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ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período Tipos de anamnese 1. O médico deve deixar que o paciente relate livre e espontaneamente suas queixas sem nenhuma interferência, limitando-se a ouvi-lo. 2. Anamnese dirigida, o médico, tendo em mente um esquema básico, conduz a entrevista mais objetivamente. 3. O médico deixar, inicialmente, o paciente relatar de maneira espontânea suas queixas, para depois conduzir a entrevista de modo mais objetivo. Técnicas: apoio, facilitação, reflexão, esclarecimento, confrontação, interpretação, respostas empáticas e silêncio. Roteiro de Anamnese •Identificação (ID): Nome, idade, sexo, cor, estado civil (solteiro, casado, viúvo), profissão, local de trabalho, naturalidade, residência atual/anteriores, nome da mãe, nome do responsável, religião, plano de saúde. •Queixa Principal (QP): Sintomas referidos pelo paciente. Sempre as palavras do paciente e colocar há quanto tempo. Ex.: Dor nas costas há 1 mês. •História da Doença Atual (HDA): Sintoma guia – INÍCIO (Quando começou? Foi de início súbito ou gradativo? Teve algum agente desencadeante?) ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período Características (Localização, duração, intensidade, frequência, tipo); Fatores de melhora e piora; Relação com outras queixas; Evolução (modificações da doença ao longo do tempo); Situação atual. Interrogatório sintomatológico: •Sintomas gerais: febre, astenia, alterações do peso, sudorese, calafrios, câimbras. • Pele: Cor, textura, umidade, temperatura, sensibilidade, prurido, lesões. • Fâneros: Queda de cabelos, pelos faciais em mulheres, alterações nas unhas. • Cabeça e pescoço: - crânio, face e pescoço: Dor? -Pescoço: Dor, tumorações, alterações dos movimentos, pulsações anormais. - Olhos: prurido, sensação de corpo estranho, dor ocular e cefaleia, lacrimejamento, fotofobia, diplopia, nistagmo, escotomas, secreção, etc. -Ouvidos: diminuição da acuidade auditiva, dor, otorréia, otorragia, prurido, disacusia (hipoacusia, surdez e anacusia), zumbidos, vertigem e tontura. - Nariz: espirros, rinorréia, obstrução, epistaxe, alteração na fonação, diminuição do olfato. - Boca e anexos: alterações do apetite, sialose, halitose, glossalgia, sangramento (gengival, lingual). -Faringe: dor de garganta, odinofagia, dispnéia, disfagia, tosse (frequência, tonalidade, presença ou não de expectoração – seca ou produtiva -, relação com o decúbito, período em que predomina) e halitose. - Laringe: dor, dispnéia, alterações da voz, tosse e pigarro. - Tireóide: dor, nódulos, bócio. - Linfonodos: dor, adenomegalia. Características do nódulo: localização, tamanho, mobilidade, consistência, sensibilidade, alterações na pele, volume, textura, quantidade. - Vasos: pulsação e turgência jugular. • Tórax: Dor, alterações no formato, dispneia. - Mamas: Dor, nódulos, secreção mamilar. ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período CARDIOVASCUCLAR - Coração: dor, palpitações, dispnéia, intolerância aos esforços, tosse e expectoração, chieira, hemoptise, desmaio (síncope e lipotímia), alteração do sono, cianose, edema, astenia e posição de cócoras. - Artérias: dor, modificações da cor e da temperatura da pele, alteraçõe tróficas e edema. - Veias: dor, alterações tróficas (celulite, hiperpigmentação, eczema, úlceras e dermatofibrose), hemorragias e hiperidrose. RESPIRATÓRIO - Traquéia, brônquios, pulmões e pleura: dor torácica, tosse, expectoração (volume, cor, transparência e consistência – serosa, mucóide, purulenta e hemoptóica), hemoptise (precedida por náusea e vômito?), vômica, dispnéia (aos grandes, médios, pequenos esforços ou repouso – paroxística noturna, ortopnéia, platipnéia, trepopnéia), chieira, cornagem e tiragem. • Abdome: - Esôfago: disfagia, odinofagia, pirose, dor esofagiana, regurgitação, eructação, soluço, sialose e hematêmese. -Estômago: dor, náuseas, vômitos, dispepsia e pirose. - Intestino delgado: diarréia, esteatorréia, dor, distensão abdominal, flatulência e dispepsia, hemorragia digestiva (hematêmese, enterorragia e melena). - Cólon, reto e ânus: dor, diarreia, obstipação, sangramento anal, prurido anal, distensão