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CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [1] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 APOSTILA CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [2] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 APRESENTAÇÃO Este trabalho é composto de notas de aulas sobre o tema: CURTO CIRCUITO, integrante da disciplina ANÁLISE DE SISTEMA DE ENERGIA ELÉTRICA II. Foi elaborado pelo Prof. Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA, do Departamento de Engenharia Elétrica da FAET/UFMT, mediante concentração de material de aulas ministradas ao longo de vários anos. A composição (digitação, desenho, reprodução) foi realizada pela Coordenação de Ensino de Graduação em Engenharia Elétrica, com a participação de alunos bolsistas. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [3] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 SUMÁRIO CONSIDERAÇÕES INICIAIS 4 ANÁLISE DE SISTEMAS ELÉTRICOS 5 CURTOS CIRCUITOS 6 CURTOS CIRCUITOS SIMÉTRICOS 12 ASSIMETRIA DAS CORRENTES DE CURTO CIRCUITO 26 FONTES ALIMENTADORAS DE CURTOS CIRCUITOS 29 BARRA INFINITA 29 SISTEMAS ASSIMÉTRICOS 30 COMPONENTES SIMÉTRICAS DE SEQUENCIA 31 DESLOCAMENTO DE FASES DE TRANSFORMADORES 37 REDES DE SEQUÊNCIA 38 CIRCUITOS EQUIVALENTES DE SEQUÊNCIA 42 CURTOS CIRCUITOS ASSIMÉTRICOS 55 1. CURTO CIRCUITO FASE TERRA 56 2. CURTO CIRCUITO FASE FASE 60 3. CURTO CIRCUITO FASE FASE TERRA 65 ESTUDO COMPARATIVO DOS DEFEITOS 78 CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [4] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 1. Sistema Elétrico É a associação de componentes elétricos a fim de permitir a circulação da corrente (potência) elétrica de forma adequada (continuidade – duração e frequencia, conformidade – níveis de tensão, perdas, etc.) e econômica, desde as fontes de produção até os centros de consumo. É constituído das usinas geradoras (hidrelétricas, termelétricas – carvão mineral, derivados de petróleo, biomassa e nuclear – eólica), subestações elevadoras, linhas de transmissão, subestações rebaixadoras, e redes de distribuição de média e alta tensão. Comumente, denominam- se as redes de distribuição como sistema de distribuição, incluindo os transformadores de distribuição, separando-as do sistema elétrico, também denominado sistema de potência. A maioria dos sistemas elétricos funciona com correntes trifásicas alternadas, incluindo, em algumas situações, elos de transmissão em corrente contínua. Atualmente encontram-se em pesquisa outras tecnologias para construção de sistemas elétricos (hexafásico, meia onda, etc.) Em condições normais de operação, o sistema elétrico é equilibrado, ou seja, as grandezas trifásicas de tensão e corrente possuem mesmo módulo e mesma defasagem angular, caracterizando-o como simétrico. Para isso, os componentes do sistema são construídos com parâmetros físicos idênticos nas três fases, e as cargas são distribuídas de forma proporcional nas 3 fases. Os sistemas elétricos simétricos são representados por meio dos diagramas unifilares, isto é, apresentam apenas uma fase do sistema, já que os fenômenos que ocorrem em uma fase são idênticos àqueles das demais, apenas considerando-se a defasagem angular. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [5] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 2. Análise dos Sistemas Elétricos A análise dos sistemas elétricos é efetuada por meio de estudos de sua operação em condições normais, e em situações de emergência, quando uma ou mais partes do mesmo encontram-se desativadas por um motivo qualquer. Esses estudos constam da avaliação dos níveis de tensão em todos os barramentos do sistema, das potências transferidas de um barramento a outro, das perdas de potência nas linhas e nos transformadores, assim como da distribuição da geração entre as diversas fontes de produção, das manobras de equipamentos de compensação reativa, etc. Também são estudadas as diversas condições anormais de funcionamento dos sistemas elétricos, denominadas curtos circuitos, a fim de se encontrar os valores de sobrecorrentes e/ou sobretensões experimentadas pelo mesmo, especificar equipamentos de potência, dimensionar os sistemas de aterramento e definir os sistemas de proteção. Ainda existem outros tipos de estudos de sistemas elétricos, mais especializados, porém com campo de aplicação mais restrito, destacando-se dentre eles os estudos de estabilidade, de sobretensões e da qualidade do fornecimento da energia elétrica. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [6] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 3. Curtos Circuitos 3.1 Definição Curto circuito é uma ligação direta entre dois ou mais pontos do sistema elétrico que apresentam diferença de potencial entre si (módulo e/ou ângulo de fase), tendo como consequência uma brusca variação nos valores da corrente e da tensão. Trata-se de uma falha total ou parcial do isolamento do condutor, podendo também ser designado por falta ou defeito. Os curtos circuitos podem ocorrer pela variação das características dielétricas do isolamento, por ação mecânica, pela queda de corpos estranhos, pela ionização do ar, etc. A maioria dos curtos circuitos ocorridos nos sistemas elétricos é provocada por descargas elétricas, que se descarregam nos isoladores, provocando defeitos entre uma fase e a terra. Apenas 5% dos curtos circuitos envolvem as três fases do sistema. Ainda podem haver falhas entre as duas fases do sistema, envolvendo ou não a terra. A ocorrência de curtos circuitos modifica substancialmente as condições de operação do sistema elétrico, levando-o ao desequilíbrio na maioria dos casos, com exceção do curto circuito trifásico, que mantém o sistema em condições simétricas. Dependendo do número de fases e da duração, este tipo de defeito pode receber as classificaçõesabaixo determinadas: 3.2 Tipos de curtos circuitos quanto ao número de fases envolvidas 3.2.1 Curtos circuitos simétricos 3.2.1.1 Curtos circuitos Trifásicos envolvendo ou não o Neutro (Terra) A B C A B C CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [7] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 3.2.2 Curtos circuitos assimétricos 3.2.2.1 Curtos circuitos: Bifásico (Fase-Fase) e Bifásico para a Terra (Fase–Fase-Terra): A B C A B C 3.2.2.2 Curto circuito Monofásico ou Fase–Neutro (Terra): A B C CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [8] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 3.3 Tipos de curtos circuitos quanto à duração 3.3.1 Permanentes São aqueles também conhecidos como sólidos, pois não são eliminados com a abertura dos circuitos a eles conectados. São provocados pela queda de objetos sólidos sobre os condutores das linhas de transmissão ou das subestações ou mesmo pela queda dos mesmos ao solo. Outro exemplo da causa é o esquecimento de chave de aterramento fechada após uma manutenção. 