Desenhos de pesquisa

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Desenhos de pesquisa epidemiológica
Semestre – 1/2009
Profª Ms. Fernanda Shizue Nishida
INSTITUTO ADVENTISTA PARANAENSE
FACULDADE ADVENTISTA PARANAENSE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
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Desenhos de pesquisa
O conjunto formado por indivíduos (particularizados um a um ou agregados por algum critério) constituem a matéria prima da investigação epidemiológica.
Assim, pensa-se em estudos agregados e “individuados”.
Após considerar esse critério base, os estudos podem ser então classificados de acordo com o posicionamento do investigador, podendo ser: posição passiva e ativa.
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Desenhos de pesquisa
O posicionamento passivo implica a observação, com o mínimo de interferência possível.
O posicionamento ativo corresponde às estratégias de ação do investigador no sentido de interferir nos processos em estudo, de maneira sistemática e controlada, resultando no que se denomina experimentação.
Experimentos, constituem manobras de intervenção que têm como objetivo isolar efeitos, controlar interferências externas etc.
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Desenhos de pesquisa
A temporalidade do desenho do estudo, pode ser desdobrada em duas categorias: instantânea e serial.
O caráter instantâneo de um estudo, se define quando a produção do dado é realizada em um único momento (singular) no tempo, como se fosse um corte transversal do processo de observação.
Por outro lado, qualquer tipo de seguimento em uma escala temporal define o caráter serial de um dado estudo. Para este tipo de estudo têm-se empregado o termo longitudinal.
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Desenhos de pesquisa
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Convenções para os fluxogramas dos desenhos de investigação epidemiológica
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Estudos ecológicos
Os estudos ecológicos abordam áreas geográficas ou blocos de população bem delimitados, analisando comparativamente variáveis globais, quase sempre por meio da correlação entre indicadores de condições de vida e indicadores de situação de saúde.
Neste tipo de estudo são feitas comparações entre populações distintas no que se refere aos indicadores de distribuição de enfermidades ou agravos à saúde correlacionados com os respectivos graus de exposição.
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Estudos ecológicos
 N1
 
 N2
 N3
 Nn
D1
E1
D2
E2
D3
E3
Dn
E
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Estudos ecológicos
Os estudos ecológicos podem ser classificados em dois subtipos: Investigações de base territorial, estudos de agregados institucionais.
Investigações de base territorial utilizam uma referência geográfica para a definição das suas unidades de informação, em qualquer nível de abrangência (ex.: bairros, distritos, municípios, etc.)
Estudos de agregados institucionais tomam organizações coletivas de qualquer natureza (ex.: fábricas, escolas, penitenciárias, unidades de saúde)
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Estudos ecológicos
Vantagens:
Baixo custo;
Facilidade de execução, baixo custo relativo;
Simplicidade analitica
Capacidade de geração de hipóteses
Problemas:
Baixo poder analítico 
Pouco desenvolvimento das técnicas de análise de dados
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Os estudos classificados como agregados-observacionais podem ser também longitudinais.
Os estudos de séries temporais, em que uma mesma área ou população é investigada em momentos distintos no tempo (t1, t2,t3,t4 .... tn) costumam ser classificados com um subtipo de estudo ecológico
t
N1
D1
E1
N2
D2
E2
N3
D3
E3
Nn
Dn
En
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Estudos de séries temporais
Vantagens:
Facilidade de execução, baixo custo relativo;
Simplicidade analítica;
Capacidade de teste de hipóteses
Problemas:
Pouco desenvolvimento das técnicas de análise de dados
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Ensaios comunitários
Quando há alguma forma de intervenção, mesmo com reduzido grau de controle por parte do investigador ( como a implantação de um sistema de saneamento ou um programa de suplementação alimentar), trata-se de um experimento verdadeiro, apesar de não-laboratorial e dirigido à agregados, e não á indivíduos.
Esses são chamados ensaios comunitários.
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Ensaios comunitários
N(N)
(S)
N(Nexperimental)
N(Ncomparação)
Intervenção
(N1)
(N0)
(N1)
(N0)
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Estudos seccionais
Investigações que produzem instantâneos da situação de saúde de uma população ou comunidade, são chamados de estudos seccionais (transversais).