abdominal, náuseas, vômitos, anemia e emagrecimento. - Fígado, vesícula e vias biliares: dor, icterícia, náuseas e vômitos. - Pâncreas: dor, náuseas e vômitos, icterícia, diarreia e esteatorreia. • SISTEMA GENITURINÁRIO - Rins e Vias urinárias: alterações miccionais (hesitação, urgência, modificação do jato urinário, retenção urinária, incontinência), alteração do volume e do ritmo urinário (oligúria, anúria, poliúria, disúria, polaciúria, frequência, noctúria), alterações da cor da urina (hematúria, hemoglobinúria, mioglobinúria, porfirinúria, urina turva), alterações do cheiro da urina, odor, edema e febre. - Órgãos genitais masculinos: dor, priapismo, hemospermia, corrimento uretral, disfunções sexuais e manifestações relacionadas com a atividade endócrina dos testículos. • Sistema hemolinfopoético: Astenia, hemorragia, febre, adenomegalias, esplenomegalia, hepatomegalia, dor, icterícia, manifestações cutâneas. • Sistema endócrino: - Adenohipofise – alterações do desenv. Físico/ sexual, - Tireóide/paratireoides/ suprarrenais: manifestações de hiper/hipofunção. • Coluna vertebral, ossos, articulações e extremidades: - Ossos: dor e deformidades. - Articulações: dor, rigidez pós-repouso, artrite, crepitação articular e algumas manifestações sistêmicas, principalmente febre, astenia, perda de peso e anorexia. - Coluna vertebral: dor, rigidez muscular. • Músculos: fraqueza muscular, dificuldade para andar, mialgia. ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período • Artérias, veias, linfáticos e microcirculação: Dor, alterações da cor/temperatura da pele, alterações tróficas, edema. • Sistema nervoso: transtornos da consciência, dor de cabeça, dor na face, tontura e vertigem, convulsões e outros movimentos involuntários, ausências, automatismos, amnésia, transtornos visuais, transtornos auditivos, manifestações digestivas, alterações da sensibilidade, da motilidade voluntária e da marcha, transtornos esfincterianos, transtornos do sono, transtornos das funções cerebrais superiores e do estado mental. • Exame psíquico e avaliação das condições emocionais: Consciencia, atenção, orientação, pensamento, memória, inteligencia, comportamento, psicomotricidade. Antecedentes pessoais A.P.F: gestação e nascimento (como decorreu a gravidez, medicamentos tomados pela gestante, condições de parto – cesárea, vaginal, fórceps -, nº de irmãos...); Desenvolvimento psicomotor e neural; Desenvolvimento sexual: puberdade, menarca, sexarca. Menopausa, orientação sexual. A.P.P: doenças sofridas pelo paciente, alergia, cirurgias (data, tipo), traumatismo, transfusões sanguíneas, história obstétrica (anotar nº de gestações (G); na de partos (P); n 2 de abortos (A); n2 de prematuros e n 2 de cesarianas (C) (G_ P_ A_ C_), vacinas e medicamentos em uso. Antecedentes familiares: Doenças crônicas (câncer, DM, HAS), dislipidemia, doenças de caráter hereditário - hemofilia, anemia falciforme, rins policísticos, erros metabólicos-, AVC ... Hábitos e estilos de vida: - Alimentação (Ex.: Alimentação quantitativa e qualitativamente adequada; reduzida ingesta de fibras; Insuficiente consumo de proteínas, com alimentação à base de carboidratos; Consumo de calorias acima das necessidades; Alimentação com alto teor de gorduras; Reduzida ingesta de verduras e frutas...), ocupação atual e anteriores, atividades físicas,hábitos (tabagismo, etilismo, anabolizantes e anfetaminas, drogas), residência; condições socioeconômicas (rendimento mensal, situação profissional, se há dependência econômica de parentes ou instituição), condições culturais (escolaridade, religiosidade, as tradições, as crenças, os mitos, a medicina popular, os comportamentos e hábitos alimentares.). EXAME FÍSICO DE TÓRAX ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período Avaliação das mamas, pulmões, coração, mediastino, bem como de outras estruturas da cx torácica: pele, tecido subcutâneo, linfonodos, panículo adiposo, musculatura, sistema vascular superficial, ossos e cartilagens. O tórax é dividido nas seguintes regiões: Supraclavicular – delimitada pela borda superior da clavícula, pelo prolongamento cervical da linha esternal e pela borda superior do trapézio. Clavicular: área de projeção superficial da clavícula. Infraclavicular – delimitada pela borda inferior da clavícula, borda anterior do deltoide, etc. Mamária: limitada lateralmente pelas linhas axilares e medialmente pela linha esternall. Limite inferior: 6ª artic. Condroesternal. Inframamária: circunscrita pela linha horizontal que passa pela 6ª artic. Condroesternal, pela reborda costal e linha axilar anterior. Região supraesternal Esternal superior e inferior Axilar Infra- axilar Supraescapular Supra espinhosa Infraespinhosa Infraescapular Interescapulovertebral O exame dos pulmões corresponde a: Inspeção; palpação; percussão; ausculta. 