3.3.2 Transitórios São aqueles que têm sua causa eliminada com a abertura dos circuitos a ele conectados. São muitas vezes provocados pela ação do vento ou pela ionização do ar ao redor dos condutores energizados, devido, por exemplo, a queimadas ou excesso de poluição ambiental. Logo após a eliminação da causa do curto circuito o funcionamento normal do sistema elétrico se restabelece. Pode ser feita a interrupção do circuito defeituoso, deixando o ar desionizar-se, e os circuitos podem novamente serem energizados sem que haja risco de se manter o curto circuito. 3.3 Objetivo e aplicações do Estudo do Curto Circuito O objetivo do estudo do curto circuito é conhecer o valor das correntes e tensões nos diversos pontos de interesse do sistema elétrico para cada tipo de curto circuito que se julgue importante de ocorrer. Com esses resultados são feitos dimensionamentos, especificações e verificações de superação de diversos tipos de equipamentos. Esses valores são também utilizados nos projetos de proteção dos sistemas elétricos, principalmente na seleção e coordenação dos dispositivos de proteção. As principais aplicações das correntes e tensões resultantes dos cálculos dos curtos circuitos são detalhadas a seguir: a) Especificações de equipamentos As correntes de curto circuito são consideradas para o dimensionamento dos equipamentos nos aspectos térmico e mecânico. O primeiro, refere-se ao curto período em que as partes condutoras dos equipamentos devem suportar a circulação de sobrecorrentes de curto circuito até que atue, a proteção. O segundo, relaciona-se à força mecânica a qual está submetida os equipamentos, quando ocorre o aparecimento de correntes instantâneas de valor elevado. As sobretensões resultantes dos defeitos que envolvem a terra são consideradas na definição dos tipos de para-raios, de forma a evitar que esses equipamentos operem durante a ocorrência dos curtos circuitos. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [9] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 b) Definição dos sistemas de proteção Os valores das correntes e das tensões resultantes da ocorrência dos curtos circuitos em diversas situações de geração e de carga dos sistemas elétricos, são utilizados para definir os diversos tipos de equipamentos de proteção e suas faixas de atuação, de modo a não permitir o funcionamento dos sistemas elétricos em qualquer situação de defeito. c) Dimensionamento dos sistemas de aterramento: As correntes de curtos circuitos que envolvem a terra são utilizadas para o dimensionamento de sistemas de aterramento, tanto das estruturas das linhas de transmissão, quanto das subestações, de forma a permitir seu escoamento para a terra, sem causar danos materiais às instalações e, principalmente, às pessoas que circulam nas proximidade das mesmas. 3.4 Condições de análise dos curtos circuitos Nos estudos de curtos circuitos são utilizadas algumas variações da rede de transmissão e do parque gerador no sentido de se pessimizar as condições sobre a análise: 3.4.1 Curto circuito máximo São considerados todos os circuitos em operação e também as usinas com todos os geradores ligados ao sistema. O objetivo deste estudo é geralmente a determinação das máximas correntes de curto circuito, para serem utilizadas nas especificações dos equipamentos e dimensionamento dos barramentos. 3.4.2 Curto circuito mínimo São considerados fora de serviço os circuitos normalmente desligados nas situações de baixo carregamento da transmissão e também a geração mínima prevista para cada usina. Estes resultados são usados para ajuste de proteção e a análise de alguns transitórios que se tornam mais severos nessas condições, como é o caso da partida de motor de grande porte. É evidente que cada caso deverá ser analisado em separado para o estabelecimento das condições mais apropriadas ao estudo, tendo em vista principalmente os ajustes da proteção. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [10] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 3.5 Configurações especiais do sistema elétrico Quando se está especificando equipamentos de uma subestação é ainda muito utilizada a corrente de curto circuito total nos barramentos, porém esse critério pode ser muito pessimista pois na realidade a máxima corrente que passará em qualquer vão (bay) da subestação em condições normais de curto circuito será esse valor anterior decrescido da contribuição que chega pela respectiva conexão. Na realidade existe outra condição que pode ocorrer quando o sistema elétrico configura-se em malha, em que a solicitação dos equipamentos pode ser maior que aquela mostrada anteriormente. É o caso quando se tem um curto circuito próximo ao barramento, porém com a outra extremidade da linha de transmissão aberta. Essa condição é conhecida como de linha aberta ou "line out". I t I t Disjuntor aberto CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [11] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Essa condição pode ocorrer por vários motivos, por exemplo, a falta de proteção primária no extremo em que houve o curto circuito ou mesmo por temporização intencional, ou no caso de transformadores com disjuntor no lado de alta mais rápido queo de baixa. Com o cálculo do curto circuito pode-se tabém estabelecer equivalentes de sistemas em termos de parâmetros longitudinais (R e X) para uma determinada área da rede global. Esses equivalentes são fornecidos pelas impedâncias (ou simplesmente reatâncias) entre as barras de fronteira e delas para geradores ideais ou fictícios, podendo-se assim eliminar as regiões como esquematizado abaixo: Antes: ÁREA RETIDA ÁREA A SE TORNAR EQUIVALENTE BARRAS FRONTEIRA Depois: ÁREA RETIDA EQUIVALENTE Esses equivalentes são muito úteis pois permitem estudar com precisão o curto circuito na área retida e com muito menos esforço computacional (ou manual). Esse artifício é também utilizado em situações analógicas (*TNA*) onde é impossível representar as redes completas. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [12] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 CURTOS CIRCUITOS SIMÉTRICOS 1. Introdução Trata-se, apenas, dos curtos circuitos que mantém as correntes equilibradas, portanto simétricas, após a sua ocorrência sendo nula a tensão entre as fases no ponto da aplicação. É denominado curto circuito trifásico. Esse tipo de curto circuito ocorre no caso da ligação das três fases simétricas simultaneamente, entre sí, com impedância desprezível. É indiferente se o curto circuito envolve ou não o neutro (terra). CARGA FONTE PONTO DE APLICAÇÃO DO CURTO CIRCUTO 2. Cálculo das correntes de curto circuito Seja a condição: O valor da corrente será: = p.u. Obs.: existindo uma impedância de falta (curto circuito) - Zf, será: = p.u. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [13] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 3. Representação do sistema elétrico Considera-se o sistema elétrico adiante, representado pelo seu diagrama unifilar, uma vez que este se encontra equilibrado na condição anterior a ocorrência de curto circuito, considerada pré-falta. G1 G2 T1 T2L2 L3 L1 A partir dessa representação, monta-se o seguinte diagrama de impedâncias, onde o neutro pode deixar de ser representado por simplificação: Os geradores e transformadores são representados pelas suas reatâncias devido aos valores bastante elevados da relação X/R desses equipamentos. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [14] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 4. Método Aproximado de Cálculo Para os casos de estudos de curtos circuitos elaborados manualmente, aplicáveis em sistemas de tensões relativamente baixas (< 69 kV), nos quais, a precisão dos resultados não é essencial, utilizam-se simplificações na representação dos sistemas, conforme a seguir: - As linhas de transmissão são representadas apenas pelas suas reatâncias indutivas, desprezando-se resistências e capacitâncias. Normalmente a resistência é desprezível em relação a reatância indutiva, e a capacitância não é significativa para tensões não elevadas; - O sistema elétrico opera em vazio (sem carga), uma vez que o valor da corrente de curto circuito é muito maior que o da corrente de carga na grande maioria dos casos; - Os valores das tensões nos barramentos no período anterior ao defeito (pré-falta), são iguais a 1,0 p.u., qualquer que seja o ponto do defeito; - Todos os transformadores do sistema operam na relação nominal (TAP = 1); Assim, o sistema anterior passa a ser representado da seguinte forma: 5. Redução do sistema elétrico Para o cálculo das correntes de curto circuito nos sistemas elétricos, os mesmos devem ser reduzidos à condição inicial, ou seja: uma fonte de tensão em série com uma impedância (reatância). Para isso utiliza-se o teorema de Thévenin, transcrito a seguir: As variações de tensões e correntes ao longo de um sistema elétrico, consequente da ligação de uma impedância qualquer entre dois pontos desse sistema, são idênticas àquelas ocasionadas por uma f.e.m de valor e polaridade iguais às da tensão que existia entre esses dois pontos, antes da introdução dessa impedância ligada em série com a impedância equivalente do sistema, considerando todas as fontes de tensão curto circuitadas. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [15] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Assim, o seguinte sistema elétrico: Za b É idêntico a: Zeq Z Definem-se como índices: - 0 para a condição pré-falta; - f para a condição pós falta. Para cálculos de curto circuito num barramento genérico, conforme a seguir: Pode-se escrever: ( ) ( ) Onde: é a impedância equivalente do sistema no barramento k. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [16] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 6. Potência de curto circuito No ponto de defeito a potência é nula, porque a tensão é nula. No entanto, é praxe definir a potência de curto circuito, como produto da tensão nominal pela corrente de curto circuito. √ (MVA) (p.u) Como 1,0 p.u. , pode-se escrever: = (p.u) (MVA) Sabendo-se que: (p.u) Pode-se escrever: Sendo Z a impedância equivalente do sistema no ponto do defeito, em p.u. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [17] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 7. Exemplo Determinar as correntes, tensões e potências de curto circuito trifásico no barramento 5, do seguinte sistema elétrico: G1 G2 1 2 3 4 5T1 T2L2 L3 L1 G1: 100MVA T1:125 MVA V=13,8 kV 13,8/230 kV X"d = 25% X = 15% G2: 50 MVA T2: 50 MVA V= 6,9 kV 6,9/230 kV X"d = 30% X = 15% L1: 100 km x = 0,5 Ω/km L2: 50 km x = 0,5 Ω /km L3: 50 km x = 0,5 Ω /km Solução: a) Montagem do diagrama de impedâncias Base: 100 MVA - 6,9 - 13,8 - 230 kV = j 0,25 p.u.CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [18] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 1 2 3 4 5 j 0,25 j 0,12 j 0,047 j 0,095 j 0,047 j 0,30 j 0,60 b) Redução do Sistema Elétrico e Cálculo da Impedância Equivalente A redução do sistema é efetuada com a aplicação do teorema de Thévenin, calculando impedâncias equivalentes de acordo com os tipos de ligações observadas. j 0,25 j 0,12 j 0,047 j 0,095 j 0,047 j 0,30 j 0,60 série série CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [19] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Das ligações série resulta: j 0,27 j 0,047 j 0,095 j 0,047 j 0,90 X2X1 X3 Aplicando-se a transformação triângulo-estrela vem: = j = j p.u. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [20] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Das ligações série pode-se encontrar: j 0,3936 j 0,9236 j 0,0117 paralelo Com o resultado da ligação paralela encontra-se o seguinte sistema: j 0,0117 j 0,276 série E finalmente vem: J 0,2877 CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [21] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 c) Cálculo da Corrente de Defeito If , 5 Xs , 5 = j 0,2877 0E = 1,0 √ d) Distribuição das Correntes de Curto Circuito A distribuição das correntes ao longo do sistema elétrico é efetuada de maneira contrária a sua redução, expandindo o sistema para seu retorno a condição inicial. Lembrando que a corrente se distribui nos dois ramos paralelos, de forma inversamente proporcional às reatâncias desses ramos, pode-se encontrar: CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [22] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 j 0,3936 j 0,9236 I I’ Zf, 5 = - j 3,476 j 0,0117 A distribuição das correntes no interior do triângulo é efetuada da seguinte forma: X 2X 1 X 3 I I23 X23 32 5 I’ I 25 I 3 5 X 35X 25 Calcula-se inicialmente a diferença de potencial entre os barramentos: CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [23] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 ( ) ( ) A partir desse valor, calcula-se a corrente no ramo respectivo: Analogamente pode-se calcular: A corrente no ramo 2-3 pode ser calculada através da aplicação da 2ª lei de Kirchoff na barra 2, conforme a seguir: ( ) E finalmente o sistema elétrico apresenta-se como adiante, com as correntes distribuídas em todos os seus ramos: -j 2,437 -j 1,0387 -j 2,0891 -j 3,476 -j 1,3 869 -j 0,3479 CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [24] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 e) Cálculo das Tensões nos Barramentos No ponto de defeito a tensão é nula, apresentando ganhos proporcionais ao produto corrente x tensão, conforme a seguir: ( ) ( ) ( ) ( ) Conclusão: A tensão nos geradores é igual a 1,0 mantendo-se no mesmo valor da condição pré- falta, já que o sistema é considerado em vazio. f) Cálculo das Potências de Curto Circuito Os valores das potências de curto circuito em p.u. são iguais aos das correntes, sendo assim: CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [25] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Transformando para valores reais vem: MVA MVA MVA Observe-se que o valor da potência de curto circuito indica a índice de severidade do defeito no barramento que se está avaliando, assim como as contribuições dos geradores, que são submetidos a elevadas sobrecargas. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [26] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 ASSIMETRIA DAS CORRENTES DE CURTO CIRCUITO A ocorrência de um curto circuito em um sistema elétrico muda, de forma abrupta, seu funcionamento. Até que o curto circuito se estabeleça, o sistema passa por um período transitório, quando se verificam valores instantâneos elevados da corrente elétrica. Sabendo-se que, associada à circulação de uma corrente elétrica, existe uma força mecânica, cujo valor é proporcional à intensidade dessa corrente, F ~ (2*I)² necessário se faz encontrar o maior valor de corrente que aparecerá no sistema, de forma a permitir conhecer o maior esforço mecânico ao qual os componentes desse sistema serão submetidos. Considera-se o seguinte circuito elétrico: k R L Em regime permanente é representado pelas seguintes expressões: ( ) √( ) ( ) √ ( ) Imediatamente após o fechamento da chave k, o circuito energizado, passa a ser representado pela expressão a seguir: ( ) ( ) ( ) Cuja solução é apresentada por: ( ) √ ( ) √ ( - ) Onde: Desta forma, observa-se que a equação da corrente apresenta uma componente senoidal (Iac), associada a uma componente de corrente continua amortecida (Idc), função de ( - ). CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [27] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Na prática, para fins de especificação de equipamentos quanto ao aspecto mecânico, interessa o valor máximo de corrente assimétrica. Sendo assim: ( ) Então: E daí: ( ) √ √ ( ) Onde: ( ) é o máximo valor assimétrico da corrente de curto circuito. Cujo valor eficaz de corrente vale: √ Sendo: chamado valor eficaz da corrente continua. Encontra-se √ A função ( ) é representada graficamente da seguinte forma: t I max. I max. I ass. I A.C. I D.C. Fisicamente o gráfico mostra i (t) = 0, para t = 0 que significa corrente nula no instante de ligação da chave, já que antes de fechar a chave não circula corrente no circuito. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [28] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Considerando a seguir o valor eficaz da corrente, observa-se que: √ √ Obs. t= 0 corresponde aos primeiros ciclos √ GRAU DE ASSIMETRIA Define-se grau de assimetria a, conforme a seguir √ √ Observa-se que: Conclui-se que para não há assimetria na corrente, o que é verificado a partir do estabelecimento do defeito. FATOR DE MULTIPLICAÇÃO O fator de multiplicação m é uma constante que multiplicada pelo valor eficaz da corrente indica o valor assimétrico eficaz da mesma, que é importante para definir o índice de assimetria a ser considerado no transitório. Então: √ √ Observa-se que: √ CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [29] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 FONTES ALIMENTADORAS DE CURTO CIRCUITO Dependendo do local do sistema elétrico onde se deseja calcular a corrente de curto circuito, principalmente nos barramentos de tensão menos elevada, e que alimentam muitas cargas industriais, constituídas de motores de grande porte, deve-se dar tratamento especial a esses motores. Assim como os