Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG FACULDADE DE MEDICINA - FAMED DISCIPLINA DE ONCOLOGIA ... ... Tumores ginecológicos: câncer de ovário e câncer de colo do útero .... .... Amabile Ribeiro, Ana Cardoso, Daniel Audino, Acadêmicos: Daniane Rejane, Gabriel Rigatti, Giordano Giacomo e Lara Amaral. ... ... Rio Grande, 2017. PRÓSTATA 61.200 CASOS HOMENS OVÁRIO COLO DO ÚTERO CORPO DO ÚTERO 29.440 CASOS MULHERES 1 1 mama feminina 57.960 CASOS 87.400 casos TODAS AS NEOPLASIAS MALIGNAS 295.200 TODAS AS NEOPLASIAS MALIGNAS 300.870 INCA 2016 ? COLO DO ÚTERO CÂNCER MARÇO LILÁS CÂNCER COLO DO ÚTERO EPIDEMIOLOGIA 3º Tumor mais frequente nas mulheres. 4ª Causa de morte por câncer em mulheres brasileiras. 5.430 mortes em 2013 (Sistema de Informação sobre mortalidade - SIM). Crescimento lento e silencioso: evolução de a anos.10 15 16.340 novos casos foram es�mados, de acordo com o INCA, para 2016. CAUSAS E FATORES DE RISCO HPV: 99% dos casos Tabagismo Consumo ↓ de micronutrientes Baixo nível socioeconômico Infecção pelo HIV Multiparidade Gestação antes dos 20 anos Múltiplos parceiros Radiação ionizante Sexarca precoce 16 SINAIS E SINTOMAS Sangramento vaginal e pós-coito (vaginal). Pode estar associado com condiloma acuminado da vulva, vagina e ânus. Pode estar associado com IST (infecção por HPV, clamidia, blenorragia). Ausência de sintomas na fase de displasia do colo uterino. Secreção de odor fé�do. Dor pélvica. Colo uterino friável ou aumentado. Sinais e sintomas relacionados com infecções. Câncer de colo uterino só é detectado clinicamente em fase avançada. TIPOS HISTOLÓGICOS Adenocarcinoma Carcinoma epidermoide 15 - 20% 80 - 85% NOMENCLATURAS: CITOPATOLÓGICA E HISTOPATOLÓGICA Classi�cação citológica de Papanicolaou (1941) Classi�cação histológica da OMS (1952) Classi�cação histológica de Richart (1967) Sistema Bethesda (2001) Classi�cação Citológica Brasileira (2006) Classe I - - - - Classe II - - Alterações benignas Alterações benignas - - - Atipias de signi�cado indeterminado Atipias de signi�cado indeterminado Classe III Displasia leve Displasia moderada e acentuada NIC I NIC II e NICIII LSIL HSIL LSIL HSIL Classe IV Carcinoma in situ NIC III HSIL Adenocarcinoma in situ (AIS) HSIL AIS Classe V Carcinoma invasor Carcinoma invasor Carcinoma invasor Carcinoma invasor DIAGNÓSTICO Papanicolau Material da coleta Colheita na junção escamo-colunar Útero Colo uterino Vagina Espátula de Ayre → Exame ginecológico de citologia cervical. Georgios Papanikolaou (1883 - 1962). Pai da citopatologia. → Screening de alta tecnologia. → Necessidade de mapeamento simples. → Vacinação global. INFECÇÃO E VACINAÇÃO PREVENTIVA Subtipos e são responsáveis por 16 18 de todos os carcinomas cervicais.70% positivo de a anos.HIV 9 26 Meninos e meninas de a anos.11 15 Pessoas com em uso de .câncer QT/RT Submetido à de órgão.transplante HPV Infecção + de 100 subtipos 20 geram displasia 16 18 Ministério da Saúde Sistema Único de Saúde PATOGENIA HPV 0108 02 03 0405 06 07 8 quilobases 7 genes precoces codificados Genes E6 e E7Gene P53 Gene RB • Proteína RB • Transcrição gênica • Adenovírus Interação do HPV com o genoma do hospedeiro Tempo de displasia vs tempo de carcinoma Infecção por HIV PECULIARIDADES DO CITOPATOLÓGICO → Ensaio randomizado exame citopatológico cervical.vs → Inves�mento em screening diminuição da incidência de vs morte por câncer de colo de útero. → Alta sensibilidade e baixa especificidade. ESTADIAMENTO: EXAMES DE IMAGEM → Tomografia