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Anamnese e exame físico

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ROTEIRO OSCE IV 
Lívia Macedo Brito – ac. 4º período 
Tipos de anamnese 
1. O médico deve deixar que o paciente relate livre e 
espontaneamente suas queixas sem nenhuma interferência, 
limitando-se a ouvi-lo. 
2. Anamnese dirigida, o médico, tendo em mente um esquema 
básico, conduz a entrevista mais objetivamente. 
3. O médico deixar, inicialmente, o paciente relatar de maneira 
espontânea suas queixas, para depois conduzir a entrevista de 
modo mais objetivo. 
Técnicas: apoio, facilitação, reflexão, esclarecimento, confrontação, 
interpretação, respostas empáticas e silêncio. 
Roteiro de Anamnese 
•Identificação (ID): Nome, idade, sexo, cor, estado civil (solteiro, casado, 
viúvo), profissão, local de trabalho, naturalidade, residência 
atual/anteriores, nome da mãe, nome do responsável, religião, plano de 
saúde. 
•Queixa Principal (QP): Sintomas referidos pelo paciente. Sempre as 
palavras do paciente e colocar há quanto tempo. Ex.: Dor nas costas há 1 
mês. 
•História da Doença Atual (HDA): Sintoma guia – INÍCIO (Quando 
começou? Foi de início súbito ou gradativo? Teve algum agente 
desencadeante?) 
ROTEIRO OSCE IV 
Lívia Macedo Brito – ac. 4º período 
Características (Localização, duração, intensidade, frequência, tipo); 
Fatores de melhora e piora; Relação com outras queixas; Evolução 
(modificações da doença ao longo do tempo); Situação atual. 
Interrogatório sintomatológico: 
•Sintomas gerais: febre, astenia, alterações do peso, sudorese, calafrios, 
câimbras. 
• Pele: Cor, textura, umidade, temperatura, sensibilidade, prurido, lesões. 
 • Fâneros: Queda de cabelos, pelos faciais em mulheres, alterações nas 
unhas. 
• Cabeça e pescoço: - crânio, face e pescoço: Dor? 
-Pescoço: Dor, tumorações, alterações dos movimentos, pulsações 
anormais. 
- Olhos: prurido, sensação de corpo estranho, dor ocular e cefaleia, 
lacrimejamento, fotofobia, diplopia, nistagmo, escotomas, secreção, etc. 
-Ouvidos: diminuição da acuidade auditiva, dor, otorréia, otorragia, 
prurido, disacusia (hipoacusia, surdez e anacusia), zumbidos, vertigem e 
tontura. 
- Nariz: espirros, rinorréia, obstrução, epistaxe, alteração na fonação, 
diminuição do olfato. 
- Boca e anexos: alterações do apetite, sialose, halitose, glossalgia, 
sangramento (gengival, lingual). 
-Faringe: dor de garganta, odinofagia, dispnéia, disfagia, tosse 
(frequência, tonalidade, presença ou não de expectoração – seca ou 
produtiva -, relação com o decúbito, período em que predomina) e 
halitose. 
- Laringe: dor, dispnéia, alterações da voz, tosse e pigarro. 
- Tireóide: dor, nódulos, bócio. 
- Linfonodos: dor, adenomegalia. Características do nódulo: localização, 
tamanho, mobilidade, consistência, sensibilidade, alterações na pele, 
volume, textura, quantidade. 
- Vasos: pulsação e turgência jugular. 
• Tórax: Dor, alterações no formato, dispneia. 
- Mamas: Dor, nódulos, secreção mamilar. 
ROTEIRO OSCE IV 
Lívia Macedo Brito – ac. 4º período 
CARDIOVASCUCLAR 
- Coração: dor, palpitações, dispnéia, intolerância aos esforços, tosse e 
expectoração, chieira, hemoptise, desmaio (síncope e lipotímia), alteração 
do sono, cianose, edema, astenia e posição de cócoras. 
- Artérias: dor, modificações da cor e da temperatura da pele, alteraçõe 
tróficas e edema. 
- Veias: dor, alterações tróficas (celulite, hiperpigmentação, eczema, 
úlceras e dermatofibrose), hemorragias e hiperidrose. 
RESPIRATÓRIO 
- Traquéia, brônquios, pulmões e pleura: dor torácica, tosse, expectoração 
(volume, cor, transparência e consistência – serosa, mucóide, purulenta e 
hemoptóica), hemoptise (precedida por náusea e vômito?), vômica, 
dispnéia (aos grandes, médios, pequenos esforços ou repouso – 
paroxística noturna, ortopnéia, platipnéia, trepopnéia), chieira, cornagem 
e tiragem. 
• Abdome: 
- Esôfago: disfagia, odinofagia, pirose, dor esofagiana, regurgitação, 
eructação, soluço, sialose e hematêmese. 
-Estômago: dor, náuseas, vômitos, dispepsia e pirose. 