geradores, os motores têm valores variados de reatâncias de acordo com o período de tempo decorrido após um curto circuito. Quando um motor é curto circuitado, não mais recebe energia da rede, porém seu campo permanece energizado, e a inércia do rotor e da carga mantém sua rotação por um período de tempo não definido. A tensão interna dos motores faz com que eles contribuam com corrente para o sistema, atuando como geradores. Assim, nos cálculos de corrente de curto circuito, os valores das reatâncias dos motores devem ser representados no sistema e a redução da rede efetuada normalmente usando o teorema de Thévenin. Dessa forma os motores síncronos, compensadores síncronos e motores de indução são representados normalmente pelas suas reatâncias subtransitórias multiplicadas por fatores de correção variáveis conforme o tipo e a potência do motor, uma vez que os tempos de contribuição são diferentes para os diversos tipos de motores. BARRA INFINITA É a barra do sistema elétrico que mantém a tensão e a frequência constantes quando ocorre curto circuito a jusante da mesma, sendo considerada como de potência infinita. Este conceito é aplicado para dispensar a representação de todo o sistema elétrico, no caso de curtos circuitos afastados da geração. Para ser possível utilizar esse recurso, a potência nessa barra deve ser da ordem de mil vezes maior que a do ponto do defeito, o que ocorre geralmente nas barras de tensões superiores. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [30] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 SISTEMAS ASSIMÉTRICOS Quando as fases do sistema elétrico apresentam valores distintos em módulo e/ou defasagem angular caracterizam um sistema desequilibrado, portanto assimétrico. Nesse caso, os conhecimentos de circuitos elétricos não são aplicáveis, uma vez que foram desenvolvidos a partir da condição de simetria. Para contornar essa situação, utilizam-se componentes simétricas, de forma a permitir a transformação dos sistemas assimétricos em sistemas simétricos. 1. Componentes Simétricas As componentes simétricas são definidas a partir da caracterização da sequência dos fasores que representam as grandezas de fase do sistema trifásico ao longo do tempo. 1.1 Sequência positiva: caracteriza-se pela sequência dos fasores a, b, c, a, ... Ic Ia Ib 1.2 Sequência negativa: caracteriza-se pela sequência dos fasores a, c, b, a, ... Ib Ia Ic 1.3 Sequência zero: caracteriza-se pela inexistência de defasagem angular entre os fasores, que circulam conjuntamente. Ia Ib Ic CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [31] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 2. Componentes simétricas de sequência As componentes simétricas caracterizam-se por apresentarem as seguintes condições: Mesmo módulo; Mesma defasagem angular. Operador "a": Define-se o operador a, largamente empregado no uso das componentes simétricas, conforme a seguir: Cuja potência de 2 ordem é: Então: E finalmente pode-se escrever a seguinte propriedade: A seguir pode-se definir as componentes simétricas de sequência: 2.1. Sequência positiva Sejam os seguintes fasores: CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [32] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Numericamente representados por: Podendo ser escrito na forma matricial conforme a seguir: [ ] [] 2.2. Sequência negativa Sejam os seguintes fasores: Numericamente representados por: Que na forma vetorial é: [ ] [ ] CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [33] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 2.3 Sequência zero Sejam os seguintes fasores: Ia 0 Ib 0 Ic 0 Numericamente representados por: [ ] [ ] E vetorialmente por: [ ] [ ] Conhecendo-se as componentes simétricas de sequência, pode-se transformar qualquer sistema assimétrico em três sistemas simétricos, desde que os fasores tenham a mesma frequência através do teorema de Fortescue, conforme a seguir: Tendo-se três fasores: de mesma frequência, pode-se escrever: E utilizando-se das expressões obtidas anteriormente, vem: CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [34] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Podendo-se escrever matricialmente como a seguir: [ ] [ ] [ ] Sendo: [ ] [ ] vetor das componentes de fase. [ ] [ ] vetor das componentes simétricas. [ ] [ ] matriz de composição Pode-se ainda escrever: [ ] [ ] [ ] Multiplicando-se ambos os lados da equação por [ ] , vem: [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] Então: [ ] [ ] [ ] Sendo: [ ] [ ] matriz de decomposição. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [35] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Assim: ( ) ( ) ( ) Exemplo: Sejam os seguintes fasores: Pode-se decompor em componentes simétricas. [ ] [ √ √ ] 2. Propriedades da Componente Simétrica de Sequência Zero 3.1 Em um circuito trifásico somente haverá componente de sequência zero de corrente na linha, enquanto houver circulação de corrente pelo neutro. Seja a ligação estrela a seguir: Onde são correntes de fase e , corrente de neutro. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [36] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Sendo e: Então: e consequentemente: 3. 2 As correntes de sequência zero só poderão circular dentro de uma ligação do tipo triângulo. Seja a ligação triângulo a seguir: Ib Ia Ic a b c Se a ligação triângulo estiver aberta, não haverá circulação de corrente na linha. Então: E consequentemente Para o nó a pode-se escrever: , então CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [37] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 3.3 As tensões entre fases não possuem componentes de sequência zero. Sejam as tensões: Somando-se as três tensões fase- fase encontra-se o seguinte: Então não podem ter componentes de sequência zero, que por estarem em fase entre si, têm seu valor triplicado quando somadas as três fases. 