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Mediastino e Tumores Pulmonares Mediastino: -É dividido em: mediastino anterossuperior, mediastino médio e mediastino posterior. Massas do Mediastino Anterior: Principais Neoplasias: -Anormalidades tímicas -Anormalidades de tireoide -Linfomas -Tumores de células germinativas -Paratireoide ectópica -Hemangioma Características: ⅔ são assintomáticos -Dos que sentem sintomatologia, são causados por efeito de massa: tosse, dispneia, dor torácica, fadiga, perda de peso, síndrome da veia cava superior (massa comprimento a veia Cava → turgor jugular, edema de pescoço e edema de pálpebra), rouquidão, disfagia, síndrome de Horner (faz parte da síndrome de Pancoast) e síndrome de Pancoast (lesão no ápice do pulmão, comprimindo estruturas adjacentes). Exame de Imagem: -Raios-X de tórax PA e perfil -CT de tórax -Ressonância magnética de tórax (permite avaliar extensão, compressão e invasão). -Ecocardiograma -PET-CT com FDG (fluordeoxiglicose) - oncologia Histológico: PAAF, biópsia por agulha grossa cortante e biópsia cirúrgica (mediastinoscopia, toracoscopia e toracotomia aberta). Tumores de Mediastino Anterior: 1- Timomas (50%): -Está associado a doenças sistêmicas (30 a 50% dos timomas tem miastenia gravis), hipoplasia de hemáceas, hipogamaglobulinemia e LES. -Sempre que possível realizar a classificação histológica: predominantemente linfocítico, epitelial ou misto. Estadiamento: Quadro Clínico: -A maioria é assintomática; -Os que sentem sintomatologia: dos dispneia, tosse, rouquidão e comprometimento do nervo frênico. Diagnóstico: -Anamnese + exame físico -Laboratoriais: pré-operatório; pesquisa de anticorpos anti receptor de acetilcolina. -Raios-X de tórax: alargamento mediastinal e elevação do diafragma unilateral → comprometimento do nervo frênico. -CT de Tórax: com contrastes (avalia a relação com grandes vasos, veio inominada e veia cava superior); sem contraste (pacientes com alergias ou disfunção renal). -Teste de função pulmonar: para pacientes com miastenia gravis. -Avaliação neurológica: para pacientes com miastenia gravis. -Biópsia: diferenciação timoma linfocítico x linfoma. Para tumores pequenos e bem delimitados: aspiração com agulha fina, aspiração com agulha grossa, mediastinotomia transcervical, mediastinotomia anterior e toracoscopia assistida por vídeo. Tratamento: -Encapsulado: timectomia total -Invasivo: QT pré-operatória, ressecção cirúrgica ou radioterapia pós-operatória. Complicações Operatórias: pulmonares, crise de miastenia gravis, lesão de nervo frênico, complicações da ferida operatória. Prognóstico: 2- Linfomas: -Segundo tipo mais comum. 3- Tumor de células germinativas (20% malignos): -Mediastino anterior é o sítio extragonadal mais comum de tumores de células germinativas. -Composto por diferentes tipos de tecido, entre os quais tecido adiposo, músculos, ossos e componentes císticos. -Benigno: a maioria é teratoma; tratamento é realizado pela ressecção total (toracotomia ou esternotomia). -Maligno: teratomas malignos (tecido primitivo ou componentes malignos), seminomas e não-seminomas. · Teratomas: benigno ou maligno · Seminoma: 50% dos tumores de células germinativas malignos. NÃO produzem 𝛼-fetoproteína e nem 𝛽-HCG. · Não seminomas (coriocarcinoma, tumores de células embrionárias e teratocarcinomas): geralmente produzem 𝛼-fetoproteína e/ou 𝛽-HCG Tratamento: -Seminomas: respondem bem à radioterapia, à quimioterapia e à cirurgia. -Não seminomas: respondem bem à quimioterapia, a ressecção de tumor residual (pós QT) e não respondem a radioterapia. 