no intestino delgado e transportados para o fígado Fibras Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Polissacarídeos não digeríveis – fermentados por bactérias colônicas Amido resistente: parte do amido não digerido (batatas, cereais e legumes) no intestino delgado. Fermentado por bactérias colônicas, tem como produto final ácidos graxos de cadeia curta e alguns gases. Carboidratos utilizados pelas células preferencialmente na forma de glicose, mas poderão ser convertidos em aac ou outros carboidratos Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Controle glicêmico Controle da glicemia entre 70-110 mg/dl Período pós-prandial: produção de ATP síntese de glicogênio Período de jejum breve: quebra do glicogênio utilização de ácidos graxos Jejum prolongado: Utilização de proteínas na síntese de energia Função dos carboidratos Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Importante fonte de energia: produção de ATP Cada grama de carboidrato: 4 kcal Em condições normais, único combustível cerebral Oligossacarídeos: ação probiótica Fibras: diversas funções Distúrbios do metabolismo dos carboidratos Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Deficiência de lactase Enzima responsável pela degradação da lactose Diarréias severas Déficit de crescimento em crianças Diabetes mellitus Produção inadequada de insulina e/ou resistência periférica Fibras Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Polissacarídeos vegetais e lignina Não são digeríveis pelo organismo humano Considerada como um alimento funcional Parede celular e tecidos de sustentação dos vegetais Classificação das fibras Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Solúveis Pectina e goma Polpa das frutas, aveia e leguminosas Ao contato com água adquirem consistência viscosa Efeitos metabólicos importantes Sensação de saciedade Controle da velocidade de absorção de nutrientes Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Insolúveis Celulose e hemicelulose Legumes, folhosos, farelos e cereais integrais Aumentam o bolo fecal Reduz pressão intraluminal no cólon Acelera o trânsito intestinal Podem interferir na absorção de mironutrientes Prevenção de doenças Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Obesidade Diabetes tipo 2 Câncer de cólon Doenças cardiovasculares Necessidas e recomendações Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Carboidratos 50%-60% das calorias Fibras Mínimo de 15 g/dia Fontes alimentares Prof. M. Sc. Marcia N. C. Harder Carboidratos Cereais, tubérculos, leguminosas, frutas, mel, legumes Fibras solúveis Polpa de frutas e legumes, aveia, leguminosas Fibras insolúveis Cereais integrais, casca de legumes, folhosos, farelos
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