3. Deslocamento de fases de transformadores Existem dois grupos de transformadores, de acordo com o tipo de ligação dos seus enrolamentos, conforme a seguir: )Grupo e ) Grupo e No grupo não há defasagem angular entre os enrolamentos primário e secundário, porém no grupo observa-se defasagem angular de entre os enrolamentos. Por norma, as correntes de alta tensão estão avançadas das de baixa tensão. Isso ocorre quando a sequência de fases é considerada positiva. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [38] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 REDES DE SEQUÊNCIA Os circuitos constituídos de grandezas representadas pelas componentes simétricas constituem as redes de sequência, que possuem comportamento específico conforme será visto a seguir: Acoplamento das redes de sequência: Para o sistema trifásico representado a seguir: Ia Ib Ic Za Zb Zc Sabe-se que: [ ] [ ] [ ] Onde: [ ] [ ] Transformando em componentes simétricas, vem: [ ][ ] [ ][ ][ ] Os dois lados da equação podem ser multiplicados por , conforme a seguir: [ ] [ ] [ ] [ ] [ ][ ] [ ] CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [39] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Chamando A de matriz das componentes de sequência de impedância, pode-se escrever: [ ] [ ][ ] Operando a equação A, encontra-se a seguinte matriz: [ ] [ ] Daí para as redes de sequência, vem: [( ) ( ) ( ) ] [( ) ( ) ( ) ] [( ⁄ ) ( ) ( ) ] Admitindo-se , o que normalmente ocorre em sistemas elétricos, encontra-se redes desacopladas e muito simplificadas. [ ] [ ] Assim: [ ] [ ] Ou: CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [40] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Influência do acoplamento magnético Neste caso o sistema trifásico é representado conforme a seguir: Ia Ib Ic Za Zb Zc Sendo Z a impedância própria do sistema e sua impedância mútua,a tensão é representada pela seguinte equação: ( ) Expandindo para as outras fases encontra-se: [ ] [ ] [ ] Sabendo-se que: Pode-se escrever: CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [41] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Então: [ ] [ ] [ ] [ ] Multiplicando-se ambos os lados por , obtém-se: [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] Operando, vem: [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] Daí: ( ) ( ) ( ) E, finalmente: CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [42] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 CIRCUITOS EQUVALENTES DE SEQUÊNCIA A seguir são apresentados os circuitos equivalentes de sequência dos componentes dos sistemas de forma a permitir a montagem das respectivas redes de sequência equivalentes. 1. Geradores 1.1. Reatâncias Em geral: 1.1.1. Sequência positiva: O fluxo magnético produzido pela corrente de sequência positiva gira no mesmo sentido do rotor dos geradores, sendo estacionário em relação a esse, portanto o valor de é considerado o mesmo de 1.1.2. Sequência negativa: O fluxo magnético produzido pela corrente de sequência negativa gira em sentido contrário ao sentido do rotor, defasado de e varre a periferia desse, variando sua posição, alternadamente, em relação aos eixos direto e em quadratura, sendo assim: Porém, geralmente considera-se 1.1.3. Sequência zero: Como as correntes de sequência zero não estão defasadas, não existe fluxo magnético no entreferro, pois a distribuição das bobinas ao longo da armadura é feita de tal ordem, que as curvas senoidais de Força Magneto Motriz (F.M.M.) nas três fases do sistema ficam defasadas de e se anulam. Existe apenas a reatância de dispersão, resultante de pequenas distorções que podem ocorrer nas máquinas, apresentando valor significativamente menor que os de e . Esse valor normalmente não é representado, devido às condições de aterramento do sistema elétrico. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [43] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 1.2. Tensões sequenciais: Considerando-se as três fases do sistema elétrico ligadas em Y, conforme a seguir: Va VbVc Ec Ea=E Eb Z ZZ Pode-se escrever: [ ] [ ] [ ][ ] Transformando-se em componentes simétricas vem: [ ][ ] [ ] [ ][ ][ ] Multiplicando ambos os lados da equação por , encontra-se: [ ] [ ] [ ] [ ] [ ][ ][ ] E daí: [ ] [ ] [ ][ ] Sendo: [ ] [ ] [ ] CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [44] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Que, na forma matricial é escrito conforme a seguir: [ ] [ ] [ ] Ou: [ ] [ ] [ ] Efetuando a multiplicação matricial pode-se encontrar: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) Voltando a equação inicial, encontra-se o seguinte: [ ] [ ] [ ] [ ] Ou: Conclui-se que a fonte de tensão dos geradores somente é representada na rede de sequência positiva, simbolizada, portanto, por . CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [45] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 2. Linhas de transmissão 2.1.Seqüência positiva Representa-se por meio do circuito equivalente, com os valores dos parâmetros (R, X, Y) calculados a partir das correntes trifásicas sem se considerar a sequência das fases. Y/2 Z Y/2 Z J X1 ≈ ≈ 2.2. Sequência negativa É igual à sequência positiva, já que a sequência de fases não é considerada no cálculo dos parâmetros. Então: 2.3. Sequência zero Sendo as correntes iguais, isto é, em fase, seu retorno é feito pela terra e pelos cabos pára-raios. Os campos magnéticos criados por estas correntes são bastante diferentes daqueles resultantes das correntes senoidais. Sendo assim: ( ) Para o cálculo desse parâmetro, utilizam-se métodos com o emprego de matrizes de transformação. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [46] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 3. Transformadores 3.1. Sequência positiva É representada pela própria reatância do transformador conforme a seguir: J X1 3.2. Sequência negativa É igual à sequência positiva, já que a sequência das fases não modifica o parâmetro desse equipamento. 