computadorizada com emissão de pósitrons (PET) → Tomografia computadorizada → Ressonância magné�ca ESTADIAMENTO Estádio I Estádio II Estádio III Estádio IV Corte transversal Tumor Estádio 0 Carcinoma in situ. Restrito ao colo uterino. Metástase Além do colo uterino. Na parede pélvica ou 1/3 inferior da vagina. Invade o reto, bexiga ou tem metástase. RISCO BENEFÍCIO TRATAMENTO TRATAMENTO POR ESTÁDIOS - INCA Estádio IA1 → Invasão estromal < 3mm e extensão superficial < 7mm: • Histerectomia total por via vaginal ou conização de colo uterino. Estádio IA2 → Invasão estromal de 3 a 5 mm e extensão superficial < 7mm: • Histerectomia radical modificada associando linfadenectomia pélvica;. • Radioterapia (RT) exclusiva em caso de pacientes não elegíveis para a cirurgia; TRATAMENTO POR ESTÁDIOS - INCA Estádio IB e IIA → Lesão menor que 4 cm: • Histerectomia total com linfadenectomia pélvica + radioterapia se margens comprome�das; • RT externa e braquiterapia para paciente com contraindicação de cirurgia. Estádio IB2 ou IIA → Lesão maior que 4 cm: • QT com Cispla�na;. • RT exclusiva se contraindicado QT. REVISÃO SISTEMÁTICA – COCHRANE LIBRARY 2016 Adjuvant pla�num-based chemotherapy for early stage cervical cancer (Review) Cochrane Database of Systema�c Reviews Falce�a FS, Medeiros LRF, Edelweiss MI, Pohlmann PR, Stein AT, Rosa DD. REVISÃO SISTEMÁTICA – COCHRANE LIBRARY 2016 Avaliação da eficácia da quimioterapia com pla�na para estádio inicial (IA2 e IIA) → RT adjuvante vs QT combinada com RT • A combinação ↓ significa�vamente o risco de morte (dois ensaios, 297 mulheres, OR = 0,56, IC 95%: 0,36 a 0,87) e progressão da doença (dois ensaios, 297 mulheres, HR = 0,47, IC 95%: 0,30 a 0,74), sem heterogeneidade entre os ensaios (I² = 0%). A quimiorradiatria com pla�na Melhora a sobrevida. Diminui risco para recorrência. TRATAMENTO POR ESTÁDIOS – INCA Estádio IIB, IIIA, IIIB, IVA → A quimiorradioterapia concomitante será feita da mesma forma que para o estádio. Estádio IVB → A quimiorradioterapia, a radioterapia e a cirurgia são consideradas palia�vas. ESTUDO RETROSPECTIVO 2004 - 2008 INTERNATIONAL JOURNAL OF CANCER – JAPÃO, 2017. QT sistêmica Radiação pélvica QT simultâneavs vs → Examinou mulheres subme�das a histerectomia radical para câncer cervical com câncer de colo do estágio clínico IB-IIB com metástases de linfonodos pélvicos. ESTUDO RETROSPECTIVO 2004 - 2008 Tumor fatores de risco+ → QT isolada é insuficiente para e é recomendada a irradiação pélvica para quimioterapia sistêmica nesse subgrupo. JOURNAL OF GYNECOLOGIC ONCOLOGY – JAPÃO, 2017. → Eficácia e a toxicidade da quimiorradioterapia baseada em paclitaxel mais carbopla�na (TC), seguida de QT de consolidação em pacientes com câncer cervical da fase IIIB/IVA. Os resultados de sobrevivência do grupo que usou paclitaxel mais carbopla�na foram significantemente superiores ao grupo que usou apenas um agente de pla�na. JOURNAL OF GYNECOLOGIC ONCOLOGY – JAPÃO, 2017. O tratamento é seguro e eficaz. Requer um estudo randomizado para avaliar a importância desta abordagem mul�modal. ? OVÁRIO CÂNCER 8 DE MAIO OVÁRIO CÂNCER EPIDEMIOLOGIA 3% de todos �pos de câncer feminino. 