- Intestino delgado: diarréia, esteatorréia, dor, distensão abdominal, 
flatulência e dispepsia, hemorragia digestiva (hematêmese, enterorragia e 
melena). 
- Cólon, reto e ânus: dor, diarreia, obstipação, sangramento anal, prurido 
anal, distensão abdominal, náuseas, vômitos, anemia e emagrecimento. 
- Fígado, vesícula e vias biliares: dor, icterícia, náuseas e vômitos. 
- Pâncreas: dor, náuseas e vômitos, icterícia, diarreia e esteatorreia. 
• SISTEMA GENITURINÁRIO 
- Rins e Vias urinárias: alterações miccionais (hesitação, urgência, 
modificação do jato urinário, retenção urinária, incontinência), alteração 
do volume e do ritmo urinário (oligúria, anúria, poliúria, disúria, 
polaciúria, frequência, noctúria), alterações da cor da urina (hematúria, 
hemoglobinúria, mioglobinúria, porfirinúria, urina turva), alterações do 
cheiro da urina, odor, edema e febre. 
- Órgãos genitais masculinos: dor, priapismo, hemospermia, corrimento 
uretral, disfunções sexuais e manifestações relacionadas com a atividade 
endócrina dos testículos. 
• Sistema hemolinfopoético: Astenia, hemorragia, febre, adenomegalias, 
esplenomegalia, hepatomegalia, dor, icterícia, manifestações cutâneas. 
• Sistema endócrino: 
- Adenohipofise – alterações do desenv. Físico/ sexual, 
- Tireóide/paratireoides/ suprarrenais: manifestações de 
hiper/hipofunção. 
• Coluna vertebral, ossos, articulações e extremidades: 
- Ossos: dor e deformidades. 
- Articulações: dor, rigidez pós-repouso, artrite, crepitação articular e 
algumas manifestações sistêmicas, principalmente febre, astenia, perda de 
peso e anorexia. 
- Coluna vertebral: dor, rigidez muscular. 
• Músculos: fraqueza muscular, dificuldade para andar, mialgia. 
ROTEIRO OSCE IV 
Lívia Macedo Brito – ac. 4º período 
• Artérias, veias, linfáticos e microcirculação: Dor, alterações da 
cor/temperatura da pele, alterações tróficas, edema. 
• Sistema nervoso: transtornos da consciência, dor de cabeça, dor na face, 
tontura e vertigem, convulsões e outros movimentos involuntários, 
ausências, automatismos, amnésia, transtornos visuais, transtornos 
auditivos, manifestações digestivas, alterações da sensibilidade, da 
motilidade voluntária e da marcha, transtornos esfincterianos, transtornos 
do sono, transtornos das funções cerebrais superiores e do estado mental. 
• Exame psíquico e avaliação das condições emocionais: Consciencia, 
atenção, orientação, pensamento, memória, inteligencia, 
comportamento, psicomotricidade. 
Antecedentes pessoais 
A.P.F: gestação e nascimento (como decorreu a gravidez, medicamentos 
tomados pela gestante, condições de parto – cesárea, vaginal, fórceps -, 
nº de irmãos...); 
Desenvolvimento psicomotor e neural; 
Desenvolvimento sexual: puberdade, menarca, sexarca. Menopausa, 
orientação sexual. 
A.P.P: doenças sofridas pelo paciente, alergia, cirurgias (data, tipo), 
traumatismo, transfusões sanguíneas, história obstétrica (anotar nº de 
gestações (G); na de partos (P); n 2 de abortos (A); n2 de prematuros e n 
2 de cesarianas (C) (G_ P_ A_ C_), vacinas e medicamentos em uso. 
Antecedentes familiares: Doenças crônicas (câncer, DM, HAS), 
dislipidemia, doenças de caráter hereditário - hemofilia, anemia 
falciforme, rins policísticos, erros metabólicos-, AVC ... 
Hábitos e estilos de vida: - Alimentação (Ex.: Alimentação quantitativa 
e qualitativamente adequada; reduzida ingesta de fibras; Insuficiente 
consumo de proteínas, com alimentação à base de carboidratos; Consumo 
de calorias acima das necessidades; Alimentação com alto teor de 
gorduras; Reduzida ingesta de verduras e frutas...), ocupação atual e 
anteriores, atividades físicas,hábitos (tabagismo, etilismo, 
anabolizantes e anfetaminas, drogas), residência; condições 
socioeconômicas (rendimento mensal, situação profissional, se há 
dependência econômica de parentes ou instituição), condições culturais 
(escolaridade, religiosidade, as tradições, as crenças, os mitos, a medicina 
popular, os comportamentos e hábitos alimentares.). 
EXAME FÍSICO DE TÓRAX 
 