3.3. Sequência zero Depende do tipo de ligação do transformador, quanto à possibilidade de circulação da corrente de sequência zero, conforme a seguir: a) ligação Iop Iop Iop 3Iop Ios Ios Ios 3Ios CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [47] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Neste caso as correntes encontram caminho para circular livremente conforme a seguir: Xp Xs Xm Como Considera-se , resultando no seguinte circuito equivalente: X ps Iop Ios E finalmente: CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [48] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 b) ligação Iop Iop Iop 3Iop Neste caso, as correntes não encontram caminho para circular e o circuito equivalente apresenta-seda seguinte forma: Xp Xs Xm Ou conforme a seguir: X 0 e finalmente CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [49] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 c) ligação Iop Iop Iop 3Iop Neste caso as correntes circulam apenas dentro do transformador, resultando no seguinte circuito equivalente: Xs Xm Iop Xp Ios = 0 Ou ainda: X0 = Xps CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [50] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 E finalmente: Para facilitar a montagem do circuito equivalente adota-se um método prático, por meio de um esquema de ligações de chaves através de duas regras básicas, conforme adiante: Regras: 1) Sem num lado do transformador há possibilidade física de circular corrente de sequência zero na linha, fecha-se a chave correspondente; 2) Se num lado do transformador há possibilidade física de circular corrente de sequência zero nos enrolamentos, mas não na linha (ligação ), fecha-se a chave b correspondente. Exemplo: Montar o circuito equivalente do seguinte transformador: CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [51] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Xp Xs Xm aa b b Xt a b S T Xp Xt S T P CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [52] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Exemplo: Montar as redes de sequência do seguinte sistema elétrico: G1: 100 MVA 13,8 kV X.d =25% X2 = 25% X0 = 8% T1: 125 MVA 13,8 / 230 kV X = 15% L1: 100 km X2 = X1 = 0,5 Ω L2: 50 km X0 = 2,0 Ω L3: 50 km BASE: 100 MVA 230 /13,8 kV Cálculo das reatâncias de sequência G1 : X1 = j 0,25 p.u. X2 = X1 = j 0,25 p.u. X0 = j 0,08 p.u. T1 : X1 = j 0,15 = j 0,12 p.u. X2 = X1 = j 0,12 p.u. X0 = X1 = j 0,12 p.u. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [53] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 L1 : j 0,5 x 100 = j 50Ω X1 = j 50 x = j 0,095 p.u. =X2 X0 : j 2,0 x 100 = j 200Ω X0 = j 200 x = j 0,38 p.u. L2 e L3 : X1 j 0,5 x 50 = j 25 Ω X1 = j 25 x = j 0,047 p.u. = X2 X0 = j 2,0 x 50 = j 100Ω X0 = j 100 x = j 0,19 p.u. Montagem das redes de sequencia 1) Sequencia positiva Com o resultado da ligação série, em paralelo com a impedância da linha L vem: E finalmente: CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [54] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 2) Sequencia negativa Observa-se que todos os componentes do sistema elétrico tem seu circuito equivalente de sequencia negativa igual ao de sequencia positiva, a menos do gerador, que não tem a fonte de tensão, podendo ser representado conforme a seguir: Analogamente: Conclui-se então que tendo a rede de sequencia positiva, obtém-se a rede de sequencia negativa apenas com a eliminação da fonte de tensão. 3) Sequencia zero: Inicialmente utiliza-se o método prático, do esquema de ligação de chaves, para montagem do circuito equivalente do transformador. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [55] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 J 0,08 J 0,12 J 0,38 J 0,19J 0,19 a a b b série Considerando a ligação do transformador, sendo no lado do gerador e no lado da linha, a ligação série das impedâncias das linhas e s e com esta a ligação paralela com a linha , vem: J 0,12 J 0,19 E finalmente: If 0 X0 = j 0,31 Vf 0 CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [56] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 CURTOS CIRCUITOS ASSIMÉTRICOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS Faltas assimétricas são aquelas que desbalanceiam o sistema, isto é, sua ocorrência resulta em fluxos de corrente e em valores de tensão diferentes nas três fases distintas do sistema elétrico. Isso ocorre quando uma ou duas fases do sistema são ligadas à terra, ou duas fases entre si, por meio de uma impedância de defeito, ou não. A condição anterior à ocorrência do defeito é simétrica e todas as aproximações utilizadas nos cálculos para faltas simétricas são mantidas. O método de cálculo consiste em associar as redes de sequência, considerando as condições específicas de cada tipo de curto circuito que se pretende analisar. CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [57] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 1. CURTO CIRCUITO FASE TERRA (NEUTRO) Também chamado curto circuito monofásico, é a ligação direta, ou por meio de uma impedância de falta, de uma fase do sistema elétrico à terra. Representa-se conforme a seguir Condições específicas do curto circuito: A metodologia é desenvolvida de forma analítica, conforme a seguir, resultando na associação das redes de sequência apresentadas adiante. Transformando em componentes simétricas vem: Sendo e 0, então: CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [58] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 E daí: Por outro lado:Sendo , vem: ( ) ( ) ( ) Das redes de sequência pode-se escrever: Então: E substituindo nas equações encontradas anteriormente, vem: Ou: ( ) Daí: ( ) CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [59] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 E finalmente: ( ) ( ) ( ) Associação das redes de sequência: Sendo = , as redes estão ligadas em série, e a partir da equação de , pode-se associar as três redes de sequência, conforme a seguir: E1 X1 X2 X0 If 1 Vf 1 Vf 0 Vf 2 3Zf If 2 If 0 Conhecendo-se o circuito acima, pode-se escrever: = = CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [60] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Fazendo a composição, vem: E