80% dos tumores ovarianos são benignos (mulheres mais jovens) 5ª causa mais comum de óbitos por câncer em mulheres nos EUA. 20% limítrofes e malignos.Por que morrem tantas mulheres por essa causa? Idade SINAIS E SINTOMAS Geralmente assintomá�cos e funcionais.NÃO Distensão abdominal. Sintomas do trato urinário. Sintomas gastrointes�nais. Sangramento vaginal. Sintomas = mais estágios e/ou invasão.avançados DOR CLASSIFICAÇÃO - OMS. Epitélio superficial derivado do epitélio celômico Células germina�vas Estroma do ovário CARCINOMA SEROSO → 40% de todos os casos de câncer de ovário – MAIS COMUM. → Mulheres em idade mais avançada (6ª - 7ª décadas). → Um pouco mais precoce quando há histórico familiar. → Fatores de risco: nuliparidade ou baixa paridade, histórico familiar. mutações hereditárias e disgenesia gonadal na infância. CARCINOMA SEROSO → Fatores de proteção: uso de ACO (40-59 anos) e ligação tubária. → Mutação gené�ca: • BRCA1 e BRCA2 : risco es�mado de 20% a 60% após os 70 anos. • BRCA1: 5% daquelas com menos de 70 anos. → Oncogenes mutados: • Carcinoma seroso de baixo grau: KRAS ou BRAF, raramente P53. • Carcinoma seroso de alto grau: alta frequência P53. CARCINOMA MUCINOSO → Apenas 15% dos tumores mucinosos têm caracterís�cas de malignidade. → Apenas 5% desses são primários. → Pouco se sabe da patogenia. → Fatores de risco: • Tabagismo. • Mutação do proto-oncogene KRAS (encontrados também nos benignos e limítrofes). • Alteração pode ser marcador precoce. CARCINOMA ENDOMETRIOIDE → Aproximadamente 20% de todos cânceres de ovário. → Presença de glândulas tubulares. → 15% a 30% são acompanhados por carcinoma do endométrio. → 15% a 20% coexistem com endometriose( mulheres mais jovens). → Mutações: • Gene supressor PTEN( presentes na endometriose associada). • Oncogenes KRAS e b-catenina. DIAGNÓSTICO Ressonância magné�ca → Maior acurácia em diagnós�co de malignidade (91%). Ultrassonografia + Ressonância magné�ca → Diminuição dos falsos posi�vos. Marcadores → CA-125: < 50 anos – alterado em 25% dos casos de tumores malignos. > 50 anos – alterado em 80% dos casos de tumores malignos. Resultado maior que 300 u/ml: associados a câncer mesmo em pacientes jovens. Falsos posi�vos: - Gravidez. - Endometriose. - Doenças inflamatórias pélvicas. - Leiomiomas. DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO ESTADIAMENTO Estádio I → IA - Tumor limitado a um ovário, cápsula intacta, ausência de tumor na super�cie ovariana. Ausência de células malignas no líquido de ascite ou no lavado peritoneal. → IB - Tumor limitado aos dois ovários, cápsulas intactas, ausência de tumor nas super�cies ovarianas. Ausência de células malignas no líquido de ascite ou no lavado peritoneal. ESTADIAMENTO Estádio I → IC - Tumor limitado a um ou aos dois ovários associado a qualquer das seguintes caracterís�cas: ruptura de cápsula, presença de tumor na(s) super�cie(s) ovariana(s), presença de células malignas no líquido de ascite ou no lavado peritoneal. ESTADIAMENTO Estádio II → IIA - Tumor com extensão ou implantes no útero ou nas trompas de Falópio. Ausência de células malignas no líquido de ascite ou no lavado peritoneal. → IIB - Tumor com extensão para ou implantes em outros tecidos pélvicos. Ausência de células malignas no líquido de ascite ou no lavado peritoneal. → IIC - Tumor nos estágios IIA ou IIB. Presença de células malignas no líquido de ascite ou no lavado peritoneal. ESTADIAMENTO Estádio III → IIIA - Metástases peritoneais microscópicas além da pelve (sem tumor macroscópico). → IIIB - Metástases peritoneais macroscópicas além da pelve com até 2 cm de diâmetro. → IIIC - Metástases peritoneais além da pelve com mais de 2 cm de diâmetro ou metástases em linfonodos regionais. ESTADIAMENTO Estádio IV → Tumor acomete um ou os dois ovários e apresenta metástases à distância. Se houver derrame pleural, deve ser documentada a presença de células malignas para confirmar tratar-se de EC IV. → .Determinar se é maligno ou benigno → Determinar se é sí�o primário ou metastá�co: • M etástases mais comuns: colo uterino, apêndice, estômago (Krukenberg) e mama. Realização de alpingo-ooforectomia unilaterial.