1. Inspeção: Estática ou dinâmica Observar a forma do tórax (chato, tonel/barril, infundibiliforme – pectus excavatum-, cariniforme – pectus carinatum-,em sino/piriforme, cifótico, escoliótico, cifoescoliótico, instável traumático). Abaulamentos e depressões. ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período Tipo respiratório (costal superior ou toracoabdominal). Ritmo respiratório (dispneia, platipneia, ortopneia, trepopneia, respiração de Cheyne-Stokes, respiração de Biot, respiração de Kussmaul, respiração suspirosa). Amplitude da respiração (respiração profunda ou superficial). Frequência respiratória (eupneia, bradipneia, taquipneia, apneia.) Tiragem (quando há obstáculo em uma via respiratória dificultando a penetração do ar, a parte correspondente do pulmão não se expande. A P. atmosférica ao atuar sobre a área correspondente da parede torácica, provoca uma leve depressão dos espaços intercostais). Inspeção do pescoço: verificar o uso de musculatura acessoria na respiração. 2. Palpação: Investigar estrutura da parede torácica, expansibilidade ou mobilidade e frêmito toracovocal. Estrutura da parede torácica: pele, musculatura, ossos e cartilagens. Expansibilidade: o médico fica atrás do paciente em posição sentada, e este deve respirar profunda e pausadamente. Ápices pulmonares: ambas as mãos espalmadas, de modo que as bordas internas toquem a base do pescoço, os polegares apoiem-se na coluna vertebral e os demais dedos nas fossas supraclaviculares. Bases pulmonares: apoiam-se os polegares nas linhas paravertebrais, enquanto os outros dedos recobrem os últimos arcos costais. ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período FTV: 33 Colocar a mão direita espalmada sobre a superfície do tórax, comparando- se a intensidade das vibrações em regiões homólogas. O FTV é mais acentuado à direita e nas bases, e melhor sensação se obtém quando se coloca apenas a face palmar correspondente ao 2°, 3° e 4° quirodáctilos. As afecções pleurais são "antipáticas" ao FTV. As afecções do parênquima são "simpáticas" ao frêmito. Existem outros tipos de frêmito, como o frêmito brônquico, equivalente tátil dos estertores, e o frêmito pleural, que resulta da sensação tátil do ruído de atrito provocado pelas duas superfícies rugosas dos folhetos pleurais e que muitas vezes precede os derrames. 3. Percussão: - Deve-se iniciar a percussão do tórax pela sua face posterior, de cima para baixo, ficando o médico atrás e à esquerda do paciente. Percute-se separadamente cada hemitórax. 2ª etapa: percutir simetricamente e comparativamente cada hemitorax. Quatro tonalidades de som são obtidas: 4. Ausculta O paciente deve estar com o tórax despido e respirar pausada e profundamente, com a boca entreaberta, sem fazer ruído. A ausculta se inicia pela face posterior do tórax, passando, a seguir, para as faces laterais e anterior. Sons normais: ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período Ausculta-se o murmúrio vesicular em quase todo o tórax, exceto apenas das regiões esternal superior, interescapulovertebral direita e no nível da 3a e 4 vértebras dorsais. Nestas áreas, ouve-se o som broncovesicular. Sons anormais: Descontínuos: estertores finos e grossos. Os estertores finos ou crepitantes ocorrem no final da inspiração, têm frequência alta, isto é, são agudos, e duração curta. São ouvidos principalmente nas zonas pulmonares influenciadas pela força da gravidade. Presentes na pneumonia e na congestão pulmonar da insuficiência ventricular esquerda, e doenças intersticiais pulmonares. Os estertores grossos ou bolhosos têm