ROTEIRO OSCE IV 
Lívia Macedo Brito – ac. 4º período 
Avaliação das mamas, pulmões, coração, mediastino, bem como de outras 
estruturas da cx torácica: pele, tecido subcutâneo, linfonodos, panículo 
adiposo, musculatura, sistema vascular superficial, ossos e cartilagens. 
O tórax é dividido nas seguintes regiões: 
 Supraclavicular – delimitada pela borda superior da clavícula, 
pelo prolongamento cervical da linha esternal e pela borda 
superior do trapézio. 
 Clavicular: área de projeção superficial da clavícula. 
 Infraclavicular – delimitada pela borda inferior da clavícula, 
borda anterior do deltoide, etc. 
 Mamária: limitada lateralmente pelas linhas axilares e 
medialmente pela linha esternall. Limite inferior: 6ª artic. 
Condroesternal. 
 Inframamária: circunscrita pela linha horizontal que passa pela 
6ª artic. Condroesternal, pela reborda costal e linha axilar anterior. 
 Região supraesternal 
 Esternal superior e inferior 
 Axilar 
 Infra- axilar 
 Supraescapular 
 Supra espinhosa 
 Infraespinhosa 
 Infraescapular 
 Interescapulovertebral 
 
 
O exame dos pulmões corresponde a: 
Inspeção; palpação; percussão; ausculta. 
1. Inspeção: Estática ou dinâmica 
Observar a forma do tórax (chato, tonel/barril, infundibiliforme – 
pectus excavatum-, cariniforme – pectus carinatum-,em sino/piriforme, 
cifótico, escoliótico, cifoescoliótico, instável traumático). 
Abaulamentos e depressões. 
ROTEIRO OSCE IV 
Lívia Macedo Brito – ac. 4º período 
 
Tipo respiratório (costal superior ou toracoabdominal). 
Ritmo respiratório (dispneia, platipneia, ortopneia, trepopneia, 
respiração de Cheyne-Stokes, respiração de Biot, respiração de 
Kussmaul, respiração suspirosa). 
Amplitude da respiração (respiração profunda ou superficial). 
Frequência respiratória (eupneia, bradipneia, taquipneia, apneia.) 
Tiragem (quando há obstáculo em uma via respiratória dificultando a 
penetração do ar, a parte correspondente do pulmão não se expande. A P. 
atmosférica ao atuar sobre a área correspondente da parede torácica, 
provoca uma leve depressão dos espaços intercostais). 
Inspeção do pescoço: verificar o uso de musculatura acessoria na 
respiração. 
2. Palpação: Investigar estrutura da parede torácica, expansibilidade ou 
mobilidade e frêmito toracovocal. 
Estrutura da parede torácica: pele, musculatura, ossos e cartilagens. 
Expansibilidade: o médico fica atrás do paciente em posição sentada, e 
este deve respirar profunda e pausadamente. 
Ápices pulmonares: ambas as mãos espalmadas, de modo que as bordas 
internas toquem a base do pescoço, os polegares apoiem-se na coluna 
vertebral e os demais dedos nas fossas supraclaviculares. 
 
Bases pulmonares: apoiam-se os polegares nas linhas paravertebrais, 
enquanto os outros dedos recobrem os últimos arcos costais. 
ROTEIRO OSCE IV 
Lívia Macedo Brito – ac. 4º período 
 
FTV: 33 
Colocar a mão direita espalmada sobre a superfície do tórax, comparando-
se a intensidade das vibrações em regiões homólogas. O FTV é mais 
acentuado à direita e nas bases, e melhor sensação se obtém quando se 
coloca apenas a face palmar correspondente ao 2°, 3° e 4° quirodáctilos. 
As afecções pleurais são "antipáticas" ao FTV. 
As afecções do parênquima são "simpáticas" ao frêmito. 
Existem outros tipos de frêmito, como o frêmito brônquico, equivalente 
tátil dos estertores, e o frêmito pleural, que resulta da sensação tátil do 
ruído de atrito provocado pelas duas superfícies rugosas dos folhetos 
pleurais e que muitas vezes precede os derrames. 
3. Percussão: 
- Deve-se iniciar a percussão do tórax pela sua face posterior, de cima 
para baixo, ficando o médico atrás e à esquerda do paciente. Percute-se 
separadamente cada hemitórax. 2ª etapa: percutir simetricamente e 
comparativamente cada hemitorax. 
Quatro tonalidades de som são obtidas: 
 
4. Ausculta 
O paciente deve estar com o tórax despido e respirar pausada e 
profundamente, com a boca entreaberta, sem fazer ruído. 
A ausculta se inicia pela face posterior do tórax, passando, a seguir, para 
as faces laterais e anterior. 
Sons normais: 
 