→ s Se for sí�o primário: histerectomia, re�rada da trompa e ovário remanescentes, omentectomia, amostragem de linfonodos pélvicos e biópsias aleatórias da cavidade abdominal. (30% dos tumores se disseminam para linfonodos/cavidade abdominal). TRATAMENTO → Se presença de massas intra-abdominais maciças: • Citorredução máxima. • Ressecção parcial do intes�no. • Esplenectomia. • Cirurgia abdominal superior extensa. Quanto menos visível for o tumor após a cirurgia, melhor é o prognós�co. A sobrevida muda de 17 meses para 38 meses. Após a cirurgia, u�lizar tratamento com pla�na e taxano. Cerca de 70% das mulheres com tumores avançados respondem ao tratamento. 40-50% apresentam remissão completa com normalizaçao do Ca 125, TC e exame físico. Recorrência de 1-4 anos após o final da terapia primária em apenas metade dos respondedores completos. TRATAMENTO → Níveis de Ca 125 elevados geralmente é indicado como 1º sinal de recidiva. → Recidivas podem ser controladas, porém, não curadas, por QT. → A grande maioria das mulheres desenvolve doença refratária à QT, sendo as mais comuns: • Ascite refratária, fraca mo�lidade intes�nal, obstrução ou pseudo-obstrção devido ao intes�no aperistál�co infiltrado pelo tumor. → Realizada cirurgia e RT localizada. TRATAMENTO TRATAMENTO → Sobrevivência, por estágio, em 5 anos: • Estágio I (90-95%). • Estágio II (70-80%). • Estágio III (20-50%). • Estágio IV (1-5%). → Sobrevivência, por grau histológico, em 5 anos: • Bem diferenciado (88%). • Moderadamente diferenciado (58%). • Fracamente diferenciado (27%). TRATAMENTO DE TUMORES DE CORDÃO SEXUAL → Ressecção cirúrgica. → Maioria dos tumores estão confinados no ovário. → Metasta�zação e chance de recorrência tumoral baixas. • Nesses casos se orienta cirurgia redutora da massa tumoral. → Tumores de crescimento lento e rela�vamente refratários à QT, porém, é ocasionalmente u�lizada. → Monitorização de recidivas: • Substância inibidora Mulleriana (MIS). • Alfafetoproteína (AFP). TRATAMENTO DE TUMORES DE CÉLULA GERMINATIVA → Salpingo-ooforectomia unilateral. → Geralmente tumores unilaterais (exceto o disgerminoma, 10-15%). → Mulheres em período reprodu�vo. → Metástases nodais para linfonodos pélvicos e para aór�cos são comuns. → QT com bleomicina, etoposídeo e cispla�na (BEP). → Na maioria das mulheres, mesmo com estágio avançado, a cura é esperada. → Sobrevida em 5 anos é de 100% em estágios iniciais e de 6% em estágio III. → Tumor altamente sensível à RT, porém, causa infer�lidade na maioria. → U�lizar BEP após ressecção cirúrgica incompleta está associada a sobrevida de dois anos livre da doença de 95%. Agradecemos pela atenção de todos. Página 1 Página 2 Página 3 Página 4 Página 5 Página 6 Página 7 Página 8 Página 9 Página 10 Página 11 Página 12 Página 13 Página 14 Página 15 Página 16 Página 17 Página 18 Página 19 Página 20 Página 21 Página 22 Página 23 Página 24 Página 25 Página 26 Página 27 Página 28 Página 29 Página 30 Página 31 Página 32 Página 33 Página 34 Página 35 Página 36 Página 37 Página 38 Página 39 Página 40 Página 41 Página 42 Página 43 Página 44 Página45 Página 46 Página 47 Página 48 Página 49
Compartilhar