frequência menor e maior duração que os finos. Sofrem nítida alteração com a tosse e podem ser ouvidos em todas as regiões do tórax. São audíveis no início da inspiração e durante toda a expiração. São comuns na bronquite crônica e nas bronquiectasias. Contínuos: roncos, sibilos e estridor. Os roncos são constituídos por sons graves, portanto, de baixa frequência, e os sibilos por sons agudos, formados por ondas de alta frequência. Observado na asma brônquica, nas bronquites, nas bronquiectasias e nas obstruções localizadas. Os sibilos em geral são múltiplos e disseminados por todo o tórax, quando provocados por enfermidades que comprometem a árvore brônquica, como acontece na asma e na bronquite. Quando os sibilos são localizados em determinada região, indicam semiobstrução por neoplasia ou corpo estranho. O estridor é um som produzido pela semiobstrução da laringe ou da traqueia, fato que pode ser provocado por difteria, laringites agudas, câncer da laringe e estenose da traqueia. Atrito pleural. Sons vocais: Broncofonia, egofonia, pectorilóquia fônica e afônica. O exame do coração: A posição fundamental do paciente é DC. O médico deve ficar a direita dele. Inspeção, palpação e ausculta. ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período Inspeção + palpação: pesquisa de abaulamentos, analise do ictus cordis, dosbatimentos ou movim. Visiveis e/ou palpáveis, palpação de bulhas e pesquisa de frêmito cardiovascular. Ausculta: ambiente, posição do paciente, instrução adequada ao pct, escolha e aplicação correta do receptor, relação dos batimentos cardiacos com a respiração. A posição habitual é DC com a cabeça apoiada em um coxim e o tórax completamente descoberto. Outra é o pct sentado na beira do leito ou em uma cadeira com o tórax. O médico se posiciona do lado direito. FOCOS DE AUSCULTA Foco mitral: 4º ou 5º espaço intercostal esquerdo da linha hemiclavicular e corresponde ao ictus cordis. Foco pulmonar: 2º espaço intercostal direito, junto ao esterno. Foco aórtico: 2º espaço intercostal esquerdo, junto ao esterno. Foco aórtico acessório: 3º esp. Intercostal esquerdo, junto ao esterno. Foco tricúspide: corresponde à base do apêndice xifoide, ligeiramente para a esquerda. Bulhas cardíacas: B1: O principal elemento na sua formação é o fechamento das valvas mitral e tricúspide.Coincide com o ictus cordis e com o pulso carotídeo. É de timbre mais grave, e seu tempo de duração é > da 2ª bulha. Normalmente tem maior intensidade no foco mitral. B2: é constituida por 4 grupos de vibrações, mas somente são audíveis as originadas pelo fechamento das valvas aortica e pulmonar. ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período No foco aortico e na ponta do coração B2 é única pelo simples fato de se auscultar apenas o componente aórtico. Normalmente o componente aórtico (A) precede o pulmonar (P). B3: originada das vibrações da parede ventrícular subitamente distendida pela corrente sanguinea que penetra na cavidade durante o enchimento ventricular rápido. Observada em crianças e adolescentes, raramente em adultos. É mais audivel no foco mitral, em DL esquerdo, é um ruido de baixa frequencia. B4: é um ruído debil que ocorre no final da diastole ou pré-sistole. Em condições normais pode ser ouvida em crianças e adultos jovens. Origina-se pela brusca desaceleração do fluxo sanguineo, mobilizado pela contração atrial, ao encontrar a massa sanguinea existente no interior dos ventrículos no final da diastole. EXAME DAS MAMAS: Mamas: Pele, tamanho, forma, simetria, sensibilidade, contextura, consistencia. Mamilos: posição, retrato mamilar, secreção. Linfonodos: axilares, infraclaviculares, supraclaviculares. Nódulos? Areas de condensação? Localização, tamanho, limites, consistencia, mobilidade, diametro, realação com as estruturas circunjacentes. Exame de cabeça e pescoço Cabeça e pescoço: Tamanho (normocefalia, micro, macro). forma do crânio (acrocefalia/crânio em torre, escafocefalia, dolicocefalia, braquicefalia, plagiocefalia). Superfície do couro cabeludo (Saliências, depressões, pontos dolorosos) Face: simetria, expressão facial,pele e pelos. Exame dos olhos e supercílios (edema, retração palpebral, reflexo fotomotor consensual) ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período • Acuidade visual; Escala de Snellen; • Reflexos pupilares; midríase e miose; • Lacrimejamento. Ductos lacrimais; • Xantelasmas, anisocoria, exoftalmias, hordéolo, conjuntivite; • Exame de fundo do olho; • Motilidade ocular. Exame do nariz (deformidades, rubicundez) Exame dos lábios (coloração, forma, textura, flexibilidade) Exame da cavidade bucal (mucosa oral, língua, gengivas, palato, dentes, glândulas) Exame otorrinolaringológico: pavilhão auricular, canal auditivo externo, membrana timpânica – membrana timpânica íntegra, translúcida, brilhante, triângulo luminoso de Politzer visível. Exame da tireóide (palpável/impalpável) Exame dos olhos Palpebras: ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período Globos oculares Conjuntivas: conjuntivite; inflamaçao da cornea, irite aguda e glaucoma agudo; hemorragia subconjuntival. Esclerotica, cornea e cristalino: Buscar alterações da cor (escleroticas amareladas na ictericia, arco senil, anel de Kayser-Fleischer na degeneração hepatolenticular) etc.Cataratas, pterígio. Pupilas: Forma, localização, tamanho, reflexos. Movimentação ocular: mover os olhos para cima/baixo e lados. Exame do nariz Inspeção • Externa • Interna Palpação: Verificar a presença de dor, crepitação, seios paranasais (percutir também). Exame das orelhas Inspeção • Processos inflamatórios e neoplásicos; • Otorragia e/ou otorreia; • Sujidades, cerume, corpos estranhos; • Malformações congênitas. ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período Palpação: Pontos dolorosos à pressão; Reações linfonodais periauriculares. Exame dos lábios Inspeção e palpaçao para averiguar coloração, forma, textura, flexibilidade, presença de lesões. Exame da cavidade bucal Boa iluminação, uso de abaixador de lingua, luvas. Inspeção e palpação. Mucosa: estomatite aftosa, por moniliase, tuberculosa, sifilitica, herpética. Língua: 3 posições - o paciente abrindo a boca ao máximo: 1. lingua em posição de repouso 2. lingua colocada para fora 3. tocar o céu da boca com a ponta da língua. Analisam-se: posição, tamanho, cor, umidade, superfície, textura, movimentos e presença de lesões. Gengivas: • Observe a coloração das gengivas, normalmente rosada. • Inspecione as bordas da gengiva e as papilas interdentais, em busca de edema ou ulcerações. ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período Palato duro e mole Dentes: observar o numero e o estado dos dentes, e o resconhecimento de proteses dentarias se existentes. Em crianças procurar averiguar se a erupção dos demtes está ocorrendo normalmente. Principais anormalidades: dentes cariados, hipoplasia do esmalte, dentes de Hutchinson. Glandulas salivares: menores – espalhadas na cavidade bucal. Maiores – parótidas, submandibulares e sublinguais. PESCOÇO Semiologia: pele, tireoide, musculatura, vasos (jugulares e carótidas), linfonodos e coluna cervical. Inspeção, palpação e ausculta. Inspeção: Pele, forma e volume, posição, mobilidade, turgência ou ingurgitamento das jugulares,batimentos arteriais e venosos. A mobilidade compreende movimentação ativa e passiva. Realizam-se movimentos de flexão, extensão, rotação e lateralidade, anotando-se a existencia de contratura, resistência e dor. Rigidez da nuca (sinal de irritação menínge). ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período Exame da tireóide Abordagem posterior: pct sentado e examinador de pé atras dele. As mão e os dedods rodeiam o pescoço com os polegares fixos na nuca, e as pontas dos indicadores e médios quase a se tocarem na linha mediana. Abordagem anterior: pct sentado ou em pé e o examinador à sua frente. Indicadores e medios palpam a glândula, enquanto os polegares apoiam- se sobre o tórax do pct. Pedir ao pct para deglutir. Com a técnica correta podem ser obtidos dados referentes a: Volume: normal, aumentado, difuso ou segmentar. Qualquer aumento é designado bócio. Consistência: normal, firma, endurecida ou pétrea. Mobilidade: normal ou imóvel. Superfície: lisa, nodular ou irregular. Temperatura da pele Presença de frêmito e sopro Sensibilidade: dolorosa ou indolor. Alterações: Bócio, tireoidite aguda, tireoidite subaguda, tireoidite