ROTEIRO OSCE IV 
Lívia Macedo Brito – ac. 4º período 
 
 
Ausculta-se o murmúrio vesicular em quase todo o tórax, exceto apenas 
das regiões esternal superior, interescapulovertebral direita e no nível da 
3a e 4 vértebras dorsais. Nestas áreas, ouve-se o som broncovesicular. 
Sons anormais: Descontínuos: estertores finos e grossos. 
Os estertores finos ou crepitantes ocorrem no final da inspiração, têm 
frequência alta, isto é, são agudos, e duração curta. São ouvidos 
principalmente nas zonas pulmonares influenciadas pela força da 
gravidade. Presentes na pneumonia e na congestão pulmonar da 
insuficiência ventricular esquerda, e doenças intersticiais pulmonares. 
Os estertores grossos ou bolhosos têm frequência menor e maior duração 
que os finos. Sofrem nítida alteração com a tosse e podem ser ouvidos em 
todas as regiões do tórax. São audíveis no início da inspiração e durante 
toda a expiração. São comuns na bronquite crônica e nas bronquiectasias. 
Contínuos: roncos, sibilos e estridor. 
Os roncos são constituídos por sons graves, portanto, de baixa frequência, 
e os sibilos por sons agudos, formados por ondas de alta frequência. 
Observado na asma brônquica, nas bronquites, nas bronquiectasias e nas 
obstruções localizadas. 
Os sibilos em geral são múltiplos e disseminados por todo o tórax, quando 
provocados por enfermidades que comprometem a árvore brônquica, 
como acontece na asma e na bronquite. Quando os sibilos são localizados 
em determinada região, indicam semiobstrução por neoplasia ou corpo 
estranho. 
O estridor é um som produzido pela semiobstrução da laringe ou da 
traqueia, fato que pode ser provocado por difteria, laringites agudas, 
câncer da laringe e estenose da traqueia. 
Atrito pleural. 
Sons vocais: Broncofonia, egofonia, pectorilóquia fônica e afônica. 
O exame do coração: 
A posição fundamental do paciente é DC. O médico deve ficar a direita 
dele. 
Inspeção, palpação e ausculta. 
ROTEIRO OSCE IV 
Lívia Macedo Brito – ac. 4º período 
 
Inspeção + palpação: pesquisa de abaulamentos, analise do ictus cordis, 
dosbatimentos ou movim. Visiveis e/ou palpáveis, palpação de bulhas e 
pesquisa de frêmito cardiovascular. 
Ausculta: ambiente, posição do paciente, instrução adequada ao pct, 
escolha e aplicação correta do receptor, relação dos batimentos cardiacos 
com a respiração. 
A posição habitual é DC com a cabeça apoiada em um coxim e o tórax 
completamente descoberto. Outra é o pct sentado na beira do leito ou em 
uma cadeira com o tórax. O médico se posiciona do lado direito. 
FOCOS DE AUSCULTA 
 Foco mitral: 4º ou 5º espaço intercostal esquerdo da linha 
hemiclavicular e corresponde ao ictus cordis. 
 Foco pulmonar: 2º espaço intercostal direito, junto ao esterno. 
 Foco aórtico: 2º espaço intercostal esquerdo, junto ao esterno. 
 Foco aórtico acessório: 3º esp. Intercostal esquerdo, junto ao esterno. 
 Foco tricúspide: corresponde à base do apêndice xifoide, ligeiramente 
para a esquerda. 
 
Bulhas cardíacas: 
B1: O principal elemento na sua formação é o fechamento das valvas 
mitral e tricúspide.Coincide com o ictus cordis e com o pulso carotídeo. É de timbre mais 
grave, e seu tempo de duração é > da 2ª bulha. Normalmente tem maior 
intensidade no foco mitral. 
B2: é constituida por 4 grupos de vibrações, mas somente são audíveis as 
originadas pelo fechamento das valvas aortica e pulmonar. 
ROTEIRO OSCE IV 
Lívia Macedo Brito – ac. 4º período 
No foco aortico e na ponta do coração B2 é única pelo simples fato de se 
auscultar apenas o componente aórtico. Normalmente o componente 
aórtico (A) precede o pulmonar (P). 
B3: originada das vibrações da parede ventrícular subitamente distendida 
pela corrente sanguinea que penetra na cavidade durante o enchimento 
ventricular rápido. 
Observada em crianças e adolescentes, raramente em adultos. 
É mais audivel no foco mitral, em DL esquerdo, é um ruido de baixa 
frequencia. 
B4: é um ruído debil que ocorre no final da diastole ou pré-sistole. 
Em condições normais pode ser ouvida em crianças e adultos jovens. 
Origina-se pela brusca desaceleração do fluxo sanguineo, mobilizado pela 
contração atrial, ao encontrar a massa sanguinea existente no interior dos 
ventrículos no final da diastole. 
EXAME DAS MAMAS: 
Mamas: Pele, tamanho, forma, simetria, sensibilidade, contextura, 
consistencia. 
Mamilos: posição, retrato mamilar, secreção. 
Linfonodos: axilares, infraclaviculares, supraclaviculares. 
Nódulos? Areas de condensação? 
Localização, tamanho, limites, consistencia, mobilidade, diametro, 
realação com as estruturas circunjacentes. 
 
Exame de cabeça e 
pescoço 
Cabeça e pescoço: 
Tamanho (normocefalia, micro, macro). 
forma do crânio (acrocefalia/crânio em torre, escafocefalia, dolicocefalia, 
braquicefalia, plagiocefalia). 
 