ainda: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [61] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 2. CURTO CIRCUITO FASE FASE Também chamado de curto circuito bifásico, é a ligação direta, ou por meio de uma impedância de falta, de duas fases do sistema elétrico. Representa-se conforme a seguir: Condições específicas do curto circuito: A metodologia também é desenvolvida de forma analítica, conforme a seguir, resultando na associação das redes de sequência apresentada adiante. Decompondo em componentes simétricas, vem: ⁄ ( ) ⁄ ( ) ⁄ ( ) CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [62] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Como e , pode-se escrever: ⁄ ( ( ) ) ⁄ ( ( ) ) ⁄ ( ) E conclui-se que este tipo de curto circuito não envolve a rede de sequencia zero, uma vez que não circula corrente pelo neutro. Sabendo-se que: √ e √ Vem: √ E daí: √ √ Ou: ( ) Por outro lado: Sendo , pode-se escrever: ( ) ( ) ( ) CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [63] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 ( )( ) ( ) Das redes de seqüência, vem: E substituindo nas equações encontradas anteriormente, encontra-se o seguinte: ( ) Como , pode-se escrever: Daí: E finalmente: CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [64] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Associação das redes de sequência: Como e , as redes de sequência positiva e negativa estão ligadas em série com polaridades invertidas, e a rede de sequência zero não faz parte da associação das redes. A partir da equação de , pode-se associar as redes de sequência conforme a seguir: E1 X1 X2 X0 If 1 Vf 1 Vf 0 Vf 2 3Zf If 2 If 0 Conhecendo-se o circuito anterior, pode-se escrever: Fazendo a composição, vem: ( ) √ ( ) √ CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [65] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 E ainda: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [66] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 3. CURTO CIRCUITO FASE FASE TERRA Também chamado curto circuito bifásico envolvendo a terra, é a ligação direta, ou por meio de uma impedância de falta, de duas fases do sistema elétrico e a terra. Representa-se conforme a seguir: Condições específicas do curto-circuito: Para facilitar o desenvolvimento analítico da metodologia, inicialmente será mantida nula a impedância de falta, e a seguir considerada com valor diferente de zero. Esse procedimento resultará na associação das redes de sequência apresentada adiante: Para , obtém-se Transformando para componentes simétricas, vem: Como , pode-se escrever: CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [67] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIAE TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 ( ) ( ) Sendo , então E daí: Como , vem: E daí Substituindo na equação anterior, obtém-se: Ou: Por outro lado: Como , pode-se escrever: ( ) ( ) CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [68] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Ou: Voltando a equação de , e considerando , vem: Sendo , então E daí: Ou: Considerando agora , vem: ( ) Como , pode-se escrever: Ou: CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [69] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Associação das redes de sequência Considerando inicialmente , observa-se que em , e, portanto, as redes de sequência estão ligadas em paralelo, conforme a seguir: E1 X1 X2 X0 If 1 Vf 1 Vf 0 Vf 2 If 2 If 0 No caso de , observa-se , o que resulta em associação das três redes de sequência em paralelo, com queda de tensão na rede de sequência zero de , conforme a seguir: E1 X1 X2 X0 If 1 Vf 1 Vf 0 Vf 2 If 2 If 0 3Zf CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [70] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 As redes associadas podem ser reduzidas nos seguintes equivalentes: Para tem-se que: X1 Vf1 Vf2 E1 X2 X0 Vf0 If1 If2 If0 E considerando o equivalente da ligação paralelo de e , vem: X1 E1 If1 20 20 XX XX + A partir desse circuito pode-se escrever: Desenvolvendo, encontra-se: CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [71] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Das redes de sequência vem: Como , pode-se escrever: Então: ( ) Ou: E também: ( ) Ou: ( ) Sabendo-se que: e CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [72] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 E substituindo pela expressão encontrada anteriormente, obtém-se: No caso de , vem: X1 E1 If1 If2 If0 X2 X0Vf1 Vf1 3Zf Da mesma forma, considerando-se o paralelo de e ( ) obtém-se X1 E1 If1 ( ) 203 203 XXZf XXZf ++ + CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [73] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 A partir desse circuito encontra-se: ( ) ( ) Desenvolvendo, obtem-se: ( ) Das redes de sequência, vem: Como , pode-se escrever: Então: ( ( ) ( ) ) Ou: ( ) CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [74] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Como também , pode-se escrever: Ou: ( ) Então: ( ) ( ( ) ( ) ) Ou: ( )( ( )) Ou ainda: ( ) ( )( ( )) E finalmente: ( ( )) Sabendo-se que e CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [75] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 E substituindo pela expressão encontrada anteriormente, obtém-se: ( ) ( ) Sabendo-se que E substituindo pela expressão encontrada anteriormente, obtém-se: ( ( ) ) Ou: ( ) Fazendo a composição, vem: Para , vem: ( ) Ou: ( ) ( ) CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA [76] MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA. DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA 31 de janeiro de 2012 Como √ e ( )( ) ( ) , pode-se escrever: √ ( ) ( ) Ou: ( ) ( ) Como √ e ( )( ) ( ) , pode-se escrever: √ ( ) Sabendo-se que , obtém-se: Onde representa a corrente de curto circuito bifásico envolvendo a terra que circula pelo neutro. Sabendo-se que: CURTOS CIRCUITOS EM SISTEMAS ELÉTRICOS PROFESSOR: Msc. ERALDO DA SILVA PEREIRA
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