de Hashimoto, de Riedel. SINDROMES MEDIASTINAIS Síndromes vasculares: ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período Compressão da veia cava superior acima da veia ázigos Sinais: turgência da cabeça, cianose e edema (face, lingua, conjuntiva e palato); estase jugular bilateral sem pulsação. Sinal de Pemberton: eritema facial + turgência jugular em posiçao vertical Sintomas: cefaleia, sensaçao de intumescimento na cabeça, lentidão mental, vertigens e zumbidos (estenose venosa no ouvido interno). Compressão da veia cava superior abaixo da v. azigos: turgência da cabeça, cianose e edema (face, lingua, conjuntiva e palato); estase jugular bilateral sem pulsação. Circulação colateral superior: mudança de sentido das veias xifoidianas medianas e laterais onde o sentido do fluxo se inverte de cima para baixo. Causas da compressao da VCS CA brônquico – metastase para linfonodos do mediastino superior Pericardite constrictiva ou derrame pericardico. Linfomas malignos ou metastases de tumores solidos. Compressão do tronco venoso braquiocefalico direito Aneurisma do joelho anterior da croça da aorta: estase não pulsátil somente da jugular D – sinal de Boinet; Compressão do tronco venoso braquiocefalico EAneurisma da convexidade da aorta: estase não pulsatil somente da jugular E – sinal de Dorendorff Compressão da VCI Raramente ocorre por tumores Pericardite constrictiva: constrigindo a vci na proximidade da desembocadura no atrio direito levando a: hepatomegalia, esplenomegalia congestiva, ascite, varizes esofagianas, edema de mmii, circulação venosa tipo porta. Compressão das vv. Pulmonares Topograficamente prox. Ao atrio esquerdo. ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período Sintomas decorrente da hipertensao veno-capilar Hemoptise, escarro hemoptoico, hemorragia alveolar. Síndromes respiratórias Sintomas: tosse seca continuada e as vezes em crise Expectoração mucupurulenta ou sanguinea. Hemoptise (compressão das vv. Pulmonares concomitante ou invasão brônquica.) Cornagem ou traqueísmo – estridor causado pelo ar ao passar pela tluz estreitada da traqueia dos bronquios P. Dispneia inspiratória – resistencia a inspiração causado pelo estreitamento do diametro da traqueia e dos bronquios P. Síndromes digestivas Vômitos – excitação do n. vago (X par) Disfagia Transitória ou episódica: irritação do n. vago. Continuada e progressiva: invasão do esôfago por tumor (carcinoma, linfoma) ou metastases ganglionares. Exame do ABDOME Decúbito dorsal, braços ao lado do corpo. Expor somente o abdome, do apêndice xifóide até a região inguinal e pelos pubianos. Deixar o exame de áreas dolorosas para o final 1. Inspeção: Estática Tipos de abdome; Distensão abdominal; Lesões cutâneas › Veias › cicatrizes ? Dinâmica Hérnias; Pulsações; Movimentos peristálticos. Observar: Forma e volume: variam de acordo com a idade, o sexo e o estado de nutrição do cliente. Abaulamento localizado: distensão dos segmentos do tubo digestório, visceromegalias acentuadas, tumores, hérnias, etc. Pele: cicatrizes, lesões. Pêlos ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período Cicatriz umbilical: É mediana, simétrica, com depressão circular ou linear e entre a distância xifopubiana. TIPOS DE ABDOME Abdomen plano Abdome globoso: apresenta-se globalmente aumentado com predomínio do diâmetro ântero-posterior sobre o transversal. Ex.: Gravidez avançada, ascite, obesidade, obstrução intestinal, tumores policísticos do ovário. Abdome em avental: encontrado em pessoas obesas, sendo consequência do acúmulo de tecido gorduroso, a parede abdominal cai como um avental sobre as coxas do paciente. Abdome em ventre de batráquio: Predomínio do diâmetro transversal sobre o ântero-posterior. dilatação exagerada dos flancos Ex.: Ascite em fase de regressão Abdome escavado: percebe-se nitidamente que a parede abdominal está retraída. Pessoas muito emagrecidas Inspeção geral do abdome O abdome deve manter- se liso e simétrico na inspiração Pele: cicatrizes (formato e localização)/ estrias/ veias dilatadas / circulação colateral/erupções, lesões e fístulas (conexão irregular entre órgãos). Cicatriz umbilical / hérnias: hérnias (umbilical, incísional)/ diastase de reto abdominal (separação dos feixes do músculo reto abdominal na linha média do abdome) Contorno do abdome: Plano/ Escavado/ em avental/ globoso/ batráquio Simetria do abdome Visceromegalias? Massas abdominais (pulsáteis?) Peristalse visível? Pulsação de aorta visível? 