Superfície do couro cabeludo (Saliências, depressões, pontos dolorosos) 
Face: simetria, expressão facial,pele e pelos. 
Exame dos olhos e supercílios (edema, retração palpebral, reflexo 
fotomotor consensual) 
ROTEIRO OSCE IV 
Lívia Macedo Brito – ac. 4º período 
 
 
• Acuidade visual; Escala de Snellen; 
• Reflexos pupilares; midríase e miose; 
• Lacrimejamento. Ductos lacrimais; 
• Xantelasmas, anisocoria, exoftalmias, hordéolo, conjuntivite; 
• Exame de fundo do olho; 
• Motilidade ocular. 
Exame do nariz (deformidades, rubicundez) 
Exame dos lábios (coloração, forma, textura, flexibilidade) 
Exame da cavidade bucal (mucosa oral, língua, gengivas, palato, dentes, 
glândulas) 
Exame otorrinolaringológico: pavilhão auricular, canal auditivo externo, 
membrana timpânica – membrana timpânica íntegra, translúcida, 
brilhante, triângulo luminoso de Politzer visível. 
Exame da tireóide (palpável/impalpável) 
Exame dos olhos 
Palpebras: 
 
ROTEIRO OSCE IV 
Lívia Macedo Brito – ac. 4º período 
Globos oculares 
Conjuntivas: conjuntivite; inflamaçao da cornea, irite aguda e glaucoma 
agudo; hemorragia subconjuntival. 
Esclerotica, cornea e cristalino: Buscar alterações da cor (escleroticas 
amareladas na ictericia, arco senil, anel de Kayser-Fleischer na 
degeneração hepatolenticular) etc.Cataratas, pterígio. 
Pupilas: Forma, localização, tamanho, reflexos. 
Movimentação ocular: mover os olhos para cima/baixo e lados. 
 
Exame do nariz 
Inspeção 
• Externa 
• Interna 
 
Palpação: Verificar a presença de dor, crepitação, seios paranasais 
(percutir também). 
 
Exame das orelhas 
Inspeção 
• Processos inflamatórios e neoplásicos; 
• Otorragia e/ou otorreia; 
• Sujidades, cerume, corpos estranhos; 
• Malformações congênitas. 
ROTEIRO OSCE IV 
Lívia Macedo Brito – ac. 4º período 
 
Palpação: Pontos dolorosos à pressão; Reações linfonodais 
periauriculares. 
Exame dos lábios 
Inspeção e palpaçao para averiguar coloração, forma, textura, 
flexibilidade, presença de lesões. 
Exame da cavidade bucal 
Boa iluminação, uso de abaixador de lingua, luvas. 
Inspeção e palpação. 
Mucosa: estomatite aftosa, por moniliase, tuberculosa, sifilitica, 
herpética. 
Língua: 3 posições - o paciente abrindo a boca ao máximo: 
1. lingua em posição de repouso 
2. lingua colocada para fora 
3. tocar o céu da boca com a ponta da língua. 
Analisam-se: posição, tamanho, cor, umidade, superfície, textura, 
movimentos e presença de lesões. 
 
Gengivas: 
• Observe a coloração das gengivas, normalmente rosada. 
• Inspecione as bordas da gengiva e as papilas interdentais, em 
busca de edema ou ulcerações. 
ROTEIRO OSCE IV 
Lívia Macedo Brito – ac. 4º período 
 
 
Palato duro e mole 
Dentes: observar o numero e o estado dos dentes, e o resconhecimento de 
proteses dentarias se existentes. Em crianças procurar averiguar se a 
erupção dos demtes está ocorrendo normalmente. 
Principais anormalidades: dentes cariados, hipoplasia do esmalte, dentes 
de Hutchinson. 
Glandulas salivares: menores – espalhadas na cavidade bucal. Maiores – 
parótidas, submandibulares e sublinguais. 
PESCOÇO 
Semiologia: pele, tireoide, musculatura, vasos (jugulares e carótidas), 
linfonodos e coluna cervical. Inspeção, palpação e ausculta. 
Inspeção: Pele, forma e volume, posição, mobilidade, turgência ou 
ingurgitamento das jugulares,batimentos arteriais e venosos. 
A mobilidade compreende movimentação ativa e passiva. Realizam-se 
movimentos de flexão, extensão, rotação e lateralidade, anotando-se a 
existencia de contratura, resistência e dor. Rigidez da nuca (sinal de 
irritação menínge). 
ROTEIRO OSCE IV 
Lívia Macedo Brito – ac. 4º período 
Exame da tireóide 
Abordagem posterior: pct sentado e examinador de pé atras dele. As mão 
e os dedods rodeiam o pescoço com os polegares fixos na nuca, e as 
pontas dos indicadores e médios quase a se tocarem na linha mediana. 
Abordagem anterior: pct sentado ou em pé e o examinador à sua frente. 
Indicadores e medios palpam a glândula, enquanto os polegares apoiam-
se sobre o tórax do pct. 
Pedir ao pct para deglutir. 
Com a técnica correta podem ser obtidos dados referentes a: 
Volume: normal, aumentado, difuso ou segmentar. Qualquer aumento é 
designado bócio. 
Consistência: normal, firma, endurecida ou pétrea. 
Mobilidade: normal ou imóvel. 
Superfície: lisa, nodular ou irregular. 
Temperatura da pele 
Presença de frêmito e sopro 
Sensibilidade: dolorosa ou indolor. 
Alterações: Bócio, tireoidite aguda, tireoidite subaguda, tireoidite de 
Hashimoto, de Riedel. 
 