4- Tireoide: -Bócio intratorácico mergulhante: tireoide subesternal. -Tumores tireoideanos intra-torácicos: verdadeiramente. Tratamento: -Depende da sintomatologia -Geralmente realiza-se a tireoidectomia total -Complicações Operatórias: sangramento intraoperatório, lesão de veia inominada, Lesão de nervo laríngeo recorrente (rouquidão, tosse ineficaz e aspiração) e hipoparatireoidismo (transitório ou definitivo). Tumores de Mediastino Médio: -Localização de estruturas importantes. -Massas não neoplásicas: aneurisma de aorta 1- Adenopatias: -Benigna: granulomas caseoso, não-caseoso e hiperplasia reativa. -Maligna: doença metastática e linfoma. 2- Massa Traqueal 3- Massa Esofagiana 4- Massa Pericárdica 5- Mixoma Cardíaco: -Tumor primário cardíaco. -Mais frequente. -Acomete principalmente o AE, mas pode ocorrer em todas as câmaras cardíacas -Sintomas constitucionais, embólicos e obstrutivos. Tumores de Mediastino -Mais frequentes em crianças. -Geralmente possuem origem neurogênica. -Na maioria das vezes são benignos em adultos e frequentemente malignos em crianças. 1- Tumores de Nervo Intercostal: · Neurofibroma · Neurofibrossarcoma · Schwannoma: mais comum, geralmente benigno, crescimento lento; cápsula bem definida (maior incidência entre a 3ª e a 5ª década de vida). 2- Tumores de Células Ganglionares Simpáticas: · Ganglioneuromas: mais comum em crianças. · Neuroblastoma: maioria é retroperitoneal (10 a 20% em mediastino); origem no SNS (catecolaminas elevadas); altamente invasiva, com metástase antes do diagnóstico; terapêutica depende do estágio da doença. 3- Tumores de Células Paraganglionares: · Paraganglioma Pneumomediastino: -Definição: presença anormal de ar extra-luminal dentro do mediastino. -Laennec - 1819: descreve o termo pneumomediastino (lesão traumática). -Hamman - 1939: pneumomediastino espontâneo (Síndrome de Hamman). -Sinal de Hamman: som crepitantes em sincronia com os batimentos cardíacos. -Etiologia: · Intratorácica: extravasamento de ar por ruptura da parede alveolar. Iatrogenia: pós-traqueostomia, broncoscopia etc. Trauma torácico contuso ou penetrantes. Ruptura esofágica: manobra iatrogênica, neoplasia e corpo estranho. · Extra-torácica: continuidade com pescoço e abdome: cirurgia em pescoço, cirurgia abdominal, perfuração de víscera oca. -Quadro Clínico: dor torácica, dispneia, hipotensão arterial (compressão cardíaca ou retorno venoso) → pneumomediastino hipertensivo. OBS: pneumomediastino espontâneo geralmente é autolimitado, assintomático e raramente traz risco de morte. -Diagnóstico: quadro clínico, raios-X de tórax PA e perfil, TC de tórax e estudos contrastados (em casos de perfuração de esôfago). -Tratamento: morbidade e mortalidade dependendo da etiologia. Mediastinite: -Anterior: mediastinite por pós-operatório de 1 a 3% de esternotomia), traumática por perfuração e por causa articular (esterno-clavicular). -Média: proveniente de cabeça e pescoço por perfuração de esôfago ou abscesso dentário. Causas: · Granulomatosa: tuberculose e histoplasmose. · Fibrosante: medicação, silicose, radiação ou hematoma mediastínico. Tumores Pulmonares: -É o tipo de câncer que mais é diagnosticado. -A mortalidade está diminuindo, em razão da diminuição do tabagismo e do diagnóstico precoce. Epidemiologia: -1,3 milhão de casos novos por ano. -Representa 12% de todos os cânceres. -É mais comum em homens. 4ª neoplasia maligna mais comum nas mulheres depois da de mama, colo de útero e cólon. 90-95% são carcinomas. 5% são carcinóides brônquicos. 2-5% neoplasias mesenquimais e outros tipos diversos. Histologia: · Adenocarcinoma de Pulmão: tipo mais comum (45%), se desenvolve a partir de células de muco do epitélio brônquico. 