2. Ausculta Estalidos Gorgolejos Borborigmos Antes de efetuar a percussão ou a palpação; Observe a frequência e as características dos sons abdominais. Ruídos intestinais aumentados: Diarreia Inicio do processo de obstrução intestinal ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período Ruídos intestinais diminuidos: Ílio paralítico Peritonite Sopros Sopros hepáticos Sopros de artérias Ruídos de atrito 3. Percussão Auxilia a avaliar a quantidade e a distribuição dos gases no abdome, possíveis massas sólidas ou cheias de líquido e as dimensões do fígado e do baço. Pode-se observar os seguintes sons no abdômen: Timpanismo, Hipertimpanismo, Submacicez e Macicez. Hepatimetria Lobo direito: linha hemiclavicular direita Lobo esquerdo: linha esternal-média A amplitude da macicez hepática Aumenta nos casos de hepatomegalia. ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período Baço Técnicas auxiliam na detecção da esplenomegalia. Espaço de Traube: percussão da região inferior esquerda da parede torácia A macicez de um baço normal costuma ser mascarada pela macicez de outros tecidos posteriores. 2 últimos espaços intercostais na linha axilar anterior esquerda. Normalmente o som costuma ser timpânico. Ascite - acúmulo de líquido na cavidade abdominal. Abdome protuberante, com flancos abaulados. Líquido ascítico, tipicamente, se dispõe conforme a gravidade: Acúmulo de gases na região superior do abdômen ;Acúmulo de líquido na região inferior do abdômen. Teste da onda líquida – percussão por piparote. Paciente comprime a linha média do abdômen com a borda ulnar da mão; Examinador percute um dos flancos com a ponta dos dedos, e com a outra mão tenta sentir no flanco oposto um impulso transmitido pelo líquido. Teste da macicez móvel. Deslocamento do líquido para as laterais. Na ascite, a macicez desloca-se para o lado mais baixo, enquanto o timpanismo desloca-se para cima. Teste da onda líquida, percussão por piparote ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período 4. Palpação A flexão das coxas só deve ser adotada em situações particulares de afecções dolorosas, acompanhadas de contratura muscular. Distrair o paciente; Avaliar o estado da parede abdominal; Reconhecer as condições físicas das vísceras abdominais; Explorar a sensibilidade abdominal. Superficial e profunda, e pode ser feita com uma só mão ou com ambas as mãos (palpação bimanual). O paciente deverá respirar calmamente, aproveitando-se a fase expiratória, em que se reduz a tensão abdominal, para a palpação profunda. Avaliar a região dolorida por último. Tensão abdominal Inicia-se a palpação pela avaliação da tensão da parede abdominal; ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período Em condições normais, a tensão abdominal é ligeiramente maior no centro do que nos flancos, e no andar inferior em relação à região epigástrica; A tensão aumenta com a inspiração e diminui com a expiração; É maior nos jovens que praticam esporte, nos obesos, e reduzida nas crianças, nos idosos, nas multíparas e nos pacientes desnutridos. Aumento patológico da tensão abdominal Reflexo víscero-motor; A contratura generalizada (abdome em tábua); A contratura localizada; Contração psicomotora; Manobra de Galambos; Aumento da pressão intra-abdominal, como na ascite, distensão gasosa de alças intestinais, ou crescimento de órgãos ou neoplasias intra-abdominais. Aumento da sensibilidade Pode manifestar-se sob a forma de dor ou hiperestesia cutânea; A hiperestesia é pesquisada deslizando-se suavemente as pontas dos dedos ou um objeto pontiagudo sobre a pele. A hiperestesia pode expressar uma irritação do próprio neurônio ou ocorrer em razão de um reflexo víscero-sensorial. Palpação do fígado Método de Mathieu: o examinador pede que o paciente inspire profundamente e expire. Ao final da expiração, pressiona os dedos para baixo do rebordo costal direito. Durante a inspiração seguinte, a borda hepáticapode ser sentida. Método de Lemos-Torres: a mão esquerda pressiona o ângulo lombocostal direito do paciente para cima, enquanto a mão direita deve estar apontando para o rebordo costal direito em um ângulo de 90º. A mão direita deve pressionar o abdome ao final da expiração, percebendo a borda inferior do fígado quando vier de encontro aos dedos do examinador. Descrições necessárias para a borda: consistência(mole ou dura), fina ou romba(arredondada), dolorosa ou indolor. Para a superfície hepática, usamos os termos lisa ou nodular. ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período Baço Na maioria das vezes, o baço só se torna palpável depois que seu tamanho duplica. O baço alcança seus maiores tamanhos ultrapassando a linha média do abdome e chegando à fossa ilíaca esquerda em doenças como malária , leishmaniose visceral, esquistossomose(forma hepatoesplênica), leucemia e metaplasia mieloide. Descritores: borda fina/cortante ou romba, dura ou mole, dolorosa ou indolor. Estômago As mãos do examinador devem estar em dispostas na posição oblíqua com convergência dos dedos, se deslocando de cima para baixo ao longo da linha xifoumbilical O estômago possui difícil palpação e apenas a curvatura maior pode ser percebida como um “degrau” em oposição ao cólon transverso, que parece cilíndrico. O estômago também se desloca com movimentos respiratórios O sinal do “vascolejo”(imprimir movimentos de vaivém com as duas mãos na lateral dos flancos, causando ruídos hidroaéreos patológicos) e o sinal da patinação(comprimir rapidamente, várias vezes, a região epigástrica, utilizando a face ventral das mãos, obtendo o som de líquido sacolejando) são indicativos de estase gástrica. Ceco e cólon O ceco é palpado seguindo uma linha imaginária entre a cicatriz umbilical e a espinha anterossuperior direita, principalmente quando está distendido. O examinador deve preferir as mãos em posição oblíqua em forma de arco, utilizando a borda ulnar de ambas as mãos. Os cólons ascendente e descendente não são tão acessíveis, salvo em indivíduos magros O cólon transverso possui localização variável e pode ser percebido como um cordão cilíndrico de direção transversal, variando de 1,5 a 6 cm. As mãos do examinador ficam em posição oblíqua com dedos convergentes, procurando o cólon transveso com movimentos de cima para baixo ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período O cólon sigmoide é palpado com facilidade. Deve-se solicitar ao paciente que flexione a coxa esquerda sobre a bacia para induzir contração do músculo psoas, facilitando a palpação. Massas abdominais Primeiramente deve-se verificar se o tumor é da parede abdominal ou não: solicitar ao paciente que flexione o tronco contra o abdome, tensionando assim a parede abdominal. Os tumores da parede permanecerão palpáveis. Descritores: localização, forma e tamanho, superfície(lisa ou nodular), sensibilidade(dolorosa ou indolor), consistência(cística, elástica, pastosa ou pétrea), mobilidade(respiratória ou não) e pulsatilidade. Principais pontos dolorosos 1. Sinal de Blumberg: compressão lenta seguida de descompressão brusca(a descompressão causa dor). Indica peritonite. 2. O sinal de Murphy é obtido pela pressão de um ou dois dedos do examinador no ponto cístico, que pede para o paciente inspirar profundamente. Se a respiração se interromper e pela palpação da vesícula grande e dolorosa com o polegar, o sinal é positivo. Quando se suspeita de apendicite, o ponto de McBurney deve ser comprimido, fazendo-se uma pressão progressiva, lenta e contínua, procurando averiguar se isso provoca dor. Descomprime-se bruscamente a região, com o que se determina um estiramento rapido do peritonio, o qual, se estiver inflamado, despertará dor aguda e intensa. Ao se suspeitar de hérnia, pedir ao paciente que tussa (manobra de Valssava), observando as regioes inguinal, umbilival e femoral. O aumento da pressão intra-abdominal pode tornar mais evidente uma hernia. Tipos + comuns: epigástrica, umbilical, inguinal, femoral ou crural e a incisional. ROTEIRO OSCE IV Lívia Macedo Brito – ac. 4º período Referências: Porto, exame clínico 7ª ed. Porto, Semiologia médica.
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