 
 
 
 
 
SINDROMES MEDIASTINAIS 
Síndromes vasculares: 
ROTEIRO OSCE IV 
Lívia Macedo Brito – ac. 4º período 
Compressão da veia cava superior acima da veia ázigos 
Sinais: turgência da cabeça, cianose e edema (face, lingua, conjuntiva e 
palato); estase jugular bilateral sem pulsação. 
Sinal de Pemberton: eritema facial + turgência jugular em posiçao vertical 
Sintomas: cefaleia, sensaçao de intumescimento na cabeça, lentidão 
mental, vertigens e zumbidos (estenose venosa no ouvido interno). 
Compressão da veia cava superior abaixo da v. azigos: turgência da 
cabeça, cianose e edema (face, lingua, conjuntiva e palato); estase jugular 
bilateral sem pulsação. 
Circulação colateral superior: mudança de sentido das veias xifoidianas 
medianas e laterais onde o sentido do fluxo se inverte de cima para baixo. 
 
Causas da compressao da VCS 
CA brônquico – metastase para linfonodos do mediastino superior 
Pericardite constrictiva ou derrame pericardico. 
Linfomas malignos ou metastases de tumores solidos. 
Compressão do tronco venoso braquiocefalico direito 
Aneurisma do joelho anterior da croça da aorta: estase não pulsátil 
somente da jugular D – sinal de Boinet; 
Compressão do tronco venoso braquiocefalico EAneurisma da convexidade da aorta: estase não pulsatil somente da 
jugular E – sinal de Dorendorff 
Compressão da VCI 
Raramente ocorre por tumores 
Pericardite constrictiva: constrigindo a vci na proximidade da 
desembocadura no atrio direito levando a: hepatomegalia, esplenomegalia 
congestiva, ascite, varizes esofagianas, edema de mmii, circulação 
venosa tipo porta. 
Compressão das vv. Pulmonares 
Topograficamente prox. Ao atrio esquerdo. 
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Sintomas decorrente da hipertensao veno-capilar 
Hemoptise, escarro hemoptoico, hemorragia alveolar. 
Síndromes respiratórias 
Sintomas: tosse seca continuada e as vezes em crise 
Expectoração mucupurulenta ou sanguinea. 
Hemoptise (compressão das vv. Pulmonares concomitante ou invasão 
brônquica.) 
Cornagem ou traqueísmo – estridor causado pelo ar ao passar pela tluz 
estreitada da traqueia dos bronquios P. 
Dispneia inspiratória – resistencia a inspiração causado pelo 
estreitamento do diametro da traqueia e dos bronquios P. 
Síndromes digestivas 
Vômitos – excitação do n. vago (X par) 
Disfagia 
Transitória ou episódica: irritação do n. vago. 
Continuada e progressiva: invasão do esôfago por tumor (carcinoma, 
linfoma) ou metastases ganglionares. 
Exame do ABDOME 
 Decúbito dorsal, braços ao lado do corpo. 
 Expor somente o abdome, do apêndice xifóide até a região 
inguinal e pelos pubianos. 
 Deixar o exame de áreas dolorosas para o final 
1. Inspeção: 
Estática 
Tipos de abdome; Distensão abdominal; Lesões cutâneas › Veias › 
cicatrizes ? 
Dinâmica 
Hérnias; Pulsações; Movimentos peristálticos. 
Observar: 
 Forma e volume: variam de acordo com a idade, o sexo e o estado 
de nutrição do cliente. 
 Abaulamento localizado: distensão dos segmentos do tubo 
digestório, visceromegalias acentuadas, tumores, hérnias, etc. 
 Pele: cicatrizes, lesões. 
 Pêlos 
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 Cicatriz umbilical: É mediana, simétrica, com depressão circular 
ou linear e entre a distância xifopubiana. 
TIPOS DE ABDOME 
 Abdomen plano 
 Abdome globoso: apresenta-se globalmente aumentado com 
predomínio do diâmetro ântero-posterior sobre o transversal. 
Ex.: Gravidez avançada, ascite, obesidade, obstrução intestinal, 
tumores policísticos do ovário. 
 Abdome em avental: encontrado em pessoas obesas, sendo 
consequência do acúmulo de tecido gorduroso, a parede 
abdominal cai como um avental sobre as coxas do paciente. 
 Abdome em ventre de batráquio: Predomínio do diâmetro 
transversal sobre o ântero-posterior. dilatação exagerada dos 
flancos 
Ex.: Ascite em fase de regressão 
 Abdome escavado: percebe-se nitidamente que a parede 
abdominal está retraída. Pessoas muito emagrecidas 
Inspeção geral do abdome 
 O abdome deve manter- se liso e simétrico na inspiração 
 Pele: cicatrizes (formato e localização)/ estrias/ veias dilatadas / 
circulação colateral/erupções, lesões e fístulas (conexão irregular 
entre órgãos). 
 Cicatriz umbilical / hérnias: hérnias (umbilical, incísional)/ 
diastase de reto abdominal (separação dos feixes do músculo reto 
abdominal na linha média do abdome) 
 Contorno do abdome: Plano/ Escavado/ em avental/ globoso/ 
batráquio 
 Simetria do abdome 
 Visceromegalias? 
 Massas abdominais (pulsáteis?) 
 Peristalse visível? Pulsação de aorta visível? 
2. Ausculta 
 Estalidos 
 Gorgolejos 
 Borborigmos 
Antes de efetuar a percussão ou a palpação; Observe a frequência e as 
características dos sons abdominais. 
Ruídos intestinais aumentados: 
 Diarreia 
 Inicio do processo de obstrução intestinal 
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Ruídos intestinais diminuidos: 
 Ílio paralítico 
 Peritonite 
Sopros 
 Sopros hepáticos 
 Sopros de artérias 
 