Em geral, utilizam amostras representativas da população, devido às óbvias dificuldades para a realização de investigações que incluam a totalidade dos membros de grupos numerosos
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N
(A)
E
NE
D
ND
D
ND
Estudos seccionais
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Estudos seccionais
Inquéritos ou Surveys
Vantagens:
Baixo custo;
Alto potencial descritivo;
Simplicidade analítica.
Problemas:
Vulnerabilidade a biases (especialmente de seleção)
Baixo poder analítico 
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Estudos de coorte
É subdivido em: 
Prospectivo(estudo de coorte concorrentes);
Retrospectivo (estudo de coorte histórica e estudo de caso-controle.
Estudos de coorte (também chamados de seguimento ou follow-up) são os únicos capazes de abordar hipóteses etiológicas, produzindo medidas de incidência e, por conseguinte, medidas diretas de risco.
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Estudos de coorte
Os estudos de coorte são também chamados de prospectivos pelo fato de que, em sua maioria, partem da observação de grupos comprovadamente expostos a um fator de risco suposto como causa de doença a ser detectada no futuro.
Essa característica lhes é atribuída pelo fato de que o desenho longitudinal propõe como seqüência lógica da pesquisa a antecipação das possíveis causas e a investigação de seus efeitos.
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N
(S)
D
ND
D
ND
D
ND
Estudos de coorte
E
NE
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Estudos de coorte
Considerando a relação entre momento de referência dos dados e momento de realização da pesquisa, os estudos de coorte podem ser:
Coorte concorrente (prospectivo)
Estudo de coorte histórica (retrospectivo)
No estudo prospectivo, a coorte é acompanhada desde o momento da exposição, procedendo-se, como etapa do próprio estudo, ao monitoramento e registro dos casos de doença ou de óbito na medida em que esses ocorram, até a data prevista para encerramento das observações.
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Estudos de coorte
Estudos de coorte histórica envolvem usualmente grupos sociais ou profissionais específicos, selecionados por terem sido expostos a fatores de risco em potencial e por se dispor de registro s sistemáticos da exposição e do efeito.
Trata-se de um estudo individuado-observacional-longitudinal-retrospectivo baseado na reconstrução de coortes em algum ponto do passado (sendo justamente por isso chamada de coorte histórica), como a seleção e a classificação dos seus elementos no presente e com início e fim do acompanhamento no passado, antes do momento de realização da pesquisa. 
Por esse motivo, esses desenhos têm sido classificados também como coorte retrospectiva.
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Estudos de coorte
Vantagens:
Produzem medidas diretas de risco
Alto poder analítico
Simplicidade do desenho
Facilidade de análise
Problemas:
Vulneráveis a perdas
Inadequado para doenças de baixa freqüência
Alto custo efetivo
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Estudos de caso-controle
O estudo de caso-controle é concebido especialmente para investigar associações etiológicas em doenças de baixa incidência e/ou condições com período de latência prolongado.
Tanto os estudos de coorte como os de caso-controle são classificados como longitudinais.
Apesar de longitudinais, os estudos de caso-controle são sempre retroanalíticos, o que significa que, para se produzirem evidências científicas nesse desenho, deve-se considerar grupos de casos seguramente diagnosticados e de controles “comparáveis” aos casos, retroagindo-se na história de ambos os grupos para investigar possível exposição e fatores de risco no passado que possam ser imputados como causais.
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Estudos de caso-controle
N
(S)
D
ND
E
NE
E
NE
(A)
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Estudos de caso-controle
Vantagens:
Baixo custo relativo;
Alto potencial analítico;
Adequado para estudar doenças raras.
Problemas:
Incapazes de estimar risco (Reduzido poder descritivo)
Vulneráveis a inúmeros biases (seleção)
Complexidade analitica
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Estudos de intervenção
Aqui entram os estudos, onde o investigador introduz algum elemento crucial para a transformação do estado de saúde dos indivíduos ou grupos participantes do estudo.
Visando testar hipóteses etiológicas ou avaliar eficácia ou efetividade de procedimentos diagnósticos, preventivos, ou terapêuticos.