75% com localização periférica. · Carcinoma de Células Escamosas: segundo tipo mais comum (30%); ⅔ de localização centralizada; possui tendência à necrose central e cavitação. · Carcinoma Indiferenciado de Grandes Células: (10% dos casos) mais periféricos e com metástases mais precoces. · Câncer de Pequenas Células Pulmonares (carcinoma tipo oat cell): (20% dos casos) 80% centrais e com tendência a metástases muito precoce para linfonodos mediastinais, medula óssea e cérebro. Fatores de Risco: -85% dos casos são causados pelo tabagismo, sendo ele principal ou passivo. -DPOC -Fibrose pulmonar -História familiar de câncer de pulmão e de outros tipos de câncer.-Contato prolongado com asbesto, radônio e sílica. -Susceptibilidade genética. -Vírus HIV Sintomas: -Primeiros sinais clínicos: tosse, expectoração com sangue, falta de ar, dor torácica, sibilos (chiado no peito), rouquidão, infecções frequentes (pneumonia) e também podem ocorrer sinais de cansaço (fadiga), perda de apetite e inchaço na face e no pescoço. Quadro Clínico: Exame Físico: tórax globoso e sibilos. Complicações: achados de derrame pleural, atelectasia, linfonodomegalia e hepatomegalia. Síndrome de Horner - Tumor de Pancoast: -Síndrome de Horner é caracterizada pela: miose, ptose palpebral e hipohidrose. -Pancoast: quando o tumor comprime o plexo braquial e gera hipotrofia e atrofia das mãos e diminuição da força muscular. -Sintomas Paraneoplásicos: conjunto de sinais e sintomas que antecedem ou que ocorrem concomitantes a presença de um câncer no organismo e que não são relacionados diretamente com invasão, obstrução ou efeitos metastáticos do tumor → caquexia e anorexia, manifestação músculo-esquelética, síndromes hematológicas, secreção inapropriada de hormônio ADH, hipercalcemia e síndrome de Cushing. Diagnóstico Diferencial: Diferenciar de sintomatologias de: TB, bronquites, bronquiectasias, pneumopatias, micoses pulmonares, abscessos pulmonares, trauma torácico, etc. Diagnóstico: -Radiografia de Tórax: é a chave para detecção de câncer. Possui alta sensibilidade para tumores periféricos, baixo custo. Observa-se a presença de nódulos ou massas e de possíveis complicações. -Tomografia Computadorizada de tórax: acrescenta muito para o diagnóstico e estadiamento em neoplasias de pulmão; noções mais precisas do tamanho, localização de níveis de invasão do tumor e possíveis metástases para fígado, adrenais e linfonodos mediastinais e retroperitoneais. É possível observar características do nódulo pulmonar e linfonodomegalia. -Cintilografia óssea: metástase para ossos -RNM encefálica: metástase para SNC. -Broncoscopia: indicada para a coleta de nódulos centralizados, a fim de se realizar a biópsia transbrônquica. -Biópsia Guiada por Tomografia: indicada para nódulos periféricos. -Ultrassom Endobrônquico: análise de estruturas com alta sensibilidade e proximidade. -Mediastinoscopia: incisão na fúrcula e se passa o aparelho, a fim de se procurar nódulos e linfonodos comprometidos. -Punção Pleural: quando cursa com derrame pleural, realizando punção de alívio e indicando análise histológica. Tratamento: Realizado por meio de cirurgia ou radioterapia ou quimioterapia. Nódulo Pulmonar Solitário: -Constitui uma opacidade focal com morfologia arredondada ou ovalada, envolta por parênquima pulmonar normal e medindo até 3 cm. Epidemiologia: -São vistos na proporção de 1/500 radiografias de tórax. -Há aproximadamente 150.000 casos por ano. 90% são incidentais; 35% neoplasia primária; 20% realizam metástases; 90% são benignos e formam granulomas Diagnóstico por Imagem: Avaliar: tamanho, calcificação, número de nódulos, a situação dos nódulos, nódulos satélites; aspecto das bordas, modificação de diâmetro, estria pleural, adenopatia regional e se há impregnação por contraste.
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