 Ruídos de atrito 
 
 
 
 
 
3. Percussão 
 Auxilia a avaliar a quantidade e a distribuição dos gases no 
abdome, possíveis massas sólidas ou cheias de líquido e as 
dimensões do fígado e do baço. 
 Pode-se observar os seguintes sons no abdômen: Timpanismo, 
Hipertimpanismo, Submacicez e Macicez. 
Hepatimetria 
 Lobo direito: linha hemiclavicular direita 
 Lobo esquerdo: linha esternal-média 
 A amplitude da macicez hepática 
 Aumenta nos casos de hepatomegalia. 
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Baço 
 Técnicas auxiliam na detecção da esplenomegalia. 
 Espaço de Traube: percussão da região inferior esquerda da 
parede torácia 
 A macicez de um baço normal costuma ser mascarada pela 
macicez de outros tecidos posteriores. 
 2 últimos espaços intercostais na linha axilar anterior esquerda. 
 Normalmente o som costuma ser timpânico. 
Ascite - acúmulo de líquido na cavidade abdominal. Abdome 
protuberante, com flancos abaulados. 
 Líquido ascítico, tipicamente, se dispõe conforme a gravidade: 
Acúmulo de gases na região superior do abdômen ;Acúmulo de 
líquido na região inferior do abdômen. 
 Teste da onda líquida – percussão por piparote. 
Paciente comprime a linha média do abdômen com a borda ulnar da mão; 
Examinador percute um dos flancos com a ponta dos dedos, e com a outra 
mão tenta sentir no flanco oposto um impulso transmitido pelo líquido. 
 Teste da macicez móvel. 
Deslocamento do líquido para as laterais. 
Na ascite, a macicez desloca-se para o lado mais baixo, enquanto o 
timpanismo desloca-se para cima. 
 
Teste da onda líquida, percussão por piparote 
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4. Palpação 
 A flexão das coxas só deve ser adotada em situações particulares 
de afecções dolorosas, acompanhadas de contratura muscular. 
 Distrair o paciente; 
 Avaliar o estado da parede abdominal; 
 Reconhecer as condições físicas das vísceras abdominais; 
 Explorar a sensibilidade abdominal. 
 Superficial e profunda, e pode ser feita com uma só mão ou com 
ambas as mãos (palpação bimanual). 
 O paciente deverá respirar calmamente, aproveitando-se a fase 
expiratória, em que se reduz a tensão abdominal, para a palpação 
profunda. 
 Avaliar a região dolorida por último. 
 
Tensão abdominal 
 Inicia-se a palpação pela avaliação da tensão da parede 
abdominal; 
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 Em condições normais, a 
tensão abdominal é 
ligeiramente maior no centro do 
que nos flancos, e no andar 
inferior em relação à região 
epigástrica; 
 A tensão aumenta com a 
inspiração e diminui com a 
expiração; 
 É maior nos jovens que 
praticam esporte, nos obesos, e 
reduzida nas crianças, nos 
idosos, nas multíparas e nos 
pacientes desnutridos. 
Aumento patológico da tensão 
abdominal 
 Reflexo víscero-motor; 
 A contratura generalizada 
(abdome em tábua); 
 A contratura localizada; 
 Contração psicomotora; 
 Manobra de Galambos; 
 Aumento da pressão intra-abdominal, como na ascite, distensão 
gasosa de alças intestinais, ou crescimento de órgãos ou 
neoplasias intra-abdominais. 
Aumento da sensibilidade 
 Pode manifestar-se sob a forma de dor ou hiperestesia cutânea; 
 A hiperestesia é pesquisada deslizando-se suavemente as pontas 
dos dedos ou um objeto pontiagudo sobre a pele. 
 A hiperestesia pode expressar uma irritação do próprio neurônio 
ou ocorrer em razão de um reflexo víscero-sensorial. 
Palpação do fígado 
 Método de Mathieu: o examinador pede que o paciente inspire 
profundamente e expire. Ao final da expiração, pressiona os dedos 
para baixo do rebordo costal direito. Durante a inspiração 
seguinte, a borda hepáticapode ser sentida. 
 Método de Lemos-Torres: a mão esquerda pressiona o ângulo 
lombocostal direito do paciente para cima, enquanto a mão direita 
deve estar apontando para o rebordo costal direito em um ângulo 
de 90º. A mão direita deve pressionar o abdome ao final da 
expiração, percebendo a borda inferior do fígado quando vier de 
encontro aos dedos do examinador. 
 Descrições necessárias para a borda: consistência(mole ou dura), 
fina ou romba(arredondada), dolorosa ou indolor. Para a 
superfície hepática, usamos os termos lisa ou nodular. 
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Baço 
 Na maioria das vezes, o baço só se torna palpável depois que seu 
tamanho duplica. 
 O baço alcança seus maiores 
tamanhos ultrapassando a linha 
média do abdome e chegando à 
fossa ilíaca esquerda em 
doenças como malária , 
leishmaniose visceral, 
esquistossomose(forma 
hepatoesplênica), leucemia e 
metaplasia mieloide. 
 Descritores: borda 
fina/cortante ou romba, dura ou 
mole, dolorosa ou indolor. 
Estômago 
 As mãos do examinador devem estar em dispostas na posição 
oblíqua com convergência dos dedos, se deslocando de cima para 
baixo ao longo da linha xifoumbilical 
 O estômago possui difícil palpação e apenas a curvatura maior 
pode ser percebida como um “degrau” em oposição ao cólon 
transverso, que parece cilíndrico. 
 O estômago também se desloca com movimentos respiratórios 
 O sinal do “vascolejo”(imprimir movimentos de vaivém com as 
duas mãos na lateral dos flancos, causando ruídos hidroaéreos 
patológicos) e o sinal da patinação(comprimir rapidamente, várias 
vezes, a região epigástrica, utilizando a face ventral das mãos, 
obtendo o som de líquido sacolejando) são indicativos de estase 
gástrica. 
 
 Ceco e cólon 
 O ceco é palpado seguindo uma linha imaginária entre a cicatriz 
umbilical e a espinha anterossuperior direita, principalmente 
quando está distendido. O examinador deve preferir as mãos em 
posição oblíqua em forma de arco, utilizando a borda ulnar de 
ambas as mãos. 
 Os cólons ascendente e descendente não são tão acessíveis, salvo 
em indivíduos magros 
 O cólon transverso possui localização variável e pode ser 
percebido como um cordão cilíndrico de direção transversal, 
variando de 1,5 a 6 cm. As mãos do examinador ficam em posição 
oblíqua com dedos convergentes, procurando o cólon transveso 
com movimentos de cima para baixo 
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Lívia Macedo Brito – ac. 4º período 
 O cólon sigmoide é palpado com facilidade. Deve-se solicitar ao 
paciente que flexione a coxa esquerda sobre a bacia para induzir 
contração do músculo psoas, facilitando a palpação. 
 
Massas abdominais 
 Primeiramente deve-se verificar se o tumor é da parede abdominal 
ou não: solicitar ao paciente que flexione o tronco contra o 
abdome, tensionando assim a parede abdominal. Os tumores da 
parede permanecerão palpáveis. 
 Descritores: localização, forma e tamanho, superfície(lisa ou 
nodular), sensibilidade(dolorosa ou indolor), consistência(cística, 
elástica, pastosa ou pétrea), mobilidade(respiratória ou não) e 
pulsatilidade. 
Principais pontos dolorosos 
1. Sinal de Blumberg: compressão lenta seguida de descompressão 
brusca(a descompressão causa dor). Indica peritonite. 
2. O sinal de Murphy é obtido pela pressão de um ou dois dedos do 
examinador no ponto cístico, que pede para o paciente inspirar 
profundamente. Se a respiração se interromper e pela palpação da vesícula 
grande e dolorosa com o polegar, o sinal é positivo. 
 
Quando se suspeita de apendicite, o ponto de McBurney deve ser 
comprimido, fazendo-se uma pressão progressiva, lenta e contínua, 
procurando averiguar se isso provoca dor. Descomprime-se bruscamente 
a região, com o que se determina um estiramento rapido do peritonio, o 
qual, se estiver inflamado, despertará dor aguda e intensa. 
Ao se suspeitar de hérnia, pedir ao paciente que tussa (manobra de 
Valssava), observando as regioes inguinal, umbilival e femoral. O 
aumento da pressão intra-abdominal pode tornar mais evidente uma 
hernia. 
Tipos + comuns: epigástrica, umbilical, inguinal, femoral ou crural e a 
incisional. 
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Referências: 
Porto, exame clínico 7ª ed. 
Porto, Semiologia médica.

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